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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

REFLEXÃO 333 - A MORADA DE DEUS

A Morada de Deus


"Cantai ao Senhor um cântico novo(...) Glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário. Adorai ao Senhor vestidos de trajes santos; tremei diante dele, todos os habitantes da terra (Salmos 96.1,6,9).
A realeza de Deus, que em si mesmo é um convite perene ao cântico de louvor, constitui-se para o salmista num tema contínuo. Enquanto os reis na terra se ornamentam de jóias e trajes preciosos que, para eles, representam uma posição de poder e domínio, o Rei dos reis, Senhor dos senhores, tem como símbolo do seu poder, glória e domínio, aqueles atributos e qualidades peculiares a Ele. A verdadeira beleza de Deus e sua mais sublime qualidade é a santidade. Daí poder-se afirmar que no céu - o Santuário do Altíssimo - não há lugar para qualquer outra coisa que possa macular e deturpar essa pureza e magnificência que caracterizam as habitações celestiais. Entretanto, é curioso observar-se como as pessoas de um modo geral se arrogam pretensiosamente o direito de morar no céu ao partir deste mundo. Naturalmente, Deus tem colocado tal possibilidade ao alcance de qualquer pessoa que o busque, crendo e aceitando fazer a sua vontade; mas não se pode conceber a idéia de que indivíduos que só se interessaram e só se preocuparam com coisas que jamais poderão ser encontradas no céu estejam de fato preparados para ali habitarem.
A vida que se leva na curta peregrinação terrena, não obstante tantos problemas e preocupações próprias desse mundo, tem de ser um vislumbre daquela encontrada no céu. Daí a necessidade de se cultivar e praticar hábitos recomendáveis, que possam também ser revelados na eternidade.
Conta-se que um jaburu estava ocupadíssimo, à beira de um grande lago, caçando caramujos para sua refeição. Tão distraído estava naquele afazer que se assustou ao ver, de repente, descer das alturas, e pousar junto a ele, uma ave possante e encantadora. Ainda assustado e confuso, o jaburu, deixando por um momento seu trabalho, perguntou à ave recém-chegada:
- Quem é você? Não me recordo de havê-la visto por aqui...
- Sou o cisne - respondeu timidamente a ave.
- Um cisne? Mas de onde você está vindo? - continuou o jaburu, curioso.
- Ah! eu estou vindo do céu - disse o cisne brincando, porém, em tom bastante sério, como quem falava a maior das verdades.
- Ora, vindo do céu! Então você mora por lá? Já ouvi falar tanto sobre esse lugar mas não faço a menor idéia sobre como ele é. Já que mora lá, pode me dizer como é o céu? - indagou o jaburu, interessado.
Aí o cisne, cheio de moral, foi fazendo uma empolgante descrição a respeito do céu com suas ruas de ouro e seus rios de águas cristalinas. O jaburu, que atentamente parecia engolir cada palavra, disse ainda:
- Escute, mas lá nas margens dos rios existem caramujos como há aqui?
- Oh, não, lá não existe nada disso - replicou o cisne, categórico.
- Então não me interessa. O que mais gosto é de caramujos e se não posso encontrá-los por lá, prefiro ficar por aqui - falou o jaburu, desiludido...

AUTOR DESCONHECIDO
(não me responsabilizo pela posição e/ou leitura teológica do autor)

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