A DOUTRINA
BÍBLICA DA ELEIÇÃO
C. D. Cole
PARTE I
INTRODUÇÃO
Fui ricamente abençoado pelos
escritos do Dr. C. D. Cole. Ele foi um grande pregador doutrinário, com o dom
de colocar suas palavras em forma de livros. O irmão Cole está com o Senhor agora.
Enquanto em vida ainda viu publicado seu Segundo Volume sobre Pecado, Salvação
e Serviço.
Na realidade, morreu lendo o
livro.
A Igreja Batista de Bryan
Station imprimiu estes livros. O filho dele nos deu permissão de imprimi-los e
este é mais um de uma série que esperamos imprimir. A Parte I já foi imprimida
antes e a estamos reimprimindo como no original. A Parte II deste livrete está
incluída como uma introdução ao mesmo.
Que o Senhor abençoe sua
Palavra enquanto for lida por todos aqueles que estudam estas páginas.
Alfred H. Gormley, Pastor:
A Igreja Batista de Bryan Station; Lexington, Kentucky, EUA
A DOUTRINA DA ELEIÇÃO PARTE
I
Eleição! Que palavra
abençoada! Que doutrina gloriosa! Quem não se regozija ao saber que foi
escolhido para uma grande bênção! A eleição é para a salvação - a maior de
todas as bênçãos. E é estranho dizer que é uma verdade negligenciada, mesmo por
muitos que dizem crer nela. Outros têm um sentimento de repulsa à simples
menção desta verdade revelada na Bíblia, que honra a Deus e torna o homem mais
humilde. Spurgeon disse: "Parece haver um preconceito arraigado na mente
humana contra esta doutrina, e embora a maioria das outras doutrinas seja
recebida por crentes professos, algumas com cuidado, outras com prazer, esta parece
ser mais comumente negligenciada e rejeitada". Se isto era verdade no
tempo de Spurgeon, quanto mais o é em nossos dias. Com respeito a esta doutrina
há um abandono alarmante da fé de nossos antepassados batistas. E por falar
neste artigo de nossa fé, os batistas chegaram ao ponto de ter um credo
calvinista e outro arminiano.
Mas há alguns que amam a
doutrina da eleição. Para eles, ela é a base profunda sobre a qual as outras
doutrinas da redenção humana são colocadas. E a amam o bastante para pregá-la,
mesmo em face a críticas e perseguição. E preferem resignar a seus púlpitos, do
que ficarem calados sobre este princípio precioso da fé, uma vez entregue. Mas
todos os que amam a doutrina a odiaram um dia, portanto não têm nada de que se
vangloriar. Cada homem é um arminiano por natureza. É preciso que o trabalho
regenerador do Espírito Santo e da Palavra de Deus, ensinada pelo Espírito,
façam uma pessoa amar a doutrina da eleição. Como é profundamente importante
que os crentes a aprendam! Para isto devemos conhecer a sabedoria superior de
Deus, cujos "pensamentos não são os nossos pensamentos". A Bíblia foi
dada para corrigir nosso modo de pensar. O arrependimento é uma mudança de
mente como resultado de uma mudança no modo de pensar. Não podemos ir à Bíblia
como críticos; ela é quem nos critica. Não podemos ir à Bíblia como se fôssemos
infalíveis, mas pela graça, podemos ir humildemente. Que Deus dê graça a cada
escritor e leitor, para que possamos ter a atitude de coração certa diante de
Deus. A evidência mais real de que uma pessoa é salva, é a atitude certa que
ela tem em relação à Palavra de Deus. Caro leitor: Deixe que o escritor o avise
contra "fazer pouco" sobre qualquer doutrina da Bíblia.
As doutrinas da graça têm
encontrado expressão em dois sistemas de teologia, conhecidos comumente como
Calvinismo e Arminianismo. Estes dois sistemas não receberam o nome de seus
fundadores, mas foram eles que os popularizaram. O sistema da verdade,
conhecido como Calvinismo, foi pregado por Augustinho, no tempo antigo, e antes
dele por Cristo e os apóstolos, sendo enfatizado especialmente pelo apóstolo
Paulo. O sistema do erro, conhecido como Arminianismo, foi proclamado por
Pelágius, no século V. Entre estes dois não há posição mediana; cada homem está
de um lado ou de outro, em seu pensamento religioso. Alguns tentam misturar os
dois, mas este não é um pensamento correto. Dizer que não somos Calvinistas nem
Arminianos é fugir do assunto. O Paulinismo é representado ou pelo Calvinismo
ou pelo Arminianismo. O sistema verdadeiro é baseado sobre a verdade da
depravação total do homem; o sistema do erro é baseado sobre o dogma romano da
vontade própria.
OBSERVAÇÕES GERAIS PARA
ACABAR COM O PRECONCEITO
Não há nenhuma doutrina tão
vergonhosamente mal representada. A queixa do irmão A. S. Pettie contra os
inimigos da depravação total é aplicada aqui com toda justiça, quando ele diz:
"De lábios hostis, uma afirmação justa e correta da doutrina, nunca é
ouvida". O tratamento que a doutrina da eleição recebe das mãos de seus
inimigos é muito parecido com o que os cristãos primitivos receberam dos
imperadores romanos. Os cristãos antigos foram muitas vezes vestidos de peles
de animais sacrificados, e depois sujeitos ao ataque de animais selvagens
ferozes. Do mesmo jeito a doutrina da eleição é vestida com um traje horrível,
e exposta ao ridículo e zombaria. Agora vamos tentar despir esta verdade
gloriosa do seu traje falso e vicioso, com o qual mãos inimigas a vestiram, e
colocar os trajes de santidade e sabedoria.
1. Eleição não é
salvação, mas é para a salvação. "Pois que? o que Israel buscava não o
alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos",
Rom. 11:7; "...por vos ter Deus elegido desde o princípio para a
salvação"; II Tess. 2:13. Então, se o eleito obtém a salvação, e a eleição
é para a salvação, ela deve preceder à salvação. Os homens são salvos quando
crêem em Cristo, não quando são eleitos. Roosevelt não foi presidente quando
foi eleito, mas quando foi empossado. Não houve só uma eleição, mas uma indução
ao cargo. Os eleitos de Deus são induzidos à posição de santidade pela chamada
eficaz (o trabalho de vivificação do Espírito Santo), através do qual tornam-se
crentes no Evangelho. Veja I Cor. 1:29 e II Tess. 2:13-14.
Meu destino está em minhas
próprias mãos agora? Então vou me manter salvo ou perder a minha salvação. Mas
a Bíblia diz que somos guardados pelo poder de Deus, através da FÉ. I Pedro
1:15, Salmos 37:28, João 10:27-29, Filipenses 1:6 e Hebreus 13:5. Se meu
destino não estiver seguro em minhas mãos depois da minha salvação, então como
poderia imaginá-lo salvo em minhas próprias mãos antes da minha conversão?
O santo morre, seu corpo é
sepultado e se torna pó. O destino dele está ainda em suas mãos? Se estiver,
que esperança tem de sair do túmulo com um corpo imortal e incorruptível?
Ninguém, mas ninguém mesmo, tem seu destino em suas próprias mãos.
Tal teoria, de que o destino
dos santos está ou já esteve em suas mãos, é contrária às próprias leis da
natureza e implica que a água pode subir acima do nível de sua fonte; que o
homem pode erguer-se até o sótão pelo cadarço do sapato; que o etíope pode
mudar sua cor e o leopardo pode tirar suas manchas; que a morte pode gerar a
vida; que a evolução é verdade e que Deus é mentiroso. A teoria de que o
destino de alguém está em suas mãos gera autoconfiança e justiça própria; a
crença que o destino está nas mãos de Deus gera AUTO-ABNEGAÇÃO E FÉ EM DEUS.
7. Os eleitos são
manifestados em arrependimento, fé e boas obras. Estas graças, sendo feitas
por Deus ao homem, não são as causas, mas as evidências da eleição. Veja I
Tessalonicenses 1:3-10, II Pedro 1:5-10, Filipenses 2:12-13 e Lucas 18:7. O
homem que não ora, que não se arrepende dos seus pecados e confia em Cristo, e
que não se empenha nas boas obras não tem o direito de dizer que é um dos
eleitos de Deus.
ALGUNS PONTOS DE VISTA
FALSOS EXAMINADOS E REFUTADOS
Muitos crentes professos
realmente não têm uma opinião sobre eleição. Eles nem mesmo pensam bastante,
nem estudam para ter qualquer opinião sobre ela. Muitos têm pontos de vista
errados. Vamos notar alguns deles.
1. O ponto de vista que os
homens são eleitos quando crêem. Este ponto de vista é facilmente refutado,
porque é contrário tanto ao senso comum, quanto às Escrituras. A eleição é para
a salvação, e portanto, deve precedê-la. Não tem sentido falar em eleger um
homem para alguma coisa que ele já tem. O homem tem salvação quando crê e
portanto a eleição neste ponto não seria necessária. A ELEIÇÃO TEVE LUGAR NA
ETERNIDADE: A SALVAÇÃO TEM LUGAR QUANDO O PECADOR CRÊ.
2. O ponto de vista que a
eleição pertence só aos judeus. Este ponto de vista tira dos gentios o
conforto de Romanos 8:28-29. Além disso, Paulo, que foi um apóstolo aos
gentios, diz que ele suportou tudo pelos eleitos, para que eles pudessem obter
a salvação, II Timóteo 2:10.
3. O ponto de vista que a
eleição teve lugar na eternidade, mas que foi tendo em vista o arrependimento
previsto e fé. De acordo com este ponto de vista, Deus, na eternidade,
olhou através dos séculos e viu quem ia se arrepender e crer, e estes que Ele
viu de antemão foram eleitos para a salvação. Este ponto de vista está correto
só em um ponto, que é: a eleição teve lugar na eternidade. Mas está errado
quando faz a base da eleição ser algo no pecador, em vez de alguma coisa em Deus. Leia Efésios
1:4-6, onde diz que a eleição e predestinação são "segundo o beneplácito
de Sua vontade" e "para louvor e glória de Sua graça". Este
ponto de vista, apesar de ser o mais popular entre a maioria dos batistas hoje,
está aberto a muitas objeções:
(1) Ele nega o que a Bíblia
diz sobre a condição do homem por natureza. A Bíblia não descreve o homem
natural como tendo fé, I Coríntios 2:14 e João 3:3. Tanto o arrependimento
quanto a fé são dons de Deus, e Ele não viu estas graças em nenhum pecador, à
parte do Seu propósito de dar-lhes. "Deus com a Sua destra o elevou a
Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos
pecados", Atos 5:31. "E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e
glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o
arrependimento para a vida", Atos 11:18. "Instruindo com mansidão os
que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem
a verdade", II Timóteo 2:25. Leia também Efésios 2:8-10 e I Coríntios 3:5.
A eleição não foi por causa de uma fé prevista, mas por causa da descrença
prevista. Não é a eleição dos fiéis de Deus, mas a fé dos eleitos de Deus, se
quisermos manter as palavras da Escritura, Tito 1:1.
(2) Ele faz a raça humana
diferir por natureza, visto que, a Bíblia diz, que todos nós somos por natureza
filhos da ira e todos barro da mesma massa, Efésios 2:3 e Romanos 9:21. Os a
homens são diferentes quanto ao novo nascimento, João 3:6.
(3) Ele perverte o significado
das Escrituras da palavra "pré-conhecimento". Esta palavra, como está
na Bíblia, significa mais do que conhecimentos sobre as pessoas. É o
conhecimento das pessoas. Em Romanos 8:29-30 os conhecidos são predestinados à
imagem de Cristo, e são chamados, justificados e glorificados. Em I Pedro 1:2 a palavra para
"presciência" é a mesma para "conhecido" no vigésimo
versículo do mesmo capítulo, onde o significado não pode ser
"conhecimento" sobre Cristo. O conhecimento de Deus sobre as pessoas
não tem limites, ao passo que Seu conhecimento de pessoas é limitado aos que
são realmente salvos e glorificados.
(4) Ele está aberto à objeção
mais forte que pode ser feita contra o ponto de vista da Bíblia. Sempre se
pergunta: "Se certos homens são eleitos e salvos, então o que adianta
pregar aos que não são eleitos? Com igual propriedade podemos perguntar:
"Se Deus sabe quem vai se arrepender e crer, então porque pregar àqueles
que de acordo com Seu conhecimento não vão se arrepender nem crer?" Será
que alguns que Ele sabia que não se arrependeriam nem creriam, vão se
arrepender e crer? Se for assim, Ele previu uma mentira.
É esta a fraqueza de muitas
missões modernas. Ela está baseada na compaixão pelo perdido e não na
obediência ao mandamento de Deus. A inspiração das missões é feita para
depender dos resultados práticos do esforço missionário e não no prazer de
fazer a vontade de Deus. É o princípio de fazer uma coisa, porque os resultados
nos satisfazem.
Se formos fiéis, Deus se
agradará com os nossos esforços, mesmo sem resultados. Pense em II Coríntios 2:15-16. A eleição precedente à
conversão deles é conhecida só a Deus. Temos que pregar o Evangelho a cada
criatura, porque Ele mandou fazer isto. Deus cuidará dos resultados. Veja
Isaías 55:11, I Coríntios 3:5-6 e João 6:37-45. Nossa responsabilidade é
testemunhar; Deus é quem fará nosso testemunho eficaz.
A DOUTRINA DEFINIDA,
EXPLICADA E PROVADA.
O que é eleição, como o termo
é usado na Bíblia? Eleição significa uma escolha - selecionar dentro - separar
- tomar um e deixar o outro. Se houvesse uma dúzia de maçãs numa cesta e eu
tirasse todas elas, não haveria escolha; mas se eu tirar sete e deixar as
outras cinco, então houve escolha. A eleição, como é ensinada na Bíblia,
significa que Deus fez uma escolha entre os filhos dos homens. No princípio Ele
fez Sua escolha sobre certos indivíduos a quem deu Seu Filho, e por quem Cristo
morreu como Substituto, e que no tempo certo ouvem o Evangelho e crêem em
Cristo para a vida eterna. Vamos ampliar o assunto, fazendo três perguntas
muito relativas:
1. QUEM FAZ A ELEIÇÃO?
Quem escolhe as pessoas para serem salvas? Se os homens são escolhidos para a
salvação, como afirmam as Escrituras, quem fez a escolha? Deve haver uma
seleção ou universalismo. A linguagem das Escrituras parece definir
peculiarmente em resposta a esta pergunta. Marcos 13:20 fala do ELEITO, a quem
Ele ELEGEU, traduzido em nossa versão: "...por causa dos eleitos que Ele
escolheu". A palavra eleição está associada com Deus e não com o homem.
Deus é quem escolhe. Seu povo são os ESCOLHIDOS e a graça é a fonte. A teologia
de que Deus vota a nosso favor, Satanás contra, e que nós damos o voto decisivo
é completamente fora dos ensinamentos das Escrituras, e é quase ridícula demais
para ser notada. Leia João 15:16, II Tessalonicenses 2:13 e Efésios 1:4.
2. QUANDO A ELEIÇÃO É
FEITA? Como resposta somos silenciados pelas Escrituras. Mas a Bíblia responde
com clareza total. Em Efésios 1:4 lemos que "Como também nos elegeu nele
antes da fundação do mundo". A expressão "antes da fundação do
mundo" é encontrada em João 17:24, onde fala de amor eterno do Pai pelo
Filho, e em I Pedro
1:20, onde se refere à determinação eterna da mente divina, em relação à morte
de Cristo. Há muitas expressões semelhantes. Veja Apocalipse 13:8, II
Tessalonicenses 2:13 e II Timóteo 1:9. A ELEIÇÃO É ETERNA!
3. POR QUE FOI FEITA A
ELEIÇÃO? Ela foi baseada em algo bom no pecador? Então ninguém teria sido
eleito, porque não há ninguém bom. A santidade não é a causa, mas o efeito da
eleição. Fomos escolhidos, não porque fôssemos santos, mas para que fôssemos
santos. Efésios 1:4. Como já vimos antes, a eleição não foi feita tendo em
vista arrependimento e fé previstos. A eleição é a causa de arrependimento e
fé, e não o efeito destas graças. Dizer que Deus escolheu homens para a
salvação porque viu que eles se arrependeriam, creriam e seriam salvos é
atribuir tolices ao Deus infinitamente sábio. É como se o presidente assinasse
um decreto que o sol deverá nascer amanha, porque ele previu que nascerá; ou
como se um escultor escolhesse um pedaço de mármore, porque previu que ele se
transformaria na imagem desejada por ele. Desafiamos qualquer arminiano a fazer
estas perguntas e conseguir as respostas nas Escrituras.
OBJEÇÕES CONSIDERADAS E
RESPONDIDAS
Muitas são as objeções feitas
contra esta doutrina. As vezes, os objetores se tornam barulhentos e furiosos.
Que pena que tantos destes objetores estejam nas fileiras batistas! Pregar esta
doutrina antiquada da nossa fé, como fizeram Bunyan, Fuller, Gill, Spurgeon,
Boyce, Broadus, Pendleton, Graves, Jarrel, Carrol, Jeter, Boyce Taylor e uma
multidão de outros homens representantes da nossa denominação, é cortejar o
tipo mais amargo de oposição. O próprio John Wesley nunca disse palavras mais
ásperas contra esta doutrina abençoada de nossa fé, como o fazem alguns
"batistas" de hoje. O Arminianismo que descende do papado, tem crescido
anormalmente nas duas últimas décadas, como o filho adotivo de um grande grupo
de batistas.
1. OBJETA-SE QUE NOSSO
PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO LIMITA A MISERICÓRDIA DE DEUS.
Aqui mesmo criticamos os
críticos, porque quem faz esta objeção, limita tanto a misericórdia como o
poder de Deus. Ela admite que a misericórdia de Deus é limitada ao crente, e
concordamos com isto, mas nega que Deus pode fazer um homem crer, sem
forçar-lhe a vontade, assim limitando o poder de Deus. Cremos que Deus pode dar
ao homem uma mente sadia, II Timóteo 1:7, fazendo-o disposto no dia do Seu
poder. A este ponto devemos enfrentar duas proposições auto-evidentes.
Primeira: se Deus está tentando salvar cada membro da raça caída de Adão, e não
Se sai bem, então Seu poder é limitado e Ele não é o Senhor Deus Todo-Poderoso.
Segunda: se Ele não está tentando salvar cada membro da raça caída, então Sua
misericórdia é limitada. Necessariamente teremos que limitar Sua misericórdia
ou Seu poder, ou ir de malas e bagagens para a posição Universalista. Mas,
antes de fazermos isto, vamos "à lei e ao testemunho" que diz:
"Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu
tiver misericórdia…..Logo pois compadece-se de quem quer, e endurece a quem
quer", Romanos 9:15-18. É necessário dizer, para o conforto e esperança de
grandes pecadores, que a misericórdia de Deus não é limitada pela condição
natural do pecador. Todos os pecadores estão mortos, até que Deus os faça
vivos. Ele pode tirar o coração de pedra. Nenhum homem é tão grande pecador que
não possa ser salvo. Podemos orar pela salvação do maior dos pecadores com a
certeza de que Deus o salvará, se for Sua vontade. "Como ribeiros de
águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o
inclina", Provérbios 21:1. Regozijamo-nos ao dizer como Jeremias que não
há nada muito difícil para Deus. Podemos orar pela salvação de nossos entes
queridos, com o sentimento do leproso, quando disse: "Senhor, se quiseres,
podes tornar-me limpo". Mateus 8:2. Quando Robert Morrison estava quase
para ir para a China, um americano incrédulo perguntou-lhe se achava que iria
causar alguma impressão nos chineses. A resposta de Morrisson foi: "Não.
Mas creio que Deus pode". Esta deve ser nossa confiança e esperança,
quando estivermos diante dos pecadores, pregando para eles "CRISTO
CRUCIFICADO".
2. OUTRA OBJEÇÃO A ELEIÇÃO
É QUE ELA TORNA DEUS INJUSTO.
Esta objeção trai um coração
mau. Ela faria o CRIADOR ter obrigação para com a CRIATURA. Ela faz da salvação
uma obrigação divina. Ela nega o direito do oleiro sobre o barro da mesma
massa, de fazer um vaso para honra e outro para desonra. Pela mesma igualdade
de raciocínio, ela faz o governador de um estado soberano, injusto ao perdoar
um ou mais homens, a menos que esvazie a prisão e solte todos os prisioneiros.
Nesse ponto de vista a eleição está em harmonia com o que até mesmo os
arminianos dizem ser próprio e justo para um governador humano. Todos podem ver
que um governador, ao perdoar alguns homens não prejudica os outros que não são
perdoados. Os que não são perdoados não estão na prisão porque o governador
recusou-se a perdoá-los, mas porque eram culpados de um crime contra o estado.
Será que Deus não merece tanta soberania quanto o governador de um estado? A
salvação, como o perdão, é algo não merecido. Se fosse merecido, então Deus
seria injusto, se não a desse a todos os homens.
A salvação não é um assunto de
justiça, mas de misericórdia. Não foi o atributo de justiça que levou Deus a
providenciar a salvação, mas o atributo da misericórdia. A justiça é
simplesmente cada homem receber o que merece. Os que vão para o inferno não vão
culpar ninguém, a não ser eles mesmos, enquanto que os que vão para o céu não
vão louvar ninguém a não ser a Deus. Leia Romanos 9:22-23.
3. OUTRA VEZ OBJETA-SE QUE
NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO É CONTRA A DOUTRINA DO "QUEM QUISER".
Mas o objetor está errado
outra vez. Nosso ponto de vista explica e apoia a doutrina do "QUEM
QUISER". Sem eleição, o convite a "QUEM QUISER" seria
desconsiderado. A doutrina bíblica do "QUEM QUISER" não implica na
liberdade nem na habilidade da vontade humana de fazer o bem. A vontade humana
é livre, mas esta liberdade está dentro dos limites da natureza humana caída.
Ela é livre como a água: a água é livre para descer pela montanha. É livre como
o urubu: ele é livre para comer carniça, porque esta é sua natureza. Mas o
urubu morreria de fome num campo de trigo. Não é a natureza dele comer o que é
limpo; ele se alimenta de carniça, do que está morto. Assim também os pecadores
morrem de fome na presença do pão da vida. Nosso Senhor disse: "E não
quereis vir a mim para terdes vida", João 5:40. Não é natural para um
pecador confiar em Cristo. A
salvação através da confiança num Cristo crucificado é uma pedra de tropeço
para o judeu e loucura para o grego. Só os chamados, tanto judeus como gregos,
é que confiam nela como a sabedoria e poder de Deus. Veja I Coríntios 1:23-24.
Eis aqui uma pessoa morta
fisicamente. Ela é livre para se levantar e andar? Num sentido é, pois não está
amarrada com correntes! Não há nenhum impedimento externo. Mas noutro sentido,
este defunto não é livre. Ele está impedido por sua condição natural. É sua
natureza decompor-se e voltar ao pó. Não é natureza da morte o movimenta-se.
Eis aqui um morto espiritualmente - um homem morto em ofensas e pecados. Este
homem está livre para se arrepender, crer e fazer boas obras? Num sentido, sim.
Não há impedimentos externos. Deus não evita, mas oferece motivos através de
Sua Santa Palavra. Mas o morto é impedido por sua própria natureza. É
necessário haver o milagre do novo nascimento, pois a não ser que o homem nasça
de cima, ele não pode ver, nem entrar no reino de Deus, João 3:3-5.
É doloroso para alguns de nós
ver nossos irmãos deixarem a fé de nossos antepassados batistas nesse ponto, e
se juntarem às fileiras dos católicos romanos e arminianos. Se alguém duvidar
desta acusação, faça com que leia o artigo de fé adotado pelos católicos no
concílio de Trento (1563). Cito a afirmação sobre a liberdade da vontade humana:
"Se alguém afirmar que desde a queda de Adão a liberdade do homem está
perdida, que seja maldito!" Mas que pena! Nestes dias, tal espírito não
está confinado apenas aos católicos romanos. Horácio Conar faz a seguinte
citação de João Calvino: "Os teólogos papistas têm uma distinção geral
entre eles, que Deus não elege os homens de acordo com as obras que estão
neles, mas que escolhe aqueles que prevê que serão crentes".
O problema real com o objetor
não é a eleição; mas é algo mais. Sua objeção real é a depravação total do
homem ou incapacidade de fazer o bem. O que posso fazer de melhor aqui é citar
Percy W. Heward, de Londres, Inglaterra. Ele diz: "Parece-me que a maioria
das objeções à graça soberana de Deus, ao amor eletivo de Deus, são realmente
objeções a algo mais, a saber objeções ao fato de que o homem está arruinado.
Se sondarmos a superfície, iremos descobrir que há pouca objeção à eleição. Por
que deveriam objetar? A eleição não prejudica ninguém. Como pode a escolha de
um homem condenado ferir alguém? A objeção real nestes dias não é à eleição,
apesar da palavra dar a deixa da triste controvérsia - a objeção real é ao fato
que está revelado no Salmo 51, que diz que somos formados na iniqüidade, que
nascemos pecadores por natureza, mortos em pecados até que, como lemos
referindo-se a Paulo em
Gálatas I : "Mas, quando aprouve a Deus, que desde o
ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho
em mim" Ah! queridos amigos, não merecemos nada, a não ser a condenação.
Reconheça isto e a eleição é a única esperança. Reconheça que somos pobres
pecadores perdidos, mortos em ofensas e pecados, só maus continuamente;
reconheça que não há no homem nenhuma faísca natural a ser transformada em
chama, mas que os crentes nascem novamente da semente incorruptível que o
Senhor coloca; reconheça que se alguém está em Cristo há uma nova criação,
porque somos feitura Sua, tendo sido criados em Jesus Cristo , e a
eleição será reconhecida imediatamente".
Cada crente verdadeiro, em
seus joelhos, assina nosso ponto de vista da eleição. Você não pode orar
atribuindo algum crédito a si mesmo. A graça soberana será revelada em oração,
mesmo que não seja pregada no púlpito. Nenhum salvo vai se ajoelhar diante de
Deus dizendo que é diferente dos não salvos, mas como Paulo ele dirá:
"Pela graça de Deus sou o que sou". E ao orar pelos perdidos
suplicamos que Deus os convença e converta. Não dependemos da liberdade deles,
mas imploramos a Deus para fazer com que sintam a vontade de vir a Cristo,
sabendo que quando vierem, Ele não os lançará fora. Veja João 6:37.
Um ministro metodista uma vez
foi ouvir um ministro presbiteriano pregar. Após o sermão, o metodista disse ao
presbiteriano: "Foi um ótimo sermão arminiano o que pregou hoje".
"Foi mesmo", replicou o presbiteriano. "Nós presbiterianos somos
ótimos arminianos quando pregamos e vocês, metodistas, são ótimos Calvinistas
quando oram". HÁ MAIS VERDADE DO QUE POESIA AQUI!
4. OBJETA-SE TAMBÉM QUE
NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO É UMA NOVA DOUTRINA ENTRE OS BATISTAS
MISSIONÁRIOS.
O fato é que ela é tão
antiquada que quase saiu da moda. A ignorância que se vê em tal afirmação é sem
dúvida digna de pena. Para refutá-la, recorremos a duas fontes de informação:
(1) Confissões de fé e (2) Afirmações de pastores representantes e escritores.
(a) CONFISSÕES DE FÉ
Os paterinos, de acordo com W.
A. Jarrel, recorreram ao texto no capítulo 9 de Romanos, como prova das
doutrinas da ELEIÇÃO INCONDICIONAL. Veja o livro da história de Jarrel. Os
paterinos foram antigos progenitores dos batistas.
Os valdenses, pelos quais a
sucessão da igreja batista deve ser traçada, declararam-se como se segue:
"Deus salva da condenação e corrupção aqueles a quem Ele escolheu desde a
fundação do mundo, não por uma disposição qualquer, nem fé, nem santidade que
previu neles, mas por Sua simples misericórdia em Jesus Cristo , Seu
Filho, deixando todos os outros de acordo com a razão irrepreensível de Sua
própria livre vontade e justiça". A DATA DESTA CONFISSÃO É 1120.
As confissões de Londres
(1689) e a de Filadélfia (1742) dizem o seguinte: "Pelo decreto de Deus,
para manifestação de Sua glória, alguns homens e anjos são predestinados ou
ordenados a VIDA ETERNA, através de Jesus Cristo, para o louvor de Sua graça
gloriosa; outros sendo deixados para agirem em seus pecados para sua justa
condenação, para o louvor de Sua justiça gloriosa".
A confissão de New Hampshire
(Artigo 9) diz: "Cremos que a eleição é o propósito eterno de Deus,
segundo o qual Ele regenera graciosamente, santifica e salva pecadores que,
sendo perfeitamente consistente com a livre ação do homem, ela compreende todos
os meios em conexão com o fim; que é a manifestação mais gloriosa da bondade
soberana de Deus, sendo infinitamente gratuita, sábia, santa e imutável; que
exclui completamente a vanglória e promove a humildade, o amor, a oração, o
louvor, a confiança em Deus e imitação ativa de Sua misericórdia gratuita; que
encoraja o uso dos meios no mais alto grau; que pode ser verificada por seus
efeitos em todos os que crêem verdadeiramente no Evangelho; que é a base da
segurança cristã e que para verificá-la com respeito a nós mesmos, exige e
merece a máxima diligência".
(b) PASTORES REPRESENTANTES E
ESCRITORES!
John A. Broadus, antigo
presidente do Seminário Teológico Batista da Convenção: "Do lado divino
vemos que as Escrituras ensinam uma eleição eterna de homens para a vida
eterna, simplesmente vinda da boa vontade de Deus".
A. H. Strong, antigo
presidente do Seminário Teológico de Rochester: "A Eleição é o ato eterno
de Deus, pelo qual em Sua vontade soberana, e não por causa de nenhum mérito
previsto neles, Deus escolhe certo número de pecadores para serem recipientes
da graça especial do Seu Espírito e assim serem feitos participantes
voluntários da salvação de Cristo".
B. H. Carrol, fundador e 1º
presidente do Seminário Batista Sudoeste da Convenção: "Cada um que Deus
escolheu em Cristo é atraído pelo Espírito a Cristo. Cada um predestinado é
chamado pelo Espírito em tempo, justificado em tempo e será glorificado quando
o Senhor vier", Comentários em Romanos.
J. P. Boyce, fundador e 1º
presidente do Seminário Teológico Batista da Convenção: "Deus por Seu
próprio propósito, desde a eternidade, determinou salvar um número definido da
raça humana como indivíduos, não por causa de nenhum mérito nem obras deles,
nem de qualquer valor deles para Deus, mas por Sua própria boa vontade".
W. T. Connor, professor de
Teologia do Seminário Batista da Convenção, em Fort Worth , Texas:
"A doutrina da eleição significa que Deus salva em continuação a um
propósito eterno. Isto inclui todas as influências do Evangelho, trabalho do
Espírito Santo e assim por diante, que leva o homem a se arrepender dos seus
pecados e aceitar Cristo. Acerca da liberdade do homem, a doutrina da eleição
não significa que Deus decreta salvar um homem independente de sua vontade.
Pelo contrário, significa que Deus propõe guiar um homem de tal maneira que ele
livremente aceitará o Evangelho e será salvo".
Pastor J. W. Lee, de
Batesville, Miss: "Creio que Deus decretou antes da fundação do mundo, que
salvaria certos indivíduos e que estabeleceria todos os meios para efetuar a
salvação deles, em Seus termos. Os homens e mulheres não são eleitos porque se
arrependem e crêem, mas se arrependem e crêem, porque são eleitos".
A lista acima de batistas bem
conhecidos e honrados podemos acrescentar citações de Gill, Gulier, Spurgeon,
Bunyan, Pendleton, Mullins, Dargan, Jeter, Eaton, Graves e outros numerosos
demais para mencionar. É uma triste verdade que muitos de nossos pastores
mantenham eleição como uma opinião particular e nunca a preguem. Pessoalmente
conhecemos um número de irmãos que dizem que a eleição é ensinada claramente na
Bíblia, mas que não podemos agüentar pregá-la, porque trará problemas às Igrejas.
Isto é pior do que se comprometer; é a rendição da verdade. É um espírito que
leva os pastores a desagradarem a Deus, a fim de agradarem aos homens. O
escritor crê que o silêncio sobre este assunto tem feito mais mal do que uma
oposição aberta a ele. Aqueles que se opõem abertamente à eleição, cedo ou
tarde, vão se fazer ridículos aos olhos de todos os batistas que amam a Bíblia.
5. OBJETA-SE ALÉM DISSO QUE
NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO TORNA OS HOMENS DESCUIDADOS DE SUA VIDA.
Diz-se que a crença na
doutrina leva os homens a dizer: "Se sou eleito, serei salvo; se não sou
eleito, ficarei perdido, portanto não importa o que creio nem o que faço".
A mesma objeção tem sido feita persistentemente contra a doutrina da
preservação dos santos. Este é um raciocínio ousado. É colocar a razão humana
contra a revelação divina. Ela não dá importância à operação da graça de Deus
no coração humano. Se os batistas abandonam a eleição em tal plano, para serem
consistentes, terão que abandonar a doutrina da preservação no mesmo plano. A
eleição não significa que o eleito será salvo quer creia quer não, nem
significa que o não-eleito ficará perdido, sem consideração do quanto possa
arrepender-se e crer. O eleito será salvo pelo arrependimento e fé, e os dois
são dons de Deus, como já mostramos antes; o não eleito não se arrepende nem
crê.
A objeção que estamos
considerando agora é simplesmente não verdadeira ao fato real.
Os que crêem na eleição
estiveram e ainda estão entre os mais santos. Agustus Toplady desafiou o mundo
a produzir um mártir dentre os que negam a eleição. Os puritanos, que foram
chamados assim por causa da grande pureza de suas vidas, com poucas exceções
(se houver), criam na eleição pessoal, eterna e incondicional, e naturalmente,
na segurança de crente. O modernismo, fruto do inferno, está rapidamente
aumentando o número de seus aderentes, mas estão vindo das fileiras do
Arminianismo. Outros já desafiaram o mundo a achar um só arminiano, ou um só
espiritualista, ou um só russelita, ou um só cientista cristão que creia na
soberania absoluta de Deus e na doutrina da eleição Sem uma exceção estes
horríveis hereges são arminianos. Este é um fato significativo que não deve ser
considerado por nós como sem importância.
6. OS OBJETORES DECLARAM
QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO DESTRÓI O ESPÍRITO DE MISSÕES.
Eles afirmam corajosamente que
se a eleição incondicional deve encontrar aceitação universal entre nós, que
devemos deixar de ser um povo missionário. Há uma quantidade enorme de
evidências históricas com as quais refutamos esta afirmação. Abaixo de Deus, o
pai das missões modernas foi William Carey, um calvinista sincero. Andrew
Fuller, 1º secretário da sociedade que mandou Carey à Índia, agarrava-se
tenazmente ao nosso ponto de vista da eleição. Isto não destruiu o espírito
missionário destes homens. "A prova de que o pudim está gostoso é
comê-lo" A crença na eleição não destruiu o espírito missionário em
Judson, Spurgeon, Boyce, Eaton, Graves, Carrol e uma hoste de outros lideres
batistas. A igreja Murray, a qual o Dr. J. F. Love chamou a maior igreja
missionária na terra, ouviu sermões sobre eleição por Boyce Taylor durante
quase quarenta anos. As maiores igrejas missionárias entre nós hoje são aquelas
que foram purificadas das heresias de James Arminius.
A eleição é a própria base da
esperança no esforço missionário. Se tivermos de depender da disposição natural
ou vontade de um pecador morto, que odeia a Deus, para responder ao Evangelho,
podemos nos desesperar. Mas quando notamos que é o Espírito que vivifica, vamos
adiante com o Evangelho da graça de Deus, esperando que Ele faça alguns, pela
natureza distantes, a se voltarem para Ele, crendo na salvação da alma. A
eleição não determina a extensão das missões, mas o resultado delas. Devemos pregar
a toda criatura, por que Deus ordenou, e porque Lhe agrada salvar pecadores
pela loucura da pregação. Cremos mais em eleição do que os batistas que no
crêem em missões.
Cremos que Deus elegeu meios da salvação, tão bem como
pessoas para a salvação. Ele não escolheu salvar pecadores à parte do
ministério do Evangelho, Romanos 1:16.
A eleição dá firmeza ao
Evangelismo, o qual é grandemente necessário hoje. Ela reconhece que os
pecadores "criam pela graça", Atos 18:27, e que mesmo que Paulo possa
plantar e Apolo regar, mas é Deus quem dá o crescimento. O Arminianismo tem
tido seu dia entre os batistas e o que tem feito? Tem dado a nós o poder
humano, mas tira de nós o poder de Deus. Tem aumentado o maquinismo, mas
diminuído a espiritualidade. Tem enchido nossas igrejas de "Ismaéis",
em vez de "Isaques" por seu ministério de "orgulho" e com o
método de "quantidade e não qualidade".
Se precisar de apoio adicional
na Escritura, leia os seguintes versículos: Salmos 65:4, Atos 13:48, João 6:37,
6:44-45, 17:1-2, Mateus 11:25-26, II Coríntios 12:3, 10:4.
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