A VIDA É MELHOR A PARTIR DO MOMENTO QUE RECONHECEMOS NOSSA FRAGILIDADE
Sl 39:4-6
INTRODUÇÃO: A neblina surge muitas vezes durante a madrugada, com a queda da temperatura, e logo que o sol começa a nascer, a neblina desaparece. O período de vida da neblina é muito curto. Tiago 4:14 (provavelmente o meio irmão de Jesus) compara nossa vida com a neblina. Ele quer nos ensinar através desta comparação que nossa vida é passageira, e, é de pouca duração. É sempre um pouco assustador enfrentar a velocidade com que nossos anos voam. Mas precisamos estar bem preparados para vive-la bem.
Só podemos viver bem na medida que reconhecemos nossa fragilidade, porque passamos:
1 – A reconhecer que não somos eternos (Sl 39:4)
Temos um fim! Davi buscou ajuda de Deus enquanto lutava contra a brevidade da vida. Davi sabia que sua vida diante de Deus, não passava de neblina, ele chega a dizer que na presença de Deus o prazo de sua vida não é nada.
O reconhecimento de que somos passageiros neste mundo nos ajuda a reconhecer que somente Deus é eterno. A dor e a morte nos fazem ver o quanto somos fracos.
Todos os dias pessoas morrem, por doenças, alvejadas por balas perdidas ou encomendadas, atropeladas, etc. Todos os dias vemos vidas sendo ceifadas antes da hora. Contudo parece que continuamos indiferentes a isso, parece que não percebemos que a qualquer momento pode chegar a nossa hora. Não somos eternos e precisamos aceitar essa verdade (Rm 6:23). Só temos em nós a eternidade a partir do momento em que nos ligamos a Cristo Jesus, porque só ele tem a vida em si mesmo; e nós só temos vida enquanto ele nos der vida (Jo 11:25).
2 – A valorizar a saúde (1 Ts 5:23)
O texto diz que devemos conservar íntegros o nosso espírito, alma e nosso corpo, isto significa, que Deus quer a conservação do homem todo; e não apenas uma parte do homem.
(Fp 1:20) – Paulo diz que Cristo será engrandecido em seu corpo. Devemos também engrandecer Cristo em nosso corpo.
Não quero dizer que se alguém está com câncer não pode engrandecer Cristo no corpo, pelo contrario, ele pode dando testemunho de Cristo mesmo na doença. Contudo não podemos deixar de cuidar do nosso corpo, pois quanto melhor ele estiver, mais condições temos de evangelizar, de lutar pela paz, pela justiça.
Valorizar a saúde não significa ser fanático em malhação, ser vegetariano, mas é ter moderação, equilíbrio em tudo que diz respeito ao corpo.
3 – A olhar para este mundo de forma diferente (Sl 39:5-6)
Muitas pessoas vivem como se este mundo fosse sua eterna habitação. Muitos acreditam que só existe essa vida e lutam desesperados para obterem dinheiro e poder, para poderem viver essa única vida de forma prazerosa. Davi diz o seguinte a respeito disso: “...; em vão se inquieta: amontoa tesouros e não sabe quem os levará”.
Contudo a Palavra de Deus diz que não devemos amar este mundo (1 Jo 2:15-17). O mundo passa, isto é, o mundo se acaba e só permanecerá aquele que faz a vontade do Pai.
Quando reconhecemos nossa fragilidade passamos a ver a fragilidade de nossos irmãos, dos seres humanos de forma geral, de toda criação. Nossos valores são substituídos, passamos não a amar o dinheiro e o poder, mas a valorizar a vida. Quando reconhecemos que não somos eternos passamos a valorizar mais o homem do que suas conquistas.
Olhamos para o mundo não como o lugar onde “eu” viverei eternamente, mas como um lugar de peregrinação. Olhamos para este mundo como um lugar onde nossa fé e provada; como um lugar onde temos a oportunidade de mostrar o amor de Deus que é derramado em nós; até o dia em que Ele há de nos levar para a Nova Jerusalém.
4 – A buscar em Deus sabedoria para viver cada dia de nossas vidas (Sl 25:4; 27:11; 86:11)
Davi buscava ensino de Deus para poder viver de forma que agradasse a Deus. Lucas diz que Davi tinha o coração segundo o coração de Deus (At 13:22).
CONCLUSÃO: Moisés (Sl 90:12) ora também a Deus para que o ensinasse a contar os dias, para que ele (Moisés) pudesse ter um coração sábio. O reconhecimento de nossa fragilidade não nos faz fracos, pelo contrario nos faz fortes. O QUE CONTA NÃO É O QUANTO, MAS COMO VOCÊ VIVE.
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
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