A
graça de Cristo
Jesus Cristo
é o Messias prometido. Esta verdade foi constatada na aula passada. Constatamos
como a Palavra de Deus se empenha em registrar os passos de Jesus Cristo,
mostrando sempre como tudo fez parte do plano maravilhoso de Deus, apresentando
o cumprimento de inúmeras profecias. Verificamos também que o Messias é o
Mediador, o Redentor do Seu povo, e que Ele exercita a Sua obra através de três
ofícios: o de Profeta, o de Sacerdote e o de Rei.
Hoje
estudaremos sobre a essência motivadora de todo o trabalho de Cristo por nós
pecadores - Seu amor para conosco, Sua graça
derramada sobre nossas vidas, para que pudéssemos alcançar a salvação.
O estudo da
Graça de Cristo deve nos levar a uma atitude de agradecimento, conforto e
consolação, ao constatarmos que, mesmo indignos e pecadores, fomos objetos do
amor salvador de Deus - se temos depositado em Jesus Cristo nossa fé, ao
ouvirmos Seu chamado.
O que é "Graça"?
A palavra graça vem do grego (cáris) e significa
"aquilo que em si desperta alegria, encanto, doçura, prestígio e
aceitabilidade". Usamos a palavra muitas vezes no nosso dia-a-dia, por
exemplo: "graça de estilo", "graça de uma criança". Estamos
acostumados a ouvir também a descrição de algum líder como sendo - "uma
pessoa carismática. "
Isto significa - uma pessoa cheia de graça, simpática, que
desperta sentimentos favoráveis. O nome significa também "favor que se
recebe, ou que se dá", como por exemplo: "...ele recebeu a graça do
juiz de ser perdoado", ou "conceda-me a graça..."
A palavra
engloba, portanto, as seguintes idéias básicas: Espontaneidade, Generosidade, Benevolência, Favorecimento gratuito,
Bem-querer e Amor imerecido.
Na Palavra de
Deus o termo ocorre uma quatrocentas vezes, e geralmente, significa "favor
espontâneo e permanente de Deus para aquele que não tem mérito nem
direitos," ou, resumidamente, "favor não merecido". Vejamos
alguns trechos: Tito 3:4,5
-
"Outrora nós também éramos insensatos, desobedientes,
extraviados, servindo a várias paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja,
odiosos e odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a benignidade de
Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com os homens".
É o auxílio divino, a indulgência dada aos homens pecadores, aos salvos, sem que houvesse nada neles que gerasse o mérito ou o direito ao recebimento deste amor. A causa é, única e exclusivamente, a misericórdia de Deus.
É o auxílio divino, a indulgência dada aos homens pecadores, aos salvos, sem que houvesse nada neles que gerasse o mérito ou o direito ao recebimento deste amor. A causa é, única e exclusivamente, a misericórdia de Deus.
-
1.
I Pedro 5:5
2.
- "Semelhantemente, vós, jovens, sede submissos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes."
É o socorro de Deus concedido aos humildes, àqueles que reconhecem que nada possuem a exigir, mas que, constatando a sua insignificância e a majestade e santidade de Deus, entregam-se à misericórdia de Cristo.
- "Semelhantemente, vós, jovens, sede submissos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes."
É o socorro de Deus concedido aos humildes, àqueles que reconhecem que nada possuem a exigir, mas que, constatando a sua insignificância e a majestade e santidade de Deus, entregam-se à misericórdia de Cristo.
3.
Atos 14:3
4.
- "Assim detiveram-se muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que pelas mãos de Paulo e Barnabé se fizessem sinais e prodígios."
Ver também Atos 20:24,32. É muitas vezes utilizada como sinônimo do evangelho de Cristo.
- "Assim detiveram-se muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que pelas mãos de Paulo e Barnabé se fizessem sinais e prodígios."
Ver também Atos 20:24,32. É muitas vezes utilizada como sinônimo do evangelho de Cristo.
5.
II Pedro 3:
18
- "Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade. Amém."
O crente é exortado a "crescer na graça". Significa, portanto, os frutos deste mesmo evangelho salvador.
6.
II Co 9:15
- "Portanto, julguei necessário exortar a estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa dádiva, já antes anunciada, para que esteja pronta como expressão da generosidade, e não de avareza."
O Evangelho de Cristo é "o dom inefável de Deus". Dom significa dádiva, presente e inefável significa indescritível, aquilo que não existem palavras para descrever, tal a sua grandiosidade. Cristo é, portanto, a graça de Deus para com os pecadores.
Graça é - Deus amando espontaneamente e
generosamente aqueles que não merecem amor, enviando o Seu Filho para a
salvação de pecadores.
A Graça de Cristo e a Lei
A Graça de
Cristo é a manifestação do Seu amor espontâneo para com os pecadores, antes e
depois de crentes. Jesus é em si mesmo a própria Graça porque nEle se acha a
"Graça e a Verdade" (Jo 1:14). Este verso nos ensina que estas duas
qualidades - Graça e Verdade -
resumem a glória de Deus, visível aos homens em Cristo. Expressando a sua
"plenitude", atestam a divindade de Cristo.
A Lei Moral,
dada através de Moisés, estabelecia e traçava os limites e padrões de Deus, mas
era incapaz de salvar, pois todos a quebram em seus pecados próprios e na sua
origem pecaminosa (somos todos descendentes de Adão, que quebrou o pacto, no
paraíso). No seu aspecto cerimonial (lei Religiosa), apontava para o Messias
que havia de vir, mas os sacrifícios eram simbólicos, imperfeitos, sem poder inerentes
em si. A Lei Civil, ou judicial, mantinha a estrutura da sociedade, mas não
providenciava a redenção. Mas a Graça, que flui do Messias e por intermédio do
seu trabalho, excede a Lei, não no
sentido que a contradiz, mas no sentido que anula a sua condenação. Cristo, tendo pago os pecados dos Seus na
cruz do Calvário, e tendo vencido a morte por Sua ressurreição, em função da Sua Graça, apropria (transfere, imputa)
a Sua justiça a pecadores perdidos.
A Graça de
Cristo é, acima de tudo, uma qualidade de Sua Pessoa mesma, a virtude do Seu
caráter, o amor em ação generosa.
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