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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

REFLEXÃO 279 - A INGÊNUA FÉ

A ingênua fé

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (SaLmos 46.1).
É surpreendente observarmos a maneira como Deus, tantas vezes, tem se servído da fé ingênua de algumas crianças, e até mesmo de adultos, para resolver situações angustiantes, que exigiam imediata solução. Uma simples atitude aqui, resolvendo uma situação séria um pouco mais além. Só mesmo um Deus onipotente, onipresente e onisciente é capaz de tantas e tamanhas realizações, servindo-se de coisas aparentemente tão ínfimas.
Há muitos e muitos anos, talvez até séculos, um menino leu no mural de uma igreja este verso: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás" (Eclesiastes 11.1). Como gostasse demasiadamente de pão, o garoto interpretou o texto ao pé da letra. Assim foi que certa tarde, quando a mãe se encontrava distraída com os afazeres intermináveis da casa, ele tomou um pão fresquinho e, correndo para a beira do riacho que corria perto da casa, ali o atirou nas águas.


Naturalmente ele pensava poder mais tarde recolhê-lo um pouco maior, é o que deduzimos; não se sabe exatamente o que ele, na sua ingenuidade, imaginou. Mas o certo é que o pão flutuou, correndo vertiginosamente riacho abaixo. Ocorre, porém, que a muitas milhas dali um oficial mecânico, por razões desconhecidas, margeava o mesmo rio. Como não sentisse mais forças para a caminhada por causa da falta de alimentação, deixou-se ficar às margens do rio. Na sua angústia, clamava ao Senhor que sem demora o socorresse. Ali sentado junto ao rio, ele viu aproximar-se, empurrado pelas águas, aquele mesmo pão lançado pelo menino. Mais que depressa, retirou-o da água e aplacou sua fome. Já refeito em suas forças, continuou a jornada.
O garotinho da história cresceu e se fez homem. Anos mais tarde, emigrou para a América do Norte tomando o rumo do oeste, quando a região ainda estava por ser desbravada. Ali se desorientou nas selvas pouco habitadas. Andou sem rumo, sem ter o que comer até que lhe fugiram as forças e ele chegou às portas da morte. Muitas horas ainda se passaram até que, finalmente, quase se arrastando, ele encontrou um colono solitário que o recebeu carinhosamente. Os temores iniciais que envolveram ambas as partes foram pouco a pouco se desvanecendo até que, alimentado e já quase refeito, os dois puseram-se a conversar. Então o colono lhe contou como, há anos passados, ele próprio passara por uma aflíção semelhante e esteve também próximo ao desespero. Foi quando Deus lhe mandou um enorme pão através das águas do riacho, que corria em determinada região do país onde ele se achava.
Foi nesse momento que o imigrante lembrou-se da sua experiência na infância, quando lançou um pão naquele mesmo riacho. Que prazer para os dois, ao constatarem ter eles se tornado salvadores recíprocos. Cumpriu-se uma fé infantil ingênua, que, canalizada por Deus, serviu de resposta a uma súplica ardente e angustiante.

AUTOR DESCONHECIDO


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