A Oração
A oração está
entre as mais antigas práticas da humanidade. No Antigo Testamento ela faz sua
introdução no livro dos princípio (Gênesis), e permanece em evidência até o
livro de Malaquias. De todas as criaturas de Deus, somente as pessoas oram. A
oração é estritamente pessoal. Ela é um dom de Deus para nós, o nosso elo com o
criador. Deus e a oração são inseparáveis.
Em seus
ensinamentos sobre o Céu, Jesus disse aos seus discípulos que eles sabiam como
chegar aonde Ele estava indo. Tomé, entretanto, disse que não sabia para onde
Jesus estava indo, quanto menos o caminho para chegar lá.
Então Jesus
lhe respondeu: "Eu sou o caminho... Ninguém vem ao Pai, senão por
mim" (Jo 14.6). Nos ensinos de Jesus, não há declaração mais direta sobre
o acesso a Deus. Isso aplica-se não só a salvação, mas também à oração, visto
que Jesus é o novo e vivo caminho por meio do qual entramos no Santos dos
Santos (Hb 10.19,20) essa verdade é absoluta.
Ninguém pode
aproximar-se de Deus através de outro nome ou por qualquer outro meio.
"porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem". Ao orarmos no nome de Jesus, reconhecemos que Ele é a nossa
única esperança de acesso a Deus.
Pessoas
pecaminosa não podem ter acesso, por si mesmas, a um Deus santo. Se ousassem
aproximar-se diretamente de Deus, seriam consumidas, "porque o nosso Deus
é um fogo consumidor" (Hb 12.29) por essa razão, as pessoas do Antigo
Testamento nunca entravam no Santos dos Santos seu único acesso era pela intermediação
do sumo sacerdote, cuja entrada era permitida uma única vez por ano e somente
por meio de sangue (Hb 9.7,8).
Sob o Novo
Pacto, Jesus é o eterno Sumo Sacerdote que nos confere constante e permanente
acesso ao trono da graça, com base no oferecimento do seu próprio sangue. (Hb
9.11,12) Só temos acesso a Deus por causa de Jesus, em Cristo, nosso pecado foi
removido e através dEle somente através dEle é que podemos nos aproximar de
Deus. Cerca de quinze séculos antes do início do ministério de Jesus na Terra,
Moisés anunciou: "O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de
ti, de teus irmãos, como eu, a ele ouvireis" (Dt 18.15).
Os pontos de
semelhança entre Jesus e Moisés são numerosos e notáveis. Por exemplo, na
infância, ambos foram miraculosamente poupados da ira de um monarca que estava
no poder; ambos tornaram-se salvadores de seu povo; e ambos foram descritos
como humildes (Nm 12.13); Mt 11.29). Ambos cultivavam uma vida de oração.
A vida
inteira de Moisés foi governada pela oração e nela baseada. Assim também Jesus.
A Bíblia cita numerosos exemplos de oração durante o curto período de três anos
e meio do ministério de Jesus. Há evidências de que a oração era a própria
respiração da vida de Jesus. Tal como acontecia com Moisés.
Na
ressurreição de Lázaro, um dos maiores milagres de Jesus, observamos que Ele
usou um tipo de oração diferente das que geralmente acompanharam seus milagres.
Os judeus não
conseguiram negar a realidade de seus milagres, pelo que os atribuíram ao poder
do diabo. Mas, ao orar ao Deus do céu, dirigindo-se a Ele como Pai, Jesus
ousadamente proclamou que seus milagres eram realizados pelo poder do alto:
"E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graça te dou, por me
haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da
multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste" (Jo
11.41,42).
A oração
pública não precisa ser profunda e demorada, uma vez que a oração privada tenha
sido feita com antecedência. Jesus já sabia, possivelmente já há quatro dias
(Jo 11.39), que Lázaro morrera. Por certo, grande parte desse tempo foi ocupado
com oração, especialmente durante a noite. O uso que Jesus fez do verbo no
tempo passado ("graças te dou, por me haveres ouvido") indica que, antes
da oração pública ter sido proferida a oração particular já havia sido feita e
respondida. Não havia qualquer sobra de dúvida na mente de Jesus.
As palavras
"eu bem sei que sempre me ouves" retratam de maneira maravilhosa a
divina comunhão entre o Pai e o Filho.
Jesus olhou
para o céu, invocando o supremo Deus diante dos judeus incrédulos, para que
todos soubessem que era o poder de Deus, e não alguma contrafação satânica, que
estava operando o milagre. Ao dirigir-se ao Pai, Jesus procurou aumentar a fé
da multidão no poder de Deus Altíssimo.
O resultado
da oração de Jesus foi imediato e, sem dúvida, totalmente assustador, pois
diante dos incrédulos olhos da multidão apresentava-se um homem que estivera
morto no sepulcro já há quatro dias.
É
especialmente digno de nota que Jesus, diante do túmulo, não tenha orado para
que Lázaro voltasse à vida.
Ele já tinha
feito isso antes e, quando chegou ao local do sepulcro, não havia o menor
vestígio de dúvida em seu coração. Sua oração foi apenas de agradecimento.
AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)
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