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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

HISTÓRIA 3 - A CONQUISTA DOS ASTECAS

A Conquista dos Astecas

A conquista dos Astecas começou a ser planejada quando os exploradores Francisco Córdoba e Juan de Grijalva, que estiveram visitando a costa do México retornaram trazendo boas notícias acerca daquele Império, o que deixou o governador de Cuba Diogo Velasquez,  bastante inspirado com a idéia de organizar uma expedição para explorar e conquistar a região, tendo nomeado Hernán Cortés para dirigí-la.
Hernán Cortés era um tabelião que acompanhou o governador Diogo Velasquez na conquista de Cuba em 1511, tendo recebido como recompensa grandes propriedades, onde se instalou e fez fortuna. Após a indicação do seu nome pelo governador vendeu as suas terras e financiou a expedição com o próprio dinheiro.
Um dia passeavam no porto Velásquez e Cortés quando um desconhecido correu para o governador e gritou: “Excelência, cuidado com Cortés! Chegará o dia em que tereis de o perseguir!”. Este fato consumou-se logo em seguida porque Cortés se apressou em iniciar a viagem e partiu sem avisar ao governador. Cortés se fez acompanhar de cerca de quinhentos oficiais e soldados, cerca de cem marinheiros, centenas de criados indígenas, quatorze canhões e vários cavalos. Os cavalos se revelariam preciosos, porque espalharam o pânico entre os indígenas do continente, uma vez que eram totalmente desconhecido na América.
A esquadra seguiu as costas de Iucatão; chegando a foz do rio Rabasco, no golfo do México, a oeste da península. Cortés decidiu desembarcar. Os indígenas se mostraram hostís e Cortés foi obrigado a travar duro combate. Quando perdia a luta apareceu a cavalaria aterrorizando os indígenas e assegurando a vitória. Cortês tomou solenemente posse do país em nome do rei da Espanha e batizou inúmeros indígenas.

Seguindo viagem Cortés desembarcou novamente na ilha de San Juan de Ulua. Neste local tomou conhecimento através de um chefe indígena, da existência de poderoso soberano chamado Moctezuma, que reinava no império asteca. Cortés mandou-lhe uma mensagem em que dizia que desejava encontrá-lo. Algum tempo depois Cortés recebeu uma embaixada dos Astecas que lhe trouxeram presentes de grande valor, especialmente um capacete cheio de ouro em pó e dois discos, um de ouro e outro de prata, simbolizando o Sol e Lua, o que deixou os espanhóis impressionados. Estava descoberto o caminho para a capital do imperador asteca.
Fundou uma colônia neste local de desembarque chamando-a de Vera Cruz, em seguida queimou os seus navios, para que nenhum de seus homens imaginasse poder regressar a Cuba.
Em 16 de agosto de 1519, embrenhou-se à pé, pelo interior, a fim de procurar a capital do misterioso imperador dos Astecas, que era rodeada de águas e cortada por canais, tendo na canoa o seu meio de transporte mais utilizado.
Os Astecas prestavam culto a deuses sanguinários e acreditavam que se os deuses não fossem abastecidos com sangue humano, que era espalhado pelas pirâmides em escadaria, o Sol não nasceria todas as manhãs. Haviam também outros deuses que eram mais pacíficos, principalmente os que foram herdados dos Toltecas (A Serpente Emplumada, a Estrela da Manhã, o Vento, etc.) Em seus templos haviam diversas cerimônias e rituais pagãos que ocupavam a vida dos astecas. Os fogos dos sacrifícios ardiam neles dia e noite sob o rufar dos tamborins. O mais importante deles era erigido a Huitzipochtlan o “deus da guerra”. O povo Asteca era muito religioso e acreditava também, que se não fizesse os sacrifícios seriam castigados pelos deuses, pelo que sacrificavam vidas para que a comunidade fosse feliz. 
Os astecas eram guerreiros temidos em toda a América Central. Lutavam para impor tributos ou simplesmente para suprirem a falta de prisioneiros para o sacrifício a seus deuses.
Moctesuma II, reinava desde 1502, e era o nono soberano asteca. Era um sumo sacerdote erudito e fiel às suas obrigações. Alargou bastante o seu Estado graças as expedições militares. Contudo, com o tempo perdeu muito de sua energia e otimismo. O excesso de religiosidade mergulhava-o no fatalismo que acabaria por escravizá-lo. Este sentimento tinha origem no mito de “Quetzalcoatl”, deus do vento do leste e, simultaneamente no deus da chuva, fonte da vida. A tradição descreve este deus como um gigante de pele clara e longa barba. Conta-se então que este homem branco “Quetzalcoatl” vivera outrora entre os astecas e os ensinara a trabalhar a terra, a construir casas e a trabalhar os metais. Ensinara também a existência de um só deus, o deus do amor e da misericórdia, e exortava os índios a abandonarem os sacrifícios humanos. A tradição dizia que um dia “Quetzalcoatl” regressaria do Oriente ao país dos Astecas e reinaria sobre eles.
Este mito teve papel preponderante no pensamento e na conduta de Moctezuma. Quando soube que os homens brancos tinham aparecido do leste em grandes navios, julgou cumprida a profecia que anunciava o regresso do deus branco. Parece que deste modo se convenceu de que era inútil resistir aos estrangeiros porque estes estavam em contato com poderes sobrenaturais.
Dando continuidade ao seu projeto de conquistar o povo Asteca Cortés embrenhou-se pelo interior do México com a intenção de inicialmente conquistar o povo Tlaxcalans, povo que orgulhosamente havia rejeitado o jugos dos Astecas. A idéia de Cortés era fazer este povo seu aliado na luta que travaria contra Moctezuma.  Ao se encontrarem, travou-se uma terrível luta entre o exército de Cortés e o exército dos Tlaxcalans, que somente foi vencido após a segundo combate, graças a cavalaria e aos canhões que intimidaram os índios.
A repercussão da vitória de Cortés chegou até Moctezuma que considerava o povo Tlaxcalans como invencível.  Tendo enviado a Cortés mensageiros com o intuito de evitar a sua visita não obtendo êxito. O caminho para Tenochtitlan foi aberto finalmente em novembro de 1519, pelo que atravessaram a grande ponte que ligava a cidade à margem do lago. Quando Moctezuma sentiu que nada havia dissuadido o visitante, saiu para recebê-lo. Neste clima Cortés encontra-se com Moctezuma, dá-lhe de presente um colar de contas de vidro e recebe grande número de objetos de ouro e de prata. Moctezuma explicou a lenda de Quetzalcoatl e declarou-se convencido de que Cortés e os seus homens eram os brancos que, segundo a profecia deviam chegar ao seu país, vindos do oriente. Por isso reconhecia no rei da Espanha o seu senhor e dai em diante punha todos os bens à disposição do seu soberano.
A situação de Cortés não era muito cômoda, porque mesmo se fazendo acompanhar de um grande contigente de aliados tlascaltecas, poderia ser destruído pelo povo asteca se este o desejasse. Outro problema que perturbava Cortés era o fato de que o governador de Cuba devia te-lo denunciado à coroa por rebeldia, portanto o único meio de livrar-se dessa acusação era assegurar o êxito do empreendimento tanto no campo político, econômico, militar, como no religioso.
Cortés e toda a sua expedição é recebida como ilustres visitantes no império asteca, contudo surge o primeiro incidente. Cortés é convidado por Moctezuma para visitar um templo do deus “Huichilopochtli”, a quem os espanhóis chamavam de “Huichilobos”. Cortés se portou com falta de respeito para com o deus dos astecas, o que fez com que Moctezuma pedisse que ele se retirasse, passando a oferecer sacrifícios de arrependimento aos deuses por ter trazido o espanhol ao templo. Este acidente e vários outros terminaram por convencer os espanhóis que as coisas não iam muito bem, contudo não estavam dispostos a partir tão facilmente. Por outro lado Moctezuma achava que os visitantes logo os deixaria.
Seguindo conselhos de seus capitães, Cortés decidiu dar um golpe fatal, se apresentando no palácio imperial com um grupo de soldados, aprisionando Moctezuma e o convidaram a estabelecer residência com eles. De posse do imperador, Cortés tomou uma medida que se tornaria um segundo incidente, que foi a ordenança de destruir os seus deuses. Isto provocou revolta no meio do povo pelo que Cortés desistiu dessa idéia.
Cortés recebeu notícias de que Velásquez tinha enviado Pánfilio de Narvaéz que se dirigia para Tenochtitlán para castigá-lo pela sua rebeldia. Então, articulou uma emboscada se antecipando a Pánfilio e o derrotou, recrutando quase todos os seus homens.
Retornando a Tenochtitlán, Cortés se deparou com mais um incidente, que ocorrera quando os chefes índios estavam oferecendo uma festa em honra ao deus “Huichilopochtli”, porque os espanhóis caíram sobre eles e os mataram sem misericórdia. O povo estava rebelado mais uma vez e a única maneira que Cortés encontrou para aplacar os ânimos foi apresentar-lhes o imperador Moctezuma, contudo este já estava totalmente desacreditado do povo, pelo que o apedrejaram, vindo a morrer pouco tempo depois.      
Em decorrência destes conflitos em 30 de junho de 1520, Cortés resolveu retirar-se com seu povo porque se achavam sitiados no meio de uma enorme cidade, contudo os astecas reagiram, tendo se verificado grande batalha em que boa parte dos soldados e dos cavalos pereceram, além de perderem quase todo o ouro que tentavam levar. Em outra batalha denominada Otumba, Cortés se reorganizou e derrotou os astecas que o perseguiam.

A partir daí Cortés com seus aliados iniciaram a grande tarefa de conquistar definitivamente Tenochtitlán. Atacaram cidades vizinhas, montaram os navios no lago, insistiram com o assédio em uma longa batalha em que tiveram de conquistar edifício a edifício, e de canal a canal. Muitos espanhóis foram feitos prisioneiros e sacrificados aos deuses, e apesar da resistência dirigida por um sobrinho de Moctezuma, a cidade e o próprio asteca caíram nas mãos dos espanhóis. A conquista do povo asteca estava terminada e Cortés pode finalmente sentir-se aliviado porque a coroa acabou esquecendo a sua rebelião contra Velásquez.

AUTOR DESCONHECIDO

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