A
homossexualidade e o Catecismo da Igreja Católica
A homossexualidade designa as
relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou
predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de
formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese
psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que
os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os
atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários
à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma
complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser
aprovados.
Um número não negligenciável de
homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que
escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma
provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á
para com eles todo sinal de discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a
realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao
sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da
sua condição.
As pessoas homossexuais são
chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade
interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela
graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da
perfeição cristã.
(Transcrito com permissão do Catecismo da Igreja Católica, elaborado
em seis anos por uma comissão de doze Cardeais e Bispos, presidida pelo Cardeal
Joseph Ratzinger, com o auxílio de outra comissão composta de sete Bispos
diocesanos, e publicado no Brasil em conjunto pela Editora Vozes e Edições
Loyola, em 1993. O texto ocupa os parágrafos 2357 a 2359, nas páginas 610 e
611.)
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