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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

HISTÓRIA DE ISRAEL 4 - A DISPUTA POR JERUSALÉM: UM SINAL DO FIM?


A disputa por Jerusalém: um sinal do fim?

Jerusalém sempre foi uma cidade muito disputada na antigüidade. Esta cidade sempre esteve envolvida nos destinos históricos e proféticos da humanidade. A partir dali o Eterno inicia um processo de redenção para a humanidade e no futuro, esta será a cidade onde reinará Jesus.

Sobre Jerusalém está escrito assim no Talmude Babilônico: "Dez medidas de beleza foram concedidas ao mundo; nove foram tomadas por Jerusalém, e uma pelo resto do mundo".

Jerusalém no passado

Jerusalém, a capital de Israel, situa-se entre as colinas da Judéia, a meio caminho entre o Mar Mediterrâneo e o Jordão. 
A cidade de Jerusalém foi conquista pelo rei Davi aproximadamente no ano 1004 a C. Naquela ocasião ela era habitada pelos jebuseus e era reconhecidamente uma cidade inexpugnável! 

O Eterno deu à Davi a forma de conquistar esta cidade e fazer dela a capital da nação de Israel, "Trinta anos tinha Davi quando começou a reinar, e reinou quarenta anos. Em Hebrom reinou sete anos e seis meses sobre Judá, e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá" II Sm 5:4,5.
No decorrer de sua história ela foi várias vezes ameaçada em sua soberania nacional. Após a divisão do reino, ela continuou a ser o centro religioso nacional e era ali que se realizavam as celebrações bíblicas ao Senhor. 
Jerusalém passou por dois grandes cativeiros, o Assírio e o Babilônico em 586 a C., quando o rei Zedequeas rendeu-se , pondo fim aos 400 anos da dinastia de Davi "Ora, no quinto mês, no sétimo dia do mês, no ano décimo nono de Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradão, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia; e queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas de importância, ele as queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém" II Rs 25:8-10, e em ambas as ocasiões, quando o povo retorna à cidade, ela precisa ser reconstruída e restaurada, pois havia sido alvo da destruição por parte do inimigo!
O seu nome significa: "Cidade de Paz". Porém isso a paz é o que a cidade conhece menos em sua história! Desde os tempos em que Davi a conquistou ela sempre foi alvo de guerras e disputas (quer externas ou internas) e o significado de seu nome é sempre novamente posto em "cheque" por aqueles que lhe desejam o mal. 
Por causa de sua localização estratégica nas rotas comerciais no passado a cidade teve uma importância comercial muito grande. Este foi mais um motivo pelo qual os inimigos cobiçaram-na.

Jerusalém pós-bíblica

Quando o mundo antigo foi conquistado por Alexandre Magno, Jerusalém continuou sendo o centro da teocracia judaica, sob domínio estrangeiro, sujeita à crescente influência helenística, que levará no final à soberania grega. Quando os governadores gregos profanaram o Templo, tentando reprimir a prática do judaísmo, os judeus se revoltaram, liderados pela família dos Hasmoneus. Quando entraram no Templo encontraram "o santuário desolado, o altar profanado, as portas queimadas... restauraram o Lugar Santo... e ascenderam as lâmpadas do candelabro... de volta a brilhar no interior do Templo" (I Mc 4). 

Com a restauração do reinado judeu na Terra de Israel, a cidade ingressou num período de crescimento e desenvolvimento. Os oitenta anos da dinastia dos Hasmoneus chegaram ao fim quando o país tornou-se uma província romana em 63 a C. Algumas décadas mais tarde, o rei Herodes, vassalo de Roma, empenhou-se num ambicioso programa de construções em Jerusalém, que inclui a reforma do Templo, transformando-se num dos mais belos edifícios do mundo. Foi nesta cidade, sob o domínio romano, que Jesus de Nazaré caminhou juntamente com seus discípulos e morreu na cruz. 
Em 66 d.C., os judeus revoltaram-se contra a crescente opressão dos romanos. Sua luta obstinada contra Roma chegou desastrosamente ao fim em 70 d.C.: o Templo foi queimado até os alicerces, Jerusalém saqueada e seus habitantes escravizados e deportados.

Jerusalém sob dominação estrangeira

Após a destruição de Jerusalém, os romanos ergueram uma nova cidade - Aelia Capitolina - sobre suas ruínas, na qual os judeus eram proibidos de entrar. No século IV, a Terra de Israel fazia parto do Império Bizantino; Jerusalém tornara-se um cidade cristã, e legiões de peregrinos vinham visitar os locais relacionados ao advento do cristianismo. 

Os árabes muçulmanos, comandados pelo califa Omar, conquistaram Jerusalém em 683 e construíram o Domo da Rocha no sítio do primeiro e segundo Templos. Os judeus tinham novamente permissão para viver na cidade, administrada durante os quatro séculos seguintes pelos califas muçulmanos, desde suas capitais em Damasco, Cairo e Bagdá. 

Jurando libertar Jerusalém do Islã, os nobres cruzados e seus exércitos plebeus partiram da Europa em 1096. A conquista da cidade foi acompanhada pelo massacre de seus habitantes judeus e muçulmanos. Durante quase um século, Jerusalém foi a capital do Reino Latino da Terra Santa. 

Saladino, Muçulmano do Curdistão, conquistou Jerusalém em 1187 e permitiu o retorno dos judeus à cidade. Os quase quatro séculos de domínio muçulmano foram marcados por negligência: a população da cidade minguou e as muralhas se arruinaram. Somente no início do domínio turco otomano, no princípio do século XVI, Jerusalém recuperou parte de seu antigo esplendor. 

No século XIX, com o enfraquecimento do poder otomano e o redespertar do interesse europeu pela Terra Santa, o atraso medieval cedeu diante do progresso ocidental. Jerusalém expandiu-se, e por volta de 1840, o número de habitantes havia aumentado consideravelmente, sendo que mais da metade eram judeus. 

No fim da 1ª Guerra Mundial (1917), o general inglês Allenby aceitou a rendição da cidade por parte do prefeito de Jerusalém, finalizando o domínio otomano. Durante os 30 anos seguintes, a cidade foi a sede administrativa do mandato britânico. Durante esta época, o povoado estagnado e abandonado transformou-se em cidade florescente.

Jerusalém no presente

Na atualidade a cidade de Jerusalém tem sido palco de inúmeras disputas entre as três maiores religiões que ali se instalaram: judaísmo, cristianismo e islamismo! Esta disputa é feita palmo a palmo, pois as três religiões reivindicam os locais sagrados de Jerusalém. 
Os judeus dizem ter direito à cidade, pois ela sempre foi a capital do Estado de Israel, e foi sempre ali que seus antepassados viveram, foi ali que os profetas entregaram as palavras ditas pelo Eterno à nação, etc... 
Os árabes dizem ter direito à cidade, pois quando os judeus foram dispersos pelo mundo no ano 70 d.C., eles então se apossaram da cidade e do país e reivindicam então sua posse. 
Os cristãos da mesma forma, pois durante os períodos de conquistas, eles passaram por Jerusalém e ali estabeleceram marcos históricos presentes até a atualidade na cidade! Eles edificaram igrejas (católicas) e afirmam que a cidade é seu patrimônio, pois Jesus Cristo (considerado por eles o fundador do cristianismo!) viveu, padeceu, morreu e ressuscitou ali! 
A controvérsia está longe de ser decidida e percebemos que desde sempre existiu uma pressão dos países considerados como "potências" mundiais para que haja tolerância em Jerusalém! Jerusalém é tida como ""Cidade Universal", reclamada para tornar-se o catalisador mundial das religiões!

Jerusalém e o renascimento de Israel 

Com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, Jerusalém tornou-se novamente a capital de um estado judeu soberano.

Desde então, a cidade cosmopolita continuou a desenvolver-se - capital de um estado democrático; centro de estudo e pesquisa científica; acolhendo congressos e eventos culturais; lugar de parques e avenidas, estádios de esportes e centros comerciais, sinagogas, igrejas e mesquitas. Mas, acima de tudo, Jerusalém continua sendo, como nos tempos antigos, uma cidade de beleza sem par, com o poder de abalar os mais céticos e de trazer inspiração e paz aos crentes! Desde então, os judeus voltam para seu lar nacional e agora podem novamente contar com um solo só deles! 

No ano 70 aconteceu um episódio conhecido como "Diáspora" ou dispersão e agora dá-se exatamente o contrário: a reunião 
do povo de Israel! 
Porém ao renascer a nação a sua mais importante cidade não pode ser novamente a sua capital: Jerusalém! Após o renascimento da nação, sua capital foi instalada na cidade de Tel Aviv, hoje a cidade mais moderna, cosmopolita, em Israel. 
Tel Aviv tornou-se a "capital temporária" do Estado de Israel, pois havia no coração dos judeus a certeza de que a capital Eterna de seu Estado voltaria a ser Jerusalém! 

A disputa é espiritual

Até o ano de 1967 a cidade estava dividida entre dois povos: judeus e árabes! Uma cidade assim não poderia ser governada plenamente por ninguém. Mas Jesus já havia profetizado que isso teria um fim: em Lc 21.24 está escrito: "E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem". Esta profecia nos fala de duas coisas: a diáspora e a complementação do "tempo dos gentios". Quando Jesus refere-se a "ser pisada por" ele fala sobre "estar sob domínio de" e Jerusalém até o ano de 1967 esteve sob o domínio também dos árabes. Mas Jesus também nos informa que o "tempo dos gentios" haveria de acabar! 

Nós hoje sabemos que a "Guerra dos seis dias" travada entre judeus e árabes fazia parte da profecia de Jesus! Neste confronto, Israel recupera a posse definitiva de Jerusalém, que passa a ser então uma cidade una, sob o governo dos judeus, que fazem dela então a capital única e indivisível do Estado judeu! Nesta ocasião o Eterno pôs fim aos "tempos dos gentios" para assim estabelecer um marco profético que apontaria para o retorno do Senhor Jesus! 

A disputa por Jerusalém é puramente espiritual, pois Jerusalém está sendo disputada hoje por causa de sua importância espiritual, pois quem governa espiritualmente esta cidade terá o controle profético dos fatos que determinarão o destino da humanidade! Há uma "disputa" pela hegemonia espiritual da cidade entre Satanás e o Eterno! 

Um dos "marcos" fixados por Satanás em Jerusalém está no Monte do Templo! Ali ele erigiu uma Mesquita, conhecida como "Mesquita da Cúpula Dourada". Aquele edifício foi construído ali a fim de dizer: "Agora eu governo neste lugar!" A Mesquita foi construída justamente onde estava situado o Santo dos Santos! Por isso, Satanás com este fato "afronta" o Senhor! 

Concluímos então nosso relato, esperando que os crentes possam atender ao mandado bíblico que diz: "Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam" Sl 122:6. Hoje tenhamos consciência da importância de Jerusalém para nós, para o povo judeu e para a redenção da Noiva e de Israel! 

            Que assim seja e cumpra-se!


Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!

Pastor Mário Moreno


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