A LEI O QUE É?
Quando se fala da
"Lei" é bom especificar a qual refere pois pela Bíblia, existe várias
leis e significados da palavra "lei". A lei pode ser a ordem de
eventos estabelecida (lei da luz, som e da relação entre os elementos químicos).
Neste caso as leis podem ser interpretadas simplesmente como fatos. A lei pode
ser também a força que causa a ordem de eventos (lei da gravidade, de
calor, da eletricidade, do pecado, etc.). A lei pode referir-se também àquela que
obriga a consciência à moralidade. Por existir uma norma há obrigação de
conformidade à ela (à lei moral que não é escrita ou à qualquer lei que é
escrita enquanto tem uma operação legítima) - Hodge, V.III, p. 259.
Qualquer que seja a lei, a
existência de uma lei implica a existência de alguém que deu a lei; ou seja,
uma inteligência que age voluntariamente para realizar um propósito. A
perfeição das leis naturais que existem (tanto a ordem quanto a força que
impulsiona a ordem e aquela que obriga a consciência à moralidade) revela a
natureza perfeita desta inteligência (Rom 7:12; I Ped 1;15,16). Pelo fato de um
que pode promulgar uma lei é entendida a autoridade tanto para requerer a
obediência ou para castigar qualquer desobediência.
As Leis na Bíblia
Nas Escrituras, o uso da
palavra ‘lei’ revela uma manifestação da vontade de Deus (Salmos 40:8). Em
hebraico ‘lei’ quer dizer instrução (traduzida ‘ensinamento’ em
Provérbios 1:8 e em grego a palavra ‘lei’ significa costume ou aquele
que rege a conduta do homem (Hodge, Vol III, p.265).
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A Bíblia - regimento moral que é escrito - Salmo
1:2; 19:7-10; 119. "Não seria esta a lei da natureza, que foi escrita no
coração inocente de Adão, que agora é prejudicado pelo pecado, e tem se tornado
imperfeito e insuficiente para alegrar o homem ou guiá-lo para felicidade
verdadeira; nem pela lei de Moisés que é uma lei que condena, e opera ira,
acusa o pecado, fazendo o culpado, amaldiçoado e condenado à morte; e portando,
não pode alegrar o pecador iluminado, a não ser que este seja nas mãos de
Cristo, e cumprida por ele, a Quem a lei aponta; e sendo que está escrito no
coração do homem regenerado, quem, sendo regenerado, se alegra pelo homem
interior, e a serve com o seu espírito: mas, são as Escrituras, todas que foram
escritas na época de Davi; particularmente os cinco livros de Moisés, que tem o
nome da Lei e O Testamento do Senhor; as quais, sendo inspiradas, eram
proveitosas e boas para serem lidas, e ouvir as suas explicações; e como eram o
gozo de Davi e os homens do seu concilio (Sal 119:24); também as são o gozo de
todo homem bom, tendo muito nelas que referem a Messias, sua graça e reino
(Lucas 24:44; Atos 26:22,23). Também, a palavra "lei" no hebraico
significa ‘doutrina’, e pode significar a doutrina evangélica, como significa
em Salmos 19:7; qual é um Salmo que fala acerca da doutrina dos apóstolos que
foram pelo mundo e neste sentido é usada em Isaías 2:3; 42:4; da doutrina do
Messias, que é O Evangelho; e é igual com a lei ou a "lei da fé" (Rom
3:27). Pode ser chamada a doutrina do Senhor por Ele ser o seu autor; veio por
Ele, Ele revelou-a; e por Ele ser o objetivo dela; concerne Ele, Sua pessoa,
oficio, graça e justiça; e aquela parte que foi publicada no tempo de Davi, foi
um som maravilhoso, boas noticias e boas novas, e a prazer de todo homem
bom" (Gill, Online Bible, Comentário sobre Salmo 1:2). Pelo seu efeito na
vida do homem a Bíblia é chamada a "lei da liberdade" (Tiago 1:25).
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Lei da beneficência - regimento moral -
Provérbios 31:26
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Lei da fé - regimento moral que se baseia no que
é escrito - Rom 3:27. Essa lei é "a doutrina da justificação do pecador
pela fé na justiça de Cristo." (Gill). Efés 2:8,9.
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Lei da justiça - regimento moral - Rom 9:31
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Lei de Cristo - regimento moral - Gal 6:2. Essa
lei é: "a lei de amar uns aos outros (João 13:34,35) qual é oposto à lei
de Moisés, da qual os Gálatas judaizares gostaram tanto, e pela qual os
discípulos de Cristo podem se distinguir dos que são de Moisés, ou de outros.
... é o Seu novo mandamento, que Ele capacitou e autorizou pelo Seu próprio
exemplo na morte pelo seu povo, e qual, pelo Seu Espírito, escreve nos seus
corações" (Gill). A Lei de Cristo é o mesmo regimento moral da "Lei
de Deus". O que motiva uma mudança de nome é que quando a Lei de Deus é manejado
por Cristo e chamada a "Lei de Cristo" é porque a Lei de Deus não é
mais em relação do Criador à criatura mas de Salvador ao salvo (Pink).
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Lei de Deus - regimento moral - Os anjos pecaram
antes do homem. O pecado é "iniquidade" (I João 3:4;5:17) e
iniquidade é definida pelo grego como sendo 1) a condição de ser sem lei por
ser ignorante dela ou por violar ela 2) repúdio ou violação da lei, impiedade
(Strong’s, # 458 anomia). A Bíblia traduz essa palavra grega sempre como
iniquidade (Mat. 7:23; 13:41; 23:28; 24:12; Rom 4:7; II Cor 6:14; II Tess 2:3,
7; Tito 2:14; Heb 1:9; 8:12; 10:17; I João 3:4) ou maldade (Rom 6:19,
Concordância Fiel). A palavra em
I João 5:17 traduzida "iniquidade" vem de uma
palavra grega (Strongs, #93 adikia) que significa injustiça, 1) de um juiz 2)
de coração ou vida 3) ou de ação que viola a lei e justiça. O fato que os anjos
pecaram revela que existia uma lei para eles. Pela natureza da punição
entendemos que era uma lei moral e espiritual (Judas 6, "reservou em
escuridão e em prisões eternas"). Essa lei é santa e segundo a verdade.
Essas qualidades são atributos de Deus. É essa lei que está escrito no coração
dos gentios (Rom 2:1-16) os quais eram sem a lei de Moisés. Essa lei é um
regimento moral (Rom 7:22,25; 8:7; Neemias 10:28), foi incorporada pela Lei de
Moisés (Neemias 10:29) e ainda continua depois que Cristo cumpriu a Lei de
Moisés (Rom 7:6,22,25). A "Lei de Deus" pode referir-se também à
Palavra de Deus (Josué 24:26).
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Lei de Moisés - regimento escrito - Não é a Lei
que originou com Moisés mas foi dada através dele (Neemias 8:14; João 1:17;
7:19). Essa lei de Moisés engloba o Pentateuco (os primeiros cinco livros da
Bíblia) e é chamada a Lei do Senhor ou de Deus por ser Deus o autor (Isa 5:24;
Neemias 8:8,18; II Reis 10:31; II Crôn 12:1; Luc 23:24,29). Tem o nome de
"Lei da verdade" (Mal 2:6), "Lei dos pais" (Atos 22:3),
"Lei dos mandamentos" (Efés 2:15) e "Lei do mandamento"
(Heb 7:11) para revelar seu atributo, sua natureza e a quem foi dada. Em
Romanos 9:31 essa lei de Moisés é chamada a "lei da justiça" porque:
"o conteúdo dela é justiça, e também a sua natureza; e porque obediência
perfeita à ela é justiça" (Gill). Veja também a seção ‘O Decálogo e a
Lei’.
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Lei do Espírito - regimento moral - Rom 8:2.
" é chamada "lei" por que é uma doutrina, tem ordem e como uma
corrente, tem elos de verdades, como a palavra hebraica significa e as vezes é
usada para referir-se ao Evangelho (Isa 2:3; 42:4; Rom 3:27). Pode ser chamada
a lei ou doutrina "do Espírito" porque o Espírito é o autor do Evangelho,
e é Quem O capacita e faz que Ele seja eficaz para o bem nas almas. Pela
doutrina, O Evangelho, o Espírito de Deus é transmitido ao coração; e a
substancia da doutrina são coisas espirituais: é chamada "a lei do
Espírito da vida" porque essa lei descobre o caminho da vida e salvação
por Cristo; é o meio da vivificação dos pecadores mortos; e opera fé neles,
pela qual vivem em Cristo" (Gill).
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Lei do Governo Civil - regimento escrito -
Daniel 6:8; Rom 13:1-7; Ezra 7:26; Ester 4:11. Lei dos judeus, Atos 25:8
·
Lei do meu entendimento - regimento moral - Rom
7:23. O John Gill diz dessa lei: "querendo entender que a "lei do meu
entendimento" é, ou a lei de Deus escrito na sua mente na conversão,
aquele que era gozo para ele, e a serviu com o seu entendimento, que foi
renovado com o Espírito de Deus; ou a nova natureza nele, o princípio de graça
que foi operado no seu entendimento, e chamada "a lei" por que era o
princípio que governa ..."
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Lei do pecado - regimento imoral - Rom 7:23, 25;
8:2
·
Lei dos Pais - regimento moral - Provérbios 3:1;
4:2; 6:20,23; 7:2: Lei da mãe - Prov 1:8; 6:20.
O Decálogo e A Lei de Moisés
Na Bíblia, ao referir à lei de
Moisés, não se acha a distinção de lei "moral", "cerimonia"
ou "civil" mas somente: "lei", "lei do Senhor"e
"lei de Moisés". Nisso podemos entender que aquele chamada
popularmente "O Decálogo" é só parte da lei e não "a lei" em si. Há muitos que querem
distinguir o decálogo como a mais importante parte da lei, a parte moral, e as
outras partes, as cerimonias ou civis, inferiores. Essa distinção popular não é
uma distinção bíblica. O decálogo, os dez mandamentos, não são a única moral na
lei, mas, faz parte do que foi dada a Moisés no monte, escrito pelo dedo de
Deus, é parte de que é dado pela inspiração e escrito pela mão de Moisés
(Canright).
É claro que a lei tem as
partes morais, cerimônias e civis. Essas partes, em si, não são distinguidas
como sendo maior ou menor da "lei" mas contrariamente, a própria lei.
A parte cerimonial (sacrifícios) é chamada "lei" (Lucas 2:27). A
parte moral é chamada "lei" (I Timóteo 1:9). A parte civil é chamada
"lei" (Atos 23:3).
A Bíblia se refere à lei como
sendo os cinco livros do Pentateuco. As palavras "A Lei" na Bíblia
geralmente se referem a Lei Mosaica, ou ao Pentateuco" (Dicionário Smith,
citado por Canright). Pode entender isso comparando o resto da Bíblia com o
Pentateuco. Entenderá que a Bíblia distingue o Pentateuco como sendo a lei.
Gênesis é a lei (I Coríntios 14:34; Gênesis 3:16); Êxodo é a lei (Romanos 7:7;
Êxodo 20:17); Levítico é a lei (Mateus 22:39; Levítico 19:18); Números é a lei
(Mateus 12:5; Números 28:9) e Deuteronômio é a lei (Mateus 22:36, 37;
Deuteronômio 6:5).
As Limitações da Lei
Existe limitações importantes
na lei. Esse assunto é uma importante consideração para os que querem depender
da lei para a sua justificação eterna ou mesmo para os que usem a lei como
modelo de vida. O que diz a Bíblia sobre a lei? Ela nos mostra que ela é
limitada, por isso aponta a Cristo Quem é perfeito e o único que pode nos aperfeiçoar.
A Lei não pode:
o
nos justificar, mas Cristo pode - Atos 13:38,39;
Gal 2:16
o
nos livrar do pecado e da morte , mas Cristo
pode - Rom 8:2,3. A falha não está na lei mas na carne.
o
nos livrar da condenação, mas Cristo pode - Rom
8:1-4
o
nos livrar da maldição, mas Cristo pode - Gal
3:10-14
o
nos remir, mas Cristo pode - Rom 3:24-31; Gal
3:13,14
o
nos dar herança, mas fé em Cristo pode - Rom
4:13,14
o
nos aperfeiçoar, mas Cristo pode - Heb 7:19, 25;
10:1-10
o
controlar o pecado no homem, mas Cristo pode -
Rom 7:7-25; 8:2
o
capacitar o homem à obediência, mas Cristo pode
- Heb 7:18; Fil. 4:13
Não devemos
achar, pelas limitações citadas, que a lei não é boa ou que não teve utilidade
nenhuma. Ela é útil mostrar a necessidade do homem ser santo para chegar às
bênçãos de Deus e por isso foi chamada a "lei da justiça" (Rom 9:31).
Pela lei sabemos que somos pecadores (Rom 7:7) e que Deus é santo pois "a
lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." (Rom 7:12). Todavia ela
rege sobre o homem que é carne (Rom 8:3), incapaz (Rom 8:7,8), morto em pecados
e ofensas (Efés 2:1). Portanto a lei é limitada pela impiedade do pecado
existente no homem. É essa limitação que revela a necessidade de um salvador.
Assim é apontada a pessoa de Cristo (Gal 3:13). O pecador, pela fé em Cristo,
tem a justificação que a lei não pode trazer devido a fraqueza da carne (Rom
8:3,4; Gal 3:21,22). Está em Cristo?
A Natureza da Lei de Moisés
·
A Israel, Nacional - Êx. 19:3, "Assim
falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel" (Rom 9:4,5)
·
Secundária - A promessa veio em primeiro lugar;
a lei veio depois. Cristo foi prometido como Salvador (Gên. 3:15) e a Abraão
foi prometido ser uma grande nação (Gên. 12:1-3) antes que a lei foi dada. É
estimado que a primeira promessa de Cristo veio uns dois mil anos antes de
Abraão. Sabemos que de Abraão até a lei foram quatrocentos e trinta anos (Gên.
15:13; Êx. 12:40; Gal 3:17). A lei foi dada uns mil e quinhentos anos antes de
Cristo (Bíblia Vida). A promessa de Cristo foi primeira e não foi invalidada
pela lei de Moisés (Gal 3:16-18). Fé em Cristo é maior da lei (Gal 3:26-29).
·
É Servidão - A lei de Moisés rege pelas obras e
quem se submete à ela, é obrigado a viver por ela (Gal 3:12). Gálatas 4:21-26
descreve a diferença entre as obras da lei e a fé em Cristo. Uma é para
servidão (a lei) e outra para liberdade (a promessa, Cristo). Pela assembléia em Jerusalém Paulo
estabelece, quem está em Cristo é livre das obras da lei (Atos 15:1-10).
·
Temporária - A lei tem as suas qualidades gloriosas
(ver a seção "O Propósito da Lei de Moisés") mas, permanência não é
uma delas (II Cor 3:11). Quando o propósito da lei fosse cumprido terminaria a
sua existência (Gal 3:23-25). Por Cristo ser maior que a lei, ela foi abolida
quando Cristo morreu (Lucas 23:45; Heb 6:19; 9:3; 10:20; Col 2:14-17; II Cor
3:16,17).
·
Simbólica - A lei mostrava "as sombras das
coisas futuras" (Col 2:17; Heb 10:1) que eram "celestiais" (Heb
8:4,5). O proveito do estudo da lei é pelo conteúdo dela mostrando as coisas
futuras e celestiais (Cristo).
·
Imperfeita - O que limitou a lei era a fraqueza
do homem por causa do pecado (Rom 8:3,4). É neste entendimento que a lei é
repreensível (Heb 8:7-13; Jer 31:33,34), imperfeita ou algo que se pode tornar
velho. Se pode envelhecer ao ponto de precisar uma Nova Aliança, é imperfeita.
A lei não pode fazer ninguém perfeita (Rom 3:20), mas, pela Nova Aliança
(Cristo) vem a perfeição (Col 2:9-12). A imperfeição e a limitação da lei é
entendida em que ela não pode tirar os pecados (Heb 10:4). O que é perfeito é
Cristo (II Cor 5:21) e pela fé nEle vem a justificação (Gal 3:24; Rom 5:1,2;
8:1,2) e todas as bênçãos celestiais (Rom 4:13,14; 8:17; Efés 1:3).
·
Terrena - A Lei cuidava do homem somente
enquanto estava no mundo. Não dava esperança de receber galardões futuros
(celestiais) ou de escapar a maldição eterna. Existia bênçãos enquanto obedecia
ou maldição se desobedecia, mas, essas bênçãos ou maldições eram recebidas em
vida na terra (Deut 28). Não trouxe vida ou morte eterna, mas, prometia
condenação (II Cor 3:7-11). A lei não é da fé (Gal 3:12). A fé nos dá herança
na salvação (Efés 2:8,9).
O Propósito da Lei de Moisés
·
A Lei de Moisés mostra principalmente como Deus
é santo (Rom 7:12 - Crisp). Ela reflete a santidade de Deus e que o homem que
quer chegar a Deus deve ser obediente em tudo e limpo de toda imundícia. Nisso
se entende a natureza santa de Quem deu a Lei de Moisés. Pela lei estipular um
"Não" à qualquer coisa (Êx. 20:10, 13-17), a sua moralidade é vista.
Os absolutos morais estão estabelecidos e conhecidos pela lei. Aquele que não
responda favoravelmente a eles é condenado e aquele que responda favoravelmente
é abençoado. Essa lei santa e moral de Deus é o que está escrito nos corações
de todos os povos (Rom 2:14-16). Quando se considera o sofrimento que era
necessário para Cristo padecer (Luc 9:22), as feridas reais que Cristo levou
(João 19:1-30) e como Deus moeu o Seu Unigênito (Atos 2:23; 4:27,28) pode
entender um pouco mais a santidade de Deus. Levou tal sacrifício para lavar o
pecador ao ponto de chegar a Deus (João 14:6). A Lei, pela sombra dos bens
futuros (o sacrifício de Cristo) revelava essa santidade de Deus (I Ped 1:16).
·
Além de mostrar a santidade de Deus o propósito
da Lei de Moisés era reger a nação de Israel civicamente (Deut 4:14; 5:1-3;
Malaquias 4:4; Rom 9:4;). Até Sinai, Israel era misturada entre as outras
nações e sujeitas às leis daquelas nações. Com o povo de Israel saindo do
Egito, pela mão de Moisés, e caminhando para a sua terra prometida, Deus os preparou
para ter as suas próprias leis civis como uma nação separada de todas as
demais. Por isso a Lei de Moisés é nacional, secundaria, a servidão e terrena
(Veja a seção: Natureza da Lei de Moisés). Ela era para governar Israel
civicamente como uma nação teocrática (Êx. 20:2-7, "Eu sou o SENHOR teu
Deus"). A lei moral e espiritual que existia antes de Moisés continuava
pela Lei de Moisés e continua até hoje (Mar 12:28-34, "Amarás, pois, ao
Senhor teu Deus de todo o teu coração ... e ... Amarás o teu próximo como a ti
mesmo").
·
A Lei de Moisés foi dada para o homem entender a
iniquidade do pecado e restringi-lo do pecado (Rom 5:13,20; 7:12,13). A Lei de
Moisés não foi dada para o homem justo. O homem justo já obedecia a lei de Deus
que é espiritual e moral, e, assim, cumpria tudo o que uma lei civil podia
pedir. Coincidentemente, quem cumpria a lei espiritual e moral também cumpria
os princípios do evangelho do Novo Testamento. A Lei de Moisés foi dada para o
homem injusto (I Tim 1:9-11; Gal 3:19). Qanto mais a Lei de Moisés for aplicada
mais o homem se vê transgressor (Rom 7:13).
·
A Lei de Moisés aponta ao Salvador, Jesus
Cristo. O homem, pela lei, se viu pecador maligno (Rom 7:13-17), e, como
pecador, deve se ver fraco e uma pessoa condenada necessitando um salvador. O
Salvador a qual a lei aponta é Cristo (Gal 3:24,25; João 1:29; Heb 10:1-10).
Qanto mais a Lei de Moisés condenava, mais é vista a graça de Deus em Jesus
(Rom 5:20).
Portanto, não
há perigo nenhum pregar a Lei de Moisés em todas os seus propósitos. A
santidade de Deus será entendida, o equilíbrio das leis cívicas serão aceitas,
a impiedade do pecado será estabelecida e a graça de Deus será fortemente
declarada. O que não precisa ser feita é usar a lei pelo propósito da qual ela
não foi entendida (nos justificar).
O Uso da Lei nos Dias Atuais
A Lei tem proveito para hoje?
Aquele que Deus é influi
naquilo que Ele faz e deseja. Ele não pode agir contra o Seu próprio desejo ou
natureza (Heb 6:17,18). Por Deus ser perfeito e eterno, Ele tem um eterno
propósito ou decreto (Rom 8:28; Efés 3:11, "eterno propósito").
Deus não tem vários planos temporários mas um plano que Ele revela em maneiras
diferentes pelos séculos. Também por Deus ser santo (I Sam 2;2; Isa
6:3), Seu propósito eterno é perfeito e santo. Por isso Deus não precisa
de um plano de reserva pois o propósito (usado no singular) é perfeito. Pela
vontade santa e eterna, Deus faz todas as coisas (Efés 1:11). Do começo
da eternidade até o fim da eternidade todas as coisas que venham a acontecer
são pela vontade de Deus. A santidade de Deus e a Sua qualidade de ser eterno
indica que Deus nunca mudará (Mal 3:6). Por isso o Apóstolo Paulo escreve aos
Romanos que "tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito"
(Rom 15:4). Se a vontade de Deus não muda, o Seu eterno propósito é santo e
perfeito, e, se as Escrituras Sagradas foram produzidas para o nosso ensino;
então há uso da Lei de Moisés ainda nos dias atuais. As cerimonias, estatutos,
julgamentos e princípios da Lei de Moisés são proveitosas e boas, se usadas
"legitimamente" (I Tim 1:8).
Pela Lei de Moisés somos
ensinados que Deus é soberano (Deut 6:4; Êx. 20:1,2). Por Deus ser o
soberano criador Ele tem direito de ser adorado singularmente por todos (Apoc 4:11;
Sal 86:9). Por Deus ser santo Ele tem merecimento de ser adorado como o
Soberano (Apoc 15:4). Por Deus ser soberano Ele tem a dignidade e poder para
ser temido por todos (Sal 89:7; Luc 12:5). A Lei de Moisés mostra que Deus é
soberano (Êx. 20:1-3) e por isso é proveitosa a lei ainda hoje.
A Lei de Moisés nos instrui
que o soberano Deus deseja ser glorificado acima de tudo (Êx.
20:2-7). Deus é glorificado pela obediência rígida da sua lei (Num 20:12; Lev
10:1-3; Ecl 12:13). Se olhássemos à Lei de Moisés para entendermos que Deus é
zeloso (Êx. 20:5; 34:14; Deut 4:23-26) seremos sábios. Essa sabedoria é pela
instrução da Lei de Moisés e assim revela que a lei é benéfica para hoje.
Pela Lei de Moisés devemos ser
conscientizados que Deus é santo. Se Deus é santo, a Sua lei é
também (Neemias 9:13; Rom 7:12). Pela santidade da lei, Moisés anima o povo a
obedecer a lei e amar Deus como Soberano (Deut 4:8). O Salmista nos diz que a
"lei do SENHOR é perfeita" e por isso guardar a lei traz "grande
recompensa" (Sal 19:7-11). A santidade de Deus é razão suficiente a
procurar proveito na Lei de Moisés ainda hoje.
Pela Lei de Moisés percebemos
que o homem é impiamente pecaminoso. O proposto da lei é revelar ao
homem que ele é pecador por transgredir o desejo do Deus soberano e santo. Sem
uma lei, não há transgressão (Rom 7:8, "sem a lei estava morto o
pecado") mas com este ‘conjunto de normas’ (o significado da palavra ‘lei’
segundo o dicionário Aurélio) o pecado é entendido em toda a sua malignidade
(Rom 7:9,13; I Cor 15:56; Tiago 2:9). O homem que usa a lei para se conhecer,
será convencido que ele é um transgressor diante de Deus. Este que usa a Lei de
Moisés como um espelho entenderá que o Deus soberano e santo é justo em
derramar toda a Sua santa ira sobre homem transgressor (João 3;36). Se a Lei de
Moisés mostra o homem como ele é verdadeiramente conhecido diante de Deus (Sal
14:3,4; 53:2,3; Rom 3:10-23) e se o homem ainda é pecador nos dias atuais, a
Lei de Moisés é proveitosa agora.
Pela Lei de Moisés entendemos a
justiça de Deus. O delito, mesmo que seja mínimo, tem que ser retificado
pois aquele que "tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos"
(Tiago 2:10). Mesmo que haja perdão com Deus, a lei é clara que "ao
culpado não tem por inocente" (Êx. 34:7; Naum 1:3). A santidade e a
perfeição de Deus pede a condenação do pecado e o poder de Deus garante a
aplicação dessa condenação. Sem a Lei de Moisés revelando a justiça de Deus, a
própria ira de Deus derramada em Cristo e a razão do Evangelho têm menos sentido.
Se a justiça de Deus não seja percebida, o pecador terá uma compreensão menos
clara da sua impiedade. A Lei de Moisés ensina que somente pelo sangue existe
remissão (Heb 9:22). Sem a observação exata requerida pela lei a alma pecadora
seria "extirpada do seu povo" (Lev 7:20,21; 18:29; 20:18; Num 15:30).
Pela Lei de Moisés revelar a justiça de Deus claramente e pelo homem ser ainda
pecador, o proveito da Lm é evidente para os dias de hoje.
Pela Lei de Moisés entendemos
a eqüidade nas leis civis. É verdade que a Lei de Moisés serviu para a
nação de Israel literalmente (Deut 6:4, "Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus
é o único SENHOR"). Mas nem por isso a lei não é proveitosa para outras
nações. Quando as leis civis tomam a Lei de Moisés como exemplo, a justiça
reinará abertamente. Mais perto uma nação esteja aos princípios da Lei de
Moisés menos tolerante às tolices em todos os níveis da sociedade fica. Ainda é
uma verdade que a nação cujo Deus é o SENHOR, é bem aventurada (Sal 33:12). A
lei pede amor uns aos outros (Rom 13:8-10; Gal 5:14; Tiago 2:8), salário justo
para quem trabalha (I Cor 9:7-10), posição de submissão das mulheres diante dos
homens (I Cor 14:34) e o respeito que filhos devem ter para com os pais (Efés
6:1-3). O tratamento da Lei de Moisés diante do criminal, o pobre, o
desamparado, o surdo e o cego, a higiene, o casamento, os empregados, o
comercio, etc., faz sentido para qualquer povo. A tendência do homem é se
afastar de Deus em vez de reter os Seus princípios santos e assim trazer para ele
em particular, e à sua sociedade em geral, o fruto da carne (Gal 5:19-21). A
eqüidade civil que a Lei de Moisés promove faz com que ela seja proveitosa nos
dias de hoje.
Pela Lei de Moisés
compreendemos que Deus é gracioso. As lavagens, consagrações, holocaustos,
ofertas e os princípios da lei tudo apontam à santidade de Deus e como um homem
pecaminoso pode se aproximar a este Deus santo. A Lei de Moisés, pelas sombras
e simbologia dela, apontava os "bens futuros" (Heb 10:1) que é o
Cristo Jesus. A lei providenciou a remissão dos pecados assim mostrando a graça
de Deus em fazer salvação. Mas a remissão que agrada Deus é somente pelo sangue
(Heb 9:22). Por a lei apontar a Jesus João Batista, quando viu a Jesus, que
vinha para ele, disse, "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do
mundo" (João 1:29). As Escrituras apontam exclusivamente a Cristo como
sendo o sacrifício verdadeiro que as sombras da lei apontavam (Heb 9:23-28; I
Ped 13-23). Enquanto a lei mostra a abundância do pecado no homem, ela também
revela a graça de Deus que superabunda por Jesus Cristo (Rom 5:18-21). Por
causa da Lei de Moisés revelar claramente a graça de Deus em Cristo ela é
proveitosa em qualquer tempo.
Já se julgou pecador culposo
pela lei justa de Deus? Já clamou pela misericórdia de Deus? A Sua misericórdia
é vista claramente no Seu filho Jesus Cristo. Pede perdão pelos seus pecados
dependendo de Cristo como o sacrifício suficiente que Deus deu para todo
pecador que se arrependa verdadeiramente. Não busque a sua própria justiça em
qualquer outro plano, crença ou pessoa. Somente por Cristo temos a plena
justiça de Deus (I Cor 3:11; II Cor 5:21).
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE
A LEI
A Vida Cristã e a Lei de Moisés
Há utilidade da Lei de Moisés
para o crente que está esperando em Cristo para toda a sua justificação? A
liberdade Cristã é libertinagem Cristã? Devemos ou não obediência à Lei de
Moisés? Se passou a Lei de Moisés, existe uma lei para o crente nos dias
atuais? Se não passou a Lei de Moisés devemos ainda respeitar a cerimonia que a
lei pede?
Pela Palavra de Deus podemos
afirmar que o crente não tem mais uma obrigação à Lei de Moisés. A Lei de
Moisés era à nação de Israel e não ao gentil. A lei era simbólica e não o
atual. A lei era temporária apontando ao eterno: Jesus Cristo. Cristo cumpriu a
lei sendo aquele que a lei simbolizava e apontava (Gal 3:24,25). Pela fé em
Cristo, e não pela lei, o crente tem a justiça de Deus (Rom 3:21-24; II Cor
5:21), paz com Deus (Rom 5:1,2), vida eterna (João 3:16; Rom 6:23; Efés 2:1),
uma herança incorruptível (Rom 8:16,17; I Ped 1:3-9), bênçãos eternas (Efés 1:3)
e capacidade de agradar a Deus nesta vida terrena (Fil. 4:13; Tito 2:12-14). A
Lei de Moisés cumpriu o seu propósito.
Ao mesmo tempo que afirmamos
que o crente não tem obrigação à Lei de Moisés, devemos entender que o Cristão
tem uma lei sobre ele. O crente não está sem lei. Mesmo que Cristo é toda a
justiça para o crente ainda há lei sobre o Cristão. A diferença está qual
lei rege sobre o Cristão e não se tem ou não tem uma lei. O soberano
Deus não muda (Malaquias 3:6; Tiago 1:17) e podemos saber que desde o
princípio, mesmo antes do pecado, Deus estipulou a lei que regia (Gên. 1:26;
2:17). Depois que Cristo cumpriu a lei (Mat. 5:17; João 19:30), e nisso,
desfez, a lei dos mandamentos (Efés 2:15), a "justiça da lei", que
era incorporada na Lei de Moisés, agora rege no crente. O crente pratica essa
"justiça da lei" (que é igual à "lei de Cristo" - I Cor
9:21) pelo Espírito que está nele (Rom 8:3-5). É o Espírito Santo que leva o
crente à santidade e, por causa da presença dEle, o crente deve e pode deixar o
pecado (Efés 4:17-32; Prov. 4:18; I João 2:1-7; 3:1-11).
Não há obrigação, ou servidão,
nesta lei de Cristo. Todavia há uma boa lógica de bom senso que afirma que na
presença da lei há uma racionalidade de amor que ensina o nosso dever
espiritual (Rom 8:12-16;12:1-3;6:17,18; Col. 3:1-25). A importância desta
"lei de Cristo" (I Cor 9:21) não é que ela é a nossa justificação
diante de Deus, mas, que por ela, os Cristãos, andem em santificação diante
dos homens para serem testemunhas para glória de Deus (Rom 6:22; 8:4; Mat.
5:13-16; Atos 1:8).
A Lei e a Graça
João 1:17, "Porque a lei
foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo."
Por causa de João 1:17 um
pensamento surge que sugestiona a lei e a graça são dois sistemas separados e
contrários ou contraditórios de um e outro. Há confusão sobre se antes do tempo
de Cristo ministrar na terra existia a graça de Deus. A força da dúvida pode
até sugestionar a salvação no Velho Testamento era pelas obras da Lei de Moisés
e no Novo Testamento a salvação é pela fé em Cristo.
A verdade é que com Deus
"não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17; Mal 3:6; Heb
1:11,12; 13:8). Em qualquer época, a verdade eterna é: se existe salvação existe
a graça de Deus. Sem a graça de Deus não há salvação (Efés 2:8,9). Disso
podemos entender, se houve salvação no Velho Testamento, houve graça também.
A graça que veio por Cristo
não foi para destruir a lei ou os profetas, mas para a cumprir (Mat. 5:17).
Pela fé em Cristo Jesus
a lei é estabelecida porque a lei simbolizava a graça e apontava a Ele (Rom
3:21-31). O fim, quer dizer o alvo, propósito, finalidade ou objetivo
("fim" no grego # 5056, Strong’s), da lei era Cristo (Rom 10:4) e não
contraria a Ele. A lei sempre estava no coração de Cristo e Ele a amava pois a
Lei revela o desejo de Deus (Sal 40:6-8; Heb 10:3-12). A Lei de Moisés e a
graça por Cristo não são opostos, mas, duas partes de um mesmo sistema (citação
de Dr. McNichol por Pink, p. 3). A lei apontou a Cristo, e, Cristo cumpriu a
lei (Gal 3:21-26).
Na verdade, o Velho Testamento
é cheio de graça e o Novo Testamento é cheio de lei. A lei simbolizava a graça
pela cerimonia dos holocaustos e oblações e Cristo é a graça de Deus da qual a
lei simbolizava (Heb 10:1-10). A graça veio, não em oposição à lei, para
oferecer outro plano, mas para satisfazer os requisitos da lei e mostrar por
Quem as suas obrigações estão cumpridas. Por isso João 1:17 estabelece que a
verdade (o atual a qual a lei apontava) veio por Jesus Cristo (Gill). O crente em Jesus Cristo cumpre
tudo que a lei apresenta quando vive pelo Espírito para a honra de Deus por
Cristo (Rom 8:4; Gal 5:16-18; 6:14-16).
A Letra da Lei e o Espírito da Lei
Romanos 7:6, "Mas agora
temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos
retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da
letra."
II Cor 3:6, "O qual nos
fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do
espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica."
Como já tem sido estabelecido,
Deus não muda (Tiago 1:17; Mal 3:6; Heb 1:11,12; 13:8). A intenção de Deus
sempre é ser visto e amado como Deus. A primeira aliança, com Abraão (Gên.
17:7-9) tinha a finalidade de Deus ser posto por Deus entre o Teu povo. O
SENHOR comunicou ao profeta Jeremias este mesmo desejo (Jer 9:23,24) assim
revelando o intento de Deus ser amado e louvado como o único vivo e verdadeiro
Deus (Deut 6:4,5; Mar 12:29,30; Isa 45:22-25). Quando Jesus ensinou os
discípulos a orarem ensinou-os a amar e louvar o Senhor Deus (Mat.. 6:9-13). A
própria vida de Jesus declara claramente como amar a Deus (João 5:30; 17:4).
Como temos estudado (veja as
Limitações da Lei e O Propósito da Lei) a lei veio, entre outros aspectos,
revelar ao homem o seu estado de pecador e que o pecado se fizesse
excessivamente maligno, ou seja, a completa falta da glória de Deus (santidade)
diante de um Deus Santo (Rom 7:7-13).
Se qualquer olhar à letra da
lei (o que é escrito) como uma finalidade em si, quer dizer, crer que não
existe uma intenção maior na lei além de ser obedecida exteriormente à risca, o
espírito da lei (o que a lei intenta) será perdido e ficará desobediente à lei
(Rom 2:25-29).
A Letra da Lei
A letra da lei (a cega
obediência à todas as cerimonias) mata (II Cor 3:6) pois pelas obras da lei o
pecado é conhecido e somos convencidos excessivamente malignos (Rom 7:6-13).
Pela observação de tudo o que a lei diz (a letra) o pecado é conhecido (Rom
3:20) e entendemos a devida posição nossa sob a ira de Deus (Rom 4:15; João
3:36). A observação das obras da lei (a letra da lei) leva à maldição e nunca
pode nos livrar dela (Gal 3:10,11).
O Espírito da Lei
O espírito da lei (a intenção
da lei) é fé em Cristo (Gal 3:23-29) e pela fé Deus é glorificado com a
adoração devida (João 4:23,24). O espírito da lei é a "justiça da
lei" (Rom 2:26), a obediência da lei no coração (Rom 2:29) o qual Deus
aprova. Pela fé em Cristo e pela nova criatura que vem por Ele (II Cor 5:17) os
que entraram no espírito da lei são livres da letra da lei, pois, a letra já os
matou e os conduziu a Cristo (Rom 8:2; Gal 2:20).
Os Crentes em Cristo
Os crentes, pela fé em Cristo,
pelo Qual observam o espírito da lei, são determinados a circuncisão verdadeira
(Fil. 3:3; Rom 2:25-29). Sirvam "em novidade de espírito" e não mais
na "velhice da letra" (Rom 7:6; II Cor 3:6).
As cerimonias da lei (a letra)
não estão mais em força sobre o crente, mas o intento da lei (o espírito) é, e,
sempre será. Se os crentes não guardam as cerimonias exteriores da letra da lei
(guardar o sábado, respeito da alimentação permitida e as outras milhares
regras da lei) mas, de todo o coração amam Deus e seguem o espírito da lei que
é a palavra e o exemplo de Cristo (dia do Senhor, submissão a Deus, ser santo)
cumprirão o desejo eterno de Deus (João 4:24).
Os que andam em Cristo são da
semente de Abraão quem, pela fé, ainda na incircuncisão, creu naquele que
justifica o ímpio, Jesus Cristo (Rom 4:1-17). Como Abraão obedeceu o espírito
da lei pela fé (para que seja da graça, v. 16) e foi justificado diante de
Deus, hoje, os que crêem em Cristo pela fé (para que seja da graça, Efés 2:8,9)
também são justificados diante de Deus.
Você está submissa à letra da
lei (as obras) que mata e mostra a necessidade de ser salvo pela graça de Deus,
ou, está já confiando no espírito da lei (a fé em Cristo para agradar a Deus)
que vivifica (Rom 8:4-11)? A sua submissão a Deus de coração está vista pela
sua testemunha pública de uma vida limpa pelo mundo afora? Eis o espírito da
lei.
Conclusão
Pelo estudo da Lei de Moisés
entendemos melhor o que significa a palavra ‘lei’ e de quantos tipos existem na
Bíblia. Estudamos as diferenças destas leis mencionadas na Bíblia para que o
servo de Deus maneja melhor a Palavra de Deus. Até o decálogo foi comparado em
relação a lei para compreender que ele, em si, não residia a totalidade da lei
mas era parte da lei.
As limitações da Lei de Moisés
são entendidas quando qualquer procura pela obediência rígida da lei a justiça
de Deus. A justiça de Deus é somente pelo Cordeiro de Deus, o Jesus Cristo, o
qual a lei aponta.
A natureza e o propósito da
lei foram estudados para entender como a lei foi programada ser utilizada no
tempo de Israel e quais razões que ela foi promulgada.
Mas nem pela lei ser
programada e promulgada para a nação de Israel ela torna ser um ensinamento
obsoleto. Por causa da vontade de Deus nunca ter mudada e pelo fato do homem
ser sempre um pecador a Lei de Moisés tem muitas utilidades ainda nos dias
atuais. A utilidade da Lei de Moisés é entendida quando se percebe as verdades
eternas existentes nela. Ela declara fielmente a realidade da santidade e a
justiça de Deus, a condenação de todos que tropeçam em um só ponto dela, e a
salvação perfeita por Jesus Cristo. Ela também é útil nos dias atuais para
reger as sociedades pelos princípios justos que ela contém.
Considerações especiais foram
tratados na consideração da atitude do crente ao respeito da lei para que ele
veja uma responsabilidade não às cerimonias da lei, mas, ao espírito da lei.
Mesmo o crente não tendo uma obrigação à letra da Lei de Moisés ele tem
responsabilidade ao espírito da lei. O espírito da lei é a lei de Cristo que o
Espírito Santo rege no crente. Pelo estudo mais preciso da lei diferenciamos a
letra da lei e o espírito da lei entendendo o fato de se o Judeu ou o gentil
observa só a letra da lei a condenação eterna é declarada, mas, se Judeu ou o
gentil observar o espírito da lei pela fé, há justiça.
Concluímos que nunca devemos
racionar que mesmo que Moisés veio antes de Cristo que nunca existia graça na
lei. A graça que a lei apontava realizou se perfeitamente em Cristo.
Que todo homem seja julgado
por ela e que a graça de Deus por Jesus Cristo seja validamente vista pela Lei
de Moisés. Se assim se faz, o propósito da Lei de Moisés será realidade e a
vontade eterna de Deus feita.
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