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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TEOLOGIA 5 - A FINITUDE DO INFINITO

A FINUTUDE DO INFINITO

Você deve estar afirmando neste momento que sou louco e é bem possível que esteja pensando o seguinte: “O infinito não pode ter fim, logo não seria infinito”.
Contudo peço a você uma chance de explicar porque do título acima.
Acordei nesta madrugada com meus pensamentos tentando compreender Deus. Na medida em que me exercitei em compreendê-lo, percebi que sou pequeno demais para isso.
Por todos os caminhos que tentei percorrer para entendê-lo: Sua grandiosidade, Seu poder, Sua Sabedoria, Sua existência,... Todos os caminhos me fizeram perceber que Deus é infinito, insondável para mim.
Comecei a me perguntar o que é o infinito e é lógico cheguei à conclusão de que o infinito é para mim o espaço até onde meus limites não me permitem chegar; tudo que não posso compreender, que não posso alcançar, que não posso sentir. Em fim o infinito se inicia no fim da minha finutude e se estende... só Deus sabe! Meus limites humanos e de conhecimento são para mim caminhos infinitos a descobrir.
Mas foi aí que me surgiu a seguinte pergunta: “O que é o infinito para Deus?” “Existe infinito para Deus?”
Imediatamente me vieram as palavras de Jesus a mente: “Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o último” (Ap 1.8; 2.6).  Também comecei a me lembrar da descrição da criação narrada no primeiro capítulo do livro de Gênesis. Me lembrei também da afirmaçaõ biblica que tudo veio a existir pela vontade de Deus, por Ele e para Ele todas as coisas vieram a existir.
Imagine você: Deus Pai, Filho e Espírito Santo conversando antes da criação do mundo. O que existia antes da criação do mundo? Nada, somente Deus. Lá estava a Trindade Santíssima sozinhos num espaço... Que espaço? Não existia nada, somente Deus. Deixa pra lá, somos finitos demais para querer compreender onde estava Deus quando existia somente Deus.
Voltemos à criação. Deus decide criar. Deus pega seu Ipod e começa a projetar o que viria a se tornar o universo. Cria diversos sistemas solares, diversas via-lácteas, planetas e estrelas.  Ele escolhe na tela do Ipod uma via-láctea, dessa via-láctea, Ele escolhe um sistema solar e amplia um planeta. De repente Deus disse: “vou tornar este planeta habitável e chamá-lo de Terra”.
“No principio a terra era sem forma e vazia...”, mas porque Deus resolveu torná-la habitável, Ele colocou o dedo novamente na tela do Seu Ipod e ampliou ainda mais a imagem e começou a separar as águas, a criar a terra seca, as árvores, o mar, as aves, os peixes, os animais e o homem.
Em fim eu e você viemos a existir, tudo porque Deus um dia decidiu compartilhar sua vida e o seu amor conosco. Seu amor por nós homens foi tão grande que Ele se fez carne na pessoa do Filho e habitou entre nós como um de nós. Isso mesmo! Deus se tornou homem por amor a nós.
Pois é! Agora estou eu aqui com meu Ipod na mão tentando solucionar o que é Deus. Foi aqui, neste exato momento que percebi que “eu”, jamais poderei conhecer a Deus plenamente através do olhar do meu próprio Ipod. O que é meu Ipod diante do de Deus? Se quero conhecer a Deus preciso olhar para Ele através de Jesus Cristo. Jesus Cristo é o link entre eu e Deus, entre você e Deus.
Ah, Sim! Você quer saber porque a finitude do infinito! Voltemos ao Ipod de Deus, percorra o caminho inverso no Ipod do Criador. Feche as janelas, uma a uma, e verás que no fim Deus é infinito e que o infinito Nele é finito, pois Ele tem o controle de tudo, Ele é soberano.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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