A luta contra
as potestades do mal
Efésios 6: 10-20
Existe um
mundo espiritual que, embora não possamos ver, tem influência poderosa sobre o
mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos e a demônios, seres espirituais que
agem na terra. Antes da conversão, o homem é escravizado pelas forças do mal,
Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso. A partir do momento em que se entrega
a Cristo, o crente se envolve numa intensa batalha espiritual. O príncipe do império das trevas, de onde
fomos libertos, não se dá por vencido. E daí? Vamos ignorar essas verdades ou
vamos enfrentar esta batalha? Que armas temos à nossa disposição? Isso é o que
verá neste estudo.
I.
POR QUE NÃO DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL
a) A Bíblia dá
muita ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e
intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja
e o inferno, 1 Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que
falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram
intenso sofrimento às pessoas:
q
Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;
q
Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt. 4: 1-11;
q
Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam: o gadareno,
possuído por legiões de demônios, Mc 5: 1-20; o jovem que era jogado na água e
no fogo, Mc 9: 14-22; Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8: 2;
espíritos de enfermidade, Lc. 13: 11-13;
q
Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo
Pedro, At 5: 11-13.
Para ludibriar o
homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de
se mascararem como ministros de justiça,
2 Co 11: 13-15.
b) O contexto
cultural e religioso do país em que vivemos é outra forte razão para não
ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é considerado hoje o maior país
espírita do mundo, com aproximadamente 5.500 centros espalhados pelo território
nacional. Deve haver um despertar do cristão para a realidade da batalha espiritual
e, assim, preparar-se para vencê-la.
II.
COMO DESFAZER AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
1. Conhecer o
inimigo. Paulo, em Efésios 6: 12,
fala de uma hierarquia no reino das trevas. Principados são os chefes ou os
líderes da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os
que têm poder para governar. Todos promovem males na terra.
a) Estes
principados, dominadores e potestades do mal
procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas
irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2: 2.
b) Estes
espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo
com que sentimentos de culpa sejam mais intensos, Zc 3: 1-5.
Os seres
invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1: 1-12 quando
o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca
exagerada, detalhista e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos
cuidado com o exagero legalista.
2. Conhecer e
tomar posse das armas celestiais, 2 Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra
são ofensivas e defensivas, 2 Co 6: 7. Vejamos:
a) Armas
ofensivas
O Nome de Jesus.
Fp 2: 9-10. É a arma mais poderosa contra o inimigo. Ele tem autoridade sobre
os seres angelicais, sobre os homens e sobre os demônios. Jesus está acima de
todo principado, e potestade, e poder e domínio, Efésios 1: 20-22.
Oração. Ef. 6:
18. Esta é a arma que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual. A
oração nos fortalece, nos capacita para conquistarmos todo o território que o
diabo invadiu. Veja Marcos 3: 23-29.
b) As armas
defensivas, Ef 6: 13-18. O Senhor equipou Sua Igreja com uma armadura
sobrenatural para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e resista às
suas forças, a fim de sair da guerra sã e salva.
O capacete, v.
17. Paulo faz esta peça representar a salvação, possivelmente referindo-se a
Isaías 59: 17. A
salvação protege o homem em Cristo de ser desintegrado sob os efeitos
condenadores do pecado.
O cinto da
verdade - v. 14. A
verdade é Jesus. O cristão deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão
perfeita, Jo 15: 2-7. Esta armadura significa que o cristão se reveste do
Senhor Jesus, assumindo a natureza moral de Cristo, Rm 8: 29.
A couraça da
justiça - v. 14. O crente está revestido da justiça de Deus, Rm. 3: 21 e 5: 1.
Sua culpa foi lançada na cruz de Cristo, Rm 13: 12-14 e Ef 4: 24.
Pés calçados com
a preparação do evangelho da paz, v. 15. Significa o estabelecimento de um
alicerce espiritual firme. Assim calçados, com prontidão e disposição, aparecem
os pés daqueles que cruzam desertos e terrenos montanhosos, levando as boas
novas da paz, Is 52: 7-9.
Fonte: Revista
de Estudos Bíblicos Aleluia
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