A Mãe Cristã
Ser
mãe, hoje em dia, é missão dificílima. A época, carregada de materialismo, de
falta de amor, de egoísmo e de menospreza à condição humana, não favorece a
maternidade; não valoriza o papel de mãe. Pelo Contrário, subestima-o,
colocando-o entre os papéis menos dignos.
E,
em se tratando de mãe cristã, o ambiente em sua volta torna-se menos acolhedor
e mais hostil. Isso porque a mãe cristã deve ser acima de tudo uma defensora da
fé em Cristo Jesus em meio a um mundo em que há lugar para tudo e para todos ,
mas onde quase não há lugar para Deus.
Ela
é ao mesmo tempo, mãe e filha, tanto no sentido humano, natural, quanto no
sentido espiritual. Contemplada pelo Criador como receptora da semente da vida,
a mãe se torna continuadora do plano divino para a procriação da espécie humana.
Ao lado do pai, ela possibilita a formação de novos seres, através do
misterioso processo da concepção e do nascimento do ser humano. Se olharmos com
olhos pacientes e com reflexão, veremos que não há, no mundo, missão mais nobre
e dignificadora do que ser mãe.
Entretanto,
se alguém perguntar a uma jovem senhora: "Qual a sua profissão?" e,
em resposta , ouvir a indagada responder que não tem propriamente uma
profissão, que é mãe de família, sendo apenas aquela que cuida dos filhos no
lar, isso não causará admiração profunda ou reconhecimento real pela maioria
das pessoas. Na visão moderna, a mulher que é somente mãe e, portanto
circunscrita ao ambiente do lar, é vista como sendo de segunda classe ou mais
inferior ainda.
Por
outro lado, se uma pessoa diz que é engenheira eletricista, que é economista,
advogada ou técnica em informática, isso causa muitos elogios. A profissão
técnica confere muito mais valor à pessoa do que ser mãe. Por quê? A meu ver é
simples. Os padrões de valores da sociedade materialista são padrões
racionalistas, desprovidos de ética e espiritualidade. Uma pessoa vale pelo que
ganha em reais, em dólar, mesmo que a moeda não tenha valor.
A
mudança dos valores morais tem se acentuado rapidamente. Uma feminista disse
que espera o dia em que possa ter um filho , que seja gerado e dado à luz fora
do seu ventre, a fim de que ela possa ficar livre do incômodo da gravidez. Para
ela, o amor materno não passa de sentimentalismo burguês. A concepção fora do
ventre já existe, através do processo de concepção "in vitro", que
resulta nos "bebês de proveta". O nascimento fora do ventre também é
uma realidade de certa forma, visto que uma mulher pode ceder seu óvulo para
ser fecundado no ventre de outra mulher, detentora da "barriga de
aluguel". Ou seja, o incômodo da gravidez é suportado por outra pessoa,
que não aquela que deseja o filho. É a tecnologia a serviço do egoísmo, do
materialismo.
Certa
pessoa, famosa no Brasil, resolveu ter um filho com um homem, engravidou e deu
à luz uma criança, sem que fosse casada. Ela recorreu ao que se chama, no
jargão modernista, à "produção independente". Apenas escolheu um
"reprodutor de raça", como se fosse um animal famoso, juntou-se com
ele por alguns meses, resultando , daí, uma criança, ou melhor , "um
produto de qualidade". Nada de ser mãe, no sentido verdadeiro, ao lado do
pai, vivendo sob o mesmo teto, educando a família. O que esse tipo de gente
quer é apenas ter um filho para se promover. O filho não é fruto do amor materno.
Mas da vaidade e do egoísmo frio e calculista, que vê no nascimento da criança
algo para chamar a atenção e até para chocar a sociedade.
A
maternidade tem sido violentada criminosamente. O aborto tem sido praticado
constantemente, destruindo vidas inocentes e indefesas. Os mesmos que clamam
contra apena de morte de seres adultos, defendem com todo o vigor a pena de
morte contra os nascituros. É o paradoxo da confusão materialista, que usa dois
pesos e duas medidas, em função dos interesses egoístas dos que vêm a vida como
mera realidade biológica.
Nesse
contexo, vemos que a mãe cristã sente-se acossada por um ambiente em que seus
valores são jogados na lama da incredulidade. Isso porque Cristo valorizou
tanto a maternidade que encarnou no ventre de uma jovem, tornado-a mãe do
Salvador do Mundo.
A
mãe cristã é aquela que, além de receber a vida em seu ventre, tem a missão de
preservá-la com o sentido de honrar e glorificar o criador. Quando soube que
era mãe, a Virgem Maria exclamou: "Minha alma engrandece ao Senhor e o meu
espírito se alegra em Deus, meu salvador" (Lc 1.46,47). É dentro dessa
visão que a mãe cristã deve se mirar em meio a um mundo que desvaloriza a
maternidade.
Na
comunicação com os filhos, a mãe cristã se constitui na maior ensinadora dos
preceitos cristãos, incutindo-lhes na mente os ensinos dos evangelho, que são
os mais elevados padrões morais e éticos de que o mundo já teve conhecimento. A
Bíblia diz:" Ensina a criança no caminho em que deve andar e, quando ficar
velho, não se esquecerá dele". (Pv 22.6). A mãe cristã é guardiã da fé em
seu lar, contrapondo-se aos ensinos materialistas e ateístas dessa época de
falta de fé, de desesperança e de medo do futuro. A mãe cristã é aquela que,
com o amor de Deus no coração, envolve os filhos no manto do verdadeiro amor.
Mesmo que a sociedade sem Deus valorize as
formas mais abjetas de união entre pessoas; mesmo que a maternidade seja vista
como algo sem valor; a mãe cristã deve levantar sua cabeça e ser grata ao
Criador pela missão que lhe confiou.
AUTOR DESCONHECIDO
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