A Pastoral Da Periferia: O
Paradigma Da Galiléia Em Jesus
Introdução
Esta reflexão quer ser uma pequena
contribuição na busca de uma pastoral urbana a partir do agir da Igreja no
mundo, modelada em Cristo
Jesus , usando para isto o paradigma de Jesus na Galiléia.
Este tema é
desafiador porque, dentro de nosso contexto Latino Americano, podemos nos
identificar com o paradigma de Jesus na Galiléia, pois a missão de Jesus se
desenvolveu na periferia da Galiléia.
Não podemos falar
de periferia sem mencionar Orlando Costas, que se orgulhava de fazer parte do
povo Latino Americano. Estar na periferia com eles era parte de sua alegria e
prazer. A periferia para ele era mais do
que uma localização geográfica, porque ele também a entendia em termos
sociológicos. Para ele periferia se refere a pessoas que não possuem voz nem
poder em relação à cultura dominante. Costas fala sobre periferia em relação ao
ministério de Cristo, e conseqüentemente, em relação à missão da Igreja. Traz o
argumento de que a Galiléia é a periferia, o lugar dos marginalizados, e isto
confere a Jesus a força e a voz profética para desafiar as estruturas de
Jerusalém. A periferia provia Costas não somente de uma metodologia de missões
da Igreja, mas também de fundamento para a construção de sua missiologia.
Missões, portanto, devem seguir o modelo Galileu da práxis de Jesus.[1][1]
É nesta compreensão que iremos desenvolver nosso artigo.
Como a Igreja na
América Latina pode articular e praticar uma pastoral urbana a partir da
periferia? Como desenvolver uma pastoral da periferia?
O propósito deste trabalho é demonstrar que
a pastoral da periferia é o modelo prático de missão urbana, capaz de resgatar
a esperança para um povo excluído, capaz de se inserir no seu meio, alcançá-los
e levá-los a uma libertação que promova a vida em Cristo a ponto de se tornarem
agentes missionários.