A Grande Comissão
"Aprouve a Deus salvar os
que crêem pela loucura da pregação" (1 Coríntios 1:21). "Como porém,
invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram?
E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas! Mas,
nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na
nossa pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de
Cristo. Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra
se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo"
(Romanos 10:14-18). No primeiro século, a fé e a esperança que o evangelho traz
foram pregadas pelos discípulos de Cristo a toda criatura debaixo do céu
(Colossenses 1:23).
O desejo de Deus era e é que
"todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade" (1 Timóteo 2:4). Todos devem ouvir a mensagem que o Pai deixou e
aprendê-la antes de serem capazes de aproximar do Pai por meio do Filho (João
6:45). Em toda a sua misericórdia e o seu poder, a voz do Senhor ainda exclama,
dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" Não devem
respostas de "Eis-me aqui, envia-me a mim" sejam repetidas por muitos
ao trono de Deus (Isaías 6:8).
Quem deve sentir-se
responsável por levar o evangelho a todo o mundo? "Em nossas mãos está o
evangelho . . . Apressemo-nos, levemos a mensagem preciosa de Deus, fazendo o
errante voltar ao caminho certo" (cântico de T. S. Teddlie). Mas será que
temos as oportunidades para levar o evangelho ao mundo? Um dos artigos mais
desafiadores que li sobre este assunto afirma:
"A década de noventa
poderá muito bem testar nossos motivos. Uma porta já se abriu na China. A
desintegração das barreiras entre a Europa Ocidental e a Oriental bem podem
conduzir a múltiplas oportunidades para levarmos o conhecimento de Deus a
nações que há tanto vivem nas trevas. Estamos a ponto de ser chamados para
colocar o nosso dinheiro, os nossos filhos e a nossa vida no lugar em que
havíamos colocado a nossa voz.
"Serão necessários
sacrifícios. As grandes congregações terão de abrir mão do luxo, das coisas
convenientes e de tudo que não contribua diretamente para salvar ou edificar
almas. As congregações nas comunidades pequenas, nas quais o evangelho foi
pregado durante anos e as perspectivas são sabidamente limitadas terão de
"se virar" sem um "pregador de tempo integral" sustentado
pelos de fora, para que haja homens e dinheiro disponíveis para enviar o
evangelho aonde ainda ele não chegou. Os pregadores capazes terão de esquecer .
. . as preocupações naturais com a segurança e encaminhar-se para onde são mais
necessários. Os pais terão de ver os filhos partir . . . e se ausentar durante
anos . . . Todos nós teremos de reduzir o nosso padrão de vida, para dar com
mais liberalidade para prover as necessidades financeiras dos que de fato vão .
. . Será pedir muito? Se a guerra fria se tivesse acirrado e se transformasse
num conflito militar,toda a nossa nação não faria esses sacrifícios para
destruir . . . essa nações? Os que serviram como voluntários não seriam
contados como heróis, enchendo de orgulho os seus pais? Será que estamos menos
dispostos a nos sacrificar para salvar a alma dos homens do que a matá-los e
mutilá-los? Será a causa de Cristo menos digna que a causa patriota?"
(Extraído de "Muros que desabam e portas que se abrem", de Sewell
Hall, publicado na Christianity Magazine de janeiro de 1990, p. 31.)
Somos encorajados quando vemos
cristãos de mesmo pensamento marchando por essas portas com a mensagem do Rei.
Não há outra escolha, pois permanecer em silêncio nesse momento fará o
julgamento de Deus cair sobre nós. Se de fato escolhêssemos ficar calados, será
que a mensagem de Deus deixaria de ser propagada? Cantamos que "Ele só tem
as nossas mãos", mas, se não levarmos a preciosa mensagem a este mundo,
"de outra parte se levantará . . . socorro e livramento" (Ester 4:14).
Em duas viagens à China, por exemplo, conheci pessoas (centenas das quais não
são "dos nossos") que dedicaram a vida a levar Bíblias à China. Em Hong Kong , conheci
pessoas que trabalham arduamente para pôr a Bíblia à disposição, gratuitamente,
a qualquer pessoa que os leve à praia "da Macedônia". Em minha
cidade, há irmãos de quem discordo em certas questões; entretanto, sou
testemunha de seus esforços dedicados para levar a Bíblia à Rússia.
Deus deseja que sua palavra
encha a terra. A Bíblia está repleta de exemplos que demonstram que os
desígnios de Deus não podem ser impedidos pela recusa de seu povo de servir com
fidelidade. Que sejamos incentivados a fazer maiores esforços para levar o
evangelho a todo o mundo. Que possamos ouvir mais vozes clamando: "Senhor,
estou aqui; envia-me!" e "Nós enviaremos!".
Tommy
Poarch
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