JESUS “O MESTRE”
Mt 21.18-22
Talvez você esteja pensando porque
será que o autor colocou as palavras o mestre entre aspas. Por que será que deu
esta ênfase a este título?
Eu decidi colocar aspas nas
palavras “o mestre” para que você possa perceber que Jesus é o mestre dos
mestres, Ele é o grande mestre. Podemos perceber isso no texto que iremos
refletir hoje (Mt 21.18-22).
Diz o texto que Jesus numa certa
manhã quando voltava para Jerusalém, após ter passado a noite em Betânia,
sentia fome. No caminho ele encontrou uma figueira, a qual ele se aproximou com
o fim de apanhar um fruto nela. Contudo nada encontrou, a não ser folhas. Então
disse a figueira: “Nunca mais dê frutos!” Imediatamente a figueira secou.
Este texto tem sido analisado de
duas maneiras.
A primeira leitura é
uma leitura alegórica, onde a figueira representa Israel.
A partir desta visão podemos dizer
que Jesus sentia fome. A fome é uma necessidade básica de todos os seres vivos
para sua sobrevivência. Era natural que uma figueira produzisse figo. Através
do fruto da figueira, Jesus poderia ter sua fome suprida.
A humanidade sente fome espiritual.
Todo ser humano tem necessidade de encontrar-se com Deus, tem sede natural pela
vida. Essa sede pela vida, ainda que desconhecida de muitos, provém do desejo
pela eternidade e pelo Eterno.
Deus é fonte da vida! Deus é
eterno! Somente em Jesus Cristo o homem poderá ter essa sede saciada. No fim a sede pela vida é manifestação da fome
espiritual que todo ser humano possui.
A nação de Israel era a figueira
onde deveríamos encontrar o fruto que mataria nossa fome espiritual. Contudo
Israel como Estado falhou em seu papel. A figueira não produziu o fruto
esperado. A palavra de ordem contra a mesma foi decretada. Sua missão de saciar
a fome espiritual da humanidade foi tirada da mesma. Isso é! Israel como Estado
deixou de ser a referência para a humanidade se aproximar de Jesus Cristo. Essa
missão foi transferida para a Igreja, a qual identificamos como a nova Israel de
Deus; não formada pelas leis humanas ou caracterizada pela descendência carnal
com Abraão, mas formada pelos fiéis, isto é, por todo aquele que confessa Jesus
Cristo como Senhor e selada pelo Espírito de Deus.
A segunda leitura é
amarrada com a continuação da história. Percebemos claramente que na
continuação dessa história a ênfase de Jesus recai sobre a fé.
É exatamente aqui que me
impressiono com Jesus, por isso, a ênfase que dou nele como “o mestre”.
Pode nos parecer uma cena comum a
de Jesus ir até essa figueira, e não encontrando nada, amaldiçoá-la para que
nunca mais dê fruto. Afinal uma figueira que não tem fruto, quando se deveria
ter; é uma figueira inútil. Coisas inúteis não têm sentido de existir.
Mas é impressionante que Jesus viu
naquela árvore inútil, uma oportunidade de transformá-la em algo útil. Através
da morte da figueira, Jesus, despertou a curiosidade dos seus discípulos, para
então lhe ensinar sobre a fé.
Olho para mim e percebo como sou falho em
aproveitar as oportunidades do dia-a-dia para ensinar.
Muitas foram as viagens com meus filhos em que poderia ter aproveitado pequenos detalhes para despertar neles a curiosidade
para então lhes ensinar sobre Jesus, sobre a fé e sobre o grande amor de Deus
por nós.
Jesus tinha a capacidade de ver
oportunidades onde normalmente nada vemos. Jesus sabia despertar a curiosidade
para que o ensino ficasse marcado no coração de seus discípulos.
Que possamos aproveitar as
oportunidade, pois elas estão em todos os lugares, e por meios delas despertarmos
a curiosidade daqueles que desejamos alcançar, para que o ensino se torne
eficiente e interessante.
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
06/06/2012
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