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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

ORAÇÃO 19- A ORAÇÃO MOVE DEUS

A oração move Deus


Introdução

"Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos"(Lucas 11.1). O que temos diante de nós  é um pedido claro de um discípulo que deseja aprender como orar. Ele faz do seu desejo também o desejo dos seus companheiros (ensina-nos) e isto nos levam a  refletir sobre o porquê deste pedido. Será que eles não oravam? Ou será que não tinham convicção de que Deus os ouviria? O que podemos aprender com esta situação? O que o Senhor tem a nos ensinar?
Sabemos que os discípulos eram homens religiosos e por isso acostumados à oração. Os judeus separavam três momentos do dia para orar. Mas ao contemplarem o Senhor Jesus orando descobriram que faltava alguma coisa em suas orações. Eles reconheceram que a oração de Jesus era cheia de poder e profundamente espiritual ao passo que as deles eram formais, cerimoniais. Faltava-lhes intimidade com o Pai e por isso pediram ao Senhor que os ensinasse a orar. Vemos neste pedido um sinal de quem deseja crescer espiritualmente.
O pedido dos discípulos tem sido o seu pedido? É necessário que aprendamos a orar a fim de que Deus nos responda quando a Ele intercedermos. Você sabe do que é composta uma oração? Você sabe qual é o padrão que ela deve atingir?
Nós precisamos, como os discípulos, buscar o Senhor, para que Ele nos ensine a orar. Necessitamos da escola do mestre da oração. Precisamos  do Espírito Santo para aprender a orar e alcançarmos a maturidade espiritual. Na oração modelo(Lucas 11.1-4; Mateus 6.9-13) estão gravados os princípios que você e eu devemos viver, se realmente quisermos crescer através da oração. Você quer isto para a sua vida? Então peçamos a Jesus: "...Senhor, ensina-nos a orar...".

Pai nosso que estás nos céus.   Há alguns princípios a serem aprendidos nesta expressão inicial da oração modelo ensinado por Jesus aos seus discípulos.

O primeiro deles é que o Deus a quem dirigimos nossas orações é um Pai amoroso. Sim Deus é pai. Você tem de reconhecer isso para que sua oração chegue até Ele. Ele é um pai perfeito, muito acima daqueles que conhecemos aqui. O que acontece com aquele indivíduo que ainda não aceitou a Jesus como Senhor e Salvador e mesmo assim procura falar com Deus em oração? Será que Deus atende a oração daqueles que não são seus filhos? Mateus usa a expressão Pai e isso cria uma proximidade entre o Deus Todo-Poderoso e nós pequeninos mortais numa relação de pai e filhos. Nós nos dirigimos a Ele como crianças que pedem aos seus pais alguma coisa para suprir suas necessidades. Deus é um pai amoroso que cuida de seus filhos com toda dedicação.

 O segundo princípio desta expressão é que a oração verdadeira tem o seu direito e a sua motivação garantida pelo Espírito Santo. Leia :(Romanos 8.15) e (Gálatas 4.6).
A ignorância e a desobediência ao Espírito explicam em grande parte o motivo porque tão poucos membros da igreja se matriculam na escola da oração. Sim o Espírito Santo de Deus é o nosso grande ajudador no ministério de oração. Andar nEle e viver motivado por Ele são um bom sinal de comunhão com o Pai nosso que está nos Céus mas que enviou-nos o seu Santo Espírito Consolador, Intercessor. 
 O terceiro princípio nos ensina que quando oramos ao nosso Pai o fazemos em companhia dos nossos irmãos. A oração não dever ser um instrumento somente de uso exclusivo mas coletivo também. O "nosso" indica que nos aproximamos do Trono da Graça do Senhor juntamente com os nossos irmãos. A família de Deus, o corpo de Cristo, clama ao Pai celeste pelas necessidades terrenas e temporais e assim fazendo honra ao Seu Senhor. A Oração  comunitária é um poderoso agente para a transformação de realidades adversas e para o crescimento da Igreja. Será que uma pessoa que, tendo disponibilidade de tempo, não participa das reuniões de oração está agindo corretamente? Lembremo-nos do exemplo dos primeiros cristãos que coletivamente "perseveravam nas orações".
O quarto princípio indica que o Pai está nos céus e nós devemos nos sujeitar às suas prioridades. Este ensino era conhecido pelos discípulos, "mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas"(Mateus 6.33). Será que é conhecido e praticado pelos crentes atualmente? Ele nos orienta a buscarmos com sabedoria a vontade do Pai celestial a fim de que os nossos desejos ou necessidades sejam concedidos pela resposta a oração feita pela fé em nome de Jesus e de acordo com a vontade de Deus. Sejamos agradecidos porque o Pai é nosso e os Céus também, mas enquanto ainda vivermos na terra  creiamos que Ele continua interessado em cada detalhe referente a nossa vida e não abandonemos a prática da oração porque o Pai quer uma intima comunhão Ele.
Santificado seja o teu nome, ao meditar sobre a expressão "santificado seja o teu nome" compreendo que ela nos ensina que o nome de Deus deve ser honrado e glorificado e creio que isto ocorrerá se a maneira como nós vivermos santificar o nome exaltado acima de todos os nomes. Proferir o nome de Deus em vão é algo proibido conforme o terceiro mandamento(Êxodo 20.7)e quando Jesus usa essa expressão na sua oração deseja que evitemos a profanação do nome do Senhor. Isto se torna possível quando buscamos um compromisso de santidade em nosso viver e a medida que caminharmos rumo à santidade o gesto de falar e de se identificar com o nome de Deus produzirá honra e glória ao Senhor.
É possível compreender também através desta oração que há uma imensa distância entre a perfeição de Deus e as nossas impurezas. E por isso "pecadores falhos nunca serão capazes de santificar o nome de Deus. Jesus tornou clara esta verdade, colocando o verbo 'santificar' na voz passiva. Só Deus o único que é santo em si, pode separar o seu bendito nome da imundície moral que sempre se associa na prática com os portadores do seu nome". Mas a Palavra de Deus nos ensina o que?  Leia:  (1 Pedro 1.3,23) , Tiago 2.7, Mateus 5.48 ,. Hebreus 12.14., Filipenses 4.7. e  2 Tessalonicenses 2.13
"Santificado" quer dizer "tornado santo", "reverenciado" e ao ensinar aos seus discípulos Jesus está dizendo que os homens santificarão o nome de Deus se reverenciarem este Deus através de suas vidas e não somente por seus lábios.
Esta expressão no meu coração reafirma a convicção plena da santidade de Deus e a partir dela procuro me alegrar pois o único Deus, o Todo-Poderoso, o Santíssimo está ao alcance de minhas orações e das suas também. O Deus santo ama os homens pecadores que uma vez confessos dos seus pecados, arrependidos de suas más ações e trilhando os caminhos do Senhor têm a oportunidade de orar sem profanar o Santo Nome de Deus e receber das mãos divinas as bênçãos desejadas.
 Venha o teu reino.  Quando dizemos em nossas orações "venha o teu reino" significa que devemos submeter à vida e os interesses todos ao querer de Deus. Esta frase apresenta o ideal de Jesus de ver o reino de Deus realizado no coração dos homens que se sujeitam ao seu Pai. Nesta dimensão espiritual do reino de Deus observamos que quando dobramos os joelhos e suplicamos a vinda do seu reino, reconhecemos sua soberania e desejamos que Ele, e não o pecado, governe os nossos passos. Cremos que a vitória de Cristo na cruz foi uma vitória de cada um de nós(Romanos 6.14) e a partir daí passamos a ser súditos do Rei (Romanos 6.18). Então, toda vez que eu orar desejando que o reino de Deus seja estabelecido devo colocar o trono do meu coração à disposição do Senhor.
Revela também esta expressão o desejo de Jesus de ver o reino de Deus estabelecido sobre a face da terra. Pensemos aqui em termos de espaço geográfico sob o domínio do Senhor conquistado a partir da expansão da igreja e da realização de sua missão. “O reino de Deus se constitui em sua soberania e domínio, o que já é um fato sobre o universo e a História, porém deve-se lhe apresentar o desejo de vê-lo crescente e triunfante até o final, no governo de Deus sobre a terra, na volta de Cristo. A esse reino deve já estar submisso àquele que ora”


 Seja feita a tua vontade.   Outra prioridade que Jesus tinha em seu modelo de oração era enfatizar a necessidade de que à vontade do Pai, seus preceitos e desígnios fossem obedecidos e cumpridos na terra. Isto nos faz aceitar o fato de que a nossa vontade há de ceder ante a vontade divina. "Querer que a vontade de Deus prevaleça significa a disposição da igreja de submeter-se ao que Deus quer. Esta vontade divina, porém não se realiza na terra como no céu, unicamente por causa da rebelião e pecaminosidade do homem. A vontade de Deus é a santificação da igreja. Ele deseja o louvor e a gratidão do seu povo". Mas por que devemos colocar a vontade de Deus acima da nossa vontade? Para esta resposta observaremos o ensino de Paulo em Romanos 12.1,2.
 Primeiro porque a vontade de Deus é boa e não permite que nossas vidas sejam moldadas pelos padrões injustos do mundo(v.1). É assim que pensamos? Se crermos que realmente a vontade de Deus é boa eis uma razão para desejar que ela seja feita aqui na terra entre cada um de nós. O propósito da vida transformada (cristã) é comprovar que a vontade de Deus é boa. Isto já aconteceu de certo modo no início quando desistimos da velha vida e nos entregamos a Deus pela fé em Jesus porque queríamos a vida abundante, plena, nova que Ele oferece. Porém, é preciso buscar essa boníssima vontade divina para que ela seja o centro de nossas vidas. É este o alvo de sua vida? Você precisa crer que a vontade de Deus sempre será melhor do que a sua vontade e por isso busque-a diariamente.
Segundo porque à vontade de Deus é agradável e não nos trará nenhuma insatisfação. "Paulo fala para nós experimentarmos a vontade de Deus. Isto é a essência da espiritualidade. Quando o crente deixa de controlar a si mesmo, entrega-se como sacrifício vivo, e passa a experimentar a vontade de Deus, ele já está andando com Deus. Ele já está vivendo no Espírito" Sim a vontade de Deus é agradável e o cristão orgulhoso quer que a sua própria vontade seja cumprida, mesmo que ela não seja tão boa, nem agradável, nem santa. Que ignorância a nossa trocar a vontade agradável do Senhor pelos caprichos e teimosias de cada um de nós. É preciso deixar bem claro que isto nos impedirá de ter comunhão com o Senhor e mesmo que oremos para que Ele faça a nossa vontade não haverá resposta pois o que Deus deseja ouvir é "seja feita a tua vontade aqui na terra como no céu".
Terceiro porque a vontade de Deus é perfeita e realizá-la garante-nos a segurança que almejamos. Em todos os níveis devemos buscar a vontade de Deus(profissão, casamento, vocação ministerial, etc.). Não a encontraremos sem antes entregarmos no altar o nosso sacrifício(nossas próprias vidas) e nos livrarmos do conformismo com o mundo. Nos céus o lugar da perfeição a vontade de Deus já é realizada, aqui na terra a imperfeição que nos caracteriza será dissipada a partir do momento que permitirmos que esta perfeita vontade divina torne-se a nossa vontade. Quando orar peça esta vontade divina e ao descobri-la comprometa-se com o Senhor para que Ele através do Seu Espírito Santo lhe ajude a realizá-la.
O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Na oração não devem ser consideradas realidades ou necessidades apenas espirituais, mas também os materiais e físicas. Devemos confiar que o nosso Senhor continuará provendo nossas necessidades diariamente e por isso a ansiedade não deve fazer parte do nosso vocabulário. Leia Mateus 6.25-34 e destaque os aspectos mais relevantes do texto segundo a sua compreensão: O pão representa o necessário para a subsistência, para o suprimento de necessidades básicas. Necessidades pelas quais não devemos ficar desesperados, mas que devemos admitir perante Deus em nossas orações. A idéia do tempo verbal é a do presente contínuo, "continua dando", e a expressão "de cada dia" torna claro que devemos confiar em Deus constantemente, e não pedir suprimentos por um longo período e então esquecer-nos dEle.
Os cristãos devem viver num estado de contínua dependência de Deus. O que você pensa sobre ter que depender de alguém? Normalmente os homens não gostam da idéia de dependerem de alguém e tão logo que possível proclamam sua independência em relação aos pais, patrões, etc. Este sentimento de não depender de ninguém é alimentado na sua relação com Deus o que consiste num erro tremendo. Pois é esta relação de dependência de Deus que nos acompanhará durante a nossa existência porque nela desfrutaremos da providência divina que não permitirá que andemos ansiosos. Ligados ao Senhor e priorizando a Sua vontade reconheceremos a soberania divina que mostrará o melhor caminho para resolver os nossos problemas. Se Ele através de sua Onisciência já sabe de todas as coisas que precisamos, por que abrir mão dos seus cuidados?
Esta expressão comunica também o fato de que devemos agradecer ao Senhor por sua fidelidade. Devemos ao pedir o pão de cada dia agradecer pela providência divina em nos dar muito mais do que pedimos. O que você tem a dizer a uma pessoa que não agradece, ou em outras palavras, é um ingrato? As bênçãos de Deus não são compradas, são dadas gratuitamente. Não podemos ficar esperando para agradecer depois, é necessário que o agradeçamos em tudo e sempre. Ao orarmos agradeçamos a Deus pelo alimento que necessitamos hoje e confiemos que Ele suprirá as necessidades de amanhã. O Senhor é fiel e não deixará que os seus filhos, que são mais importantes do que os lírios e as aves, passem por dificuldades maiores do que podem suportar.
Jesus queria que seus discípulos desenvolvessem uma confiança inabalável no cuidado paternal de Deus e isso deve ser um desafio para nós também. Confiemos no Pai celestial, dependamos do Senhor e agradeçamos por seu amor manifesto em cada cuidado que Ele dispensa sobre cada um de nós. Temos de unir nossas vozes e digamos assim: Senhor ensina-nos a orar! Ensina-nos a confiar! Ensina-nos a depender! Ensina-nos a agradecer!

Perdoa-nos as nossas dívidas.    Quando em nossas orações pedimos perdão pelos nossos pecados, estamos sendo habilitados a aproximar-nos do trono da graça através de Cristo Jesus. A obra de Cristo na cruz garante-nos o perdão divino pois nela nós somos justificados. "A partir do momento em que cremos nEle, somos perdoados, nossa culpa é removida e nos encontramos diante de um Deus cuja justiça foi satisfeita, o que O libera para derramar sobre nós a sua graça e amor". "Se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a sua promessa e fará o que é justo: perdoará o nosso pecado e nos limpará de toda maldade"( 1 João 2.9 ). E uma vez limpos podemos dirigir nossas vozes ao Pai celeste que nos ouvirá. Destaque as principais atitudes descritas em 2 Crônicas 7.14 para quem deseja ter suas orações respondidas por Deus:
Por outro lado, não temos direito de pedir perdão a Deus se não estamos dispostos a perdoar os que nos ofendem. "... Sejam bons e delicados uns com os outros. E perdoem uns aos outros, como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês"(Efésios 4.32 ). Você perdoa facilmente os que te ofendem ou magoam? É necessário encararmos, e com toda sinceridade, todos os ressentimentos que estivermos abrigando contra alguém. O que desejo mostrar é que o perdão vertical (no relacionamento com Deus) só poderá ser alcançado se praticarmos o perdão horizontal (no relacionamento com o homem). Isto não pode ser esquecido. E para que estejamos motivados a perdoar basta que meditemos sobre como Deus nos perdoa e a medida em que pudermos enxergar o perdão divino a nós dirigido, também teremos capacidade para perdoar os outros.
Não podemos inverter a ordem das coisas pensando que o perdão ao semelhante é a base para o perdão divino. A ação humana de perdoar não dirige a ação divina de perdoar. Por outro lado, quando não perdoamos o que acontece em nosso relacionamento com Deus? "O Novo Testamento deixa claro que o perdão brota da graça de Deus e não de qualquer mérito humano. Pelo contrário, o pensamento avança do menor para o maior: visto que até mesmos homens pecaminosos como nós podem perdoar, podemos aproximar-nos confiantemente de um Deus misericordioso”. E se Deus não perdoa alguém que não é capaz de perdoar o faz porque é justo.
A dinâmica do perdoar exige capacidade de amar. O amor sim é o que nos capacita a perdoar e nele encontramos as condições para exercer a reconciliação quando somos os ofensores e o perdão quando somos os ofendidos. Leia Mateus 18.21 e descreva a quantidade de vezes que você deve perdoar alguém que te ofenda ou prejudique. A responsabilidade cristã de perdoar não está limitada por um número de vezes e o Senhor fica indignado quando nos esquecemos do perdão que Deus nos oferece e não nos dispomos a amar o semelhante através do gesto do perdão. Ele diz que seremos castigados pelo Pai celestial (Mateus 18.22-35). Negar o perdão é uma atitude hipócrita e Deus não ouvirá a oração de um hipócrita. O que você acha disto?
Não nos deixe cair em tentação.   Esta expressão nos alerta a segurarmos nas mãos de Deus quando a tentação vier pois Ele é poderoso para nos livrar do maligno. A maior arma de satanás para nos induzir à tentação é enfraquecer a nossa fé. Como você resiste as tentações? Quais são as suas estratégias? Toda vez que alguma dificuldade ou tentação se aproximar de nós devemos ao mesmo tempo resisti-las e clamar pela ajuda do Senhor. Isto porque "sabemos que todas as vezes que duvidamos das promessas de Deus contidas na sua palavra, de sua presença conosco, de seu amor e de sua fidelidade, ou de que Ele ouve as nossas orações, estamos sendo alvo das tentações mais fortes de satanás. Devemos em tais ocasiões resistir-lhe firmes na fé em nosso Deus” .
Esta expressão nos assegura que a tentação não é uma obra de Deus. "Quando alguém for tentado nesses momentos de aflição, não diga: 'esta tentação vem de Deus'. Porque Deus não é tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas uma pessoa é tentada quando é atraído pelos seus próprios mau desejo. Então esses desejos fazem nascer o pecado, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte” (Tiago 1.13-15). Ela contém o desejo do homem de ser liberto do mal, ou do maligno. E devemos expressar este desejo contínuo de sermos livres da influência e do poder do maligno suplicando ao Senhor que não permita que caiamos diante do tentador e que sejamos libertos das maldosas armadilhas por ele preparadas.

Um outro conceito importante é que Deus na sua soberania e autoridade nos livra do maligno. O exemplo de Jesus Cristo é a prova viva de que podemos resistir as ciladas do inimigo e nos aponta uma saída: "pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hebreus 2.18). Todos nós somos tentados, e muitas vezes não resistimos à tentação. Quais são as tentações que fazem de você uma pessoa vulnerável a ação do maligno? Jesus foi tentado por satanás e o venceu com o poder da Palavra de Deus. Sendo vitorioso, Cristo pode nos socorrer nas tentações. Ele quer nos ensinar hoje que podemos vencê-las pela sua palavra, pela oração e pela resistência. Caros irmãos quanto mais nos aproximarmos do Senhor, maior será a iniciativa de satanás em nos perseguir. Continuemos firmes segurando nas mãos do Senhor crendo no seu poder, buscando a sua vontade, orando e vigiando para que não caiamos diante da tentação.

Porque teu é.    A oração é um momento de contato, de experiência pessoal com a grandiosidade de seus encontros com a soberania de Deus. Momento portanto, de glorificá-lo, não como um ídolo frio e estático, produzido por mãos humanas, mas como aquele que confere vida. Vários textos bíblicos nos exortam acerca desta soberania do Deus a quem dirigimos nossas orações; você é capaz de mencionar alguns deles? O que esta expressão final da oração modelo nos apresenta é que este Deus soberano tem um reino e nós fazemos parte dele. O Senhor é o único que deve reinar em nossos corações, que contritos buscam a sua face; corações que inundados de temor se aproximam do trono da Sua graça.
Ainda podemos compreender que o Senhor reina com poder. Isto nos garante que nada é impossível para o nosso Deus. Cria em nossos corações a confiança inabalável de que os meus desejos podem ser concretizados pela mão poderosa do nosso Deus, desde que sejam segundo a sua vontade soberana. Por isso a exortação do Apóstolo Pedro faz sentido quando diz "humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus; para que a seu tempo vos exalte"(1 Pedro 5.6). Sim o nosso Deus é o único que sabe todas as coisas(Onisciência), está em todos os lugares(Onipresença), e pode todas as coisas(Onipotência).
Uma outra lição é que a este Deus, a quem oramos, pertence a glória. Então se existe alguém que deve ser honrado, louvado e glorificado este alguém é o Deus Criador e Sustentador de todas as coisas, Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A nós cabe glorificá-lo pelas vitórias alcançadas e perseverar na vida de oração e confiança nEle(Romanos 12.12c). Por que perseveraremos na oração? Primeiro, porque além de tudo o que aprendemos até aqui, ela é um meio de mantermos comunhão com o nosso Pai celestial. Segundo, se assim procedermos, provamos que confiamos em seu poder e providência. Terceiro, Deus sempre age em favor daqueles que permanecem unidos a Ele pela oração constante. Caros irmãos se ao iniciarmos esta lição dissemos "Senhor, ensina-nos a orar" agora é hora de continuarmos a dizer: "Senhor, ajuda-nos a perseverar".

                                                                                                Artur Bueno





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