SEMEAR SEMPRE
Alguns anos atrás assisti uma ministração de Rick
Warren onde ele dizia que devíamos nos concentrar em lançar as sementes as
pessoas que estavam prontas para produzir, isto é, que devíamos orientar nossos
esforços para lançar as sementes na terra boa. Para explicar seu pensamento, o
pastor Rick Warren, usou a figura de uma pescaria. Sua ilustração nos fez
pensar na escolha certa do lugar para lançarmos as redes ou a vara de pescar. O
que desejamos pescar, perguntou ele? Bagre, pintando, dourado, tubarão, etc. O
peixe que desejamos pescar se encontra em que lugar do rio ou mar? Preciso ir onde o peixe está. Depois ele
disse que devemos usar a isca certa. Cada peixe prefere um tipo de comida. Uma
vez escolhido o peixe, precisamos escolher a isca certa. E conduziu seu
discurso para que procurássemos pescar as pessoas que estavam prontas para serem
fisgadas, sedentas pelo evangelho.
Naquela ocasião fiquei extremamente empolgado com
suas palavras, embora fosse óbvio que se nos concentrássemos em trabalhar nas
vidas que estavam prontas para receber o evangelho teríamos um melhor
resultado, e não desperdiçaríamos nosso tempo com pessoas que não desejam um
compromisso com Cristo.
Admito que hoje não vejo esse ensino, embora
verdadeiro em seu conteúdo, como o desejo expresso do Senhor Jesus Cristo a
nós. Ao perguntarmos o que desejamos pescar? Selecionamos um grupo especifico
de pessoas. Então devemos nos perguntar: Jesus deseja uma igreja dividida por
raças, classes econômicas, idade, sexo, etc.? Não! Jesus lutou para que todos
fossemos um e nos tornássemos iguais. Portanto criar uma igreja para ricos e
outra para pobres, uma para o vovô e outra para os jovens, outra para punk,
etc., é ensinar a cada um a amar somente aqueles que parecem consigo mesmo.
Entretanto, não desconsidero a necessidade de igrejas com estilos próprios para
alcançar determinadas tribos urbanas. Mas é necessário que cada uma destas
igrejas ensinem a amar o outro e a respeitar suas diferenças. Podemos ter culto
com linguagem própria para aquelas pessoas que desejamos alcançar, mas não
podemos incentivar a diferença e o distanciamento um do outro.
Por que entrei neste assunto se o nosso tema é semeando
sempre? É que hoje estava lendo a parábola do semeador (Mc 4.3-20), e me
recordei da ministração do Dr. Rick Warren. A parábola do semeador nos ensina
que nosso dever é lançar as sementes.
Nessa parábola, quatro tipos de solos foram
apresentados por Jesus, entretanto, estes solos apenas figuram quatro tipos de
pessoas que recebem a semente. Diferentemente da relação do agricultor e o
solo, não temos controle sobre o coração dos homens. Os resultados não estão
sob nosso domínio. Á ação da Palavra sobre os que a receberam pertencem a Deus.
O que podemos fazer? Orar e clamar para que Deus abra os olhos e ouvidos dos
perdidos, a fim de que eles sejam alcançados pelo Evangelho.
Não devemos escolher a quem pregar, mas estarmos
atentos para as oportunidades que nos forem dadas. Todas as pessoas são alvas
do amor de Deus, embora possamos ter maior facilidade de dialogar com
empresários ao invés de funcionários, ou quem sabe, com jovens ao invés de
adultos. Nossa educação, trabalho, em fim, o meio em que vivemos contribui com
certeza para que tenhamos maior facilidade de dialogo com alguma classe mais
especifica; entretanto não podemos nos fechar para ninguém, mas certamente atrairemos
um tipo mais específico de pessoas ao nosso redor. Em fim podemos concluir que devemos
semear sempre!
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário