A CIÊNCIA CRISTÃ - A Arte da Cura pela Mente
Em
artigo publicado na revista Defesa da Fé - edição nº. 13 de julho/agosto de
1999 - abordamos a Seicho No Ie como o movimento otimista do Japão. A Ciência
Cristã pode ser denominada o movimento otimista dos Estados Unidos da América.
Há uma identidade de ensino entre as duas entidades religiosas naquilo que é
fundamental para ambas - a negação da realidade da matéria. A Seicho No Ie tem
a sua força de atração num sistema de cura sem remédios, alegando que toda
doença só existe na mente da pessoa e que mudada a maneira de pensar,
ignorando-se os sintomas da doença, esta desaparece e isto sem remédios. Do
mesmo modo procede a Ciência Cristã. A Seicho No Ie ensina que: "O homem
não é matéria, não é corpo carnal, não é cérebro, não é célula nervosa, não é
glóbulo sangüíneo, nem é o conjunto de tudo isso. Ao lerdes a SEICHO NO IE e
conhecerdes a Verdade, se sois curados de doenças, é porque houve a destruição
daquele sonho inicial" (As Sutras, da Seicho No Ie).
A
Ciência Cristã tem ensino idêntico: a matéria não existe. Em seguida vêm outros
ensinos que se seguem à negação da matéria: pecado, doença, dor: "Sujeita
a doença, o pecado e a morte à regra da saúde e da santidade na Ciência Cristã,
e certificar-te-ás de que esta Ciência é demonstravelmente verdadeira, pois
cura o doente e o pecador como nenhum outro sistema pode fazê-lo. A Ciência
Cristã, bem compreendida, conduz à harmonia eterna" (CS, 337-38). Essa é a
sua fonte de atração.
História
O
livro base da Ciência Cristã é Ciência e Saúde Com a Chave das Escrituras, cuja
primeira edição foi publicada em 1875. Este livro, considerado a `bíblia` da
seita, foi escrito pela fundadora Mary Baker Glover Patterson Eddy.
Durante
sua infância, teve diversos períodos de enfermidade e depressão. Com 17 anos,
tornou-se membro da Igreja Congregacional (Ciência e Saúde, p. 351). Casou-se
três vezes: a primeira vez quando tinha 22 anos, com George W. Glower, que
morreu sete meses depois; o segundo casamento com Daniel M. Petterson, de quem
se divorciou; e o último casamento com Asa G. Eddy. À medida que se casava, ao seu
nome de origem foram sendo acrescentados os nomes de seus esposos, daí passou a
chamar-se Mary Baker Glower Patterson Eddy. Em 1862, Mary Baker Eddy consultou
o famoso Dr. Phineas Parkhurst Quimby uma vez que sofria de constantes ataques
nervosos e de um mal da espinha que a afetava física e mentalmente. Quimby
seguia orientação de um médico francês Charles Poyen, um mes-merista, adepto de
Franz Anton Mesmer, médico alemão ocultista.
Esse
médico pretendia ter descoberto no ímã o remédio para todas as doenças.
"Todo ser vivo possuiria um fluído magnético misterioso -capaz de passar
de um indivíduo para outro, estabelecendo influências recíprocas e curas"
(Citado em Pergunte e Responderemos, 401/1955, pp. 37-38). De modo que os
ensinos da Ciência Cristã estão aliados ao ocultismo. A própria Mary Baker
declarou: "Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, os fatos
importantes relacionados com o espírito e com a superioridade deste sobre a
matéria, e denominei `Ciência Cristã` a minha descoberta" (idem, p. 38). A
palavra ocultismo é de origem latina ocultus e significa escondido, misterioso,
duvidoso. A Bíblia é explícita em proibir práticas ocultistas em Dt 18.10-12:
"Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem
encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo
aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o
Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti". Essa proibição é repetida em
Ap 21.8; 22.15.
Origem
de Seus Ensinos
Em
1° de fevereiro de 1866, Mary Baker Eddy, sofreu uma queda no gelo ficando sem
sentidos por algumas horas. O médico diagnosticou como choque traumático e
possível deslocamento da espinha. Mary não tomou os remédios receitados. Nesse
período passou a ler os Evangelhos em sua casa. Lendo a cura do paralítico por
Jesus, e, ainda influenciada pelas idéias de Quimby, sentiu-se curada. Este é o
milagre básico da Ciência Cristã e adquiriu o título de "A Queda Milagrosa
em Lynn". Sabemos por meio da Bíblia que os milagres não são provas
definitivas da aprovação de Deus para ensinos que divirjam da sua Palavra (Mt
7.21-24). Depois de dez anos, em 1875, publicou o livro base Ciência e Saúde
(CS). Em 1879, foi fundada a Igreja do Cristo Cientista, tendo na presidência a
sua fundadora. Em 1881, ela foi eleita pastora. A 2 de dezembro de 1910, Mary
Baker Glower Patterson Eddy morreu com a idade de 89 anos, apesar de seu ensino
haver negado a doença e a morte. Em vida escreveu sobre ela mesma:
"Ninguém pode tomar o lugar da Virgem Maria, o lugar de Jesus Cristo, o
lugar da autora de Ciên-cia e Saúde, adescobridora da Ciência Cristã"
(Retrospection and Introspection, p. 70).
Ensinos
Confrontados com a Bíblia
A
Ciência Cristã não é nem cristã nem é ciência. Se seus ensinos fossem cristãos,
deveriam se ajustar àquilo que os cristãos crêem com apoio bíblico. Entretanto,
vamos notar que a maioria dos seus ensinos diverge frontalmente dos ensinos
cristãos.
1.
Bíblia
Alega a Ciência Cristã que seus ensinos estão alicerçados
na Bíblia e, por conseguinte, ela pode ser aceita como cristã. Declara:
"Poder-se-á negar que tenha autoridade bíblica um sistema que age em
conformidade com as Escrituras?"
(CS, p. 342).
Entretanto, pesquisando o livro base - -Ciência e Saúde -
encontramos que a escritora declara ter encontrado contradições na Bíblia. Ela
afirma com relação ao relato da criação em Gn 1 e 2. "A Ciência do
primeiro relato prova a falsidade do segundo. Se um é verídico, o outro é
falso, pois são antagônicos" (CS p. 522). Ora, nenhuma contradição existe
entre o relato de Gênesis 1 e 2. No primeiro, resumidamente, se fala da criação
do primeiro casal (Gn 1.26-28) e, em Gênesis 2, se fala descritivamente dessa
mesma criação.
Falando sobre o livro de Apocalipse declara: "Esse
anjo (falando de Ap 1.3) ou mensagem que vem de Deus, envolto em nuvem,
prefigura a Ciência Cristã (idem, p. 558). Sobre o Sl 23.6, diz: "Bondade
e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei
na casa [a consciência] do [Amor] para todo o sempre". Como vemos, a
expressão `casa do Senhor` é substituída pela palavra entre colchetes, a
`consciência`. Acrescentando palavras à Bíblia Mary Baker procura com isso dar
apoio integral ao seu livro dizendo: "Um Cientista Cristão necessita da
minha obra Ciência e Saúde como seu livro-texto, e o mesmo acontece com todos
os seus alunos e pacientes" (Idem, p. 456).
Escreveu ela ainda: "Onde quer que uma Igreja da
Ciência Cristã seja estabelecida, o seu Pastor é a Bíblia e o meu Livro"
(Misc. Writings, p. 383). O livro tem três divisões; a) Os ensinos; b) Chave
das Escrituras; c) As -Curas. A sua declaração é a característica de seitas que
buscam na -Bíblia apoio para os seus ensinos e logo depois abandonam a Bíblia
sob falsas alegações. Está escrito: "Porque eu testifico a todo aquele que
ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar
alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste
livro". Como vemos o acréscimo às Escrituras é condenado (Ap 22.18).
2.
Deus
O Deus da Ciência Cristã não é um ser pessoal. Dizem:
"Deus é o Princípio da metafísica divina" (p.112).
"Deus é Tudo em tudo."
Deus é o bem. O bem é a Mente.
Deus, o Espírito, sendo tudo, a matéria nada é.
"A Vida, Deus, o bem onipotente, nega a morte,
o mal, o pecado, a doença" (idem, p. 113).
Refutação Bíblica
A Bíblia afirma que Deus é uma pessoa espiritual. Longe de indicar
que Deus é um princípio, a Bíblia declara: Deus é uma pessoa espiritual. Afirma
o escritor do livro de Hebreus: "Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes
últimos dias pelo Filho, o qual sendo o resplendor da sua glória, e a expressa
imagem da sua pessoa..." (Hb 1.1,3). O texto mostra que Jesus é a expressa
imagem de seu Pai. Sendo Jesus uma pessoa, e sendo a expressa imagem do Pai, é
óbvio que o Pai é também uma pessoa. Filipe, um discípulo de Jesus, pediu-lhe:
"Senhor, mostra-nos o Pai". Jesus respondeu: "Estou há tanto
tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e
como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai
está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai,
que está em mim, é quem faz as obras" (Jo 14.8-10). Além disso, lemos de
atributos pessoais de Deus como segue:
Deus ama - "... Deus é amor" (1 Jo 4.8);
Deus é misericordioso - "Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou" (Ef 2.4).
Deus é piedoso - "Jeová, o Senhor, Deus misericordioso
e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade" (Êx 34.6).
Deus fala e se identifica a Moisés como uma pessoa -
"E o Senhor desceu numa nuvem, e se pôs ali junto a ele; e ele apregoou o
nome do Senhor. Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o
Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência
e verdade" (Êx 34.5-6).
3.
Jesus
O ensino da Ciência e Saúde sobre Jesus envolve vários
aspectos da pessoa Dele.
1.
Nega a humanidade
de Jesus
"A virgem-mãe concebeu essa idéia de Deus, e deu a seu
ideal o nome Jesus - isto é, Josué, ou Salvador" (idem, 29). "O Cristo,
como idéia espiritual ou verdadeira de Deus, vem hoje, como outrora, pregando o
Evangelho aos pobres, curando os doentes e expulsando males" (idem, 347).
Refutação Bíblica
Incrível esse ensino de que a Virgem Maria nunca tivesse
concebido o corpo de Jesus e que ela deu à luz a uma idéia e essa idéia
chamava-se Jesus. Conforme a Bíblia, o anjo Gabriel anunciou a Maria:
"Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá
com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado
Filho de Deus" (Lc 1.35). Essa criança tinha um crescimento normal:
"E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e
os homens" (Lc 2.52). Logo, a Ciência Cristã está errada ao afirmar que
Jesus era incorpóreo, pois Jesus tinha corporeidade. Se assim não fosse, por
que Paulo declara de Jesus: "Porque nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade" (Cl 2.9).
2.
Jesus e o Cristo -
duas pessoas
"Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua
natureza divina, a santidade que o animava" (CS, p. 26).
"O Cristo morou eternamente como idéia no seio de
Deus, o Princípio divino do homem Jesus, e a mulher percebeu essa idéia
espiritual, se bem que de começo fracamente desenvolvida" (idem, p. 29).
"O Cristo eterno, seu eu espiritual, jamais
sofreu" (idem, p.38).
"Na época em que Jesus sentiu nossas fraquezas, porém, Ele
ainda não havia superado todas as crenças da carne ou seu sentido de vida
material, nem se havia elevado à sua demonstração final do poder
espiritual" (idem, p. 53).
Refutação Bíblica
Como vemos, Cristo não passava de uma idéia impessoal que
habitou temporariamente em Jesus, um ideal, algo invisível, incorpóreo. A
Bíblia diz que Jesus nasceu o Cristo: "Pois na cidade de Davi, vos nasceu
hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11). "Então, uns
cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo:
Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu? (Mt 26.67-68). Os membros do
Sinédrio sabiam que Cristo estava diante deles de modo visível e corporal.
Pedro declara: "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro..." ( 1 Pe 2.24; 3.18).
A Bíblia declara que Jesus tinha um corpo: "Por isso,
ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste"
(Hb 10.5). A Bíblia responde aos que negam que Jesus tivesse um corpo humano
real, que Ele nasceu; que cresceu; que Ele comeu e bebeu; que Ele chorou; que
Ele sofreu agonia e suou gotas de sangue. Foi crucificado e furado pela lança
romana. Do seu lado saiu sangue e água. Hoje retém seu corpo humano glorificado
no céu (Fp 3.21).
3.
Nega a eficácia da
morte de Jesus na Cruz
"Um só sacrifício, por maior que seja, é insuficiente
para pagar a dívida do pecado" (idem, p. 23).
"Acaso a teologia erudita considera a crucificação de
Jesus principalmente como um meio de conceder perdão fácil a todos os pecadores
que o peçam e estejam dispostos a ser perdoados?" (idem p. 24)
Refutação Bíblica
A Bíblia mostra que a nossa redenção está baseada na morte
de Cristo e o sangue de Cristo é apontado como meio de purificação de nossos
pecados. "Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das
ofensas, segundo as riquezas da sua graça" (Efésios 1.7).
4.
A Matéria e o Homem
Não Existem
"... a matéria parece existir, mas não existe"
(CS 123).
"O homem não é matéria; não é constituído de cérebro,
sangue, ossos e de outros elementos materiais."
"Refutar o testemunho do sentido material não é tarefa
difícil, desde que se tenha admitido ser falso esse testemunho" (CS-396).
"MATÉRIA: Mitologia... outro nome para a mente mortal;
ilusão!"... (p. 591).
Refutação Bíblica
O primeiro livro da Bíblia - Gênesis - começa com as
seguintes palavras: "No princípio criou Deus os céus e a terra"
(1.1). Assim, se observa que a matéria existe, que a matéria é uma substância.
A primeira declaração bíblica é uma negação do ensino mais importante da
Ciência Cristã. Em Gênesis 2.7 está escrito: "E formou o Senhor Deus o
homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o -fôlego da -vida; e o homem
foi feito alma vivente".
Deus criou o homem com uma natureza material (o corpo) e
uma natureza espiritual (alma e espírito) como se lê em 1 Ts 5.23:"... e
todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".
Consideremos, então: se o ensino mais importante da Ciência
Cristã é que a matéria não existe e se a Bíblia declara o contrário, então o
seu ensino mais importante é antibíblico. Deve ser abandonado. Não só antibíblico,
mas anticientífico. Falando francamente: os membros da Ciência Cristã vivem tal
qual como os outros vivem, possuindo suas casas, seus automóveis, bens
materiais, inclusive dinheiro no banco. Negam que o alimento preserve a vida,
e, no entanto tomam regularmente suas refeições. Criticam a medicina e os
remédios e, no entanto, fazem uso freqüente deles. Declaram que a morte é uma
ilusão da mente mortal, e que não devemos crer na realidade dela. Consoante o
seu ensino, a morte não pode sobrevir a ninguém que não crê na realidade. E, no
entanto, ela morreu. Incoerências e mais -incoerências!
4.
Doença
"Se a Ciência Cristã acaba com os deuses populares - o
pecado, a doença e a morte - é o Cristo, a Verdade, que destrói esses males e
prova assim a nulidade deles" (CSCE, p. 347).
"Compreender que a doença é formada pela mente humana,
não pela matéria, nem pela mente divina, acaba com o sonho de moléstia"
(p. 396).
Refutação Bíblica
Para se ver a incongruência do ensino da Ciência Cristã com
relação à negação da doença, basta considerar o ensino contraditório que
estabelecem: "Se devido a um ferimento ou outra causa um Cientista Cristão
for acometido de dor tão violenta que não possa tratar-se mentalmente a si
mesmo - e se os Cientistas não conseguirem aliviá-lo - o sofredor pode chamar
um cirurgião, para que este aplique uma injeção hipodérmica, e então, acalmada
a crença na dor, poderá cuidar mentalmente do seu próprio caso. É assim que
`julgamos todas as coisas e retemos o que é bom` -(p. 464).
A Ciência Cristã considera toda a ciência médica e
cirúrgica não somente sem valor, mas como positivamente má. Nega a validade das
leis estabelecidas pela ciência, e seus ensinamentos são irracionais e
perigosos. Na sua pretensa ciência, não há fraturas, não há luxações, não há
doenças ou enfermidades. Declara: "Por que dar apoio aos sistemas
populares de medicina, quando o médico talvez seja um infiel e talvez perca 99
pacientes, enquanto a Ciência Cristã cura todos os 100 que lhe competem? Será
porque a alopatia e a homeopatia estão mais em moda e são menos
espirituais?" (p. 344). As suas teorias da irrealidade da matéria
significariam que um termômetro inexistente registraria uma temperatura
inexistente num corpo inexistente.
A propósito, diz a Bíblia sobre a doença: "Naqueles
dias Ezequias adoeceu duma enfermidade mortal" (Is 38.1). O profeta não
veio a Ezequias e disse: "Tu não estás doente. Isso é resultado de falsa
crença; rejeite essa crença e tu te sentirás curado". Nada disso. Ao
contrário. De acordo com o v. 21, lemos: "Tomem uma pasta de figos, e a
ponham como emplasto sobre a chaga; e sarará". O profeta reconheceu: que
Ezequias estava doente; e recomendou que se colocasse uma pasta de figo sobre a
doença, e o doente foi curado.
5.
Pecado
"Está o homem perdido espiritualmente? Não, ele só
pode perder em sentido material. Todo pecado é da carne. Não pode ser
espiritual. O pecado existe, aqui ou no além, apenas enquanto durar a ilusão de
que haja mente na matéria. É noção de pecado, e não uma alma pecaminosa, o que
se perde" (idem -p. 311).
"O pecado, a moléstia, tudo quanto parece real ao
sentido material, é irreal na Ciência divina" (p. 353).
"O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer" (
p.475).
Refutação Bíblica
Se realmente não houvesse pecado, por que Jesus então veio
ao mundo para salvar os pecadores? (Lc 19.10; 1 Tm 1.15) Teria Jesus vindo ao
mundo para salvar o homem da falsa idéia do pecado considerando que o pecado
não existe, pois ensina a Ciência Cristã que o homem é incapaz de pecar? Quando
Jesus disse, por exemplo, que não veio buscar os justos, mas os pecadores ao
arrependimento, dizia Ele que veio salvar os homens da idéia falsa de que há
pecado? Se fosse assim, então Jesus não teria vindo ao mundo para salvar do
pecado, mas salvar da falsa idéia de que o pecado existe. João Batista anunciou
a chegada de Jesus, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo" (João 1.29). Paulo afirmou que o Evangelho verdadeiro tem como o
centro a seguinte mensagem: "... que Cristo morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras" -(1 Co-rín-tios 15.3-4).
Conclusão
A Ciência Cristã ensina sobre ensinos conflitantes.
"Se duas afirmações se contradizem diretamente e uma delas é verdadeira, a
outra tem de ser mentirosa. Será a Ciência assim contraditória?" (p. 358).
A sua pergunta é respondida afirmativamente: Sim. A Ciência Cristã é
contraditória por afirmar que não existe pecado quando o pecado existe.
AUTOR DESCONHECIDO
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