A Genuína Consagração
"Sacrifícios
agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito,
não o desprezarás, ó Deus." (Sl 51:17)
Paulo, em Romanos 12:1 diz:
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional".
A oferta do holocausto era
totalmente para o desfrute e satisfação de Deus (Lv 1:1-17). Quando nos
apresentamos a Deus como sacrifício vivo, isso indica que estamos no altar e
não mais no mundo. Ou seja, mudamos de posição: do mundo para o altar. Por
outro lado, anteriormente trabalhávamos no mundo e para o mundo com nossas
habilidades, mas uma vez no altar nada podemos fazer senão nos consagrar a Deus
como um sacrifício vivo. Todavia, essa consagração não deve ser segundo o
conceito de trabalhar para Deus com nossa força e habilidade, algo que se
origina em nós. Precisamos perceber que trabalhar para Deus não é o que podemos
fazer para Ele, mas é o resultado de Seu trabalho em nós - precisamos permitir
que Ele trabalhe Sua vida em nós. Somente os que deixam o Senhor trabalhar Sua
vida neles podem trabalhar para Ele.
Quando nossa consagração é
verdadeira, estamos dispostos ao sofrimento, desistimos das nossas opiniões,
pontos de vista, preferências, sentimentos e justificativas. Desistimos de nós
mesmos, entregando tudo ao Senhor, a fim de que Ele trabalhe Sua vida em nós
com toda a liberdade. Quando nos oferecemos a Deus dessa maneira, Ele, com toda
certeza, trabalha em nós! Mas, se não O deixarmos trabalhar primeiro em nós, o
nosso labor não pode agradá-Lo nem ser aceito por Ele - como ocorreu com Caim
-, não importando quão diligentes ou perseverantes sejamos. Se essa diligência
tem origem em nosso próprio labor, como poderá ser aceita? Onde está o
resultado do trabalhar do Senhor em nós? Não podemos jamais nos esquecer de que
o bom prazer de Deus está no fruto de Seu próprio trabalho (Is 53:11 diz:
"Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito;").
Devemos dispor-nos e orar: "Senhor, eu entrego tudo a Ti. Trabalha em
mim".
Por crer na morte de Cristo,
fomos justificados e santificados. Agora podemos reconciliar-nos com Deus, o
que significa voltar ao Éden, a comer da árvore da vida e viver a vida da igreja.
Temos hoje tal vida no espírito por meio da regeneração. Mas ela quer
expandir-se para todo o nosso ser, levando-nos a crescer e amadurecer nela.
Isso é o mesmo que dizer que Cristo precisa crescer em nós. Como deixá-Lo
crescer? Não é por meio de doutrinas ou ensinamentos, mas pela vida divina. E
como estar nessa vida? Pelo fluir do Espírito. Quanto mais Dele bebermos, mais
cresceremos, a ponto de, por fim, alcançar a completa maturidade, tornando-nos
a Nova Jerusalém.
Diante desse quadro, o primeiro passo
que devemos dar, depois de salvos é o de nos consagrar. Além de agradar a Deus,
isso permitirá que Ele cumpra em nós tudo o que deseja. Aleluia!
AUTOR DESCONHECIDO
AUTOR DESCONHECIDO
Nenhum comentário:
Postar um comentário