A Cruz, a Peça Central do Propósito de Deus
Há um monte verde bem
distante,
Sem uma muralha,
Onde o querido Senhor foi crucificado,
E morreu para salvar a todos nós.
Não podemos saber nem imaginar
Que dor ele teve de suportar;
Mas cremos ter sido por nós
Que foi pendurado e ali sofreu.
Morreu para que fôssemos perdoados,
Morreu para fazer-nos bem,
Para que ao fim pudéssemos ir para o céu,
Salvos por seu sangue precioso.
Não havia ninguém que bastasse
Para pagar o preço do pecado;
Somente ele poderia destrancar o portão
Do céu e nos deixar entrar.
Ah, quanto, quanto nos amou!
E nós devemos amá-lo também;
Confiando em seu sangue redentor,
Buscando a sua obra realizar.
SC. Frances Alexander
Juntos, a cruz e o sepulcro vazio, formam o âmago da História e a maior
demonstração das qualidades que fazem de Deus ser Deus. Vemos aqui a sua misericórdia
para com a humanidade indefesa, sua graça estendida aos que não
podiam jamais com seus próprios meios conseguir ou comprar a redenção, sua justiça,
que não poderia deixar passar o pecado sem o pagamento da pena, e sua sabedoria,
que traçou um plano pelo qual os pecadores culpados poderiam tornar-se justos
(sem culpa), sem comprometer nem a sua justiça nem a sua santidade.
Aqui, também, vemos o seu poder soberano para realizar o seu
propósito, apesar da oposição acirrada de Satanás.
Acima de todas as demais coisas, a cruz é a maior prova do amor
de Deus. O homem da cruz é o próprio Filho a quem Deus amou tanto que
desejou que outros filhos se assemelhassem à sua imagem, "a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29). Na
cruz está "o Verbo", que estava com Deus no princípio, que era Deus e
que "se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:14).
Na cruz, por fim, o descendente da mulher esmagou a cabeça da serpente.
Ele cumpriu todas as profecias que se relacionavam com a redenção da
humanidade. Quando sua carne se rasgou, também se rasgou o véu do templo,
simbolizando que o caminho para o verdadeiro Lugar Santo, a habitação de Deus,
estava agora aberto para a humanidade. Aí se tornou possível a completa
reconciliação entre Deus e a criação que dele se alienou.
Na cruz aconteceu o verdadeiro sacrifício de que todos os demais eram apenas
símbolo. O Filho que estava prestes a morrer é aquele que "Deus
propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua
justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados
anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus"
(Romanos 3:25-26). Não é de admirar que Jesus tenha exclamado ao
morrer: "Está consumado".
"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus
caminhos! . . . Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as
cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém." (Romanos
11:33,36).
- por Sewell Hall
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