A Crise
de Valores
Diante da
realidade de crise em que se vive neste mundo de hoje, é importante que alguns
valores sejam redefinidos e firmados. Isto se aplica a nós como pessoas,
casais, famílias e em nosso vida comunitária. Proponho três características que
devem estar presentes em nós e pelas quais devemos nos empenhar
PRIORIDADES
"Não
deixe o que é urgente tomar em sua vida o lugar do que é importante"
Esta frase
de Charles Hummel em seu livro "A Tirania do Urgente" pode ser um bom
critério para avaliarmos aquilo que estamos fazendo. O Apóstolo Paulo ilustra
esta questão de prioridades da seguinte maneira, em I Coríntios 9:26
"Assim
corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no
ar."
Afim de não
ficar "desferindo golpes no ar" podemos colocar quatro prioridades
gerais em nossas vidas e lutar por alcança-las:
A. Querer
agradar a Deus
Mais
importante do que ler a Bíblia e conhecê-la é ter o desejo sincero de agradar a
Deus em tudo que fazemos. Muitas vezes queremos, como diz o ditado,
"agradar a Deus e todo mundo" Obviamente que nem sempre vamos
conseguir "agradar" naquilo que fazemos mas, como prioridade, devemos
"querer agradar a Deus" como Paulo testemunha em I Tessalonicenses
2:4.
Este desejo de agradar a Deus também significa um envolvimento sério com a
Bíblia, a Palavra de Deus. É dela que vem a orientação para tudo que devemos
fazer como diz Hebreus 4:12,13.
B. Ser
autêntico
Num
mundo em que tudo acaba se "mascarando" de tal modo que se confunde a
verdade com a mentira, o certo com o errado e o bom com o ruim, querer ser
autêntico é um alvo invejável para a vida de qualquer pessoa ou grupo.
Novamente é o Apostolo Paulo quem nos serve de exemplo naquilo que escreve em I Tessalonicenses
2:5,6.
Ele era autêntico. Tinha tanta firmeza de caráter, que arrancou todas as
máscaras e todos os envoltórios. O uso de máscaras tem inspirado pinturas,
esculturas, teatro e festas, mas não deveria ser inspiração para nosso estilo
de vida. Ao contrário do que acontece no primeiro exemplo do uso de máscaras,
onde há alegria e satisfação, no segundo exemplo há tristeza e destruição.
C.
Crescer espiritualmente
O
verdadeiro crescimento espiritual é ser cada vez mais dependente da graça e do
amor de Deus. Por isso o Apóstolo Pedro escreve: "Antes crescei na graça e
no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo..." (2 Pedro
3:18). Isso ele diz no final de sua segunda carta, depois de ter dado muitos
conselhos e orientações ligadas à todas as áreas da vida pessoal, familiar e comunitária.
"Antes crescei na graça".
O Apóstolo Paulo mais uma vez é exemplo na compreensão desta verdade. No
seguimento do texto já visto de 2 Tessalonicenses, ele fala de seu ministério
entre aqueles irmãos (v. 7 a
12a) e demonstra que ele crescia à medida em que sua obediência ao chamado de
Deus o levava a depender cada vez mais do amor e da graça de Deus para que ele
pudesse como "ama carinhosa" e "pai dedicado" exercer seu
trabalho entre eles. Este homem culto e capaz, tem como prioridade uma atitude
de amor e compaixão. Seu interesse não era apenas despejar uma carga de
informação doutrinária e teológica sobre eles; não, ele queria dar-lhes o
evangelho, mas também sua própria vida.
D.
Deixar-se usar por Deus
Quando
queremos que Deus nos use no seu trabalho é muito importante detectar onde e
como podemos faze-lo. Também devemos saber a quem queremos nos dirigir. A
Bíblia é a mesma em todas as épocas mas ela deve ser
"contextualizada", isto é, ser apresentada para as pessoas de cada
época e geração de tal modo que possam entende-la como Palavra de Deus.
Em I Tessalonicenses 2:12b e 13, o Apóstolo Paulo menciona este fato. A palavra
que Paulo trazia não era dele, era de Deus. Em I Coríntios 9:19-23
Paulo descreve sua prioridade dizendo: "Fiz-me tudo para com todos, com o
fim de, por todos os modos, salvar alguns" (v.22b).
Deixar-se usar por Deus significa também crescer no conhecimento da realidade
em que vivemos e envolvimento com as pessoas que queremos alcançar. Isso
significa compromisso
ENVOLVIMENTO
Um
dicionário define "estar envolvido" como "ser participante, ter
uma relação bem próxima, ter conexão, estar incluído".
Nessa compreensão temos pelo menos 4 áreas de envolvimento:
· nosso envolvimento com Deus
· nosso envolvimento com os membros da família
· nosso envolvimento com nossa comunidade de fé
· nosso envolvimento com o mundo no qual vivemos
No aspecto
comunitário há exemplos importantes na Bíblia Sagrada. A palavra mais forte nas
Escrituras é "comunhão", "koinonia" no original grego, cuja
raiz tem o sentido de "comum". Um texto que nos ajuda no
aprofundamento deste tema é Atos 2: 42-45.
O envolvimento mútuo daqueles cristãos tinha quatro características:
· era assumido por "todos"
· fortaleceu-os fazendo com que se mantivessem juntos nas dificuldades
· era genuíno e espontâneo, nunca forçado (ser autêntico - prioridades)
· aumentou seu sentimento de unidade e harmonia
Outro bom
exemplo de envolvimento está nos textos de Romanos 12:9-16 e I Coríntios
12:20-27. Neste último texto descobrimos quais são as características do
envolvimento:
· Espontaneidade - v.25
Quando Deus pede um envolvimento, não é um envolvimento forçado. Nunca é
imposto, mas brota naturalmente. Não é uma ordenança feita sob legislação; não
é uma obrigação imposta. Ocorre porque a pessoa deseja, não porque tenha que se
envolver.
·
Vulnerabilidade - v.26
Aquele que se envolve com os outros nunca assume o "papel" de
"bonzinho e certinho". Não; ele é humano, vulnerável - está exposto a
ferir-se, aberto ao ataque, a incompreensões e lesões. É uma pessoa sem
defesas.
·
Responsabilidade - v.27
Somos responsáveis uns pelos outros. Estamos ligados uns aos outros. Isto é
confortante, levando-se em conta que vivemos num mundo de isolamento e
anonimato, um mundo indiferente e preocupado consigo mesmo. Alguém nos ama.
Alguém se interessa por nós. Alguém nota quando sofremos.
I.
INCENTIVO
Quando pensamos no nosso envolvimento no reino de Deus sabemos que precisamos
de incentivo. Estamos falando de estimular e ser estimulado. Isto é incentivo.
É inspirar os outros, dando-lhes renovada coragem, ânimo e esperança. Quando
incentivamos outros, nós os estimulamos a prosseguir, nós os encorajamos e
reanimamos. Significa gratidão e aprovação. Quer dizer que, mesmo não
conquistando o direito de receber gratidão (porque falhamos ou porque não
realizamos determinado propósito), ainda assim podemos ser aceitos - e na
verdade, é nessa situação que mais necessitamos disso.
Um texto bíblico que nos ajuda aqui é Hebreus 10:23-25. Nele vemos que temos de
descobrir meios de nos estimularmos uns aos outros, para que tenhamos um amor
mais profundo, de uns pelos outros, e um maior envolvimento para fazermos o bem
uns aos outros.
É lógico que essa questão de incentivo não é apenas um sorriso e um tapinha nas
costas. A palavra "admoestação" de Hebreus 10:25 tem a mesma raiz da
palavra "Consolador", usada para descrever o Espírito Santo em João
14:26 e 16:8. É formada por duas palavras gregas: "kaleo" - chamar, e
"para" - ao lado. Deus nos chamou para "estarmos ao lado"
de pessoas e para ajudá-las. Enquanto alguns pensam apenas em
"destruir" as vidas dos outros, nós podemos ajudá-las a
"construírem" suas vidas.
"Um dos
mais elevados deveres do ser humano é o do encorajamento... É muito fácil jogar
água fria no entusiasmo de alguém; é fácil desestimular uma pessoa. O mundo
está cheio de 'desanimadores'. Mas nós temos o dever cristão de estimularmos
uns aos outros. Quantas vezes uma palavra de agradecimento, de gratidão ou de
ânimo tem mantido pessoas de pé". (Do livro: Firme seus Valores -
AUTOR DESCONHECIDO
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