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quarta-feira, 6 de junho de 2012

REFLEXÃO 48 - JESUS "O MESTRE"


JESUS “O MESTRE”
Mt 21.18-22

Talvez você esteja pensando porque será que o autor colocou as palavras o mestre entre aspas. Por que será que deu esta ênfase a este título?
Eu decidi colocar aspas nas palavras “o mestre” para que você possa perceber que Jesus é o mestre dos mestres, Ele é o grande mestre. Podemos perceber isso no texto que iremos refletir hoje (Mt 21.18-22).


Diz o texto que Jesus numa certa manhã quando voltava para Jerusalém, após ter passado a noite em Betânia, sentia fome. No caminho ele encontrou uma figueira, a qual ele se aproximou com o fim de apanhar um fruto nela. Contudo nada encontrou, a não ser folhas. Então disse a figueira: “Nunca mais dê frutos!” Imediatamente a figueira secou.
Este texto tem sido analisado de duas maneiras.
A primeira leitura é uma leitura alegórica, onde a figueira representa Israel.
A partir desta visão podemos dizer que Jesus sentia fome. A fome é uma necessidade básica de todos os seres vivos para sua sobrevivência. Era natural que uma figueira produzisse figo. Através do fruto da figueira, Jesus poderia ter sua fome suprida.
A humanidade sente fome espiritual. Todo ser humano tem necessidade de encontrar-se com Deus, tem sede natural pela vida. Essa sede pela vida, ainda que desconhecida de muitos, provém do desejo pela eternidade e pelo Eterno.
Deus é fonte da vida! Deus é eterno! Somente em Jesus Cristo o homem poderá ter essa sede saciada.  No fim a sede pela vida é manifestação da fome espiritual que todo ser humano possui.
A nação de Israel era a figueira onde deveríamos encontrar o fruto que mataria nossa fome espiritual. Contudo Israel como Estado falhou em seu papel. A figueira não produziu o fruto esperado. A palavra de ordem contra a mesma foi decretada. Sua missão de saciar a fome espiritual da humanidade foi tirada da mesma. Isso é! Israel como Estado deixou de ser a referência para a humanidade se aproximar de Jesus Cristo. Essa missão foi transferida para a Igreja, a qual identificamos como a nova Israel de Deus; não formada pelas leis humanas ou caracterizada pela descendência carnal com Abraão, mas formada pelos fiéis, isto é, por todo aquele que confessa Jesus Cristo como Senhor e selada pelo Espírito de Deus.  
A segunda leitura é amarrada com a continuação da história. Percebemos claramente que na continuação dessa história a ênfase de Jesus recai sobre a fé.
É exatamente aqui que me impressiono com Jesus, por isso, a ênfase que dou nele como “o mestre”.
Pode nos parecer uma cena comum a de Jesus ir até essa figueira, e não encontrando nada, amaldiçoá-la para que nunca mais dê fruto. Afinal uma figueira que não tem fruto, quando se deveria ter; é uma figueira inútil. Coisas inúteis não têm sentido de existir.
Mas é impressionante que Jesus viu naquela árvore inútil, uma oportunidade de transformá-la em algo útil. Através da morte da figueira, Jesus, despertou a curiosidade dos seus discípulos, para então lhe ensinar sobre a fé.
 Olho para mim e percebo como sou falho em aproveitar as oportunidades do dia-a-dia para ensinar.
Muitas foram as viagens com meus filhos em que poderia ter aproveitado pequenos detalhes para despertar neles a curiosidade para então lhes ensinar sobre Jesus, sobre a fé e sobre o grande amor de Deus por nós.
Jesus tinha a capacidade de ver oportunidades onde normalmente nada vemos. Jesus sabia despertar a curiosidade para que o ensino ficasse marcado no coração de seus discípulos.
Que possamos aproveitar as oportunidade, pois elas estão em todos os lugares, e por meios delas despertarmos a curiosidade daqueles que desejamos alcançar, para que o ensino se torne eficiente e interessante.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
06/06/2012

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