A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO
Os governantes. Período 4
aC a 70 dC
Os romanos
permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do NT. A
família de Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob
a autoridade de Roma.
O Novo
Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes o Grande era rei, mas
seu governo aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios
de conspiração e contra conspiração enquanto os membros de sua família
disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os
dois filhos que tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra
Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte do pai, no ano 4 aC . Para os romanos Herodes
foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi um
tirano egoísta.
Sucederam-no
seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O menos estimado dos
filhos de Herodes, ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele
finalmente o levaram ao exílio.
Herodes
Antipas (4 aC
- 39 dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil
governante foi menos brutal que Arquelau, mas assassinou João Batista que
denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério
(14 - 37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41
dC).
Filipe (4 aC
- 34 dC), terceiro filho de Herodes, foi tetrarca das regiões da Ituréia e
Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e
benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as
moedas que ele cunhou foram as primeiras moedas judaicas a trazer a efígie
humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi
afinal acrescentado ao de Herodes Agripa I.
Filipe (
Após o exílio
de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por
procuradores romanos (6 - 41 dC) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia
no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de tributação. Este ato
provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por
algum tempo. Contudo, Judas, o galileu, liderou o povo na revolta contra os
romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus
seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13).
Os
procuradores da Judéia eram diretamente responsáveis perante Roma. Morando em
Cesaréia, eles vinham a Jerusalém em ocasiões especiais, como as festas anuais.
Augusto dava aos seus procuradores prazos curtos, mas Tibério os deixava no
cargo por mais tempo, para que o povo não fosse explorado com tanta freqüência
pelos recém-chegados. Pilatos foi o quinto procurador e também o mais conhecido
por causa da crucificação de Jesus. Governante inflexível e severo, ele foi
brutal para os judeus. Seu massacre sem justificativa dos adoradores
samaritanos e outras execuções causaram-lhe a queda em 36 dC.
Herodes Agripa
I alcançou a proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes.
Como herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua
observância da Lei, ele era estimado entre os fariseus. Esta estima ou
popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu
repentinamente no ano de 44 dC, e seu reino voltou a ser governado pelos
procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que precipitaram a
rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 dC.
Fadus (44-46
dC) Cometeu o engano de reclamar a custódia das vestes dos sumos
sacerdotes, o que resultou num breve levante. As vestes estiveram nas mãos dos
romanos desde 6-36 dC, mas haviam estado nas mãos dos judeus desde 36 dC até o
tempo de Fadus.
Alexandre (46-48 dC) Crucificou os dois filhos de Judas, o galileu, Tiago e Simão, por se haverem rebelado.
Cumanus (48-52
dC) Governou uma era até mais tumultuosa. Havendo um soldado romano feito um
gesto indecente durante a Páscoa, irromperam levantes e diversas pessoas
foram mortas. Noutra ocasião, um soldado fez em pedaços um rolo da Lei e Cumanus
foi obrigado a executá-lo depois que uma multidão de judeus chegou a Cesaréia
para protestar. Tais incidentes levaram-no, afinal ao exílio.
Félix (52-60
dC) Era francamente hostil aos judeus, e suas ações finalmente degeneraram em
guerra. Suas drásticas providências para frear os zelotes, um grupo de
patriotas judeus favoráveis à guerra contra os romanos, não fizeram outra coisa
senão aumentar a popularidade do grupo entre o povo. Foi dentre eles que
surgiram os sicários, ou assassinos. Esses judeus fanáticos assassinaram
muita gente, incluindo o sumo sacerdote Jônatas. O Método de Félix de governar
pelo terror e assassínio uniu os fanáticos com as massas e isto fez com que
fosse chamado de volta a Roma.
Festo (60-62 dC) Herdou uma situação descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus. Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus adeptos travaram batalhas campais nas ruas.
Albino (62-64 dC) Quando ele chegou a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que lhe dessem suborno bastante grande.
Floro ( 64-66 dC) Relata Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 dC eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos.
Festo (60-62 dC) Herdou uma situação descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que mataram Tiago, irmão de Jesus. Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus adeptos travaram batalhas campais nas ruas.
Albino (62-64 dC) Quando ele chegou a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que lhe dessem suborno bastante grande.
Floro ( 64-66 dC) Relata Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 dC eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos.
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