A importância da pregação reformada.
A pregação, como uma forma distinta de
comunicação da vontade de Deus revelada na Sua Palavra, está em declínio. Em
muitas igrejas ela tem sido substituída por um número cada vez maior de
atividades.
Há 30 anos atrás, o Dr. Martyn
Lloyd-Jones foi convidado a proferir uma série de conferências no Westminster
Theological Seminary, na Filadélfia. Nessas palestras, publicadas em 1971, com
o título de Pregação & Pregadores, ele enfatizou que a pregação é a tarefa
primordial da igreja e do ministro; e explicou que estava ressaltando isso
"por causa da tendência, hoje, de depreciar a pregação em prol de várias
outras formas de atividade". A situação não melhorou. John J. Timmerman
observou, quase 20 anos depois, que "em muitas igrejas, o sermão é uma
ilha diminuindo cada vez mais em um mar turbulento de atividades".
Muitas são as razões para o declínio
contemporâneo da pregação. O surgimento de novos meios de comunicação e de
novas mídias interativas; a aversão do homem pós-moderno pela verdade objetiva
ou absoluta; a secularização da sociedade; o afastamento do Cristianismo das
Escrituras; e a própria corrupção da pregação, em muitos púlpitos degenerada em
eloqüência de palavras, demonstração de sabedoria humana, elucubrações metafísicas,
meio de entretenimento, ou embromação pastoral dominical; certamente são
algumas delas. Uma das principais, entretanto, diz respeito à concepção moderna
da pregação, muitas vezes encarada como atividade meramente humana pouco
relevante, e cuja eficácia depende principalmente das habilidades naturais ou
capacidade do pregador.
Todas estas tendências, influências e
concepções produziram resultados devastadores sobre a pregação nos meios
evangélicos. Ela se tornou como que um apêndice do culto público; e as
conseqüências, sem dúvida, têm se feito sentir na vida da igreja. Na
perspectiva reformada, o declínio do lugar da pregação no evangelicalismo
moderno é uma constatação seríssima. Se a teologia reformada com relação à
pregação reflete o ensino bíblico, então muito do estado presente da Igreja
Cristã se explica como resultado desse declínio da pregação. Meu propósito com
este artigo é apresentar, resumidamente, algumas evidências históricas
relacionadas à importância da pregação na fé reformada.
Em virtude da elevada concepção da
pregação como vox Dei, a fé reformada atribui à proclamação pública da Palavra
de Deus a maior importância. Na tradição reformada a pregação é considerada
como principal meio de graça, como a tarefa primordial da igreja e do ministro
da Palavra, é tida como elemento central do culto, como marca genuína da
verdadeira igreja, e o meio por excelência pelo qual é exercido o poder das
chaves.
O Principal Meio da Graça
Na teologia reformada a pregação é um
meio de graça. Ela e a ministração dos sacramentos são as ordenanças pelas
quais o pacto da graça é administrado na nova dispensação.
De fato, na concepção reformada, a
pregação é o meio mais excelente pelo qual a graça de Deus é conferida aos
homens, suplantando inclusive os sacramentos. Os sacramentos não são
indispensáveis; a pregação é. Os sacramentos não têm sentido sem a pregação da
Palavra; sendo-lhe subordinado. Os sacramentos servem apenas para edificar a
igreja; a pregação, além disso, é o meio por excelência pelo qual a fé é
suscitada; é o poder de Deus para a salvação. Os sacramentos são como que
apêndices à pregação do Evangelho. É assim que reformadores e puritanos
interpretam as palavras de Paulo, em 1 Coríntios 1.17: "Porque não me
enviou Cristo para batizar, mas para pregar o Evangelho." Para Calvino, os
sacramentos não têm sentido sem a pregação do Evangelho. Quando a ministração
dos sacramentos é dissociada da pregação, eles tendem a ser considerados como
práticas mágicas.
A idéia puritana quanto à relevância da
pregação não é diferente. Lloyd-Jones observou que "os puritanos
asseveravam também que o sermão é mais importante que as ordenanças ou
quaisquer cerimônias. Alegavam que ele é um ato de culto semelhante à
eucaristia, e mais central no serviço da igreja. As ordenanças, diziam eles,
selam a palavra pregada e, portanto, são subordinadas a ela". Comentando
Efésios 4.11, Hodge explica o papel do pregador como canal da operação do
Espírito como segue:
Assim como no corpo humano há certos
canais por meio dos quais a influência vital flui da cabeça para os membros, os
quais são necessários à sua comunicação, assim também há certos meios
divinamente designados para a distribuição do Espírito Santo de Cristo para os
diversos membros do Seu corpo. Que canais de influência divina são esses, pelos
quais a igreja é sustentada e impulsionada, são claramente indicados no verso
11, onde o apóstolo diz, "Cristo deu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres, com vistas
ao aperfeiçoamento dos santos." É, portanto, através do ministério da
Palavra que a influência divina flui de Cristo, o cabeça, para todos os membros
do seu corpo; de modo que onde o ministério falha, a influência divina falha.
Isto não significa que os ministros, na qualidade de homens ou oficiais, sejam
de tal modo canais do Espírito para os membros da igreja, que sem a intervenção
ministerial deles, ninguém se torne participante do Espírito Santo. Significa,
sim, que os ministros, na condição de despenseiros da verdade, são, portanto,
os canais da comunicação divina. Pelos dons da revelação e inspiração, Cristo
constitui uns apóstolos e outros profetas para a comunicação e registro da sua
verdade; e pela vocação interna do Espírito, ele constitui outros evangelistas
e outros pastores, com vistas à sua constante proclamação e persuasão. E é
somente – no que diz respeito aos adultos – em conexão com a verdade, assim
revelada e pregada, que o Espírito Santo é comunicado.
Que graças são comunicadas por meio da
pregação? A pregação é o meio pelo qual as pessoas adultas e capazes são
externamente chamadas para a salvação. É a causa instrumental da fé e principal
meio pelo qual a fé é aumentada e fortalecida, a igreja é edificada, e o Reino
de Deus é promovido no mundo. Pela pregação da Palavra a igreja é ensinada,
convencida, reprovada, exortada e confortada.
A Tarefa Primordial da Igreja e do
Pregador
Na concepção reformada, a pregação é a
tarefa primordial da igreja e do ministro da Palavra. Em suas mensagens e
escritos, os reformadores condenam insistente e duramente o clero romano por
negligenciar a pregação. Incapacitados para a tarefa, os sacerdotes católicos
delegavam a função a outros, e dedicavam-se a atividades secundárias, ou mesmo
à ociosidade e à luxúria. A superficialidade e leviandade com que as pessoas
participavam da missa era, para Lutero, culpa dos bispos e sacerdotes, que não
pregavam nem ensinavam as pessoas a ouvir a pregação. Ele considera que:
... não há praga mais cruel da ira de
Deus do que quando Ele envia fome [escassez] de ouvir sua Palavra, como diz
Amós [8.11s], como também não existe maior graça do que quando envia sua
Palavra, conforme o Salmo 107: "E enviou a sua Palavra e os sarou, e os
livrou da sua perdição." Também Cristo não foi enviado para outra tarefa
do que para [pregar] a Palavra; também o apostolado, o episcopado e toda ordem
clerical para outra coisa não foram chamados e instituídos do que para o
ministério da Palavra.
Para Lutero, "...quem não prega a
Palavra, para o que foi chamado pela igreja, não é sacerdote de maneira
alguma... quem não é anjo [isto é, mensageiro, nota do tradutor] do Senhor dos
Exércitos ou quem é chamado para outra coisa que para o angelato (por dizê-lo
assim), certamente não é sacerdote... Por isso também são chamados de pastores,
porque devem apascentar, isto é, ensinar... O múnus do sacerdote é pregar ... O
ministério da Palavra faz o sacerdote e o bispo."
Calvino também condena repetidas vezes
os sacerdotes e bispos por não pregarem o Evangelho. Comentando Atos 1.21-22,
quando Barsabás e Matias são indicados para preencher a vaga de Judas no
apostolado, como testemunha da ressurreição de Cristo, Calvino conclui com isso
que o ensino e a pregação são funções essenciais do ministério.
A Forma de Governo Eclesiástico
Presbiteriano relaciona, entre as atribuições do ministro da Palavra,
juntamente com a oração e a administração dos sacramentos, "alimentar o
rebanho, pela pregação da Palavra, de acordo com a qual deve ensinar,
convencer, reprovar, exortar e confortar".
Esses documentos presbiterianos
simplesmente refletem a concepção puritana. William Bradshaw, autor de uma das
obras mais antigas sobre os puritanos, comenta que, para eles, "o mais
elevado e supremo ofício e autoridade do pastor é pregar o Evangelho, solene e
publicamente à pregação". Packer cita Owen para demonstrar que a pregação
era, para os puritanos, "o principal dever de um pastor ... De acordo com
o exemplo dos apóstolos, eles devem livrar-se de todo impedimento, a fim de que
possam dedicar-se totalmente à Palavra e à oração". Jonathan Edwards
considerava a pregação do Evangelho o principal dever do ministro. Em uma
carta, ele comentou:
Devemos ser fiéis em cada parte das
nossas obras ministeriais, e nos empenhar para magnificar nosso ofício. De
maneira particular, devemos atentar para a nossa pregação, a fim de que ela
seja não apenas sã, mas instrutiva, temperada, espiritual, muito estimulante e
perscrutadora; bem pertinente à época e tempos em que vivemos; labutando
diligentemente para isso.
Entre as passagens bíblicas que
fundamentam essa característica da pregação reformada, as seguintes podem ser
mencionadas: Lucas 12.14 e João 6.14-15, com relação a Jesus; Atos 6.1-7e 1
Coríntios 1.17, com relação aos apóstolos; 1 Timóteo 5.15, com relação aos
evangelistas, precursores do ministério permanente da Palavra; e Romanos
10.13-17 e 2 Timóteo 4.1-4, com relação aos ministro permanentes da Palavra.
O Elemento Central no Culto
No culto medieval, a pregação era
considerada, no máximo, como elemento preparatório para a ministração e
recepção dos sacramentos. Na concepção reformado-puritana, a "leitura das
Escrituras, com santo temor; a sã pregação da Palavra e a consciente atenção a
ela, em obediência a Deus, com entendimento, fé e reverência..." são os
principais elementos do culto a Deus na dispensação da graça. A Reforma
restaurou a pregação à sua posição bíblica, conferindo a ela a centralidade no
culto público.
Na antiga dispensação, o elemento
central do culto era o sacrifício, uma pregação simbólica, apontando para o
sacrifício de Cristo. Na nova dispensação, havendo Cristo oferecido a si mesmo
como o Cordeiro Pascal que tira o pecado do mundo, não há mais lugar para
sacrifícios. A pregação da Palavra é legítima substituta do sacrifício tal como
atividade central do culto na dispensação da graça. O que o sacrifício
proclamava de forma simbólica e pictórica na antiga dispensação, deve ser agora
anunciado na forma oral, pela leitura pregação da Palavra.
Com o propósito de restaurar a igreja
em Genebra ao modelo bíblico, Calvino e outros redigiram as Ordenanças
Eclesiásticas, um manual de governo eclesiástico e de culto. De acordo com as
Ordenanças, a pregação da Palavra deveria ser o elemento essencial do culto
público e a tarefa essencial e central do ministério pessoal. No seu prefácio
aos sermões de Calvino sobre o Salmo 119, Boice observa: "Quando a Reforma
Protestante aconteceu no século XVI e as verdades da Bíblia, que por longo
tempo haviam sido obscurecidas pelas tradições da igreja medieval novamente
tornaram-se conhecidas, houve uma imediata elevação das Escrituras nos cultos
protestantes. João Calvino, em particular, pôs isso em prática de modo pleno,
ordenando que os altares (há muito o centro da missa latina) fossem removidos das
igrejas e que o púlpito com uma Bíblia aberta fosse colocado no centro do
prédio."
Lutero também "...considerava a
pregação como a parte central do culto público e colocava a pregação da Palavra
até mesmo acima da sua leitura." Timothy George descreve assim a
contribuição de Lutero para a pregação:
Lutero recuperou a doutrina paulina da
proclamação: a fé vem pelo ouvir, o ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17).
Lutero não inventou a pregação mas a elevou a um novo status dentro do culto
cristão... O sermão era a melhor e mais necessária parte da missa. Lutero
investiu-o de uma qualidade quase sacramental, tornando-o núcleo da liturgia...
O culto protestante centrava-se ao redor do púlpito e da Bíblia aberta, com o
pregador encarando a congregação, e não em volta de um altar com um sacerdote
realizando um ritual semi-secreto. O ofício da pregação era tão importante que
até mesmo os membros banidos da igreja não deviam ser excluídos de seus
benefícios.
Quanto aos puritanos, eles
"anelavam ver a pregação da palavra de Deus tornar-se central no
culto." O culto puritano culminava no sermão. Ryken observa que os
"puritanos fizeram da leitura e exposição das Escrituras o evento
principal do culto". A prática da "profetização" (prophesying),
um tipo de escola de profetas em que ministros pregavam um após outro, com
vistas aos treinamento de pregadores menos experientes, contribuiu mais do que
qualquer outro meio para promover e estabelecer a nova religião da
Inglaterra" na época.
A Marca Essencial da Igreja Verdadeira
Porquanto na pregação Cristo fala e se
faz presente, governando e ensinando a igreja, a fé reformada é unânime em
considerar que a pregação da Palavra é uma das marcas da igreja verdadeira.
Diversos símbolos de fé reformados, entre os quais estão a Confissão Belga
(artigo 29), a Confissão Escocesa de 1560 (artigo 18), a Confissão da Igreja
Inglesa em Genebra de 1556 (artigos 26-28), Confissão de Fé Francesa de 1559, e
a Segunda Confissão Helvética de 1566 (capítulo 17), professam que a
"pregação pura do Evangelho", a "verdadeira pregação da Palavra
de Deus", é uma das marcas pelas quais a verdadeira igreja de Cristo pode
ser reconhecida neste mundo. Lutero escreveu que "unicamente Cristo é o
cabeça da cristandade. Ele age através do Evangelho pregado, do Batismo e da
Ceia do Senhor, os quais, portanto, são também os sinais pelos quais a
verdadeira igreja se identifica." Para Calvino, Satanás tenta destruir a
igreja fazendo desaparecer a pregação pura. Conseqüentemente, "... os
sinais pelos quais a igreja é reconhecida são a pregação da Palavra e a
observância dos sacramentos, pois estes, onde quer que existam, produzem fruto
e prosperam pela bênção de Deus. Eu não estou dizendo que onde quer que a
Palavra seja pregada os frutos imediatamente apareçam; mas que onde quer que a
Palavra seja recebida e habite por algum tempo, ela sempre manifesta a sua
eficácia. Mas isto, quando a pregação do Evangelho é ouvida com reverência, e
os sacramentos não são negligenciados..."
De fato, entre as três marcas da
verdadeira igreja, geralmente conhecidas – pregação, ministração dos
sacramentos e ministração da disciplina – a pregação é considerada a mais
importante. Primeiro, porque inclui as duas outras: como vimos, na concepção
reformada, os sacramentos não podem ser dissociados da Palavra, nem o exercício
da disciplina. Segundo, porque é através da pregação verdadeira da Palavra que
os eleitos são congregados e edificados. Berkhof, por exemplo, afirma que,
"estritamente falando, pode-se dizer que a pregação verdadeira da Palavra
e seu reconhecimento como o modelo da doutrina e da vida é a única marca da
igreja. Sem ela não já igreja, e ela determina e reta administração dos
sacramentos e o exercício fiel da disciplina eclesiástica.
Hermam Hoeksema, outro teólogo
reformado, escreveu: "...podemos dizer que a única marca importante
distintiva da igreja verdadeira é a pura pregação da Palavra de Deus. Onde a
Palavra de Deus é pregada e ouvida, aí está a igreja de Deus. Onde esta Palavra
não é pregada, aí a igreja não está presente. E onde esta Palavra é adulterada,
a igreja deve arrepender-se ou morrerá".
O Meio Pelo Qual é Exercido o Poder das
Chaves
Na fé reformada, o poder das chaves,
mencionado em Mateus 16.19 e 18.18, é ordinariamente conferido aos ministros,
sendo exercido pela pregação. A pregação liga e desliga pessoas do reino de
Deus, abrindo e fechando as portas do céu.
Calvino, por exemplo, ensina que o
poder das chaves está unido à Palavra e é exercido pela pregação do Evangelho.
Conforme escreveu, "...o privilégio de ligar e desligar que Cristo
conferiu a sua igreja está ligado à Palavra. Isso é especialmente verdade com
relação ao ministério das chaves, cujo poder consiste nisso: que a graça do
Evangelho é publica e privadamente selada na mente dos crentes por meio
daqueles que Deus comissionou; e o único método pelo qual isso pode ser feito é
pela pregação." O perdão dos pecados "nos é dispensado pelos
ministros e pastores da igreja, seja na pregação do Evangelho ou na
administração dos sacramentos, e nisto é especialmente manifestado o poder das
chaves." Para ele, "...o poder das chaves é simplesmente a pregação
do Evangelho naqueles lugares, e no que diz respeito ao homem, não é tanto
poder como ministério. Propriamente falando, Cristo não dá seu poder a homens
mas à Sua Palavra, da qual ele fez de homens, ministros".
A Confissão de Fé de Westminster
reflete a interpretação dos reformadores, ao afirmar que "pelo ministério
do Evangelho o Reino de Deus é aberto aos pecadores penitentes." Esta
interpretação é, de modo geral, aceita pelos teólogos reformadores modernos.
Conclusão
Em muitos círculos evangélicos
contemporâneos, o surgimento de novos meios de comunicação, a aversão do homem
moderno por verdades objetivas, a secularização da sociedade, o afastamento do
Cristianismo das Escrituras, o próprio declínio da pregação, e, especialmente,
a concepção moderna da pregação como atividade meramente humana, têm resultado
em evidente depreciação da pregação. Outras atividades têm tomado o seu lugar
no culto, e a pregação tem sido relegada a um plano secundário no culto e na
vida da igreja.
A tradição reformada, entretanto,
atribui grande importância à pregação. Na teologia reformada, a pregação é
imprescindível. É o principal meio da graça, a tarefa primordial da igreja e do
ministro, o principal elemento de culto na dispensação da graça, constitui-se
marca essencial da verdadeira igreja, e o meio pelo qual o reino de Deus é
aberto ou fechado aos pecadores. A redescoberta da importância da pregação por
parte das igrejas herdeiras da Reforma no Brasil, por certo promoveria, como
nenhum outro instrumento, o reino e a glória de Deus em nosso país. Que assim
seja.
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