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terça-feira, 3 de setembro de 2013

CORRIDA 1 - A CORRIDA CRISTÃ

A corrida cristã
Hb. 12. 1 a 3
Introdução
Cremos que Deus tem pleno controle sobre as nossas circunstâncias. Todas as situações em que nos envolvemos estão sob o controle de Deus. Ele é soberano!
Por isso, as circunstâncias pelas quais passamos como Igreja, ou individualmente, conforme cremos, estão debaixo do controle de Deus. O falecimento de um ente querido que ainda nos afeta está sob o controle de Deus. A perda de um emprego, a doença que se abate terrivelmente sobre nós, e uma série de circunstâncias (tais como Paulo descreveu em Rm. 8. 35, 38 e 39) estão sob o controle de Deus. E assim, toda a nossa vida está sob o controle divino.


O Senhor tem nos chamado para marchar! Ele tem nos desafiado a continuar! As palavras que Ele tem nos dado, nos estimulam a encarar com seriedade a continuidade da nossa missão pessoal, bem como a missão da Igreja.
O texto dos primeiros três versículos de Hebreus doze, que trata sobre a “corrida cristã”, é com toda a certeza aplicável em nossas circunstâncias. Em resumo, podemos dizer que:
Todos nós temos a obrigação de desenvolver a corrida cristã seguindo os padrões pré-estabelecidos pelo Senhor. Por isso, a partir destes versículos, devemos fazer três considerações em relação ao desenvolvimento da carreira cristã:

I – Devemos considerar a “torcida” no desenvolvimento da carreira cristã – v. 1 a
É interessante que após termos uma maravilhosa descrição dos chamados “heróis da fé” (do capítulo onze), que também realizaram “corridas” marcantes, o autor de Hebreus os apresenta como componentes de uma estimulante torcida. A figura é de um estádio, onde a grande carreira cristã se desenvolve. O estádio está  repleto, “com uma nuvem de testemunhas” - os torcedores. Ao mesmo tempo em que são heróis, são testemunhas e são “nossos torcedores”.
    1. Eles são os “santos do passado”, conf. 11.2 e 12.23. São os heróis bíblicos que conhecemos. Eles foram citados: Abel, Noé, Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel, os profetas e tantos outros. Eles são componentes da torcida.
    2. Eles não devem ser confundidos  - como alguns o fazem. Eles não são nossos intercessores, eles não são nossos conselheiros, eles não são os nossos “guias” e não são “espíritos superiores”. Eles foram pessoas iguais a nós “ ... sujeitos aos mesmos sentimentos ...” (Tg.5.17).
    3. Mas existem outros componentes nessa torcida: os nossos que já se foram – Raphael, Elza, João, Maria, Maximino, Felipa, José, Rufina, Felipe, Maria, Benício, Glorinha, Zeferina, Jovina, e mais recentemente, o Roberto, o Adelmo Jr., o Júnior, e por último, o nosso Domingos. E quantos mais! Certamente cada um de nós tem uma lista de gente muito querida. Essa torcida é grande! Eles são nossos “torcedores”. Eles são testemunhas – silenciosas – mas que ainda falam por suas vidas! Ora, se temos um grupo tão seleto a nos incentivar, se os temos como exemplo, pois completaram suas carreiras, como "corredores", temos diante de nós a responsabilidade de desenvolvermos a nossa carreira cristã seguindo os padrões pré-estabelecidos. 

II – Devemos considerar a “aerodinâmica” no desenvolvimento da carreira cristã – v. 1 b e 2 a
Nós estamos desenvolvendo a nossa carreira cristã. Mas para desenvolvê-la de modo adequado, a “aerodinâmica” que a envolve deve ser detalhada:
    1. Temos que “desembaraçar-nos” de tudo quanto nos atrapalha. O autor nos faz ver a figura de um atleta que retira de si tudo quanto pode ser prejudicial no desenvolvimento de sua carreira. Ele aponta para dois tipos de “roupas” que prejudicam a carreira.   Em primeiro lugar ele nos diz que devemos abandonar “todo o peso” – algo que nos prende ao chão e nos impede de avançar. São os conceitos, os valores, os envolvimentos, as amizades, os questionamentos, a visão da vida, inadequados! Estes são itens que causam dificuldades no desenvolvimento de nossa carreira. Não são pecados, mas são peso excessivo que dificultam a nossa carreira. Em segundo lugar, ele nos diz que devemos abandonar “o pecado que tenazmente nos assedia”. Pecado é aquilo que desagrada a Deus. É errarmos o alvo estabelecido para as nossas vidas. Pecado é aquilo que fazemos que fere o coração de Deus. E nós sabemos em quais áreas somos mais suscetíveis ao pecado.  Eu e você, membros do Corpo de Cristo, temos a necessidade de pedir ao Pai que sonde a nossa vida e veja se há em nós “algum mal caminho e nos guie pelo caminho eterno”. Essa avaliação, essa purificação, deve ser constante. O castigo, Jesus já levou na cruz, mas o nosso Deus quer que o pecado não nos impeça na carreira cristã!
    
 2. Temos que “correr com perseverança a carreira que nos está proposta”. Qual é a carreira proposta para a Igreja? Essa carreira é composta de várias facetas. Ganhar almas? Edificá-las? Integrá-las no Corpo de Cristo? Instruí-las para que possam pregar a outros? Enviá-las aos campos missionários? Suprir suas necessidades materiais, físicas, emocionais, sociais e espirituais? São facetas da nossa carreira como Igreja. Mas qual é a proposta para eu e você individualmente? Qual é o nosso ministério pessoal? Você e eu fomos aquinhoados com dons espirituais para que possamos completar a nossa carreira! Existirão dificuldades, entretanto, temos que desenvolvê-la com perseverança! A figura é de um atleta que suplanta as dificuldades. Que continua correndo mesmo nas circunstâncias difíceis. Ele sente os problemas, ele sofre, mas ele persevera! Ele persevera porque ele olha para alguém especial!
    3. Temos que “olhar firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus”. O olhar do atleta deve estar colocado no alvo, no final da carreira. O olhar do atleta não deve se dirigir para baixo, para os detalhes do piso ou outras circunstâncias. O seu olhar deve voltar-se para o alto. Como membros do Corpo de Cristo somos desafiados, em nossa carreira cristã, a olhar para o primeiro e maior “atleta” de todos os atletas! Pois Jesus, além de ser o primeiro “atleta”, é também uma das “testemunhas”. E, Jesus é certamente também, nosso “torcedor”, enquanto desenvolvemos nossa carreira cristã seguindo os padrões pré-estabelecidos.

III – Devemos considerar o “maior atleta” que desenvolveu a carreira cristã – v. 2 b e 3 a 
Quando olhamos para outros que estão desenvolvendo suas carreiras cristãs obtemos resultados enganadores. Todos nós somos falhos. Mas em certas áreas somos melhores – nos destacamos mais. Nos orgulhamos de nossas boas áreas e criticamos as áreas falhas dos outros. Ao invés de olharmos para os outros, devemos olhar para Jesus! O autor de Hebreus nos propõe que, além de olharmos, “consideremos atentamente” outras verdades em relação ao “primeiro e maior atleta”.
    1. Quem é ele? Ele é Jesus! Ele é o Senhor dos Senhores! Ele é o Rei dos Reis! Seu nome é sobre todos os nomes! Só no Seu nome há salvação! Só no Seu nome há libertação! Ele é o “Autor e Consumador da fé”. Ele é o iniciador e o objetivo final da nossa fé. A fé não é credulidade nem ingenuidade. Ela não é ilógica nem irracional. A nossa fé em Jesus é a confiança que temos nEle por causa de Quem Ele é! Nós, cristãos, em meio as circunstâncias difíceis, não devemos nos guiar por “vistas”, mas pela fé em Jesus!
    2. Qual foi a sua corrida? Sua “corrida” foi Sua vinda e Sua vida dada ao mundo! Sua “linha de chegada” foi o véu do Templo! O véu foi rompido quando Ele conclui Sua carreira na Cruz do Calvário! Nessa corrida, Ele “em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia ... e suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo”. Havia “torcida” contrária, uma torcida oposta à Sua carreira. Uma torcida de pecadores, da qual eu e você fazíamos parte. A corrida foi “antes da fundação do mundo”. Na Sua corrida Ele correu só! Ele não sentiu vergonha, mesmo que a cruz fosse símbolo da maldição! Ele se fez maldito para que eu e você fôssemos “benditos de Deus”! Glória a Deus!
    3. Qual foi o seu prêmio? Seu prêmio foi “assentar-se à destra do trono de Deus”. Mas o que é maravilhoso é que, ao assentar-se no Seu trono, Ele prometeu a cada um de nós: “ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”(Ap.3.21). A grande verdade para a Igreja é que "o seu destino é o trono"! Portanto, longe de nós o desânimo, a tristeza, a incerteza. Desenvolvamos a nossa carreira cristã seguindo os padrões estabelecidos.

Conclusão – v. 3 b

Ao invés de nos “fatigarmos, ou desmaiarmos em nossas almas” consideremos que a nossa carreira cristã terminará com bom êxito!

Nós, cristãos sinceros, membros do Corpo de Cristo, devemos considerar não apenas os “heróis da fé” que formam a “nuvem de testemunhas”; não apenas os “nossos que já se foram” e completaram as suas carreiras, contribuindo para que a “carreira cristã” da Igreja se desenvolvesse até este ponto;  mas sobretudo, devemos considerar o “maior atleta de todos os tempos”, o Senhor Jesus Cristo. Nele, animados e encorajados, desenvolvamos a nossa carreira cristã seguindo os padrões estabelecidos!

AUTOR DESCONHECIDO


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