FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
SUMÁRIO
1. O homem e o
pecado |
02 |
|
|
2. O homem e a salvação |
08 |
|
|
3. Posso Ter Certeza da Minha Salvação? |
13 |
|
|
4.
Somos salvos para quê? |
18 |
|
|
5. A Bíblia e sua composição |
21 |
|
|
6. Uma Breve História da Bíblia |
24 |
|
|
7. Inspiração – Inerrância – Infalibilidade |
29 |
|
|
8. Batismo |
33 |
|
|
9. A Ceia do Senhor |
36 |
|
|
10. Oração |
40 |
|
|
11. Igreja |
44 |
|
|
12. O Perdão de Deus |
47 |
|
|
13. O Espírito Santo |
53 |
|
|
14. Dízimos e Ofertas |
57 |
|
|
15. Ele Vive! |
66 |
|
|
16. Obediência a Deus |
69 |
|
|
17. Tentações |
72 |
|
|
18. Discernindo a Vontade de Deus |
76 |
|
|
19. Vivendo a Vida Cristã |
80 |
|
|
20. Testemunhando Cristo |
83 |
|
|
A Vida Frutífera – Estudos Avulsos Para Casa 1)
Você pode ter certeza da sua salvação 2)
Sua vitória sobre o pecado está garantida 3)
Deus garante perdão de todo e qualquer pecado 4)
O poder da oração: Você pode aproveitá-lo 5)
O Espírito Santo: O segredo do poder 6)
A Bíblia: Luz e vida para os nossos dias 7)
A obediência: O segredo do sucesso na vida cristã 8)
Como compartilhar Jesus com os outros.
|
|
||
|
|
||
1. O HOMEM E O
PECADO
Saber o que é pecado, bem como a sua origem[1],
natureza e consequências, é condição fundamental para se conhecer o homem no
seu estado chamado natural (em contraste com o estado original). Desde a queda,
o homem se tornou, por natureza, pecador. Para termos uma ideia precisa sobre o
que é a criatura humana pecadora, importa que procuremos antes saber o que é
pecado. O conceito exato sobre o pecado baseia-se em um fato que vem à luz logo
depois da criação, do homem. É bom salientar que o homem foi criado perfeito,
inocente e capaz de viver em permanente comunhão com Deus. Em virtude, porém,
do pecado, ele caiu do estado em que fora criado e tornou-se pecador.
O texto de Gênesis três descreve a queda do ser humano.
1 Ora,
a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus
tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse:
‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?"
2 Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores
do jardim,
3 mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do
jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’".
4 Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão!
5 Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e
vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal".
6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era
atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento,
tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
7 Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então
juntaram folhas de figueira para cobrir-se.
(Gênesis 3.1-7)
- O que é pecado?
Do hebraico Chattát {Hattã’th} da raiz “Chet” (errar) e também a palavra Pesha‘. Do
grego Hamartia e parabasis.
A mais satisfatória e conhecida resposta a esta
pergunta se encontra no Breve Catecismo, nos seguintes termos: - "Pecado é
qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou qualquer transgressão dessa
lei". (Breve Catecismo de Westminster, perg. 14). Ela se torna ainda mais
clara quando nos lembramos da finalidade da criação do homem, que também se
acha bem colocada na primeira pergunta e resposta do Catecismo Maior de
Westminster: - "Qual é o fim supremo e principal do homem? R.: O fim
supremo e principal do homem é glorificar a Deus".
Temos,
portanto, nesta resposta o fim supremo do homem, apresentado de maneira clara e
objetiva. Ora todos nós sabemos que esse "fim supremo e principal do
homem" não se manifesta ou jamais se manifestou em criatura alguma, desde
a ocorrência da tragédia, registrada no capítulo 3 do Livro de Gênesis. Essa
tragédia foi o pecado. O homem pecou e, ao invés de glorificar a Deus e
desfrutar da graça da comunhão com Ele, ouviu antes, a voz do tentador, e
buscou satisfazer seu egoísmo pessoal. Por isto, pecado significa também errar o alvo. A vida do homem deixou de alcançar o alvo
para o qual foi criado.
Criado
para glorificar a Deus o homem quis fazer-se igual a Deus. No diálogo travado
com o tentador, (Gn 3.1-7), falando à mulher, contestou o maligno a ordem de
Deus sobre não comer o fruto da árvore que estava no meio do jardim,
lançando-lhe no espírito a dúvida e aguçando-lhe a ambição, com estas palavras:
- É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dela
comerdes, se vos abrirão os olhos e como Deus, sereis conhecedores do bem e do
mal (Gn 3.4,5). A
voz do tentador prevaleceu e os nossos primeiros pais desobedeceram a Deus,
comendo do fruto proibido. Daí afirmamos que a essência do pecado é o egoísmo,
a vaidade, o amor a si mesmo, em virtude do qual o homem faz de sua pessoa o
fim supremo da vida. Não foi apenas um ato
tornou-se também em um estado
ou condição a que o homem ficou
sujeito.
- A universalidade do
pecado.
A Bíblia afirma que o pecado afetou toda a raça, e
por isto o ser humano comete atos e nutre disposições contrárias à lei de Deus.
São numerosíssimos os textos que afirmam a universalidade do pecado, dos quais
citaremos apenas os seguintes:
5 Sei que sou pecador desde que
nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.
(Salmos 51.5)
10 Como está escrito: "Não há
nenhum justo, nem um sequer;
11 não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. [...] 23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de
Deus,
(Romanos 3.10,11,23)
12 Portanto, da mesma forma como o
pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a
morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;
(Romanos 5.12)
O pecado não afetou somente o ser humano, trouxe
desordem a todo o cosmo, a toda natureza conforme podemos ler nos textos de Rm
8.19-23 e 2 Co 5.18-19.
19 A natureza criada aguarda, com grande
expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. 20 Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua
própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança
21
de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em
que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
(Romanos 8.19-21)
18 Tudo isso provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, 19 ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando
consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a
mensagem da reconciliação.
(2 Coríntios 5.18,19)
3.
As consequências do pecado.
Na ordem dada por Deus a Adão, no Éden, está claramente indicada a
natureza da trágica consequência do pecado: - ...mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás (Gn 2.17).
Podemos dizer que a morte é sem dúvida o preço pago
pelo homem como consequência de seu pecado. Normalmente os estudiosos definem
que à morte se manifestou de duas formas: física e espiritual.
A morte surgiu como consequência de uma lei espiritual
quebrada, conforme descreve o apóstolo Paulo aos irmãos da igreja de Roma – porque
o salário do pecado é a morte,
mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
Sem dúvida esta é uma verdade absoluta. A morte
atingiu o homem fisicamente e espiritualmente, assim afetando sua psique.
Entretanto precisamos considerar também que a morte feriu a relação do homem
com toda criação de Deus.
3.1 – No
Mundo Espiritual
3.1.1 – Morte Espiritual
O homem
e o Criador foram separados, a essa separação chamamos de morte espiritual. A morte espiritual é a separação
entre a alma/espírito e Deus
A Queda implica diretamente na
separação espiritual com Deus. Em função da entrada do pecado no mundo, o homem
está privado de desfrutar dessa bem-aventurança, pois Deus não pode conviver,
nem manter comunhão com o pecador. Por essa razão afirma-se não existir mais
comunhão direta entre Deus e os homens. No relato de Gênesis, vemos que após
cometerem uma infração direta à Lei de Deus, tanto o homem como a mulher “esconderam-se”.
Isso implica que a comunhão com Deus havia sido quebrada, por isso foram
retirados do Jardim do Éden (Gn 3.23,24).
A morte espiritual além da
separação de Deus trouxe outro resultado na vida do homem, ela fez com que o
homem perdesse sua semelhança moral que tinha com Deus. Tudo no homem ficou
corrompido. O homem sofre a morte psicossomática (psico [alma] – somática
[corpo]), como veremos no próximo item.
A consequência final da morte
espiritual sobre o homem é a separação eterna de Deus. Somente a regeneração
oferecida por Cristo pode mudar o final desta história.
3.2 – No
Homem
3.2.1 –
Morte Física
O pecado trouxe ao homem a morte física, isto é, o fim
da existência do seu corpo como matéria. O homem ficou condenado a se separar
do seu corpo. O espírito voltará a Deus e o corpo voltará a terra (Ec 12.7 - o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu). A esta separação chamamos de morte física.
A morte física implica em uma deterioração do físico,
dia após dia, até que o mesmo não suporte mais o peso da existência. O corpo se
tornou frágil e limitado.
Após a morte física seremos julgados por Deus e este
julgamento determinará nosso futuro eterno.
Se você não nascer de novo,
jamais terá vida e isto te levará à morte eterna ou segunda morte; esta é a
morte da qual não há oportunidade de escapar. A Bíblia diz: mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos
idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e
enxofre, o que é a segunda morte
(Apocalipse 21:8).
3.2.2 – Morte Psicossomática
Estou
chamando de morte psicossomática à separação interior do homem, onde ele já não
se vê mais como um ser inteiro, íntegro. Alma e corpo passam a viver em
confronto.
O homem, em função do pecado,
sofre da falta de unidade no que tange aos aspectos imateriais de seu ser. Ou
seja, o pecado desestabilizou a harmonia inicial do homem, e devido a isso, não
pode portar-se de maneira irrepreensível diante da Lei de Deus, e do próprio
Deus (Gn 3.8 – o homem se esconde de
Deus – é dominado pelo medo e vergonha de si mesmo). E as consequências ainda
podem ser claramente observadas: A mulher passa a sofrer as dores do parto (Gn 3.16 – O que lhe é razão de grande
alegria, vem por meio de muita dor), o homem a (Gn 3.17 – o homem passa a sentir cansaço por causa do trabalho e
condenado a se esforçar pelo alimento).
O homem passa a travar uma
batalha para se manter no bom caminho uma vez que suas inclinações, agora,
pendem ao pecado, ao erro, a pratica do mal orientado contra Deus.
3.2.3 –
Morte Sociológica: Na Relação do Homem Com Seu Semelhante
A esta morte chamaremos de separação sociológica: o homem não se vê mais em unidade inteira com seu
semelhante.
O homem não perde apenas comunhão com Deus e harmonia
consigo mesmo, mas como consequência do pecado o homem perdeu a harmonia com as
demais pessoas. Em Gênesis 3 podemos
ler a seguinte declaração:
7 Os olhos dos dois se abriram, e
perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.
[...] 12
Então disse o
homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi (Gn 3.7,12).
O primeiro conflito do homem
encontra-se no contexto matrimonial. Ou seja, entre homem e mulher. Eles não só
tem vergonha de si mesmo, como passam a ter vergonha um do outro. Eles se vêem
como diferentes e não mais inteiros.
Entretanto, o relacionamento homem mulher não é o
único prejudicado, mas qualquer espécie de relacionamento, pois em Gn 4.1-8 podemos notar o ciúme e o
homicídio de Caim para com Abel.
3.2.4 – Morte
Na Relação Homem-Natureza
A queda
do homem afetou sua relação com a natureza, ocorreu uma separação entre o homem
e a natureza.
A terra se tornou maldita por
causa do homem (Gn 3.17,18). Passou
a ser necessário que o homem viva em constante trabalho para sua sobrevivência (Gn 3.18,19). Entretanto, esse trabalho
passa a ser cansativo agora, pois a terra precisa ser cuidada para que de
fruto. Sem contar que o homem agora teria sua tarefa dificultada pelos espinhos
e abrolhos.
Este texto nos indica que o homem
trabalhava, mas não se sentia exausto; e seu trabalho não era enfadonho e sim
algo que lhe fazia se sentir realizado.
3.3 – Na
Natureza
Separação Ecológica: a natureza da natureza
Por consequência do pecado, a
natureza passou a sofrer. Note que agora a “terra é maldita”, “produzirá cardos
e abrolhos” e esta sujeita à vaidade (Rm.8.20-22).
É interessante lermos Isaías 11.6,7 e 65.25, pois o mesmo descreve como será a relação entre as espécies
na nova terra. Essa relação é
caracterizada pela harmonia e paz entre todas as espécies.
“O lobo habitará com o cordeiro,
e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal
cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão
juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi” (Is 11.6,7).
Ao fazermos essa leitura podemos
imaginar ou ter um pequeno vislumbre de como era nos dia de Adão e Eva, antes
da queda.
3.4 – No
Universo
Embora nosso
conhecimento do universo seja limitado, podemos afirmar com certeza que todo o
universo também foi afetado pela queda do homem.
Sol, luz e estrelas de alguma forma afetam também
nosso dia a dia. Exemplo: O sol produz um calor maior do que podemos suportar e
nos leva a sofrermos doenças e muitas vezes a morte. A ausência do mesmo também
pode nos levar a experimentar um frio intenso que nos levará a morte.
O livro do Apocalipse descreve o castigo que estes
elementos do universo trarão sobre nós. Portanto até o universo conspira contra
nós por causa do pecado.
A
luz de todos esses textos, concluímos que todo homem em virtude do pecado,
ficou sob o domínio da morte física, da morte espiritual e da morte eterna.
Sobre todos caiu igualmente, a condenação de Deus. A condenação irremissível
seria o seu destino, não fosse o amor inescrutável de Deus pelo qual ele quis
oferecer à criatura o plano da salvação. Este será o nosso próximo tema.
2. O HOMEM E A SALVAÇÃO
O pecado condenou o ser humano à morte como vimos na
aula anterior. A salvação oferecida por Jesus a nós seres humanos abrange todas
as dimensões de nossas vidas afetadas pela morte como vimos na aula passada.
Jesus nos salva da morte espiritual, física, psicossomática, social, da morte
em relação à natureza. Em fim, a salvação de Jesus afeta nossas vidas hoje e
eterna. Entretanto nossa ênfase neste estudo tratará da salvação de nossa
condenação eterna.
Na sua vaidade, o homem sempre alimentou a pretensão
de se salvar pelos seus próprios caminhos ou recursos, baseado em suas virtudes
e suas obras, ou por meio de sofrimentos e penitências, ou ainda pela
reencarnação, na esperança de satisfazer assim a justiça divina que condena o
pecado e trazer paz a sua própria consciência.
- Pode o homem salvar-se
a si mesmo?
A Palavra de Deus afirma categoricamente, a
absoluta impossibilidade do ser humano conquistar a sua própria salvação. Eis
alguns textos que o provam:
1 Ouve, Senhor, a minha oração,
dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça. 2 Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é
justo diante de ti. (Salmos 143.1,2)
15 Nós, judeus de nascimento e não
‘gentios pecadores’, 16 sabemos que ninguém
é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim,
nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e
não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado. (Gálatas 2.15,16)
Diante a impossibilidade do ser humano salvar-se a
si mesmo Deus deu a nós homens Seu Filho para morrer e pagar assim o preço do
pecado que constava contra nós seres humanos.
2 Ele é a propiciação pelos
nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o
mundo. (1 João 2.2)
E todo aquele que Nele crer será salvo, conforme
lemos no Evangelho de João 3.16.
16 Porque Deus tanto amou o mundo
que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas
tenha a vida eterna. (João 3.16)
Há salvação é uma dádiva, e não uma conquista;
provem da graça de Deus e não dos méritos do homem; é motivo de humildade e
eterna gratidão, e não de vanglória, conforme lemos na carta aos Efésios
2.8,9.
8 Pois vocês são salvos pela
graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.8,9)
A salvação não vem de nós, ela é um dom de Deus, um
favor de Deus e não pode ser alcançada por obras. Ela nos é dada em Cristo
Jesus, por meio da fé.
- Jesus é um salvador
suficiente?
O segundo parágrafo do Credo Apostólico[2] refere-se
a Jesus Cristo, nos termos que já conhecemos. As afirmações contidas nesse
parágrafo destacam verdades fundamentais a respeito de sua pessoa que o
qualifica como um salvador suficiente pelos seguintes traços:
2.1.
Sua
humanidade: "... nasceu da virgem Maria", afirma o Credo. Jesus
referia a si mesmo como homem e era conhecido como tal. Possuía um corpo
material, com as mesmas características e sujeito as mesmas limitações do nosso
corpo. Jesus sentia cansaço, sono, fome, sede, etc. Todavia, em virtude da
maneira sobrenatural pela qual foi concebido, nele não havia pecado. Ele era
verdadeiramente homem, embora não foi gerado por Maria e José.
20 Mas, depois de ter pensado nisso,
apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: "José, filho de Davi, não
tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do
Espírito Santo". (Mateus 1.20)
A importância do nascimento virginal
se apresenta de três formas:
§
Primeiro:
Mostra que a salvação vem do Senhor. O homem não consegue alcançar a salvação
através de seus esforços. Deus providencia o cordeiro, o salvador que tira o
pecado do mundo.
§
Segundo:
Tornou possível unir em uma só pessoa a plenitude da humanidade e da divindade.
§
Terceiro:
Permitiu que Jesus fosse totalmente humano sem se tornar herdeiro do pecado. Ele
foi o cordeiro perfeito, sem defeito, sem pecado.
2.2.
Sua
divindade: O Credo afirma também que Jesus era o "Unigênito
Filho de Deus...". As palavras do anjo Gabriel a Maria foram:
35 O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá
sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele
que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. (Lucas
1.35)
Consideremos
ainda o que nos diz os seguintes textos de João.
1 No princípio era aquele que é a Palavra.
Ele estava com Deus, e era Deus. [...] 14 Aquele
que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória
como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1,14)
Ele é
chamado Deus, possui atributos de Deus como: existência própria, imutabilidade,
santidade, onipresença, onisciência, onipotência; realiza obras de Deus como:
criação, ressurreição dos mortos, perdoa pecados; é adorado como Deus, etc. Se
Cristo não fosse Filho de Deus não venceria o pecado e nem a morte. Jesus
Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, a teologia chama a união
dessas duas naturezas de união hipostática ou mística.
No texto de
João capítulo um a expressão “Palavra” (Verbo ou Logos) se refere a Jesus que
se tornou carne. A encarnação foi o ato
pelo qual Deus filho assumiu a natureza humana. Jesus nunca deixou de ser Deus,
mas esvaziou-se de sua natureza divina, isto é, ele não fez uso de sua natureza
divina para viver plenamente como homem.
A palavra
“kenosis” significa literalmente esvaziamento, dando nome a essa doutrina. O
texto que fundamenta esta doutrina se encontra na carta que o apóstolo Paulo
escreveu aos irmãos da igreja de Filipo – “a
si mesmo se esvaziou (ekenosen), assumindo a forma de servo” (Filipenses
2.7).
3. A obra de Jesus é suficiente para nossa salvação?
É de se notar que o Credo Apostólico, logo depois
de referir-se ao nascimento de Cristo, menciona a sua morte: - "... morreu
sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Ao terceiro
dia ressurgiu dos mortos...". Podemos resumir o que se encontra nessas
palavras dizendo que elas afirmam o ensino bíblico sobre a obra salvadora de
Cristo como nosso substituto perante a justiça divina, morrendo e derramando
seu sangue por nós. Os seguintes textos abaixo, entre outros, sustentam essa
afirmação:
4 Certamente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o
consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. 5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões,
foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz
estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. (Isaías
53.4,5)
3 Pois o que primeiramente lhes
transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras, 4 foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras, (1 Coríntios
15.3,4)
27 Da mesma forma, como o homem
está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, 28 assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma
única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para
tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam. (Hebreus 9.27,28)
Durante todo o seu
ministério. Jesus insiste em afirmar a necessidade de sua morte. E os apóstolos
fizeram da cruz tema central da mensagem salvadora que proclamaram. Diante
disto levantamos a questão: “A morte de Jesus é suficiente para nossa
salvação?”
A Bíblia no ensina que por
meio dessa substituição, fomos perdoados, reconciliados e salvos.
1 Tendo sido, pois, justificados
pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, (Romanos 5.1)
19 ou seja, que Deus em Cristo
estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos
homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. (2
Coríntios 5.19)
Com a sua morte Jesus
satisfez a justiça e a santidade divina. O pecado não podia deixar de ser
punido, e o próprio Deus satisfez essa necessidade de punição. O salário
exigido pelo pecado foi pago.
23 Pois o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor. (Romanos 6.23)
No Livro de Hebreus fica
claro que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente para nossa salvação, de
tal forma que não precisamos mais oferecer sacrifícios e nem Cristo Jesus
morrer mais de uma vez por nós pecadores.
24 Pois Cristo não entrou em
santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou
no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor; 25 não, porém, para se oferecer repetidas vezes à
semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com
sangue alheio. 26 Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes,
desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos
tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. 27 Da
mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo, 28 assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma
única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para
tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam. (Hebreus 9.24-28)
Quando Jesus afirmou na
cruz “está consumado” (gr. tetelestai),
conforme lemos no Evangelho de João 19.30, ele estava dizendo que nada mais
precisava ser feito, a obra da salvação estava completa. Jesus satisfez todas
as exigências da Lei (moral, civil e religiosa).
4.
Deus o juiz e justificador
Há algo, nesse plano
salvador, cuja sublimidade escapa à nossa apreciação: de um lado, o Pai que dá
seu Filho unigênito para substituir-nos e, do outro, o Filho que se humilha,
encarnando-se, dando a vida e derramando seu sangue em nosso lugar.
Só no amor infinito e
inescrutável de Deus podemos encontrar explicação desse ato justificador.
Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores.
8 Mas Deus demonstra seu amor por
nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. 9 Como agora fomos justificados por seu sangue, muito
mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele! 10 Se
quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de
seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua
vida! (Romanos 5.8-10)
Deus vela pela justiça e
vemos isso no castigo do pecador – Jesus sofreu este castigo em nosso lugar. Contudo
Deus mesmo é o justificador provendo a satisfação da justiça mediante o
sacrifício de seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.
23
pois todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus, 24 sendo justificados
gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.
25 Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu
sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; 26
mas, no presente, demonstrou a sua
justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3.23-26)
Podemos dizer que a morte de
Jesus realizou:
· Um resgate – A morte de Cristo pagou o preço da penalidade pelo
pecado (Mateus 20.28; 1 Timóteo 2.6).
A morte de Jesus nos transportou para o Reino de Deus;
· Uma
reconciliação – A posição do mundo em
relação a Deus foi modificada pela morte de Cristo, de tal modo que todos os
homens agora podem ser salvos (2
Coríntios 5.18-19). A paz foi restabelecida entre Deus e os homens;
· Uma
propiciação – A justiça de Deus foi
satisfeita com a morte de Cristo (1 João
2.2). Jesus Cristo recebeu toda ira de Deus de tal forma que os homens não
estão mais debaixo da ira de Deus;
· Uma
substituição – Cristo morreu no lugar
dos pecadores (2 Coríntios 5.21).
Ele se fez pecado em nosso lugar;
· Uma prova do
amor de Deus – A entrega de Seu único
filho demonstra todo o amor que Deus sente pelo mundo e pelo homem em especial (João 3.16; Romanos 5.8).
3. POSSO TER CERTEZA
DA MINHA SALVAÇÃO?
Podemos ter certeza de nossa
salvação escatológica? A Bíblia garante que podemos ter certeza da vida eterna?
Sim a bíblia diz que podemos ter, mas existe uma condição para isso. Sem a
convicção da salvação é impossível desfrutar da paz realizada por Cristo na
cruz. Mas qual é a condição necessária para que eu possa ter esta convicção?
- A CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA TERMOS CERTEZA DE
QUE SOMOS SALVOS
Por muito tempo fui um
defensor de que uma vez convertido a Jesus Cristo não podíamos perder a nossa
salvação. Entretanto a leitura da bíblia me confrontou com algumas verdades
bíblicas que não podem ser negadas e simplesmente serem deixadas de lado por
acreditarmos em uma linha teológica não condizente com essas verdades. Não
podemos negar a verdade de que esta certeza é dada somente para aqueles que
permanecem em Cristo. Está escrito:
7 Se vocês
permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que
quiserem, e lhes será concedido. (João 15.7)
10 Se vocês obedecerem
aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos
mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. (João 15.10)
“Se” é um adjunto adverbial
condicional. Poderíamos substituir o termo “se” pelas seguintes palavras: “a
menos que, desde que”. É evidente que Jesus está dizendo que se não
permanecermos Nele e em suas palavras não permaneceremos no seu amor e nem
teremos nossas orações respondidas. Isto significa que deixamos de viver sob a
sua graça.
O que Jesus está dizendo não
dá para ser ignorado. Imagine se eu dissesse para você: “Se você guardar a
bagunça que fez, eu te recompensarei com um sorvete”. Ao dizer isso já está
subtendido que se você não guardar a bagunça não receberá o sorvete. Essa mesma
verdade vale para as palavras de Jesus.
Paulo ao escrever sua carta
aos irmãos da Galácia, região da Ásia Menor, ele diz as seguintes palavras:
1 Foi para a
liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem
submeter novamente a um jugo de escravidão. 2 Ouçam bem o que
eu, Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. 3 De novo declaro a
todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a cumprir toda a lei. 4 Vocês, que procuram
ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça. 5 Pois é mediante o
Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança. (Gálatas 5.1-5)
Paulo escreve estas palavras
aos crentes judeus e gentios que haviam recebido o Evangelho da graça pela fé,
mas agora influenciados por alguns judeus convertidos, estavam abandonando
segundo Paulo o Evangelho da graça e retornando a confiança na Lei de Moisés.
O apóstolo afirma no verso
quatro, falando aos que estavam abandonando o Evangelho da graça (que apresenta
a justificação pela fé na obra de Jesus), que ao abandonarem esta fé e buscarem
no cumprimento da Lei de Moisés a justificação eles “caíram da graça e se
separaram de Cristo”. Isto é muito sério. Paulo está dizendo que perderam a
salvação.
Só cai da graça quem estava
na graça. Só se afasta de Jesus quem estava com Jesus. Só cai do telhado quem
estava no telhado. Só cai de bicicleta quem está na bicicleta. Não conseguimos
negar esta verdade.
Muitos outros textos bíblicos
defendem esta verdade. Se não permanecermos em Cristo até o fim, perdemos nossa
salvação. As sete cartas escritas às igrejas no livro de Apocalipse termina
dizendo: “Ao vencedor”. Quem são os vencedores? Aqueles que permanecem em
Cristo até o fim.
Não perdemos a salvação por
causa de um pecado, de uma falha moral, mas pelo abandono de nossa fé. Está
escrito:
1 O
Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e
seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. (1 Timóteo 4.1)
Alguns abandonarão a fé, outras
versões dizem “apostatarão da fé”. Só abandona a fé quem possuía fé. Só é
possível apostatar da fé aquele que estava na fé. Não é possível contradizer
essas verdades.
O que estou mostrando através deste
estudo é que não podemos negar a verdade de que a bíblia nos ensina que podemos
nos apostatar de nossa fé em Jesus Cristo.
Esta é a primeira verdade que quero destacar neste estudo: O crente
pode se apostatar, abandonar a fé no decorrer de sua vida.
2. E QUANTO AS AFIRMAÇÕES BIBLICAS DE NOSSA CERTEZA DE SALVAÇÃO?
Existem na bíblia muitos versículos
contundentes afirmando que podemos descansar na certeza de que em Cristo a
nossa salvação é certa.
Muitos defendem esta verdade
apresentando o texto de João 6.37-40.
37 Todo o que o Pai me
der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. 38 Porque eu desci do
céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me
enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me
enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último
dia. 40 Porque a vontade de meu Pai é que todo
o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei
no último dia. (João 6.37-40)
Os deterministas e os crentes na doutrina da
predestinação, isto é, aqueles que compreendem que Deus escolheu os que serão
salvos, afirmam que Jesus irá salvar somente os que o Pai deu a Ele e que estes
de modo algum perderão a salvação baseados na afirmação de Jesus “e eu o
ressuscitarei no último dia”.
Particularmente eu não vejo neste texto afirmação de
uma eleição, isto é, a afirmação que Deus escolheu uns para salvação e outros,
por escolha própria, Ele os abandonou deixando-os sujeitos a condenação eterna.
Penso que deveríamos perguntar: “Quem o Pai deu ou
dará a Jesus?” O próprio Senhor Jesus responde a esta pergunta na sequência
deste texto.
No verso 40 temos a resposta referente a quem são as
pessoas que o Pai deu a Jesus. “A vontade de meu Pai é que todo o que olhar
para o Filho e nele crer tenha a vida eterna”. Paulo reafirma esta verdade em
sua epístola a Timóteo (1 Tm 2.4).
Quem Jesus irá ressuscitar no último dia? Todo aquele
que olhar para Ele e nele crer. O texto está dizendo que o Pai deu ao Filho
todo o que olhar para Ele e nele crer, isto é, deu todas as pessoas que crerem
no Filho. Todos os que crerem Jesus garante “eu o ressuscitarei no último dia”.
Sim, podemos ter esta certeza. Jesus não está falando dos apóstatas, ele não
está preocupado com isso neste momento de seu discurso. Mas como vimos ele diz
sobre isto quando está próximo de sua morte, em suas orientações aos seus
discípulos (João 15) e na parábola do semeador.
Outros textos também corroboram para a afirmação desta
verdade, por exemplo: 34 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais,
que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo?
Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou
espada? 36 Como está escrito:
"Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como
ovelhas destinadas ao matadouro". 37 Mas, em todas estas coisas somos mais
que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Pois estou convencido de que nem
morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem
quaisquer poderes, 39 nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na
criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor. (Romanos
8.34-39)
O apóstolo Paulo está afirmando que todo aquele que
está em Cristo não poderá ser separado de Deus.
Ainda podemos citar também o texto bíblico encontrado
no Evangelho de João.
24
"Eu lhes asseguro: Quem
ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será
condenado, mas já passou da morte para a vida. (João
5.24)
Aquele que crê tem a vida eterna e não será condenado,
já passou da morte para a vida. Que palavra maravilhosa! Portanto temos aqui uma segunda verdade: Todo crente em Cristo não
perde a salvação.
3. DUAS
VERDADES CONTRADITÓRIAS
Vimos que a bíblia nos apresenta duas verdades que
aparentemente são contraditórias. A primeira verdade diz que o crente pode se
apostatar, perder sua salvação por abandonar a fé. A segunda verdade afirma que
o crente não perde sua salvação, pois Jesus garantirá a ele a sua vitória.
Muitos estudiosos bíblicos optam por uma das verdades
e buscam justificar a outra com falácias, enganando a si mesmos. Não podemos
escolher uma das verdades anulando a outra. Toda a bíblia é inspirada por Deus
e não tem incoerências. Diante disso precisamos refletir em como podemos unir
as duas verdades, sem abrir mão de nenhuma delas.
Compreendo que a resposta é clara: “O crente não perde
a salvação. O apostata caiu da graça”. O que isto significa? Que Deus garante a
nossa salvação se não abandonarmos a nossa fé em Cristo Jesus. Jesus não perde
nenhum de nós, mas respeita a nossa liberdade. Alguns usando de forma errada
sua liberdade escolhem abandonar sua fé, abandonar a casa do Pai celestial,
assim como o filho pródigo o fez. Entretanto nem todos retornam a casa do Pai.
- Perguntas Reflexivas
·
A obediência aos mandamentos de Deus é necessária para salvação?
·
A prática das boas obras é necessária para a salvação?
·
Para uma pessoa ser salva ela precisa crer e obedecer aos mandamentos
de Deus?
·
Para uma pessoa ser salva ela precisa crer e praticar boas obras ou
obras de justiça?
·
Pode uma pessoa que nasceu de novo, selada pelo Espírito de Deus perder
a salvação?
· Se um crente não perde a
salvação, por que a Bíblia faz advertência para o crente se manter firme na fé,
para não cair da graça?
Para estudo e
meditação.
Baseie as suas respostas nos
textos bíblicos que seguem à pergunta:
1. Qual a situação da pessoa sem Cristo? Efésios 2:1
2. Dê uma definição de pecado:
3. O que o pecado faz entre o homem e Deus? Isaías
59:2
4. De acordo com Romanos 3:10-12 e 23 (assinale a
correta)
( ) Ninguém é pecador, ou seja, todos nascem
bons e continuam bons.
( ) Alguns são pecadores e outros não.
( ) Alguns são mais pecadores do que os outros.
( ) As pessoas religiosas são menos pecadoras
do que as outras.
( ) Todos, indistintamente, são pecadores e não
há ninguém bom.
5. Qual é o único meio de quebrar a barreira que
existe entre o homem e Deus? João 14:6 e Atos 4:12.
6. Como a pessoa pode ser salva?
a) Atos 3:19
b) João 1:12
7. Quanto às boas obras: (assinale as alternativas
corretas)
( ) Elas
ajudam na salvação.
( ) Elas
não tem valor algum para salvação.
( ) É
errado praticá-las.
( ) Só
poderemos ser salvos se tivermos fé em Deus e praticarmos boas obras.
Confira sua
resposta com Efésios 2:8-10 e Tito 3:5
8. Você tem certeza de que está salvo?
( ) Sim (
) Não Por que?
_________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Leia I João 5:11-13 para conferir
a sua resposta com a Bíblia
9. Por que Jesus deve ser o Senhor da sua vida? I
Coríntios 6:19-20.
10. O que acontece com a pessoa no momento em que
ela crê em Cristo? Efésios 1:13,14.
11. De acordo com Colossenses 3:1-2, quais são as
ordens para as pessoas que já foram ressuscitadas com Cristo, isto é, já
nasceram de novo?
1)
2)
O que significa isso?
1)
2)
12. Pode alguém que nasceu de novo perder a
salvação?
João 6.37-40
____________________________________________________________
Romanos 8.30
__________________________________________________________
Romanos 8.38,39
________________________________________________________
Efésio 1.13,14 __________________________________________________________
Quem nasceu de novo não pode
perder a salvação. Deus não retira o que nos deu. Ele nos deu a vida eterna em
Cristo. O próprio Deus nos concede graça, através do Espírito Santo, para
podermos perseverar em nossa fé. Ele nos predestinou, nos chamou, nos
justificou e nos glorificou em Cristo (Ele já fez). Deus é fiel para cumprir
Sua Palavra. Essa doutrina se chama “Perseverança dos Santos”.
13. Se um crente não perde a
salvação, por que a Bíblia faz advertência para o crente se manter firme na fé,
para não cair da graça?
Mateus 24.13
____________________________________________________________
Hebreus 3.14
____________________________________________________________
Hebreus 10.35-39
_________________________________________________________
Estes e outros textos
bíblicos foram escritos para revelar que os salvos são aqueles que perseveram
na fé até o fim. A vida em Cristo é uma jornada que precisa ser vivida em
santidade. O nascido de novo não vive na prática do pecado. Ele pode cair, às
vezes até duvidar de sua salvação, mas não permanece caído. Em algum momento
ele se levantará arrependido e retornará a uma vida de santidade. O pecado não
lhe tira a dadiva da vida eterna, somente o abandono da fé pode levar o crente
a se tornar descrente. Por isso é necessário viver em vigilância quanto à vida
espiritual.
4. SOMOS SALVOS PARA QUÊ?
Muitos de nós nos perguntamos: “Para
quê o Senhor me salvou? Qual o objetivo prático da minha salvação? O que devo fazer
agora que eu sei que estou salvo? Cruzar os braços e deixar a vida me levar até
a volta de Jesus? O que devo fazer além de frequentar os cultos, os
pequenos grupos e as reuniões de oração?”
Levantamos essas perguntas com o fim de refletirmos no propósito de
nossas vidas. Podemos afirmar a partir da Bíblia que existe um propósito em
nossa criação. Não estamos neste mundo por acaso. Não somos fruto do caos, mas
de um projeto muito bem elaborado pelo Criador. Deus nos salvou da morte eterna
com o fim de que possamos cumprir nosso propósito.
Vejamos o que nos diz alguns textos bíblicos sobre o propósito de
nossa existência.
4
Porque Deus nos escolheu nele
antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua
presença. 5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como
filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 6 para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu
gratuitamente no Amado. (Efésios 1.4-6)
11
Nele fomos também escolhidos,
tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas
segundo o propósito da sua vontade, 12 a fim de que nós, os
que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória. (Efésios 1.11,12)
10
Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de
antemão para que nós as praticássemos. (Efésios 2.10)
31
Assim, quer vocês comam, bebam
ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10.31)
9
Vocês, porém, são geração
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as
grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2.9)
O propósito de sua vida é muito maior que sua
realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua felicidade. É muito maior
que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais ambiciosos sonhos e
aspirações. O propósito de sua vida transcende você.
Ao contrário do que dizem muitos livros famosos,
filmes e seminários, você não irá
descobrir o significado de sua vida olhando dentro de si mesmo, mas olhando
para Jesus. Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida: é a fonte dela.
Para descobrir o propósito para sua vida, volte-se para a Palavra de Deus, e
não para a sabedoria do mundo.
16
pois nele foram criadas todas
as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou
soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e
para ele. (Colossenses 1.16)
Se nós fomos criados por Ele e para Ele podemos
afirmar:
- É somente em Deus
que descobrimos nossa origem, nossa identidade, nosso propósito, nossa
importância e nosso destino. Todos os outros caminhos levam a um beco sem
saída.
- Viver é deixarmos
Deus nos usar para SEUS propósitos, e não usarmos Deus para alcançarmos o
que desejamos.
- Ser bem-sucedido e
cumprir o propósito para nossas vidas são coisas absolutamente distintas! Você pode alcançar seus objetivos
pessoais, tornando-se um sucesso pelos padrões do mundo, e ainda assim
falhar em alcançar os propósitos para os quais Deus o criou.
- Deus não nos deixou
às cegas, para ficarmos questionando e conjecturando sobre nossa
existência. Ele claramente revelou, ao longo da Bíblia, seu propósito para
nossas vidas. Eu, Cornélio, acredito que o propósito maior de Deus para
nós é a “Comunhão”. Tudo o que Deus fez e faz tem a finalidade de nos
conectar a Ele. Fundamento minha afirmação nos textos bíblicos de Efésios 1.4,5 – nos escolheu para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença
e adotados como filhos.
Também no texto de Gênesis 3.8
– Deus andava pelo jardim em busca
do homem. No Evangelho de João, Jesus ora para que nós sejamos um com Ele, assim como Ele
é com o Pai (João 17.20-23). No
livro de Apocalipse encontramos as seguintes palavras: O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho (Apocalipse 21.7).
Acredito que os demais propósitos de nossas vidas
fluem como resultado da comunhão com Ele. Por meio da comunhão nosso homem interior
é despertado com um profundo desejo de adorá-Lo (contemplação) e servi-Lo
(realização).
Adoração e serviço são duas formas de ministrarmos a Deus. A
primeira é um serviço pessoal contemplativo, introspectivo e oferecido a Deus
por meio de louvores, seja através de música ou de palavras de engrandecimento,
e também, através da santidade e da oração. A segunda é um serviço pessoal
prático, objetivo onde se adora a Deus através de ações concretas aos nossos
semelhantes, sejam eles cristãos ou não.
A Igreja é o local onde
podemos aprender a servi-Lo de forma pratica, mas não deve ser o único local
onde servimos a Deus. Aprendemos nela para servirmos fora dela.
1 - Servindo a
Deus através da adoração
7
Dêem ao Senhor, ó famílias das
nações, dêem ao Senhor glória e força. 8 Dêem ao Senhor a
glória devida ao seu nome, e entrem nos seus átrios trazendo ofertas. 9 Adorem
ao Senhor no esplendor da sua santidade; tremam diante dele todos os habitantes
da terra. (Salmos 96.7-9)
23
No entanto, está chegando a
hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. (João 4.23)
a)
Adoração por meio do louvor - Deus forma Seu povo para
receber dele louvor (Is 43.21 - ao povo que formei para mim mesmo a fim de que
proclamasse o meu louvor). Portanto, o primeiro e mais importante serviço que podemos prestar é
ao próprio Deus, através de nosso louvor e ações de graças. Só Deus pode e deve
receber adoração. (Êx 20.1-5; Mt 6.24;
Is 42.8).
b)
Adoração por meio de uma
vida santa
- Ser santo é uma forma de servir a Deus (Lv
20:7 - Consagrem-se,
porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês. 1 Pd 1.15 - Mas, assim
como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que
fizerem,).
Santidade no vestir, no falar, no pensar, no agir e no olhar.
c)
Adoração por meio da oração
e intercessão
- Devemos interceder pelos não salvos diante de Deus (Êx 19.6 - vocês serão para
mim um reino de sacerdotes...; 1 Pe 2.9 - Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,...).
2 - Servindo a
Deus através do serviço ao próximo
A cruz simboliza pelo traço
vertical, nosso relacionamento com Deus, o Criador, pelo traço horizontal nosso
relacionamento com o próximo. Daí Jesus resumir os 10 mandamentos assim: Amarás o Senhor teu Deus de todo coração e
de toda alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro grande mandamento.
O segundo semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22.37-39).
Este é um serviço de
adoração não contemplativo, mas objetivo e prático, de ações concretas em prol
de nosso semelhante.
1. A maior prova de amor ao próximo será levá-lo a conhecer e entregar
sua vida ao Senhor Jesus Cristo. Esta é a melhor coisa que podemos fazer por alguém.
Podemos fazer muitas coisas pelo próximo, mas levá-lo à salvação e libertação
espiritual é sem dúvida a mais importante e significativa (Rm 6.23). Como fazer isso? Anunciando o perdão de Deus e
testemunhando o que Deus fez por ele na cruz. Devemos ser luz para os que estão
em trevas.
15
E disse-lhes: "Vão pelo
mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. (Marcos
16.15)
2. Demonstramos também nosso amor ao próximo quando lutamos para que ele
tenha uma vida melhor neste mundo presente. Servir ao próximo implica em lutarmos pelos direitos
dos oprimidos, dos marginalizados ajudando-os a terem uma melhor vida possível
neste tempo presente. Como servos de Deus devemos ser atuantes no mundo, para
fazermos do mundo um lugar melhor. Devemos lutar para que o Reino de Deus venha
a este mundo, pois nós somos portadores de sua graça, somos seus embaixadores,
somos cooperadores para a manifestação de Seu amor. Somos o sal que deve
temperar e impedir a putrefação de nossa sociedade. Não fazemos isso por meio
da força, mas do amor.
27
A religião que Deus, o nosso
Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas
dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. (Tiago
1.27)
17
Pensem nisto, pois: Quem sabe
que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado. (Tiago
4.17)
8
"Erga a voz em favor dos
que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados. 9 Erga a voz e julgue com justiça; defenda os direitos
dos pobres e dos necessitados". (Provérbios 31.8,9)
5. A BÍBLIA E
SUA COMPOSIÇÃO
Se você já nasceu de novo,
precisa agora de alimento genuíno para crescer espiritualmente. Aliás, uma das
características de quem já nasceu de novo é desejar ardentemente alimentar-se
da Palavra de Deus (1 Pedro 2.2). A
Bíblia nos fornece este alimento genuíno. Ela não é um livro de religião como
os demais. Como veremos, ela é a Palavra de Deus viva. Seguindo os seus
ensinamentos, debaixo da liderança do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo,
estaremos nos moldando ao estilo de vida que Deus requer de nós.
1 - A composição
da Bíblia
·
É um livro
composto por vários livros
·
A palavra
“Bíblia” vem do Grego “Biblos” que significa “livros”
·
Cerca de 40
escritores em diferentes épocas escreveram inspirados pelo Espírito Santo, ou seja,
um único autor (Espírito Santo) e vários escritores (profetas e apóstolos).
·
Está dividida em
duas partes: ANTIGO e NOVO TESMENTO.
·
Os nomes Antigo
Testamento e Novo Testamento focalizam as duas grandes alianças feitas por Deus
com Seu povo
A palavra “Testamento” corresponde à palavra hebraica
berith = aliança, pacto, contrato.
O Antigo Testamento é a revelação de Deus para o povo
de Israel e através do povo de Israel, apontando para a vinda do Messias, que
haveria de ocorrer na plenitude dos tempos.
Jesus Cristo é o Messias e Salvador que veio na plenitude
dos tempos. Com ele teve início a IGREJA, fundada sobre o alicerce do
testemunho dos apóstolos.
Os escritores do Novo Testamento passaram a chamar a
primeira aliança de “Antiga aliança”, porque foi substituída por uma aliança
superior feita com o sangue de Jesus Cristo (Hebreus 8.6).
2 - A natureza
da Bíblia.
Vários fatores são
importantes em relação à natureza da Bíblia:
2.1. Suas peculiaridades. A Bíblia é singular:
A.
Na sua unidade. Embora tenha levado um
período de mais ou menos 1.500 a 1.600 anos para ser concluída, e tenha sido
escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, que viveram em épocas diferentes.
Alguns eram homens cultos e outros homens simples. Entretanto, do começo ao fim
da Bíblia, há uma unidade perfeita. A Bíblia nunca se contradiz em seu conteúdo
teológico. Contradições aparentes existem por causa de tradução. Por exemplo:
Gênesis 6.6 - Então o Senhor arrependeu-se (nacham[3]) de ter feito o homem sobre a terra; e
isso cortou-lhe o coração.
Números 23.19 - Deus não é homem para que minta, nem
filho de homem para que se arrependa (nacham[4]). Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso
promete, e deixa de cumprir?
B.
Na sua continuidade. Ela trata das coisas desde
a sua origem. As narrativas bíblicas tratam do passado, do presente e do
futuro. Contudo ela não é um livro cientifico. Ela apresenta uma revelação
progressiva. O conhecimento de Deus vai sendo construído e transformado na
medida em que Deus vai se revelando progressivamente.
Por exemplo: Existe uma
ideia desde os dias de Noé que Deus quer sacrifícios. Mais tarde o profeta Samuel
desconstrói este pensamento dizendo que Deus quer obediência, mais do que
sacrifício. Passado mais alguns anos o profeta Isaías diz que Deus deseja uma
adoração que venha do coração e não apenas uma obediência sem entrega do
coração (Isaías 29.13; Marcos 7.6-8).
C.
Na sua circulação. Estima-se hoje que mais de 4
bilhões de exemplares foram publicados e vendidos (informação de 2020 -
https://www.biblio.campusananindeua.ufpa.br).
D.
Na sua tradução. Atualmente, a Bíblia está
traduzida em quase 3 mil línguas e dialetos (informação
de 2020 - https://www.biblio.campusananindeua.ufpa.br).
E.
Na sua sobrevivência. Nada tem destruído a
Bíblia. É um livro que tem sido criticado, rasgado, queimado, proibido. Tem
sido escavada pela arqueologia. A própria arqueologia a tem confirmado e não
negado. Ela é a indestrutível Palavra de Deus (Isaías 40.8 - A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus
permanece para sempre).
F.
Na sua exatidão. A quantidade enorme de
manuscritos provam a sua exatidão. Podemos ter absoluta certeza quanto ao
conteúdo da Bíblia.
G.
Nos seus ensinos. O Novo Testamento completa
o Velho Testamento. Os seus ensinos são preciosos e exatos. Tudo o que o V.T
disse sobre Jesus, por exemplo, cumpriu-se no Novo Testamento.
H.
Nos seus relatos históricos. Ao longo dos anos a
arqueologia e a história tem comprovado a veracidade da Bíblia.
I.
Nas suas citações. É o livro mais comentado e citado
do mundo todo.
J.
Na sua atualidade. É um livro antigo, mas
atual e relevante para os dias de hoje. Ela nunca fica superada. É mais atual
do que o jornal de hoje.
2.2. Através dela Deus revelou a sua vontade aos homens
A revelação parte de Deus e
não dos homens. Deus se revela de várias formas aos homens. As revelações de
Deus foram divididas pelos estudiosos de duas formas: Revelação Geral e
Revelação Especial.
A. Revelação Geral
1.
Deus se revela pela natureza
- Salmo 19.1-6
fala que os céus declaram a glória de Deus. Veja também Romanos 1.18-20.
2.
Deus se revela por meio de
nossa consciência - A consciência humana não
inventa coisas; e sim, atua com base num padrão (certo X errado). Essa ciência
revela o fato de que há uma Lei absoluta no universo, e que há um Legislador
Supremo que baseia esta Lei em sua própria pessoa e caráter. Romanos 2.14,15.
B.
Revelação Especial
1.
Deus se revela através de
Sua Palavra – Mateus 4.4
- Jesus respondeu: "Está
escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca
de Deus’".
2.
Deus se revela em Jesus
Cristo – João 1.18
- Ninguém jamais viu a Deus, mas
o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.
Obs.: Não precisamos de outras
fontes de conhecimento sobre Deus. Ex.: Consultar os mortos (Isaías 8.19-20), horóscopos,
cartomantes, etc. Todas essas coisas são contrárias à Palavra de Deus e, consequentemente,
proibidas.
3 - Assuntos tratados na Bíblia.
A Bíblia trata de uma grande
variedade de assuntos. Entretanto, há duas coisas básicas que Deus quer nos
comunicar:
3.1. Que o homem pode ter um novo relacionamento com Ele.
Jesus veio para derrubar a
parede de separação - criada pelo homem - entre este e Deus - Efésios 2.13-14. Em Cristo Deus quer um
povo para viver em comunhão com Ele.
3.2. Como devemos viver em face desse novo relacionamento.
Quando a pessoa é
reconciliada com Deus por meio de Jesus, ela passa a ter uma nova vida. Essa
nova vida exige um comportamento de acordo com o padrão de Deus. Cristo se
torna a referência para todas as dimensões de nossa vida.
Céu e inferno
educação de filhos casamento
comunicação Cristo relacionamentos profissional/amigos
sociopolítico-econômico dinheiro
Igreja
Nota:
Primeiramente Cristo deve ser o centro da vida. Uma vez que Jesus é o centro,
Deus tem orientação segura e firme em Sua Palavra para todas as áreas de nossa
vida.
6. UMA BREVE HISTÓRIA DA BÍBLIA
1 – Escritores
·
A Bíblia foi
escrita por 40 diferentes autores que representavam 19 diferentes ocupações
(pastores, fazendeiros, pescadores, cobradores de impostos, médicos, reis, copeiro,
etc).
·
São
aproximadamente 50 gerações de homens.
2 - Tempo
·
Os primeiros 39 livros
da Bíblia foram escritos em hebraico ao longo de um período de mais ou menos
1.000 anos.
·
Houve um
intervalo de 400 anos em que nenhuma Escritura foi redigida, exceto livros apócrifos
(não autênticos).
·
Depois disto, os
últimos 27 livros da Bíblia foram escritos em grego durante um período em torno
de 50 anos.
·
A Bíblia levou
aproximadamente 1500 a 1600 anos para se completar e possui no total 66 livros.
3 – Outros nomes dado a algumas partes
da “Bíblia”
·
A Bíblia, na
época de Jesus, era chamada de:
Ø
“Moisés e os profetas”
Ø
“A Lei e os profetas”
Ø
“Lei de Moisés, profetas
e salmos”
Ø
“A Escritura” ou
“As Escrituras”
Lucas
24.44 - “E
disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que
convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e
nos profetas, e nos salmos”.
4 – Línguas em que foi escrita
A - Hebraico
Língua em que foi escrito o Antigo Testamento, exceto
alguns poucos trechos que foram escritos em aramaico.
B - Aramaico
Grupo de dialetos intimamente relacionados com o hebraico
e falados na terra de Israel e em outros países do mundo bíblico (2 Reis 18.26).
26
Então Eliaquim, filho de
Hilquias, Sebna e Joá disseram ao comandante de campo: "Por favor, fala
com teus servos em aramaico, porque entendemos essa língua. Não fales em
hebraico, pois assim o povo que está sobre os muros entenderá". (2 Reis 18.26)
Estão escritos em aramaico os seguintes textos
bíblicos:
Ø
Esdras 4.8-6,18; 7.12-26
Ø
Daniel 2.4-7,28
Ø
Jeremias 10.11
C – Grego
Koiné (comum)
Língua difundida pelo império de Alexandre, o Grande,
que viveu de 356 até 323 a.C. Ele conquistou o mundo civilizado desde a Grécia
até a Índia. É também conhecido como Alexandre Magno.
Deus preparou o cenário para que o NT fosse escrito
nessa língua detalhista.
O grego koiné era a língua usada por comerciantes,
médicos, escritores e políticos.
5 – Tipos de Textos
Ao longo dos anos vários textos bíblicos foram
escritos e encontrados pelos historiadores. Estes textos são classificados da
seguinte forma:
A - Autógrafos
Textos originais escritos por um profeta, apóstolo ou
evangelista inspirado pelo Espírito Santo. Hoje não temos mais textos autógrafos[5].
B – Cópias
Embora não tenhamos mais textos autógrafos, porém, temos
milhares de cópias espalhadas pelos cristãos do mundo e preservadas de geração em
geração e estes garantem a sua fidelidade, pois Deus prometeu que sua Palavra
não seria destruída (Sl 119.89; Is 40.8;
Mt 5.18; Mt 24.35).
C - Apócrifos
Livros que a Igreja Romana, no Concílio de Trento em
1546, declarou inspirados, embora não fizessem parte do Cânon do A.T. estabelecido
pelos judeus de Israel.
Os católicos chamam esses livros de
"deuterocanônicos", isto é, pertencentes ao "segundo cânon".
6 - Livros
Não Aceitos pelo Cânon
Pseudoepigráficos (falsa autoria): Livros que foram rejeitados por todos.
· No Antigo Testamento – Enoque,
Ascensão de Moisés, 3 e 4 de Macabeus, 4 Esdras, Os Testamentos dos 12
Patriarcas e outros.
· No Novo Testamento – Atos de Paulo, A Epístola de
Barnabé, O Pastor de Hermas, o Didaquê[6].
Apócrifos: Literalmente
– “difícil de entender” ou “escondido”. Livros que foram aceitos pela Igreja
Católica.
· Todos os livros
fazem parte do Antigo Testamento – Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico
(Sabedoria de Jesus, Filho de Siráque), Baruque, A Carta de Jeremias, 1 e 2 de
Macabeus, A Oração de Manasses, 3 Esdras, além de acréscimos aos livros de
Ester e Daniel.
Ø
A Bíblia é a palavra de Deus, pois sua composição foi inspirada totalmente por
Deus (2 Timóteo 3.16).
Ø
A Bíblia contém a palavra de Deus, pois nem tudo o que está escrito é propriamente a
palavra de Deus (Mt 4:3,6,9).
7 - Objetivos
ou finalidades da Bíblia
1.
Testificar de Jesus - João 5.38-39.
2.
Tornar a pessoa sábia para a salvação em Cristo – I2 Tm 3.15 e João 20.30,31.
3.
Ensinar os princípios de Deus – 2
Tm 3.16.
4.
Repreender o erro – 2 Tm 3.16.
5.
Corrigir: mostrar o caminho da verdade – 2 Tm 3.16.
6.
Educar na justiça – 2 Tm 3.16.
7.
Advertir o homem – 1 Co 10.10-12
e Sl 19.11.
8.
Dar esperança - Rm 15.4.
9.
Trazer alegria, gozo, sabedoria e entendimento - Jr 15.16; Sl 19.7-10.
10.
Preservar do erro - Sl 119.11.
11.
Purificar a nossa vida - João
15.3.
12.
Sustentar nas dificuldades - Sl
119.92.
13.
Levar à maturidade – 2 Tm 3.17.
14.
Equipar para a vida – 2 Tm 3.17.
15.
Ser praticada - Sl 119.4.
8 - O poder e
autoridade da Bíblia.
1. O poder
Hebreus 4.12 - Palavra de Deus ê penetra ê divide ê corpo, alma e espírito ê discerne ê coração, pensamentos e propósitos.
2. A autoridade
João 12.47,48 - A Palavra de Deus será base do julgamento final.
9 - Como
assimilar e apropriar-se da Palavra de Deus.
1.
Ouvir - Romanos 10.17
2.
Ler - Apocalipse 1.3
3.
Estudar - Atos 17.11 e 2 Timóteo
2.15
4.
Memorizar - Salmo 119.11;
Deuteronômio 11.18
5.
Meditar - Salmo 1.2; Josué 1.8 e
Salmo 119.48
6.
Praticar - Mateus 7.24-27; Salmo
119.4
7.
Comunicar a outros – 2 Timóteo 2.2
10 - Nossa
atitude em relação à Bíblia.
1.
Desejar a Palavra de Deus – 2 Pe
2.2
2.
Amar a Palavra de Deus - Sl 119.97
e 127
3.
Conhecer a Palavra de Deus - Os
4.6
Como? Ouvindo, lendo,
estudando, memorizando, meditando.
4.
Crer na Palavra de Deus.
a) 1 Rs 8.56 - “Nem uma só palavra falhou
de todas as suas promessas”
b) Lc 21.33 - “A palavra do Senhor
permanecerá para sempre”
c) Tt 1.2 - “O Deus que não pode mentir”
5.
Praticar a Palavra de Deus - Tiago 1.22
6.
Comunicar os seus princípios a outros - 2
Tm 2.2
11 - A Estrutura da Bíblia
11.1 –
Estrutura do Velho Testamento
PENTATEUCO “Torá”
– (5 livros) |
LIVROS HISTÓRICOS (16
livros c/ apócrifos – 12 livros s/ apócrifos) |
|
GÊNESIS ÊXODO LEVÍTICO NÚMEROS DEUTERONÔMIO |
JOSUÉ JUIZES RUTE 1º SAMUEL 2º SAMUEL 1º REIS 2º REIS 1º CRÔNICAS 2º CRÔNICAS |
ESDRAS NEEMIAS TOBIAS* JUDITE* ESTER 1º MACABEUS* 2º MACABEUS* |
* Somente
na Bíblia Grega Católica – 4 livros apócrifos
LIVROS POÉTICOS E SAPIENCIAIS (7 livros c/
apócrifos – 5 livros s/) |
LIVROS PROFÉTICOS (18
Livros c/ apócrifos – 17 livros s/ apócrifos) |
|
JÓ SALMOS PROVERBIOS ECLESIASTES CÂNTICO DOS CÂNTICOS SABEDORIA DE SALOMÃO* ECLESIÁSTICO* |
Profetas Maiores: ISAÍAS JEREMIAS LAMENTAÇÕES BARUC* EZEQUIEL DANIEL |
Profetas Menores: OSÉIAS JOEL AMÓS OBADIAS (ABDIAS) JONAS MIQUÉIAS NAUM HABACUQUE SOFONIAS AGEU ZACARIAS MALAQUIAS |
*
Somente na Bíblia Grega Católica – 3 Livros Apócrifos – Total 7 Livros
Apócrifos
·
A Bíblia
protestante possuí 39 livros no A. T.
·
(5 pentateuco +
12 históricos + 5 Poéticos + 17 Proféticos)
11.2 –
Estrutura do Novo Testamento
EVANGELHOS (4) |
HISTÓRIA (1)
|
MATEUS MARCOS LUCAS JOÃO |
ATOS DOS APÓSTOLOS
|
CARTAS PAULINAS (13) |
CARTAS GERAIS (8) |
ROMANOS 1º
TESSALONICENSES 1º CORINTIOS 2º
TESSALONICENSES 2º CORINTIOS 1º TIMÓTEO GÁLATAS 2º
TIMÓTEO EFÉSIOS TITO FILIPENSES FILEMOM COLOSSENSES
|
HEBREUS TIAGO 1º PEDRO 2º PEDRO 1º JOÃO 2º JOÃO 3º JOÃO JUDAS |
APOCALIPSE (1) |
11.3 – A
divisão em Capítulos e Versículos
As versões antigas da
Bíblia ou os Manuscritos mais antigos não observavam as
divisões
de Capítulos e Versículos que hoje temos. A Bíblia foi dividida
em capítulos e versículos pelo bispo católico Stephen Langhton entre 1227 -
1242 para facilitar a citação, o estudo e a pesquisa das Escrituras.
Os Massoretas dividiram o Antigo Testamento em
versículos no século IX. O Novo Testamento foi dividido em versículos por
Robert Stephanus em 1551 na Reforma Protestante, e possivelmente ele tenha
dividido novamente o Antigo Testamento para que o mesmo fosse impresso, já que
antes dele não havia ainda sido inventada a impressora.
7. INSPIRAÇÃO - INERRÂNCIA - INFALIBILIDADE
·
A Bíblia é
inspirada por Deus.
·
Se ela é
inspirada é inerrante.
·
Se ela é
inerrante, então é infalível.
1 - Inspiração
Quando falamos de revelação geral e especial estamos
falando a respeito do meio ou da forma como Deus se revela ao homem. Quando
falamos de inspiração estamos falando a respeito da forma como a Bíblia foi
escrita.
A palavra "inspiração" refere-se à maneira
como a auto-revelação de Deus veio a ser expressa nas palavras da Bíblia.
Trata-se daquela atividade do Espírito Santo de Deus através da qual Ele
dirigiu os autores da Escritura, de modo que seus escritos se tornaram uma
transcrição da palavra de Deus ao homem. Chamar a Bíblia de
"inspirada" é simplesmente outra maneira de dizer que ela é a
auto-revelação de Deus e tem toda a autoridade. De fato, a inspiração divina da
Escritura concede-lhe exatamente aquela autoridade que o Espírito confirma.
"Porque
toda a Escritura sagrada é inspirada por Deus..." (2 Tm 3.16)
"Porque
toda a Escritura sagrada é soprada por Deus..." (2 Tm
3.16)
O termo inspirado
vem de duas palavras gregas (theopneustos) e literalmente significa
"soprado por Deus".
Dizer que a Escritura é inspirada é confirmar sua
origem e caráter divino e implica em algo mais forte do que a palavra
inspiração. Mais corretamente, as Escrituras são "expiradas", isto é, sopradas
por Deus.
Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os
autores humanos da Bíblia, de modo que, usando suas próprias personalidades e
estilos, compuseram e registraram sem erro as palavras de Sua revelação ao
homem.
A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos
originais (chamados de autógrafos).
1.1 - A Teoria da Inspiração Plena ou Verbal
Existem outras teorias, mas não iremos estudá-las,
pois são consideradas insuficientes para explicar a ação inspiradora de Deus. A
teoria da inspiração plena e verbal é considerada como a teoria correta da
inspiração bíblica.
Verbal – Implica que os autores não foram inspirados apenas
em suas ideias gerais, mas nas próprias palavras usadas por eles (não ditada).
A ideia é que cada palavra escrita nos manuscritos originais teve a supervisão
de Deus.
Plenário – A inspiração reivindicada se estende a toda a
Bíblia. Deus fez com que toda Escritura fosse escrita e não apenas as seções
que levam as marcas da inspiração mais claramente.
Em fim, a Teoria
da Inspiração Plena ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente
inspiradas; que os escritores não funcionaram como máquinas inconscientes; que
houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os
capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu
vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que
eles escreveram foi Palavra de Deus. Assim, a inspiração plena ou verbal é o
poder inexplicado do Espírito Santo orientando e conduzindo os escritores
escolhidos por Deus na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações
pessoais (1 Jo1.1-4), fontes orais
ou verbais (Lc1.1-4; At 17.18; Tt 1.12; Hb
1.1), ou através de revelação divina direta (Ap 1.1-2; Gl 1.12), preservando-os de erros e omissões, de maneira
a garantir a inerrância das Escrituras, e dando à Bíblia autoridade divina.
Explicar como Deus agiu no homem é tarefa difícil! Se
já é complicado entender o entrosamento do nosso “ser espiritual” com o nosso
“ser corpóreo” espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais
sábios, imagine-se o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem!
Ao aceitarmos Jesus como salvador aceitamos também as Escrituras como revelação
de Deus. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo
Testamento. Depois disso nenhum outro escritor, nenhum outro servo de Deus pode
ser considerado inspirado no sentido bíblico.
A autoria bíblica é, portanto Divina e Humana,
simultaneamente:
Autoria Divina: Do lado divino, as Escrituras são a Palavra de Deus, no sentido de que
se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em 2 Tm 3.16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é
divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus). A
referência aqui é ao que foi escrito. Então Deus “sopra” Sua Palavra na mente
do escritor (expiração), e este, por sua vez, ao receber este “sopro” inspira
(inala) a Palavra de Deus a qual será processada em uma mente humana, recebendo
dela sua influência, isto é, a maneira de se expressar.
Autoria Humana: Na perspectiva humana vemos certos indivíduos escolhidos por Deus com a
responsabilidade de receberem (inalarem) a Palavra e transformá-la em escrita.
Em 2 Pe 1.21 encontramos a
referência aos "Homens santos de Deus que falaram movidos pelo Espírito
Santo" (pherô = movidos ou conduzidos).
A própria Bíblia reconhece a autoria dual (Divina e
Humana) em seu registro. Veja, por exemplo, que Mateus (Mt 15.4) registra que Deus ordenou: “Honra a teu pai e a tua mãe.
E quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte”. Mas Marcos (Mc 7.10) registra o mesmo texto
dizendo que foi Moisés quem ordenou essa conduta. E não há contradição – Deus é
o autor desse mandamento, mas Ele usou Moisés para transmiti-lo aos homens. Em muitas
outras passagens percebemos essa dualidade na autoria das Escrituras (Compare Sl 110.1 com Mc 12.36; Ex 3.6,15 com Mt 22.31; Lc 20.37 com Mc 12.26; Is 6.9,10; At 28.25 com Jo 12.39-41).
Deus opera de modo misterioso usando a vontade humana, sem anulá-la e sem que o
homem perceba que está sendo divinamente conduzido. Neste fenômeno, o homem faz
pleno uso de sua liberdade (Pv 16.1; 19.21;
Sl 33.15; 105.25; Ap 17.17).
2 - Infalibilidade
Aplicada à Escritura, esta palavra deixa implícita a
qualidade de não enganar. Esta declaração significa que todas as afirmativas
bíblicas são verídicas e dignas de inteira confiança, em contraste com as
palavras e declarações humanas "falíveis". Ela afirma que a Escritura
não engana porque trata-se do auto-testemunho do próprio Deus.
A infalibilidade das Escrituras refere-se à sua
mensagem vista como um toldo. Isto não quer dizer que certas passagens e textos
não sejam infalíveis, mas que cada declaração e trecho particular é infalível
dentro do contexto da Escritura inteira.
A infalibilidade da Escritura está associada com a
intenção na mente do autor.
"Por
isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebeste, e será
assim convosco". (Marcos 11.24)
"Pedis,
e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres". (Tiago 4.3)
"E
esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa
segundo a sua vontade, ele nos ouve". (1 Jo 5.14)
2.1 - Como a Bíblia pode ser infalível se ela foi
escrita por humanos falíveis?
O fato de a Bíblia ter sido escrita por seres humanos
falíveis, não faz dela um Livro defeituoso. Afinal de contas, mesmos seres
humanos imperfeitos podem fazer coisas perfeitas algumas vezes, e em especial
se forem supervisionados por Alguém que é infalível.
Os cristãos não afirmam que os homens que escreveram
os livros da Bíblia estavam sempre certos em tudo que disseram ou fizeram. Nós
simplesmente acreditamos que a Bíblia está certa quando ela afirma que Deus
guiou estes homens em sua tarefa de escrever as Escrituras de modo que o
resultado é um livro infalível. O apóstolo Pedro certamente disse muitas coisas
erradas durante sua vida, mas Deus não permitiu que ele cometesse nenhum erro
quando lhe coube a tarefa de escrever suas duas epístolas.
Paulo, inspirado por Deus, ao escrever sua segunda
epístola a Timóteo, afirmou que a Bíblia foi produzida por Deus e não por
homens:
16 Toda
Escritura é inspirada por Deus, e é útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a educação na justiça. (2 Timóteo 3.16)
3 - Inerrância
Se a Bíblia foi dirigida em suas próprias palavras
pelo Deus da verdade podemos ter confiança em que está livre de erros. Assim
sendo, toda a vez em que a Bíblia prescreve o conteúdo da nossa fé (doutrina)
ou o padrão de nossa vida (ética) ou registra os eventos reais (história) ela
fala a verdade. Devemos novamente esclarecer que o grau de inerrância alegado
em qualquer caso particular é relativo ao que o texto pretende ensinar; quando
uma passagem da Escritura é interpretada de acordo com a intenção do escritor e
em harmonia com outras passagens bíblicas, sua verdade inerrante será percebida
claramente.
29 Saindo
Ele de Jericó,
uma grande multidão o acompanhava. 30 E eis que dois
cegos, assentados à beira do caminho,.... (Mateus
20.29,30)
46 E
foram (chegaram em)
para Jericó. Quando Ele saía de Jericó,....., Bartimeu, cego mendigo,
filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho." (Marcos 10.46)
35 Aconteceu
que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à
beira do caminho, pedindo esmolas. (Lucas 18.35)
Apenas para ilustrar como os tempos mudaram, até
poucos anos atrás tudo o que se precisava dizer para expressar convicção de que
a Bíblia era plenamente inspirada era "A
Bíblia é a Palavra de Deus". Depois, foi preciso acrescentar "A Palavra inspirada de Deus". Mais
algum tempo passou e a frase cresceu para "A Palavra verbalmente inspirada de Deus". Daí, para dizer a
mesma coisa, era preciso dizer: "A
Bíblia é a Palavra de Deus, verbal e plenariamente inspirada". Depois,
surgiu a necessidade de dizer: "A
Bíblia é a Palavra de Deus, infalível, verbal e plenariamente inspirada".
Hoje em dia é preciso usar uma bateria de termos teológicos: "A Bíblia é a Palavra de Deus, infalível,
inerrante nos manuscritos originais, verbal e plenariamente inspirada".
Apesar de tudo isso, é possível não comunicar exatamente o que se quer dizer!
3.1 - E os
erros da Bíblia?
Existem algumas dificuldades na Bíblia, mas não há
erros. Ninguém conseguiu provar que a Bíblia está errada. Em alguns trechos
houve erro do copista, mas com a análise de outras cópias resolveu-se o problema.
Outras passagens apresentam divergências por causa da tradução, nem sempre as
palavras traduzidas expressam bem o que o autor quis dizer. Devemos considerar
também o problema de interpretação dos próprios homens.
3.2 – Uma ajuda
para as dificuldades da Bíblia
Abaixo segue um livro que poderá ajudá-lo a
compreender as dificuldades encontradas na Bíblia.
Livro: Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições”
da Bíblia
Autores: Normam Geisler, Thomas Howe
Editora: Mundo Cristão
8. BATISMO
Jesus deixou diversas ordens para os
seus discípulos individualmente, como ensinar todas as pessoas, evangelizar,
orar, perdoar inimigos e amar a Deus acima de todas as coisas. Contudo
afirmamos que Jesus deixou só duas
ordenanças: Batismo e Ceia do Senhor.
1 - Qual a diferença entre estas duas
ordenanças e as demais ordens?
Quando falamos de ordenança estamos falando de uma
ordem especifica dada por Jesus que em seu ritual simboliza verdades
espirituais e que devem ser obedecidas até que Jesus volte.
As outras ordens de Jesus se referem ao modo como
devemos viver e as tarefas que devemos exercer como seus servos.
19
Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, (Mateus 28.19)
2 – Qual a diferença entre ordenanças e
sacramentos?
Algumas igrejas afirmam que o batismo e a ceia do
Senhor são sacramentos. Entretanto o batismo e a ceia do Senhor não são
sacramentos, pois não conferem graça alguma para aqueles que a praticam. Estas
ordenanças tem apenas o valor de um memorial para nós.
3 – O que é batismo?
Batismo (gr. Baptizo
- βαπτίζω) significa, mergulhar ou
imergir na água. É um rito praticado pelos seguidores de Jesus onde o indivíduo
é mergulhado nas águas.
4 – Qual o significado do batismo?
Batismo é um símbolo do fim de uma vida e o início de
outra.
12
Isso aconteceu quando vocês
foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a
fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. (Colossenses 2.12)
Simboliza a morte do velho homem e da velha natureza.
3
Ou vocês não sabem que todos
nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? 4 Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio
do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos
mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. 5 Se
dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos
também na semelhança da sua ressurreição. (Romanos
6.3-5)
É necessário compreendermos que tanto o texto de Cl
2.12 e Rm 6.3-5 se referem ao batismo "em Cristo Jesus". A
palavra nos diz que Jesus nos batizaria com o Espírito. O batismo com o
Espírito Santo une o crente a Cristo, separando-o da velha natureza e
associando-o à nova vida em Jesus. Este batismo ocorre quando a pessoa se
converte a Cristo, se tornando crente em Jesus Cristo. Ela já não esta "em
Adão", mas sim "em Cristo". Ela já não pertence ao mundo, mas a
Igreja invisível de Cristo.
O batismo com água é uma representação dessa verdade.
Aquele que crê em Jesus Cristo e que se tornou membro da igreja invisível por meio
do batismo do Espírito, por meio do batismo nas águas, afirma ter morrido para
o mundo e se torna membro da igreja visível de Cristo no mundo, de uma igreja
local.
O rito do batismo ordenado pelo nosso Senhor Jesus
funciona como um memorial para aquele que é batizado e ao mesmo tempo uma
confirmação publica de sua fé em Jesus Cristo.
5 – O batismo salva?
O batismo não tem a virtude de transmitir salvação a
uma vida. Somos salvos pela graça de Deus e não por obras ou ritos.
8
Pois vocês são salvos pela
graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.8,9)
Embora o batismo não salve, ele deve ser obedecido por
todos aqueles que creem em Jesus Cristo, uma vez que o mesmo é também uma
confissão publica de fé. Mas a salvação está condicionada a fé e não ao
batismo, como podemos perceber no Evangelho de Marcos.
16
Quem crer e for batizado será
salvo, mas quem não crer será condenado. (Marcos 16.16)
6 – Como é realizado o batismo?
A Igreja de Cristo adota três formas de administração
do batismo: aspersão, imersão e efusão. Na aspersão, a água é
aplicada ou aspergida à cabeça do batizando; na imersão, o batizando é
mergulhado na água; e na efusão, derrama-se a água sobre a cabeça do batizando
com um vaso de água. A efusão é usada, em regra, só por algumas igrejas do
Oriente.
Nós batistas adotamos a imersão por entendê-la
biblicamente e historicamente como o meio mais correto. Portanto somos
imercionistas.
Embora a palavra baptizo[7] no grego possa ser
usada como aspergir ou derramar, o grego possui palavras específicas para
aspergir (rhantizo) e derramar (katacheo). Se a forma correta de batismo
é a aspersão ou efusão, por que tais palavras nunca são usadas no Novo
Testamento para se referirem ao batismo?
7 – O que é necessário para que o batismo
seja Bíblico?
1.
Que a pessoa
que será batizada creia em Jesus como seu salvador: At 2.38-41; 8.37.
Entende-se que a pessoa que vai ser
batizada nasceu de novo: João 3.3.
2.
Seja feito em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: Mt 28.19.
8 – Quem pode ministrar o batismo?
Qualquer
discípulo de Jesus pode ministrar o batismo. Contudo por nos reunirmos em um
lugar especifico e com o fim de mantermos uma ordem deixamos aos pastores esta
tarefa.
19
Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, (Mateus 28.19)
I. O que Jesus Cristo nos ensina
sobre o batismo?
a) Em Mt 28.19-20
b) Em Mc 16.15-16
c) Em Mt 3.13-15
II. Quem pode e deve ser batizado?
a) Em Mt 28.19
b) Em At 8.37
c) Em Rm 6.3-6
III. O que a Bíblia ensina sobre o
significado do batismo?
a) Em Cl 2.12
b) Em Rm 6.3-6
IV. Qual deve ser a atitude do convertido
em relação ao batismo bíblico?
a) Em At 2.37-41
b) Em Mc 16.16
c) Em Jo 15.14
V. Uma vez que fomos batizados e nos tornamos membros da igreja, qual deve ser a
nossa atitude para com a igreja, para com o pastor e para com os irmãos?
a) Para com o pastor: Hb 13.17
b) Para com os outros irmãos: Gl
6.2
c) Para com a igreja: Hb 10.25
VI. Por que devemos pertencer a uma igreja?
a) Porque Deus exige que pertençamos a uma igreja local: Hb 10.25
b) Porque na igreja somos equipados para a vida e para o ministério: Ef
4.11-16
c) Porque o aconselhamento de outros irmãos é útil e necessário: Cl
3.16 e Hb 10.24
d)
Porque foi Instituída por Cristo, se não fosse necessário, não seria fundada: Mt
16.18
e)
Porque ao lado da família, é a instituição mais importante da terra.
DÊ SEU TESTEMUNHO DE CONVERSÃO PERANTE A IGREJA E
PERANTE SEUS FAMILIARES E AMIGOS POR MEIO DO BATISMO.
NÃO SE ENVERGONHE DE CRISTO.
9. A CEIA DO
SENHOR
23
Pois recebi do Senhor o que
também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o
pão 24 e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o
meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim".
25 Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este
cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em
memória de mim". 26 Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste
cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. 27 Portanto,
todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será
culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. 28 Examine-se
o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. 29 Pois
quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria
condenação. 30 Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e
vários já dormiram. 31 Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não
receberíamos juízo. 32 Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos
sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. 33 Portanto,
meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros.
34 Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se
reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes
darei instruções. (1 Coríntios 11.23-34)
Nos
ensinos de Jesus, vemos apenas duas ordenanças[8]:
o Batismo (foi estudado na aula anterior) e a Ceia[9]
do Senhor.
A
Ceia do Senhor foi instituída por Jesus quando instruiu os discípulos sobre sua
realização. Ele reuniu os doze e disse: "fazei isso em memória de
mim" (Lucas 22.19).
Os
quatro evangelistas tratam do assunto:
·
Mateus narra detalhadamente às instruções de
Jesus (Mateus 26.26-30);
·
Marcos também cita este momento (Marcos
14.22-26);
·
Lucas igualmente (Lucas 22.14-23);
·
João aprofunda o tema (João 6.4,32,33,38,57,58)
Além
dos quatro evangelhos, o apóstolo Paulo instruiu a igreja de Corinto quanto a
Ceia, em sua primeira Carta (1 Coríntios 11.23-30).
A
Ceia é um importante assunto e precisa ser estudado seriamente. Nesta lição
aprenderemos sobre a instituição da Ceia, seu significado e valor para a
Igreja.
1 – A
instituição da Ceia
Jesus,
sabendo que se aproximavam os momentos finais de sua vida, desejou participar
da última páscoa com seus discípulos (Lucas 22.15). A páscoa era a festa
comemorada anualmente, para celebrar a libertação dos judeus do Egito, conforme
lemos em Êxodo 12.14. O Antigo Testamento narra, que, naquela ocasião,
um cordeiro fora sacrificado e, em cada lar, seu sangue fora passado na vigia
principal da porta. À noite, o anjo da morte visitou o Egito para matar, em
cada casa, o primogênito. Mas, nos lares israelitas havia o sangue, e o anjo
passou por cima (Êxodo 12.1-13). Daí vem o significado da palavra
páscoa: "passar por cima".
Foi
nessa ocasião que Jesus instituiu a Ceia[10],
declarando que o pão e o vinho eram símbolos de seu corpo e de seu sangue (Lucas
22.17-21). A Ceia do Senhor foi instituída como um memorial[11],
com o fim de nos fazer recordar periodicamente seu sacrifício por nós.
2 – A
ressignificação da páscoa
Enquanto
na páscoa os judeus comemoravam a libertação de Israel da escravidão egípcia,
na Páscoa os cristãos relembram sua libertação da escravidão do pecado e da
morte eterna em Cristo Jesus (Mateus 26.26-28 e João 6.57,58).
Jesus foi o Cordeiro de Deus
que nos permitiu passar da morte para a vida, da condenação para a libertação (João 1.29). A páscoa para nós cristãos
tem um significado maior do que para os judeus. Ela é maior em seu alcance e em
sua obra.
A Ceia do Senhor é na
verdade uma ressignificação da páscoa e ao mesmo tempo uma memorização dessa
ressignificação pascoal.
3 – A
ressignificação do pão e do vinho
O sacrifício de Jesus é relembrado
na Ceia através de dois elementos materiais:
·
O pão que no Antigo Testamento simbolizava a pressa em
sair do Egito. Este passou a simbolizar o corpo de Cristo dado por nós - "Tomai
e comei; isto é o meu corpo...". O pão simboliza o alimento que sustenta a vida. Jesus é o alimento para
nossas vidas;
·
O vinho não fazia parte dos elementos da ceia judaica
no Êxodo. Somente mais tarde os judeus passaram a considerá-lo como um dos
elementos para celebração da páscoa. Nos tempos de Jesus o vinho já era presente
na celebração da páscoa e Jesus dá um significado a ele: "... isto é o
meu sangue, [...] derramado em favor de muitos, para remissão de pecados".
Ao
participar do pão e do vinho, o crente reafirma sua união[12]
com Cristo, e relembra que dele recebeu o perdão dos pecados pela fé no
sacrifício do Calvário.
A Ceia do Senhor apresenta uma mensagem em três tempos distintos:
·
Passado: Lembra
a morte de Cristo e relembra ao cristão a realidade e o valor da morte de
Cristo (1 Co 11.26).
· Presente: Anuncia e dramatiza a obra redentora de Jesus
Cristo, convocando a Igreja no cumprimento de seu dever (1 Co 11.23).
· Futuro: Exorta a Igreja a pensar na volta de Jesus,
quando passaremos para outra dimensão de vida. Os salvos participarão então das
Bodas do Cordeiro (Ap 19.7; 1 Co 11.26).
4 - Celebrar a Ceia é uma ordem do Senhor
Assim
como o batismo, celebrarmos a Ceia é uma ordem que recebemos de nosso Senhor
Jesus Cristo. O apóstolo Paulo relembra essa verdade por meio das palavras: "Fazei
isto em memória de mim".
5 - Quem pode ministrar
a celebração da Ceia?
Não
existe nenhuma ordem Bíblica de que somente o pastor pode celebrar a Ceia.
Devemos preservar a organização na Igreja, entretanto não devemos criar leis
que tirem a liberdade do Espírito. As Escrituras não apresentam um ensinamento
explicito sobre essa questão, de modo que compete a nós decidir quem é mais sábio
e adequado para ministrar a ceia do Senhor aos cristãos na igreja. Para que não
haja abusos na ceia do Senhor, normalmente o líder responsável recebe a honra e
a responsabilidade de ministrá-la, mas as Escrituras não exige que apenas os
pastores ordenados ou oficiais especiais sejam os únicos encarregados disso.
6 - A Ceia na
Igreja do primeiro século
A
Igreja na era dos apóstolos tinha o costume de reunir-se periodicamente, para
realizar a "festa do amor", ou "ágape", depois de cearem, de
se alimentarem, a Ceia do Senhor também era celebrada (1 Co 11.17-22).
Essa festa do amor era uma confraternização entre os irmãos, e a celebração da
Ceia, um memorial do sacrifício de Cristo. Paulo, porém, fez uma severa
repreensão[13]
àqueles crentes porque a "festa do amor" era marcada pelo egoísmo e pela
divisão existente entre eles. Participar do pão e do cálice era e é algo muito
sério, para todos. Veja 2 Pe 2.13 e Judas 12.
7 – Quem pode participar
da Ceia do Senhor?
Quem desejar! Todos são
convidados para tomar assento na mesa do Senhor.
32
Mas eu, quando for levantado da
terra, atrairei todos a mim. (João 12.32)
Jesus ao morrer na cruz
convidou todas as pessoas à salvação. Se ele atraiu todos Nele na cruz, porque
ele iria impedir que as pessoas tomassem assento em sua mesa?
Em 1 Timóteo 2.1-4 o apóstolo Paulo orienta o jovem pastor Timóteo a
orar e interceder por todos os homens e logo em seguida, afirma que a vontade
do nosso Deus é que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade,
portanto Jesus não colocaria empecilhos para que as pessoas não se aproximassem
de sua mesa, sendo que sua mesa é o anuncio visível de seu sacrifício, é o
evangelho pregado por meio dos dois elementos: o pão e o cálice.
26
Porque, sempre que comerem
deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele
venha. (1 Coríntios 11.26)
Impedir alguém de participar
da Ceia do Senhor é o mesmo que dizer a ela que a salvação oferecida por Jesus
não pertence a ela. Não temos esse direito!
Muitos defendem a ideia de
que somente os batizados nas águas podem participar da mesa do Senhor,
entretanto não existe base bíblica para essa afirmação. Dizer que Jesus celebrou
a Ceia somente com seus discípulos é ignorar a realidade de que Jesus ainda
estava ensinando-os para que mais tarde eles repetissem o mesmo ato. Jesus não
disse para eles que somente os batizados ou crentes poderiam participar da
mesa.
Não podemos também
desconsiderar que Jesus dividiu o pão com Judas o traidor.
23
Afirmou Jesus: "Aquele que
comeu comigo do mesmo prato há de me trair". (Mateus
26.23)
Se nem Judas, o traidor,
Jesus impediu de participar de sua mesa, qual o critério para impedirmos que
outros participem da mesa do Senhor?
8 - A Bíblia impõe
regras para participar da Ceia do Senhor?
Não existe nenhum versículo bíblico
com tal intencionalidade. Contudo ela orienta aos crentes que se examinem a si
mesmo antes de se alimentarem dos elementos da Ceia do Senhor. Quando a Bíblia
diz em 1 Co 11.28 “examine-se a si mesmo”, ela não está delegando autoridade a igreja com
o fim de que esta possa impedir que uma pessoa participe da ceia. Ela está
convidando cada pessoa a fazer uma autorreflexão com o fim de se corrigir e
participar da Ceia do Senhor com dignidade.
Comer e beber indignamente
significa comer e beber sem compreender o verdadeiro sentido da mesa do Senhor.
A mesa do Senhor é lugar de união, do encontro de todos os povos, onde todos se
tornam um só povo. Cristo nos uniu na cruz, nos tornando um só. Não pode mais existir
entre nós divisões de nenhuma ordem e espécie. Comer e beber rejeitando e
ferindo a quem Cristo uniu a Ele mesmo é comer indignamente. Portanto devemos
participar da Ceia com reverência, alegria e com um espírito de comunhão.
10. ORAÇÃO
“Oração é a comunicação com
Deus. É um diálogo entre duas pessoas que se amam mutuamente: Deus e o homem”
(Bill Bright)[14].
Deus está interessado em
tudo o que você faz. Assim sendo, Ele tem prazer na oração dos seus filhos,
daqueles que praticam a justiça.
8
O Senhor detesta o sacrifício
dos ímpios, mas a oração do justo o agrada. (Provérbios
15.8)
Assim como a Palavra de
Deus, a oração é um dos elementos básicos da vida cristã.
1 - Precisamos
aprender a orar como Jesus
1
Certo dia Jesus estava orando
em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse:
"Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele". (Lucas 11.1)
Os discípulos de Jesus,
assim como os religiosos dos dias de Jesus já possuíam o costume de fazer
orações. Por que então ele pede para que Jesus os ensinasse a orar? Certamente
havia algo de diferente na oração de Jesus que chamou a atenção deste
discípulo. Acredito que a forma como Jesus se relacionava com o Pai em suas
orações e a realidade de que suas orações eram imediatamente respondidas
despertou o interesse deste discípulo em orar como Jesus.
Jesus atendendo ao pedido de
seu discípulo o ensina a orar, apresentando a ele um modelo de oração. Esta
oração modelo recebeu o nome de “Pai Nosso”. Hoje não iremos nos aprofundar
nela, embora seu conteúdo seja esplêndido.
Obs.:
Você pode encontrar em nossa canal PIB ITAPEVI (YouTube) a série de mensagens
sobre a oração do Pai Nosso.
2 - Propósitos
da oração
Oramos com o fim de:
1.
Glorificar a Deus – A oração é uma forma de expressarmos
nossa adoração e reconhecimento da soberania de nosso Deus. Oramos com o fim de
realizarmos sua vontade e dessa forma glorifica-Lo. Salmos 22.23; 1 Co 6.20.
20 Vocês foram comprados por alto preço.
Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (1
Coríntios 6.20)
2.
Buscar em Deus auxílio para
nossas necessidades básicas – Reconhecimento de que Deus é o nosso provedor. Salmo 42.1-2; Salmos 63.1; Hb 4.16.
16 Assim sendo, aproximemo-nos do trono da
graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos
graça que nos ajude no momento da necessidade. (Hebreus
4.16)
3.
Obter respostas de Deus para
situações específicas – Reconhecimento de que Deus é poderoso para mudar nossas histórias ou
nos prover força para suportarmos as adversidades e sabedoria para nosso viver.
Mateus 7.7-8; Tg 1.5.
5 Se algum de vocês tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.
(Tiago 1.5)
4. Manter comunhão com Deus – A oração
nos ajuda a termos um coração sensível à voz de Deus. A oração é o lugar da
intimidade, do quebrantamento. Somente a oração consegue resolver o problema da
solidão interior e da inquietude da alma humana. Salmos 4.1; Mt 6.6.
6 Mas quando você orar, vá para seu quarto,
feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no
secreto, o recompensará. (Mateus 6.6)
5.
Obter vitória sobre as
tentações –
A oração nos ajuda, juntamente com a Palavra de Deus, a discernirmos os
caminhos de Deus e assim não cairmos diante as tentações. 13
não nos deixes cair em
tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para
sempre. Amém. (Mateus 6.13)
6.
Apresentar a Deus as nossas
preocupações
– A oração é o lugar para rasgarmos nossos corações a Deus e apresentarmos a
Ele o que nos aflige e tira o nosso sono.
6 Não andem ansiosos por coisa alguma, mas
em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos
a Deus. (Filipenses 4.6)
3 - Obstáculos
à Oração.
Diversos são os impedimentos
para que nossas orações sejam ouvidas e atendidas. Apontaremos alguns entre
eles:
·
Não pedir com fé – Orar sem fé é meio caminho
para não receber o que pediu a Deus. Mateus
21.22; Tiago 1.5-8.
22 E tudo o que pedirem em oração, se
crerem, vocês receberão. (Mateus 21.22)
·
Pedir com a motivação errada – Orar com uma motivação
errada é anunciar para Deus o que está dominando o seu coração. Tiago 4.3.
3 Quando pedem, não recebem, pois pedem por
motivos errados, para gastar em seus prazeres. (Tiago
4.3)
·
Pedir em desacordo com a
vontade de Deus – Orar em desacordo com a vontade de Deus é uma demonstração de que
seu coração não está alinhado com o coração de Deus. 1 João 5.14,15.
14 Esta é a confiança que temos ao nos
aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele
nos ouve. 15 E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos,
sabemos que temos o que dele pedimos. (1 João 5.14,15)
·
Pecados não confessados – Orar tendo pecados não
confessados demonstra ausência de reconhecimento de erros. Salmo 66.18; Provérbios 28.13; Isaías 59.2.
2 Mas as suas maldades separaram vocês do
seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não
os ouvirá. (Isaías 59.2)
·
Orar para agradar pessoas – Orar com o fim de
aparentar espiritualidade é uma busca por reconhecimento de homens e não obtém
aprovação de Deus. Mateus 6.6.
6 Mas quando você orar, vá para seu quarto,
feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no
secreto, o recompensará. (Mateus 6.6)
·
Problemas no casamento – Uma relação conjugal
problemática, pode se tornar um empecilho para a oração. Imagine uma esposa orando
a Deus carregando em seu coração o sentimento de ser oprimida por seu marido.
Como a oração deste marido chegará a Deus? 1
Pedro 3.7.
7 Do mesmo modo vocês, maridos, sejam
sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil
e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as
suas orações. (1 Pedro 3.7)
4 – Como
devemos orar?
Ao orarmos devemos
considerar alguns princípios:
·
Orar em nome de Jesus – Orar em nome de Jesus
significa orar alinhado com a vontade de Jesus, submisso ao seu Senhorio. Não é
necessariamente terminar a oração dizendo “em nome de Jesus”. Você pode
terminar sua oração dizendo “em nome de Jesus” e não estar alinhado com a
vontade de Jesus. João 14.13,14; 16.23,24.
13 E eu farei o que vocês pedirem em meu
nome, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. (João
14.13,14)
·
Orar confiando na
intercessão do Espírito Santo - Não conhecemos plenamente a vontade de Deus e
também não conseguimos muitas vezes expressarmos o que sentimos no mais
profundo do nosso ser, contudo o Espírito de Deus nos ajuda intercedendo por
nós. Romanos 8.26.
26 Da mesma forma o Espírito nos ajuda em
nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede
por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele
que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito
intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus. (Romanos 8.26,27)
O Espírito nos
ajuda em nossa fraqueza (singular), não em nossas fraquezas (doenças, finanças,
etc.). O texto se refere ao nosso estado de fraqueza por causa do pecado. Ele
nos ajuda intercedendo por nós (pedindo em nosso favor). Ele faz isso porque
não sabemos como orar.
o Não sabemos as coisas convenientes a pedir - Não sabemos a
vontade de Deus plenamente, a não ser aquilo que a Bíblia nos informou. Ex.: O
missionário está sendo perseguido pelas autoridades do país onde se encontra.
Oramos para Deus livrá-lo destas autoridades? Entretanto pode ser que o
propósito de Deus é que o missionário seja um mártir neste lugar (Apocalipse 6.11).
·
Orar com fé – Aquele que ora deve crer em
Deus. A oração é um espaço que Deus
criou para dialogarmos com Ele, o Criador e fonte de toda sabedoria. Hebreus 11.6
6 Sem fé é impossível agradar a Deus, pois
quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que
o buscam. (Hebreus 11.6)
·
Orar confiando no amor de
Deus – Quando
você estiver orando tenha a certeza de que Deus está pronto para te dar o melhor.
Deus não é um juiz iniquo e nem um pai com um amor falho, Nele você pode
confiar. Lucas 11.5-13; 18.1-8.
·
Orar com sinceridade – Orar sem encobrir seus
sentimentos, sem máscara. Orar no quarto onde você possa se revelar intimamente
a Deus. Hebreus 10.22.
22 Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com
um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos
para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados
com água pura. (Hebreus 10.22)
·
Orar não usando de repetições
vazias –
Não são as muitas repetições que farão Deus ouvir sua voz e sensibilizar com
seu pedido. Deus busca orações sinceras, orações que brotam do coração e não
repetições vazias de vida. Mateus 6.7.
7 E quando orarem, não fiquem sempre
repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito
falarem serão ouvidos. (Mateus 6.7)
11. IGREJA.
Uma
das figuras mais usadas no Novo Testamento para a igreja é que ela é o corpo de
Cristo. A igreja ocupa um lugar fundamental no plano de Deus. Quando falamos de
igreja, não estamos nos referindo ao prédio (este serve apenas de abrigo) feito
de tijolos, madeira ou outra coisa qualquer. Igreja refere-se a pessoas, povo
de Deus. Todas as pessoas nascidas de novo devem participar ativamente de uma
igreja.
1 - O que é a
Igreja?
·
Em português o vocábulo “igreja” se deriva do latim ecclesia, que
por sua vez vem do grego ekklesia (reunião ou assembléia). Literalmente
a palavra significa “chamados para fora”. Portanto igreja são aqueles que Deus
em Cristo Jesus chama para fora do mundo, chama para ser seu povo. A palavra se
origina da preposição “ek” + “klesia” que se origina da expressão “kaleo” que
significa “chamar”.
· Igreja é uma instituição divina – Idealizada por Deus
e instituída por Jesus – Mateus 16.18; Efésios
2.20, 1 Tessalonicenses 1.1.
18 E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão
vencê-la. (Mateus 16.18)
·
No Novo Testamento, igreja sempre significa uma congregação local de
cristãos, e jamais um edifício. É a comunidade espiritual formada de todos os
cristãos verdadeiros – 1 Coríntios
1.1,2; Hebreus 12.22,23.
1 Paulo, chamado para ser apóstolo de
Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2
à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e
chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam
o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: (1 Coríntios 1.1,2)
·
É uma comunidade local formada de pessoas regeneradas por Cristo, que
experimentaram o novo nascimento - 1 Coríntios
1.2; Efésios 1.1.
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela
vontade de Deus, aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso: (Efésios 1.1)
·
É o corpo de Cristo presente no mundo, isto significa que ela é
extensão do ministério de Cristo na terra - 1 Coríntios 12.12-27; Colossenses 1.24.
24 Agora me alegro em meus sofrimentos por
vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do
seu corpo, que é a igreja. (Colossenses 1.24)
·
Outros símbolos usados para a igreja que revelam a sua natureza:
o Edifício - Efésios 2.19-22.
o Casa - Hebreus 3.6; 1 Pedro 2.5.
o Lavoura - 1 Coríntios 3.9.
o Corpo – Romanos 12.5; 1 Coríntios 12.27.
2 - Características
da Verdadeira Igreja de Cristo
Os seguintes fatos
caracterizam a igreja do Novo Testamento:
·
Reconhecimento de Cristo como a cabeça do corpo - Efésios 1.22.
·
Pregação de Cristo como único Salvador e Senhor - 1 Coríntios 2.1,2; 1 Pedro 2.9.
·
Os seus membros vivem em comunhão e amor - João 13.34,35.
·
Crescimento em qualidade (santificação). Seus membros devem crescer
espiritualmente e se tornarem crentes maduros – Efésios 4.14,15.
·
Ensino fundamentado na Bíblia - Colossenses
1.28 e Atos 20.27.
o A Bíblia é a única
autoridade e norma de conduta. Tradições, outros livros “revelados”, visões,
não entram em cogitação.
·
Perseverança na oração – Orando pelo Reino de Deus e pelas nações. Atos 2.42.
·
Prática do serviço mútuo entre seus membros - Gálatas 6.2 e Filipenses 2.3,4.
·
Atua com zelo na evangelização e na tarefa de fazer discípulos em todo o
mundo - Atos 1.8; 2 Timóteo 2.2. Essa
evangelização resultará em crescimento da igreja espiritual, mas pode resultar
em perseguição da igreja local.
·
Zela pelo cumprimento das ordenanças de Jesus: Batismo e Ceia – Mateus 28.19; 1 Coríntios 11.23-28.
3 – Qual é o Propósito de Uma Igreja
Local?
A Igreja possui diversos propósitos que têm um único
objetivo: Glorificar a Deus. Vejamos alguns destes propósitos:
·
Adoração –
Levar o povo a estar mais perto de Deus – João
4.23.
·
Discipulado
– Ensinar ao povo sobre Deus, seus princípios e sua vontade para a vida do
homem – Mateus 28.19,20.
·
Comunhão –
Promover entre o povo maior amor mútuo – Atos
2.44.
·
Serviço (no
grego diaconia) – Incentivar o povo a servir a Deus com seus dons e talentos – Romanos 12.6-8.
·
Evangelização
– Alcançar aqueles que não conhecem a Jesus Cristo – Marcos 16.15.
4 – Quais São os Benefícios de Ser um
Membro de Uma Igreja Local?
·
Isto te
identifica como um verdadeiro cristão. (Ef
2.19; Rm 12.15).
·
Dá a você uma
família espiritual para apoiá-lo e encorajá-lo em seu caminhar com Cristo (Gl 6.1,2; Hb 10.24,25).
·
Dá a você um
lugar para descobrir os seus dons e usá-los dentro do ministério que Jesus
Cristo designou a você (1 Co 12.4-27).
·
Coloca você sob o
cuidado espiritual de líderes que seguem a Deus (Hb 13.7; At 20.28,29).
·
Dá a você a
consciência da necessidade de crescer (Ef
5.21).
Conclusão
Pelas razões expostas acima,
não deixemos de participar ativamente da vida da igreja.
25
Não deixemos de reunir-nos como
igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda
mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Hebreus
10.25)
Para estudo e
meditação.
1. Para você, igreja ( )
é o prédio ( ) são as pessoas ( )
são ambas as coisas.
(Confira sua resposta com os
seguintes textos: 1 Coríntios 3.9 e Hebreus 3.6).
2. Em I Pedro 2.9, as expressões: raça
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, referem-se
à igreja. Qual é, pois, a missão da igreja neste mundo?
3. De acordo
com Mateus 28.18-20, o alvo da
igreja - embora não apareça no texto - é “fazer discípulos de Cristo”. Como nós
podemos fazer discípulos de Cristo?
4. As cartas
do Novo Testamento foram, em sua maioria, escritas a igrejas. Leia
atenciosamente I Tessalonicenses 5 e
descubra pelo menos 10 ordens que devem ser obedecidas pelos membros do corpo
de Cristo e como elas podem ser colocadas em prática.
Ordens |
Como colocá-las em prática |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
____________________________________ |
Para memorizar.
1
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da
vocação a que fostes chamados, 2 com toda
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 esforçando-vos diligentemente por preservar a
unidade do Espírito no vínculo da paz. (Efésios 4.1-3)
Para praticar.
- Procure envolver-se
ativamente na tarefa de fazer discípulos de Cristo.
- Pense em meios práticos
de desenvolver a comunhão com seus irmãos em Cristo. Lembre-se que a
igreja é a família de Deus; é o corpo de Cristo presente no mundo; é o
povo de Deus. Isso significa que não podemos viver a vida cristã sozinhos.
12. O PERDÃO
DE DEUS.
Uma das maravilhosas
promessas de Deus que encontramos na Bíblia é do perdão dos pecados. Verifique
o que diz 1 João 1.7.
7
Se, porém, andamos na luz, como
ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu
Filho, nos purifica de todo pecado. (1 João 1.7)
Perdão é como se Deus
apagasse todos os nossos pecados escritos numa folha e nos devolvesse essa
folha em branco. Mas, e quanto aos pecados que cometemos antes da conversão? E quanto
aos que cometemos depois? Como é que fica a nossa situação? Creio que Efésios 2.1-9 nos ajuda a resolver a
questão.
1
Vocês estavam mortos em suas
transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam
viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar,
o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente,
todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne,
seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza
merecedores da ira. 4 Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande
amor com que nos amou, 5 deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda
estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. (Efésios 2.1-5)
1 – Diferenciando
“Pecado” dos “Pecados”
1.1 - Pecado
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos
pecaram. (Romanos 5.12)
6 Sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso
velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado
como escravos. (Romanos 6.6)
Estes
dois textos falam sobre o “pecado” – este pecado é uma lei que opera em todo o
cosmo (mundo) criando uma desordem no cosmo. O homem está preso a esta lei
assim como o mundo está preso (Rm 8:19-23). Todo o cosmo aguarda a redenção
realizada em Cristo.
1.2 - Pecados
Estes
são consequência do pecado. Estamos presos à lei do pecado e por isso cometemos
pecados (erros).
19
Ora, as obras da carne são
manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; 20 idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira,
egoísmo, dissensões, facções 21
e inveja; embriaguez, orgias e coisas
semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas
coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5.19-21)
2 - A Nossa Situação
Antes da Conversão - Efésios 2.1-3.
Estes versículos descrevem a
vida da pessoa sem Cristo:
·
“Éramos por natureza filhos
da ira, como também os demais” - (v.3).
o Todos nós temos uma natureza
pecaminosa e cometemos pecado - Salmos
51.5; 58.3 e Romanos 3.10-23.
·
Todos estão mortos nos
delitos e pecados - (v.1).
o Delito significa
transgressão aos princípios de Deus.
o Pecados é não atingir o
padrão exigido por Deus.
·
O procedimento da pessoa sem
Cristo é determinado (vs.1-3)
o
Pelos Padrões do mundo (sistema mundial funcionando contra tudo o que é
verdadeiro em Cristo);
o
Pelo príncipe da potestade do ar (o diabo) o espírito que atua nos
filhos da desobediência;
o
Pelas inclinações da carne (princípio pecaminoso que opera em nós) e
dos pensamentos (influenciados pelas inclinações da carne). Tais inclinações e
pensamentos produzem uma vida centralizada em si mesmo e independente de Deus. O
fruto produzido por este tipo de vida está descrito na carta escrita por Paulo
aos Gálatas 5.19-21.
3 - O Que Acontece
na Conversão?
·
A conversão acontece quando o homem se arrepende dos seus pecados e
pela fé aceita aquilo que Deus fez em Cristo por ele.
·
A nova vida é concedida por causa da misericórdia, amor e graça de Deus
(vs.4,5).
·
As boas obras não valem nada para a salvação. Conforme descrito nos
versos de 1 a 3, não podemos fazer nada de bom. Qualquer bem que façamos é
manifestação da graça de Deus por meio de nós (vs.8,9).
·
Deus nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais (vs.6,7). Isso implica que:
A.
Temos uma nova vida - 2
Coríntios 5.17. O passado ficou para trás. Não importa o que fomos, mas sim
o que somos - 1 Coríntios 6.9-11.
B.
Todos os nossos pecados foram perdoados - Jeremias 31.34 e Salmos 103.12.
C.
Temos uma nova posição em Cristo: somos filhos de Deus (João 1.12) e não mais filhos do diabo (João 8.44).
4 - A Vida Depois
da Conversão
10
Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de
antemão para que nós as praticássemos. (Efésios 2.10)
·
Somos criação ou feitura de Deus (no original a palavra é poema).
·
A vida nova é caracterizada por boas obras. Chamamos de boas obras ou
obras de justiça tudo que fazemos em Cristo.
·
Outras características da nova vida:
o É eterna - João 3.16.
o É vitoriosa - 1 João 3.8.
o É garantida por Deus - Tito 1.2.
o É abundante (vale a pena ser
vivida) - João 10.10.
o É selada com o Espírito
Santo - Efésios 1.13-14 e 4.30.
o É de dificuldades - Mateus 10.38 e João 16.33.
o Tem a presença de Jesus - Mateus 28.18-20.
o É de obediência total a
Cristo - João 14.21.
o É caracterizado pelo fruto
do Espírito - Gálatas 5.22,23.
·
E a questão dos pecados como
é que fica?
Antes da conversão, conforme
vimos, nossos pecados foram perdoados, apagados pelo sangue de Cristo.
Entretanto, há coisas no passado que precisam ser acertadas, tais como:
o Dívidas – Não devemos ficar devendo nada a ninguém - Lucas 19.1-10 e Romanos 13.8.
o Ídolos
- Toda adoração a outro ser ou objeto que não seja Deus precisa ser abandonada
- Deuteronômio 5.8.
o Envolvimentos com obras ocultas e demoníacas – Todo envolvimento com obras
ocultas e demoníacas precisam ser abandonados - Atos 19.18,19.
o Pedir perdão a quem ofendeu – É importante acertar a sua vida com as pessoas que
você ofendeu para manter a consciência limpa e dar um bom testemunho - 1 Timóteo 1.18-20.
o Perdoar aqueles que lhe tem ofendido – É importante perdoar a quem
lhe tem ofendido, pois aquele que conhece a graça de Deus deve demonstrar essa
graça a quem lhe ofendeu. O perdão também evita de guardarmos rancor – Efésios 4.31,32.
- E como lidamos com o pecado depois da conversão?
Continuamos
convivendo com nossa natureza pecaminosa (Gálatas
5.16,17), por isso trava-se uma batalha espiritual dentro de nós. O pecado
(a natureza velha ou pecaminosa) não deve mais reinar sobre nós - Romanos 6.12. O plano de Deus é que não
pequemos mais. Se, porém, pecarmos, o que fazer?
§
Arrepender-se do pecado
cometido - Apocalipse 2.5.
§
Confessar o pecado a Deus - 1 João 1.9.
§
Abandonar o pecado - Provérbios 28.13.
§
Acertar com as pessoas que porventura
foram ofendidas - Rm 12.17,18.
Conclusão
Jesus carregou na cruz as
nossas doenças, dores, transgressões e pecados (Isaías 53.4,5). Toda honra e glória damos a Jesus Cristo.
Para estudo e
meditação.
1. Dê a sua definição de perdão.
2. Qual é a
base que temos para o perdão dos nossos pecados? Mateus 26.28; Efésios 1.7; 1 João 1.7?
3. Após a
conversão, cessamos automaticamente de pecar?
( ) Sim ( )
Não
Por que?
Confira a sua resposta com 1 João 1.8-10; 2.1.
4. Após a
conversão, o pecado é uma coisa praticada habitualmente.
( )
Sim ( ) Não
Confira
a sua resposta com Romanos 6.14 e 1 João 3.9.
5. Quais são
algumas consequências de pecados não confessados?
Provérbios 28.13
2 Pedro 3.7
6. O que
devemos fazer para que Deus nos perdoe? 1
João 1.9
7. A quem devemos confessar os nossos pecados? Salmo 32.5
8. Além de confessar os pecados, o que devemos
fazer? Provérbios 28.13
9. Se já
experimentamos o perdão de Deus, qual deve ser a nossa atitude para com outras
pessoas? Efésios 4.32
10. Se não perdoamos aos outros, qual será o
resultado em nossa vida? Mateus 6.15
11. Leia Hebreus
12.14,15 e responda às seguintes perguntas:
a)
Qual a ordem de Deus quanto ao nosso relacionamento com outras pessoas?
b) Qual é caminho para
vermos o Senhor?
c)
Dê a sua definição de santificação.
d)
O que a amargura faz?
- a
nós
-
aos outros
Em
sua opinião, a amargura é o resultado do que?
12. O que a pessoa amargurada deve fazer? Efésios 4.32
Nota: a maneira de jogar fora a amargura é confessar
este pecado a Deus (1 João 1.9),
perdoar a pessoa contra a qual estávamos amargurados e passar a amá-la. Como
fazer isso? Só no poder de Jesus Cristo que agora vive a Sua vida em nós (Gálatas 2.20).
13. Há algumas pessoas que você não consegue
perdoar? ( ) Sim
( ) Não
14. Se você respondeu sim, você está disposto
a pedir a misericórdia de Deus para que Ele lhe dê poder e capacidade para
perdoar?
( ) Sim (
) Não
Se
respondeu sim, você quer fazer isso agora mesmo?
Para praticar.
1. Escreva
numa folha de papel os pecados ainda não confessados. Confesse-os a Deus e
escreva sobre a folha: “Cobertos com o sangue de Jesus”. Após isso, queime a
folha e agradeça a Deus pelo seu perdão.
2. Se você
fez o que está no item 14, dirija-se à pessoa com quem você estava amargurado e
perdoe-lhe. Não faça críticas, não discuta, nem argumente. Simplesmente diga o
seguinte: “Eu estava amargurado com você, mas Deus limpou o meu coração”. Pela
graça de Deus, procure demonstrar esse perdão através de sua vida: atitudes,
comportamento, palavras, etc.
13. O ESPÍRITO
SANTO.
Somos salvos quando nos
arrependemos dos pecados e pela fé nos entregamos a Jesus Cristo. Passamos a
ter uma nova vida. Nos tornamos santuário de Deus.
16
Vocês não sabem que são
santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? 17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o
destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado. (1 Coríntios 3.16,17)
O Espírito Santo agora
habita em nós. Neste estudo queremos conhecer um pouco mais a respeito do
Espírito Santo e como Ele age em nós.
1 - Quem é o
Espírito Santo?
·
É uma pessoa, assim como Jesus e o Pai.
26 Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que
o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo
o que eu lhes disse. (João 14.26)
·
É Deus, assim como Jesus e o Pai.
3 Então perguntou Pedro: "Ananias,
como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir
ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela
propriedade? 4 Ela não lhe
pertencia? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o
levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a
Deus". (Atos 5.3,4)
·
É a terceira pessoa da Trindade.
16 Assim que Jesus foi batizado, saiu da
água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo
como pomba e pousando sobre ele. 17 Então uma voz dos
céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado". (Mateus 3.16,17)
Obs.: A Bíblia usa também outros nomes para o Espírito
Santo: Espírito de Deus (1 Coríntios 3.16);
Espírito de Cristo (Romanos 8.9);
Espírito da vida (Romanos 8.2);
Espírito da Verdade (João 16.13);
Espírito da Graça (Hebreus 10.29);
Espírito da Promessa (Efésios 1.13);
Consolador (João 14.16; 16.7).
2 - As
atuações do Espírito Santo.
Há algumas coisas, conforme
veremos que são atribuídas especificamente ao Espírito Santo: inspiração da
Bíblia, glorificar Jesus, etc. Outras são atribuídas especialmente a Jesus:
redenção do homem mediante a sua morte, vir uma segunda vez, etc. Outras coisas
são atribuídas ao Pai: enviar Jesus, etc. Há outros fatos que são atribuídos
aos três indistintamente: habitar nas pessoas, conceder dons aos crentes, etc.
Deus é um só. Ele age,
entretanto, através de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é um dos
mistérios de Deus. É difícil entender com a nossa mente finita. Muitas heresias
têm surgido porque o homem tem tentado racionalizar esse fato. Deus é uma
unidade perfeita. O Pai trabalha em conformidade com o Filho e com o Espírito
Santo e vice-versa.
Quando lidamos com uma
pessoa da Trindade Santíssima, necessariamente lidamos com as demais. Há uma
interdependência entre os três. Quando estudamos sobre o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, estamos estudando sobre Deus diretamente. Conhecendo o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, conhecemos a Deus. Peçamos a misericórdia de Deus
para entendermos essas verdades profundas. O que faz o Espírito Santo em
conformidade com o Pai e o Filho?
·
Convence os homens do pecado, da justiça e do juízo - João 16.8-11.
·
Regenera os homens - João 3.5.
·
Sela cada crente em Cristo - Efésios
1.13; 4.30.
·
É o penhor da herança que todo crente receberá - Efésios 1.14 e 2 Coríntios 5.5.
·
Habita em toda a pessoa nascida de novo - 1 Coríntios 3.16 e 1 João 4.13.
Ele veio para estar em nós - João 14.17.
·
Guia todo o crente a verdade - Romanos
8.14 e João 16.13.
·
Ensina todas as coisas - João
14.26.
·
O Espírito Santo inspirou os homens para que escrevessem as Escrituras
- 2 Pedro 1.20-21.
·
Ele nos ilumina para que entendamos as verdades inspiradas e reveladas
na Bíblia.
·
Lembra às pessoas salvas as palavras de Jesus - João 14.26.
·
Concede poder a todo o cristão para viver vitoriosamente e testemunhar
de Cristo - Gálatas 5.16; Atos 1.8.
·
Constitui pastores sobre a igreja - Atos 20.28.
·
Dirige a igreja - Atos 13.2.
·
Concede dons aos crentes - 1
Coríntios 12.11.
·
Glorificar a Jesus e não homens - João
16.14. Ele veio para “substituir” Jesus - João 16.7.
·
Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus - Romanos 8.16.
3 - Atitudes
Pessoais em relação ao Espírito Santo
·
Negativas
o Resisti-lo - Atos 7.51.
o Apagá-lo - 1 Ts 5.19. A falta de submissão apaga o
Espírito em nós.
o Mentir para Ele - Atos 5.3.
o Tentá-lo - Atos 5.9.
o Entristecê-lo - Efésios 4.30.
O que o entristece? As
coisas mencionadas no contexto: amargura, cólera, ira, gritaria, blasfêmias,
malícia, falta de perdão, deixar de amar as pessoas, etc.
·
Positivas
o Ser cheio do Espírito Santo
- Efésios 5.18.
o Andar no Espírito - Gálatas 5.16.
o Ser guiado pelo Espírito - Romanos 8.14.
o Ser submisso a Cristo - Gálatas 2.20.
4 - Como ser
cheio do Espírito Santo e viver na sua plenitude?
·
Ser nascido de novo - João 3.6.
Tudo começa com o novo nascimento. O homem natural não entende as coisas do
Espírito de Deus - 1 Coríntios 2.14.
·
Confessar os pecados a Deus e ter convicção do Seu perdão - 1 João 1.9.
·
Manter sempre o coração puro, a consciência limpa e a fé não fingida - 1 Timóteo 1.5.
·
Submeter sua vontade ao Senhorio de Jesus e ao controle do Espírito
Santo.
o O pecado não deve ter
domínio sobre você - Romanos 6.12-14.
o A ordem de Deus é que
sejamos cheios do Espírito Santo - Efésios
5.18 e que andemos no Espírito - Gálatas
5.16.
o É, pois, da vontade de Deus
que sejamos cheios, controlados pelo Espírito Santo. Assim sendo, devemos
submeter a nossa vontade a Ele e pedir que Ele nos encha constantemente com Seu
Espírito.
5 - Quais são
os resultados de uma vida controlada pelo Espírito Santo?
·
A produção do fruto do Espírito - Gálatas
5.22,23.
·
Uma vida ajustada nos seus relacionamentos (estes relacionamentos estão
no contexto de Efésios 5.18).
o Com Deus - louvor, adoração
e gratidão - Efésios 5.18,19.
o Consigo mesmo - andar prudente,
paz interior, propósito na vida e busca constante da vontade de Deus, conforme
reveladas em Sua Palavra - Efésios 5.15-18.
o Com a família - atitudes corretas
na família - Efésios 5.22-6.4.
o Com a igreja - comunhão no
corpo de Cristo, “Submetendo-se uns aos outros no temor de Cristo” Efésios 5.21. Vivendo em sinceridade
porque somos membros uns dos outros - Efésios
4.25.
o Com o mundo - vida exemplar
no trabalho - Efésios 6.5-9;
Testemunho vivo de Jesus - Efésios 6.19,20;
Vitória sobre o inimigo - Efésios 6.10-20.
Obs.: Quando a pessoa está sendo controlada pelo Espírito
Santo e sua vida está produzindo o fruto do Espírito e seus relacionamentos
estão ajustados, aí ela poderá exercer um ministério no Reino de Deus. Paulo
escrevendo a Timóteo, em 2 Timóteo 2.1-2,
diz que antes que ele realizasse o ministério, isto é, passasse para outros o
que tinha recebido, ele deveria ser forte na graça de Deus. Em outras palavras,
podemos dizer: primeiro a vida ajustada e depois o ministério.
Conclusão.
Se você já nasceu de novo
submeta a sua vida ao controle do Espírito Santo para que Ele produza em você e
através de você, o Seu fruto.
Para estudo e
meditação.
1. O Espírito
Santo é ( ) uma força ( )
uma pessoa ( ) um poder inexplicável.
(Confira a sua resposta com João 16.7,8,13).
2. O Espírito
Santo é Deus, assim como Jesus e o Pai. (
) concordo ( ) discordo
( ) não sei.
3. Segundo os
textos abaixo:
a) João 14.6. Jesus é o caminho, a ,
e a vida.
b) João 16.13. O Espírito Santo é o Espírito da .
c) João 17.17. A Palavra de Deus é a .
d) Tito 1.2.
Deus não pode .
Portanto, Ele é a .
e) Romanos 2.2.
O juízo de Deus é segundo a .
4. Podemos
dizer que há uma unidade perfeita entre o Pai, o Filho, o Espírito Santo e a
Palavra de Deus e que um não contradiz o outro.
( )
Sim (
) Não Por que? .
5. Às vezes,
a Bíblia diz uma coisa e o Espírito Santo diz outra.
( )
concordo ( ) discordo
6. Obedecer
ao Espírito Santo e ser submisso a Jesus Cristo é a mesma coisa?
( )
Sim (
) Não Por que? .
7. A maneira
como eu trato a (o) minha (meu) esposa (o) está diretamente ligada com meu
relacionamento com o Espírito Santo.
( )
Sim (
) Não Por que? .
8. Quais são
as coisas que caracterizam a vida controlada pelo Espírito Santo e a vida
controlada pela carne (Princípio dinâmico pecaminoso que opera em nós)? - Gálatas 5.19-23.
Vida controlada pelo Espírito Santo |
Vida controlada pela carne |
1.___________________________________ |
1.___________________________________ |
2.___________________________________ |
2.___________________________________ |
3.___________________________________ |
3.___________________________________ |
4.___________________________________ |
4.___________________________________ |
5.___________________________________ |
5.___________________________________ |
6.___________________________________ |
6.___________________________________ |
7.___________________________________ |
7.___________________________________ |
8.___________________________________ |
8.___________________________________ |
9.___________________________________ |
9.__________________________________ |
10.__________________________________ |
10.__________________________________ |
11.__________________________________ |
11.__________________________________ |
12.__________________________________ |
12.__________________________________ |
13.__________________________________ |
13.__________________________________ |
14.__________________________________ |
14.__________________________________ |
14. DÍZIMOS E OFERTAS
1 - O Que é o Dízimo?
Como a própria palavra sugere, o dízimo é a décima
parte de alguma coisa. Ao falarmos em dízimo, não estamos nos referindo a um
valor qualquer, mas sobre a "décima parte" de alguma coisa.
Exemplificando: Ao dividirmos um bolo em dez fatias iguais, o dízimo desse bolo
será uma fatia, se o dividirmos em vinte fatias, o dízimo será duas fatias, e
assim sucessivamente. Para que não haja equívocos quanto ao cálculo, o
procedimento é muito simples: basta dividirmos o total dos ganhos por dez, e o
resultado dessa conta será o dízimo. Portanto, dízimo é exatamente a décima
parte de nossos rendimentos.
2 – Por Que o Dízimo Pertence
ao Senhor?
A Bíblia afirma que o dízimo é santo. O termo santo significa "separado", neste
caso, separado para Deus. Sendo assim, o dízimo era a décima parte dos
rendimentos do povo de Israel separados "exclusivamente" para Deus.
Portanto pertencia ao Senhor e não a eles.
32 No tocante às dízimas do gado e do
rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo
ao SENHOR. (Levítico 27.32)
O próprio Deus tratava os dízimos, e
também as ofertas, como pertencentes a Ele, de tal forma que afirmou que o povo
lhe roubava ao não entregar os dízimos e as ofertas a Ele.
8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me
roubais e dizeis: “Em que te roubamos?” Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque
a mim me roubais, vós, a nação toda. ( Malaquias 3.8-9)
3 – Qual Era a Finalidade do
Dízimo no Antigo Testamento?
O dízimo era uma exigência dada ao povo de Deus no
Antigo Testamento com o fim de sustentar a tribo de Levi que era responsável
pelo exercício sacerdotal, pela limpeza do templo e dos utensílios usados no
serviço sacerdotal, pela manutenção do templo e outras tarefas referentes à Casa
de Deus, como montar e desmontar a tenda do tabernáculo.
Os levitas por terem sido separados para o serviço na
Casa de Deus não receberam herança territorial na divisão das terras de Canaã.
Por não terem terras, não podiam plantar e colher. Eles viviam somente para o
serviço de Deus.
24 Em vez disso, dou como herança aos
levitas os dízimos que os israelitas apresentarem como contribuição ao Senhor.
É por isso que eu disse que eles não teriam herança alguma entre os israelitas.
(Números 18.24)
Não tendo os levitas terra, eles eram
mantidos com os dízimos e ofertas. Por isso todos os dízimos deviam ser
trazidos à Casa de Deus.
10a
Tragam o dízimo todo ao
depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. (Malaquias 3.10a)
Os dízimos eram entregues em forma de
alimentos ou moedas, conforme podemos ler em Deuteronômio 14.24,25. Os sacerdotes distribuíam os alimentos e as
moedas que eram trazidos com os demais membros da descendência de Levi. Os
dízimos eram usados para manutenção do templo e também manutenção das casas dos
levitas e dos próprios levitas, como compra de roupas novas, alimentos, etc.
4 – Características
Referentes aos Dízimos no Antigo Testamento
- O Dízimo era entregue anualmente – Nos
tempos bíblicos o povo de Israel levava seus dízimos uma vez ao ano no
local em que Deus escolheu como habitação do seu nome (Jerusalém). Isso se
devia ao fato de muitos deles morarem longe da cidade escolhida por Deus.
Naquele tempo não existia “pix” e nem transportes motorizados. Os judeus
iam ao templo uma vez por ano.
22 Separem o dízimo de tudo o que a terra
produzir anualmente. (Deuteronômio 14.22)
- Uma
parte do dízimo era usada para a família festejar – Ao chegarem no local escolhido por Deus, a
família podia retirar uma parte do dízimo para celebrar as bênçãos de Deus
e se alegrar na presença de Deus.
23 Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e
do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o
seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome, para que
aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus. [...] 26b
Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença
do Senhor, o seu Deus. (Deuteronômio 14.23, 26b)
- O
dízimo podia ser dado em dinheiro ou prata – Quando o dizimista morava longe de Jerusalém,
ele podia vender o dízimo do Senhor ou trocá-lo por prata ou dinheiro.
24 Mas, se o local for longe demais e vocês
tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Deus, e não puderem carregar o
dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe
demais, 25 troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local
que o Senhor, o seu Deus, tiver escolhido. (Deuteronômio
14.24,25)
- O
dízimo devia ser entregue para o sustento dos levitas – Os dizimistas retiravam uma pequena parte do
dízimo para festejarem em culto familiar e o restante era entregue aos
levitas com o fim de sustentá-los.
27 E nunca se esqueçam dos levitas que vivem
em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias. (Deuteronômio 14.27)
- No
final de cada três anos o dízimo não era levado a Jerusalém – No final de cada três anos o dízimo era
armazenado na própria cidade e usado para servir aos levitas e as demais
pessoas que não possuíam herança no meio do povo ou condições de se
manterem.
28 Ao final de cada três anos, tragam todos
os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, 29 para que os levitas, que não possuem propriedade nem
herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade
venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Deus, o abençoe em todo o
trabalho das suas mãos. (Deuteronômio 14.28,29)
5 – Qual a Diferença Entre
Dízimos e Ofertas?
O dízimo é diferente em sua essência da
oferta. Ele possuiu um propósito diferente da oferta. O dízimo foi estabelecido
por Deus com o fim de suprir as necessidades dos levitas e manter o templo. As
ofertas eram voluntárias e eram dadas como expressão de amor e gratidão a Deus,
embora também fossem usadas para sustentar os levitas.
Em algumas ocasiões ofertas eram
solicitadas ao povo com um propósito especifico, e quando isto era feito, todo
o povo deveria contribuir liberalmente. Essas eram oportunidades do povo
expressar seu amor e gratidão a Deus.
Podemos dizer que o dízimo e as ofertas se
diferenciam basicamente no fato de que:
- O dízimo era a entrega
a Deus de dez por cento do salário, enquanto a oferta era qualquer coisa
além do dízimo.
- O dízimo no A.T. era
um dever que trazia a promessa de proteção contra o devorador, enquanto a
oferta era uma doação em amor a Deus e aos pobres que demonstrava
generosidade e desapego material.
- O dízimo mostra fidelidade
a Deus; a oferta mostra o nosso amor e desprendimento para com Deus e com
o próximo.
11 Por vossa causa, repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não
será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos- (Malaquias 3:11)
9
Honre o Senhor com todos os
seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus
barris transbordarão de vinho. (Provérbios 3.9,10)
6 – Jesus Era Dizimista?
Sim! Ele disse que veio cumprir a lei,
logo ele era dizimista. Jesus também orientou os judeus de seus dias a darem o
dízimo juntamente com os demais preceitos da lei.
23 “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e
a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23)
7 – O Novo Testamento Nos
Ensina a Entregar o Dízimo?
O Novo Testamento não diz muito sobre o dízimo. Ele
não proíbe o dízimo em lugar algum. A única referência sobre os dízimos é feita
por Jesus quando repreendeu os líderes religiosos de sua época. Não por darem o
dízimo! Mas por não obedecerem às outras leis de Deus também. A repreensão é
porque davam o dízimo, mas não eram misericordiosos.
Jesus e os apóstolos não impuseram o dízimo. Não
existe nenhuma orientação referente ao dízimo. O Novo Testamento não tem
nenhuma afirmação que ordene os irmãos a darem o dízimo. No entanto, tem muito
para nos dizer sobre ofertar para Deus.
· O Novo Testamento não fala mais de dízimos, mas assume
que todo cristão vai querer contribuir com tudo que puder, por isso fala
somente de ofertas.
· Quando olhamos para a igreja primitiva, vemos que não
havia polêmica sobre o dízimo. Por quê? Porque possivelmente não foram
ensinados a dizimar! Os primeiros cristãos eram reconhecidos por suas ofertas
generosas para com a igreja e para com as outras pessoas. E muitos desses
cristãos generosos eram pobres e enfrentavam perseguições acirradas dos judeus
e do Império Romano.
Toda igreja e toda missão tem despesas e precisa de
recursos para manter seus obreiros e patrimônios. Não podemos negar que os
dízimos e as ofertas é o que mantêm nossas igrejas atuais funcionando e são
muito importantes para o crescimento do Reino de Deus, por isso precisamos
compreender muito bem o que a Bíblia nos ensina sobre este tema.
8 – O Dízimo é Bíblico Hoje?
Essa resposta é simples. O dízimo não pertence ao Novo
Testamento. Os cristãos não têm o dever de dizimar, mas são desafiados a
ofertar para sustentarem a obra de Deus.
Apresento cinco razões pela qual acredito que o dízimo
não faz parte da nova aliança.
·
Primeira razão:
Jesus não orientou seus discípulos a solicitarem o dízimo para seu sustento,
conforme lemos em Mateus 10.7-14 e Lucas 10.4-8. O principio que Jesus
estabeleceu é de que eles aceitassem a oferta que lhes dessem.
7 Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O
Reino dos céus está próximo’. 8 Curem os enfermos,
ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês
receberam de graça; dêem também de graça. 9 Não levem nem ouro,
nem prata, nem cobre em seus cintos; 10 não levem nenhum saco de
viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno
do seu sustento. 11 "Na cidade ou povoado em que entrarem, procurem
alguém digno de recebê-los, e fiquem em sua casa até partirem. 12 Ao
entrarem na casa, saúdem-na. 13
Se a casa for digna, que a paz de vocês
repouse sobre ela; se não for, que a paz retorne para vocês. (Mateus 10.7-13)
3 Vão! Eu os estou enviando como cordeiros
entre lobos. 4 Não levem bolsa nem
saco de viagem nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. 5 "Quando
entrarem numa casa, digam primeiro: ‘Paz a esta casa’. 6 Se
houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela
voltará para vocês. 7 Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem,
pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa.
8 "Quando
entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de
vocês. (Lucas 10.3-8)
·
Segunda razão:
No primeiro concílio registrado em Atos
15.28,29 os apóstolos entenderam que não deveriam impor sobre os gentios os
dízimos. Eles mencionam outras exigências, mas não os dízimos. Acredito que se
eles desejassem que os dízimos fossem entregues certamente o teriam citado, uma
vez que os dízimos não era algo comum aos gentios. Sem dúvida este seria um tema
polêmico entre eles.
·
Terceira razão:
Se a entrega dos dízimos fosse uma prática daqueles dias, certamente Paulo
teria escrito as igrejas orientando-os sobre este assunto, uma vez que os
dízimos não era uma prática dos gentios. Contudo ele escreve orientando-os somente
sobre as ofertas. Da mesma forma ele faz elogios somente a respeito das ofertas,
não há citação da fidelidade nos dízimos (1
Coríntios 8.10-13; 9.5,6).
·
Quarta razão:
Jesus não orientou a construção de novos templos e nem o estabelecimento de
novos “sumo-sacerdotes”. Da mesma forma seus apóstolos também não orientaram
neste sentido. O projeto era que a Igreja se espalhasse e não se concentrasse
em torno de um templo. A Igreja deveria ser um movimento humano e não
institucional.
·
Quinta razão:
No projeto Igreja estabelecido por Jesus e seus apóstolos não existe mais uma
tribo de Levitas que precisava ser sustentada pelos dízimos. Na igreja do Novo
Testamento existiam apenas apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres que deveriam ser honrados pelos demais membros da igreja por meio de
ofertas generosas (Gálatas 6.6).
Portanto, diante estas cinco razões, fica claro que a
entrega dos dízimos não faz parte da Nova Aliança estabelecida por Jesus Cristo
a sua igreja.
9 – Por Que Eu Devo Entregar o Dízimo?
Nós construímos templos e nos organizamos em torno
deles. Cada igreja local tem seu templo e sua organização. Deixo claro que a
construção de um local para nos reunirmos não é pecado, assim também a
organização para melhor servirmos a Deus não é pecado. Mas é um modelo
perigoso, pois somos tendenciosos a deixarmos de sermos um movimento humano,
dirigido pelo Espírito de Deus, para nos tornarmos uma organização
institucional.
A organização em torno do templo trouxe de volta o
princípio dos dízimos. Os dízimos se tornaram
necessários para a manutenção dos templos e sustento daqueles que nele
trabalham. Hoje não são somente os pastores que vivem em torno dos templos, mas
assim como no passado muitos são os levitas que vivem integralmente em torno
dos templos.
Ao entregarmos nossos dízimos contribuímos
com o mínimo ensinado por Deus ao povo de Israel. Precisamos compreender que o
dízimo é o mínimo que damos a Deus. No Novo Testamento fica claro que Deus
espera uma entrega completa do nosso ser a Ele, sendo esta demonstrada de forma
generosa para com aqueles que lideram sua igreja e com aqueles que necessitam
de socorro. De fato não existe mais dízimo; entretanto a expectativa bíblica
sobre a oferta é maior que o dízimo, pois ela é uma entrega do meu todo, como
demonstração de amor a Deus. Ela abrange muito mais de nossas vidas do que o
dízimo; seja financeiramente e relacionalmente. Ela não provém de lei, mas do
amor. Ela não é mais 10% e sim 100%.
Também entregamos os dízimos hoje (deveríamos
chamar de ofertas) como forma de mantermos os princípios que ele nos ensina. Vamos
destacar alguns princípios ensinados através dos dízimos:
9.1 -
Sustento de Sua Casa e dos que Nela Vivem
- Porque Deus ensinou ao seu povo no passado como forma de sustentar
os que trabalham em Sua obra – 10a Tragam o dízimo
todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa (Malaquias 3.10a)
- Porque Deus ensina ao seu povo hoje que os pastores ou presbíteros
devem ser sustentados por sua igreja através das ofertas - 17 Os presbíteros que
lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo
trabalho é a pregação e o ensino, 18 pois a Escritura diz: "Não amordace o boi enquanto
está debulhando o cereal", e "o trabalhador merece o seu
salário". (1 Timóteo 5.17,18)
9.2 -
Toda Provisão Vem de Deus
- Porque o dízimo nos lembra que tudo o que temos nos foi dado por
Deus – 18 Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá
força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob
juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê. (Deuteronômio 8.18)
- Dá mesma forma as ofertas nos lembram que tudo o que temos provém de
Deus.
9.3 -
Não Entregar o Dízimo e a Oferta é Roubar a Deus
- Porque deixar de dar o dízimo e as ofertas é roubar a Deus – 8 Roubará o homem a
Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e
nas ofertas. 9 Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. (Malaquias 3.8,9)
- Da mesma forma o não ofertar e honrar aqueles que ensinam a Palavra
de Deus é roubar a Deus.
9.4 -
A Fidelidade Financeira Para com a Casa e os Servos de Deus Atrai a Bênção
- Porque o dízimo libera bênção sem medida da parte de Deus – 10 Trazei todos os
dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e
provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as
janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
(Malaquias 3.10)
- Da mesma forma a oferta voluntária e de coração atrai a bênção de
Deus
9.5 -
A Fidelidade Financeira Atrai a Proteção Contra o Devorador
- Porque o dízimo é proteção contra o devorador – 11 Por vossa causa,
repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a
vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 3.11)
- Da mesma forma nossa oferta é como semente que produzirá novas
colheitas, sejam materiais ou espirituais.
9.6 -
A Fidelidade Financeira Gera Proteção aos Nossos Corações
- Porque o dízimo é
uma proteção aos nossos corações - O dinheiro tem o poder de se tornar um "deus"
para nós e tornar nossos corações escravos dele.
24 "Ninguém pode servir a dois
senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". (Mateus 6.24)
·
Da mesma forma o ato de ofertar protege nossos
corações da avareza.
10 – As Desculpas Mais Comuns Para Não Ofertarmos
· O dinheiro é meu, eu ganhei – É comum a ideia de que temos
completa autoridade sobre nossos bens. Mas a realidade é bem diferente. Ao
SENHOR pertence à terra e tudo o que nela se contém (Sl. 24.1).
Tudo o que temos vem do Senhor e somente indiretamente procede de nosso
trabalho (1 Cr 29.14). Os nossos bens nos pertencem da mesma forma
que o quarto de nosso filho pertence a ele. Na verdade pertence aos pais que
deram temporariamente o quarto ao filho. Isto é muito mais verdadeiro em
relação a nós que fomos comprados pelo sangue de Jesus (1 Cor 5.20).
· Deus ama a quem dá com alegria, como eu
não me sinto alegre eu não dou de forma alguma – Deus ama a quem dá com
alegria (2 Cor 9.7). Mas isso não significa que você precisa
esperar até se sentir suficientemente alegre. A obediência não depende de
sentimento. A alegria normalmente vem durante ou depois de ofertarmos. Nós
devemos aspirar sermos grandes doadores e a melhor maneira de cultivar a
alegria de dar é dando.
· Eu não confio na honestidade dos pastores
e líderes por isso não contribuo – Antes de tudo precisamos entender que não damos para a
Igreja, damos para o Senhor. É verdade que damos ao Senhor através da Igreja,
mas não contribuímos como se fosse pagamento de mensalidade de membros de um
clube. Além disso quem é você para julgar as motivações da sua liderança (Mt
7.1,2)? Será que nossos líderes necessitam de se arrepender ou será que nós
precisamos nos arrepender de nossa atitude?
· Eu gostaria de ofertar, mas eu não tenho o
suficiente – Ofertar
pode ser um luxo para o rico, mas é um privilégio para o pobre. Muitos dizem
que não podem dar, mas o que eles querem realmente dizer é que não podem dar
confortavelmente. Ofertar pode significar algum sacrifício. Mas é exatamente
isso que a Bíblia nos convida a fazer. O maior exemplo é o próprio Senhor Jesus
que se fez pobre para fazer-nos ricos (2 Cor 8.9). A oferta genuína
é um sacrifício do conforto pessoal por causa do reino de Deus.
· Eu estou cheio de dívidas. Não posso
ofertar agora – Você
tem uma obrigação não somente para com os seus credores, mas antes de tudo para
com Deus. Especificamente a Bíblia nos ensina a dar ao Senhor as primícias, ou
seja, o melhor de nossa renda (Pv 3.9). O nosso primeiro cheque
deve ser para Deus e ninguém mais. Nós refreamos de dar porque nos sentimos
inseguros, mas aquele que não poupou o seu próprio Filho não nos negará coisa
alguma (Rm 8.32), antes nos suprirá em todas as nossas
necessidades (Fp 4.19).
· Eu quero ofertar, mas agora o meu
orçamento está muito apertado – Alguns dos maiores exemplos de generosidade na Bíblia são
de pessoas pobres (Lc 21.1-4 e 2 Cor 8.1,2). O receio e a
insegurança não são motivos para deixarmos de ofertar. O Senhor sabe do que
necessitamos e ele prometeu nos suprir (Mt 6.32). Se você esperar até se
sentir seguro para ofertar pode ser que esse dia nunca chegue. A provisão de
Deus somente vem depois que ofertamos (2 Cor 9.6-11). É assim que a
fé funciona. Faça prova de Deus (Ml 3.10).
· Eu sou um jovem (ou adolescente) e tudo o
que tenho é uma mesada dos meus pais – A época de estudante é notoriamente um tempo difícil em
nossas vidas. O estudante normalmente não tem dinheiro, mas nem por isso deve
se eximir de ofertar. A Bíblia ensina que ofertar é privilégio e
responsabilidade de todos os filhos de Deus independe de idade ou renda.
Ironicamente o milagre da multiplicação foi possível porque um garoto resolveu
ofertar o seu lanche ao Senhor (Jo 6.9).
· Eu sou pobre. A responsabilidade de
ofertar é dos ricos –
Como eu disse, muitos exemplos bíblicos de generosidade são de pessoas
pobres. (Lc 21.1-4 e 2 Cor 8.1-6). Como pode ser isso? Eles foram
transformados pelo evangelho de Jesus Cristo. Eles sabem que Deus tem se
agradado em conceder-lhes o reino, como resultado eles não temem dar o pouco
que possuem, para herdar tesouros no céu (Lc 12.32-34). Se você é pobre
você é um bem aventurado, pois você terá a oportunidade de ofertar e receber o
elogio do Senhor.
· O dízimo não se aplica aos cristãos hoje,
era para Israel no Velho Testamento – Essa afirmação é verdadeira, mas não suficiente para
concluirmos que Deus não mais requer que ofertemos. Isto é um engano.
O padrão de Deus para o Novo Testamento é
a excelência. Jesus disse: “ouviste o que foi dito...” Se a
regra era não matar, agora é nem sequer chamar o irmão de tolo. Se a regra era
não adulterar, agora é nem sequer olhar com intenção impura. Se a regra era
10%, agora Deus espera 100% (Lc 21.1-4). O dízimo é apenas o ponto
de onde partimos não é o nosso alvo final em Deus. Se um crente não consegue
dar o mínimo que é o dízimo, imagine quando Deus requerer algo mais dele.
O dízimo teve seu inicio antes da lei, o
que significa que nasceu como oferta de gratidão e adoração. Abraão deu o
dízimo a Deus ao dá-lo a Melquizedeque como está escrito em Hebreus 7.8.
· Os cristãos estão debaixo da graça e não
da lei, então a obrigação de dar o dízimo não se aplica a mim – Nós estamos na graça para sermos capazes
de cumprir a lei. A graça não anula a lei, antes me capacita a cumpri-la em seu
sentido maior, isso aplica-se ao dízimo também. Devo dar não mais o dízimo (10%)
do meu tudo, mas ofertar o meu tudo (100%).
· Dízimo é uma forma de legalismo, que a
palavra de Deus condena – É certo que a palavra de Deus condena o legalismo (Mt 23
e Gl 3). Mas Deus não pede mais o dízimo, e sim, que você oferte de
coração a Ele o seu tudo.
· Não concordo com dízimos ou ofertas, pois
Deus não precisa de dinheiro – Deus é o dono de toda prata e todo ouro (Ag 2.8). Ele
não apenas não precisa de dinheiro como não precisa de homem algum para
servi-lo. Ainda assim ele nos convida a servi-lo com tudo o que somos e temos.
· A Bíblia diz que cada um deve contribuir
segundo tiver proposto no coração. Então eu sou livre para ofertar muito, pouco
ou nada – É verdade
que Paulo disse para cada um contribuir segundo tiver proposto no coração (2
Cor 9.7). Diante disso poderíamos pensar que estamos autorizados a
sermos egoístas e avarentos. Para vermos o engano basta irmos ao verso anterior
onde ele nos estimula a semearmos muito para colhermos muito. O desejo de Paulo
é que nos sintamos livres para sermos generosos em amor.
· Estou economizando para comprar uma casa e
por isso parei de ofertar ou dizimar momentaneamente – É ótimo que o crente economize e use
o dinheiro com sabedoria. Entretanto você não deve nunca deixar de entregar o
mínimo, o dízimo a Deus. Lembre-se este mínimo tem o fim de proteger seu
coração.
· Mordomia é mais que dinheiro. Eu dou meu
tempo e meus talentos por isso eu já me considero um ofertante – Mordomia é mais que dinheiro, mas nunca
menos.
11 – Orientações Práticas
·
Não fique guardando a sua oferta (seu dízimo). Entregue-o
imediatamente no culto da Igreja. Se você recebe semanalmente, quinzenalmente
ou mensalmente, entregue o seu dízimo ou sua oferta no primeiro culto após o
recebimento.
2 “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa,
conforme a sua prosperidade...” (1 Cor 16.2)
·
Você pode ofertar o mínimo dando o dízimo do
líquido ou do bruto. É muito comum as pessoas perguntarem: "Devo dar o dízimo do
bruto ou do líquido?" Em nossos dias com a inclusão de vários benefícios e
descontos feitos diretamente na folha de pagamento, eu pessoalmente, sempre
recomendo que as pessoas dê o dízimo do líquido, do valor que ela realmente
recebe em mãos. Mas se você sente que deve dar do bruto, faça-o para que sua
consciência não te acuse. Lembre-se, na verdade ofertamos e não mais dizimamos.
Sua oferta deve ser dada de coração.
·
Ninguém tem autoridade para administrar as próprias
ofertas (dízimos) separadas para o Senhor. Quem administra é a casa do
Senhor. Contudo se você ofertar além do valor que você separou para a casa de
Deus, então você é livre para responder por essas ofertas que não foram
separadas para a casa de Deus.
·
Toda oferta (dízimo) deve ser trazido para a Igreja
onde você é cuidado e alimentado. Entregar ofertas em outra igreja,
sem ofertar para sua igreja, é desonrar aqueles que trabalham por sua
espiritualidade.
·
Nenhum pastor tem autoridade para liberar alguém de
ofertar. Nem um homem pode autorizar alguém a deixar de obedecer a Palavra
de Deus. Perdoar alguém por não ofertar ou dizimar é possível sim! Mas liberar
alguém a não mais ofertar ou pelo menos entregar a oferta mínima que é o
dízimo, não! Deus perdoa nossos erros, mas não aceita que vivamos no erro.
Deixar de ofertar é um passo para sermos dominados pela avareza e nos tornarmos
prisioneiros do dinheiro.
·
Dê sua oferta (o dízimo) antes de fazer qualquer
pagamento. Quem primeiro paga as contas para depois entregar sua oferta,
ainda que seja o dízimo, está pecando. Mostra que Deus não é a prioridade de
sua vida.
·
Seja organizado. Faça o controle de
todas as suas entradas, quer sejam poucas ou muitas. Só assim você será um ofertante
fiel e sábio; caso contrário você pode estar à mercê do devorador.
·
Ninguém pode determinar à Igreja o que fazer com as
ofertas recebidas. Quem administra as finanças são os líderes da igreja, os pastores
e não os membros.
·
A Igreja tem a
obrigação de prestar um relatório no mínimo anual. É importante que os
membros saibam como se encontra a situação financeira da igreja. Mas não é
ético expor os salários dos pastores e funcionários da igreja.
·
Ninguém está isento de dar ofertas, ainda que seja
o mínimo, o dízimo. Nem pastor, nem missionário, nem apóstolo, etc.
·
Deus não cobra nossas falhas passadas quando temos
arrependimento. Se você deixou de dar o dízimo, a oferta mínima, por alguns meses,
recomece simplesmente, peça perdão a Deus por não ter ofertado antes e passe a
ser fiel.
·
Não toque trombeta quando você der oferta na Casa
de Deus. Se você procura a glória de homens, esta será a sua recompensa.
15. ELE VIVE!
A Páscoa é uma das datas
mais significativas do Cristianismo. Não se trata de festa do coelhinho, na
qual celebramos a fertilidade. É uma data cristã na qual recordamos a morte
(sexta da paixão) e a ressurreição (domingo de aleluia) do nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. Mas qual é a importância da ressurreição de Cristo para
o cristianismo? Como a ressurreição de Cristo se relaciona com a sua fé e a sua
vida? E se Cristo não tivesse ressuscitado, o que mudaria?
1. A Certeza da Ressurreição
1
Irmãos, quero lembrar-lhes o
evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. 2 Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que
se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm
crido em vão. 3 Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que
recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e
apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6 Depois disso apareceu a mais de
quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns
já tenham adormecido. 7 Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os
apóstolos; 8 depois destes apareceu também a mim, como a um que
nasceu fora de tempo. (1 Coríntios 15.1-8)
Paulo menciona em 1 Co 15.1-58 algumas evidências da
ressurreição de Cristo. A primeira é que ela foi anunciada no Antigo
Testamento (v.3 – segundo as Escrituras – Isaías
53.10 – “Ele verá sua prole...”). A segunda é que o Cristo ressurreto
foi visto por muitas testemunhas, várias das quais ainda viviam quando essa
carta foi escrita (1 Co 15.5-8).
Depois Paulo passa a mostrar
à igreja de Corinto como a ressurreição de Cristo se relaciona com a vida
diária do crente. Após basear o fato da ressurreição no ensino bíblico e no
testemunho ocular de centenas de pessoas ele passa a mostrar as ligações
existentes entre esse fato histórico e a fé cristã.
2. Se Cristo não Ressuscitou...
14
e, se Cristo não ressuscitou, é
inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. [...] 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que
vocês têm, e ainda estão em seus pecados. 18
Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. (1 Coríntios 15.14,17,18)
1) Em primeiro lugar – 1 Co 15.14 – Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação.
Desde o começo da proclamação da mensagem cristã a ressurreição de Cristo foi
vista como um dos pontos centrais da mensagem do evangelho (At 2.24; 4.10). Isso deixa claro que se Cristo não ressuscitou a
pregação cristã desde o princípio é vã por não estar fundamentada na verdade,
sendo uma exposição da morte e não da vida abundante e eterna que Cristo dá (Jo 10.10). E se a nossa pregação não
está baseada na verdade, nós somos falsas testemunhas de Deus. Se a
ressurreição de Cristo não é um fato real, a pregação cristã é vazia e sem
sentido.
2) Em segundo lugar – 1 Co 15.14,17 – Se Cristo não ressuscitou é inútil a nossa fé
em seus efeitos. João Calvino diz o seguinte: "embora Cristo tenha feito a
expiação por nossos pecados, de modo que eles não são mais levados em conta
para a acusação contra nós ante o tribunal de Deus, e tenha crucificado o nosso
velho homem para que suas paixões não mais reinassem em nós; e, finalmente,
ele, por sua própria morte, tenha destruído o poder da morte e do próprio
diabo, todavia não haveria nenhuma virtude nesses fatos caso ele não emergisse
vitorioso por meio da ressurreição. Assim, caso a ressurreição fosse anulada, a
tirania do pecado seria outra vez estabelecida" (Calvino, 1 Coríntios, Editora Parakletos, p. 458). E os que
colocaram toda a sua esperança de salvação em um Cristo morto pereceram
definitivamente e eternamente.
3. Mas Cristo Ressuscitou
20
Mas de fato Cristo ressuscitou
dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1 Coríntios 15.20)
A ressurreição de Cristo
inverte todo o quadro apresentado até aqui. A realidade da ressurreição de
Cristo não é apenas o elemento que autentica a pregação cristã, mas também a
impulsiona, possibilita o perdão dos pecados de todos aqueles que são
alcançados pela sua Graça e dá aos crentes uma visão gloriosa do seu futuro
eterno com seu Salvador. É sobre isso que Paulo fala nesse novo parágrafo.
1) Em primeiro lugar – 1 Co 15.21,22 – Paulo contrasta o efeito do pecado de Adão com o efeito da obra
redentora de Cristo (v.22). O pecado ocasiona a morte (Rm 3.23; 6.23), mas o Cristo ressurreto, que venceu a morte, dá
vida a todos aqueles que nele crêem para a sua salvação (Jo 6.40,47).
2) Em segundo lugar – 1 Co 15.25 – Aquele que foi morto, mas vive (Ap
1.18; 2.8) está reinando à destra de Deus. Esse é um grande consolo para
aqueles que depositam toda a sua esperança em Cristo. Eles podem ter certeza de
que aquele que foi capaz de amá-los enquanto ainda eram pecadores (Rm 5:8; Ef
2:1) ao ponto de entregar sua vida por eles – mesmo não vendo no pecador algo
que pudesse agrada-lo – está agora reinando sobre todas as coisas.
3) Em terceiro lugar – 1 Co 15.23 – O Cristo ressurreto voltará para buscar sua igreja.
Essa é a grande esperança do cristão: viver eternamente com Cristo na nova
Jerusalém.
4. A Ressurreição e a Ética Cristã
32b Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos,
que amanhã morreremos (1 Coríntios 15.32b)
Essa foi a conclusão a que o
apóstolo chegou depois de suas profundas considerações a respeito da relação
entre a ressurreição de Cristo e a vida cristã. A ressurreição é o
fundamento de uma ética cristã. Os filósofos epicureus[15] dos tempos de Paulo e os
hedonistas de nosso tempo crêem que o maior bem do homem consiste no prazer que
ele pode desfrutar nesta vida. Eles crêem que a morte é o aniquilamento do
homem, e por isso entendem que o melhor que se pode fazer é entregar-se aos
prazeres e desfruta-los enquanto houver fôlego. De fato, quando não se tem esperança
de uma vida futura eterna na companhia de um Deus que é santo, nada mais resta
a se fazer, além de desfrutar de todos os modos e com toda a intensidade os
prazeres que esta vida nos apresenta.
Mas o cristão não pode
pensar dessa forma. Ele sabe que o Cristo ressurreto reina sobre todas as
coisas e que o Deus santo exige que seus servos andem pelos caminhos da Aliança
e vivam como cidadãos do Reino. O cristão não pode se entregar aos prazeres
deste mundo e viver como se servisse a um deus morto. Ele serve ao Deus vivo e
deve revelar seu relacionamento filial com Deus de forma prática em sua vida. A
certeza da ressurreição é a mola mestra para que nós sejamos incansáveis na
prática do bem.
A ressurreição de Cristo é o
fundamento sobre o qual a vida de santidade do cristão está apoiada. Se, por um
lado, ele não pode simplesmente comer, beber e esperar que a morte venha, por
outro lado, ele tem o dever de evitar o pecado e, capacitado pelo Espírito do
Cristo Ressurreto, empenhar-se para vencer as tentações deste mundo, tendo os
olhos sempre colocados no seu futuro glorioso na companhia eterna de seu
Salvador.
5. A Certeza do Triunfo
47
O primeiro
homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu. 48 Os que são da terra são semelhantes ao homem terreno;
os que são do céu, ao homem celestial. 49 Assim como tivemos a
imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial. 50 Irmãos,
eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que
é perecível pode herdar o imperecível. 51 Eis que eu lhes digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da
última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis
e nós seremos transformados. (1 Coríntios 15.47-52)
Nesse trecho Paulo fundamenta a
ressurreição dos crentes na ressurreição de Cristo. A ressurreição do corpo é
um ensino que aos ouvidos do mundo soa como algo totalmente estranho,
improvável e antinatural. Para resolver essa questão Paulo usa um exemplo
presente na própria natureza. Ele mostra que a semente, depois de morta, dá
origem a um broto vivo. O mesmo acontecerá com o cristão. Seu corpo é uma
semente que, depois de morta, dará origem a um corpo vivo, plenamente
restaurado. Nosso corpo natural é sujeito à fome e à sede, ao calor e ao frio,
ao sono, à imperfeição e à doença. Isso acontece porque ele traz em si a imagem
do que é terreno (v.49), ou seja, todas as imperfeições e limitações herdadas
de Adão. O corpo ressuscitado e restaurado não será assim. Ele terá a imagem do
que é celestial, ou seja, terá a imagem da glória que será herdada do Cristo
ressurreto e glorificado.
Os que
estiverem vivos quando o Dia do Senhor chegar também serão transformados, pois
a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus. Nessa renovação a
mortalidade e a corrupção do homem serão destruídos (v.53) e o que é mortal
será absorvido pela vida. Mortos e vivos serão transformados, receberão corpos
gloriosos e incorruptíveis e assim desfrutarão plenamente de sua salvação, que
alcançará seu ápice na ressurreição do corpo e na glorificação final da Igreja.
Tragada
foi a morte pela vitória (v.54). Isso acontecerá porque a única arma da
morte é o pecado. Quando ele for eliminado a morte ficará desarmada. Cristo
venceu o pecado e a morte e por meio de seu triunfo conquistou a vitória para
nós e nos redimiu da maldição da lei mediante a sua Graça. A obra de Cristo em
nosso favor destruiu o pecado, cumpriu as exigências da lei, aplacou a ira de
Deus e conquistou a vida. É por isso que Ele nos dá a vitória (v.57).
16. OBEDIÊNCIA A DEUS
Vivemos tempos difíceis! Cada vez mais o homem natural
tem prazer em fazer aquilo que é contrário à vontade de Deus. A sociedade tem
se degradado de tal modo que nitidamente temos a impressão de que o mundo não
tem mais jeito.
Não somente isto, mas tem sido cada
vez mais difícil ser uma referência de cristão, por causa daqueles que se dizem
cristãos, mas insistem em desobedecer a Palavra de Deus e os seus preceitos,
que são justos e dão alegria ao coração.
22
Samuel, porém, respondeu:
"Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em
que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a
submissão é melhor do que a gordura de carneiros". (1 Samuel 15.22)
1 – Obediência a
Deus
A obediência é um elemento-chave para uma vida vitoriosa. A Palavra de
Deus confere grande importância a esta virtude, que é uma prova de nossa
consagração pessoal a Deus.
João afirma que a obediência é um sinal de que o indivíduo é realmente
salvo.
3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se
guardamos os seus mandamentos. 4 Aquele que diz:
Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a
verdade. (1 João 2.3,4)
É essencial cultivarmos urna vida de obediência. E isso não acontece da
noite para o dia. Contudo, podemos iniciar o processo, compreendendo com
clareza a necessidade da obediência e os métodos para isso.
2 – O Que Significa
Obedecer?
Um dicionário define obediência como sendo “o estado ou ato de
submissão à vontade de outrem". Esta definição contém algumas implicações
práticas para o crente.
·
Em primeiro lugar, ela dá a entender que, para obedecer, é preciso haver uma autoridade
que seja objeto de nossa obediência. Em nosso caso, essa autoridade a quem
prestamos obediência é Deus.
·
Em segundo lugar, essa definição ensina que a verdadeira obediência não é apenas um
ato, mas também uma atitude interior de submissão. Isto significa que a
verdadeira obediência é produto de uma decisão interior de sermos submissos, e
não de uma submissão forçada, involuntária.
Isso parece indicar claramente que a verdadeira obediência, no plano
espiritual, é o ato de se seguir a vontade de Deus na nossa vida, em todos os
aspectos, por um desejo do próprio coração.
21 "Quem
tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama
será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele". (João 14.21)
3 – O Que Não é Obediência?
A verdadeira
obediência a Deus também pode ser definida em termos daquilo que ela não é:
·
A verdadeira obediência não é servir a Deus em nossos
próprios termos - Embora muitas vezes
seja desse modo que tentamos servir ao Senhor.
·
A verdadeira obediência não resulta de um asceticismo[16] - Não precisamos nos tornar aviltados, humilhados,
desvalorizados para sermos obedientes ao Senhor. Obedecer não implica em deixar
de nos alegrarmos ou de possuirmos bens.
·
A verdadeira obediência não é apenas uma conformidade
exterior com seus mandamentos - Uma
importante característica da verdadeira obediência é que ela procede do
coração. Se não tivermos desejo sincero, partindo do coração, de sermos
obedientes, nossos atos de obediência aos mandamentos de Deus não passam de
mero legalismo.
4 – Por Que Devemos
Ser Obediente?
A seguir, apresentamos uma lista de três razões básicas para a
obediência, e essas devem ser suficientes para te incentivar a obedecer a Deus.
·
Devemos obedecer a Deus porque ele nos ama e merece
nosso amor e obediência -Não é
preciso pensar muito no que Deus fez por nós para que fiquemos maravilhados com
seu amor desinteressado. Não é difícil obedecer alguém que nos ama assim. 1
Jo 4.16; 5.2; Ap 4.11.
·
Devemos ser obedientes porque é um modo prático de
demonstrarmos amor por Deus - Isso
faz com que nosso amor deixe de ser mero palavreado e passe a ser demonstrado
na prática. Esta prova de nosso amor para com Deus deve estar presente em todos
os aspectos de nossa vida. Os versos seguintes mostram isso claramente: Jo
14.21; 1 Jo 5.3.
· Devemos ser
obedientes porque Deus ordena que o sejamos - Quando Deus nos ordena que façamos qualquer coisa, não
temos outra opção senão fazê-lo. Os textos seguintes apresentam a vontade de
Deus nesta questão: Dt 10.12,13; 1 Tm 6.14; Tg 1.22; 1 Jo 5.2,3.
5 – Como Nos
Tornamos Obediente?
Apresentaremos algumas sugestões práticas para você
cultivar uma atitude de obediência a Deus.
·
1º passo: conhecendo os mandamentos de Deus - Será difícil para uma pessoa ser obediente, se ele
não sabe a que vai obedecer. É importante termos um conhecimento sempre
crescente da Palavra de Deus para vemos com clareza, o que Deus quer que
façamos. Ele já nos revelou muita coisa daquilo que deseja de nós. Os versos
seguintes abordam essa questão: Salmos 119.11,105,130; 1 Tm 3.16,17.
·
2º passo: buscando o poder de Deus - Com nossas próprias forças será impossível nos
tomarmos obedientes a Deus. Temos que buscar o poder do Senhor, para que
sejamos capazes de realizar sua vontade. Através do seu Santo Espírito, Deus
nos concede forças para isso. At 1.8; Gl 2.20; Ef 5.18; Fp 4.13.
·
3°passo: tendo uma atitude certa - A atitude que temos para com Deus, no que diz respeito
à obediência e ao trabalho que fazemos para Ele, terá uma influência muito
grande sobre nós, no que se refere a termos ou não uma vida obediente. A
Palavra de Deus apresenta várias atitudes que podemos ter, as quais
influenciarão diretamente na formação da verdadeira obediência em nosso
coração:
§ Ter prazer
em fazer a vontade de Deus - Você tem
essa atitude no coração? Se não, basta que peça a Deus e ele lhe dará esse
sentimento. O verso seguinte fala claramente desta atitude:
8 Agrada-me
fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei. (Salmos
40.8)
§ Fazer a
vontade de Deus diligentemente - Ao
buscarmos fazer a vontade de Deus não podemos ter uma atitude descuidada. Você
tem sido diligente na realização da sua vontade?
16 Hoje,
o Senhor, teu Deus, te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os, pois,
e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma. (Deuteronômio
26.16)
§ Ser sincero
na obediência - Deus não quer uma
obediência fingida, mas sincera. Esforcemo-nos para realizar sua vontade com
toda a sinceridade de coração.
15 A que
caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a
palavra; estes frutificam com perseverança. (Lucas 8.15)
·
4° passo: Vencendo as tentações - É importante que o crente aprenda como deve encarar as
tentações. Muitas vezes ao sermos provados, somos tentados a desobedecermos a
Deus. Precisamos aprender como lidarmos com nossas provas, adversidades e
tentações para podermos agirmos em obediência a Deus.
13 Não
vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá
que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.(1 Coríntios
10.13)
6 – Áreas Que
Devemos Obedecer
Apresentaremos algumas áreas ou pontos que devemos obedecer. Essas
estão claramente pontuadas na Bíblia.
·
Testemunharmos o
evangelho;
·
Frequentarmos uma
igreja;
·
Termos comunhão
com os irmãos;
·
Sermos submissos
às autoridades estabelecidas por Deus;
·
Orarmos;
·
Estudarmos a
bíblia;
·
Trabalharmos;
·
Amarmos e
cuidarmos de nosso cônjuge;
·
Usarmos com
sabedoria nosso tempo;
·
Educarmos nossos
filhos de acordo com a Palavra de Deus;
·
Perdoarmos;
·
etc.
17. TENTAÇÕES
13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana;
mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentado além das vossas forças; pelo
contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a
possas suportar. (1 Coríntios 10.13)
O crente precisa saber o que deve fazer para vencer as tentações e tornar-se
mais amadurecido. A tentação é um impulso inicial para se cometer certo pecado.
A tentação em si não é pecado. Contudo, se não for encarada da maneira certa,
ela pode logo se tornar pecado.
Devemos salientar ao crente essas duas facetas da tentação. Muitos
recém convertidos pensam que ela é pecado, e quando são tentados pensam que já
pecaram. Precisamos aprender que isto não é pecado. Por outro lado, o crente
muitas vezes toma uma atitude de indiferença com a tentação, e o resultado,
geralmente, é que ele cai em pecado. Portanto vamos compreender o que são
tentações e suas implicações sobre nossas vidas.
1 – As Fontes de
Tentação
A Bíblia ensina que a tentação para o pecado nos vem de três direções.
Nos parágrafos seguintes explicamos cada uma dessas fontes de tentação.
·
Satanás (o Diabo) - As escrituras ensinam claramente que Satanás é uma fonte de tentação
para o pecado. Desde o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, até o último,
Apocalipse, vemos Satanás em ação, tentando enredar os homens e levá-los a
pecar. Os cristãos não se acham imune a esta ameaça, por isso devem aprender a
enxergar as artimanhas do diabo, e entender que ele os tentará por meio delas.
Os versos seguintes serão muito valiosos neste sentido: Gn 3.1-5; 1 Pe 5.8;
Ap 20.1-3.
1 Ora, a serpente era o mais astuto de
todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à
mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das
árvores do jardim’?" 2 Respondeu a mulher à
serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim, 3 mas
Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem
toquem nele; do contrário vocês morrerão’". 4 Disse a serpente
à mulher: "Certamente não morrerão! 5 Deus sabe que, no dia
em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus,
conhecedores do bem e do mal". (Gênesis 3.1-5)
A ação do diabo: distorcendo as palavras de Deus com o fim de chamar a atenção do homem
para o proibido; colocando dúvida no coração do homem quanto à intenção de Deus.
8 Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o
inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa
devorar. (1 Pe 5.8)
Nossa ação em relação ao diabo: Precisamos ser sóbrios e vigilantes.
A ação do diabo: Ele estará tentando nos enganar com o fim de nos arrastar com ele para
o lago de fogo e enxofre.
1 Vi descer do céu um anjo que trazia na
mão a chave do abismo e uma grande corrente.
2 Ele
prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por
mil anos; 3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele,
para assim impedi-lo de enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois
disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. (Apocalipse 20.1-3)
A ação do diabo: Enganar as pessoas.
·
A Carne - É
responsável pela tendência nossa de viver de acordo com os apetites do corpo.
Ela se encontra em batalha constante com a nova vida do cristão, procurando
fazer com que ele volte aos seus antigos hábitos de vida, e se torne egoísta. As
tentações virão dessa fonte, e devemos aprender a superá-las. Os versos
seguintes nos falam sobre essa fonte: Rm 8.5-9; Gl 5.16,17, Tiago 1.14,15.
5 Quem vive segundo a carne tem a mente
voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a
mente voltada para o que o Espírito deseja.
6 A
mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;
7 a
mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem
pode fazê-lo. 8 Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. 9 Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne,
mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém
não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. (Romanos
8.5-9)
16 Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de
modo nenhum satisfarão os desejos da carne. 17 Pois
a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à
carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que
desejam. (Gálatas 5.16,17)
14 Cada um, porém, é tentado pela própria
cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. 15 Então
a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se
consumado, gera a morte. (Tiago 1.14,15)
· O Mundo - A tentação que nos vem dessa fonte tem a forma de uma
tentativa sutil de levar-nos à conformidade com as atitudes prevalecentes no
ambiente em que vivemos, e com a atmosfera dele. Essas tentações são as
seguintes: sentir-se seguro pela posse de bens ou por realizações próprias;
pensar que a vida pode ser vivida sem um relacionamento vital com Deus; adotar
outras ideias que partem de uma sociedade ateia, distante de Deus. A Bíblia nos
ensina que devemos viver em estado de alerta contra estas tentações e que devemos
vencê-las (Rm 12.2; 1 Tm 6.10; 1 Jo 2.15).
2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar
e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2)
9 Os que querem ficar ricos caem em
tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam
os homens a mergulharem na ruína e na destruição,
10 pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por
cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com
muitos sofrimentos. 11 Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque
a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. (1 Timóteo 6.9-11)
15 Não amem o mundo nem o que nele há. Se
alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a
ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. (1 João 2.15,16)
Obs.: Pode o homem ser tentando por Deus?
13 Quando
alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por
Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. (Tiago 1.13)
2 – Condições Para
a Vitória
A Bíblia nos fornece as condições para obtermos a vitória
sobre as tentações. Apresentaremos as principais nesta lição.
·
1º condição: estar alerta - Em muitos casos, o crente cai em tentação porque não
se encontra alerta à possibilidade de ser tentado. Os crentes em geral pensam
em duas maneiras: ou pensam que são imunes às tentações, ou pensam que podem
vencer qualquer tentação que lhes sobrevenha. São atitudes arriscadas, que
trazem muitas derrotas. Precisamos estar alertas quanto às fontes de tentação,
e nos colocarmos sempre em guarda contra elas. Ver: 1 Co 16.13; 1 Pe 5.8; Ap 3.2.
13 Estejam
vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes. (1 Coríntios 16.13)
·
2ª condição: ser cheio do Espírito Santo - Com suas próprias forças, o cristão nunca poderá
derrotar as tentações. A vitória só é possível pelo poder do Espírito Santo.
Incentivamos você a buscar a plenitude do Espírito. Ler At 1.8; Ef 5.18; Fp
4.8.
8 Mas
receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da
terra. (Atos 1.8)
18 Não se
embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo
Espírito, (Efésios 5.18)
8 Finalmente,
irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for
correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa
fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. (Filipenses 4.8)
·
3ª condição: agir prontamente - A tentação deve ser vencida no momento em que surge.
Não devemos adiar a ação. A Bíblia mostra, em Tiago 1.14,15, a
progressão dos eventos que se inicia com a cobiça e se concretiza com o pecado:
14 Cada
um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Se
estivermos alertas é possível evitarmos que a tentação progrida e se torne
pecado. É importante salientarmos as consequências de um prolongamento do
problema. Temos que resolvê-lo o mais rapidamente possível.
· 4ª condição:
conhecer os livramentos bíblicos - O
texto de 1 Coríntios 10.13 afirma que para cada tentação Deus
promete um livramento, pelo qual podemos obter vitória sobre ela. A Bíblia
contém inúmeros exemplos desses "livramentos". Por esta razão, o fato
de estarmos sempre adquirindo mais e mais conhecimentos da Palavra de Deus
influirá diretamente na obtenção de vitórias. O verso do Sl 119.11 mostra
isso: 11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar
contra ti. (Salmos 119.11)
§ Diante a
tentação de natureza sexual - fuja
dela, saia correndo como se fosse para salvar sua vida, pois somos incapazes de
lutar contra ela (2
Tm 2.22).
22 Fuja dos desejos malignos da juventude e siga
a justiça, a fé, o amor e a paz, juntamente com os que, de coração puro,
invocam o Senhor. (2 Timóteo 2.22)
§ Diante as dúvidas satânicas - resista
ao diabo confiando na Palavra de Deus
(Mt 4.1-11; Tg 4.7).
7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao
diabo, e ele fugirá de vocês. (Tiago 4.7)
· 5ª condição:
obedecer pela fé - Ao enfrentarmos as
tentações, é importante que utilizemos os meios de livramento que a Bíblia nos
oferece, quer queiramos, quer não. Se formos buscar nos sentimentos o incentivo
para enfrentarmos as tentações, já perdemos a batalha. Só poderemos obedecer a
Deus pela fé, por isso precisamos cultivar o hábito de vivermos pele fé. Nós
devemos fazer o que Deus ordena, não importam quais sejam os nossos sentimentos
(Cl 2.6).
6 Portanto, assim
como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, 7 enraizados e edificados nele, firmados na fé, como
foram ensinados, transbordando de gratidão. (Colossenses
2.6,7)
·
6ª condição: orar pedindo a Deus forças para vencer as
tentações - A oração tem um papel
preponderante para se alcançar à vitória na luta contra as tentações. A Bíblia
ordena claramente que oremos tanto pela nossa própria vitória como pela de
outros.
§ Oração pela nossa própria vitória: Mt 26.41; Mc 14.38;
Lc 22.40.
41 "Vigiem
e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é
fraca". (Mateus 26.41)
§ Oração pela vitória de outros (a exemplo de Paulo em
suas epístolas): Cl 1.9-12.
9 Por essa
razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir
que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria
e entendimento espiritual. 10 E isso para que
vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando
em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e 11 sendo
fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que
tenham toda a perseverança e paciência com alegria, (Colossenses
1.9-11)
18. DISCERNINDO A VONTADE DE DEUS
Um dos benefícios de nossa salvação em Cristo é a promessa de
orientação que temos da parte de Deus. Já não somos vítimas do acaso, nem
dependemos de nossos limitados recursos no planejamento do futuro. Agora,
podemos ter certeza de que há possibilidade de termos uma vida abundante, com
um propósito certo, se permanecermos no centro da vontade de Deus. O objetivo
desta lição é nos levar a dirigir nossas vidas de acordo com a vontade de Deus.
1 – Plano Geral de
Deus Para Nossa Vida
11 Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
desejais. (Jeremias 29.11)
2 E não
vos conformeis com este século; mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus. (Romanos 12.2)
Estes versículos apresentam um belíssimo quadro da vontade de Deus para
a vida de cada crente. Seu plano para nossa vida nunca é para o mal, mas, sim,
para nosso bem. Temos a esperança de um maravilhoso futuro, como filhos de Deus,
tanto na vida presente como na eternidade. A vontade de Deus para nossas vidas,
como está revelada em Rm 12.2, apresenta três elementos básicos.
·
Primeiro lugar – é um bom plano. O texto de Jr 29.11 se acha em harmonia
com ele as palavras de Paulo.
·
Segundo lugar
– é um plano que sempre será agradável para nós em todos os aspectos. Entretanto
é um plano focado em um novo mundo.
·
Terceiro lugar
– é um plano perfeito. O plano de Deus para nossa vida é um plano
totalmente perfeito, para que se alcance o máximo de produtividade e realização
pessoal.
Qualquer outro plano é inferior a este. Ele não só diz respeito apenas
à nossa carreira, mas a todos os aspectos de nossa vida. É muito bom que comecemos
a descobrir o plano de Deus para nossas vidas, logo no início do crescimento
espiritual.
2 – Promessas
Relacionadas Com o Discernimento da Vontade de Deus
A Bíblia contem várias promessas relativas ao
discernimento da vontade de Deus, e seria muito bom que as entendêssemos. A
seguir, apresentaremos as principais.
· Deus promete
dar-nos uma orientação e direção definida - Quando procuramos saber a vontade Dele em determinada questão, não
precisamos contentar-nos apenas com uma orientação vaga. Os versos seguintes
revelam esta verdade claramente: Sl 32.8; ls 30.20,21; Jo 14.26.
8 Eu o
instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e
cuidarei de você. (Salmos 32.8)
26 Mas o
Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará
todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse. (João 14.26)
·
Deus prometeu dar-nos sabedoria para que possamos
discernir sua vontade - Ele não está
tentando esconder seus desígnios de nós. Pelo contrário, Ele está querendo
revelá-los a nós. Deus está mais desejoso de que nós o conheçamos, do que nós
de descobri-lo. Embora existam condições que precisam ser satisfeitas para que
saibamos a vontade de Deus, podemos estar certos de que Ele a revelará a nós,
se perseverarmos em buscá-las. Os versos seguintes indicam exatamente isto: Am 3.7; Cl 1.9.
7 Certamente
o SENHOR Soberano não faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos,
os profetas. (Amós 3.7)
9 Por essa
razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir
que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria
e entendimento espiritual. (Colossenses 1.9)
·
Deus promete operar em nosso interior para fazer com
que desejemos realizar a sua vontade - Sempre
que chegar o momento de realizarmos a vontade de Deus, em determinadas questões,
Ele estará operando em nós, a fim de dar-nos o desejo de cumpri-las. Essa
verdade é ensinada em Fp 2.13.
Porque Deus é que efetua
em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade. (Filipenses 2.13)
·
Deus prometeu advertir-nos quando nos afastássemos de
sua vontade - Ele nos deu recurso que
atua como uma salvaguarda. É a paz de Deus em nosso coração. Quando perdemos a
paz, precisamos parar e procurar descobrir se estamos errando no que diz
respeito à vontade de Deus. Essa paz é o fator decisivo para sabermos se
estamos ou não fazendo a vontade de Deus. Ef
4.30; Cl 3.15.
30 Não
entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia
da redenção. (Efésios 4.30)
15 Que a paz
de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver
em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. (Colossenses 3.15)
3 – Alguns Passos
Para Sabermos a Vontade de Deus
Existem algumas coisas que precisamos fazer, para
saber a vontade de Deus em determinada situação.
· Sermos
cheios do Espírito Santo - É importante estarmos cheios do Espírito Santo, pois é
isso que nos torna receptivos à vontade de Deus. Se formos um crente carnal,
isto impedirá que Deus nos revele sua vontade. At 1.8; Ef 5.18.
18 Não se
embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo
Espírito, (Efésios 5.18)
· Estudarmos a
Palavra de Deus - Grande parte do que
Deus deseja de nós no que diz respeito a atos e atitudes já nos foi revelada em
sua Palavra. É de importância vital obtermos um bom conhecimento das verdades
básicas da Palavra de Deus, pois Ele nunca dá uma orientação que esteja em
conflito com ela. Os versos seguintes indicam o papel das Escrituras no
discernimento da vontade de Deus: Js 1.8; Sl 119.105.
8 Não deixe
de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite,
para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus
caminhos prosperarão e você será bem sucedido. (Josué
1.8)
· Obedecermos
às orientações que já nos foi revelada - É importante obedecermos a todas as determinações dadas pelo Senhor.
Isso é necessário por duas razões. Primeiro, nossa obediência é uma prova de
que estamos prontos para fazer a vontade de Deus. Segundo, nossa obediência nos
torna aptos para novos passos com Deus. 1 Jo 3.22.
22 e
recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e
fazemos o que lhe agrada. (1 João 3.22)
·
Aconselhar-nos com crentes mais maduros - Quando procuramos saber a vontade de Deus em certas
questões, é bom consultarmos crentes mais maduros, que nos conheçam. A palavra
deles pode ser bastante proveitosa por causa de seu conhecimento da Bíblia e
sua sensibilidade à voz do Espírito Santo. Embora não devamos esperar que eles
tomem decisões por nós, uma palavra deles poderá ser-nos muito útil. Pv 11.14;
Cl 3.16.
16 Habite
ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros
com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com
gratidão a Deus em seus corações. (Colossenses)
·
Sermos perseverantes na oração - É através dela que obtemos o sentimento de íntima
comunhão com Deus, e nos tomamos mais alerta à sua orientação. A oração é o
meio pelo qual tiramos os fardos de nossos ombros e os colocamos nas mãos do
Senhor. Quando oramos, Deus nos revela muitas coisas. Contudo, temos que ser
pacientes, e esperar que Ele nos mostre sua vontade de acordo com o tempo por
Ele determinado. 1 Ts 5.17.
17 Orem
continuamente. (1 Tessalonicenses 5.17)
4 – Algumas Vontades de Deus Estão Claramente
Reveladas a Nós
Existem desejos de Deus que está claramente revelado a nós em Sua
Palavra. Esses desejos expressos da parte de Deus, não devem ser questionados,
mas obedecidos. Existem coisas que não temos nem que perguntarmos, pois já está
escrito. Por exemplo:
·
Divórcio –
Deus fala claramente que não é o seu desejo que o homem se separe. O divórcio
só é permitido por causa da dureza do coração do homem.
·
Evangelização
– Deus nos ordenou pregar o Evangelho a todas as pessoas.
·
Perdão –
Deus nos ensinou que devemos perdoar todos que nos feriram.
·
Amar – É
mandamento de Deus que nos amemos uns aos outros. Deus também diz que devemos
amar até nossos inimigos.
·
Santificação
– É a vontade de Deus que vivamos em santificação.
5 – Existem Situações Que a Vontade de Deus Deve Ser
Discernida Por Nós
Deus nos fez com intelecto. Ele nos criou com a capacidade de fazermos
escolhas. Essa capacidade é uma das características que nos torna semelhantes a
Deus. Durante nossas vidas seremos colocados muitas vezes diante situações onde
teremos que fazer uma escolha por algo ou por alguém. Quando fazemos uma
escolha por algo ou por alguém, consequentemente estaremos abrindo mão de
alguma outra coisa.
Precisamos compreender que existem escolhas na vida as quais Deus nos
deu o livre arbítrio para decidirmos. Por exemplo: Com quem iremos casar; qual
sabor do sorvete que iremos tomar; qual carreira profissional iremos seguir;
qual carro vou comprar; onde irei trabalhar; onde irei estudar; etc.
Entretanto na medida em que conhecemos a Deus e a Sua Palavra
encontramos ferramentas, princípios na Bíblia, que nos ajudam a discernir com
quem devemos nos casar; qual carreira profissional que devemos escolher; em
qual empresa devemos trabalhar diante de duas ou mais ofertas; etc.
Entender o valor da família, nos ajuda a discernir que tipo de família
desejamos construir. Compreender o papel do dinheiro em nossas vidas, nos ajuda
a discernir qual o tipo de trabalho devemos escolher. Conhecer o dom que Deus
nos deu, nos ajuda a escolhermos a carreira profissional. Em fim o conhecimento
de Deus, dos seus princípios, dos seus projetos e o conhecimento do nosso papel
como filhos e servos de Deus nos ajuda a fazermos escolhas coerentes com Sua
vontade.
Reflexão
À medida que formos aplicando as nossas vidas às verdades desta lição,
iremos descobrir mais e mais a vontade de Deus para nossas vidas. Lembremos de
que é muito mais fácil guiar um carro em movimento do que um carro parado. O
exercício contínuo nos ajuda a nos tornarmos melhores motoristas. O mesmo
acontece à vida cristã.
19. VIVENDO A VIDA
CRISTÃ
Nesta lição não iremos abordar nada de novo. Nosso objetivo aqui é
fazer um estudo resumido das verdades estudadas nas aulas anteriores e
reforçá-las. É importante compreendermos que todas as verdades que estamos
aprendendo se relacionam umas com as outras. Aliás, esta aula apresenta uma
série de elementos que devemos possuir, para nos qualificarmos como crentes. É
bom adotarmos a mesma atitude de Paulo para com a repetição do ensino (Fp
3:1).
1
Finalmente, meus irmãos,
alegrem-se no Senhor! Escrever-lhes de novo as
mesmas coisas não é cansativo para mim e é uma segurança para vocês. (Filipenses 3.1)
1 – Características
da Vida Cristã
·
Vivendo em Cristo - Todo crente deve procurar ter certeza de sua posição em Cristo. Se
tiver alguma dúvida acerca de sua salvação, será impossível crescer
espiritualmente. A bendita certeza da vida eterna e do perdão dos pecados é
elemento básico a uma vida cristã abundante. 2 Co 13.5.
5 Examinem-se
para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo
Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados! (2 Coríntios 13.5)
·
Ter "constância" na oração e no momento
devocional - Como já explicamos, a
oração e o momento devocional são fatores importantes para verdadeira comunhão
com Deus. É essencial que você cultive o hábito de observar tais coisas
diariamente. Elas te desenvolverão grandemente. Faça uso de um caderno de
anotações, bem como uma lista de pedidos de oração; mas não transforme sua vida
de oração apenas em apresentações de sua lista de pedidos. Fp 4.6,7; 1 Pe 2.2.
2 Como
crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que
por meio dele cresçam para a salvação, 3 agora que provaram
que o Senhor é bom. (1 Pedro 2.2,3)
· Ter
constância na comunhão com outros crentes - Todo cristão deve entender a grande importância da comunhão com outros
crentes e do seu desenvolvimento numa igreja. Geralmente, um crente isolado dos
outros se esfria espiritualmente e é mais facilmente derrotado. O crescimento
espiritual recebe um forte impulso na comunhão com os outros. Hb 10.24,25.
24 E
consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o
costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês
vêem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10.24,25)
·
Certificar-se de que está cheio do Espírito Santo - É muito importante que cada cristão se certifique de que
está cheio do Espírito Santo de Deus, pois Ele é a fonte de todo o poder para
nossa vida e das transformações que nela se passam. Ef 5.18.
18 Não se
embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo
Espírito, (Efésios 5.18)
O texto que lemos nos ensina claramente que a plenitude do Espírito
Santo é um processo contínuo. O verbo “deixem-se encher” significa
realmente "estai sendo cheios" ou “enchei-vos”. Portanto, fala de uma
ação contínua.
Paulo está dizendo que o desperdício da vida e ausência de autocontrole
encontradas na vida daqueles que se embriagam são coisas que não devem ser
vistas na vida daqueles que encontraram em Cristo a origem e o caminho da
sabedoria. Ele apresenta algo superior que deve controlar a vida de quem está
em Cristo – “deixem-se encher pelo Espírito”.
·
Aprender a vencer as tentações - É preciso que entendamos que as tentações não são
pecados, mas, um impulso inicial para se cometer um pecado. O cristão deve
saber que Deus prometeu lhe dar vitória sobre o pecado, se buscar nele o poder
e a libertação. Todo cristão sofrerá tentações, e precisa estar preparado para
elas. As tentações nos vêm de três fontes: o mundo, a carne e o diabo. Deus nos
tem revelado em sua Palavra que devemos encarar e superar as tentações. Não
devemos sucumbir à tentação e pecar, mas caso aconteça precisamos confessar
nossos pecados. 1 Co 10.13; 1 Jo 1.9.
13 Não sobreveio a vocês tentação que não
fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam
tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes
providenciará um escape, para que o possam suportar. (1
Coríntios 10.13)
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.
(1 João 1.9)
·
Cultivar o hábito da obediência - Cultive o hábito de obedecer a tudo que Deus lhe
ordena e lhe determina. Tenha autodisciplina e persistência, e você conseguirá
criar o hábito de obedecer sempre à vontade de Deus. É bom observar que só
conseguimos fazer dessa obediência um modo de vida, quando seguimos os
mandamentos de Deus, a despeito daquilo que possamos sentir. 1 Jo 3.22-24.
22 e
recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e
fazemos o que lhe agrada. 23 E este é o seu
mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns
aos outros, como ele nos ordenou. 24 Os que obedecem aos seus
mandamentos permanecem nele, e ele neles. Deste modo sabemos que ele permanece
em nós: pelo Espírito que nos deu. (1 João 3.22-24)
· Permanecer
no centro do plano divino - Somente
quando está conscientemente vivendo no centro da vontade de Deus é que o crente
tem a vida plena e abundante que Deus promete aos salvos. O plano de Deus para
nós é bom e perfeito em todos os aspectos. Ef 3.30.
30 Não
entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia
da redenção. (Efésios 4.30)
· Tornar-se
uma testemunha eficaz do evangelho - Qualquer
um que deseje realmente crescer em Cristo precisa empenhar-se no testemunho do
evangelho. Um bom modo de evangelizar é dar nosso testemunho pessoal. At 1.8.
8 "Mas receberão poder quando o
Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em
toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". (Atos 1.8)
· Aumentar o
conhecimento da Palavra de Deus - O
crescimento espiritual está intimamente relacionado com nosso conhecimento da
Palavra de Deus. Embora esse conhecimento, por si só, não produza o
crescimento, por outro lado, os outros fatores citados, sem o conhecimento, não
produzem a verdadeira maturidade espiritual. 2 Tm 3:16,17.
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e
útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na
justiça, 17 para que o homem de Deus seja apto e plenamente
preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3.16,17)
·
Viver pela fé – Todos nós precisamos viver a nova vida em Cristo. Para que possamos
vivê-la devemos deixar de sermos orientados por nossos sentimentos e princípios
do mundo. A nova vida em Cristo deve ser vivida pela fé nas Palavras de Jesus,
isto é, devemos em um ato de fé pautarmos todas nossas decisões tendo a Bíblia
como referência, como fundamento. Precisamos depositar fé naquilo que Deus diz,
em vez daquilo que sentimos ou que outras pessoas dizem a nós. Este é o único
meio de nossa fé crescer e resistir a todas as provas em que for submetida. CI
2.6,7.
6 Portanto, assim como vocês receberam a
Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele,
7 enraizados
e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de
gratidão. (Colossenses 2.6,7)
20. TESTEMUNHANDO CRISTO
O êxito ao testificar consiste em tomar a iniciativa de compartilhar
Cristo no poder do Espírito Santo, deixando os resultados com Deus.
1 - O Que é
Testemunhar?
·
É contar algo que
você viu e ouviu ou, que aconteceu com você (Atos 22.15).
15 Você será
testemunha dele a todos os homens, daquilo que viu e ouviu. (Atos 22.15)
· É comunicar a outros o que é necessário para sua
salvação: arrependimento e fé (Atos 20.21).
21 Testifiquei,
tanto a judeus como a gregos, que eles precisam converter-se a Deus com
arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus. (Atos 20.21)
· É compartilhar com outros a sua experiência com Jesus (1 João 1.3).
3 Nós lhes proclamamos o que vimos e
ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o
Pai e com seu Filho Jesus Cristo. (1 João 1.3)
2 – Comunicar o
Quê?
·
Como é a vida sem Cristo - Os problemas na vida surgem porque o espírito do
homem está separado de Deus, não recebendo orientação de Deus, e até mesmo
atuando contra Deus.
1 Vocês
estavam mortos em suas transgressões e pecados, (Efésios
2.1)
§
O espírito estava
sem comunicação com Deus (morto). Não havia paz no coração.
§
A alma, que
é o que você pensa, sente, e deseja, era controlada por você mesmo. Assim sendo
as suas decisões eram baseadas naquilo que você pensava e não na Palavra de
Deus.
§
O seu corpo sofria
por causa de suas paixões e desejos. Muitas pessoas sem Cristo entregam-se a
pratica de vários tipos de vícios.
·
Afirmar o que Jesus fez por nós - Ele pagou o preço dos seus pecados e vivificou seu
espírito.
24 Ele mesmo
levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos
para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram
curados. (1 Pedro 2.24)
·
Afirmar que não existe outro que possa fazer a mesma
coisa por alguém – A Bíblia afirma
que somente Jesus pode nos salvar e nos dar vida eterna.
6 Respondeu
Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não
ser por mim". (João 14.6)
§
Jesus é o único
que pode nos dar uma nova vida.
§
Jesus não é uma
das soluções, mas a única solução.
§
Só Jesus venceu a
morte e, portanto, só Ele pode dar vida.
3 – Dê o Seu Testemunho Pessoal
Existe um momento em que devemos contar nossa experiência com Deus.
Quando as pessoas confiam em nós, a nossa história tem um valor relevante para
elas.
· Conte como você se encontrava antes de conhecer a Jesus Cristo.
· Conte como
você entregou sua vida a Cristo.
· Conte como
sua vida mudou após este encontro. (O
que mudou?)
4 – Desafie Outros a Entregar a Vida a Jesus
Quando der seu testemunho a alguém ou comunicar o que Jesus fez por ela,
ajude-a:
·
A reconhecer
que Jesus é o único que pode livrá-la de sua situação atual e espiritual, lhe
dando vida eterna (1 Tm 2.5).
·
Pergunte a
ela se deseja mudar de vida (Lc 15.8).
·
Oriente ela
a entregar sua vida a Jesus, em um ato de fé, por meio de uma oração, reconhecendo
Ele como seu Senhor e Salvador (Jo 1.12).
5 – Por Que
Testemunhar?
·
É ordem de Deus (At
1.8).
· É um privilégio (2 Co 5.20).
§
Somos
embaixadores de Deus.
·
É uma
demonstração de amor (2 Co 5.14).
§
Estamos
oferecendo o que mais precisam
§
O amor de Cristo
nos constrange a fazer isso.
·
É necessário
porque as pessoas estão perdidas.
§ Jesus veio buscar e achar o perdido (Lc 19.10).
§
A situação da
pessoa sem Cristo (Ef 2.12).
§
Sempre haverá
pessoas prontas a ouvir.
§
Sempre haverá
pessoas precisando de Jesus (fique atento).
·
Faz parte do
nosso crescimento espiritual.
§
A pessoa salva
por Cristo é usada por Deus como instrumento para a salvação e edificação de
outros (2 Tm 2.2).
§
É grande a
alegria que sentimos ao ver pessoas sendo salvas e andando nos princípios de
Deus (3 Jo 4).
6 – Requisitos
Fundamentais Para Testemunhar
·
Ter convicção da salvação
§
1 Jo 5.13 - Não posso falar algo que não é real em mim.
·
Ter e demonstrar uma vida limpa:
§
1 Pe 3.15 - Santificar a Cristo como Senhor significa que Ele
está controlando todas as áreas de nossa vida.
§
1 Jo 1.9 - É fundamental que tenhamos os nossos pecados
confessados.
·
Interceder pelas pessoas
§
Ef 6.19/ 1 Tm
2.1 - É importante ter uma lista de
oração com nomes de pessoas que você quer que sejam salvas por Cristo.
· Crer que o espírito Santo vai agir na vida das
pessoas
§
Jo 16.8
·
Falar de Jesus
§ 1 Co 2.1,2
7 – Coisas Que
Atrapalham no Testemunho
· Pecados não confessados
§ Pv 28.13
· Ter vergonha de falar ou falta de coragem
§ Rm 1.16/ At 4.13
· Problemas de relacionamento com outras pessoas que
ainda não foram acertados
§ Rm 12.17-20
· Não saber comunicar a fé em Jesus
§ 1 Pe 3.15
·
Falta de poder do
Espírito Santo
§
At 1.8
Obs: 3 Deus já providenciou todas as coisas para que esses obstáculos sejam superados se possamos falar livremente
de Jesus Cristo. (2 Pedro 1.3)
8 – Fatores Que
Ajudam no Testemunho
·
A maneira de
falar deve ser agradável natural e pessoal
· Não entre em discussões desnecessárias
9 Evite,
porém, controvérsias tolas, genealogias, discussões e contendas a respeito da
lei, porque essas coisas são inúteis e sem valor. (Tito
3.9)
·
A apresentação do
evangelho deve ser clara, simples e compreensível.
9 – O Que Acontece
Quando Testemunhamos?
· Haverá
reações negativas – Algumas pessoas
responderam com criticas, zombaria, gozação e até perseguição.
§ At 17.32,33; 4.1-3
·
Haverá conversões – Algumas pessoas abraçarão a fé.
§
At 4.4; 17.34
30 O fruto do justo é a árvore da vida, e o que ganha almas é sábio. (Provérbios 11.30)
ESTUDOS
AVULSOS PARA SE FAZER EM CASA
A VIDA
FRUTÍFERA.
Introdução.
O propósito do
curso.
Estes
estudos têm como objetivo ajudá-lo, como já ajudaram milhares de pessoas a
desenvolver profundamente a sua vida cristã. Esta nova vida, diz a Bíblia, se
centraliza na pessoa de Jesus Cristo. Ser cristão é, pois, conhecê-Lo cada vez
mais como Senhor e Salvador. Assim sendo, estes estudos simples e práticos, que
usam a Bíblia como texto, visam ajudá-lo a adquirir uma vida realmente
frutífera.
O conteúdo do
curso.
Os
oito estudos tratam dos oito elementos básicos da vida cristã. O aluno procura
passagens relacionadas com os tópicos e responde as perguntas com suas próprias
palavras. Os tópicos são os seguintes:
1.
Você pode ter certeza da sua salvação.
2.
Sua vitória sobre o pecado está garantida.
3.
Deus garante perdão de todo e qualquer pecado.
4.
O poder da oração: você pode aproveitá-lo.
5.
O Espírito Santo: o segredo do poder.
6.
A Bíblia: luz e vida para os nossos dias.
7.
A obediência: o segredo do sucesso na vida cristã.
8.
Como compartilhar Jesus com outros.
Como usar o
curso.
Dependendo
das circunstâncias e da preferência do estudante, há pelo menos três maneiras
como o curso pode ser usado. Considerando que você já fez todos os estudos do
DISCIPULADO 01, você pode estudar sozinho, fazendo as lições de acordo com o
tempo disponível. Os oitos estudos VIDA FRUTIFERA são para lembrá-lo e fortalecer
aquilo que você já aprendeu.
Caso
você sinta necessidade conte com a colaboração de um cristão mais experimentado
que pode receber as lições, corrigi-las e desenvolvê-las.
Uma
terceira maneira é usar o curso com grupos pequenos. Os alunos se reúnem
semanalmente sob a supervisão de um líder, podendo ser o pastor ou outra
pessoa. Eles podem procurar as referências na hora da aula e compartilhar suas
respostas. Alguns professores, entretanto, preferem que os alunos façam o
estudo em casa para dedicar todo o tempo da classe ao compartilhamento. Após o
estudo do DISCIPULADO 01 você pode ser o professor de sua turma. Que Deus te
abençoe nestes estudos!
Como completar
o curso com êxito.
l.
Resolva fazer regularmente o estudo. Marque um dia da semana para seu estudo
particular. Se fizer parte dum grupo pequeno, venha à aula na hora certa, com
sua bíblia, pronto para tomar notas sobre a lição.
2.
seja fiel em fazer as tarefas que seguem cada lição. As leituras suplementares
e os versículos decorados enriquecerão bastante o valor do seu estudo.
3.
Pense em como poderia aplicar as verdades de cada lição à sua própria vida.
Procure compartilhar a lição com pelo menos um parente ou amigo.
Estudo n.º 1
(Leia a lição: CONVICÇÃO DA SALVAÇÃO)
VOCÊ PODE TER
CERTEZA DA SUA SALVAÇÃO.
O
homem que pensa, sabe que algo está errado com a humanidade. Criado à imagem de
Deus, parece incapaz de se comportar como filhos de Deus. Sua tendência pelo
contrário, é praticar o mal. Nesta lição você vai descobrir o que a Bíblia tem
a dizer quanto a este enigma. Além disso, vai descobrir que há uma maneira do
homem agradar a Deus e isto por simples ato da sua vontade.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. Porque os homens necessitam de salvação?
Romanos 3:23
2. Para que Jesus veio ao mundo?
Lucas 19:10
3. Como Cristo realizou este propósito?
Romanos 5:8
1 Pedro 2:24
1 Pedro 3:18
4. O que devemos fazer para ser salvos e receber a
vida eterna?
João 1:12
João 3:16-18
5. As boas obras são necessárias para a salvação?
Efésios 2: 8-9
Tito 3:5
6. Em que se encontra a vida?
1 João 5:11-12
7. O que acontece no momento em que cremos?
João 5:24
2 Coríntios 5:17
8. Por que podemos saber com certeza que temos a
vida eterna?
1 João 5:13
9. Como podemos saber realmente que temos a
vida eterna, visto que Satanás, o acusador dos homens (Apocalipse 12:10), nos
acusa pelos nossos sentimentos que mudam tanto?
1 Pedro 1:25
“Receber”
significa mais do que a mera aceitação intelectual dos fatos relacionados com a
vida de Cristo. Significa sujeitar-se a Cristo Jesus em todas as áreas da sua
vida, prometer-lhe lealdade e unir-se a Ele. Não há mistério. É um ato da
vontade.
Tarefas para a
primeira semana.
1. Leia durante a semana os primeiros sete capítulos
do Evangelho de João, lendo um capítulo por dia.
2. Memorize: 1 João 5:11-12.
3. Explique para algum conhecido o que devemos fazer
para receber a vida eterna.
4. O que significa para você, no se dia-a-dia, ter
certeza de possuir a vida eterna?
Estudo n.º 2
(Leia as lições: O HOMEM E O PECADO e O HOMEM E A SALVAÇÃO)
SUA VITÓRIA
SOBRE O PECADO ESTÁ GARANTIDA.
A
pessoa que se entrega a Deus não deixa de viver num mundo pecaminoso. É
possível cessar de pecar neste ambiente moralmente contaminado? Neste estudo
você vai descobrir como enfrentar o pecado tal como Jesus o enfrentou, usando a
arma que Ele usou, na certeza de que a vitória é garantida!
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. Quem é inimigo do cristão?
1 Pedro 5:8
2. Quais são os elementos principais pelos quais
somos tentados?
a. Gálatas 5:16-17
b. 1 Pedro 5:8
c. 1 João 2: 15-16
3. Que certeza podemos ter na hora da tentação?
1 Coríntios 10:13
4. Que benefício recebemos através das provações?
Tiago 1:2-4
5. Quem nos concede a força para enfrentarmos a
tentação?
Filipenses 4:13
Por que
Deus pode nos dar a vitória?
1 João 4:4
6. como podemos explicar o fato de sermos, às vezes,
vencidos pela tentação?
Tiago 1:14-15
7. O que podemos fazer para evitar a tentação?
Mateus 26:41
Tiago 4:7
1 João 2:14
8. Com quais armas podemos contar para vencer o
inimigo?
a. Atos 3:6
b. Efésios 6:17
c. Apocalipse 12:11
9. O que Jesus usou para enfrentar os ataques de
Satanás?
Mateus 4:4-7 e 10
10. Como podemos ter a Palavra de Deus sempre à
nossa disposição para alcançar vitória sobre o pecado?
Salmo 119:11
Tarefas para a
segunda semana.
1. Leia os capítulos oito a catorze do Evangelho de
João, lendo um capítulo por dia.
2. Memorize: 1 Coríntios 10:13.
3. Cite para alguém o versículo que decorou e
explique o que a memorização de versículos tem a ver com a vitória sobre o
pecado.
4. Na área em que você está sendo mais facilmente
tentado, qual é a arma que vai lhe ajudar mais? (veja pergunta 7).
Estudo n.º 3
(Leia a lição: O PERDÃO DE DEUS)
DEUS GARANTE
PERDÃO DE TODO E QUALQUER PECADO.
Parece
que as três palavras mais difíceis de serem pronunciadas em qualquer idioma
são: eu estou errado. Deus já fez a parte dele para que você esteja livre
diariamente de qualquer culpa do pecado. A sua parte - aquele parte difícil - é
a confissão. A Bíblia ensina claramente a quem devemos confessar os pecados;
quais são as conseqüências dos pecados não confessados; o grande benefício que
a confissão traz para todos os nossos relacionamentos e outras coisas mais.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. Qual é a base do perdão dos pecados?
Mateus 26:28
Efésios 1:7
1 João 1:7
2. Mesmo que nossos pecados tenham sido perdoados na
hora da conversão, podemos dizer que cessamos automaticamente de pecar?
1 João 1:8-10
3. Quais são algumas conseqüências dos pecados não
confessados?
a. Salmo 66:18
b. Provérbios 28:13
c. 1 João 1:8
4. O que devemos fazer para que Deus nos perdoe?
1 João 1:9
Além de
perdoar, que outra coisa Deus faz por nós?
1 João 1:9
5. A quem se deve confessar os pecados?
Salmo 32:5
6. Que atitude do coração caracteriza a confissão?
Salmo 38:18
7. Após a confissão dos pecados, o que mais devemos
fazer para alcançar a misericórdia?
Provérbios 28:13
8. O que esperava Davi depois de haver confessado seus
pecados?
Salmo 51:12
9. Desde que experimentamos o perdão de Deus, qual
deve ser a nossa atitude para com os outros?
Efésios 4:32
10. Qual o resultado em nossas próprias vidas, se
recusamos perdoar aos outros?
Mateus
6:15
Muitos
crêem que Deus os perdoou mas recusam perdoar-se a si mesmos. Isto eqüivale a
dizer a Deus que o sangue de Jesus não foi suficiente para este ou para pecado
particular. A misericórdia de Deus é de eternidade a eternidade para todo e
qualquer pecado.
Tarefas para a
terceira semana.
1. Leia do capítulo 15 até o fim do Evangelho de
João lendo um capítulo por dia.
2. Memorize 1 João 1:9. Recorde diariamente os
versículos decorados nas lições anteriores: 1 João 5:11-12 e 1 Coríntios 10:13.
3. Explique para alguém a maneira simples de
conseguir perdão segundo 1 João 1:9.
4. Há algum pecado que está dificultando se
relacionamento com Deus e com os outros? Confesse-o agora a Deus e, começando
hoje, inclua a confissão como uma parte fundamental das suas orações.
Estudo n.º 4
(Leia a lição: ORAÇÃO)
O PODER DA
ORAÇÃO: VOCÊ PODE APROVEITÁ-LO.
Oração
é uma das atividades fundamentais para o cristão. O Pai Celeste entregou seu
Filho para que tenhamos a salvação. Será que Ele também não nos dará as coisas
mínimas da vida? Nesta lição você vai descobrir que Deus, na sua sabedoria, é
capaz de atender de modo apropriado a todas as nossas necessidades. Entretanto,
devemos saber a maneira certa de pedir, o preparo que devemos ter e a importância
que a oração de vê ter em nosso vida.
Leia
cuidadosamente as perguntas citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. O que podemos fazer para receber ajuda para
nossas necessidades diárias?
Hebreus 4:16
2. Qual a grande dádiva dada por Deus que nos
assegura que Ele suprirá todas as outras necessidades que temos?
Romanos 8:32
3. Com que propósito Deus responde a oração?
João 14:13
4. Porque nos achegamos a Deus por meio de Jesus
Cristo?
João 14:6
1 Timóteo 2:5
5. Que devemos fazer com a finalidade de receber
alguma coisa de Deus?
Mateus 7:7
João 16:24
Tiago 4:2
6. Que coisa podemos pedir ao Senhor em oração?
Filipenses 4:6
7. Mencione algumas coisas pelas quais devemos orar.
a. Mateus 6:11
b. Mateus 9:38
c. Efésios 6:18
d. Filipenses 1:9
8. Quais são as causas pelas quais freqüentemente a
oração não é respondida?
Salmo 66:18
Tiago 4:3
9. Assinale alguns requisitos necessários para que
Deus responda a oração.
a. Salmo 138:6
b. Mateus 21:22
c. João 16:23
d. 1 João 5:14
10. Qual era uma das características da vida de
Jesus?
Mateus 14:23
Marcos 1:35
Lucas 6:12
Tarefas para a
quarta semana.
1. Leia 1 Coríntios 1-7 durante a semana, lendo um
capítulo por dia.
2. Memorize João 16:24. Não deixe de recapitular os
versículos que aprendeu nas outras semanas.
3. Compartilhe com um amigo a garantia que Deus nos
dá quanto a oração, conforme Romanos 8:32.
4. Ore sozinho, ou com um amigo, sem a preocupação
de pedir alguma coisa a Deus, mas com o propósito de agradecê-lo pelo privilégio
de falar com Ele.
Estudo n.º 5
(Leia a lição: O ESPÍRITO SANTO)
O ESPÍRITO
SANTO: O SEGREDO DO PODER.
Uma
das realidades mais importantes para o cristão, embora menos entendida, é o
ensino bíblico quanto ao Espírito Santo. Neste estudo você vai ver que o
Espírito Santo de Deus não é uma força misteriosa mas sim uma pessoa que atua
poderosamente no mundo contemporâneo. Ele habita em nós e a nossa sensibilidade
à sua presença é de suma importância.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. Que atitudes caracterizam o Espírito Santo como
pessoa?
João 16:7-8, 13-15
2. Que evidência há que o Espírito Santo é Deus?
Atos 5:3-4
3. O Espírito Santo é igual a Deus Pai e Deus Filho?
Mateus 28:19
II Coríntios 13:13
4. Qual é a obra do Espírito Santo no mundo?
João 16:8
João 16:13
João 16:14
5. Assinale algumas coisas que o Espírito Santo faz
para os crentes.
a. João 3:5; Tito 3:5
b. João 14:26
c. Romanos 8:14
d. I Coríntios 6:19
e. I Coríntios 12:13
f. Efésios 1:13
6. Quais os dois mandamentos negativos que temos
acerca da nossa relação com o Espírito Santo?
a. Efésios 4:30-31
b. I Tessalonicenses 5:19
7. Quais os dois mandamentos positivos acerca do
nosso relacionamento com o Espírito Santo?
a. Gálatas 5:16
b. Efésios 5:18
8.
Assinale alguns resultados da plenitude do Espírito Santo de acordo com Efésios
5:19-21 e Gálatas 5:22-23.
Tarefas para a
quinta semana.
1. Como você já percebeu no estudo, os livros de
Efésios e Gálatas têm muito a dizer quanto ao Espírito Santo. Leia um capítulo
de Efésios diariamente durante a semana e, no sétimo dia, leia o capítulo 5 de
Gálatas.
2. Memorize Efésios 5:18 e Gálatas 5:16 Continue
recapitulando os versículos que já aprendeu.
3. Conte para seu melhor amigo algumas coisas que
aprendeu quanto a atuação do Espírito Santo no mundo atual.
4. Leia mais uma vez Gálatas 5:22-23. Identifique o
fruto do Espírito Santo que mais necessita hoje. Ore agora para que Deus lhe
conceda em abundância desse fruto do Espírito Santo.
Estudo n.º 6
(Leia a lição: A PALAVRA DE DEUS)
A BÍBLIA: LUZ
E VIDA PARA OS NOSSOS DIAS.
Na
quarta lição aprendemos alguma coisa quanto a possibilidade e o privilégio de
falar com Deus em oração. Nesta lição veremos como Deus fala conosco mediante a
Bíblia, que também é conhecida por Escrituras e Palavra de Deus. Ela contém
história, poesias, contos, romances e, enfim, tudo que Deus precisa para
revelar o Ele é, como Ele pensa, o que Ele faz e o que Ele espera do homem.
Não
é de surpreender, então, que a Bíblia é diferente de todos os outros livros
existentes. O seu ponto de vista é divino e por isso podemos saber os fatos e
realidades que nenhum cientistas pode descobrir através da pesquisa e o sábio
não pode descobrir pelo raciocínio.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. O que diz a Bíblia de si mesma?
a. II Timóteo 3:16
b. II Pedro 1:21
2. Enumere algumas coisas que Deus diz que recebemos
de sua Palavra.
a. Salmo 19:7
b. Salmo 119:9-11
c. Salmo 119:105
d. João 15:3
e. João 17:17
f. Romanos 10:17
3. A Bíblia é comparada a que tipo de instrumento
para operar em nossas vidas?
Hebreus 4:12
4. Quanto tempo permanecerá a Palavra de Deus?
Salmo 119:89
Mateus 24:35
Pedro 1:24-25
5. A que grupo de pessoas pertence aquele que não
quer ouvir a Palavra de Deus?
João
8:47
6. Quais as implicações para o crescimento
espiritual do filho de Deus?
Atos 20:32
I Pedro 2:2
7. Qual é a vontade de Deus em relação ao
crescimento do cristão?
Romanos 8:29
Efésios 4:13b-14
8. Por que muitos cristãos não assimilam o alimento
sólido da Palavra de Deus?
I Coríntios 3:1-2
Hebreus 5:12-14
9. Segundo Jesus, que parte da Bíblia se cumprirá?
Mateus 5:18
10. Indique as quatro principais maneiras pelas
quais assimilamos a Palavra de Deus.
a. Josué 1:8; Salmo 1:2-3
b. Romanos 10:17
c. I Timóteo 4:13; Deuteronômio 17:19
d. II Timóteo 2:15
Tarefas para a
sexta semana.
1. Continue sua leitura diária em I Coríntios.
Começando com o capítulo 8, leia um capítulo diariamente até completar o
capítulo 14.
2. Memorize I Pedro 2:2-3. Recorde diariamente todos
os demais versículos.
3. Escolha a coisa (pergunta 2) mais necessária para
a sua vida hoje que pode receber através da leitura da Bíblia. Explique para um
amigo porque isso é importante para você.
Estudo n.º 7
A OBEDIÊNCIA:
O SEGREDO DO SUCESSO NA VIDA CRISTÃ.
Ninguém
gosta duma criança desobediente. Ela irrita os pais, incomoda os amigos e passa
a maior parte do tempo de castigo quando deveria estar desfrutando da vida. Na
Bíblia, Deus usa a figura pai-filho para ensinar a necessidade de um
relacionamento baseado na confiança e obediência absoluta.
Nesta
lição você vai descobrir que a obediência aos princípios divinos está
relacionada com a oração, perseguição e, por incrível que pareça, com a sua
capacidade de entender a vontade de Deus para a sua vida.
A
obediência é, de fato, a maneira principal pela qual manifestamos que realmente
estamos levando Deus a sério.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com suas
próprias palavras.
1. Depois de haver nascido na família de Deus, que
tipo de filho você deve ser?
I Pedro 1:14
2. Depois de haver crido em Cristo Jesus, como você
pode provar que ama a Deus?
João 14:15-21
João 15:10-14
3. Existe alguma coisa que agrada a Deus mais do que
a obediência?
I Samuel 15:22
4. Qual é a relação entre obediência e oração?
I João 3:22
5. Que atitude você deve manter quando a total
obediência à Palavra de Deus implica em perseguição e sofrimento?
Hebreus 12:3
I Pedro 2:21-23
6. Quanto tempo se deve esperar para obedecer?
Salmo 119:60
7. Que atitudes acompanham a verdadeira obediência?
Salmo 40:8
Salmo 100:2
Efésios 6:6
8. Qual o papel da obediência em relação a Deus?
João 7:17
9. Qual é uma das provas de que conhecemos a Deus?
I João 2:4
10. Quais as bênçãos que recebemos por meio da
obediência?
Êxodo 19:5
Isaías 1:19
Isaías 48:18
João 15:10
Tarefas para a
sétima semana.
1. Continue sua leitura diária. Nos primeiros dois
dias, leia I Coríntios 15 e 16. Para completar a semana, leia diariamente uma
capítulo de Tiago.
2. Memorize João 14:21. Recorde todos os versículos
decorados nas lições anteriores. Dedique um tempo extra com aqueles que acha
mais difícil de citar.
3. Conte para um amigo uma situação onde achou muito
difícil obedecer a Deus mas, mesmo assim, conseguiu.
4. Qual é a bênção (pergunta 10) que você mais
necessita? Que área da sua vida precisa submeter completamente a Deus para que
Ele conceda esta bênção?
Estudo n.º 8
(Leia a lição: TESTEMUNHO)
COMO
COMPARTILHAR JESUS COM OUTROS.
Quem
aceita Jesus como Salvador e começa a desfrutar das bênçãos duma nova vida acha
muito natural falar dessa pessoa e do seu amor.
Falar
do encontro com Jesus, porém, é mais do que um simples prazer; é uma
responsabilidade que todos os filhos de Deus têm. Daí vêm os problemas. Muitas
pessoas acham-se incapazes de falar da Bíblia.
Se
você se encaixa neste quadro, esta lição traz surpresas agradáveis. Deus tem
tantas maneiras de nos ajudar - e gosta de nos ajudar - fornecendo todo o
equipamento necessário para que tenhamos êxito em falar do Salvador.
Leia
cuidadosamente as passagens citadas e responda as perguntas por escrito com
suas próprias palavras.
1. Qual é o plano de Jesus para que o mundo conheça
as Boas Novas do Evangelho?
Mateus 28:19-20
Marcos 16:15
Atos 1:8
2. Quem tem a responsabilidade de falar de Jesus
Cristo aos outros?
II Coríntios 5:18-20
3. Enumere algumas razões pelas quais não falamos de
Jesus aos outros.
a. Provérbios 29:25; João 12:42-43
b. Atos 4:20
c. Romanos 1:16; II Timóteo 1:8
4. Enumere algumas maneiras pelas quais você pode
falar do Evangelho com mais desembaraço e eficiência.
a.
João 15:5
b. Atos 4:13
c. Atos 4:29; Colossenses 4:3
5. Qual deve ser o tema principal na sua
apresentação do Evangelho?
I Coríntios 15:3-4
6. Os versículos abaixo apontam vários elementos
importantes na apresentação do Evangelho. Quais são eles?
a. Romanos 3:23
b. Romanos 6:23
c. Hebreus 9:27
d. Romanos 5:8
e. Efésios 2:8-9
f. João 1:12
7. Quem pode falar de Jesus?
II Coríntios 4:13
II Coríntios 5:20
8. A quem devemos falar do Evangelho?
Marcos 5:19
João 1:41-42
João 4:39
Atos 28:23, 30-31
9. Devemos confiar exclusivamente em nosso poder
persuasivo para que uma pessoa aceite o Evangelho? Por que?
Zacarias 4:6b
I Coríntios 2:4
I Tessalonicenses 1:5a
10. A que instrumento a Palavra de Deus é comparada
para abrir o coração do homem e o que esse instrumento faz?
Instrumento O que ele
faz
Isaías 55:10-11
|
|
|
Jeremias 23:29
|
|
|
Romanos 10:17
|
|
|
Hebreus 4:12
|
|
|
Tarefas para a
oitava semana.
1. Continue lendo um capítulo da Bíblia diariamente.
Esta semana leia os quatro capítulos de Filipenses e os primeiros três capítulo
de Colossenses.
2. Memorize Marcos 16:15. Não se esqueça de recordar
os versículos anteriores.
3. Que tal ter um modelo de como apresentar o
Evangelho? Em Atos 26:1-29, o apóstolo Paulo dá seu testemunho pessoal. uma
análise desta passagem vai ajudá-lo muito a saber como você pode explicar o que
Cristo fez na sua vida. Leia a passagem cuidadosamente e escreva o número do
versículo que corresponde a cada item deste resumo:
a. Paulo
toma a iniciativa e é cortês. (v. )
b. Ele
descreve sua vida rebelde antes de conhecer a Cristo. (v. )
c. Ele
relata a experiência da sua conversão. (v.
)
d. Ele
afirma o resultado da sua conversão. (v.
)
e. Ele
proclama o Evangelho de Jesus Cristo. (v.
)
f. Ele
convida seus ouvintes para que aceitem a Cristo como Salvador. (v. )
4. Usando o esboço acima, conte para alguém nesta
semana como você chegou a aceitar Cristo como Salvador e convide esta pessoa a
aceitá-Lo também.
Controle de
tarefas feitas.
Marque com um “x” o item que
você cumpriu das tarefas apresentadas para cada semana.
1ª Semana
( ) 1. Li João 1:7
( ) 2. Decorei I João 5:11-12
( ) 3. Expliquei para alguém como receber a
vida eterna.
( ) 4. Escrevi o que significa para mim possuir
a vida eterna.
2ª Semana
( ) 1. Li João 8-14.
( ) 2. Decorei I Coríntios 10:13.
( ) 3. Citei para alguém o versículo decorado e
expliquei como isso ajuda na vitória sobre o pecado.
( ) 4.
Identifiquei a arma que vai má ajudar a vencer minhas tentações.
3ª Semana
( ) 1. Li João 15-21.
( ) 2. Decorei I João 1:9.
( ) 3. Expliquei para alguém como conseguir
perdão.
( ) 4. Confessei me pecado a Deus.
4ª Semana
( ) 1. Li I Coríntios 1-7.
( ) 2. Decorei João 16:24.
( ) 3. Compartilhei com um amigo sobre oração.
( ) 4. Orei, agradecendo a Deus pelo privilégio
de falar com Ele.
5ª Semana
( ) 1. Li o livro de Efésios e Gálatas 5.
( ) 2. Decorei Efésios 5:8 e Gálatas 5:6.
( ) 3. Contei para meu amigo algo sobre a
atuação do Espírito Santo nos nosso dias.
( ) 4. Identifiquei e orei pelo fruto do
Espírito Santo que mais necessito.
6ª Semana
( ) 1. Li I Coríntios 8-15.
( ) 2. Decorei I Pedro 2:2-3.
( ) 3. Escolhi o que seria muito importante
para mim através da leitura da Bíblia e expliquei o porque disso para meu
amigo.
7ª Semana
( ) 1. Li I Coríntios 15-16 e Tiago.
( ) 2. Decorei João 14:21.
( ) 3. Contei uma situação que foi difícil eu
obedecer a Deus, para meu amigo.
( ) 4. Identifiquei a bênção que mais
necessito.
8ª Semana
( ) 1. Li filipenses e Colossenses.
( ) 2. Decorei Marcos 16:15.
( ) 3. Analisei a passagem de Atos 26:1-29.
( ) 4. Contei para alguém como
[1] A ORIGEM DO PECADO - Sem dúvida que
discutir a origem do pecado nos faz pensar a respeito da existência do mal.
A base dogmática do
maniqueísmo é o dualismo que consiste na admissão de dois princípios opostos e
igualmente eternos: o Bem e o mal. São duas naturezas integradas por princípios
contrários, sendo uma intrinsecamente boa e a outra essencialmente má. Uma vez
convertido, Agostinho iniciou um trabalho de refutação do maniqueísmo (seita
fundada por Manis ou Manés).
Segundo Agostinho Deus é o
supremo e infinito bem, sobre o qual não há outro: é o bem imutável e,
portanto, essencialmente eterno e imortal. Todos os demais bens naturais têm Nele
sua origem, mas não são de sua mesma natureza. O que é da mesma natureza que Ele
não pode ser mais que Ele mesmo. Todas as demais coisas, que foram feitas por Ele,
não são o que Ele é. E posto que só Ele é imutável, tudo o que fez do nada está
submetido a mutabilidade e a mudança.
A chave da questão está justamente no fato do mal não ter
existência em si mesmo, pois tudo o que
existe e na medida em que existe é essencialmente bom. Logo, o mal é a privação
no ser de alguma coisa boa, de alguma perfeição que foi corrompida. O mal não
pode destruir totalmente o bem presente nos seres, do contrário haveria o
retorno ao nada. Enfim, o mal é simplesmente não-ser.
Deus não criou o mal no sentido moral.
"Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não
subsiste o mal" (Salmo 5:4-5). Deus não tenta ninguém, pois ele é a fonte
de "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tiago 1:13-17).
A palavra
"mal" em Isaías 45:7 vem de uma palavra original que pode ter vários
sentidos. Neste contexto e em outros, onde Deus faz ou traz o mal, a palavra
significa "calamidade" ou "punição". É o oposto de paz.
Deus usaria Ciro para "abater as nações" (45:1). Em 45:8, Deus
promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma
linguagem. Os males que Deus ameaçou trazer em 2 Reis 22:16 foram punições e
calamidades (veja Josué 23:15, onde aparece a mesma palavra no original).
O mal não foi criado por Deus, o mal é a ausência da
luz e do bem primeiramente em Lúcifer (Satanás) e depois no homem.
[2] Credo Apostólico - Creio em Deus Pai,
Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único
Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da
virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao
Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para
julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja
Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do
corpo; na vida eterna. Amém.
[3]
No hebraico, a palavra traduzida por “arrepender” em Gênesis 6:6, por exemplo,
é נחם (nacham). Essa palavra tem vários
significados, veja: estar sentido, ter pena, ter compaixão, lamentar, sofrer
pesar, arrepender, confortar-se, ser confortado e aliviar-se (Dicionário Strong).
Portanto,
o texto de Gênesis 6:6 sofreu uma “infelicidade” na tradução de muitas bíblias
em português e em outros idiomas também, pois hoje em dia nós automaticamente
assimilamos o significado da palavra “arrepender-se” com “sentir pesar por um
erro cometido”. A melhor tradução seria que o senhor se entristeceu.
[4] Nacham
aqui tem o sentido de voltar atrás - arrependimento.
[5] Os Pergaminhos do Mar Morto - No terceiro século aC, os livros do
Antigo Testamento foram traduzidos ao grego por uma equipe de 70 estudiosos
judeus, com a obra acabada sendo chamada de LXX (que significa "70")
ou de Septuaginta (a palavra latina derivada da frase "a tradução dos
setenta intérpretes"). A Septuaginta foi certamente utilizada e citada
pelos apóstolos, inclusive Paulo, em seus escritos. Os manuscritos mais antigos
da LXX incluem alguns fragmentos do primeiro e segundo séculos.
Em 1947, os Manuscritos do Mar Morto
foram descobertos na área de Qumran em Israel. Vários pergaminhos datam entre o
quinto e primeiro séculos aC. Os historiadores acreditam que os escribas judeus
mantiveram o local para preservar a Palavra de Deus e proteger os escritos
durante a destruição de Jerusalém em 70 dC. Os Pergaminhos do Mar Morto
representam quase todos os livros do Antigo Testamento, e comparações com
manuscritos mais recentes mostram-lhes praticamente idênticos - os principais
desvios são grafias dos nomes de alguns indivíduos e vários números citados nas
Escrituras.
Os Pergaminhos do Mar Morto são um
testemunho da precisão e preservação do Antigo Testamento e dão confiança de
que o Antigo Testamento que temos hoje é o mesmo usado por Jesus.
[6] Didaquê ou Instrução dos Doze Apóstolos (Διδαχń, "ensino",
"doutrina", "instrução") - É um escrito do século I que trata do catecismo cristão, isto é, um
conjunto de instruções ou preceitos cristãos. É constituído de dezesseis
capítulos, e apesar de ser uma obra pequena, é de grande valor histórico e
teológico.
Quanto à sua autenticidade, é de senso
comum que o mesmo não tenha sido escrito pelos doze apóstolos, ainda que o
título do escrito lhes faça menção. Contudo, estudiosos acreditam na compilação
de fontes orais tendo recebido os ensinamentos que resultaram na elaboração do
texto. Também é senso comum que tenha sido escrito por mais de uma pessoa.
[7] Curiosidades com relação à palavra baptizo
- Quando o Rei Tiago quis traduzir
a Bíblia para o inglês no século XVII, reuniu um grupo de eruditos para
realizarem a tradução. Quando se depararam com a palavra grega baptizo, sabendo
que ela significava “imergir”, tiveram um problema, pois a Igreja da Inglaterra
batizava por aspersão. A pedido do rei, ao invés de a palavra ser traduzida,
ela foi anglicanizada, virando “batizar”, como aparece nas Bíblias em inglês e
português.
A antiga obra Didaquê (70-90 d.C.),
embora permitindo a aspersão na ausência de água suficiente, prescreve a
imersão como forma prioritária de batismo.
[8]
SACRAMENTOS – Para a teologia reformada Ceia e Batismo são sacramentos, ou
seja, sinais externos e visíveis de uma bênção interna e espiritual que tem o
poder de tornar mais segura as promessas de Deus a nós. Para nós batistas
são ordenanças que simbolizam uma bênção espiritual e que exige fé da parte
daquele que a observa. Já a teologia Católica opta pelo termo sacramento, mas
afirma que são sete: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Ordenação, Matrimonio,
Penitência e Extrema Unção.
[9]
CEIA – Recebe diversos nomes como: eucaristia, comunhão e partir do pão.
[10]
INSTITUIU A CEIA – Instituindo a Ceia, por ocasião da páscoa, Jesus estava se
colocando na posição do cordeiro pascoal (Jo 1.29, 32; Is 53.7; 1 Co 5.7). O
sangue de Jesus nos proporcionou livramento.
[11]
MEMORIAL – Este ponto de vista foi defendido por Zwínglio, principal líder da Reforma Protestante na Suíça. De
acordo com esta posição, a Ceia é simplesmente simbólica, lembrando vivamente
ao comungante aquilo que Cristo fez a seu favor. Cristo está presente apenas no
sentido em que está sempre presente para o cristão, mediante a habitação
interior do Espírito Santo.
[12]
UNIÃO MISTICA – Na missa, os elementos do pão e do vinho, quando devidamente
consagrados por um sacerdote ordenado de acordo com a tradição apostólica são
transformados no corpo e sangue de Cristo. A Igreja Católica acredita que
substancialmente eles são verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo, isto é
conhecido como transubstanciação. A afirmação de que o sacerdote oferece
Cristo no altar soa como blasfêmia. Este ato desconsidera um único sacrifício
expiatório feito de uma vez por toda no Calvário (Hb 7.27; 9.12). Eles estão
sacrificando a Cristo todas às vezes que celebram a eucaristia.
Em oposição à doutrina da
transubstanciação, Lutero apresentou a doutrina da consubstanciação. No entender de Lutero durante a Ceia do Senhor a carne e o sangue de Jesus se juntam ao pão e ao
vinho. Assim Jesus se faz presente na Ceia e quem toma a Ceia come o corpo de
Jesus junto com o pão e o vinho.
[13]
REPREENSÃO DE PAULO – O apóstolo Paulo aconselha seus leitores a que façam um
autoexame para depois participar da Ceia do Senhor. Isto tem o objetivo de
levar o crente a fazer um conserto em seu relacionamento com Deus e com o
próximo. Sérias consequências poderão advir à vida de quem participa
indignamente da Ceia.
[14] William R. "Bill" Bright foi
um evangelista estadunidense. Fundou a Campus Crusade for Christ, uma
organização mundialmente conhecida. Escreveu vários livros e publicações, entre
elas o folheto As quatro leis espirituais.
[15] O Epicurismo foi
uma doutrina filosófica criada pelo filósofo grego Epicuro (341-271 a.C.), o "profeta do
prazer e da amizade". A felicidade consiste em assegurar-se com o máximo
de prazer e o mínimo de dores, por meio da saúde do corpo e do espírito. Esse
conceito difundido por Epicuro está enraizado no Hedonismo. Ou seja, deu origem
a uma doutrina filosófica e moral que tem como base o "prazer", modo
de obtenção da felicidade humana.
[16] Ascetismo é uma doutrina filosófica que
defende a abstenção dos prazeres físicos e psicológicos,
acreditando ser o caminho para atingir a perfeição e equilíbrio moral e espiritual. Para os ascetas – praticantes do
ascetismo – o corpo físico é fonte de grandes males, sendo inútil em termos
espirituais, e renegam todos os desejos carnais ou mundanos. Por esta razão, é
comum do ascetismo a pratica de penitências físicas, como flagelações, dietas
rigorosas e frequentes jejuns.