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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

APOSTILA 27 - FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ

 



 

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

 

1. O homem e o pecado

02

 

2. O homem e a salvação

08

 

3. Posso Ter Certeza da Minha Salvação?

13

 

4. Somos salvos para quê?

18

 

5. A Bíblia e sua composição

21

 

6. Uma Breve História da Bíblia

24

 

7. Inspiração – Inerrância – Infalibilidade

29

 

8. Batismo

33

 

9. A Ceia do Senhor

36

 

10. Oração

40

 

11. Igreja

44

 

12. O Perdão de Deus

47

 

13. O Espírito Santo

53

 

14. Dízimos e Ofertas

57

 

15. Ele Vive!

66

 

16. Obediência a Deus

69

 

17. Tentações

72

 

18. Discernindo a Vontade de Deus

76

 

19. Vivendo a Vida Cristã

80

 

20. Testemunhando Cristo

83

 

 

A Vida Frutífera – Estudos Avulsos Para Casa

1)    Você pode ter certeza da sua salvação

2)    Sua vitória sobre o pecado está garantida

3)    Deus garante perdão de todo e qualquer pecado

4)    O poder da oração: Você pode aproveitá-lo

5)    O Espírito Santo: O segredo do poder

6)    A Bíblia: Luz e vida para os nossos dias

7)    A obediência: O segredo do sucesso na vida cristã

8)    Como compartilhar Jesus com os outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. O HOMEM E O PECADO

 

Saber o que é pecado, bem como a sua origem[1], natureza e consequências, é condição fundamental para se conhecer o homem no seu estado chamado natural (em contraste com o estado original). Desde a queda, o homem se tornou, por natureza, pecador. Para termos uma ideia precisa sobre o que é a criatura humana pecadora, importa que procuremos antes saber o que é pecado. O conceito exato sobre o pecado baseia-se em um fato que vem à luz logo depois da criação, do homem. É bom salientar que o homem foi criado perfeito, inocente e capaz de viver em permanente comunhão com Deus. Em virtude, porém, do pecado, ele caiu do estado em que fora criado e tornou-se pecador.

O texto de Gênesis três descreve a queda do ser humano.

1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?"

2 Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim,

3 mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’".

4 Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão!

5 Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal".

6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.

7 Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.

                                                                                                      (Gênesis 3.1-7)

 

                                              

 

  1. O que é pecado?

Do hebraico Chattát {Hattã’th} da raizChet(errar) e também a palavra Pesha‘. Do grego Hamartia e parabasis.

A mais satisfatória e conhecida resposta a esta pergunta se encontra no Breve Catecismo, nos seguintes termos: - "Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou qualquer transgressão dessa lei". (Breve Catecismo de Westminster, perg. 14). Ela se torna ainda mais clara quando nos lembramos da finalidade da criação do homem, que também se acha bem colocada na primeira pergunta e resposta do Catecismo Maior de Westminster: - "Qual é o fim supremo e principal do homem? R.: O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus".

Temos, portanto, nesta resposta o fim supremo do homem, apresentado de maneira clara e objetiva. Ora todos nós sabemos que esse "fim supremo e principal do homem" não se manifesta ou jamais se manifestou em criatura alguma, desde a ocorrência da tragédia, registrada no capítulo 3 do Livro de Gênesis. Essa tragédia foi o pecado. O homem pecou e, ao invés de glorificar a Deus e desfrutar da graça da comunhão com Ele, ouviu antes, a voz do tentador, e buscou satisfazer seu egoísmo pessoal. Por isto, pecado significa também errar o alvo. A vida do homem deixou de alcançar o alvo para o qual foi criado.

Criado para glorificar a Deus o homem quis fazer-se igual a Deus. No diálogo travado com o tentador, (Gn 3.1-7), falando à mulher, contestou o maligno a ordem de Deus sobre não comer o fruto da árvore que estava no meio do jardim, lançando-lhe no espírito a dúvida e aguçando-lhe a ambição, com estas palavras: - É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dela comerdes, se vos abrirão os olhos e como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal (Gn 3.4,5). A voz do tentador prevaleceu e os nossos primeiros pais desobedeceram a Deus, comendo do fruto proibido. Daí afirmamos que a essência do pecado é o egoísmo, a vaidade, o amor a si mesmo, em virtude do qual o homem faz de sua pessoa o fim supremo da vida. Não foi apenas um ato tornou-se também em um estado ou condição a que o homem ficou sujeito.

 

 

  1. A universalidade do pecado.

A Bíblia afirma que o pecado afetou toda a raça, e por isto o ser humano comete atos e nutre disposições contrárias à lei de Deus. São numerosíssimos os textos que afirmam a universalidade do pecado, dos quais citaremos apenas os seguintes:

 

5 Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.

                                                                                                       (Salmos 51.5)

 

10 Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; 11 não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. [...] 23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,

                                                                                           (Romanos 3.10,11,23)

 

12 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;

                                                                                                    (Romanos 5.12)

 

 

O pecado não afetou somente o ser humano, trouxe desordem a todo o cosmo, a toda natureza conforme podemos ler nos textos de Rm 8.19-23 e 2 Co 5.18-19.

 

19 A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. 20 Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança 21 de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

                                                                                                (Romanos 8.19-21)

 

18 Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.

                                                                                              (2 Coríntios 5.18,19)

 

3.    As consequências do pecado.

Na ordem dada por Deus a Adão, no Éden, está claramente indicada a natureza da trágica consequência do pecado: - ...mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.17).

Podemos dizer que a morte é sem dúvida o preço pago pelo homem como consequência de seu pecado. Normalmente os estudiosos definem que à morte se manifestou de duas formas: física e espiritual.

A morte surgiu como consequência de uma lei espiritual quebrada, conforme descreve o apóstolo Paulo aos irmãos da igreja de Roma – porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).

Sem dúvida esta é uma verdade absoluta. A morte atingiu o homem fisicamente e espiritualmente, assim afetando sua psique. Entretanto precisamos considerar também que a morte feriu a relação do homem com toda criação de Deus.

 

3.1 – No Mundo Espiritual

3.1.1 – Morte Espiritual

O homem e o Criador foram separados, a essa separação chamamos de morte espiritual. A morte espiritual é a separação entre a alma/espírito e Deus

A Queda implica diretamente na separação espiritual com Deus. Em função da entrada do pecado no mundo, o homem está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus não pode conviver, nem manter comunhão com o pecador. Por essa razão afirma-se não existir mais comunhão direta entre Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que após cometerem uma infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a mulher “esconderam-se”. Isso implica que a comunhão com Deus havia sido quebrada, por isso foram retirados do Jardim do Éden (Gn 3.23,24).

A morte espiritual além da separação de Deus trouxe outro resultado na vida do homem, ela fez com que o homem perdesse sua semelhança moral que tinha com Deus. Tudo no homem ficou corrompido. O homem sofre a morte psicossomática (psico [alma] – somática [corpo]), como veremos no próximo item.

A consequência final da morte espiritual sobre o homem é a separação eterna de Deus. Somente a regeneração oferecida por Cristo pode mudar o final desta história.

 

3.2 – No Homem

3.2.1 – Morte Física

O pecado trouxe ao homem a morte física, isto é, o fim da existência do seu corpo como matéria. O homem ficou condenado a se separar do seu corpo. O espírito voltará a Deus e o corpo voltará a terra (Ec 12.7 - o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu). A esta separação chamamos de morte física.

A morte física implica em uma deterioração do físico, dia após dia, até que o mesmo não suporte mais o peso da existência. O corpo se tornou frágil e limitado.

Após a morte física seremos julgados por Deus e este julgamento determinará nosso futuro eterno.

Se você não nascer de novo, jamais terá vida e isto te levará à morte eterna ou segunda morte; esta é a morte da qual não há oportunidade de escapar. A Bíblia diz: mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte (Apocalipse 21:8).

 

3.2.2 – Morte Psicossomática

Estou chamando de morte psicossomática à separação interior do homem, onde ele já não se vê mais como um ser inteiro, íntegro. Alma e corpo passam a viver em confronto.

O homem, em função do pecado, sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos imateriais de seu ser. Ou seja, o pecado desestabilizou a harmonia inicial do homem, e devido a isso, não pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei de Deus, e do próprio Deus (Gn 3.8 – o homem se esconde de Deus – é dominado pelo medo e vergonha de si mesmo). E as consequências ainda podem ser claramente observadas: A mulher passa a sofrer as dores do parto (Gn 3.16 – O que lhe é razão de grande alegria, vem por meio de muita dor), o homem a (Gn 3.17 – o homem passa a sentir cansaço por causa do trabalho e condenado a se esforçar pelo alimento).

O homem passa a travar uma batalha para se manter no bom caminho uma vez que suas inclinações, agora, pendem ao pecado, ao erro, a pratica do mal orientado contra Deus.

 

3.2.3 – Morte Sociológica: Na Relação do Homem Com Seu Semelhante

A esta morte chamaremos de separação sociológica: o homem não se vê mais em unidade inteira com seu semelhante.

O homem não perde apenas comunhão com Deus e harmonia consigo mesmo, mas como consequência do pecado o homem perdeu a harmonia com as demais pessoas. Em Gênesis 3 podemos ler a seguinte declaração:

7 Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se. [...] 12 Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi (Gn 3.7,12).

O primeiro conflito do homem encontra-se no contexto matrimonial. Ou seja, entre homem e mulher. Eles não só tem vergonha de si mesmo, como passam a ter vergonha um do outro. Eles se vêem como diferentes e não mais inteiros.

Entretanto, o relacionamento homem mulher não é o único prejudicado, mas qualquer espécie de relacionamento, pois em Gn 4.1-8 podemos notar o ciúme e o homicídio de Caim para com Abel.

 

3.2.4 – Morte Na Relação Homem-Natureza

A queda do homem afetou sua relação com a natureza, ocorreu uma separação entre o homem e a natureza.

A terra se tornou maldita por causa do homem (Gn 3.17,18). Passou a ser necessário que o homem viva em constante trabalho para sua sobrevivência (Gn 3.18,19). Entretanto, esse trabalho passa a ser cansativo agora, pois a terra precisa ser cuidada para que de fruto. Sem contar que o homem agora teria sua tarefa dificultada pelos espinhos e abrolhos.

Este texto nos indica que o homem trabalhava, mas não se sentia exausto; e seu trabalho não era enfadonho e sim algo que lhe fazia se sentir realizado.

 

3.3 – Na Natureza

Separação Ecológica: a natureza da natureza

Por consequência do pecado, a natureza passou a sofrer. Note que agora a “terra é maldita”, “produzirá cardos e abrolhos” e esta sujeita à vaidade (Rm.8.20-22).

É interessante lermos Isaías 11.6,7 e 65.25, pois o mesmo descreve como será a relação entre as espécies na nova terra.  Essa relação é caracterizada pela harmonia e paz entre todas as espécies.

“O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi” (Is 11.6,7).

Ao fazermos essa leitura podemos imaginar ou ter um pequeno vislumbre de como era nos dia de Adão e Eva, antes da queda. 

3.4 – No Universo

     Embora nosso conhecimento do universo seja limitado, podemos afirmar com certeza que todo o universo também foi afetado pela queda do homem.

Sol, luz e estrelas de alguma forma afetam também nosso dia a dia. Exemplo: O sol produz um calor maior do que podemos suportar e nos leva a sofrermos doenças e muitas vezes a morte. A ausência do mesmo também pode nos levar a experimentar um frio intenso que nos levará a morte.

O livro do Apocalipse descreve o castigo que estes elementos do universo trarão sobre nós. Portanto até o universo conspira contra nós por causa do pecado.

 

A luz de todos esses textos, concluímos que todo homem em virtude do pecado, ficou sob o domínio da morte física, da morte espiritual e da morte eterna. Sobre todos caiu igualmente, a condenação de Deus. A condenação irremissível seria o seu destino, não fosse o amor inescrutável de Deus pelo qual ele quis oferecer à criatura o plano da salvação. Este será o nosso próximo tema.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. O HOMEM E A SALVAÇÃO

 

O pecado condenou o ser humano à morte como vimos na aula anterior. A salvação oferecida por Jesus a nós seres humanos abrange todas as dimensões de nossas vidas afetadas pela morte como vimos na aula passada. Jesus nos salva da morte espiritual, física, psicossomática, social, da morte em relação à natureza. Em fim, a salvação de Jesus afeta nossas vidas hoje e eterna. Entretanto nossa ênfase neste estudo tratará da salvação de nossa condenação eterna.

Na sua vaidade, o homem sempre alimentou a pretensão de se salvar pelos seus próprios caminhos ou recursos, baseado em suas virtudes e suas obras, ou por meio de sofrimentos e penitências, ou ainda pela reencarnação, na esperança de satisfazer assim a justiça divina que condena o pecado e trazer paz a sua própria consciência.

 

  1. Pode o homem salvar-se a si mesmo?

A Palavra de Deus afirma categoricamente, a absoluta impossibilidade do ser humano conquistar a sua própria salvação. Eis alguns textos que o provam:

 

1 Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça. 2 Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é justo diante de ti. (Salmos 143.1,2)

 

15 Nós, judeus de nascimento e não ‘gentios pecadores’, 16 sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado. (Gálatas 2.15,16)

 

Diante a impossibilidade do ser humano salvar-se a si mesmo Deus deu a nós homens Seu Filho para morrer e pagar assim o preço do pecado que constava contra nós seres humanos.

 

2 Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. (1 João 2.2)

 

E todo aquele que Nele crer será salvo, conforme lemos no Evangelho de João 3.16.

 

16 Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16)

 

Há salvação é uma dádiva, e não uma conquista; provem da graça de Deus e não dos méritos do homem; é motivo de humildade e eterna gratidão, e não de vanglória, conforme lemos na carta aos Efésios 2.8,9.

 

8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.8,9)

 

A salvação não vem de nós, ela é um dom de Deus, um favor de Deus e não pode ser alcançada por obras. Ela nos é dada em Cristo Jesus, por meio da fé.

  1. Jesus é um salvador suficiente?

O segundo parágrafo do Credo Apostólico[2] refere-se a Jesus Cristo, nos termos que já conhecemos. As afirmações contidas nesse parágrafo destacam verdades fundamentais a respeito de sua pessoa que o qualifica como um salvador suficiente pelos seguintes traços:

 

2.1.       Sua humanidade: "... nasceu da virgem Maria", afirma o Credo. Jesus referia a si mesmo como homem e era conhecido como tal. Possuía um corpo material, com as mesmas características e sujeito as mesmas limitações do nosso corpo. Jesus sentia cansaço, sono, fome, sede, etc. Todavia, em virtude da maneira sobrenatural pela qual foi concebido, nele não havia pecado. Ele era verdadeiramente homem, embora não foi gerado por Maria e José.

          20 Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: "José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo". (Mateus 1.20)

          A importância do nascimento virginal se apresenta de três formas:

§   Primeiro: Mostra que a salvação vem do Senhor. O homem não consegue alcançar a salvação através de seus esforços. Deus providencia o cordeiro, o salvador que tira o pecado do mundo.

§   Segundo: Tornou possível unir em uma só pessoa a plenitude da humanidade e da divindade.

§   Terceiro: Permitiu que Jesus fosse totalmente humano sem se tornar herdeiro do pecado. Ele foi o cordeiro perfeito, sem defeito, sem pecado.

 

2.2.       Sua divindade: O Credo afirma também que Jesus era o "Unigênito Filho de Deus...". As palavras do anjo Gabriel a Maria foram:

          35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. (Lucas 1.35)

          Consideremos ainda o que nos diz os seguintes textos de João.

          1 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. [...] 14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1,14)

          Ele é chamado Deus, possui atributos de Deus como: existência própria, imutabilidade, santidade, onipresença, onisciência, onipotência; realiza obras de Deus como: criação, ressurreição dos mortos, perdoa pecados; é adorado como Deus, etc. Se Cristo não fosse Filho de Deus não venceria o pecado e nem a morte. Jesus Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, a teologia chama a união dessas duas naturezas de união hipostática ou mística.

 

No texto de João capítulo um a expressão “Palavra” (Verbo ou Logos) se refere a Jesus que se tornou carne. A encarnação foi o ato pelo qual Deus filho assumiu a natureza humana. Jesus nunca deixou de ser Deus, mas esvaziou-se de sua natureza divina, isto é, ele não fez uso de sua natureza divina para viver plenamente como homem.

A palavra “kenosis” significa literalmente esvaziamento, dando nome a essa doutrina. O texto que fundamenta esta doutrina se encontra na carta que o apóstolo Paulo escreveu aos irmãos da igreja de Filipo – “a si mesmo se esvaziou (ekenosen), assumindo a forma de servo(Filipenses 2.7).

 

3.      A obra de Jesus é suficiente para nossa salvação?

É de se notar que o Credo Apostólico, logo depois de referir-se ao nascimento de Cristo, menciona a sua morte: - "... morreu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Ao terceiro dia ressurgiu dos mortos...". Podemos resumir o que se encontra nessas palavras dizendo que elas afirmam o ensino bíblico sobre a obra salvadora de Cristo como nosso substituto perante a justiça divina, morrendo e derramando seu sangue por nós. Os seguintes textos abaixo, entre outros, sustentam essa afirmação:

 

4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. 5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. (Isaías 53.4,5)

 

3 Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, (1 Coríntios 15.3,4)

 

27 Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, 28 assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam. (Hebreus 9.27,28)

 

Durante todo o seu ministério. Jesus insiste em afirmar a necessidade de sua morte. E os apóstolos fizeram da cruz tema central da mensagem salvadora que proclamaram. Diante disto levantamos a questão: “A morte de Jesus é suficiente para nossa salvação?”

A Bíblia no ensina que por meio dessa substituição, fomos perdoados, reconciliados e salvos.

 

1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, (Romanos 5.1)

 

19 ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. (2 Coríntios 5.19)

 

Com a sua morte Jesus satisfez a justiça e a santidade divina. O pecado não podia deixar de ser punido, e o próprio Deus satisfez essa necessidade de punição. O salário exigido pelo pecado foi pago.

 

23 Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 6.23)

 

No Livro de Hebreus fica claro que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente para nossa salvação, de tal forma que não precisamos mais oferecer sacrifícios e nem Cristo Jesus morrer mais de uma vez por nós pecadores.

 

24 Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor; 25 não, porém, para se oferecer repetidas vezes à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio. 26 Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. 27 Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, 28 assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam. (Hebreus 9.24-28)

 

Quando Jesus afirmou na cruz “está consumado” (gr. tetelestai), conforme lemos no Evangelho de João 19.30, ele estava dizendo que nada mais precisava ser feito, a obra da salvação estava completa. Jesus satisfez todas as exigências da Lei (moral, civil e religiosa).

 

    

 

4.      Deus o juiz e justificador

Há algo, nesse plano salvador, cuja sublimidade escapa à nossa apreciação: de um lado, o Pai que dá seu Filho unigênito para substituir-nos e, do outro, o Filho que se humilha, encarnando-se, dando a vida e derramando seu sangue em nosso lugar.

Só no amor infinito e inescrutável de Deus podemos encontrar explicação desse ato justificador. Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores.

 

8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. 9 Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! 10 Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! (Romanos 5.8-10)

 

Deus vela pela justiça e vemos isso no castigo do pecador – Jesus sofreu este castigo em nosso lugar. Contudo Deus mesmo é o justificador provendo a satisfação da justiça mediante o sacrifício de seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.

 

23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. 25 Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3.23-26)

 

Podemos dizer que a morte de Jesus realizou:

·      Um resgate – A morte de Cristo pagou o preço da penalidade pelo pecado (Mateus 20.28; 1 Timóteo 2.6). A morte de Jesus nos transportou para o Reino de Deus;

·      Uma reconciliação – A posição do mundo em relação a Deus foi modificada pela morte de Cristo, de tal modo que todos os homens agora podem ser salvos (2 Coríntios 5.18-19). A paz foi restabelecida entre Deus e os homens;

·      Uma propiciação – A justiça de Deus foi satisfeita com a morte de Cristo (1 João 2.2). Jesus Cristo recebeu toda ira de Deus de tal forma que os homens não estão mais debaixo da ira de Deus;

·      Uma substituição – Cristo morreu no lugar dos pecadores (2 Coríntios 5.21). Ele se fez pecado em nosso lugar;

·      Uma prova do amor de Deus – A entrega de Seu único filho demonstra todo o amor que Deus sente pelo mundo e pelo homem em especial (João 3.16; Romanos 5.8).

 

 

 

 

 

 

 

 

3. POSSO TER CERTEZA DA MINHA SALVAÇÃO?

 

Podemos ter certeza de nossa salvação escatológica? A Bíblia garante que podemos ter certeza da vida eterna? Sim a bíblia diz que podemos ter, mas existe uma condição para isso. Sem a convicção da salvação é impossível desfrutar da paz realizada por Cristo na cruz. Mas qual é a condição necessária para que eu possa ter esta convicção?

 

  1. A CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA TERMOS CERTEZA DE QUE SOMOS SALVOS

Por muito tempo fui um defensor de que uma vez convertido a Jesus Cristo não podíamos perder a nossa salvação. Entretanto a leitura da bíblia me confrontou com algumas verdades bíblicas que não podem ser negadas e simplesmente serem deixadas de lado por acreditarmos em uma linha teológica não condizente com essas verdades. Não podemos negar a verdade de que esta certeza é dada somente para aqueles que permanecem em Cristo. Está escrito:

 

7 Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. (João 15.7)

 

10 Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. (João 15.10)

 

“Se” é um adjunto adverbial condicional. Poderíamos substituir o termo “se” pelas seguintes palavras: “a menos que, desde que”. É evidente que Jesus está dizendo que se não permanecermos Nele e em suas palavras não permaneceremos no seu amor e nem teremos nossas orações respondidas. Isto significa que deixamos de viver sob a sua graça.

O que Jesus está dizendo não dá para ser ignorado. Imagine se eu dissesse para você: “Se você guardar a bagunça que fez, eu te recompensarei com um sorvete”. Ao dizer isso já está subtendido que se você não guardar a bagunça não receberá o sorvete. Essa mesma verdade vale para as palavras de Jesus.

Paulo ao escrever sua carta aos irmãos da Galácia, região da Ásia Menor, ele diz as seguintes palavras:

1 Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. 2 Ouçam bem o que eu, Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. 3 De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a cumprir toda a lei. 4 Vocês, que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça. 5 Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança. (Gálatas 5.1-5)

Paulo escreve estas palavras aos crentes judeus e gentios que haviam recebido o Evangelho da graça pela fé, mas agora influenciados por alguns judeus convertidos, estavam abandonando segundo Paulo o Evangelho da graça e retornando a confiança na Lei de Moisés.

O apóstolo afirma no verso quatro, falando aos que estavam abandonando o Evangelho da graça (que apresenta a justificação pela fé na obra de Jesus), que ao abandonarem esta fé e buscarem no cumprimento da Lei de Moisés a justificação eles “caíram da graça e se separaram de Cristo”. Isto é muito sério. Paulo está dizendo que perderam a salvação.

Só cai da graça quem estava na graça. Só se afasta de Jesus quem estava com Jesus. Só cai do telhado quem estava no telhado. Só cai de bicicleta quem está na bicicleta. Não conseguimos negar esta verdade.

Muitos outros textos bíblicos defendem esta verdade. Se não permanecermos em Cristo até o fim, perdemos nossa salvação. As sete cartas escritas às igrejas no livro de Apocalipse termina dizendo: “Ao vencedor”. Quem são os vencedores? Aqueles que permanecem em Cristo até o fim.  

Não perdemos a salvação por causa de um pecado, de uma falha moral, mas pelo abandono de nossa fé. Está escrito:

1 O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. (1 Timóteo 4.1)

Alguns abandonarão a fé, outras versões dizem “apostatarão da fé”. Só abandona a fé quem possuía fé. Só é possível apostatar da fé aquele que estava na fé. Não é possível contradizer essas verdades.

O que estou mostrando através deste estudo é que não podemos negar a verdade de que a bíblia nos ensina que podemos nos apostatar de nossa fé em Jesus Cristo.

Esta é a primeira verdade que quero destacar neste estudo: O crente pode se apostatar, abandonar a fé no decorrer de sua vida.

 

2.      E QUANTO AS AFIRMAÇÕES BIBLICAS DE NOSSA CERTEZA DE SALVAÇÃO?

Existem na bíblia muitos versículos contundentes afirmando que podemos descansar na certeza de que em Cristo a nossa salvação é certa.

Muitos defendem esta verdade apresentando o texto de João 6.37-40.

37 Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. 38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40 Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6.37-40)

Os deterministas e os crentes na doutrina da predestinação, isto é, aqueles que compreendem que Deus escolheu os que serão salvos, afirmam que Jesus irá salvar somente os que o Pai deu a Ele e que estes de modo algum perderão a salvação baseados na afirmação de Jesus “e eu o ressuscitarei no último dia”.

Particularmente eu não vejo neste texto afirmação de uma eleição, isto é, a afirmação que Deus escolheu uns para salvação e outros, por escolha própria, Ele os abandonou deixando-os sujeitos a condenação eterna.

Penso que deveríamos perguntar: “Quem o Pai deu ou dará a Jesus?” O próprio Senhor Jesus responde a esta pergunta na sequência deste texto.

No verso 40 temos a resposta referente a quem são as pessoas que o Pai deu a Jesus. “A vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna”. Paulo reafirma esta verdade em sua epístola a Timóteo (1 Tm 2.4).

Quem Jesus irá ressuscitar no último dia? Todo aquele que olhar para Ele e nele crer. O texto está dizendo que o Pai deu ao Filho todo o que olhar para Ele e nele crer, isto é, deu todas as pessoas que crerem no Filho. Todos os que crerem Jesus garante “eu o ressuscitarei no último dia”. Sim, podemos ter esta certeza. Jesus não está falando dos apóstatas, ele não está preocupado com isso neste momento de seu discurso. Mas como vimos ele diz sobre isto quando está próximo de sua morte, em suas orientações aos seus discípulos (João 15) e na parábola do semeador.

Outros textos também corroboram para a afirmação desta verdade, por exemplo: 34 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". 37 Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, 39 nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8.34-39)

O apóstolo Paulo está afirmando que todo aquele que está em Cristo não poderá ser separado de Deus.

Ainda podemos citar também o texto bíblico encontrado no Evangelho de João.

24 "Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. (João 5.24)

Aquele que crê tem a vida eterna e não será condenado, já passou da morte para a vida. Que palavra maravilhosa! Portanto temos aqui uma segunda verdade: Todo crente em Cristo não perde a salvação.

 

3.      DUAS VERDADES CONTRADITÓRIAS

Vimos que a bíblia nos apresenta duas verdades que aparentemente são contraditórias. A primeira verdade diz que o crente pode se apostatar, perder sua salvação por abandonar a fé. A segunda verdade afirma que o crente não perde sua salvação, pois Jesus garantirá a ele a sua vitória.

Muitos estudiosos bíblicos optam por uma das verdades e buscam justificar a outra com falácias, enganando a si mesmos. Não podemos escolher uma das verdades anulando a outra. Toda a bíblia é inspirada por Deus e não tem incoerências. Diante disso precisamos refletir em como podemos unir as duas verdades, sem abrir mão de nenhuma delas.

Compreendo que a resposta é clara: “O crente não perde a salvação. O apostata caiu da graça”. O que isto significa? Que Deus garante a nossa salvação se não abandonarmos a nossa fé em Cristo Jesus. Jesus não perde nenhum de nós, mas respeita a nossa liberdade. Alguns usando de forma errada sua liberdade escolhem abandonar sua fé, abandonar a casa do Pai celestial, assim como o filho pródigo o fez. Entretanto nem todos retornam a casa do Pai.

 

  1. Perguntas Reflexivas

·                A obediência aos mandamentos de Deus é necessária para salvação?

·                A prática das boas obras é necessária para a salvação?

·                Para uma pessoa ser salva ela precisa crer e obedecer aos mandamentos de Deus?

·                Para uma pessoa ser salva ela precisa crer e praticar boas obras ou obras de justiça?

·                Pode uma pessoa que nasceu de novo, selada pelo Espírito de Deus perder a salvação?

·      Se um crente não perde a salvação, por que a Bíblia faz advertência para o crente se manter firme na fé, para não cair da graça?

 

 

Para estudo e meditação.

Baseie as suas respostas nos textos bíblicos que seguem à pergunta:

 

1. Qual a situação da pessoa sem Cristo? Efésios 2:1

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

2. Dê uma definição de pecado:

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

3. O que o pecado faz entre o homem e Deus? Isaías 59:2

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

4. De acordo com Romanos 3:10-12 e 23 (assinale a correta)

            (  ) Ninguém é pecador, ou seja, todos nascem bons e continuam bons.

            (  ) Alguns são pecadores e outros não.

            (  ) Alguns são mais pecadores do que os outros.

            (  ) As pessoas religiosas são menos pecadoras do que as outras.

            (  ) Todos, indistintamente, são pecadores e não há ninguém bom.

 

5. Qual é o único meio de quebrar a barreira que existe entre o homem e Deus? João 14:6 e Atos 4:12.

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

6. Como a pessoa pode ser salva?

a) Atos 3:19                                                                                                                        

b) João 1:12                                                                                                                         

 

7. Quanto às boas obras: (assinale as alternativas corretas)

            (   ) Elas ajudam na salvação.

            (   ) Elas não tem valor algum para salvação.

            (   ) É errado praticá-las.

            (   ) Só poderemos ser salvos se tivermos fé em Deus e praticarmos boas obras.

 

Confira sua resposta com Efésios 2:8-10 e Tito 3:5

 

8. Você tem certeza de que está salvo?

(  ) Sim          (  ) Não       Por que? _________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

 

Leia I João 5:11-13 para conferir a sua resposta com a Bíblia

 

 

9. Por que Jesus deve ser o Senhor da sua vida? I Coríntios 6:19-20.

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

10. O que acontece com a pessoa no momento em que ela crê em Cristo? Efésios 1:13,14.

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

11. De acordo com Colossenses 3:1-2, quais são as ordens para as pessoas que já foram ressuscitadas com Cristo, isto é, já nasceram de novo?

1)                                                                                                                                         

2)                                                                                                                                         

 

O que significa isso?

1)                                                                                                                                         

2)                                                                                                                                         

 

12. Pode alguém que nasceu de novo perder a salvação?

João 6.37-40 ____________________________________________________________

Romanos 8.30  __________________________________________________________

Romanos 8.38,39 ________________________________________________________

Efésio 1.13,14  __________________________________________________________

 

Quem nasceu de novo não pode perder a salvação. Deus não retira o que nos deu. Ele nos deu a vida eterna em Cristo. O próprio Deus nos concede graça, através do Espírito Santo, para podermos perseverar em nossa fé. Ele nos predestinou, nos chamou, nos justificou e nos glorificou em Cristo (Ele já fez). Deus é fiel para cumprir Sua Palavra. Essa doutrina se chama “Perseverança dos Santos”.

 

13.    Se um crente não perde a salvação, por que a Bíblia faz advertência para o crente se manter firme na fé, para não cair da graça?

Mateus 24.13 ____________________________________________________________

Hebreus 3.14  ____________________________________________________________

Hebreus 10.35-39 _________________________________________________________

 

Estes e outros textos bíblicos foram escritos para revelar que os salvos são aqueles que perseveram na fé até o fim. A vida em Cristo é uma jornada que precisa ser vivida em santidade. O nascido de novo não vive na prática do pecado. Ele pode cair, às vezes até duvidar de sua salvação, mas não permanece caído. Em algum momento ele se levantará arrependido e retornará a uma vida de santidade. O pecado não lhe tira a dadiva da vida eterna, somente o abandono da fé pode levar o crente a se tornar descrente. Por isso é necessário viver em vigilância quanto à vida espiritual.

                        

4. SOMOS SALVOS PARA QUÊ?

 

Muitos de nós nos perguntamos: “Para quê o Senhor me salvou? Qual o objetivo prático da minha salvação? O que devo fazer agora que eu sei que estou salvo? Cruzar os braços e deixar a vida me levar até a volta de Jesus? O que devo fazer além de frequentar os cultos, os pequenos grupos e as reuniões de oração?”

Levantamos essas perguntas com o fim de refletirmos no propósito de nossas vidas. Podemos afirmar a partir da Bíblia que existe um propósito em nossa criação. Não estamos neste mundo por acaso. Não somos fruto do caos, mas de um projeto muito bem elaborado pelo Criador. Deus nos salvou da morte eterna com o fim de que possamos cumprir nosso propósito.

Vejamos o que nos diz alguns textos bíblicos sobre o propósito de nossa existência.

 

4 Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. 5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 6 para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. (Efésios 1.4-6)

 

11 Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade, 12 a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória. (Efésios 1.11,12)

 

10 Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Efésios 2.10)

 

31 Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10.31)

 

9 Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2.9)

 

O propósito de sua vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais ambiciosos sonhos e aspirações. O propósito de sua vida transcende você.

Ao contrário do que dizem muitos livros famosos, filmes e seminários, você não irá descobrir o significado de sua vida olhando dentro de si mesmo, mas olhando para Jesus. Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida: é a fonte dela. Para descobrir o propósito para sua vida, volte-se para a Palavra de Deus, e não para a sabedoria do mundo.

 

16 pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. (Colossenses 1.16)

 

Se nós fomos criados por Ele e para Ele podemos afirmar:

  • É somente em Deus que descobrimos nossa origem, nossa identidade, nosso propósito, nossa importância e nosso destino. Todos os outros caminhos levam a um beco sem saída.
  • Viver é deixarmos Deus nos usar para SEUS propósitos, e não usarmos Deus para alcançarmos o que desejamos.
  • Ser bem-sucedido e cumprir o propósito para nossas vidas são coisas absolutamente distintas! Você pode alcançar seus objetivos pessoais, tornando-se um sucesso pelos padrões do mundo, e ainda assim falhar em alcançar os propósitos para os quais Deus o criou.
  • Deus não nos deixou às cegas, para ficarmos questionando e conjecturando sobre nossa existência. Ele claramente revelou, ao longo da Bíblia, seu propósito para nossas vidas. Eu, Cornélio, acredito que o propósito maior de Deus para nós é a “Comunhão”. Tudo o que Deus fez e faz tem a finalidade de nos conectar a Ele. Fundamento minha afirmação nos textos bíblicos de Efésios 1.4,5nos escolheu para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença e adotados como filhos. Também no texto de Gênesis 3.8 – Deus andava pelo jardim em busca do homem. No Evangelho de João, Jesus ora para que nós sejamos um com Ele, assim como Ele é com o Pai (João 17.20-23). No livro de Apocalipse encontramos as seguintes palavras: O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho (Apocalipse 21.7).

 

Acredito que os demais propósitos de nossas vidas fluem como resultado da comunhão com Ele. Por meio da comunhão nosso homem interior é despertado com um profundo desejo de adorá-Lo (contemplação) e servi-Lo (realização).

Adoração e serviço são duas formas de ministrarmos a Deus. A primeira é um serviço pessoal contemplativo, introspectivo e oferecido a Deus por meio de louvores, seja através de música ou de palavras de engrandecimento, e também, através da santidade e da oração. A segunda é um serviço pessoal prático, objetivo onde se adora a Deus através de ações concretas aos nossos semelhantes, sejam eles cristãos ou não.

A Igreja é o local onde podemos aprender a servi-Lo de forma pratica, mas não deve ser o único local onde servimos a Deus. Aprendemos nela para servirmos fora dela.

 

1 - Servindo a Deus através da adoração

 

7 Dêem ao Senhor, ó famílias das nações, dêem ao Senhor glória e força. 8 Dêem ao Senhor a glória devida ao seu nome, e entrem nos seus átrios trazendo ofertas. 9 Adorem ao Senhor no esplendor da sua santidade; tremam diante dele todos os habitantes da terra. (Salmos 96.7-9)

 

23 No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. (João 4.23)

 

a)   Adoração por meio do louvor - Deus forma Seu povo para receber dele louvor (Is 43.21 - ao povo que formei para mim mesmo a fim de que proclamasse o meu louvor). Portanto, o primeiro e mais importante serviço que podemos prestar é ao próprio Deus, através de nosso louvor e ações de graças. Só Deus pode e deve receber adoração. (Êx 20.1-5; Mt 6.24; Is 42.8).

b)   Adoração por meio de uma vida santa - Ser santo é uma forma de servir a Deus (Lv 20:7 - Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês. 1 Pd 1.15 - Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem,). Santidade no vestir, no falar, no pensar, no agir e no olhar.

c)    Adoração por meio da oração e intercessão - Devemos interceder pelos não salvos diante de Deus (Êx 19.6 - vocês serão para mim um reino de sacerdotes...; 1 Pe 2.9 - Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,...).

 

2 - Servindo a Deus através do serviço ao próximo

A cruz simboliza pelo traço vertical, nosso relacionamento com Deus, o Criador, pelo traço horizontal nosso relacionamento com o próximo. Daí Jesus resumir os 10 mandamentos assim: Amarás o Senhor teu Deus de todo coração e de toda alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro grande mandamento. O segundo semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22.37-39).

Este é um serviço de adoração não contemplativo, mas objetivo e prático, de ações concretas em prol de nosso semelhante.

 

1. A maior prova de amor ao próximo será levá-lo a conhecer e entregar sua vida ao Senhor Jesus Cristo. Esta é a melhor coisa que podemos fazer por alguém. Podemos fazer muitas coisas pelo próximo, mas levá-lo à salvação e libertação espiritual é sem dúvida a mais importante e significativa (Rm 6.23). Como fazer isso? Anunciando o perdão de Deus e testemunhando o que Deus fez por ele na cruz. Devemos ser luz para os que estão em trevas.

15 E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. (Marcos 16.15)

 

2. Demonstramos também nosso amor ao próximo quando lutamos para que ele tenha uma vida melhor neste mundo presente. Servir ao próximo implica em lutarmos pelos direitos dos oprimidos, dos marginalizados ajudando-os a terem uma melhor vida possível neste tempo presente. Como servos de Deus devemos ser atuantes no mundo, para fazermos do mundo um lugar melhor. Devemos lutar para que o Reino de Deus venha a este mundo, pois nós somos portadores de sua graça, somos seus embaixadores, somos cooperadores para a manifestação de Seu amor. Somos o sal que deve temperar e impedir a putrefação de nossa sociedade. Não fazemos isso por meio da força, mas do amor.

27 A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. (Tiago 1.27)

 

17 Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado. (Tiago 4.17)

 

8 "Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados. 9 Erga a voz e julgue com justiça; defenda os direitos dos pobres e dos necessitados". (Provérbios 31.8,9)

 

5. A BÍBLIA E SUA COMPOSIÇÃO

 

Se você já nasceu de novo, precisa agora de alimento genuíno para crescer espiritualmente. Aliás, uma das características de quem já nasceu de novo é desejar ardentemente alimentar-se da Palavra de Deus (1 Pedro 2.2). A Bíblia nos fornece este alimento genuíno. Ela não é um livro de religião como os demais. Como veremos, ela é a Palavra de Deus viva. Seguindo os seus ensinamentos, debaixo da liderança do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo, estaremos nos moldando ao estilo de vida que Deus requer de nós.

 

1 - A composição da Bíblia

·         É um livro composto por vários livros

·         A palavra “Bíblia” vem do Grego “Biblos” que significa “livros”

·         Cerca de 40 escritores em diferentes épocas escreveram inspirados pelo Espírito Santo, ou seja, um único autor (Espírito Santo) e vários escritores (profetas e apóstolos).

·         Está dividida em duas partes: ANTIGO e NOVO TESMENTO.

·         Os nomes Antigo Testamento e Novo Testamento focalizam as duas grandes alianças feitas por Deus com Seu povo

 

A palavra “Testamento” corresponde à palavra hebraica berith = aliança, pacto, contrato.

O Antigo Testamento é a revelação de Deus para o povo de Israel e através do povo de Israel, apontando para a vinda do Messias, que haveria de ocorrer na plenitude dos tempos.

Jesus Cristo é o Messias e Salvador que veio na plenitude dos tempos. Com ele teve início a IGREJA, fundada sobre o alicerce do testemunho dos apóstolos.

Os escritores do Novo Testamento passaram a chamar a primeira aliança de “Antiga aliança”, porque foi substituída por uma aliança superior feita com o sangue de Jesus Cristo (Hebreus 8.6).

 

2 - A natureza da Bíblia.

Vários fatores são importantes em relação à natureza da Bíblia:

 

2.1. Suas peculiaridades. A Bíblia é singular:

A.      Na sua unidade. Embora tenha levado um período de mais ou menos 1.500 a 1.600 anos para ser concluída, e tenha sido escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, que viveram em épocas diferentes. Alguns eram homens cultos e outros homens simples. Entretanto, do começo ao fim da Bíblia, há uma unidade perfeita. A Bíblia nunca se contradiz em seu conteúdo teológico. Contradições aparentes existem por causa de tradução. Por exemplo:

Gênesis 6.6 - Então o Senhor arrependeu-se (nacham[3]) de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração.

Números 23.19 - Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa (nacham[4]). Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?

B.       Na sua continuidade. Ela trata das coisas desde a sua origem. As narrativas bíblicas tratam do passado, do presente e do futuro. Contudo ela não é um livro cientifico. Ela apresenta uma revelação progressiva. O conhecimento de Deus vai sendo construído e transformado na medida em que Deus vai se revelando progressivamente.

Por exemplo: Existe uma ideia desde os dias de Noé que Deus quer sacrifícios. Mais tarde o profeta Samuel desconstrói este pensamento dizendo que Deus quer obediência, mais do que sacrifício. Passado mais alguns anos o profeta Isaías diz que Deus deseja uma adoração que venha do coração e não apenas uma obediência sem entrega do coração (Isaías 29.13; Marcos 7.6-8).

C.      Na sua circulação. Estima-se hoje que mais de 4 bilhões de exemplares foram publicados e vendidos (informação de 2020 - https://www.biblio.campusananindeua.ufpa.br).

D.      Na sua tradução. Atualmente, a Bíblia está traduzida em quase 3 mil línguas e dialetos (informação de 2020 - https://www.biblio.campusananindeua.ufpa.br).

E.       Na sua sobrevivência. Nada tem destruído a Bíblia. É um livro que tem sido criticado, rasgado, queimado, proibido. Tem sido escavada pela arqueologia. A própria arqueologia a tem confirmado e não negado. Ela é a indestrutível Palavra de Deus (Isaías 40.8 - A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre).

F.       Na sua exatidão. A quantidade enorme de manuscritos provam a sua exatidão. Podemos ter absoluta certeza quanto ao conteúdo da Bíblia.

G.      Nos seus ensinos. O Novo Testamento completa o Velho Testamento. Os seus ensinos são preciosos e exatos. Tudo o que o V.T disse sobre Jesus, por exemplo, cumpriu-se no Novo Testamento.

H.      Nos seus relatos históricos. Ao longo dos anos a arqueologia e a história tem comprovado a veracidade da Bíblia.

I.         Nas suas citações. É o livro mais comentado e citado do mundo todo.

J.        Na sua atualidade. É um livro antigo, mas atual e relevante para os dias de hoje. Ela nunca fica superada. É mais atual do que o jornal de hoje.

 

2.2. Através dela Deus revelou a sua vontade aos homens

A revelação parte de Deus e não dos homens. Deus se revela de várias formas aos homens. As revelações de Deus foram divididas pelos estudiosos de duas formas: Revelação Geral e Revelação Especial.

 

A.  Revelação Geral

1.    Deus se revela pela natureza - Salmo 19.1-6 fala que os céus declaram a glória de Deus. Veja também Romanos 1.18-20.

2.    Deus se revela por meio de nossa consciência - A consciência humana não inventa coisas; e sim, atua com base num padrão (certo X errado). Essa ciência revela o fato de que há uma Lei absoluta no universo, e que há um Legislador Supremo que baseia esta Lei em sua própria pessoa e caráter. Romanos 2.14,15.

 

B.                                      Revelação Especial

1.    Deus se revela através de Sua Palavra – Mateus 4.4 - Jesus respondeu: "Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’".

2.    Deus se revela em Jesus Cristo – João 1.18 - Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.

 

Obs.: Não precisamos de outras fontes de conhecimento sobre Deus. Ex.: Consultar os mortos (Isaías 8.19-20), horóscopos, cartomantes, etc. Todas essas coisas são contrárias à Palavra de Deus e, consequentemente, proibidas.

 

3  - Assuntos tratados na Bíblia.

A Bíblia trata de uma grande variedade de assuntos. Entretanto, há duas coisas básicas que Deus quer nos comunicar:

 

3.1. Que o homem pode ter um novo relacionamento com Ele.

Jesus veio para derrubar a parede de separação - criada pelo homem - entre este e Deus - Efésios 2.13-14. Em Cristo Deus quer um povo para viver em comunhão com Ele.

 

3.2. Como devemos viver em face desse novo relacionamento.

Quando a pessoa é reconciliada com Deus por meio de Jesus, ela passa a ter uma nova vida. Essa nova vida exige um comportamento de acordo com o padrão de Deus. Cristo se torna a referência para todas as dimensões de nossa vida.

 

 

 

                                                              Céu e inferno

          educação de filhos                                 casamento

                                                                                                      

           comunicação                    Cristo            relacionamentos profissional/amigos

                           

               sociopolítico-econômico                                  dinheiro

                                                     Igreja

 

Nota: Primeiramente Cristo deve ser o centro da vida. Uma vez que Jesus é o centro, Deus tem orientação segura e firme em Sua Palavra para todas as áreas de nossa vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6. UMA BREVE HISTÓRIA DA BÍBLIA

 

1 – Escritores

·         A Bíblia foi escrita por 40 diferentes autores que representavam 19 diferentes ocupações (pastores, fazendeiros, pescadores, cobradores de impostos, médicos, reis, copeiro, etc).

·         São aproximadamente 50 gerações de homens.

 

2 - Tempo

·         Os primeiros 39 livros da Bíblia foram escritos em hebraico ao longo de um período de mais ou menos 1.000 anos.

·         Houve um intervalo de 400 anos em que nenhuma Escritura foi redigida, exceto livros apócrifos (não autênticos).

·         Depois disto, os últimos 27 livros da Bíblia foram escritos em grego durante um período em torno de 50 anos.

·         A Bíblia levou aproximadamente 1500 a 1600 anos para se completar e possui no total 66 livros.

 

3 – Outros nomes dado a algumas partes da “Bíblia”

·         A Bíblia, na época de Jesus, era chamada de:

Ø  “Moisés e os profetas”

Ø  “A Lei e os profetas”

Ø  “Lei de Moisés, profetas e salmos”

Ø  “A Escritura” ou “As Escrituras”

 

Lucas 24.44 - “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos”.

 

4  – Línguas em que foi escrita

A - Hebraico

Língua em que foi escrito o Antigo Testamento, exceto alguns poucos trechos que foram escritos em aramaico.

 

B - Aramaico

Grupo de dialetos intimamente relacionados com o hebraico e falados na terra de Israel e em outros países do mundo bíblico (2 Reis 18.26).

26 Então Eliaquim, filho de Hilquias, Sebna e Joá disseram ao comandante de campo: "Por favor, fala com teus servos em aramaico, porque entendemos essa língua. Não fales em hebraico, pois assim o povo que está sobre os muros entenderá". (2 Reis 18.26)

Estão escritos em aramaico os seguintes textos bíblicos:

Ø  Esdras 4.8-6,18; 7.12-26

Ø  Daniel 2.4-7,28

Ø  Jeremias 10.11

 

 

C – Grego Koiné (comum)

Língua difundida pelo império de Alexandre, o Grande, que viveu de 356 até 323 a.C. Ele conquistou o mundo civilizado desde a Grécia até a Índia. É também conhecido como Alexandre Magno.

Deus preparou o cenário para que o NT fosse escrito nessa língua detalhista.

O grego koiné era a língua usada por comerciantes, médicos, escritores e políticos.

 

5  – Tipos de Textos

Ao longo dos anos vários textos bíblicos foram escritos e encontrados pelos historiadores. Estes textos são classificados da seguinte forma:

 

A - Autógrafos

Textos originais escritos por um profeta, apóstolo ou evangelista inspirado pelo Espírito Santo. Hoje não temos mais textos autógrafos[5].

 

B – Cópias

Embora não tenhamos mais textos autógrafos, porém, temos milhares de cópias espalhadas pelos cristãos do mundo e preservadas de geração em geração e estes garantem a sua fidelidade, pois Deus prometeu que sua Palavra não seria destruída (Sl 119.89; Is 40.8; Mt 5.18; Mt 24.35).

 

C - Apócrifos

Livros que a Igreja Romana, no Concílio de Trento em 1546, declarou inspirados, embora não fizessem parte do Cânon do A.T. estabelecido pelos judeus de Israel.

Os católicos chamam esses livros de "deuterocanônicos", isto é, pertencentes ao "segundo cânon".

 

6 - Livros Não Aceitos pelo Cânon

Pseudoepigráficos (falsa autoria): Livros que foram rejeitados por todos.

·      No Antigo Testamento – Enoque, Ascensão de Moisés, 3 e 4 de Macabeus, 4 Esdras, Os Testamentos dos 12 Patriarcas e outros.

·      No Novo Testamento – Atos de Paulo, A Epístola de Barnabé, O Pastor de Hermas, o Didaquê[6].

 

Apócrifos: Literalmente – “difícil de entender” ou “escondido”. Livros que foram aceitos pela Igreja Católica.

·      Todos os livros fazem parte do Antigo Testamento – Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (Sabedoria de Jesus, Filho de Siráque), Baruque, A Carta de Jeremias, 1 e 2 de Macabeus, A Oração de Manasses, 3 Esdras, além de acréscimos aos livros de Ester e Daniel.

 

Ø  A Bíblia é a palavra de Deus, pois sua composição foi inspirada totalmente por Deus (2 Timóteo 3.16).

Ø  A Bíblia contém a palavra de Deus, pois nem tudo o que está escrito é propriamente a palavra de Deus (Mt 4:3,6,9).

 

7 - Objetivos ou finalidades da Bíblia

1.        Testificar de Jesus - João 5.38-39.

2.        Tornar a pessoa sábia para a salvação em Cristo – I2 Tm 3.15 e João 20.30,31.

3.        Ensinar os princípios de Deus – 2 Tm 3.16.

4.        Repreender o erro – 2 Tm 3.16.

5.        Corrigir: mostrar o caminho da verdade – 2 Tm 3.16.

6.        Educar na justiça – 2 Tm 3.16.

7.        Advertir o homem – 1 Co 10.10-12 e Sl 19.11.

8.        Dar esperança - Rm 15.4.

9.        Trazer alegria, gozo, sabedoria e entendimento - Jr 15.16; Sl 19.7-10.

10.    Preservar do erro - Sl 119.11.

11.    Purificar a nossa vida - João 15.3.

12.    Sustentar nas dificuldades - Sl 119.92.

13.    Levar à maturidade – 2 Tm 3.17.

14.    Equipar para a vida – 2 Tm 3.17.

15.    Ser praticada - Sl 119.4.

 

8 - O poder e autoridade da Bíblia.

1. O poder

Hebreus 4.12 - Palavra de Deus ê penetra ê divide ê corpo, alma e espírito ê discerne ê coração, pensamentos e propósitos.

 

2. A autoridade

João 12.47,48 - A Palavra de Deus será base do julgamento final.

 

9 - Como assimilar e apropriar-se da Palavra de Deus.

1.    Ouvir - Romanos 10.17

2.    Ler - Apocalipse 1.3

3.    Estudar - Atos 17.11 e 2 Timóteo 2.15

4.    Memorizar - Salmo 119.11; Deuteronômio 11.18

5.    Meditar - Salmo 1.2; Josué 1.8 e Salmo 119.48

6.    Praticar - Mateus 7.24-27; Salmo 119.4

7.    Comunicar a outros – 2 Timóteo 2.2

 

10 - Nossa atitude em relação à Bíblia.

1.    Desejar a Palavra de Deus – 2 Pe 2.2

2.    Amar a Palavra de Deus - Sl 119.97 e 127

3.    Conhecer a Palavra de Deus - Os 4.6

Como? Ouvindo, lendo, estudando, memorizando, meditando.

4.    Crer na Palavra de Deus.

            a) 1 Rs 8.56 - “Nem uma só palavra falhou de todas as suas promessas”

            b) Lc 21.33 - “A palavra do Senhor permanecerá para sempre”

            c) Tt 1.2 - “O Deus que não pode mentir”

5. Praticar a Palavra de Deus - Tiago 1.22

6. Comunicar os seus princípios a outros - 2 Tm 2.2

 

11 - A Estrutura da Bíblia

 

11.1 – Estrutura do Velho Testamento

 

PENTATEUCO

“Torá” – (5 livros)

LIVROS HISTÓRICOS

(16 livros c/ apócrifos – 12 livros s/ apócrifos)

GÊNESIS

ÊXODO

LEVÍTICO

NÚMEROS

DEUTERONÔMIO

JOSUÉ

JUIZES

RUTE

1º SAMUEL

2º SAMUEL

1º REIS

2º REIS

1º CRÔNICAS

2º CRÔNICAS

ESDRAS

NEEMIAS

TOBIAS*

JUDITE*

ESTER

1º MACABEUS*

2º MACABEUS*

* Somente na Bíblia Grega Católica – 4 livros apócrifos

 

LIVROS POÉTICOS E SAPIENCIAIS

(7 livros c/ apócrifos – 5 livros s/)

LIVROS PROFÉTICOS

(18 Livros c/ apócrifos – 17 livros s/ apócrifos)

SALMOS

PROVERBIOS

ECLESIASTES

CÂNTICO DOS CÂNTICOS

SABEDORIA DE SALOMÃO*

ECLESIÁSTICO*

 

Profetas Maiores:

ISAÍAS

JEREMIAS

LAMENTAÇÕES

BARUC*

EZEQUIEL

DANIEL

Profetas Menores:

OSÉIAS

JOEL

AMÓS

OBADIAS (ABDIAS)

JONAS

MIQUÉIAS

NAUM

HABACUQUE

SOFONIAS

AGEU

ZACARIAS

MALAQUIAS

* Somente na Bíblia Grega Católica – 3 Livros Apócrifos – Total 7 Livros Apócrifos

 

 

·         A Bíblia protestante possuí 39 livros no A. T.

·         (5 pentateuco + 12 históricos + 5 Poéticos + 17 Proféticos)

 

11.2 – Estrutura do Novo Testamento

 

EVANGELHOS (4)

HISTÓRIA (1)

 

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

ATOS DOS APÓSTOLOS

 

CARTAS PAULINAS (13)

CARTAS GERAIS (8)

ROMANOS                                   1º TESSALONICENSES

1º CORINTIOS                              2º TESSALONICENSES

2º CORINTIOS                              1º TIMÓTEO

GÁLATAS                                     2º TIMÓTEO

EFÉSIOS                                       TITO

FILIPENSES                                  FILEMOM

COLOSSENSES

 

HEBREUS

TIAGO

1º PEDRO

2º PEDRO

1º JOÃO

2º JOÃO

3º JOÃO

JUDAS

APOCALIPSE (1)

 

11.3 – A divisão em Capítulos e Versículos

As versões antigas da Bíblia ou os Manuscritos mais antigos não observavam as

divisões de Capítulos e Versículos que hoje temos. A Bíblia foi dividida em capítulos e versículos pelo bispo católico Stephen Langhton entre 1227 - 1242 para facilitar a citação, o estudo e a pesquisa das Escrituras.

Os Massoretas dividiram o Antigo Testamento em versículos no século IX. O Novo Testamento foi dividido em versículos por Robert Stephanus em 1551 na Reforma Protestante, e possivelmente ele tenha dividido novamente o Antigo Testamento para que o mesmo fosse impresso, já que antes dele não havia ainda sido inventada a impressora.

 

 

                              

 

 

 

7. INSPIRAÇÃO - INERRÂNCIA - INFALIBILIDADE

 

·         A Bíblia é inspirada por Deus.

·         Se ela é inspirada é inerrante.

·         Se ela é inerrante, então é infalível.

 

1 - Inspiração

Quando falamos de revelação geral e especial estamos falando a respeito do meio ou da forma como Deus se revela ao homem. Quando falamos de inspiração estamos falando a respeito da forma como a Bíblia foi escrita.

A palavra "inspiração" refere-se à maneira como a auto-revelação de Deus veio a ser expressa nas palavras da Bíblia. Trata-se daquela atividade do Espírito Santo de Deus através da qual Ele dirigiu os autores da Escritura, de modo que seus escritos se tornaram uma transcrição da palavra de Deus ao homem. Chamar a Bíblia de "inspirada" é simplesmente outra maneira de dizer que ela é a auto-revelação de Deus e tem toda a autoridade. De fato, a inspiração divina da Escritura concede-lhe exatamente aquela autoridade que o Espírito confirma.

 

"Porque toda a Escritura sagrada é inspirada por Deus..." (2 Tm 3.16)

"Porque toda a Escritura sagrada é soprada por Deus..."   (2 Tm 3.16)

 

O termo inspirado vem de duas palavras gregas (theopneustos) e literalmente significa "soprado por Deus". 

Dizer que a Escritura é inspirada é confirmar sua origem e caráter divino e implica em algo mais forte do que a palavra inspiração. Mais corretamente, as Escrituras são "expiradas", isto é, sopradas por Deus.

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia, de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e registraram sem erro as palavras de Sua revelação ao homem.

A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

 

1.1  - A Teoria da Inspiração Plena ou Verbal

Existem outras teorias, mas não iremos estudá-las, pois são consideradas insuficientes para explicar a ação inspiradora de Deus. A teoria da inspiração plena e verbal é considerada como a teoria correta da inspiração bíblica.

Verbal – Implica que os autores não foram inspirados apenas em suas ideias gerais, mas nas próprias palavras usadas por eles (não ditada). A ideia é que cada palavra escrita nos manuscritos originais teve a supervisão de Deus.

Plenário – A inspiração reivindicada se estende a toda a Bíblia. Deus fez com que toda Escritura fosse escrita e não apenas as seções que levam as marcas da inspiração mais claramente.

Em fim, a Teoria da Inspiração Plena ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram como máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi Palavra de Deus. Assim, a inspiração plena ou verbal é o poder inexplicado do Espírito Santo orientando e conduzindo os escritores escolhidos por Deus na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais (1 Jo1.1-4), fontes orais ou verbais (Lc1.1-4; At 17.18; Tt 1.12; Hb 1.1), ou através de revelação divina direta (Ap 1.1-2; Gl 1.12), preservando-os de erros e omissões, de maneira a garantir a inerrância das Escrituras, e dando à Bíblia autoridade divina.

Explicar como Deus agiu no homem é tarefa difícil! Se já é complicado entender o entrosamento do nosso “ser espiritual” com o nosso “ser corpóreo” espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem! Ao aceitarmos Jesus como salvador aceitamos também as Escrituras como revelação de Deus. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento. Depois disso nenhum outro escritor, nenhum outro servo de Deus pode ser considerado inspirado no sentido bíblico.

 

A autoria bíblica é, portanto Divina e Humana, simultaneamente:

Autoria Divina: Do lado divino, as Escrituras são a Palavra de Deus, no sentido de que se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em 2 Tm 3.16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus). A referência aqui é ao que foi escrito. Então Deus “sopra” Sua Palavra na mente do escritor (expiração), e este, por sua vez, ao receber este “sopro” inspira (inala) a Palavra de Deus a qual será processada em uma mente humana, recebendo dela sua influência, isto é, a maneira de se expressar.

Autoria Humana: Na perspectiva humana vemos certos indivíduos escolhidos por Deus com a responsabilidade de receberem (inalarem) a Palavra e transformá-la em escrita. Em 2 Pe 1.21 encontramos a referência aos "Homens santos de Deus que falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos).

A própria Bíblia reconhece a autoria dual (Divina e Humana) em seu registro. Veja, por exemplo, que Mateus (Mt 15.4) registra que Deus ordenou: “Honra a teu pai e a tua mãe. E quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte”. Mas Marcos (Mc 7.10) registra o mesmo texto dizendo que foi Moisés quem ordenou essa conduta. E não há contradição – Deus é o autor desse mandamento, mas Ele usou Moisés para transmiti-lo aos homens. Em muitas outras passagens percebemos essa dualidade na autoria das Escrituras (Compare Sl 110.1 com Mc 12.36; Ex 3.6,15 com Mt 22.31; Lc 20.37 com Mc 12.26; Is 6.9,10; At 28.25 com Jo 12.39-41). Deus opera de modo misterioso usando a vontade humana, sem anulá-la e sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido. Neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv 16.1; 19.21; Sl 33.15; 105.25; Ap 17.17).

 

2 - Infalibilidade

Aplicada à Escritura, esta palavra deixa implícita a qualidade de não enganar. Esta declaração significa que todas as afirmativas bíblicas são verídicas e dignas de inteira confiança, em contraste com as palavras e declarações humanas "falíveis". Ela afirma que a Escritura não engana porque trata-se do auto-testemunho do próprio Deus.

A infalibilidade das Escrituras refere-se à sua mensagem vista como um toldo. Isto não quer dizer que certas passagens e textos não sejam infalíveis, mas que cada declaração e trecho particular é infalível dentro do contexto da Escritura inteira.

A infalibilidade da Escritura está associada com a intenção na mente do autor.

 

"Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebeste, e será assim convosco". (Marcos 11.24)

 

"Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres". (Tiago 4.3)

 

"E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve". (1 Jo 5.14)

 

2.1 - Como a Bíblia pode ser infalível se ela foi escrita por humanos falíveis?

O fato de a Bíblia ter sido escrita por seres humanos falíveis, não faz dela um Livro defeituoso. Afinal de contas, mesmos seres humanos imperfeitos podem fazer coisas perfeitas algumas vezes, e em especial se forem supervisionados por Alguém que é infalível.

Os cristãos não afirmam que os homens que escreveram os livros da Bíblia estavam sempre certos em tudo que disseram ou fizeram. Nós simplesmente acreditamos que a Bíblia está certa quando ela afirma que Deus guiou estes homens em sua tarefa de escrever as Escrituras de modo que o resultado é um livro infalível. O apóstolo Pedro certamente disse muitas coisas erradas durante sua vida, mas Deus não permitiu que ele cometesse nenhum erro quando lhe coube a tarefa de escrever suas duas epístolas.

Paulo, inspirado por Deus, ao escrever sua segunda epístola a Timóteo, afirmou que a Bíblia foi produzida por Deus e não por homens:

16 Toda Escritura é inspirada por Deus, e é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça.  (2 Timóteo 3.16)

 

3 - Inerrância

Se a Bíblia foi dirigida em suas próprias palavras pelo Deus da verdade podemos ter confiança em que está livre de erros. Assim sendo, toda a vez em que a Bíblia prescreve o conteúdo da nossa fé (doutrina) ou o padrão de nossa vida (ética) ou registra os eventos reais (história) ela fala a verdade. Devemos novamente esclarecer que o grau de inerrância alegado em qualquer caso particular é relativo ao que o texto pretende ensinar; quando uma passagem da Escritura é interpretada de acordo com a intenção do escritor e em harmonia com outras passagens bíblicas, sua verdade inerrante será percebida claramente.

 

29 Saindo Ele de Jericó, uma grande multidão o acompanhava. 30 E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho,.... (Mateus 20.29,30)

 

46 E foram (chegaram em) para Jericó. Quando Ele saía de Jericó,....., Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho." (Marcos 10.46)

 

35 Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas. (Lucas 18.35)

 

Apenas para ilustrar como os tempos mudaram, até poucos anos atrás tudo o que se precisava dizer para expressar convicção de que a Bíblia era plenamente inspirada era "A Bíblia é a Palavra de Deus". Depois, foi preciso acrescentar "A Palavra inspirada de Deus". Mais algum tempo passou e a frase cresceu para "A Palavra verbalmente inspirada de Deus". Daí, para dizer a mesma coisa, era preciso dizer: "A Bíblia é a Palavra de Deus, verbal e plenariamente inspirada". Depois, surgiu a necessidade de dizer: "A Bíblia é a Palavra de Deus, infalível, verbal e plenariamente inspirada". Hoje em dia é preciso usar uma bateria de termos teológicos: "A Bíblia é a Palavra de Deus, infalível, inerrante nos manuscritos originais, verbal e plenariamente inspirada". Apesar de tudo isso, é possível não comunicar exatamente o que se quer dizer!

 

3.1 - E os erros da Bíblia?

Existem algumas dificuldades na Bíblia, mas não há erros. Ninguém conseguiu provar que a Bíblia está errada. Em alguns trechos houve erro do copista, mas com a análise de outras cópias resolveu-se o problema. Outras passagens apresentam divergências por causa da tradução, nem sempre as palavras traduzidas expressam bem o que o autor quis dizer. Devemos considerar também o problema de interpretação dos próprios homens.

 

3.2 – Uma ajuda para as dificuldades da Bíblia

Abaixo segue um livro que poderá ajudá-lo a compreender as dificuldades encontradas na Bíblia.

Livro: Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia

Autores: Normam Geisler, Thomas Howe

Editora: Mundo Cristão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8. BATISMO

 

Jesus deixou diversas ordens para os seus discípulos individualmente, como ensinar todas as pessoas, evangelizar, orar, perdoar inimigos e amar a Deus acima de todas as coisas. Contudo afirmamos que Jesus deixou só duas ordenanças: Batismo e Ceia do Senhor.

 

1 - Qual a diferença entre estas duas ordenanças e as demais ordens?

Quando falamos de ordenança estamos falando de uma ordem especifica dada por Jesus que em seu ritual simboliza verdades espirituais e que devem ser obedecidas até que Jesus volte.

As outras ordens de Jesus se referem ao modo como devemos viver e as tarefas que devemos exercer como seus servos.

19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, (Mateus 28.19)

 

2 – Qual a diferença entre ordenanças e sacramentos?

Algumas igrejas afirmam que o batismo e a ceia do Senhor são sacramentos. Entretanto o batismo e a ceia do Senhor não são sacramentos, pois não conferem graça alguma para aqueles que a praticam. Estas ordenanças tem apenas o valor de um memorial para nós.

 

3 – O que é batismo?

Batismo (gr. Baptizo - βαπτίζω) significa, mergulhar ou imergir na água. É um rito praticado pelos seguidores de Jesus onde o indivíduo é mergulhado nas águas.

 

4 – Qual o significado do batismo?

Batismo é um símbolo do fim de uma vida e o início de outra.

12 Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. (Colossenses 2.12)

 

Simboliza a morte do velho homem e da velha natureza.

3 Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? 4 Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. 5 Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. (Romanos 6.3-5)

 

É necessário compreendermos que tanto o texto de Cl 2.12 e Rm 6.3-5 se referem ao batismo "em Cristo Jesus". A palavra nos diz que Jesus nos batizaria com o Espírito. O batismo com o Espírito Santo une o crente a Cristo, separando-o da velha natureza e associando-o à nova vida em Jesus. Este batismo ocorre quando a pessoa se converte a Cristo, se tornando crente em Jesus Cristo. Ela já não esta "em Adão", mas sim "em Cristo". Ela já não pertence ao mundo, mas a Igreja invisível de Cristo.

O batismo com água é uma representação dessa verdade. Aquele que crê em Jesus Cristo e que se tornou membro da igreja invisível por meio do batismo do Espírito, por meio do batismo nas águas, afirma ter morrido para o mundo e se torna membro da igreja visível de Cristo no mundo, de uma igreja local.

O rito do batismo ordenado pelo nosso Senhor Jesus funciona como um memorial para aquele que é batizado e ao mesmo tempo uma confirmação publica de sua fé em Jesus Cristo.

 

5 – O batismo salva?

O batismo não tem a virtude de transmitir salvação a uma vida. Somos salvos pela graça de Deus e não por obras ou ritos.

8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.8,9)

 

Embora o batismo não salve, ele deve ser obedecido por todos aqueles que creem em Jesus Cristo, uma vez que o mesmo é também uma confissão publica de fé. Mas a salvação está condicionada a fé e não ao batismo, como podemos perceber no Evangelho de Marcos.

16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. (Marcos 16.16)

 

6 – Como é realizado o batismo?

A Igreja de Cristo adota três formas de administração do batismo: aspersão, imersão e efusão. Na aspersão, a água é aplicada ou aspergida à cabeça do batizando; na imersão, o batizando é mergulhado na água; e na efusão, derrama-se a água sobre a cabeça do batizando com um vaso de água. A efusão é usada, em regra, só por algumas igrejas do Oriente.

Nós batistas adotamos a imersão por entendê-la biblicamente e historicamente como o meio mais correto. Portanto somos imercionistas.

Embora a palavra baptizo[7] no grego possa ser usada como aspergir ou derramar, o grego possui palavras específicas para aspergir (rhantizo) e derramar (katacheo). Se a forma correta de batismo é a aspersão ou efusão, por que tais palavras nunca são usadas no Novo Testamento para se referirem ao batismo?

 

7 – O que é necessário para que o batismo seja Bíblico?

1.                Que a pessoa que será batizada creia em Jesus como seu salvador: At 2.38-41; 8.37.

Entende-se que a pessoa que vai ser batizada nasceu de novo: João 3.3.

2.                Seja feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: Mt 28.19.

 

8 – Quem pode ministrar o batismo?

Qualquer discípulo de Jesus pode ministrar o batismo. Contudo por nos reunirmos em um lugar especifico e com o fim de mantermos uma ordem deixamos aos pastores esta tarefa.

19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, (Mateus 28.19)

 

I. O que Jesus Cristo nos ensina sobre o batismo?

a) Em Mt 28.19-20                                                                                                             

b) Em Mc 16.15-16                                                                                                             

c) Em Mt 3.13-15                                                                                                               

 

II. Quem pode e deve ser batizado?

a) Em Mt 28.19                                                                                                                   

b) Em At 8.37                                                                                                                     

c) Em Rm 6.3-6                                                                                                                  

 

III. O que a Bíblia ensina sobre o significado do batismo?

a) Em Cl 2.12                                                                                                                      

b) Em Rm 6.3-6                                                                                                                  

 

IV. Qual deve ser a atitude do convertido em relação ao batismo bíblico?

a) Em At 2.37-41                                                                                                                

b) Em Mc 16.16                                                                                                                  

c) Em Jo 15.14                                                                                                                    

 

V. Uma vez  que  fomos  batizados  e  nos  tornamos  membros  da  igreja, qual deve ser a    

     nossa atitude para com a igreja, para com o pastor e para com os irmãos?

a) Para com o pastor: Hb 13.17                                                                                          

b) Para com os outros irmãos: Gl 6.2                                                                      

c) Para com a igreja: Hb 10.25                                                                                            

 

VI. Por que devemos pertencer a uma igreja?

a) Porque Deus exige que pertençamos a uma igreja local: Hb 10.25                                

b) Porque na igreja somos equipados para a vida e para o ministério: Ef 4.11-16              

c) Porque o aconselhamento de outros irmãos é útil e necessário: Cl 3.16 e Hb 10.24      

        d) Porque foi Instituída por Cristo, se não fosse necessário, não seria fundada: Mt 16.18

e) Porque ao lado da família, é a instituição mais importante da terra.

 

DÊ SEU TESTEMUNHO DE CONVERSÃO PERANTE A IGREJA E PERANTE SEUS FAMILIARES E AMIGOS POR MEIO DO BATISMO.

NÃO SE ENVERGONHE DE CRISTO.

 

                                     

 

9. A CEIA DO SENHOR

 

23 Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão 24 e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". 25 Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". 26 Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. 27 Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. 28 Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. 29 Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. 30 Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. 31 Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. 32 Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. 33 Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. 34 Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções. (1 Coríntios 11.23-34)

 

Nos ensinos de Jesus, vemos apenas duas ordenanças[8]: o Batismo (foi estudado na aula anterior) e a Ceia[9] do Senhor.

A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus quando instruiu os discípulos sobre sua realização. Ele reuniu os doze e disse: "fazei isso em memória de mim" (Lucas 22.19).

Os quatro evangelistas tratam do assunto:

·                              Mateus narra detalhadamente às instruções de Jesus (Mateus 26.26-30);

·                              Marcos também cita este momento (Marcos 14.22-26);

·                              Lucas igualmente (Lucas 22.14-23);

·                              João aprofunda o tema (João 6.4,32,33,38,57,58)

Além dos quatro evangelhos, o apóstolo Paulo instruiu a igreja de Corinto quanto a Ceia, em sua primeira Carta (1 Coríntios 11.23-30).

A Ceia é um importante assunto e precisa ser estudado seriamente. Nesta lição aprenderemos sobre a instituição da Ceia, seu significado e valor para a Igreja.

 

1 – A instituição da Ceia

Jesus, sabendo que se aproximavam os momentos finais de sua vida, desejou participar da última páscoa com seus discípulos (Lucas 22.15). A páscoa era a festa comemorada anualmente, para celebrar a libertação dos judeus do Egito, conforme lemos em Êxodo 12.14. O Antigo Testamento narra, que, naquela ocasião, um cordeiro fora sacrificado e, em cada lar, seu sangue fora passado na vigia principal da porta. À noite, o anjo da morte visitou o Egito para matar, em cada casa, o primogênito. Mas, nos lares israelitas havia o sangue, e o anjo passou por cima (Êxodo 12.1-13). Daí vem o significado da palavra páscoa: "passar por cima".

Foi nessa ocasião que Jesus instituiu a Ceia[10], declarando que o pão e o vinho eram símbolos de seu corpo e de seu sangue (Lucas 22.17-21). A Ceia do Senhor foi instituída como um memorial[11], com o fim de nos fazer recordar periodicamente seu sacrifício por nós.

 

2 – A ressignificação da páscoa

Enquanto na páscoa os judeus comemoravam a libertação de Israel da escravidão egípcia, na Páscoa os cristãos relembram sua libertação da escravidão do pecado e da morte eterna em Cristo Jesus (Mateus 26.26-28 e João 6.57,58).

Jesus foi o Cordeiro de Deus que nos permitiu passar da morte para a vida, da condenação para a libertação (João 1.29). A páscoa para nós cristãos tem um significado maior do que para os judeus. Ela é maior em seu alcance e em sua obra.

A Ceia do Senhor é na verdade uma ressignificação da páscoa e ao mesmo tempo uma memorização dessa ressignificação pascoal.

 

3 – A ressignificação do pão e do vinho

O sacrifício de Jesus é relembrado na Ceia através de dois elementos materiais:

·      O pão que no Antigo Testamento simbolizava a pressa em sair do Egito. Este passou a simbolizar o corpo de Cristo dado por nós - "Tomai e comei; isto é o meu corpo...". O pão simboliza o alimento que sustenta a vida. Jesus é o alimento para nossas vidas;

·      O vinho não fazia parte dos elementos da ceia judaica no Êxodo. Somente mais tarde os judeus passaram a considerá-lo como um dos elementos para celebração da páscoa. Nos tempos de Jesus o vinho já era presente na celebração da páscoa e Jesus dá um significado a ele: "... isto é o meu sangue, [...] derramado em favor de muitos, para remissão de pecados".

Ao participar do pão e do vinho, o crente reafirma sua união[12] com Cristo, e relembra que dele recebeu o perdão dos pecados pela fé no sacrifício do Calvário.

A Ceia do Senhor apresenta uma mensagem em três tempos distintos:

·      Passado: Lembra a morte de Cristo e relembra ao cristão a realidade e o valor da morte de Cristo (1 Co 11.26).

·      Presente: Anuncia e dramatiza a obra redentora de Jesus Cristo, convocando a Igreja no cumprimento de seu dever (1 Co 11.23).

·      Futuro: Exorta a Igreja a pensar na volta de Jesus, quando passaremos para outra dimensão de vida. Os salvos participarão então das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7; 1 Co 11.26).

 

4 - Celebrar a Ceia é uma ordem do Senhor

Assim como o batismo, celebrarmos a Ceia é uma ordem que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo relembra essa verdade por meio das palavras: "Fazei isto em memória de mim".

 

5 - Quem pode ministrar a celebração da Ceia?

Não existe nenhuma ordem Bíblica de que somente o pastor pode celebrar a Ceia. Devemos preservar a organização na Igreja, entretanto não devemos criar leis que tirem a liberdade do Espírito. As Escrituras não apresentam um ensinamento explicito sobre essa questão, de modo que compete a nós decidir quem é mais sábio e adequado para ministrar a ceia do Senhor aos cristãos na igreja. Para que não haja abusos na ceia do Senhor, normalmente o líder responsável recebe a honra e a responsabilidade de ministrá-la, mas as Escrituras não exige que apenas os pastores ordenados ou oficiais especiais sejam os únicos encarregados disso.

 

6 - A Ceia na Igreja do primeiro século

A Igreja na era dos apóstolos tinha o costume de reunir-se periodicamente, para realizar a "festa do amor", ou "ágape", depois de cearem, de se alimentarem, a Ceia do Senhor também era celebrada (1 Co 11.17-22). Essa festa do amor era uma confraternização entre os irmãos, e a celebração da Ceia, um memorial do sacrifício de Cristo. Paulo, porém, fez uma severa repreensão[13] àqueles crentes porque a "festa do amor" era marcada pelo egoísmo e pela divisão existente entre eles. Participar do pão e do cálice era e é algo muito sério, para todos. Veja 2 Pe 2.13 e Judas 12.

 

7 – Quem pode participar da Ceia do Senhor?

Quem desejar! Todos são convidados para tomar assento na mesa do Senhor.

32 Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim. (João 12.32)

Jesus ao morrer na cruz convidou todas as pessoas à salvação. Se ele atraiu todos Nele na cruz, porque ele iria impedir que as pessoas tomassem assento em sua mesa?

Em 1 Timóteo 2.1-4 o apóstolo Paulo orienta o jovem pastor Timóteo a orar e interceder por todos os homens e logo em seguida, afirma que a vontade do nosso Deus é que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, portanto Jesus não colocaria empecilhos para que as pessoas não se aproximassem de sua mesa, sendo que sua mesa é o anuncio visível de seu sacrifício, é o evangelho pregado por meio dos dois elementos: o pão e o cálice.

26 Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. (1 Coríntios 11.26)

Impedir alguém de participar da Ceia do Senhor é o mesmo que dizer a ela que a salvação oferecida por Jesus não pertence a ela. Não temos esse direito!

Muitos defendem a ideia de que somente os batizados nas águas podem participar da mesa do Senhor, entretanto não existe base bíblica para essa afirmação. Dizer que Jesus celebrou a Ceia somente com seus discípulos é ignorar a realidade de que Jesus ainda estava ensinando-os para que mais tarde eles repetissem o mesmo ato. Jesus não disse para eles que somente os batizados ou crentes poderiam participar da mesa.

Não podemos também desconsiderar que Jesus dividiu o pão com Judas o traidor.

23 Afirmou Jesus: "Aquele que comeu comigo do mesmo prato há de me trair". (Mateus 26.23)

Se nem Judas, o traidor, Jesus impediu de participar de sua mesa, qual o critério para impedirmos que outros participem da mesa do Senhor?

 

8 - A Bíblia impõe regras para participar da Ceia do Senhor?

Não existe nenhum versículo bíblico com tal intencionalidade. Contudo ela orienta aos crentes que se examinem a si mesmo antes de se alimentarem dos elementos da Ceia do Senhor. Quando a Bíblia diz em 1 Co 11.28 “examine-se a si mesmo”, ela não está delegando autoridade a igreja com o fim de que esta possa impedir que uma pessoa participe da ceia. Ela está convidando cada pessoa a fazer uma autorreflexão com o fim de se corrigir e participar da Ceia do Senhor com dignidade.

Comer e beber indignamente significa comer e beber sem compreender o verdadeiro sentido da mesa do Senhor. A mesa do Senhor é lugar de união, do encontro de todos os povos, onde todos se tornam um só povo. Cristo nos uniu na cruz, nos tornando um só. Não pode mais existir entre nós divisões de nenhuma ordem e espécie. Comer e beber rejeitando e ferindo a quem Cristo uniu a Ele mesmo é comer indignamente. Portanto devemos participar da Ceia com reverência, alegria e com um espírito de comunhão.

 

 

 

 

                                   

 

 

 

 

 

 

 

10. ORAÇÃO

 

“Oração é a comunicação com Deus. É um diálogo entre duas pessoas que se amam mutuamente: Deus e o homem” (Bill Bright)[14].

Deus está interessado em tudo o que você faz. Assim sendo, Ele tem prazer na oração dos seus filhos, daqueles que praticam a justiça.

8 O Senhor detesta o sacrifício dos ímpios, mas a oração do justo o agrada. (Provérbios 15.8)

Assim como a Palavra de Deus, a oração é um dos elementos básicos da vida cristã.

 

1 - Precisamos aprender a orar como Jesus

1 Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: "Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele". (Lucas 11.1)

Os discípulos de Jesus, assim como os religiosos dos dias de Jesus já possuíam o costume de fazer orações. Por que então ele pede para que Jesus os ensinasse a orar? Certamente havia algo de diferente na oração de Jesus que chamou a atenção deste discípulo. Acredito que a forma como Jesus se relacionava com o Pai em suas orações e a realidade de que suas orações eram imediatamente respondidas despertou o interesse deste discípulo em orar como Jesus.

Jesus atendendo ao pedido de seu discípulo o ensina a orar, apresentando a ele um modelo de oração. Esta oração modelo recebeu o nome de “Pai Nosso”. Hoje não iremos nos aprofundar nela, embora seu conteúdo seja esplêndido.

Obs.: Você pode encontrar em nossa canal PIB ITAPEVI (YouTube) a série de mensagens sobre a oração do Pai Nosso. 

 

2 - Propósitos da oração

Oramos com o fim de:

1.    Glorificar a Deus – A oração é uma forma de expressarmos nossa adoração e reconhecimento da soberania de nosso Deus. Oramos com o fim de realizarmos sua vontade e dessa forma glorifica-Lo. Salmos 22.23; 1 Co 6.20.

20 Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (1 Coríntios 6.20)

2.    Buscar em Deus auxílio para nossas necessidades básicas – Reconhecimento de que Deus é o nosso provedor. Salmo 42.1-2; Salmos 63.1; Hb 4.16.

16 Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. (Hebreus 4.16)

3.    Obter respostas de Deus para situações específicas – Reconhecimento de que Deus é poderoso para mudar nossas histórias ou nos prover força para suportarmos as adversidades e sabedoria para nosso viver. Mateus 7.7-8; Tg 1.5.

5 Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. (Tiago 1.5)

4.    Manter comunhão com DeusA oração nos ajuda a termos um coração sensível à voz de Deus. A oração é o lugar da intimidade, do quebrantamento. Somente a oração consegue resolver o problema da solidão interior e da inquietude da alma humana. Salmos 4.1; Mt 6.6.

6 Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará. (Mateus 6.6)

5.    Obter vitória sobre as tentações – A oração nos ajuda, juntamente com a Palavra de Deus, a discernirmos os caminhos de Deus e assim não cairmos diante as tentações.   13 não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém. (Mateus 6.13)

6.    Apresentar a Deus as nossas preocupações – A oração é o lugar para rasgarmos nossos corações a Deus e apresentarmos a Ele o que nos aflige e tira o nosso sono.

6 Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. (Filipenses 4.6)

 

3 - Obstáculos à Oração.

Diversos são os impedimentos para que nossas orações sejam ouvidas e atendidas. Apontaremos alguns entre eles:

·      Não pedir com fé – Orar sem fé é meio caminho para não receber o que pediu a Deus. Mateus 21.22; Tiago 1.5-8.

22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão. (Mateus 21.22)

·      Pedir com a motivação errada – Orar com uma motivação errada é anunciar para Deus o que está dominando o seu coração. Tiago 4.3.

3 Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres. (Tiago 4.3)

·      Pedir em desacordo com a vontade de Deus – Orar em desacordo com a vontade de Deus é uma demonstração de que seu coração não está alinhado com o coração de Deus. 1 João 5.14,15.

14 Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. 15 E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos. (1 João 5.14,15)

·      Pecados não confessados – Orar tendo pecados não confessados demonstra ausência de reconhecimento de erros. Salmo 66.18; Provérbios 28.13; Isaías 59.2.

2 Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá. (Isaías 59.2)

·      Orar para agradar pessoas – Orar com o fim de aparentar espiritualidade é uma busca por reconhecimento de homens e não obtém aprovação de Deus. Mateus 6.6.

6 Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará. (Mateus 6.6)

·      Problemas no casamento – Uma relação conjugal problemática, pode se tornar um empecilho para a oração. Imagine uma esposa orando a Deus carregando em seu coração o sentimento de ser oprimida por seu marido. Como a oração deste marido chegará a Deus? 1 Pedro 3.7.

7 Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações. (1 Pedro 3.7)

 

4 – Como devemos orar?

Ao orarmos devemos considerar alguns princípios:

·      Orar em nome de Jesus – Orar em nome de Jesus significa orar alinhado com a vontade de Jesus, submisso ao seu Senhorio. Não é necessariamente terminar a oração dizendo “em nome de Jesus”. Você pode terminar sua oração dizendo “em nome de Jesus” e não estar alinhado com a vontade de Jesus. João 14.13,14; 16.23,24.

13 E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. (João 14.13,14)

·      Orar confiando na intercessão do Espírito Santo - Não conhecemos plenamente a vontade de Deus e também não conseguimos muitas vezes expressarmos o que sentimos no mais profundo do nosso ser, contudo o Espírito de Deus nos ajuda intercedendo por nós. Romanos 8.26.

26 Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus. (Romanos 8.26,27)

O Espírito nos ajuda em nossa fraqueza (singular), não em nossas fraquezas (doenças, finanças, etc.). O texto se refere ao nosso estado de fraqueza por causa do pecado. Ele nos ajuda intercedendo por nós (pedindo em nosso favor). Ele faz isso porque não sabemos como orar.

o  Não sabemos as coisas convenientes a pedir - Não sabemos a vontade de Deus plenamente, a não ser aquilo que a Bíblia nos informou. Ex.: O missionário está sendo perseguido pelas autoridades do país onde se encontra. Oramos para Deus livrá-lo destas autoridades? Entretanto pode ser que o propósito de Deus é que o missionário seja um mártir neste lugar (Apocalipse 6.11).

·      Orar com fé – Aquele que ora deve crer em Deus. A oração é um espaço que Deus criou para dialogarmos com Ele, o Criador e fonte de toda sabedoria. Hebreus 11.6

6 Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. (Hebreus 11.6)

·      Orar confiando no amor de Deus – Quando você estiver orando tenha a certeza de que Deus está pronto para te dar o melhor. Deus não é um juiz iniquo e nem um pai com um amor falho, Nele você pode confiar. Lucas 11.5-13; 18.1-8.

·      Orar com sinceridade – Orar sem encobrir seus sentimentos, sem máscara. Orar no quarto onde você possa se revelar intimamente a Deus. Hebreus 10.22.

22 Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. (Hebreus 10.22)

·      Orar não usando de repetições vazias – Não são as muitas repetições que farão Deus ouvir sua voz e sensibilizar com seu pedido. Deus busca orações sinceras, orações que brotam do coração e não repetições vazias de vida. Mateus 6.7.

7 E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. (Mateus 6.7)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11. IGREJA.

 

            Uma das figuras mais usadas no Novo Testamento para a igreja é que ela é o corpo de Cristo. A igreja ocupa um lugar fundamental no plano de Deus. Quando falamos de igreja, não estamos nos referindo ao prédio (este serve apenas de abrigo) feito de tijolos, madeira ou outra coisa qualquer. Igreja refere-se a pessoas, povo de Deus. Todas as pessoas nascidas de novo devem participar ativamente de uma igreja.

 

1 - O que é a Igreja?

·      Em português o vocábulo “igreja” se deriva do latim ecclesia, que por sua vez vem do grego ekklesia (reunião ou assembléia). Literalmente a palavra significa “chamados para fora”. Portanto igreja são aqueles que Deus em Cristo Jesus chama para fora do mundo, chama para ser seu povo. A palavra se origina da preposição “ek” + “klesia” que se origina da expressão “kaleo” que significa “chamar”.

·      Igreja é uma instituição divina – Idealizada por Deus e instituída por Jesus – Mateus 16.18; Efésios 2.20, 1 Tessalonicenses 1.1.

18 E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. (Mateus 16.18)

·      No Novo Testamento, igreja sempre significa uma congregação local de cristãos, e jamais um edifício. É a comunidade espiritual formada de todos os cristãos verdadeiros – 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 12.22,23.

1 Paulo, chamado para ser apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: (1 Coríntios 1.1,2)

·      É uma comunidade local formada de pessoas regeneradas por Cristo, que experimentaram o novo nascimento - 1 Coríntios 1.2; Efésios 1.1.

1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso: (Efésios 1.1)

·      É o corpo de Cristo presente no mundo, isto significa que ela é extensão do ministério de Cristo na terra - 1 Coríntios 12.12-27; Colossenses 1.24.

24 Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. (Colossenses 1.24)

·      Outros símbolos usados para a igreja que revelam a sua natureza:

o  Edifício - Efésios 2.19-22.

o  Casa - Hebreus 3.6; 1 Pedro 2.5.

o  Lavoura - 1 Coríntios 3.9.

o  Corpo – Romanos 12.5; 1 Coríntios 12.27.

 

2 - Características da Verdadeira Igreja de Cristo

Os seguintes fatos caracterizam a igreja do Novo Testamento:

·      Reconhecimento de Cristo como a cabeça do corpo - Efésios 1.22.

·      Pregação de Cristo como único Salvador e Senhor - 1 Coríntios 2.1,2; 1 Pedro 2.9.

·      Os seus membros vivem em comunhão e amor - João 13.34,35.

·      Crescimento em qualidade (santificação). Seus membros devem crescer espiritualmente e se tornarem crentes maduros – Efésios 4.14,15.

·      Ensino fundamentado na Bíblia - Colossenses 1.28 e Atos 20.27.

o  A Bíblia é a única autoridade e norma de conduta. Tradições, outros livros “revelados”, visões, não entram em cogitação.

·      Perseverança na oração – Orando pelo Reino de Deus e pelas nações. Atos 2.42.

·      Prática do serviço mútuo entre seus membros - Gálatas 6.2 e Filipenses 2.3,4.

·      Atua com zelo na evangelização e na tarefa de fazer discípulos em todo o mundo - Atos 1.8; 2 Timóteo 2.2. Essa evangelização resultará em crescimento da igreja espiritual, mas pode resultar em perseguição da igreja local.

·      Zela pelo cumprimento das ordenanças de Jesus: Batismo e Ceia – Mateus 28.19; 1 Coríntios 11.23-28.

 

3 – Qual é o Propósito de Uma Igreja Local?

A Igreja possui diversos propósitos que têm um único objetivo: Glorificar a Deus. Vejamos alguns destes propósitos:

·      Adoração – Levar o povo a estar mais perto de Deus – João 4.23.

·      Discipulado – Ensinar ao povo sobre Deus, seus princípios e sua vontade para a vida do homem – Mateus 28.19,20.

·      Comunhão – Promover entre o povo maior amor mútuo – Atos 2.44.

·      Serviço (no grego diaconia) – Incentivar o povo a servir a Deus com seus dons e talentos – Romanos 12.6-8.

·      Evangelização – Alcançar aqueles que não conhecem a Jesus Cristo – Marcos 16.15.

 

4 – Quais São os Benefícios de Ser um Membro de Uma Igreja Local?

·      Isto te identifica como um verdadeiro cristão. (Ef 2.19; Rm 12.15).

·      Dá a você uma família espiritual para apoiá-lo e encorajá-lo em seu caminhar com Cristo (Gl 6.1,2; Hb 10.24,25).

·      Dá a você um lugar para descobrir os seus dons e usá-los dentro do ministério que Jesus Cristo designou a você (1 Co 12.4-27).

·      Coloca você sob o cuidado espiritual de líderes que seguem a Deus (Hb 13.7; At 20.28,29).

·      Dá a você a consciência da necessidade de crescer (Ef 5.21).

 

 

Conclusão

Pelas razões expostas acima, não deixemos de participar ativamente da vida da igreja.

25 Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10.25)

 

Para estudo e meditação.

1. Para você, igreja     (  ) é o prédio     (  ) são as pessoas     (  ) são ambas as coisas.

(Confira sua resposta com os seguintes textos: 1 Coríntios 3.9 e Hebreus 3.6).

 

2. Em I Pedro 2.9, as expressões: raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, referem-se à igreja. Qual é, pois, a missão da igreja neste mundo?

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

 

3. De acordo com Mateus 28.18-20, o alvo da igreja - embora não apareça no texto - é “fazer discípulos de Cristo”. Como nós podemos fazer discípulos de Cristo?

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

4. As cartas do Novo Testamento foram, em sua maioria, escritas a igrejas. Leia atenciosamente I Tessalonicenses 5 e descubra pelo menos 10 ordens que devem ser obedecidas pelos membros do corpo de Cristo e como elas podem ser colocadas em prática.

 

Ordens

Como colocá-las em prática

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Para memorizar.

1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. (Efésios 4.1-3)

 

Para praticar.

  • Procure envolver-se ativamente na tarefa de fazer discípulos de Cristo.
  • Pense em meios práticos de desenvolver a comunhão com seus irmãos em Cristo. Lembre-se que a igreja é a família de Deus; é o corpo de Cristo presente no mundo; é o povo de Deus. Isso significa que não podemos viver a vida cristã sozinhos.

 

 

12. O PERDÃO DE DEUS.

 

Uma das maravilhosas promessas de Deus que encontramos na Bíblia é do perdão dos pecados. Verifique o que diz 1 João 1.7.

7 Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1 João 1.7)

Perdão é como se Deus apagasse todos os nossos pecados escritos numa folha e nos devolvesse essa folha em branco. Mas, e quanto aos pecados que cometemos antes da conversão? E quanto aos que cometemos depois? Como é que fica a nossa situação? Creio que Efésios 2.1-9 nos ajuda a resolver a questão.

1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. 4 Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, 5 deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. (Efésios 2.1-5)

 

1 – Diferenciando “Pecado” dos “Pecados”

1.1 - Pecado

12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram. (Romanos 5.12)

 

6 Sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos. (Romanos 6.6)

 

Estes dois textos falam sobre o “pecado” – este pecado é uma lei que opera em todo o cosmo (mundo) criando uma desordem no cosmo. O homem está preso a esta lei assim como o mundo está preso (Rm 8:19-23). Todo o cosmo aguarda a redenção realizada em Cristo.

 

1.2 - Pecados

Estes são consequência do pecado. Estamos presos à lei do pecado e por isso cometemos pecados (erros).

19 Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; 20 idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções 21 e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5.19-21)

 

2 - A Nossa Situação Antes da Conversão - Efésios 2.1-3.

Estes versículos descrevem a vida da pessoa sem Cristo:

·      “Éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” - (v.3).

o  Todos nós temos uma natureza pecaminosa e cometemos pecado - Salmos 51.5; 58.3 e Romanos 3.10-23.

·      Todos estão mortos nos delitos e pecados - (v.1).

o  Delito significa transgressão aos princípios de Deus.

o  Pecados é não atingir o padrão exigido por Deus.

·      O procedimento da pessoa sem Cristo é determinado (vs.1-3)

o  Pelos Padrões do mundo (sistema mundial funcionando contra tudo o que é verdadeiro em Cristo);

o  Pelo príncipe da potestade do ar (o diabo) o espírito que atua nos filhos da desobediência;

o  Pelas inclinações da carne (princípio pecaminoso que opera em nós) e dos pensamentos (influenciados pelas inclinações da carne). Tais inclinações e pensamentos produzem uma vida centralizada em si mesmo e independente de Deus. O fruto produzido por este tipo de vida está descrito na carta escrita por Paulo aos Gálatas 5.19-21.

 

3 - O Que Acontece na Conversão?

·      A conversão acontece quando o homem se arrepende dos seus pecados e pela fé aceita aquilo que Deus fez em Cristo por ele.

·      A nova vida é concedida por causa da misericórdia, amor e graça de Deus (vs.4,5).

·      As boas obras não valem nada para a salvação. Conforme descrito nos versos de 1 a 3, não podemos fazer nada de bom. Qualquer bem que façamos é manifestação da graça de Deus por meio de nós (vs.8,9).

·      Deus nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais (vs.6,7). Isso implica que:

A.       Temos uma nova vida - 2 Coríntios 5.17. O passado ficou para trás. Não importa o que fomos, mas sim o que somos - 1 Coríntios 6.9-11.

B.       Todos os nossos pecados foram perdoados - Jeremias 31.34 e Salmos 103.12.

C.       Temos uma nova posição em Cristo: somos filhos de Deus (João 1.12) e não mais filhos do diabo (João 8.44).

 

4 - A Vida Depois da Conversão

10 Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Efésios 2.10)

·      Somos criação ou feitura de Deus (no original a palavra é poema).

·      A vida nova é caracterizada por boas obras. Chamamos de boas obras ou obras de justiça tudo que fazemos em Cristo.

·                                                      Outras características da nova vida:

o  É eterna - João 3.16.

o  É vitoriosa - 1 João 3.8.

o  É garantida por Deus - Tito 1.2.

o  É abundante (vale a pena ser vivida) - João 10.10.

o  É selada com o Espírito Santo - Efésios 1.13-14 e 4.30.

o  É de dificuldades - Mateus 10.38 e João 16.33.

o  Tem a presença de Jesus - Mateus 28.18-20.

o  É de obediência total a Cristo - João 14.21.

o  É caracterizado pelo fruto do Espírito - Gálatas 5.22,23.

 

·                                                      E a questão dos pecados como é que fica?

Antes da conversão, conforme vimos, nossos pecados foram perdoados, apagados pelo sangue de Cristo. Entretanto, há coisas no passado que precisam ser acertadas, tais como:

o  Dívidas – Não devemos ficar devendo nada a ninguém - Lucas 19.1-10 e Romanos 13.8.

o  Ídolos - Toda adoração a outro ser ou objeto que não seja Deus precisa ser abandonada - Deuteronômio 5.8.

o  Envolvimentos com obras ocultas e demoníacas – Todo envolvimento com obras ocultas e demoníacas precisam ser abandonados - Atos 19.18,19.

o  Pedir perdão a quem ofendeu – É importante acertar a sua vida com as pessoas que você ofendeu para manter a consciência limpa e dar um bom testemunho - 1 Timóteo 1.18-20.

o  Perdoar aqueles que lhe tem ofendido – É importante perdoar a quem lhe tem ofendido, pois aquele que conhece a graça de Deus deve demonstrar essa graça a quem lhe ofendeu. O perdão também evita de guardarmos rancor – Efésios 4.31,32.

 

  • E como lidamos com o pecado depois da conversão?

Continuamos convivendo com nossa natureza pecaminosa (Gálatas 5.16,17), por isso trava-se uma batalha espiritual dentro de nós. O pecado (a natureza velha ou pecaminosa) não deve mais reinar sobre nós - Romanos 6.12. O plano de Deus é que não pequemos mais. Se, porém, pecarmos, o que fazer?

§             Arrepender-se do pecado cometido - Apocalipse 2.5.

§             Confessar o pecado a Deus - 1 João 1.9.

§             Abandonar o pecado - Provérbios 28.13.

§             Acertar com as pessoas que porventura foram ofendidas - Rm 12.17,18.

 

Conclusão

Jesus carregou na cruz as nossas doenças, dores, transgressões e pecados (Isaías 53.4,5). Toda honra e glória damos a Jesus Cristo.

 

 

Para estudo e meditação.

 

1. Dê a sua definição de perdão.

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

 

2. Qual é a base que temos para o perdão dos nossos pecados? Mateus 26.28; Efésios 1.7; 1 João 1.7?

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

3. Após a conversão, cessamos automaticamente de pecar?   (  ) Sim     (  ) Não 

   

Por que?                                                                                                                               

            Confira a sua resposta com 1 João 1.8-10; 2.1.

 

4. Após a conversão, o pecado é uma coisa praticada habitualmente.

 

     (  ) Sim              (  ) Não

            Confira a sua resposta com Romanos 6.14 e 1 João 3.9.

 

5. Quais são algumas consequências de pecados não confessados?

 

Provérbios 28.13                                                                                                                

2 Pedro 3.7                                                                                                                         

 

6. O que devemos fazer para que Deus nos perdoe? 1 João 1.9

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

7. A quem devemos confessar os nossos pecados? Salmo 32.5

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       

 

8. Além de confessar os pecados, o que devemos fazer? Provérbios 28.13

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

9. Se já experimentamos o perdão de Deus, qual deve ser a nossa atitude para com outras pessoas? Efésios 4.32

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

10. Se não perdoamos aos outros, qual será o resultado em nossa vida? Mateus 6.15

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

11. Leia Hebreus 12.14,15 e responda às seguintes perguntas:

 

            a) Qual a ordem de Deus quanto ao nosso relacionamento com outras pessoas?

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

           

b) Qual é caminho para vermos o Senhor?

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

            c) Dê a sua definição de santificação.

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                         

 

            d) O que a amargura faz?

 

            - a nós                                                                                                                      

            - aos outros                                                                                                              

 

            Em sua opinião, a amargura é o resultado do que?                                                 

 

12. O que a pessoa amargurada deve fazer? Efésios 4.32

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

 

Nota: a maneira de jogar fora a amargura é confessar este pecado a Deus (1 João 1.9), perdoar a pessoa contra a qual estávamos amargurados e passar a amá-la. Como fazer isso? Só no poder de Jesus Cristo que agora vive a Sua vida em nós (Gálatas 2.20).

 

13. Há algumas pessoas que você não consegue perdoar?  (  ) Sim     (  ) Não

 

14. Se você respondeu sim, você está disposto a pedir a misericórdia de Deus para que Ele lhe dê poder e capacidade para perdoar?

 

            (  ) Sim              (  ) Não

            Se respondeu sim, você quer fazer isso agora mesmo?

 

Para praticar.

 

1. Escreva numa folha de papel os pecados ainda não confessados. Confesse-os a Deus e escreva sobre a folha: “Cobertos com o sangue de Jesus”. Após isso, queime a folha e agradeça a Deus pelo seu perdão.

 

2. Se você fez o que está no item 14, dirija-se à pessoa com quem você estava amargurado e perdoe-lhe. Não faça críticas, não discuta, nem argumente. Simplesmente diga o seguinte: “Eu estava amargurado com você, mas Deus limpou o meu coração”. Pela graça de Deus, procure demonstrar esse perdão através de sua vida: atitudes, comportamento, palavras, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13. O ESPÍRITO SANTO.

 

Somos salvos quando nos arrependemos dos pecados e pela fé nos entregamos a Jesus Cristo. Passamos a ter uma nova vida. Nos tornamos santuário de Deus.

16 Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado. (1 Coríntios 3.16,17)

O Espírito Santo agora habita em nós. Neste estudo queremos conhecer um pouco mais a respeito do Espírito Santo e como Ele age em nós.

 

1 - Quem é o Espírito Santo?

·                               É uma pessoa, assim como Jesus e o Pai.

26 Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse. (João 14.26)

·      É Deus, assim como Jesus e o Pai.

3 Então perguntou Pedro: "Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? 4 Ela não lhe pertencia? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus". (Atos 5.3,4)

·      É a terceira pessoa da Trindade.

16 Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado". (Mateus 3.16,17)

 

                                                                                       

 

Obs.: A Bíblia usa também outros nomes para o Espírito Santo: Espírito de Deus (1 Coríntios 3.16); Espírito de Cristo (Romanos 8.9); Espírito da vida (Romanos 8.2); Espírito da Verdade (João 16.13); Espírito da Graça (Hebreus 10.29); Espírito da Promessa (Efésios 1.13); Consolador (João 14.16; 16.7).

 

2 - As atuações do Espírito Santo.

Há algumas coisas, conforme veremos que são atribuídas especificamente ao Espírito Santo: inspiração da Bíblia, glorificar Jesus, etc. Outras são atribuídas especialmente a Jesus: redenção do homem mediante a sua morte, vir uma segunda vez, etc. Outras coisas são atribuídas ao Pai: enviar Jesus, etc. Há outros fatos que são atribuídos aos três indistintamente: habitar nas pessoas, conceder dons aos crentes, etc.

Deus é um só. Ele age, entretanto, através de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é um dos mistérios de Deus. É difícil entender com a nossa mente finita. Muitas heresias têm surgido porque o homem tem tentado racionalizar esse fato. Deus é uma unidade perfeita. O Pai trabalha em conformidade com o Filho e com o Espírito Santo e vice-versa.

Quando lidamos com uma pessoa da Trindade Santíssima, necessariamente lidamos com as demais. Há uma interdependência entre os três. Quando estudamos sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, estamos estudando sobre Deus diretamente. Conhecendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo, conhecemos a Deus. Peçamos a misericórdia de Deus para entendermos essas verdades profundas. O que faz o Espírito Santo em conformidade com o Pai e o Filho?

·                               Convence os homens do pecado, da justiça e do juízo - João 16.8-11.

·                               Regenera os homens - João 3.5.

·                               Sela cada crente em Cristo - Efésios 1.13; 4.30.

·                               É o penhor da herança que todo crente receberá - Efésios 1.14 e 2 Coríntios 5.5.

·      Habita em toda a pessoa nascida de novo - 1 Coríntios 3.16 e 1 João 4.13. Ele veio para estar em nós - João 14.17.

·                               Guia todo o crente a verdade - Romanos 8.14 e João 16.13.

·                               Ensina todas as coisas - João 14.26.

·      O Espírito Santo inspirou os homens para que escrevessem as Escrituras - 2 Pedro 1.20-21.

·                               Ele nos ilumina para que entendamos as verdades inspiradas e reveladas na Bíblia.

·                               Lembra às pessoas salvas as palavras de Jesus - João 14.26.

·      Concede poder a todo o cristão para viver vitoriosamente e testemunhar de Cristo - Gálatas 5.16; Atos 1.8.

·                               Constitui pastores sobre a igreja - Atos 20.28.

·                               Dirige a igreja - Atos 13.2.

·                               Concede dons aos crentes - 1 Coríntios 12.11.

·      Glorificar a Jesus e não homens - João 16.14. Ele veio para “substituir” Jesus - João 16.7.

·                               Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus - Romanos 8.16.

 

3 - Atitudes Pessoais em relação ao Espírito Santo

·                               Negativas

o  Resisti-lo - Atos 7.51.

o  Apagá-lo - 1 Ts 5.19. A falta de submissão apaga o Espírito em nós.

o  Mentir para Ele - Atos 5.3.

o  Tentá-lo - Atos 5.9.

o  Entristecê-lo - Efésios 4.30.

O que o entristece? As coisas mencionadas no contexto: amargura, cólera, ira, gritaria, blasfêmias, malícia, falta de perdão, deixar de amar as pessoas, etc.

 

·                               Positivas

o  Ser cheio do Espírito Santo - Efésios 5.18.

o  Andar no Espírito - Gálatas 5.16.

o  Ser guiado pelo Espírito - Romanos 8.14.

o  Ser submisso a Cristo - Gálatas 2.20.

 

4 - Como ser cheio do Espírito Santo e viver na sua plenitude?

·      Ser nascido de novo - João 3.6. Tudo começa com o novo nascimento. O homem natural não entende as coisas do Espírito de Deus - 1 Coríntios 2.14.

·                                                                               Confessar os pecados a Deus e ter convicção do Seu perdão - 1 João 1.9.

·                                                                               Manter sempre o coração puro, a consciência limpa e a fé não fingida - 1 Timóteo 1.5.

·      Submeter sua vontade ao Senhorio de Jesus e ao controle do Espírito Santo.

o  O pecado não deve ter domínio sobre você - Romanos 6.12-14.

o  A ordem de Deus é que sejamos cheios do Espírito Santo - Efésios 5.18 e que andemos no Espírito - Gálatas 5.16.

o  É, pois, da vontade de Deus que sejamos cheios, controlados pelo Espírito Santo. Assim sendo, devemos submeter a nossa vontade a Ele e pedir que Ele nos encha constantemente com Seu Espírito.

 

5 - Quais são os resultados de uma vida controlada pelo Espírito Santo?

·                                                       A produção do fruto do Espírito - Gálatas 5.22,23.

·      Uma vida ajustada nos seus relacionamentos (estes relacionamentos estão no contexto de Efésios 5.18).

o  Com Deus - louvor, adoração e gratidão - Efésios 5.18,19.

o  Consigo mesmo - andar prudente, paz interior, propósito na vida e busca constante da vontade de Deus, conforme reveladas em Sua Palavra - Efésios 5.15-18.

o  Com a família - atitudes corretas na família - Efésios 5.22-6.4.

o  Com a igreja - comunhão no corpo de Cristo, “Submetendo-se uns aos outros no temor de Cristo” Efésios 5.21. Vivendo em sinceridade porque somos membros uns dos outros - Efésios 4.25.

o  Com o mundo - vida exemplar no trabalho - Efésios 6.5-9; Testemunho vivo de Jesus - Efésios 6.19,20; Vitória sobre o inimigo - Efésios 6.10-20.

 

Obs.: Quando a pessoa está sendo controlada pelo Espírito Santo e sua vida está produzindo o fruto do Espírito e seus relacionamentos estão ajustados, aí ela poderá exercer um ministério no Reino de Deus. Paulo escrevendo a Timóteo, em 2 Timóteo 2.1-2, diz que antes que ele realizasse o ministério, isto é, passasse para outros o que tinha recebido, ele deveria ser forte na graça de Deus. Em outras palavras, podemos dizer: primeiro a vida ajustada e depois o ministério.

 

Conclusão.

Se você já nasceu de novo submeta a sua vida ao controle do Espírito Santo para que Ele produza em você e através de você, o Seu fruto.

 

Para estudo e meditação.

 

1. O Espírito Santo é   (  ) uma força     (  ) uma pessoa     (  ) um poder inexplicável.

     (Confira a sua resposta com João 16.7,8,13).

 

2. O Espírito Santo é Deus, assim como Jesus e o Pai. (  ) concordo  (  ) discordo  (  ) não sei.

 

3. Segundo os textos abaixo:

 

            a) João 14.6. Jesus é o caminho, a                                        , e a vida.

 

            b) João 16.13. O Espírito Santo é o Espírito da                                          .

 

            c) João 17.17. A Palavra de Deus é a                                                          .

 

            d) Tito 1.2. Deus não pode                           . Portanto, Ele é a                              .

 

            e) Romanos 2.2. O juízo de Deus é segundo a                                                       .

 

4. Podemos dizer que há uma unidade perfeita entre o Pai, o Filho, o Espírito Santo e a Palavra de Deus e que um não contradiz o outro.

     (  ) Sim     (  ) Não     Por que?                                                                                        .

 

5. Às vezes, a Bíblia diz uma coisa e o Espírito Santo diz outra.

     (  ) concordo     (  ) discordo

 

6. Obedecer ao Espírito Santo e ser submisso a Jesus Cristo é a mesma coisa?

     (  ) Sim     (  ) Não    Por que?                                                                                         .

 

7. A maneira como eu trato a (o) minha (meu) esposa (o) está diretamente ligada com meu relacionamento com o Espírito Santo.

     (  ) Sim     (  ) Não     Por que?                                                                                        .

 

8. Quais são as coisas que caracterizam a vida controlada pelo Espírito Santo e a vida controlada pela carne (Princípio dinâmico pecaminoso que opera em nós)? - Gálatas 5.19-23.

 

Vida controlada pelo Espírito Santo

Vida controlada pela carne

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14. DÍZIMOS E OFERTAS

           

1 - O Que é o Dízimo?

Como a própria palavra sugere, o dízimo é a décima parte de alguma coisa. Ao falarmos em dízimo, não estamos nos referindo a um valor qualquer, mas sobre a "décima parte" de alguma coisa. Exemplificando: Ao dividirmos um bolo em dez fatias iguais, o dízimo desse bolo será uma fatia, se o dividirmos em vinte fatias, o dízimo será duas fatias, e assim sucessivamente. Para que não haja equívocos quanto ao cálculo, o procedimento é muito simples: basta dividirmos o total dos ganhos por dez, e o resultado dessa conta será o dízimo. Portanto, dízimo é exatamente a décima parte de nossos rendimentos.

 

2 – Por Que o Dízimo Pertence ao Senhor?

A Bíblia afirma que o dízimo é santo. O termo santo significa "separado", neste caso, separado para Deus. Sendo assim, o dízimo era a décima parte dos rendimentos do povo de Israel separados "exclusivamente" para Deus. Portanto pertencia ao Senhor e não a eles.

32 No tocante às dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo ao SENHOR. (Levítico 27.32)

O próprio Deus tratava os dízimos, e também as ofertas, como pertencentes a Ele, de tal forma que afirmou que o povo lhe roubava ao não entregar os dízimos e as ofertas a Ele.

8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: “Em que te roubamos?” Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. ( Malaquias 3.8-9)

 

3 – Qual Era a Finalidade do Dízimo no Antigo Testamento?

O dízimo era uma exigência dada ao povo de Deus no Antigo Testamento com o fim de sustentar a tribo de Levi que era responsável pelo exercício sacerdotal, pela limpeza do templo e dos utensílios usados no serviço sacerdotal, pela manutenção do templo e outras tarefas referentes à Casa de Deus, como montar e desmontar a tenda do tabernáculo.

 

          

Os levitas por terem sido separados para o serviço na Casa de Deus não receberam herança territorial na divisão das terras de Canaã. Por não terem terras, não podiam plantar e colher. Eles viviam somente para o serviço de Deus.

24 Em vez disso, dou como herança aos levitas os dízimos que os israelitas apresentarem como contribuição ao Senhor. É por isso que eu disse que eles não teriam herança alguma entre os israelitas. (Números 18.24)

Não tendo os levitas terra, eles eram mantidos com os dízimos e ofertas. Por isso todos os dízimos deviam ser trazidos à Casa de Deus.

10a Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. (Malaquias 3.10a)

Os dízimos eram entregues em forma de alimentos ou moedas, conforme podemos ler em Deuteronômio 14.24,25. Os sacerdotes distribuíam os alimentos e as moedas que eram trazidos com os demais membros da descendência de Levi. Os dízimos eram usados para manutenção do templo e também manutenção das casas dos levitas e dos próprios levitas, como compra de roupas novas, alimentos, etc.

 

4 – Características Referentes aos Dízimos no Antigo Testamento

  • O Dízimo era entregue anualmente – Nos tempos bíblicos o povo de Israel levava seus dízimos uma vez ao ano no local em que Deus escolheu como habitação do seu nome (Jerusalém). Isso se devia ao fato de muitos deles morarem longe da cidade escolhida por Deus. Naquele tempo não existia “pix” e nem transportes motorizados. Os judeus iam ao templo uma vez por ano.

22 Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente. (Deuteronômio 14.22)

  • Uma parte do dízimo era usada para a família festejar – Ao chegarem no local escolhido por Deus, a família podia retirar uma parte do dízimo para celebrar as bênçãos de Deus e se alegrar na presença de Deus.

23 Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome, para que aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus. [...] 26b Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, o seu Deus. (Deuteronômio 14.23, 26b)

  • O dízimo podia ser dado em dinheiro ou prata – Quando o dizimista morava longe de Jerusalém, ele podia vender o dízimo do Senhor ou trocá-lo por prata ou dinheiro.

24 Mas, se o local for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Deus, e não puderem carregar o dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe demais, 25 troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Deus, tiver escolhido. (Deuteronômio 14.24,25)

  • O dízimo devia ser entregue para o sustento dos levitas – Os dizimistas retiravam uma pequena parte do dízimo para festejarem em culto familiar e o restante era entregue aos levitas com o fim de sustentá-los.

27 E nunca se esqueçam dos levitas que vivem em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias. (Deuteronômio 14.27)

  • No final de cada três anos o dízimo não era levado a Jerusalém – No final de cada três anos o dízimo era armazenado na própria cidade e usado para servir aos levitas e as demais pessoas que não possuíam herança no meio do povo ou condições de se manterem.

28 Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, 29 para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Deus, o abençoe em todo o trabalho das suas mãos. (Deuteronômio 14.28,29)

 

5 – Qual a Diferença Entre Dízimos e Ofertas?

O dízimo é diferente em sua essência da oferta. Ele possuiu um propósito diferente da oferta. O dízimo foi estabelecido por Deus com o fim de suprir as necessidades dos levitas e manter o templo. As ofertas eram voluntárias e eram dadas como expressão de amor e gratidão a Deus, embora também fossem usadas para sustentar os levitas.

Em algumas ocasiões ofertas eram solicitadas ao povo com um propósito especifico, e quando isto era feito, todo o povo deveria contribuir liberalmente. Essas eram oportunidades do povo expressar seu amor e gratidão a Deus.

Podemos dizer que o dízimo e as ofertas se diferenciam basicamente no fato de que:

  • O dízimo era a entrega a Deus de dez por cento do salário, enquanto a oferta era qualquer coisa além do dízimo.
  • O dízimo no A.T. era um dever que trazia a promessa de proteção contra o devorador, enquanto a oferta era uma doação em amor a Deus e aos pobres que demonstrava generosidade e desapego material.
  • O dízimo mostra fidelidade a Deus; a oferta mostra o nosso amor e desprendimento para com Deus e com o próximo.

 

11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos- (Malaquias 3:11)

 

9 Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho. (Provérbios 3.9,10)

 

6 – Jesus Era Dizimista?

Sim! Ele disse que veio cumprir a lei, logo ele era dizimista. Jesus também orientou os judeus de seus dias a darem o dízimo juntamente com os demais preceitos da lei.

23 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23)

 

7 – O Novo Testamento Nos Ensina a Entregar o Dízimo?

O Novo Testamento não diz muito sobre o dízimo. Ele não proíbe o dízimo em lugar algum. A única referência sobre os dízimos é feita por Jesus quando repreendeu os líderes religiosos de sua época. Não por darem o dízimo! Mas por não obedecerem às outras leis de Deus também. A repreensão é porque davam o dízimo, mas não eram misericordiosos.

Jesus e os apóstolos não impuseram o dízimo. Não existe nenhuma orientação referente ao dízimo. O Novo Testamento não tem nenhuma afirmação que ordene os irmãos a darem o dízimo. No entanto, tem muito para nos dizer sobre ofertar para Deus.

·      O Novo Testamento não fala mais de dízimos, mas assume que todo cristão vai querer contribuir com tudo que puder, por isso fala somente de ofertas.

·      Quando olhamos para a igreja primitiva, vemos que não havia polêmica sobre o dízimo. Por quê? Porque possivelmente não foram ensinados a dizimar! Os primeiros cristãos eram reconhecidos por suas ofertas generosas para com a igreja e para com as outras pessoas. E muitos desses cristãos generosos eram pobres e enfrentavam perseguições acirradas dos judeus e do Império Romano.

Toda igreja e toda missão tem despesas e precisa de recursos para manter seus obreiros e patrimônios. Não podemos negar que os dízimos e as ofertas é o que mantêm nossas igrejas atuais funcionando e são muito importantes para o crescimento do Reino de Deus, por isso precisamos compreender muito bem o que a Bíblia nos ensina sobre este tema.

 

8 – O Dízimo é Bíblico Hoje?

Essa resposta é simples. O dízimo não pertence ao Novo Testamento. Os cristãos não têm o dever de dizimar, mas são desafiados a ofertar para sustentarem a obra de Deus.

Apresento cinco razões pela qual acredito que o dízimo não faz parte da nova aliança.

·         Primeira razão: Jesus não orientou seus discípulos a solicitarem o dízimo para seu sustento, conforme lemos em Mateus 10.7-14 e Lucas 10.4-8. O principio que Jesus estabeleceu é de que eles aceitassem a oferta que lhes dessem.

7 Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. 8 Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça. 9 Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos; 10 não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento. 11 "Na cidade ou povoado em que entrarem, procurem alguém digno de recebê-los, e fiquem em sua casa até partirem. 12 Ao entrarem na casa, saúdem-na. 13 Se a casa for digna, que a paz de vocês repouse sobre ela; se não for, que a paz retorne para vocês. (Mateus 10.7-13)

 

3 Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. 4 Não levem bolsa nem saco de viagem nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. 5 "Quando entrarem numa casa, digam primeiro: ‘Paz a esta casa’. 6 Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. 7 Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa. 8 "Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês. (Lucas 10.3-8)

·         Segunda razão: No primeiro concílio registrado em Atos 15.28,29 os apóstolos entenderam que não deveriam impor sobre os gentios os dízimos. Eles mencionam outras exigências, mas não os dízimos. Acredito que se eles desejassem que os dízimos fossem entregues certamente o teriam citado, uma vez que os dízimos não era algo comum aos gentios. Sem dúvida este seria um tema polêmico entre eles.

·         Terceira razão: Se a entrega dos dízimos fosse uma prática daqueles dias, certamente Paulo teria escrito as igrejas orientando-os sobre este assunto, uma vez que os dízimos não era uma prática dos gentios. Contudo ele escreve orientando-os somente sobre as ofertas. Da mesma forma ele faz elogios somente a respeito das ofertas, não há citação da fidelidade nos dízimos (1 Coríntios 8.10-13; 9.5,6).

·         Quarta razão: Jesus não orientou a construção de novos templos e nem o estabelecimento de novos “sumo-sacerdotes”. Da mesma forma seus apóstolos também não orientaram neste sentido. O projeto era que a Igreja se espalhasse e não se concentrasse em torno de um templo. A Igreja deveria ser um movimento humano e não institucional.

·         Quinta razão: No projeto Igreja estabelecido por Jesus e seus apóstolos não existe mais uma tribo de Levitas que precisava ser sustentada pelos dízimos. Na igreja do Novo Testamento existiam apenas apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres que deveriam ser honrados pelos demais membros da igreja por meio de ofertas generosas (Gálatas 6.6).

Portanto, diante estas cinco razões, fica claro que a entrega dos dízimos não faz parte da Nova Aliança estabelecida por Jesus Cristo a sua igreja.

 

9 – Por Que Eu Devo Entregar o Dízimo?

Nós construímos templos e nos organizamos em torno deles. Cada igreja local tem seu templo e sua organização. Deixo claro que a construção de um local para nos reunirmos não é pecado, assim também a organização para melhor servirmos a Deus não é pecado. Mas é um modelo perigoso, pois somos tendenciosos a deixarmos de sermos um movimento humano, dirigido pelo Espírito de Deus, para nos tornarmos uma organização institucional.

A organização em torno do templo trouxe de volta o princípio dos dízimos. Os dízimos se tornaram necessários para a manutenção dos templos e sustento daqueles que nele trabalham. Hoje não são somente os pastores que vivem em torno dos templos, mas assim como no passado muitos são os levitas que vivem integralmente em torno dos templos.

Ao entregarmos nossos dízimos contribuímos com o mínimo ensinado por Deus ao povo de Israel. Precisamos compreender que o dízimo é o mínimo que damos a Deus. No Novo Testamento fica claro que Deus espera uma entrega completa do nosso ser a Ele, sendo esta demonstrada de forma generosa para com aqueles que lideram sua igreja e com aqueles que necessitam de socorro. De fato não existe mais dízimo; entretanto a expectativa bíblica sobre a oferta é maior que o dízimo, pois ela é uma entrega do meu todo, como demonstração de amor a Deus. Ela abrange muito mais de nossas vidas do que o dízimo; seja financeiramente e relacionalmente. Ela não provém de lei, mas do amor. Ela não é mais 10% e sim 100%.

Também entregamos os dízimos hoje (deveríamos chamar de ofertas) como forma de mantermos os princípios que ele nos ensina. Vamos destacar alguns princípios ensinados através dos dízimos:

 

9.1     - Sustento de Sua Casa e dos que Nela Vivem

  • Porque Deus ensinou ao seu povo no passado como forma de sustentar os que trabalham em Sua obra – 10a Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa (Malaquias 3.10a)

 

  • Porque Deus ensina ao seu povo hoje que os pastores ou presbíteros devem ser sustentados por sua igreja através das ofertas - 17 Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, 18 pois a Escritura diz: "Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal", e "o trabalhador merece o seu salário". (1 Timóteo 5.17,18)

 

9.2     - Toda Provisão Vem de Deus

  • Porque o dízimo nos lembra que tudo o que temos nos foi dado por Deus – 18 Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê. (Deuteronômio 8.18)
  • Dá mesma forma as ofertas nos lembram que tudo o que temos provém de Deus.

 

9.3     - Não Entregar o Dízimo e a Oferta é Roubar a Deus

  • Porque deixar de dar o dízimo e as ofertas é roubar a Deus – 8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. (Malaquias 3.8,9)
  • Da mesma forma o não ofertar e honrar aqueles que ensinam a Palavra de Deus é roubar a Deus.

 

9.4     - A Fidelidade Financeira Para com a Casa e os Servos de Deus Atrai a Bênção

  • Porque o dízimo libera bênção sem medida da parte de Deus – 10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. (Malaquias 3.10)
  • Da mesma forma a oferta voluntária e de coração atrai a bênção de Deus

 

9.5     - A Fidelidade Financeira Atrai a Proteção Contra o Devorador

  • Porque o dízimo é proteção contra o devorador – 11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 3.11)
  • Da mesma forma nossa oferta é como semente que produzirá novas colheitas, sejam materiais ou espirituais.

 

9.6     - A Fidelidade Financeira Gera Proteção aos Nossos Corações

  • Porque o dízimo é uma proteção aos nossos corações - O dinheiro tem o poder de se tornar um "deus" para nós e tornar nossos corações escravos dele.

24 "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". (Mateus 6.24)

·                               Da mesma forma o ato de ofertar protege nossos corações da avareza.

 

 

10 – As Desculpas Mais Comuns Para Não Ofertarmos

·      O dinheiro é meu, eu ganhei – É comum a ideia de que temos completa autoridade sobre nossos bens. Mas a realidade é bem diferente. Ao SENHOR pertence à terra e tudo o que nela se contém (Sl. 24.1). Tudo o que temos vem do Senhor e somente indiretamente procede de nosso trabalho (1 Cr 29.14). Os nossos bens nos pertencem da mesma forma que o quarto de nosso filho pertence a ele. Na verdade pertence aos pais que deram temporariamente o quarto ao filho. Isto é muito mais verdadeiro em relação a nós que fomos comprados pelo sangue de Jesus (1 Cor 5.20).

·      Deus ama a quem dá com alegria, como eu não me sinto alegre eu não dou de forma alguma – Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9.7). Mas isso não significa que você precisa esperar até se sentir suficientemente alegre. A obediência não depende de sentimento. A alegria normalmente vem durante ou depois de ofertarmos. Nós devemos aspirar sermos grandes doadores e a melhor maneira de cultivar a alegria de dar é dando.

·      Eu não confio na honestidade dos pastores e líderes por isso não contribuo – Antes de tudo precisamos entender que não damos para a Igreja, damos para o Senhor. É verdade que damos ao Senhor através da Igreja, mas não contribuímos como se fosse pagamento de mensalidade de membros de um clube. Além disso quem é você para julgar as motivações da sua liderança (Mt 7.1,2)? Será que nossos líderes necessitam de se arrepender ou será que nós precisamos nos arrepender de nossa atitude?

·      Eu gostaria de ofertar, mas eu não tenho o suficiente – Ofertar pode ser um luxo para o rico, mas é um privilégio para o pobre. Muitos dizem que não podem dar, mas o que eles querem realmente dizer é que não podem dar confortavelmente. Ofertar pode significar algum sacrifício. Mas é exatamente isso que a Bíblia nos convida a fazer. O maior exemplo é o próprio Senhor Jesus que se fez pobre para fazer-nos ricos (2 Cor 8.9). A oferta genuína é um sacrifício do conforto pessoal por causa do reino de Deus.

·      Eu estou cheio de dívidas. Não posso ofertar agora – Você tem uma obrigação não somente para com os seus credores, mas antes de tudo para com Deus. Especificamente a Bíblia nos ensina a dar ao Senhor as primícias, ou seja, o melhor de nossa renda (Pv 3.9). O nosso primeiro cheque deve ser para Deus e ninguém mais. Nós refreamos de dar porque nos sentimos inseguros, mas aquele que não poupou o seu próprio Filho não nos negará coisa alguma (Rm 8.32), antes nos suprirá em todas as nossas necessidades (Fp 4.19).

·      Eu quero ofertar, mas agora o meu orçamento está muito apertado – Alguns dos maiores exemplos de generosidade na Bíblia são de pessoas pobres (Lc 21.1-4 e 2 Cor 8.1,2). O receio e a insegurança não são motivos para deixarmos de ofertar. O Senhor sabe do que necessitamos e ele prometeu nos suprir (Mt 6.32). Se você esperar até se sentir seguro para ofertar pode ser que esse dia nunca chegue. A provisão de Deus somente vem depois que ofertamos (2 Cor 9.6-11). É assim que a fé funciona. Faça prova de Deus (Ml 3.10).

·      Eu sou um jovem (ou adolescente) e tudo o que tenho é uma mesada dos meus pais – A época de estudante é notoriamente um tempo difícil em nossas vidas. O estudante normalmente não tem dinheiro, mas nem por isso deve se eximir de ofertar. A Bíblia ensina que ofertar é privilégio e responsabilidade de todos os filhos de Deus independe de idade ou renda. Ironicamente o milagre da multiplicação foi possível porque um garoto resolveu ofertar o seu lanche ao Senhor (Jo 6.9).

·      Eu sou pobre. A responsabilidade de ofertar é dos ricos – Como eu disse, muitos exemplos bíblicos de generosidade são de pessoas pobres. (Lc 21.1-4 e 2 Cor 8.1-6). Como pode ser isso? Eles foram transformados pelo evangelho de Jesus Cristo. Eles sabem que Deus tem se agradado em conceder-lhes o reino, como resultado eles não temem dar o pouco que possuem, para herdar tesouros no céu (Lc 12.32-34). Se você é pobre você é um bem aventurado, pois você terá a oportunidade de ofertar e receber o elogio do Senhor.

·      O dízimo não se aplica aos cristãos hoje, era para Israel no Velho Testamento – Essa afirmação é verdadeira, mas não suficiente para concluirmos que Deus não mais requer que ofertemos. Isto é um engano.

O padrão de Deus para o Novo Testamento é a excelência. Jesus disse: “ouviste o que foi dito...” Se a regra era não matar, agora é nem sequer chamar o irmão de tolo. Se a regra era não adulterar, agora é nem sequer olhar com intenção impura. Se a regra era 10%, agora Deus espera 100% (Lc 21.1-4). O dízimo é apenas o ponto de onde partimos não é o nosso alvo final em Deus. Se um crente não consegue dar o mínimo que é o dízimo, imagine quando Deus requerer algo mais dele.

O dízimo teve seu inicio antes da lei, o que significa que nasceu como oferta de gratidão e adoração. Abraão deu o dízimo a Deus ao dá-lo a Melquizedeque como está escrito em Hebreus 7.8.

·       Os cristãos estão debaixo da graça e não da lei, então a obrigação de dar o dízimo não se aplica a mim – Nós estamos na graça para sermos capazes de cumprir a lei. A graça não anula a lei, antes me capacita a cumpri-la em seu sentido maior, isso aplica-se ao dízimo também. Devo dar não mais o dízimo (10%) do meu tudo, mas ofertar o meu tudo (100%).

·       Dízimo é uma forma de legalismo, que a palavra de Deus condena – É certo que a palavra de Deus condena o legalismo (Mt 23 e Gl 3). Mas Deus não pede mais o dízimo, e sim, que você oferte de coração a Ele o seu tudo.

·       Não concordo com dízimos ou ofertas, pois Deus não precisa de dinheiro – Deus é o dono de toda prata e todo ouro (Ag 2.8). Ele não apenas não precisa de dinheiro como não precisa de homem algum para servi-lo. Ainda assim ele nos convida a servi-lo com tudo o que somos e temos.

·       A Bíblia diz que cada um deve contribuir segundo tiver proposto no coração. Então eu sou livre para ofertar muito, pouco ou nada – É verdade que Paulo disse para cada um contribuir segundo tiver proposto no coração (2 Cor 9.7). Diante disso poderíamos pensar que estamos autorizados a sermos egoístas e avarentos. Para vermos o engano basta irmos ao verso anterior onde ele nos estimula a semearmos muito para colhermos muito. O desejo de Paulo é que nos sintamos livres para sermos generosos em amor.

·       Estou economizando para comprar uma casa e por isso parei de ofertar ou dizimar momentaneamente – É ótimo que o crente economize e use o dinheiro com sabedoria. Entretanto você não deve nunca deixar de entregar o mínimo, o dízimo a Deus. Lembre-se este mínimo tem o fim de proteger seu coração.

·       Mordomia é mais que dinheiro. Eu dou meu tempo e meus talentos por isso eu já me considero um ofertante – Mordomia é mais que dinheiro, mas nunca menos.

11 – Orientações Práticas

·      Não fique guardando a sua oferta (seu dízimo). Entregue-o imediatamente no culto da Igreja. Se você recebe semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, entregue o seu dízimo ou sua oferta no primeiro culto após o recebimento.

2 “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade...” (1 Cor 16.2)

·      Você pode ofertar o mínimo dando o dízimo do líquido ou do bruto. É muito comum as pessoas perguntarem: "Devo dar o dízimo do bruto ou do líquido?" Em nossos dias com a inclusão de vários benefícios e descontos feitos diretamente na folha de pagamento, eu pessoalmente, sempre recomendo que as pessoas dê o dízimo do líquido, do valor que ela realmente recebe em mãos. Mas se você sente que deve dar do bruto, faça-o para que sua consciência não te acuse. Lembre-se, na verdade ofertamos e não mais dizimamos. Sua oferta deve ser dada de coração.

·      Ninguém tem autoridade para administrar as próprias ofertas (dízimos) separadas para o Senhor. Quem administra é a casa do Senhor. Contudo se você ofertar além do valor que você separou para a casa de Deus, então você é livre para responder por essas ofertas que não foram separadas para a casa de Deus.

·      Toda oferta (dízimo) deve ser trazido para a Igreja onde você é cuidado e alimentado. Entregar ofertas em outra igreja, sem ofertar para sua igreja, é desonrar aqueles que trabalham por sua espiritualidade.

·      Nenhum pastor tem autoridade para liberar alguém de ofertar. Nem um homem pode autorizar alguém a deixar de obedecer a Palavra de Deus. Perdoar alguém por não ofertar ou dizimar é possível sim! Mas liberar alguém a não mais ofertar ou pelo menos entregar a oferta mínima que é o dízimo, não! Deus perdoa nossos erros, mas não aceita que vivamos no erro. Deixar de ofertar é um passo para sermos dominados pela avareza e nos tornarmos prisioneiros do dinheiro. 

·      Dê sua oferta (o dízimo) antes de fazer qualquer pagamento. Quem primeiro paga as contas para depois entregar sua oferta, ainda que seja o dízimo, está pecando. Mostra que Deus não é a prioridade de sua vida.

·      Seja organizado. Faça o controle  de todas as suas entradas, quer sejam poucas ou muitas. Só assim você será um ofertante fiel e sábio; caso contrário você pode estar à mercê do devorador.

·      Ninguém pode determinar à Igreja o que fazer com as ofertas recebidas. Quem administra as finanças são os líderes da igreja, os pastores e não os membros.

·      A Igreja tem a obrigação de prestar um relatório no mínimo anual. É importante que os membros saibam como se encontra a situação financeira da igreja. Mas não é ético expor os salários dos pastores e funcionários da igreja.

·      Ninguém está isento de dar ofertas, ainda que seja o mínimo, o dízimo. Nem pastor, nem missionário, nem apóstolo, etc.

·      Deus não cobra nossas falhas passadas quando temos arrependimento. Se você deixou de dar o dízimo, a oferta mínima, por alguns meses, recomece simplesmente, peça perdão a Deus por não ter ofertado antes e passe a ser fiel.

·      Não toque trombeta quando você der oferta na Casa de Deus. Se você procura a glória de homens, esta será a sua recompensa.

 

 

15. ELE VIVE!

 

A Páscoa é uma das datas mais significativas do Cristianismo. Não se trata de festa do coelhinho, na qual celebramos a fertilidade. É uma data cristã na qual recordamos a morte (sexta da paixão) e a ressurreição (domingo de aleluia) do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Mas qual é a importância da ressurreição de Cristo para o cristianismo? Como a ressurreição de Cristo se relaciona com a sua fé e a sua vida? E se Cristo não tivesse ressuscitado, o que mudaria?

 

1. A Certeza da Ressurreição

1 Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. 2 Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. 3 Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6 Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. 7 Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; 8 depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. (1 Coríntios 15.1-8)

Paulo menciona em 1 Co 15.1-58 algumas evidências da ressurreição de Cristo. A primeira é que ela foi anunciada no Antigo Testamento (v.3 – segundo as Escrituras – Isaías 53.10 – “Ele verá sua prole...”). A segunda é que o Cristo ressurreto foi visto por muitas testemunhas, várias das quais ainda viviam quando essa carta foi escrita (1 Co 15.5-8).

Depois Paulo passa a mostrar à igreja de Corinto como a ressurreição de Cristo se relaciona com a vida diária do crente. Após basear o fato da ressurreição no ensino bíblico e no testemunho ocular de centenas de pessoas ele passa a mostrar as ligações existentes entre esse fato histórico e a fé cristã.

 

2. Se Cristo não Ressuscitou...

14 e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. [...] 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. 18 Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. (1 Coríntios 15.14,17,18)

1)    Em primeiro lugar 1 Co 15.14 – Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação. Desde o começo da proclamação da mensagem cristã a ressurreição de Cristo foi vista como um dos pontos centrais da mensagem do evangelho (At 2.24; 4.10). Isso deixa claro que se Cristo não ressuscitou a pregação cristã desde o princípio é vã por não estar fundamentada na verdade, sendo uma exposição da morte e não da vida abundante e eterna que Cristo dá (Jo 10.10). E se a nossa pregação não está baseada na verdade, nós somos falsas testemunhas de Deus. Se a ressurreição de Cristo não é um fato real, a pregação cristã é vazia e sem sentido.

2)    Em segundo lugar 1 Co 15.14,17 – Se Cristo não ressuscitou é inútil a nossa fé em seus efeitos. João Calvino diz o seguinte: "embora Cristo tenha feito a expiação por nossos pecados, de modo que eles não são mais levados em conta para a acusação contra nós ante o tribunal de Deus, e tenha crucificado o nosso velho homem para que suas paixões não mais reinassem em nós; e, finalmente, ele, por sua própria morte, tenha destruído o poder da morte e do próprio diabo, todavia não haveria nenhuma virtude nesses fatos caso ele não emergisse vitorioso por meio da ressurreição. Assim, caso a ressurreição fosse anulada, a tirania do pecado seria outra vez estabelecida" (Calvino, 1 Coríntios, Editora Parakletos, p. 458). E os que colocaram toda a sua esperança de salvação em um Cristo morto pereceram definitivamente e eternamente.

 

3. Mas Cristo Ressuscitou

20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1 Coríntios 15.20)

A ressurreição de Cristo inverte todo o quadro apresentado até aqui. A realidade da ressurreição de Cristo não é apenas o elemento que autentica a pregação cristã, mas também a impulsiona, possibilita o perdão dos pecados de todos aqueles que são alcançados pela sua Graça e dá aos crentes uma visão gloriosa do seu futuro eterno com seu Salvador. É sobre isso que Paulo fala nesse novo parágrafo.

1)    Em primeiro lugar1 Co 15.21,22 – Paulo contrasta o efeito do pecado de Adão com o efeito da obra redentora de Cristo (v.22). O pecado ocasiona a morte (Rm 3.23; 6.23), mas o Cristo ressurreto, que venceu a morte, dá vida a todos aqueles que nele crêem para a sua salvação (Jo 6.40,47).

2)    Em segundo lugar1 Co 15.25 – Aquele que foi morto, mas vive (Ap 1.18; 2.8) está reinando à destra de Deus. Esse é um grande consolo para aqueles que depositam toda a sua esperança em Cristo. Eles podem ter certeza de que aquele que foi capaz de amá-los enquanto ainda eram pecadores (Rm 5:8; Ef 2:1) ao ponto de entregar sua vida por eles – mesmo não vendo no pecador algo que pudesse agrada-lo – está agora reinando sobre todas as coisas.

3)    Em terceiro lugar 1 Co 15.23 – O Cristo ressurreto voltará para buscar sua igreja. Essa é a grande esperança do cristão: viver eternamente com Cristo na nova Jerusalém.

 

4. A Ressurreição e a Ética Cristã

32b Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos (1 Coríntios 15.32b)

Essa foi a conclusão a que o apóstolo chegou depois de suas profundas considerações a respeito da relação entre a ressurreição de Cristo e a vida cristã. A ressurreição é o fundamento de uma ética cristã. Os filósofos epicureus[15] dos tempos de Paulo e os hedonistas de nosso tempo crêem que o maior bem do homem consiste no prazer que ele pode desfrutar nesta vida. Eles crêem que a morte é o aniquilamento do homem, e por isso entendem que o melhor que se pode fazer é entregar-se aos prazeres e desfruta-los enquanto houver fôlego. De fato, quando não se tem esperança de uma vida futura eterna na companhia de um Deus que é santo, nada mais resta a se fazer, além de desfrutar de todos os modos e com toda a intensidade os prazeres que esta vida nos apresenta.

Mas o cristão não pode pensar dessa forma. Ele sabe que o Cristo ressurreto reina sobre todas as coisas e que o Deus santo exige que seus servos andem pelos caminhos da Aliança e vivam como cidadãos do Reino. O cristão não pode se entregar aos prazeres deste mundo e viver como se servisse a um deus morto. Ele serve ao Deus vivo e deve revelar seu relacionamento filial com Deus de forma prática em sua vida. A certeza da ressurreição é a mola mestra para que nós sejamos incansáveis na prática do bem.

A ressurreição de Cristo é o fundamento sobre o qual a vida de santidade do cristão está apoiada. Se, por um lado, ele não pode simplesmente comer, beber e esperar que a morte venha, por outro lado, ele tem o dever de evitar o pecado e, capacitado pelo Espírito do Cristo Ressurreto, empenhar-se para vencer as tentações deste mundo, tendo os olhos sempre colocados no seu futuro glorioso na companhia eterna de seu Salvador.

 

5. A Certeza do Triunfo

47 O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu. 48 Os que são da terra são semelhantes ao homem terreno; os que são do céu, ao homem celestial. 49 Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial. 50 Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível. 51 Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15.47-52)

Nesse trecho Paulo fundamenta a ressurreição dos crentes na ressurreição de Cristo. A ressurreição do corpo é um ensino que aos ouvidos do mundo soa como algo totalmente estranho, improvável e antinatural. Para resolver essa questão Paulo usa um exemplo presente na própria natureza. Ele mostra que a semente, depois de morta, dá origem a um broto vivo. O mesmo acontecerá com o cristão. Seu corpo é uma semente que, depois de morta, dará origem a um corpo vivo, plenamente restaurado. Nosso corpo natural é sujeito à fome e à sede, ao calor e ao frio, ao sono, à imperfeição e à doença. Isso acontece porque ele traz em si a imagem do que é terreno (v.49), ou seja, todas as imperfeições e limitações herdadas de Adão. O corpo ressuscitado e restaurado não será assim. Ele terá a imagem do que é celestial, ou seja, terá a imagem da glória que será herdada do Cristo ressurreto e glorificado.

            Os que estiverem vivos quando o Dia do Senhor chegar também serão transformados, pois a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus. Nessa renovação a mortalidade e a corrupção do homem serão destruídos (v.53) e o que é mortal será absorvido pela vida. Mortos e vivos serão transformados, receberão corpos gloriosos e incorruptíveis e assim desfrutarão plenamente de sua salvação, que alcançará seu ápice na ressurreição do corpo e na glorificação final da Igreja.

            Tragada foi a morte pela vitória (v.54). Isso acontecerá porque a única arma da morte é o pecado. Quando ele for eliminado a morte ficará desarmada. Cristo venceu o pecado e a morte e por meio de seu triunfo conquistou a vitória para nós e nos redimiu da maldição da lei mediante a sua Graça. A obra de Cristo em nosso favor destruiu o pecado, cumpriu as exigências da lei, aplacou a ira de Deus e conquistou a vida. É por isso que Ele nos dá a vitória (v.57).

 

 

 

16. OBEDIÊNCIA A DEUS

 

Vivemos tempos difíceis! Cada vez mais o homem natural tem prazer em fazer aquilo que é contrário à vontade de Deus. A sociedade tem se degradado de tal modo que nitidamente temos a impressão de que o mundo não tem mais jeito.

Não somente isto, mas tem sido cada vez mais difícil ser uma referência de cristão, por causa daqueles que se dizem cristãos, mas insistem em desobedecer a Palavra de Deus e os seus preceitos, que são justos e dão alegria ao coração.

 

22 Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros". (1 Samuel 15.22)

 

1 – Obediência a Deus

A obediência é um elemento-chave para uma vida vitoriosa. A Palavra de Deus confere grande importância a esta virtude, que é uma prova de nossa consagração pessoal a Deus.

João afirma que a obediência é um sinal de que o indivíduo é realmente salvo.

3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. 4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. (1 João 2.3,4)

É essencial cultivarmos urna vida de obediência. E isso não acontece da noite para o dia. Contudo, podemos iniciar o processo, compreendendo com clareza a necessidade da obediência e os métodos para isso.

 

2 – O Que Significa Obedecer?

Um dicionário define obediência como sendo “o estado ou ato de submissão à vontade de outrem". Esta definição contém algumas implicações práticas para o crente.

·      Em primeiro lugar, ela dá a entender que, para obedecer, é preciso haver uma autoridade que seja objeto de nossa obediência. Em nosso caso, essa autoridade a quem prestamos obediência é Deus.

·      Em segundo lugar, essa definição ensina que a verdadeira obediência não é apenas um ato, mas também uma atitude interior de submissão. Isto significa que a verdadeira obediência é produto de uma decisão interior de sermos submissos, e não de uma submissão forçada, involuntária.

Isso parece indicar claramente que a verdadeira obediência, no plano espiritual, é o ato de se seguir a vontade de Deus na nossa vida, em todos os aspectos, por um desejo do próprio coração.

21 "Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele". (João 14.21)

 

3 – O Que Não é Obediência?

A verdadeira obediência a Deus também pode ser definida em termos daquilo que ela não é:

·      A verdadeira obediência não é servir a Deus em nossos próprios termos - Embora muitas vezes seja desse modo que tentamos servir ao Senhor.

·      A verdadeira obediência não resulta de um asceticismo[16] - Não precisamos nos tornar aviltados, humilhados, desvalorizados para sermos obedientes ao Senhor. Obedecer não implica em deixar de nos alegrarmos ou de possuirmos bens.

·      A verdadeira obediência não é apenas uma conformidade exterior com seus mandamentos - Uma importante característica da verdadeira obediência é que ela procede do coração. Se não tivermos desejo sincero, partindo do coração, de sermos obedientes, nossos atos de obediência aos mandamentos de Deus não passam de mero legalismo.

 

4 – Por Que Devemos Ser Obediente?

A seguir, apresentamos uma lista de três razões básicas para a obediência, e essas devem ser suficientes para te incentivar a obedecer a Deus.

·      Devemos obedecer a Deus porque ele nos ama e merece nosso amor e obediência -Não é preciso pensar muito no que Deus fez por nós para que fiquemos maravilhados com seu amor desinteressado. Não é difícil obedecer alguém que nos ama assim. 1 Jo 4.16; 5.2; Ap 4.11.

·      Devemos ser obedientes porque é um modo prático de demonstrarmos amor por Deus - Isso faz com que nosso amor deixe de ser mero palavreado e passe a ser demonstrado na prática. Esta prova de nosso amor para com Deus deve estar presente em todos os aspectos de nossa vida. Os versos seguintes mostram isso claramente: Jo 14.21; 1 Jo 5.3.

·      Devemos ser obedientes porque Deus ordena que o sejamos - Quando Deus nos ordena que façamos qualquer coisa, não temos outra opção senão fazê-lo. Os textos seguintes apresentam a vontade de Deus nesta questão: Dt 10.12,13; 1 Tm 6.14; Tg 1.22; 1 Jo 5.2,3.

 

5 – Como Nos Tornamos Obediente?

Apresentaremos algumas sugestões práticas para você cultivar uma atitude de obediência a Deus.

·      1º passo: conhecendo os mandamentos de Deus - Será difícil para uma pessoa ser obediente, se ele não sabe a que vai obedecer. É importante termos um conhecimento sempre crescente da Palavra de Deus para vemos com clareza, o que Deus quer que façamos. Ele já nos revelou muita coisa daquilo que deseja de nós. Os versos seguintes abordam essa questão: Salmos 119.11,105,130; 1 Tm 3.16,17.

·      2º passo: buscando o poder de Deus - Com nossas próprias forças será impossível nos tomarmos obedientes a Deus. Temos que buscar o poder do Senhor, para que sejamos capazes de realizar sua vontade. Através do seu Santo Espírito, Deus nos concede forças para isso. At 1.8; Gl 2.20; Ef 5.18; Fp 4.13.

·      3°passo: tendo uma atitude certa - A atitude que temos para com Deus, no que diz respeito à obediência e ao trabalho que fazemos para Ele, terá uma influência muito grande sobre nós, no que se refere a termos ou não uma vida obediente. A Palavra de Deus apresenta várias atitudes que podemos ter, as quais influenciarão diretamente na formação da verdadeira obediência em nosso coração:

§  Ter prazer em fazer a vontade de Deus - Você tem essa atitude no coração? Se não, basta que peça a Deus e ele lhe dará esse sentimento. O verso seguinte fala claramente desta atitude:

8 Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei. (Salmos 40.8)

§  Fazer a vontade de Deus diligentemente - Ao buscarmos fazer a vontade de Deus não podemos ter uma atitude descuidada. Você tem sido diligente na realização da sua vontade?

16 Hoje, o Senhor, teu Deus, te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os, pois, e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma. (Deuteronômio 26.16)

§  Ser sincero na obediência - Deus não quer uma obediência fingida, mas sincera. Esforcemo-nos para realizar sua vontade com toda a sinceridade de coração.

15 A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança. (Lucas 8.15)

·      4° passo: Vencendo as tentações - É importante que o crente aprenda como deve encarar as tentações. Muitas vezes ao sermos provados, somos tentados a desobedecermos a Deus. Precisamos aprender como lidarmos com nossas provas, adversidades e tentações para podermos agirmos em obediência a Deus.

13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.(1 Coríntios 10.13)

 

6 – Áreas Que Devemos Obedecer

Apresentaremos algumas áreas ou pontos que devemos obedecer. Essas estão claramente pontuadas na Bíblia.

·      Testemunharmos o evangelho;

·      Frequentarmos uma igreja;

·      Termos comunhão com os irmãos;

·      Sermos submissos às autoridades estabelecidas por Deus;

·      Orarmos;

·      Estudarmos a bíblia;

·      Trabalharmos;

·      Amarmos e cuidarmos de nosso cônjuge;

·      Usarmos com sabedoria nosso tempo;

·      Educarmos nossos filhos de acordo com a Palavra de Deus;

·      Perdoarmos;

·      etc.

 

 

 

17. TENTAÇÕES

 

13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentado além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possas suportar. (1 Coríntios 10.13)

O crente precisa saber o que deve fazer para vencer as tentações e tornar-se mais amadurecido. A tentação é um impulso inicial para se cometer certo pecado. A tentação em si não é pecado. Contudo, se não for encarada da maneira certa, ela pode logo se tornar pecado.

Devemos salientar ao crente essas duas facetas da tentação. Muitos recém­ convertidos pensam que ela é pecado, e quando são tentados pensam que já pecaram. Precisamos aprender que isto não é pecado. Por outro lado, o crente muitas vezes toma uma atitude de indiferença com a tentação, e o resultado, geralmente, é que ele cai em pecado. Portanto vamos compreender o que são tentações e suas implicações sobre nossas vidas.

 

1 – As Fontes de Tentação

A Bíblia ensina que a tentação para o pecado nos vem de três direções. Nos parágrafos seguintes explicamos cada uma dessas fontes de tentação.

·      Satanás (o Diabo) - As escrituras ensinam claramente que Satanás é uma fonte de tentação para o pecado. Desde o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, até o último, Apocalipse, vemos Satanás em ação, tentando enredar os homens e levá-los a pecar. Os cristãos não se acham imune a esta ameaça, por isso devem aprender a enxergar as artimanhas do diabo, e entender que ele os tentará por meio delas. Os versos seguintes serão muito valiosos neste sentido: Gn 3.1-5; 1 Pe 5.8; Ap 20.1-3.

1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?" 2 Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim, 3 mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’". 4 Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão! 5 Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal". (Gênesis 3.1-5)

A ação do diabo: distorcendo as palavras de Deus com o fim de chamar a atenção do homem para o proibido; colocando dúvida no coração do homem quanto à intenção de Deus.

 

8 Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. (1 Pe 5.8)

Nossa ação em relação ao diabo: Precisamos ser sóbrios e vigilantes.

A ação do diabo: Ele estará tentando nos enganar com o fim de nos arrastar com ele para o lago de fogo e enxofre.

 

1 Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do abismo e uma grande corrente. 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; 3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. (Apocalipse 20.1-3)

A ação do diabo: Enganar as pessoas.

 

·      A Carne - É responsável pela tendência nossa de viver de acordo com os apetites do corpo. Ela se encontra em batalha constante com a nova vida do cristão, procurando fazer com que ele volte aos seus antigos hábitos de vida, e se torne egoísta. As tentações virão dessa fonte, e devemos aprender a superá-las. Os versos seguintes nos falam sobre essa fonte: Rm 8.5-9; Gl 5.16,17, Tiago 1.14,15.

5 Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. 6 A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; 7 a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. 8 Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. 9 Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. (Romanos 8.5-9)

 

16 Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. 17 Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. (Gálatas 5.16,17)

 

14 Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. 15 Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte. (Tiago 1.14,15)

 

·      O Mundo - A tentação que nos vem dessa fonte tem a forma de uma tentativa sutil de levar-nos à conformidade com as atitudes prevalecentes no ambiente em que vivemos, e com a atmosfera dele. Essas tentações são as seguintes: sentir-se seguro pela posse de bens ou por realizações próprias; pensar que a vida pode ser vivida sem um relacionamento vital com Deus; adotar outras ideias que partem de uma sociedade ateia, distante de Deus. A Bíblia nos ensina que devemos viver em estado de alerta contra estas tentações e que devemos vencê-las (Rm 12.2; 1 Tm 6.10; 1 Jo 2.15).

2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2)

 

9 Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, 10 pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. 11 Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. (1 Timóteo 6.9-11)

 

15 Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. (1 João 2.15,16)

 

Obs.: Pode o homem ser tentando por Deus?

13 Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. (Tiago 1.13)

 

2 – Condições Para a Vitória

A Bíblia nos fornece as condições para obtermos a vitória sobre as tentações. Apresentaremos as principais nesta lição.

·      1º condição: estar alerta - Em muitos casos, o crente cai em tentação porque não se encontra alerta à possibilidade de ser tentado. Os crentes em geral pensam em duas maneiras: ou pensam que são imunes às tentações, ou pensam que podem vencer qualquer tentação que lhes sobrevenha. São atitudes arriscadas, que trazem muitas derrotas. Precisamos estar alertas quanto às fontes de tentação, e nos colocarmos sempre em guarda contra elas. Ver: 1 Co 16.13; 1 Pe 5.8; Ap 3.2.

13 Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes. (1 Coríntios 16.13)

 

·      2ª condição: ser cheio do Espírito Santo - Com suas próprias forças, o cristão nunca poderá derrotar as tentações. A vitória só é possível pelo poder do Espírito Santo. Incentivamos você a buscar a plenitude do Espírito. Ler At 1.8; Ef 5.18; Fp 4.8.

8 Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. (Atos 1.8)

 

18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, (Efésios 5.18)

 

8 Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. (Filipenses 4.8)

 

·      3ª condição: agir prontamente - A tentação deve ser vencida no momento em que surge. Não devemos adiar a ação. A Bíblia mostra, em Tiago 1.14,15, a progressão dos eventos que se inicia com a cobiça e se concretiza com o pecado: 14 Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Se estivermos alertas é possível evitarmos que a tentação progrida e se torne pecado. É importante salientarmos as consequências de um prolongamento do problema. Temos que resolvê-lo o mais rapidamente possível.

 

·      4ª condição: conhecer os livramentos bíblicos - O texto de 1 Coríntios 10.13 afirma que para cada tentação Deus promete um livramento, pelo qual podemos obter vitória sobre ela. A Bíblia contém inúmeros exemplos desses "livramentos". Por esta razão, o fato de estarmos sempre adquirindo mais e mais conhecimentos da Palavra de Deus influirá diretamente na obtenção de vitórias. O verso do Sl 119.11 mostra isso: 11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti. (Salmos 119.11)

§  Diante a tentação de natureza sexual - fuja dela, saia correndo como se fosse para salvar sua vida, pois somos incapazes de lutar contra ela (2 Tm 2.22).

22 Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, juntamente com os que, de coração puro, invocam o Senhor. (2 Timóteo 2.22)

§   Diante as dúvidas satânicas - resista ao diabo confiando na Palavra de Deus (Mt 4.1-11; Tg 4.7).

7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. (Tiago 4.7)

 

·      5ª condição: obedecer pela fé - Ao enfrentarmos as tentações, é importante que utilizemos os meios de livramento que a Bíblia nos oferece, quer queiramos, quer não. Se formos buscar nos sentimentos o incentivo para enfrentarmos as tentações, já perdemos a batalha. Só poderemos obedecer a Deus pela fé, por isso precisamos cultivar o hábito de vivermos pele fé. Nós devemos fazer o que Deus ordena, não importam quais sejam os nossos sentimentos (Cl 2.6).

6 Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, 7 enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. (Colossenses 2.6,7)

 

·      6ª condição: orar pedindo a Deus forças para vencer as tentações - A oração tem um papel preponderante para se alcançar à vitória na luta contra as tentações. A Bíblia ordena claramente que oremos tanto pela nossa própria vitória como pela de outros.

§  Oração pela nossa própria vitória: Mt 26.41; Mc 14.38; Lc 22.40.

41 "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mateus 26.41)

§  Oração pela vitória de outros (a exemplo de Paulo em suas epístolas): Cl 1.9-12.

9 Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. 10 E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e 11 sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, (Colossenses 1.9-11)

18. DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS

 

Um dos benefícios de nossa salvação em Cristo é a promessa de orientação que temos da parte de Deus. Já não somos vítimas do acaso, nem dependemos de nossos limitados recursos no planejamento do futuro. Agora, podemos ter certeza de que há possibilidade de termos uma vida abundante, com um propósito certo, se permanecermos no centro da vontade de Deus. O objetivo desta lição é nos levar a dirigir nossas vidas de acordo com a vontade de Deus.

 

1 – Plano Geral de Deus Para Nossa Vida

11 Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. (Jeremias 29.11)

 

2 E não vos conformeis com este século; mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2)

 

Estes versículos apresentam um belíssimo quadro da vontade de Deus para a vida de cada crente. Seu plano para nossa vida nunca é para o mal, mas, sim, para nosso bem. Temos a esperança de um maravilhoso futuro, como filhos de Deus, tanto na vida presente como na eternidade. A vontade de Deus para nossas vidas, como está revelada em Rm 12.2, apresenta três elementos básicos.

·      Primeiro lugar – é um bom plano.  O texto de Jr 29.11 se acha em harmonia com ele as palavras de Paulo.

·      Segundo lugar – é um plano que sempre será agradável para nós em todos os aspectos. Entretanto é um plano focado em um novo mundo.

·      Terceiro lugar – é um plano perfeito. O plano de Deus para nossa vida é um plano totalmente perfeito, para que se alcance o máximo de produtividade e realização pessoal.

Qualquer outro plano é inferior a este. Ele não só diz respeito apenas à nossa carreira, mas a todos os aspectos de nossa vida. É muito bom que comecemos a descobrir o plano de Deus para nossas vidas, logo no início do crescimento espiritual.

 

2 – Promessas Relacionadas Com o Discernimento da Vontade de Deus

A Bíblia contem várias promessas relativas ao discernimento da vontade de Deus, e seria muito bom que as entendêssemos. A seguir, apresentaremos as principais.

·      Deus promete dar-nos uma orientação e direção definida - Quando procuramos saber a vontade Dele em determinada questão, não precisamos contentar-nos apenas com uma orientação vaga. Os versos seguintes revelam esta verdade claramente: Sl 32.8; ls 30.20,21; Jo 14.26.

8 Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você. (Salmos 32.8)

 

26 Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse. (João 14.26)

 

·      Deus prometeu dar-nos sabedoria para que possamos discernir sua vontade - Ele não está tentando esconder seus desígnios de nós. Pelo contrário, Ele está querendo revelá-los a nós. Deus está mais desejoso de que nós o conheçamos, do que nós de descobri-lo. Embora existam condições que precisam ser satisfeitas para que saibamos a vontade de Deus, podemos estar certos de que Ele a revelará a nós, se perseverarmos em buscá-las. Os versos seguintes indicam exatamente isto: Am 3.7; Cl 1.9.

7 Certamente o SENHOR Soberano não faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos, os profetas. (Amós 3.7)

 

9 Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. (Colossenses 1.9)

 

·      Deus promete operar em nosso interior para fazer com que desejemos realizar a sua vontade - Sempre que chegar o momento de realizarmos a vontade de Deus, em determinadas questões, Ele estará operando em nós, a fim de dar-nos o desejo de cumpri-las. Essa verdade é ensinada em Fp 2.13.

Porque Deus é que efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade. (Filipenses 2.13)

 

·      Deus prometeu advertir-nos quando nos afastássemos de sua vontade - Ele nos deu recurso que atua como uma salvaguarda. É a paz de Deus em nosso coração. Quando perdemos a paz, precisamos parar e procurar descobrir se estamos errando no que diz respeito à vontade de Deus. Essa paz é o fator decisivo para sabermos se estamos ou não fazendo a vontade de Deus. Ef 4.30; Cl 3.15.

30 Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. (Efésios 4.30)

 

15 Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. (Colossenses 3.15)

 

3 – Alguns Passos Para Sabermos a Vontade de Deus

Existem algumas coisas que precisamos fazer, para saber a vontade de Deus em determinada situação.

·      Sermos cheios do Espírito Santo - É importante estarmos cheios do Espírito Santo, pois é isso que nos torna receptivos à vontade de Deus. Se formos um crente carnal, isto impedirá que Deus nos revele sua vontade. At 1.8; Ef 5.18.

18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, (Efésios 5.18)

 

·      Estudarmos a Palavra de Deus - Grande parte do que Deus deseja de nós no que diz respeito a atos e atitudes já nos foi revelada em sua Palavra. É de importância vital obtermos um bom conhecimento das verdades básicas da Palavra de Deus, pois Ele nunca dá uma orientação que esteja em conflito com ela. Os versos seguintes indicam o papel das Escrituras no discernimento da vontade de Deus: Js 1.8; Sl 119.105.

8 Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. (Josué 1.8)

 

·      Obedecermos às orientações que já nos foi revelada - É importante obedecermos a todas as determinações dadas pelo Senhor. Isso é necessário por duas razões. Primeiro, nossa obediência é uma prova de que estamos prontos para fazer a vontade de Deus. Segundo, nossa obediência nos torna aptos para novos passos com Deus. 1 Jo 3.22.

22 e recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada. (1 João 3.22)

 

·      Aconselhar-nos com crentes mais maduros - Quando procuramos saber a vontade de Deus em certas questões, é bom consultarmos crentes mais maduros, que nos conheçam. A palavra deles pode ser bastante proveitosa por causa de seu conhecimento da Bíblia e sua sensibilidade à voz do Espírito Santo. Embora não devamos esperar que eles tomem decisões por nós, uma palavra deles poderá ser-nos muito útil. Pv 11.14; Cl 3.16.

16 Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. (Colossenses)

 

·      Sermos perseverantes na oração - É através dela que obtemos o sentimento de íntima comunhão com Deus, e nos tomamos mais alerta à sua orientação. A oração é o meio pelo qual tiramos os fardos de nossos ombros e os colocamos nas mãos do Senhor. Quando oramos, Deus nos revela muitas coisas. Contudo, temos que ser pacientes, e esperar que Ele nos mostre sua vontade de acordo com o tempo por Ele determinado. 1 Ts 5.17.

17 Orem continuamente. (1 Tessalonicenses 5.17)

 

4 – Algumas Vontades de Deus Estão Claramente Reveladas a Nós

Existem desejos de Deus que está claramente revelado a nós em Sua Palavra. Esses desejos expressos da parte de Deus, não devem ser questionados, mas obedecidos. Existem coisas que não temos nem que perguntarmos, pois já está escrito. Por exemplo:

·         Divórcio – Deus fala claramente que não é o seu desejo que o homem se separe. O divórcio só é permitido por causa da dureza do coração do homem.

·         Evangelização – Deus nos ordenou pregar o Evangelho a todas as pessoas.

·         Perdão – Deus nos ensinou que devemos perdoar todos que nos feriram.

·         Amar – É mandamento de Deus que nos amemos uns aos outros. Deus também diz que devemos amar até nossos inimigos.

·         Santificação – É a vontade de Deus que vivamos em santificação.

 

5 – Existem Situações Que a Vontade de Deus Deve Ser Discernida Por Nós

Deus nos fez com intelecto. Ele nos criou com a capacidade de fazermos escolhas. Essa capacidade é uma das características que nos torna semelhantes a Deus. Durante nossas vidas seremos colocados muitas vezes diante situações onde teremos que fazer uma escolha por algo ou por alguém. Quando fazemos uma escolha por algo ou por alguém, consequentemente estaremos abrindo mão de alguma outra coisa.

Precisamos compreender que existem escolhas na vida as quais Deus nos deu o livre arbítrio para decidirmos. Por exemplo: Com quem iremos casar; qual sabor do sorvete que iremos tomar; qual carreira profissional iremos seguir; qual carro vou comprar; onde irei trabalhar; onde irei estudar; etc.

Entretanto na medida em que conhecemos a Deus e a Sua Palavra encontramos ferramentas, princípios na Bíblia, que nos ajudam a discernir com quem devemos nos casar; qual carreira profissional que devemos escolher; em qual empresa devemos trabalhar diante de duas ou mais ofertas; etc.

Entender o valor da família, nos ajuda a discernir que tipo de família desejamos construir. Compreender o papel do dinheiro em nossas vidas, nos ajuda a discernir qual o tipo de trabalho devemos escolher. Conhecer o dom que Deus nos deu, nos ajuda a escolhermos a carreira profissional. Em fim o conhecimento de Deus, dos seus princípios, dos seus projetos e o conhecimento do nosso papel como filhos e servos de Deus nos ajuda a fazermos escolhas coerentes com Sua vontade.

 

Reflexão

À medida que formos aplicando as nossas vidas às verdades desta lição, iremos descobrir mais e mais a vontade de Deus para nossas vidas. Lembremos de que é muito mais fácil guiar um carro em movimento do que um carro parado. O exercício contínuo nos ajuda a nos tornarmos melhores motoristas. O mesmo acontece à vida cristã.


19. VIVENDO A VIDA CRISTÃ

 

Nesta lição não iremos abordar nada de novo. Nosso objetivo aqui é fazer um estudo resumido das verdades estudadas nas aulas anteriores e reforçá-las. É importante compreendermos que todas as verdades que estamos aprendendo se relacionam umas com as outras. Aliás, esta aula apresenta uma série de elementos que devemos possuir, para nos qualificarmos como crentes. É bom adotarmos a mesma atitude de Paulo para com a repetição do ensino (Fp 3:1).

1 Finalmente, meus irmãos, alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês. (Filipenses 3.1)

 

1 – Características da Vida Cristã

·      Vivendo em Cristo - Todo crente deve procurar ter certeza de sua posição em Cristo. Se tiver alguma dúvida acerca de sua salvação, será impossível crescer espiritualmente. A bendita certeza da vida eterna e do perdão dos pecados é elemento básico a uma vida cristã abundante. 2 Co 13.5.

5 Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados! (2 Coríntios 13.5)

 

·      Ter "constância" na oração e no momento devocional - Como já explicamos, a oração e o momento devocional são fatores importantes para verdadeira comunhão com Deus. É essencial que você cultive o hábito de observar tais coisas diariamente. Elas te desenvolverão grandemente. Faça uso de um caderno de anotações, bem como uma lista de pedidos de oração; mas não transforme sua vida de oração apenas em apresentações de sua lista de pedidos. Fp 4.6,7; 1 Pe 2.2.

2 Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, 3 agora que provaram que o Senhor é bom. (1 Pedro 2.2,3)

 

·      Ter constância na comunhão com outros crentes - Todo cristão deve entender a grande importância da comunhão com outros crentes e do seu desenvolvimento numa igreja. Geralmente, um crente isolado dos outros se esfria espiritualmente e é mais facilmente derrotado. O crescimento espiritual recebe um forte impulso na comunhão com os outros. Hb 10.24,25.

24 E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10.24,25)

 

·      Certificar-se de que está cheio do Espírito Santo - É muito importante que cada cristão se certifique de que está cheio do Espírito Santo de Deus, pois Ele é a fonte de todo o poder para nossa vida e das transformações que nela se passam. Ef 5.18.

18 Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, (Efésios 5.18)

O texto que lemos nos ensina claramente que a plenitude do Espírito Santo é um processo contínuo. O verbo “deixem-se encher” significa realmente "estai sendo cheios" ou “enchei-vos”. Portanto, fala de uma ação contínua.

Paulo está dizendo que o desperdício da vida e ausência de autocontrole encontradas na vida daqueles que se embriagam são coisas que não devem ser vistas na vida daqueles que encontraram em Cristo a origem e o caminho da sabedoria. Ele apresenta algo superior que deve controlar a vida de quem está em Cristo – “deixem-se encher pelo Espírito”.

 

·      Aprender a vencer as tentações - É preciso que entendamos que as tentações não são pecados, mas, um impulso inicial para se cometer um pecado. O cristão deve saber que Deus prometeu lhe dar vitória sobre o pecado, se buscar nele o poder e a libertação. Todo cristão sofrerá tentações, e precisa estar preparado para elas. As tentações nos vêm de três fontes: o mundo, a carne e o diabo. Deus nos tem revelado em sua Palavra que devemos encarar e superar as tentações. Não devemos sucumbir à tentação e pecar, mas caso aconteça precisamos confessar nossos pecados. 1 Co 10.13; 1 Jo 1.9.

13 Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar. (1 Coríntios 10.13)

 

9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 João 1.9)

 

·      Cultivar o hábito da obediência - Cultive o hábito de obedecer a tudo que Deus lhe ordena e lhe determina. Tenha autodisciplina e persistência, e você conseguirá criar o hábito de obedecer sempre à vontade de Deus. É bom observar que só conseguimos fazer dessa obediência um modo de vida, quando seguimos os mandamentos de Deus, a despeito daquilo que possamos sentir. 1 Jo 3.22-24.

22 e recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada. 23 E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou. 24 Os que obedecem aos seus mandamentos permanecem nele, e ele neles. Deste modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu. (1 João 3.22-24)

 

·      Permanecer no centro do plano divino - Somente quando está conscientemente vivendo no centro da vontade de Deus é que o crente tem a vida plena e abundante que Deus promete aos salvos. O plano de Deus para nós é bom e perfeito em todos os aspectos. Ef 3.30.

30 Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. (Efésios 4.30)

 

·      Tornar-se uma testemunha eficaz do evangelho - Qualquer um que deseje realmente crescer em Cristo precisa empenhar-se no testemunho do evangelho. Um bom modo de evangelizar é dar nosso testemunho pessoal. At 1.8.

8 "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". (Atos 1.8)

 

·      Aumentar o conhecimento da Palavra de Deus - O crescimento espiritual está intimamente relacionado com nosso conhecimento da Palavra de Deus. Embora esse conhecimento, por si só, não produza o crescimento, por outro lado, os outros fatores citados, sem o conhecimento, não produzem a verdadeira maturidade espiritual. 2 Tm 3:16,17.

16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3.16,17)

 

·      Viver pela fé – Todos nós precisamos viver a nova vida em Cristo. Para que possamos vivê-la devemos deixar de sermos orientados por nossos sentimentos e princípios do mundo. A nova vida em Cristo deve ser vivida pela fé nas Palavras de Jesus, isto é, devemos em um ato de fé pautarmos todas nossas decisões tendo a Bíblia como referência, como fundamento. Precisamos depositar fé naquilo que Deus diz, em vez daquilo que sentimos ou que outras pessoas dizem a nós. Este é o único meio de nossa fé crescer e resistir a todas as provas em que for submetida. CI 2.6,7.

6 Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, 7 enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. (Colossenses 2.6,7)


20. TESTEMUNHANDO CRISTO

 

O êxito ao testificar consiste em tomar a iniciativa de compartilhar Cristo no poder do Espírito Santo, deixando os resultados com Deus.

 

1 - O Que é Testemunhar?

·      É contar algo que você viu e ouviu ou, que aconteceu com você (Atos 22.15).

15 Você será testemunha dele a todos os homens, daquilo que viu e ouviu. (Atos 22.15)

·      É comunicar a outros o que é necessário para sua salvação: arrependimento e fé (Atos 20.21).

21 Testifiquei, tanto a judeus como a gregos, que eles precisam converter-se a Deus com arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus. (Atos 20.21)

·      É compartilhar com outros a sua experiência com Jesus (1 João 1.3).

3 Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. (1 João 1.3)

 

2 – Comunicar o Quê?

·      Como é a vida sem Cristo - Os problemas na vida surgem porque o espírito do homem está separado de Deus, não recebendo orientação de Deus, e até mesmo atuando contra Deus.

1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, (Efésios 2.1)

§  O espírito estava sem comunicação com Deus (morto). Não havia paz no coração.

§  A alma, que é o que você pensa, sente, e deseja, era controlada por você mesmo. Assim sendo as suas decisões eram baseadas naquilo que você pensava e não na Palavra de Deus.

§  O seu corpo sofria por causa de suas paixões e desejos. Muitas pessoas sem Cristo entregam-se a pratica de vários tipos de vícios.

 

·      Afirmar o que Jesus fez por nós - Ele pagou o preço dos seus pecados e vivificou seu espírito.

24 Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. (1 Pedro 2.24)

 

·      Afirmar que não existe outro que possa fazer a mesma coisa por alguém – A Bíblia afirma que somente Jesus pode nos salvar e nos dar vida eterna.

6 Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim". (João 14.6)

§       Jesus é o único que pode nos dar uma nova vida.

§       Jesus não é uma das soluções, mas a única solução.

§       Só Jesus venceu a morte e, portanto, só Ele pode dar vida.

 

 

 

3 – Dê o Seu Testemunho Pessoal

Existe um momento em que devemos contar nossa experiência com Deus. Quando as pessoas confiam em nós, a nossa história tem um valor relevante para elas.

·      Conte como você se encontrava antes de conhecer a Jesus Cristo.

·      Conte como você entregou sua vida a Cristo.

·      Conte como sua vida mudou após este encontro. (O que mudou?)

 

4 – Desafie Outros a Entregar a Vida a Jesus

Quando der seu testemunho a alguém ou comunicar o que Jesus fez por ela, ajude-a:

·      A reconhecer que Jesus é o único que pode livrá-la de sua situação atual e espiritual, lhe dando vida eterna (1 Tm 2.5).

·      Pergunte a ela se deseja mudar de vida (Lc 15.8).

·      Oriente ela a entregar sua vida a Jesus, em um ato de fé, por meio de uma oração, reconhecendo Ele como seu Senhor e Salvador (Jo 1.12).

 

5 – Por Que Testemunhar?

·      É ordem de Deus (At 1.8).

·      É um privilégio (2 Co 5.20).

§  Somos embaixadores de Deus.

·      É uma demonstração de amor (2 Co 5.14).

§  Estamos oferecendo o que mais precisam

§  O amor de Cristo nos constrange a fazer isso.

·      É necessário porque as pessoas estão perdidas.

§  Jesus veio buscar e achar o perdido (Lc 19.10).

§  A situação da pessoa sem Cristo (Ef 2.12).

§  Sempre haverá pessoas prontas a ouvir.

§  Sempre haverá pessoas precisando de Jesus (fique atento).

·      Faz parte do nosso crescimento espiritual.

§  A pessoa salva por Cristo é usada por Deus como instrumento para a salvação e edificação de outros (2 Tm 2.2).

§  É grande a alegria que sentimos ao ver pessoas sendo salvas e andando nos princípios de Deus (3 Jo 4).

 

6 – Requisitos Fundamentais Para Testemunhar

·      Ter convicção da salvação

§  1 Jo 5.13 - Não posso falar algo que não é real em mim.

·      Ter e demonstrar uma vida limpa:

§  1 Pe 3.15 - Santificar a Cristo como Senhor significa que Ele está controlando todas as áreas de nossa vida.

§  1 Jo 1.9 - É fundamental que tenhamos os nossos pecados confessados.

·      Interceder pelas pessoas

§  Ef 6.19/ 1 Tm 2.1 - É importante ter uma lista de oração com nomes de pessoas que você quer que sejam salvas por Cristo.

·   Crer que o espírito Santo vai agir na vida das pessoas

§  Jo 16.8

·      Falar de Jesus

§  1 Co 2.1,2

 

7 – Coisas Que Atrapalham no Testemunho

·      Pecados não confessados

§  Pv 28.13

·      Ter vergonha de falar ou falta de coragem

§  Rm 1.16/ At 4.13

·      Problemas de relacionamento com outras pessoas que ainda não foram acertados

§  Rm 12.17-20

·      Não saber comunicar a fé em Jesus

§  1 Pe 3.15

·      Falta de poder do Espírito Santo

§  At 1.8

 

Obs: 3 Deus já providenciou todas as coisas para que esses obstáculos sejam superados se possamos falar livremente de Jesus Cristo. (2 Pedro 1.3)

 

8 – Fatores Que Ajudam no Testemunho

·      A maneira de falar deve ser agradável natural e pessoal

·      Não entre em discussões desnecessárias

9 Evite, porém, controvérsias tolas, genealogias, discussões e contendas a respeito da lei, porque essas coisas são inúteis e sem valor. (Tito 3.9)

·      A apresentação do evangelho deve ser clara, simples e compreensível.

 

9 – O Que Acontece Quando Testemunhamos?

·      Haverá reações negativas – Algumas pessoas responderam com criticas, zombaria, gozação e até perseguição.

§  At 17.32,33; 4.1-3

·      Haverá conversões – Algumas pessoas abraçarão a fé.

§  At 4.4; 17.34

 

 

 

 

30 O fruto do justo é a árvore da vida, e o que ganha almas é sábio. (Provérbios 11.30)
ESTUDOS AVULSOS PARA SE FAZER EM CASA

 

A VIDA FRUTÍFERA.

 

Introdução.

 

O propósito do curso.

 

            Estes estudos têm como objetivo ajudá-lo, como já ajudaram milhares de pessoas a desenvolver profundamente a sua vida cristã. Esta nova vida, diz a Bíblia, se centraliza na pessoa de Jesus Cristo. Ser cristão é, pois, conhecê-Lo cada vez mais como Senhor e Salvador. Assim sendo, estes estudos simples e práticos, que usam a Bíblia como texto, visam ajudá-lo a adquirir uma vida realmente frutífera.

 

O conteúdo do curso.

 

            Os oito estudos tratam dos oito elementos básicos da vida cristã. O aluno procura passagens relacionadas com os tópicos e responde as perguntas com suas próprias palavras. Os tópicos são os seguintes:

 

            1. Você pode ter certeza da sua salvação.

            2. Sua vitória sobre o pecado está garantida.

            3. Deus garante perdão de todo e qualquer pecado.

            4. O poder da oração: você pode aproveitá-lo.

            5. O Espírito Santo: o segredo do poder.

            6. A Bíblia: luz e vida para os nossos dias.

            7. A obediência: o segredo do sucesso na vida cristã.

            8. Como compartilhar Jesus com outros.

 

Como usar o curso.

 

            Dependendo das circunstâncias e da preferência do estudante, há pelo menos três maneiras como o curso pode ser usado. Considerando que você já fez todos os estudos do DISCIPULADO 01, você pode estudar sozinho, fazendo as lições de acordo com o tempo disponível. Os oitos estudos VIDA FRUTIFERA são para lembrá-lo e fortalecer aquilo que você já aprendeu.

 

            Caso você sinta necessidade conte com a colaboração de um cristão mais experimentado que pode receber as lições, corrigi-las e desenvolvê-las.

 

            Uma terceira maneira é usar o curso com grupos pequenos. Os alunos se reúnem semanalmente sob a supervisão de um líder, podendo ser o pastor ou outra pessoa. Eles podem procurar as referências na hora da aula e compartilhar suas respostas. Alguns professores, entretanto, preferem que os alunos façam o estudo em casa para dedicar todo o tempo da classe ao compartilhamento. Após o estudo do DISCIPULADO 01 você pode ser o professor de sua turma. Que Deus te abençoe nestes estudos!

 

Como completar o curso com êxito.

 

            l. Resolva fazer regularmente o estudo. Marque um dia da semana para seu estudo particular. Se fizer parte dum grupo pequeno, venha à aula na hora certa, com sua bíblia, pronto para tomar notas sobre a lição.

 

            2. seja fiel em fazer as tarefas que seguem cada lição. As leituras suplementares e os versículos decorados enriquecerão bastante o valor do seu estudo.

 

            3. Pense em como poderia aplicar as verdades de cada lição à sua própria vida. Procure compartilhar a lição com pelo menos um parente ou amigo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo n.º 1 (Leia a lição: CONVICÇÃO DA SALVAÇÃO)

 

VOCÊ PODE TER CERTEZA DA SUA SALVAÇÃO.

 

            O homem que pensa, sabe que algo está errado com a humanidade. Criado à imagem de Deus, parece incapaz de se comportar como filhos de Deus. Sua tendência pelo contrário, é praticar o mal. Nesta lição você vai descobrir o que a Bíblia tem a dizer quanto a este enigma. Além disso, vai descobrir que há uma maneira do homem agradar a Deus e isto por simples ato da sua vontade.

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Porque os homens necessitam de salvação?

 

 Romanos 3:23                                                                                                                    

 

2. Para que Jesus veio ao mundo?

 

Lucas 19:10                                                                                                                         

 

3. Como Cristo realizou este propósito?

 

Romanos 5:8                                                                                                                       

 

1 Pedro 2:24                                                                                                                        

 

1 Pedro 3:18                                                                                                                        

 

4. O que devemos fazer para ser salvos e receber a vida eterna?

 

João 1:12                                                                                                                             

 

João 3:16-18                                                                                                                        

 

5. As boas obras são necessárias para a salvação?

 

Efésios 2: 8-9                                                                                                                      

 

Tito 3:5                                                                                                                                

 

6. Em que se encontra a vida?

 

1 João 5:11-12                                                                                                                                                                                                                                                                  

 

 

7. O que acontece no momento em que cremos?

 

João 5:24                                                                                                                             

 

2 Coríntios 5:17                                                                                                                  

 

8. Por que podemos saber com certeza que temos a vida eterna?

 

1 João 5:13                                                                                                                          

 

9. Como podemos saber realmente que temos a vida eterna, visto que Satanás, o acusador dos homens (Apocalipse 12:10), nos acusa pelos nossos sentimentos que mudam tanto?

 

1 Pedro 1:25                                                                                                                        

 

            “Receber” significa mais do que a mera aceitação intelectual dos fatos relacionados com a vida de Cristo. Significa sujeitar-se a Cristo Jesus em todas as áreas da sua vida, prometer-lhe lealdade e unir-se a Ele. Não há mistério. É um ato da vontade.

 

Tarefas para a primeira semana.

 

1. Leia durante a semana os primeiros sete capítulos do Evangelho de João, lendo um capítulo por dia.

 

2. Memorize: 1 João 5:11-12.

 

3. Explique para algum conhecido o que devemos fazer para receber a vida eterna.

 

4. O que significa para você, no se dia-a-dia, ter certeza de possuir a vida eterna?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo n.º 2 (Leia as lições: O HOMEM E O PECADO e O HOMEM E A SALVAÇÃO)

 

SUA VITÓRIA SOBRE O PECADO ESTÁ GARANTIDA.

 

            A pessoa que se entrega a Deus não deixa de viver num mundo pecaminoso. É possível cessar de pecar neste ambiente moralmente contaminado? Neste estudo você vai descobrir como enfrentar o pecado tal como Jesus o enfrentou, usando a arma que Ele usou, na certeza de que a vitória é garantida!

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Quem é inimigo do cristão?

 

1 Pedro 5:8                                                                                                                          

 

2. Quais são os elementos principais pelos quais somos tentados?

 

a. Gálatas 5:16-17                                                                                                               

  

b. 1 Pedro 5:8                                                                                                                      

 

c. 1 João 2: 15-16                                                                                                                

 

3. Que certeza podemos ter na hora da tentação?

 

1 Coríntios 10:13                                                                                                                

 

4. Que benefício recebemos através das provações?

 

Tiago 1:2-4                                                                                                                          

 

5. Quem nos concede a força para enfrentarmos a tentação?

 

 Filipenses 4:13                                                                                                                   

 

     Por que Deus pode nos dar a vitória?

 

1 João 4:4                                                                                                                            

 

6. como podemos explicar o fato de sermos, às vezes, vencidos pela tentação?

 

Tiago 1:14-15                                                                                                                      

 

7. O que podemos fazer para evitar a tentação?

 

Mateus 26:41                                                                                                                      

Tiago 4:7                                                                                                                             

 

1 João 2:14                                                                                                                          

 

8. Com quais armas podemos contar para vencer o inimigo?

 

a. Atos 3:6                                                                                                                           

 

b. Efésios 6:17                                                                                                                    

 

c. Apocalipse 12:11                                                                                                             

 

9. O que Jesus usou para enfrentar os ataques de Satanás?

 

Mateus 4:4-7 e 10                                                                                                               

 

10. Como podemos ter a Palavra de Deus sempre à nossa disposição para alcançar vitória sobre o pecado?

 

Salmo 119:11                                                                                                                      

 

Tarefas para a segunda semana.

 

1. Leia os capítulos oito a catorze do Evangelho de João, lendo um capítulo por dia.

 

2. Memorize: 1 Coríntios 10:13.

 

3. Cite para alguém o versículo que decorou e explique o que a memorização de versículos tem a ver com a vitória sobre o pecado.

 

4. Na área em que você está sendo mais facilmente tentado, qual é a arma que vai lhe ajudar mais? (veja pergunta 7).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo n.º 3 (Leia a lição: O PERDÃO DE DEUS)

 

DEUS GARANTE PERDÃO DE TODO E QUALQUER PECADO.

 

            Parece que as três palavras mais difíceis de serem pronunciadas em qualquer idioma são: eu estou errado. Deus já fez a parte dele para que você esteja livre diariamente de qualquer culpa do pecado. A sua parte - aquele parte difícil - é a confissão. A Bíblia ensina claramente a quem devemos confessar os pecados; quais são as conseqüências dos pecados não confessados; o grande benefício que a confissão traz para todos os nossos relacionamentos e outras coisas mais.

           

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Qual é a base do perdão dos pecados?

 

Mateus 26:28                                                                                                                      

 

Efésios 1:7                                                                                                                          

 

1 João 1:7                                                                                                                            

 

2. Mesmo que nossos pecados tenham sido perdoados na hora da conversão, podemos dizer que cessamos automaticamente de pecar?

 

1 João 1:8-10                                                                                                                       

 

3. Quais são algumas conseqüências dos pecados não confessados?

 

a. Salmo 66:18                                                                                                                    

 

b. Provérbios 28:13                                                                                                             

 

c. 1 João 1:8                                                                                                                        

 

4. O que devemos fazer para que Deus nos perdoe?

 

1 João 1:9                                                                                                                            

 

    Além de perdoar, que outra coisa Deus faz por nós?

 

1 João 1:9                                                                                                                            

 

5. A quem se deve confessar os pecados?

 

Salmo 32:5                                                                                                                           

 

6. Que atitude do coração caracteriza a confissão?

 

Salmo 38:18                                                                                                                        

 

7. Após a confissão dos pecados, o que mais devemos fazer para alcançar a misericórdia?

 

Provérbios 28:13                                                                                                                 

 

8. O que esperava Davi depois de haver confessado seus pecados?

 

Salmo 51:12                                                                                                                        

 

9. Desde que experimentamos o perdão de Deus, qual deve ser a nossa atitude para com os outros?

 

Efésios 4:32                                                                                                                        

 

10. Qual o resultado em nossas próprias vidas, se recusamos perdoar aos outros?

 

 Mateus 6:15                                                                                                                       

 

            Muitos crêem que Deus os perdoou mas recusam perdoar-se a si mesmos. Isto eqüivale a dizer a Deus que o sangue de Jesus não foi suficiente para este ou para pecado particular. A misericórdia de Deus é de eternidade a eternidade para todo e qualquer pecado.

 

Tarefas para a terceira semana.

 

1. Leia do capítulo 15 até o fim do Evangelho de João lendo um capítulo por dia.

 

2. Memorize 1 João 1:9. Recorde diariamente os versículos decorados nas lições anteriores: 1 João 5:11-12 e 1 Coríntios 10:13.

 

3. Explique para alguém a maneira simples de conseguir perdão segundo 1 João 1:9.

 

4. Há algum pecado que está dificultando se relacionamento com Deus e com os outros? Confesse-o agora a Deus e, começando hoje, inclua a confissão como uma parte fundamental das suas orações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           

Estudo n.º 4 (Leia a lição: ORAÇÃO)

 

O PODER DA ORAÇÃO: VOCÊ PODE APROVEITÁ-LO.

 

            Oração é uma das atividades fundamentais para o cristão. O Pai Celeste entregou seu Filho para que tenhamos a salvação. Será que Ele também não nos dará as coisas mínimas da vida? Nesta lição você vai descobrir que Deus, na sua sabedoria, é capaz de atender de modo apropriado a todas as nossas necessidades. Entretanto, devemos saber a maneira certa de pedir, o preparo que devemos ter e a importância que a oração de vê ter em nosso vida.

 

            Leia cuidadosamente as perguntas citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. O que podemos fazer para receber ajuda para nossas necessidades diárias?

 

Hebreus 4:16                                                                                                                       

 

2. Qual a grande dádiva dada por Deus que nos assegura que Ele suprirá todas as outras necessidades que temos?

 

Romanos 8:32                                                                                                                     

 

3. Com que propósito Deus responde a oração?

 

João 14:13                                                                                                                           

 

4. Porque nos achegamos a Deus por meio de Jesus Cristo?

 

João 14:6                                                                                                                             

 

1 Timóteo 2:5                                                                                                                      

 

5. Que devemos fazer com a finalidade de receber alguma coisa de Deus?

 

Mateus 7:7                                                                                                                          

 

João 16:24                                                                                                                           

 

Tiago 4:2                                                                                                                             

 

6. Que coisa podemos pedir ao Senhor em oração?

 

 Filipenses 4:6                                                                                                                     

 

7. Mencione algumas coisas pelas quais devemos orar.

 

a. Mateus 6:11                                                                                                                     

b. Mateus 9:38                                                                                                                    

 

c. Efésios 6:18                                                                                                                                

 

d. Filipenses 1:9                                                                                                                  

 

8. Quais são as causas pelas quais freqüentemente a oração não é respondida?

 

Salmo 66:18                                                                                                                        

 

Tiago 4:3                                                                                                                             

 

9. Assinale alguns requisitos necessários para que Deus responda a oração.

 

a. Salmo 138:6                                                                                                                    

 

b. Mateus 21:22                                                                                                                  

 

c. João 16:23                                                                                                                       

 

d. 1 João 5:14                                                                                                                      

 

10. Qual era uma das características da vida de Jesus?

 

Mateus 14:23                                                                                                                      

 

Marcos 1:35                                                                                                                        

 

Lucas 6:12                                                                                                                           

 

Tarefas para a quarta semana.

 

1. Leia 1 Coríntios 1-7 durante a semana, lendo um capítulo por dia.

 

2. Memorize João 16:24. Não deixe de recapitular os versículos que aprendeu nas outras semanas.

 

3. Compartilhe com um amigo a garantia que Deus nos dá quanto a oração, conforme Romanos 8:32.

 

4. Ore sozinho, ou com um amigo, sem a preocupação de pedir alguma coisa a Deus, mas com o propósito de agradecê-lo pelo privilégio de falar com Ele.

 

 

 

 

Estudo n.º 5 (Leia a lição: O ESPÍRITO SANTO)

 

O ESPÍRITO SANTO: O SEGREDO DO PODER.

 

            Uma das realidades mais importantes para o cristão, embora menos entendida, é o ensino bíblico quanto ao Espírito Santo. Neste estudo você vai ver que o Espírito Santo de Deus não é uma força misteriosa mas sim uma pessoa que atua poderosamente no mundo contemporâneo. Ele habita em nós e a nossa sensibilidade à sua presença é de suma importância.

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Que atitudes caracterizam o Espírito Santo como pessoa?

 

João 16:7-8, 13-15                                                                                                               ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­

 

2. Que evidência há que o Espírito Santo é Deus?

 

Atos 5:3-4                                                                                                                           

 

3. O Espírito Santo é igual a Deus Pai e Deus Filho?

 

Mateus 28:19                                                                                                                      

 

II Coríntios 13:13                                                                                                               

 

4. Qual é a obra do Espírito Santo no mundo?

 

João 16:8                                                                                                                             

 

João 16:13                                                                                                                           

 

João 16:14                                                                                                                           

 

5. Assinale algumas coisas que o Espírito Santo faz para os crentes.

 

a. João 3:5; Tito 3:5                                                                                                             

 

b. João 14:26                                                                                                                       

 

c. Romanos 8:14                                                                                                                 

 

d. I Coríntios 6:19                                                                                                               

 

e. I Coríntios 12:13                                                                                                              

 

f. Efésios 1:13                                                                                                                                 

 

6. Quais os dois mandamentos negativos que temos acerca da nossa relação com o Espírito Santo?

 

a. Efésios 4:30-31                                                                                                               

 

b. I Tessalonicenses 5:19                                                                                                     

 

7. Quais os dois mandamentos positivos acerca do nosso relacionamento com o Espírito Santo?

 

a. Gálatas 5:16                                                                                                                    

 

b. Efésios 5:18                                                                                                                    

 

8. Assinale alguns resultados da plenitude do Espírito Santo de acordo com Efésios 5:19-21 e Gálatas 5:22-23.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

 

Tarefas para a quinta semana.

 

1. Como você já percebeu no estudo, os livros de Efésios e Gálatas têm muito a dizer quanto ao Espírito Santo. Leia um capítulo de Efésios diariamente durante a semana e, no sétimo dia, leia o capítulo 5 de Gálatas.

 

2. Memorize Efésios 5:18 e Gálatas 5:16 Continue recapitulando os versículos que já aprendeu.

 

3. Conte para seu melhor amigo algumas coisas que aprendeu quanto a atuação do Espírito Santo no mundo atual.

 

4. Leia mais uma vez Gálatas 5:22-23. Identifique o fruto do Espírito Santo que mais necessita hoje. Ore agora para que Deus lhe conceda em abundância desse fruto do Espírito Santo.

 

 

Estudo n.º 6 (Leia a lição: A PALAVRA DE DEUS)

 

A BÍBLIA: LUZ E VIDA PARA OS NOSSOS DIAS.

 

            Na quarta lição aprendemos alguma coisa quanto a possibilidade e o privilégio de falar com Deus em oração. Nesta lição veremos como Deus fala conosco mediante a Bíblia, que também é conhecida por Escrituras e Palavra de Deus. Ela contém história, poesias, contos, romances e, enfim, tudo que Deus precisa para revelar o Ele é, como Ele pensa, o que Ele faz e o que Ele espera do homem.

 

            Não é de surpreender, então, que a Bíblia é diferente de todos os outros livros existentes. O seu ponto de vista é divino e por isso podemos saber os fatos e realidades que nenhum cientistas pode descobrir através da pesquisa e o sábio não pode descobrir pelo raciocínio.

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. O que diz a Bíblia de si mesma?

 

a. II Timóteo 3:16                                                                                                               

 

b. II Pedro 1:21                                                                                                                   

 

2. Enumere algumas coisas que Deus diz que recebemos de sua Palavra.

 

a. Salmo 19:7                                                                                                                      

 

b. Salmo 119:9-11                                                                                                               

 

c. Salmo 119:105                                                                                                                

 

d. João 15:3                                                                                                                         

 

e. João 17:17                                                                                                                       

 

f. Romanos 10:17                                                                                                                

 

3. A Bíblia é comparada a que tipo de instrumento para operar em nossas vidas?

 

Hebreus 4:12                                                                                                                       

 

4. Quanto tempo permanecerá a Palavra de Deus?

 

Salmo 119:89                                                                                                                      

 

Mateus 24:35                                                                                                                      

Pedro 1:24-25                                                                                                                     

 

5. A que grupo de pessoas pertence aquele que não quer ouvir a Palavra de Deus?

 

 João 8:47                                                                                                                            

 

6. Quais as implicações para o crescimento espiritual do filho de Deus?

 

Atos 20:32                                                                                                                          

 

I Pedro 2:2                                                                                                                          

 

7. Qual é a vontade de Deus em relação ao crescimento do cristão?

 

Romanos 8:29                                                                                                                     

 

Efésios 4:13b-14                                                                                                                 

 

8. Por que muitos cristãos não assimilam o alimento sólido da Palavra de Deus?

 

I Coríntios 3:1-2                                                                                                                  

 

Hebreus 5:12-14                                                                                                                  

 

9. Segundo Jesus, que parte da Bíblia se cumprirá?

 

Mateus 5:18                                                                                                                        

 

10. Indique as quatro principais maneiras pelas quais assimilamos a Palavra de Deus.

 

a. Josué 1:8; Salmo 1:2-3                                                                                                    

 

b. Romanos 10:17                                                                                                               

 

c. I Timóteo 4:13; Deuteronômio 17:19                                                                              

 

d. II Timóteo 2:15                                                                                                               

 

Tarefas para a sexta semana.

 

1. Continue sua leitura diária em I Coríntios. Começando com o capítulo 8, leia um capítulo diariamente até completar o capítulo 14.

 

2. Memorize I Pedro 2:2-3. Recorde diariamente todos os demais versículos.

 

3. Escolha a coisa (pergunta 2) mais necessária para a sua vida hoje que pode receber através da leitura da Bíblia. Explique para um amigo porque isso é importante para você.

Estudo n.º 7

 

A OBEDIÊNCIA: O SEGREDO DO SUCESSO NA VIDA CRISTÃ.

 

            Ninguém gosta duma criança desobediente. Ela irrita os pais, incomoda os amigos e passa a maior parte do tempo de castigo quando deveria estar desfrutando da vida. Na Bíblia, Deus usa a figura pai-filho para ensinar a necessidade de um relacionamento baseado na confiança e obediência absoluta.

 

            Nesta lição você vai descobrir que a obediência aos princípios divinos está relacionada com a oração, perseguição e, por incrível que pareça, com a sua capacidade de entender a vontade de Deus para a sua vida.

            A obediência é, de fato, a maneira principal pela qual manifestamos que realmente estamos levando Deus a sério.

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Depois de haver nascido na família de Deus, que tipo de filho você deve ser?

 

I Pedro 1:14                                                                                                                        

 

2. Depois de haver crido em Cristo Jesus, como você pode provar que ama a Deus?

 

João 14:15-21                                                                                                                      

 

João 15:10-14                                                                                                                      

 

3. Existe alguma coisa que agrada a Deus mais do que a obediência?

 

I Samuel 15:22                                                                                                                    

 

4. Qual é a relação entre obediência e oração?

 

I João 3:22                                                                                                                          

 

5. Que atitude você deve manter quando a total obediência à Palavra de Deus implica em perseguição e sofrimento?

 

Hebreus 12:3                                                                                                                       

 

I Pedro 2:21-23                                                                                                                   

 

6. Quanto tempo se deve esperar para obedecer?

 

Salmo 119:60                                                                                                                      

 

7. Que atitudes acompanham a verdadeira obediência?

 

Salmo 40:8                                                                                                                          

 

Salmo 100:2                                                                                                                        

 

Efésios 6:6                                                                                                                          

 

8. Qual o papel da obediência em relação a Deus?

 

João 7:17                                                                                                                             

 

9. Qual é uma das provas de que conhecemos a Deus?

 

I João 2:4                                                                                                                            

 

10. Quais as bênçãos que recebemos por meio da obediência?

 

Êxodo 19:5                                                                                                                         

 

Isaías 1:19                                                                                                                           

 

Isaías 48:18                                                                                                                         

 

João 15:10                                                                                                                           

 

Tarefas para a sétima semana.

 

1. Continue sua leitura diária. Nos primeiros dois dias, leia I Coríntios 15 e 16. Para completar a semana, leia diariamente uma capítulo de Tiago.

 

2. Memorize João 14:21. Recorde todos os versículos decorados nas lições anteriores. Dedique um tempo extra com aqueles que acha mais difícil de citar.

 

3. Conte para um amigo uma situação onde achou muito difícil obedecer a Deus mas, mesmo assim, conseguiu.

 

4. Qual é a bênção (pergunta 10) que você mais necessita? Que área da sua vida precisa submeter completamente a Deus para que Ele conceda esta bênção?

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo n.º 8 (Leia a lição: TESTEMUNHO)

 

COMO COMPARTILHAR JESUS COM OUTROS.

 

            Quem aceita Jesus como Salvador e começa a desfrutar das bênçãos duma nova vida acha muito natural falar dessa pessoa e do seu amor.

 

            Falar do encontro com Jesus, porém, é mais do que um simples prazer; é uma responsabilidade que todos os filhos de Deus têm. Daí vêm os problemas. Muitas pessoas acham-se incapazes de falar da Bíblia.

 

            Se você se encaixa neste quadro, esta lição traz surpresas agradáveis. Deus tem tantas maneiras de nos ajudar - e gosta de nos ajudar - fornecendo todo o equipamento necessário para que tenhamos êxito em falar do Salvador.

 

            Leia cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas próprias palavras.

 

1. Qual é o plano de Jesus para que o mundo conheça as Boas Novas do Evangelho?

 

Mateus 28:19-20                                                                                                                 

 

Marcos 16:15                                                                                                                      

 

Atos 1:8                                                                                                                              

 

2. Quem tem a responsabilidade de falar de Jesus Cristo aos outros?

 

II Coríntios 5:18-20                                                                                                            

 

3. Enumere algumas razões pelas quais não falamos de Jesus aos outros.

 

a. Provérbios 29:25; João 12:42-43                                                                                     

 

b. Atos 4:20                                                                                                                        

 

c. Romanos 1:16; II Timóteo 1:8                                                                                        

 

4. Enumere algumas maneiras pelas quais você pode falar do Evangelho com mais desembaraço e eficiência.

 

 a. João 15:5                                                                                                                        

 

b. Atos 4:13                                                                                                                        

 

c. Atos 4:29; Colossenses 4:3                                                                                                         

 

5. Qual deve ser o tema principal na sua apresentação do Evangelho?

 

I Coríntios 15:3-4                                                                                                                

 

6. Os versículos abaixo apontam vários elementos importantes na apresentação do Evangelho. Quais são eles?

 

a. Romanos 3:23                                                                                                                 

 

b. Romanos 6:23                                                                                                                  

 

c. Hebreus 9:27                                                                                                                   

 

d. Romanos 5:8                                                                                                                   

 

e. Efésios 2:8-9                                                                                                                   

 

f. João 1:12                                                                                                                         

 

7. Quem pode falar de Jesus?

 

II Coríntios 4:13                                                                                                                 

 

II Coríntios 5:20                                                                                                                 

 

8. A quem devemos falar do Evangelho?

 

Marcos 5:19                                                                                                                        

 

João 1:41-42                                                                                                                        

 

João 4:39                                                                                                                             

 

Atos 28:23, 30-31                                                                                                               

 

9. Devemos confiar exclusivamente em nosso poder persuasivo para que uma pessoa aceite o Evangelho? Por que?

 

Zacarias 4:6b                                                                                                                       

 

I Coríntios 2:4                                                                                                                                 

 

I Tessalonicenses 1:5a                                                                                                         

 

 

 

 

10. A que instrumento a Palavra de Deus é comparada para abrir o coração do homem e o que esse instrumento faz?

 

                                               Instrumento                                       O que ele faz

 

Isaías 55:10-11

 

 

 

Jeremias 23:29

 

 

 

Romanos 10:17

 

 

 

Hebreus 4:12

 

 

 

 

 

Tarefas para a oitava semana.

 

1. Continue lendo um capítulo da Bíblia diariamente. Esta semana leia os quatro capítulos de Filipenses e os primeiros três capítulo de Colossenses.

 

2. Memorize Marcos 16:15. Não se esqueça de recordar os versículos anteriores.

 

3. Que tal ter um modelo de como apresentar o Evangelho? Em Atos 26:1-29, o apóstolo Paulo dá seu testemunho pessoal. uma análise desta passagem vai ajudá-lo muito a saber como você pode explicar o que Cristo fez na sua vida. Leia a passagem cuidadosamente e escreva o número do versículo que corresponde a cada item deste resumo:

 

    a. Paulo toma a iniciativa  e é cortês. (v.     )

 

    b. Ele descreve sua vida rebelde antes de conhecer a Cristo. (v.     )

 

    c. Ele relata a experiência da sua conversão. (v.     )

 

    d. Ele afirma o resultado da sua conversão. (v.     )

 

    e. Ele proclama o Evangelho de Jesus Cristo. (v.     )

 

    f. Ele convida seus ouvintes para que aceitem a Cristo como Salvador. (v.     )

 

4. Usando o esboço acima, conte para alguém nesta semana como você chegou a aceitar Cristo como Salvador e convide esta pessoa a aceitá-Lo também.

 

 

 

 

 

 

Controle de tarefas feitas.

 

            Marque com um “x” o item que você cumpriu das tarefas apresentadas para cada semana.

 

1ª Semana

 (  ) 1. Li João 1:7

 (  ) 2. Decorei I João 5:11-12

 (  ) 3. Expliquei para alguém como receber a vida eterna.

 (  ) 4. Escrevi o que significa para mim possuir a vida eterna.

2ª Semana

 (  ) 1. Li João 8-14.

 (  ) 2. Decorei I Coríntios 10:13.

 (  ) 3. Citei para alguém o versículo decorado e expliquei como isso ajuda na vitória sobre o pecado.

 (  )  4. Identifiquei a arma que vai má ajudar a vencer minhas tentações.

 

3ª Semana

 (  ) 1. Li João 15-21.

 (  ) 2. Decorei I João 1:9.

 (  ) 3. Expliquei para alguém como conseguir perdão.

 (  ) 4. Confessei me pecado a Deus.

 

4ª Semana

 (  ) 1. Li I Coríntios 1-7.

 (  ) 2. Decorei João 16:24.

 (  ) 3. Compartilhei com um amigo sobre oração.

 (  ) 4. Orei, agradecendo a Deus pelo privilégio de falar com Ele.

 

5ª Semana

 (  ) 1. Li o livro de Efésios e Gálatas 5.

 (  ) 2. Decorei Efésios 5:8 e Gálatas 5:6.

 (  ) 3. Contei para meu amigo algo sobre a atuação do Espírito Santo nos nosso dias.

 (  ) 4. Identifiquei e orei pelo fruto do Espírito Santo que mais necessito.

 

6ª Semana

 (  ) 1. Li I Coríntios 8-15.

 (  ) 2. Decorei I Pedro 2:2-3.

 (  ) 3. Escolhi o que seria muito importante para mim através da leitura da Bíblia e expliquei o porque disso para meu amigo.

 

7ª Semana

 (  ) 1. Li I Coríntios 15-16 e Tiago.

 (  ) 2. Decorei João 14:21.

 (  ) 3. Contei uma situação que foi difícil eu obedecer a Deus, para meu amigo.

 (  ) 4. Identifiquei a bênção que mais necessito.

8ª Semana

 (  ) 1. Li filipenses e Colossenses.

 (  ) 2. Decorei Marcos 16:15.

 (  ) 3. Analisei a passagem de Atos 26:1-29.

 (  ) 4. Contei para alguém como



[1] A ORIGEM DO PECADO - Sem dúvida que discutir a origem do pecado nos faz pensar a respeito da existência do mal.

A base dogmática do maniqueísmo é o dualismo que consiste na admissão de dois princípios opostos e igualmente eternos: o Bem e o mal. São duas naturezas integradas por princípios contrários, sendo uma intrinsecamente boa e a outra essencialmente má. Uma vez convertido, Agostinho iniciou um trabalho de refutação do maniqueísmo (seita fundada por Manis ou Manés).

Segundo Agostinho Deus é o supremo e infinito bem, sobre o qual não há outro: é o bem imutável e, portanto, essencialmente eterno e imortal. Todos os demais bens naturais têm Nele sua origem, mas não são de sua mesma natureza. O que é da mesma natureza que Ele não pode ser mais que Ele mesmo. Todas as demais coisas, que foram feitas por Ele, não são o que Ele é. E posto que só Ele é imutável, tudo o que fez do nada está submetido a mutabilidade e a mudança.

A chave da questão está justamente no fato do mal não ter existência em si mesmo, pois tudo o que existe e na medida em que existe é essencialmente bom. Logo, o mal é a privação no ser de alguma coisa boa, de alguma perfeição que foi corrompida. O mal não pode destruir totalmente o bem presente nos seres, do contrário haveria o retorno ao nada. Enfim, o mal é simplesmente não-ser.

Deus não criou o mal no sentido moral. "Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal" (Salmo 5:4-5). Deus não tenta ninguém, pois ele é a fonte de "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tiago 1:13-17).

A palavra "mal" em Isaías 45:7 vem de uma palavra original que pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros, onde Deus faz ou traz o mal, a palavra significa "calamidade" ou "punição". É o oposto de paz. Deus usaria Ciro para "abater as nações" (45:1). Em 45:8, Deus promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus ameaçou trazer em 2 Reis 22:16 foram punições e calamidades (veja Josué 23:15, onde aparece a mesma palavra no original).

O mal não foi criado por Deus, o mal é a ausência da luz e do bem primeiramente em Lúcifer (Satanás) e depois no homem.

[2] Credo Apostólico - Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.

[3] No hebraico, a palavra traduzida por “arrepender” em Gênesis 6:6, por exemplo, é נחם (nacham). Essa palavra tem vários significados, veja: estar sentido, ter pena, ter compaixão, lamentar, sofrer pesar, arrepender, confortar-se, ser confortado e aliviar-se (Dicionário Strong).

Portanto, o texto de Gênesis 6:6 sofreu uma “infelicidade” na tradução de muitas bíblias em português e em outros idiomas também, pois hoje em dia nós automaticamente assimilamos o significado da palavra “arrepender-se” com “sentir pesar por um erro cometido”. A melhor tradução seria que o senhor se entristeceu.

[4] Nacham aqui tem o sentido de voltar atrás - arrependimento.

[5] Os Pergaminhos do Mar Morto - No terceiro século aC, os livros do Antigo Testamento foram traduzidos ao grego por uma equipe de 70 estudiosos judeus, com a obra acabada sendo chamada de LXX (que significa "70") ou de Septuaginta (a palavra latina derivada da frase "a tradução dos setenta intérpretes"). A Septuaginta foi certamente utilizada e citada pelos apóstolos, inclusive Paulo, em seus escritos. Os manuscritos mais antigos da LXX incluem alguns fragmentos do primeiro e segundo séculos.

Em 1947, os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos na área de Qumran em Israel. Vários pergaminhos datam entre o quinto e primeiro séculos aC. Os historiadores acreditam que os escribas judeus mantiveram o local para preservar a Palavra de Deus e proteger os escritos durante a destruição de Jerusalém em 70 dC. Os Pergaminhos do Mar Morto representam quase todos os livros do Antigo Testamento, e comparações com manuscritos mais recentes mostram-lhes praticamente idênticos - os principais desvios são grafias dos nomes de alguns indivíduos e vários números citados nas Escrituras.

Os Pergaminhos do Mar Morto são um testemunho da precisão e preservação do Antigo Testamento e dão confiança de que o Antigo Testamento que temos hoje é o mesmo usado por Jesus.

[6] Didaquê ou Instrução dos Doze Apóstolos (Διδαχń, "ensino", "doutrina", "instrução") - É um escrito do século I que trata do catecismo cristão, isto é, um conjunto de instruções ou preceitos cristãos. É constituído de dezesseis capítulos, e apesar de ser uma obra pequena, é de grande valor histórico e teológico.

Quanto à sua autenticidade, é de senso comum que o mesmo não tenha sido escrito pelos doze apóstolos, ainda que o título do escrito lhes faça menção. Contudo, estudiosos acreditam na compilação de fontes orais tendo recebido os ensinamentos que resultaram na elaboração do texto. Também é senso comum que tenha sido escrito por mais de uma pessoa.

[7] Curiosidades com relação à palavra baptizo - Quando o Rei Tiago quis traduzir a Bíblia para o inglês no século XVII, reuniu um grupo de eruditos para realizarem a tradução. Quando se depararam com a palavra grega baptizo, sabendo que ela significava “imergir”, tiveram um problema, pois a Igreja da Inglaterra batizava por aspersão. A pedido do rei, ao invés de a palavra ser traduzida, ela foi anglicanizada, virando “batizar”, como aparece nas Bíblias em inglês e português.

A antiga obra Didaquê (70-90 d.C.), embora permitindo a aspersão na ausência de água suficiente, prescreve a imersão como forma prioritária de batismo.

Fonte: https://gracamaior.com.br/estudos/batistas-do-setimo-dia/1251-o-batismo-cristao-aspersao-efusao-ou-imersao.html

[8] SACRAMENTOS – Para a teologia reformada Ceia e Batismo são sacramentos, ou seja, sinais externos e visíveis de uma bênção interna e espiritual que tem o poder de tornar mais segura as promessas de Deus a nós. Para nós batistas são ordenanças que simbolizam uma bênção espiritual e que exige fé da parte daquele que a observa. Já a teologia Católica opta pelo termo sacramento, mas afirma que são sete: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Ordenação, Matrimonio, Penitência e Extrema Unção.

[9] CEIA – Recebe diversos nomes como: eucaristia, comunhão e partir do pão.

[10] INSTITUIU A CEIA – Instituindo a Ceia, por ocasião da páscoa, Jesus estava se colocando na posição do cordeiro pascoal (Jo 1.29, 32; Is 53.7; 1 Co 5.7). O sangue de Jesus nos proporcionou livramento.

[11] MEMORIAL – Este ponto de vista foi defendido por Zwínglio, principal líder da Reforma Protestante na Suíça. De acordo com esta posição, a Ceia é simplesmente simbólica, lembrando vivamente ao comungante aquilo que Cristo fez a seu favor. Cristo está presente apenas no sentido em que está sempre presente para o cristão, mediante a habitação interior do Espírito Santo.

[12] UNIÃO MISTICA – Na missa, os elementos do pão e do vinho, quando devidamente consagrados por um sacerdote ordenado de acordo com a tradição apostólica são transformados no corpo e sangue de Cristo. A Igreja Católica acredita que substancialmente eles são verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo, isto é conhecido como transubstanciação. A afirmação de que o sacerdote oferece Cristo no altar soa como blasfêmia. Este ato desconsidera um único sacrifício expiatório feito de uma vez por toda no Calvário (Hb 7.27; 9.12). Eles estão sacrificando a Cristo todas às vezes que celebram a eucaristia.

Em oposição à doutrina da transubstanciação, Lutero apresentou a doutrina da consubstanciação. No entender de Lutero durante a Ceia do Senhor a carne e o sangue de Jesus se juntam ao pão e ao vinho. Assim Jesus se faz presente na Ceia e quem toma a Ceia come o corpo de Jesus junto com o pão e o vinho. 

[13] REPREENSÃO DE PAULO – O apóstolo Paulo aconselha seus leitores a que façam um autoexame para depois participar da Ceia do Senhor. Isto tem o objetivo de levar o crente a fazer um conserto em seu relacionamento com Deus e com o próximo. Sérias consequências poderão advir à vida de quem participa indignamente da Ceia.

[14] William R. "Bill" Bright foi um evangelista estadunidense. Fundou a Campus Crusade for Christ, uma organização mundialmente conhecida. Escreveu vários livros e publicações, entre elas o folheto As quatro leis espirituais.

[15] Epicurismo foi uma doutrina filosófica criada pelo filósofo grego Epicuro (341-271 a.C.), o "profeta do prazer e da amizade". A felicidade consiste em assegurar-se com o máximo de prazer e o mínimo de dores, por meio da saúde do corpo e do espírito. Esse conceito difundido por Epicuro está enraizado no Hedonismo. Ou seja, deu origem a uma doutrina filosófica e moral que tem como base o "prazer", modo de obtenção da felicidade humana.

[16] Ascetismo é uma doutrina filosófica que defende a abstenção dos prazeres físicos e psicológicos, acreditando ser o caminho para atingir a perfeição e equilíbrio moral e espiritual. Para os ascetas – praticantes do ascetismo – o corpo físico é fonte de grandes males, sendo inútil em termos espirituais, e renegam todos os desejos carnais ou mundanos. Por esta razão, é comum do ascetismo a pratica de penitências físicas, como flagelações, dietas rigorosas e frequentes jejuns.