A Natureza da Verdadeira Adoração
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A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do
Espírito de Deus. "Aquele que é nascido da carne, é
carne", disse Jesus e portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores
não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova
canção (Sl.40:3).
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A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo.
"Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito" disse Jesus e,
portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito Santo concede a
nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que nossa
adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança
concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial de
adoração pública.
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A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras.
"Os verdadeiros adoradores adoram... em verdade", disse Jesus. A
Bíblia nos revela a Deus a Quem
devemos adorar e como devemos
fazê-lo: "com reverência e santo temor". As Escrituras porduzem a
atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa
forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo
o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de
todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais,
na inútil tentativa de "tornar" a adoração mais
"importante" e "significativa". A verdadeira adoração é essencialmente simples.
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A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na "inspiração", tampouco nos sentimentos; nem
mesmo é centralizada em Jesus (ou no Espírito Santo) - não somos adoradores só
de Jesus (ou só do Espírito Santo). Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus:
"os verdadeiros adoradores adoram o Pai". Naturalmente, o Pai só pode
ser adorado através do Filho e o objeto de nossa adoração é a
Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós
adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro de
nossa adoração, negligenciando ao Pai.
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A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com
Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante seis dias da
semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala
o quanto está se "regozijando" na adoração, alguma coisa está errada
com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de
desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração,
tal pessoa deveria sentir o quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza
santa por sua negligência com a glória do Senhor.
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A verdadeira adoração requer preparação. Um homem
não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de
coração e alma e esperar, então , por uma "adoração instantânea".
Davi disse: "Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei,
pois, Senhor, a Tua presença"(Sl.27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor,
surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela
bênção do Senhor sobre a noite do Sábado e a manhã do dia do Senhor.
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A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação.
Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira pela qual empregam o seu
tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação
da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser
facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve
ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da
pregação.
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A verdadeira adoração é sempre produto de uma perspectiva da
grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a
grandeza de Deus e clama: "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de
lábios impuros, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (Is.6:5).
João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e diz: "Quando O vi, caí a seus pés,
como morto"(Ap.1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração,
que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao
desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais.
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A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus.
Devemos ser muito cuidadosos para não abrigar pensamentos que inferiorizam a
nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a
adoração como um "sanduiche de hinos", somente encorajam a atitude
que revela que nossa adoração é formal, exterior e sem liberdade e que , se nós
estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança
espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não
ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a
dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos
meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira
adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e a ausência de qualquer
concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua
cabeça e orou: "'O Deus, sê misericordioso comigo, pecador". Em
nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos
verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminham,
mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em
verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem!
Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da
adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização
maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes
evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos,
por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem
ocorrido nos últimos vinte anos. Será que isso representa um progresso e um
amadurecimento no culto e oração públicos? O que será que significa esssa nova
linguagem utilizada para orarmos: "Nós só queremos Te adorar, Te louvar",
"Somente a Ti, Jesus, queremos adorar"? As frases truncadas e curtas
podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e
confiantes, acoplados com a reverência constante observados nas orações das
gerações anteriores.
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A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor.
A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o
direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a
fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para
ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a
Palavra de Deus e recolher as ofertas (At.20:7; I Co.16:2). Mesmo que eles não
sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem
mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no
primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje.
Nós não somos "Adventistas do quinto dia", daqueles que se reúnem na
quinta feira, à noite e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica
comunhão quando o Senhor "realmente" se reúne com dez de nós. Não,
nós devemos reunir-nos no Espírito no dia designado, o dia do Senhor e com todo
o povo de Deus.
Tradução:Dr.
Eurico Correia
Nota sobre o Autor: Geoffrey Thomas é pastor da Alfred
Place Baptist Church em Aberystwyth, País de Gales e também trabalha como
Editor Assistente da Banner os Truth (Nº.153, Junho/76) e do Evangelical Times.
Transcrição
do jornal "Os Puritanos" Ano II Nº. 5 de Setembro/Outubro - 1994.
'"Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos
perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade".
Stephen Charnock
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"Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade
e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar
pública e corporativamente". John Armstrong.
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"Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles
apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do
conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em
si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado.
É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde".
Thomas Watson.
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"Deus não pode ter concorrentes! Somente
Ele deve ser louvado". John Armstrong.
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