GRANDES IGREJAS, PEQUENOS LÍDERES
Josué Campanhã (Ed
Hagnos)
Frases
Capítulo 1 ao 3
1.
Jesus era um
líder servo. Um líder servo é servo da missão e lidera servindo os que estão na
missão com ele (Wilkes, Gene C. O último
degrau da liderança. São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 2002).
2.
A verdadeira
liderança servil começa quando o líder se humilha para cumprir a missão que lhe
foi confiada, em vez de servir aos seus interesses pessoais (Wilkes, Gene C. O último degrau da liderança. São Paulo:
Ed. Mundo Cristão, 2002).
3.
A missão de
Jesus dividia-se em duas partes: dar a sua vida para salvação das pessoas e
criar uma equipe de liderados que propagassem essa mensagem para o mundo
inteiro e para as gerações seguintes.
4.
O líder-servo
diz o que fazer, mostra como fazer, permite que o liderado faça e então observa
seu desempenho. Elogia o progresso e acerto ou redireciona comportamentos e
ações.
5.
Um líder-servo
como Jesus age com base na essência do seu caráter e na essência da sua missão.
6.
A grandeza de
um líder não é definida pela quantidade de poder que ele tem em suas mãos, mas
pela forma como se torna eficiente para usar esse poder.
7.
Pessoas que
desejam tornar-se líderes voltadas para o serviço enxergam a vida como uma
missão, e não como uma carreira. Isto faz com que se desviem da liderança
egocêntrica.
8.
Liderança pode
significar ensino, treinamento, tarefas, incentivo, orientação, correção,
decisões, planejamento, resolução de conflitos, etc..
9.
As pessoas que
passam a liderar podem ver essa posição como uma forma de “poder” o que pode
ser muito ilusório. Um líder não é apenas alguém que detém o poder para
conduzir um grupo a alcançar um objetivo.
10. Jesus nunca ofereceu um cargo aos seus discípulos,
desta forma nunca ofereceu a eles poder visível que pudessem assumir.
11. Jesus ofereceu uma liderança baseada na capacidade
deles influenciarem pessoas a segui-los. Jesus ofereceu uma liderança baseada
em sonho a ser conquistado. Jesus ofereceu uma liderança baseada na tarefa de
implantar o sonho no mundo presente. Jesus ofereceu a eles a oportunidade de
liderarem servindo.
12. É fato que sobre o líder atual pesam algumas
responsabilidades: proporcionar e manter o ritmo da organização, garantir a
eficácia, expressar e defender valores, ter uma vida pessoal que inspire
outros.
13. Princípios da liderança:
a.
Princípio da
visão
b.
Princípio das
metas
c.
Princípio do
amor (habilidade pessoal – relacional)
d.
Princípio do
domínio próprio (caráter)
e.
Princípio da
comunicação
f.
Princípio da
oportunidade – olhe para o mundo atual e aproveite as oportunidades, crie
caminhos, para atingir os objetivos do grupo.
g.
Princípio da
perseverança – insistência mesmo diante as dificuldades.
14. Os líderes não podem servir a outras pessoas apenas
com palavras; precisam servir com atitudes. As atitudes referendam as palavras
de um líder e lhe dão credibilidade.
15. O orgulho impede a criação de relacionamentos
profundos e mantém as pessoas apenas no campo das tarefas. Essa postura leva os
líderes a ter apenas o desejo de serem servidos para alcança resultados e não a
fortalecer os relacionamentos para, através deles, alcançar resultados.
16. O líder-servo como um pastor implica entender que os
liderados são o principal produto deste líder. O pastor prioriza as pessoas
acima das tarefas, mas não descuida das tarefas.
17. A informação por si só é fria. (...) A informação só
produz serviço se penetrar na mente e no coração das pessoas e gerar algum tipo
de transformação nos sentimentos e nos relacionamentos.
18. Poder, delegação e desenvolvimento de líderes são
três áreas conexas na vida de Jesus. Ele concedeu aos discípulos poder para
fazerem a obra, delegou-lhes autoridade para exercerem suas tarefas e os
treinou. Eles estavam desta forma capacitados para servirem o mundo fazendo
discípulos de todas as nações.
19. Jesus investiu o potencial máximo da sua vida e liderança
no desenvolvimento de novos líderes. Serviu de modelo para mentorear outros.
Mentorear não equivale a transferir conhecimento para outra pessoa, mas servir
de modelo e se possível caminhar com ela para seu crescimento.
20. O coração do líder pulsa por resultados e o coração
do líder-servo pulsa por resultados na vida das pessoas. Um líder de uma igreja
deseja não só resultados operacionais, mas transformação de vidas.
21. A arte da liderança consiste em “libertar as pessoas
para fazerem o que lhes cabe, da maneira mais eficiente e humana possível” (Max
De Pree, Liderar é uma Arte, pg. 15).
Obs.: Existe um falso conceito
de mentorear na vida eclesial. Mentorear é visto como alguém que busca ajuda de
um “guru”, onde se espera respostas prontas. Um mentor ensina através de sua
experiência, mas não toma as decisões para o aprendiz. Um mentor ajuda a
refletir, mas não faz a reflexão do aprendiz.
Capítulo 4 – Características
de um Líder Que é Servo
·
O que um líder
faz para deixar marcas em sua geração.
·
Uma mente voltada para a vida. Sua missão era produzir vida.
·
Uma mente perseverante. Jesus não perdia o foco, sabia que tudo que fizesse tinha por objetivo
gerar vida.
·
Uma mente humilde.
A humildade esta ligada a simplicidade. A simplicidade tem a ver com a abdicação
à ganância.
·
Uma mente pura.
É bem difícil para os líderes conservarem a mente pura. A competição, até mesmo
entre igrejas hoje, a corrupção e as reações adversas de outras pessoas tiram a
mente do foco da pureza. Sem contarmos luxuria, avareza, inveja e a ansiedade
que estão na moda.
·
Uma mente sensível. Jesus serviu as pessoas porque foi sensível a elas.
Capítulo 5 – Passando Pelo
Processo De Se Tornar Um Líder-Servo
·
“O caráter de
um servo deve ser de entrega total em quatro áreas: a cabeça, o coração, os
joelhos e a língua”. Conforme Miller, a cabeça deve ser dominada pela
humildade, o coração pela obediência, os joelhos pela entrega e a língua pela
confissão (Calvin Miller. Nas Profundezas de Deus:...).
·
A atuação de
Jesus baseou-se na escolha de uma equipe para desenvolver sua visão e servir às
pessoas.
·
É preciso
cruzar a linha entre ser um líder tradicional e ser um líder-servo.
·
Possivelmente o
ego de um líder é o inimigo número um do serviço. A tendência do ego é atrair
para si todos os interesses e benefícios da liderança em detrimento dos
liderados. Quanto mais o ego é alimentado pelos símbolos de poder, mais o líder
se distancia da possibilidade de servir.
·
Um líder que
não entende o significado da obediência na liderança dificilmente conseguirá seguir
as diretrizes da missão. A obediência é uma parte essencial do espírito de
servo, Jesus, mesmo sendo um grande líder, seguiu o tempo todo as diretrizes da
missão que lhe havia sido dada por Deus.
·
O projeto de
Jesus deu certo porque ele trabalhou na dependência de Deus Pai e investiu em
seus discípulos para que dessem continuidade em sua missão. Jesus mostrou que
um líder não chega a lugar algum sozinho. Não se vive na autossuficiência.
·
Submeter a
missão à Um líder pode ser
comparado a um vaso.
o
O vaso abriga a
semente que se tornará uma planta. O líder abriga um legado que é a sua missão.
O vaso não pode se tornar mais vistoso que a planta ou que a missão. O vaso
serve de suporte para a planta, assim como o líder serve de suporte para a
missão ou legado.
o
O vaso é
vistoso, pois sustenta e ajuda na beleza da planta. O líder é visto, pois
sustenta a missão e ajuda em seu crescimento.
o
A planta é
maior que o vaso, assim como a missão é maior que o líder.
·
O sacrifício de
um líder para atingir uma missão é mais apaixonante do que a superficialidade
da vida de um líder que abandonou a missão para atingir apenas seus objetivos
interesseiros.
·
Focalizar na
realização da visão à Provérbio chinês: “Se sua visão é para um ano, plante trigo. Se sua
visão é para uma década, plante árvores. Se sua visão é para toda a vida,
plante pessoas”.
·
A transformação
de pessoas envolve sentimentos, raciocínio, mudança de mentalidade e mudança de
vontade.
·
Jesus não
morreu para organizar uma igreja. Ele foi mártir de uma causa, mas morreu pelas
pessoas e pela qualidade de vida das pessoas.
·
Numa visão
correta as coisas são usadas e as pessoas são valorizadas. A visão de Jesus não
era iniciar um empreendimento, mas transformar a vida das pessoas.
·
Jesus plantou
nos discípulos a mesma visão: transformar vidas e não construir
empreendimentos.
Capítulo 6 – O Programa de
Treinamento de Líderes-servos de Jesus
·
Jesus investiu
a maior parte de seu tempo em relacionar-se com os seus doze discípulos mais
próximos.
·
Primeiro passo:
Jesus escolheu 12 homens de maneira estratégica. Ele orou muito para isso. A
escolha não foi técnica, nem política, mas estratégica. A Escolha de Jesus não
se baseou no que os 12 eram, mas no que poderiam se tornar.
·
Segundo passo:
Jesus conferiu aos 12 homens autoridade.
·
Terceiro passo:
Aprofundou o relacionamento com esses homens para influir na própria vida
deles.
·
Quarto passo:
Os enviou em missões de teste.
·
Quinto lugar:
Passou o bastão para os 12.
·
O segredo de
Jesus não estava na forma como ele desenvolveu seu programa de treinamento, mas
nos princípios usados para perpetuá-lo.
·
A liderança é
relacional - Jesus se relacionou com seus discípulos porque desejava servi-los.
Jesus conseguiu servir seus discípulos por causa da sua humildade.
·
Muitos líderes
se concentram mais no sonho do que na equipe. Jesus se concentrou mais nos
discípulos do que no sonho.
·
Jesus não aprofundou o relacionamento com seus discípulos
ficando no escritório com eles oito horas por dia, como fazem muitos líderes
hoje. Ele os levou a muitas festas, teve momentos a sós com sua equipe para
conversas francas, fez milagres incríveis como a multiplicação de pães, reuniu
seus discípulos com sua mãe e seus irmãos, e viveu momentos extremamente
especiais, como quando lhes lavou os pés.
·
Ensinar não é
garantia de aprendizado. Uma pessoa pode ser o melhor líder do mundo, mas se
não souber usar alguns métodos de ensino verá seus objetivos frustrados. Para transmitir alguns princípios efetivos, é preciso que o
ensino seja vivencial.
·
O líder é
aquele que deve estar sempre pronto a criar novos paradigmas didáticos no
exercício da liderança.
·
É preciso
ensinar os liderados a pensar, a aprender e a trabalhar.
·
Testar
gradualmente a vida e a liderança das pessoas que compõem uma equipe pode ser
uma boa estratégia ao preparar o ambiente na compreensão da liderança para o
serviço. Jesus testou seus discípulos várias vezes. Esse processo de testes
implica medir as resistências, vencer as barreiras e migrar para uma nova forma
de pensar. Quando um líder submete seus liderados a alguns desses testes, está
criando as condições para que eles entendam o significado do serviço não apenas
de forma teórica, mas experiencial.
·
Jesus não
escreveu nenhum manual com orientações para seus discípulos, mas ensinou para
eles como deveriam pensar e agir. Estes princípios serviam para todas as
situações, mesmo as imprevistas.
·
Jesus não
estava pensando em criar mais uma religião, nem formar um grupo de homens
regidos por regras, mas um grupo de líderes prontos para servir e transformar a
vida das pessoas em qualquer parte do mundo.
·
Um dos grandes
problemas do treinamento de líderes é que as organizações normalmente criam
réplicas. O novo líder normalmente recebe é um conjunto de regras que devem ser
obedecidos. Não se transmite os princípios, mas os manuais.
·
Para que um
líder tenha sucesso precisa ter sucesso em sua missão pessoal de vida. A
trajetória proporcional à sua trajetória pessoal. Assim o líder é alguém que
não fica esperando as coisas acontecerem, mas trabalha para que aconteçam
dentro de uma visão específica relacionada à sua missão de vida.
·
Não vale a pena
ser líder se não for possível deixar marcas na vida das pessoas.
·
Um líder não
fica apenas ensinando, mas aprende com seus liderados também. Um bom líder tem
a capacidade de ouvir e analisar os fatos e mudar seus próprios pensamentos.
·
Visão não é
algo que eu pego, mas é algo que me pegue.
·
Os apóstolos
perpetuaram a missão de Jesus e tiveram sucesso porque focaram o alvo.
·
A própria
missão produziu gente disposta a servir a sofrer. Talvez um dos grandes
problemas da liderança na atualidade é que ela produz resultados imediatos e
pessoas que anseiam por ser servidas, e não por sofrer. Esse paradigma requer
uma mudança de cultura e mentalidade nos líderes e nas organizações.
·
Para um líder
deixar um impacto duradouro, é preciso enfrentar a cultura atual, manter-se
fiel ao objetivo sem ter a preocupação de sucesso imediato, e cultivar a
paciência e não a pressa.
·
O líder que
pensa apenas na pescaria de hoje dificilmente desenvolverá uma missão que
repercuta na história.
Capítulo 7 – Ser, Conhecer e
Agir Como Um Líder-Servo
·
Um dos
princípios da filosofia de Jesus é que os líderes-servos não estão preocupados
com posições. Servem independentemente das posições ou cargos que ocupam.
·
Servir não é
fazer aquilo que as pessoas querem, mas aquilo de que elas precisam. Não se
trata de satisfazer caprichos ou desejos, mas de atender necessidades.
·
As pessoas atualmente não são convidadas a servir o líder,
mas a uma missão. As pessoas não querem servir a uma pessoa, mas a um propósito
maior do que elas.
·
O Império Romano investiu em seu exército para conquistar
mais povos. Por um bom tempo conseguiu expandir seus domínios através da força
de armas e de uma "boa" política. O que restou deste Império? Jesus
investiu na vida de doze homens para conquistar o coração dos povos. Ainda hoje
seu Império continua crescendo.
Capítulo 8 – Como Construir Grandes Igrejas Com
Líderes-Servos
·
Às vezes nos
preocupamos tanto em construir uma grande igreja que nos esquecemos de servir
às pessoas.
·
Os líderes
tendem a ficar fascinados com os símbolos de poder que tem em suas mãos, como o
prédio da igreja, o microfone, o carro ou mesmo o número de pessoas que lidera,
o líder deve desenvolver “símbolos de serviço”.
·
Símbolos de
serviço:
o
servir para
formar novos líderes que impactem a próxima geração.
o
Ter uma visão,
cumprir e envolver a equipe no processo.
·
Mudança de
mentalidade implica que os líderes precisam reaprender a liderar. Reaprender
implica desaprender, ou abrir mão de algo que se sabe, se crê e se pratica para
a emergência de um novo conceito.
·
A confiança
também cria um laço forte entre o líder e os seus liderados capaz de superar as
falhas e os fracassos.
·
Os líderes
sempre falharam e os líderes da próxima geração também falharão. No entanto, a
confiança sustentará os relacionamentos e fará com que os líderes não sejam
avaliados apenas no que fazem, mas especialmente pelo que são.
·
A pergunta que
todo líder deve fazer a si mesmo todas as manhã é: De que forma eu estou sendo
útil para a minha geração? O que você está produzindo hoje que não irá
decompor-se?
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