A oração move Deus
Introdução
"Estava Jesus em certo lugar orando e, quando
acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como
também João ensinou aos seus discípulos"(Lucas 11.1). O que temos
diante de nós é um pedido claro de um
discípulo que deseja aprender como orar. Ele faz do seu desejo também o desejo
dos seus companheiros (ensina-nos) e isto nos levam a refletir sobre o porquê deste pedido. Será
que eles não oravam? Ou será que não tinham convicção de que Deus os ouviria? O
que podemos aprender com esta situação? O que o Senhor tem a nos ensinar?
Sabemos que os discípulos
eram homens religiosos e por isso acostumados à oração. Os judeus separavam
três momentos do dia para orar. Mas ao contemplarem o Senhor Jesus orando descobriram
que faltava alguma coisa em suas orações. Eles reconheceram que a oração de
Jesus era cheia de poder e profundamente espiritual ao passo que as deles eram
formais, cerimoniais. Faltava-lhes intimidade com o Pai e por isso pediram ao
Senhor que os ensinasse a orar. Vemos neste pedido um sinal de quem deseja
crescer espiritualmente.
O pedido dos discípulos tem
sido o seu pedido? É necessário que aprendamos a orar a fim de que Deus nos
responda quando a Ele intercedermos. Você sabe do que é composta uma oração?
Você sabe qual é o padrão que ela deve atingir?
Nós precisamos, como os
discípulos, buscar o Senhor, para que Ele nos ensine a orar. Necessitamos da
escola do mestre da oração. Precisamos
do Espírito Santo para aprender a orar e alcançarmos a maturidade
espiritual. Na oração modelo(Lucas 11.1-4; Mateus 6.9-13) estão gravados os
princípios que você e eu devemos viver, se realmente quisermos crescer através
da oração. Você quer isto para a sua vida? Então peçamos a Jesus: "...Senhor, ensina-nos a orar...".
Pai nosso que
estás nos céus. Há alguns princípios a
serem aprendidos nesta expressão inicial da oração modelo ensinado por Jesus
aos seus discípulos.
O primeiro deles é que o Deus a quem dirigimos nossas orações é um Pai
amoroso. Sim
Deus é pai. Você tem de reconhecer isso para que sua oração chegue até Ele. Ele
é um pai perfeito, muito acima daqueles que conhecemos aqui. O que acontece com
aquele indivíduo que ainda não aceitou a Jesus como Senhor e Salvador e mesmo
assim procura falar com Deus em oração? Será que Deus atende a oração daqueles
que não são seus filhos? Mateus usa a expressão Pai e isso cria uma proximidade
entre o Deus Todo-Poderoso e nós pequeninos mortais numa relação de pai e
filhos. Nós nos dirigimos a Ele como crianças que pedem aos seus pais alguma
coisa para suprir suas necessidades. Deus é um pai amoroso que cuida de seus
filhos com toda dedicação.
O
segundo princípio desta expressão é que a oração verdadeira tem o seu direito e
a sua motivação garantida pelo Espírito Santo. Leia :(Romanos 8.15) e (Gálatas
4.6).
A ignorância e a desobediência ao Espírito explicam
em grande parte o motivo porque tão poucos membros da igreja se matriculam na
escola da oração. Sim o Espírito Santo de Deus é o nosso grande ajudador no
ministério de oração. Andar nEle e viver motivado por Ele são um bom sinal de
comunhão com o Pai nosso que está nos Céus mas que enviou-nos o seu Santo
Espírito Consolador, Intercessor.
O terceiro princípio nos ensina que quando
oramos ao nosso Pai o fazemos em companhia dos nossos irmãos. A oração não dever ser um instrumento
somente de uso exclusivo mas coletivo também. O "nosso" indica que
nos aproximamos do Trono da Graça do Senhor juntamente com os nossos irmãos. A
família de Deus, o corpo de Cristo, clama ao Pai celeste pelas necessidades
terrenas e temporais e assim fazendo honra ao Seu Senhor. A Oração comunitária é um poderoso agente para a
transformação de realidades adversas e para o crescimento da Igreja. Será que
uma pessoa que, tendo disponibilidade de tempo, não participa das reuniões de
oração está agindo corretamente? Lembremo-nos do exemplo dos primeiros cristãos
que coletivamente "perseveravam
nas orações".
O
quarto princípio indica que o Pai está nos céus e nós devemos nos sujeitar às
suas prioridades. Este ensino era conhecido pelos discípulos, "mas buscai
primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas"(Mateus 6.33). Será que é conhecido e
praticado pelos crentes atualmente? Ele nos orienta a buscarmos com sabedoria a
vontade do Pai celestial a fim de que os nossos desejos ou necessidades sejam
concedidos pela resposta a oração feita pela fé em nome de Jesus e de acordo
com a vontade de Deus. Sejamos agradecidos porque o Pai é nosso e os Céus
também, mas enquanto ainda vivermos na terra
creiamos que Ele continua interessado em cada detalhe referente a nossa
vida e não abandonemos a prática da oração porque o Pai quer uma intima
comunhão Ele.
Santificado
seja o teu nome, ao
meditar sobre a expressão "santificado
seja o teu nome" compreendo que ela nos ensina que o nome de Deus deve ser
honrado e glorificado e creio que isto ocorrerá se a maneira como nós
vivermos santificar o nome exaltado acima de todos os nomes. Proferir o nome de
Deus em vão é algo proibido conforme o terceiro mandamento(Êxodo 20.7)e quando
Jesus usa essa expressão na sua oração deseja que evitemos a profanação do nome
do Senhor. Isto se torna possível quando buscamos um compromisso de santidade
em nosso viver e a medida que caminharmos rumo à santidade o gesto de falar e
de se identificar com o nome de Deus produzirá honra e glória ao Senhor.
É possível compreender
também através desta oração que há uma
imensa distância entre a perfeição de Deus e as nossas impurezas. E por isso "pecadores falhos
nunca serão capazes de santificar o nome de Deus. Jesus tornou clara esta
verdade, colocando o verbo 'santificar' na voz passiva. Só Deus o único que é
santo em si, pode separar o seu bendito nome da imundície moral que sempre se
associa na prática com os portadores do seu nome". Mas a Palavra de Deus
nos ensina o que? Leia: (1 Pedro 1.3,23) , Tiago 2.7, Mateus 5.48
,. Hebreus 12.14., Filipenses 4.7. e 2
Tessalonicenses 2.13
"Santificado" quer
dizer "tornado santo", "reverenciado" e ao ensinar aos seus
discípulos Jesus está dizendo que os homens santificarão o nome de Deus se
reverenciarem este Deus através de suas vidas e não somente por seus lábios.
Esta expressão no meu
coração reafirma a convicção plena da
santidade de Deus e a partir dela procuro me alegrar pois o único Deus, o
Todo-Poderoso, o Santíssimo está ao
alcance de minhas orações e das suas também. O Deus santo ama os homens
pecadores que uma vez confessos dos seus pecados, arrependidos de suas más
ações e trilhando os caminhos do Senhor têm a oportunidade de orar sem profanar
o Santo Nome de Deus e receber das mãos divinas as bênçãos desejadas.
Venha o teu reino. Quando dizemos em nossas orações "venha o teu
reino" significa que devemos
submeter à vida e os interesses todos ao querer de Deus. Esta frase
apresenta o ideal de Jesus de ver o reino de Deus realizado no coração dos
homens que se sujeitam ao seu Pai. Nesta dimensão espiritual do reino de Deus
observamos que quando dobramos os joelhos e suplicamos a vinda do seu reino,
reconhecemos sua soberania e desejamos que Ele, e não o pecado, governe os
nossos passos. Cremos que a vitória de Cristo na cruz foi uma vitória de cada
um de nós(Romanos 6.14) e a partir daí passamos a ser súditos do Rei (Romanos
6.18). Então, toda vez que eu orar desejando que o reino de Deus seja
estabelecido devo colocar o trono do meu coração à disposição do Senhor.
Revela também esta expressão
o desejo de Jesus de ver o reino de Deus estabelecido sobre a face da terra.
Pensemos aqui em termos de espaço geográfico sob o domínio do Senhor
conquistado a partir da expansão da igreja e da realização de sua missão. “O
reino de Deus se constitui em sua soberania e domínio, o que já é um fato sobre
o universo e a História, porém deve-se lhe apresentar o desejo de vê-lo
crescente e triunfante até o final, no governo de Deus sobre a terra, na volta
de Cristo. A esse reino deve já estar submisso àquele que ora”
Seja feita a tua vontade. Outra prioridade que Jesus tinha em seu modelo de
oração era enfatizar a necessidade de
que à vontade do Pai, seus preceitos e desígnios fossem obedecidos e cumpridos
na terra. Isto nos faz aceitar o fato de que a nossa vontade há de ceder
ante a vontade divina. "Querer que a vontade de Deus prevaleça significa a
disposição da igreja de submeter-se ao que Deus quer. Esta vontade divina,
porém não se realiza na terra como no céu, unicamente por causa da rebelião e
pecaminosidade do homem. A vontade de Deus é a santificação da igreja. Ele
deseja o louvor e a gratidão do seu povo". Mas por que devemos colocar a
vontade de Deus acima da nossa vontade? Para esta resposta observaremos o
ensino de Paulo em Romanos 12.1,2.
Primeiro porque a vontade de Deus é boa e não
permite que nossas vidas sejam moldadas pelos padrões injustos do mundo(v.1). É
assim que pensamos? Se crermos que realmente a vontade de Deus é boa eis uma
razão para desejar que ela seja feita aqui na terra entre cada um de nós. O
propósito da vida transformada (cristã) é comprovar que a vontade de Deus é
boa. Isto já aconteceu de certo modo no início quando desistimos da velha vida
e nos entregamos a Deus pela fé em Jesus porque queríamos a vida abundante,
plena, nova que Ele oferece. Porém, é preciso buscar essa boníssima vontade
divina para que ela seja o centro de nossas vidas. É este o alvo de sua vida?
Você precisa crer que a vontade de Deus sempre será melhor do que a sua vontade
e por isso busque-a diariamente.
Segundo
porque à vontade de Deus é agradável e não nos trará nenhuma insatisfação.
"Paulo fala para nós experimentarmos a vontade de Deus. Isto é a essência da
espiritualidade. Quando o crente deixa de controlar a si mesmo, entrega-se como
sacrifício vivo, e passa a experimentar a vontade de Deus, ele já está andando
com Deus. Ele já está vivendo no Espírito" Sim a vontade de Deus é
agradável e o cristão orgulhoso quer que a sua própria vontade seja cumprida,
mesmo que ela não seja tão boa, nem agradável, nem santa. Que ignorância a
nossa trocar a vontade agradável do Senhor pelos caprichos e teimosias de cada
um de nós. É preciso deixar bem claro que isto nos impedirá de ter comunhão com
o Senhor e mesmo que oremos para que Ele faça a nossa vontade não haverá
resposta pois o que Deus deseja ouvir é "seja
feita a tua vontade aqui na terra como no céu".
Terceiro
porque a vontade de Deus é perfeita e realizá-la garante-nos a segurança que
almejamos. Em todos os níveis devemos buscar a vontade de
Deus(profissão, casamento, vocação ministerial, etc.). Não a encontraremos sem
antes entregarmos no altar o nosso sacrifício(nossas próprias vidas) e nos
livrarmos do conformismo com o mundo. Nos céus o lugar da perfeição a vontade
de Deus já é realizada, aqui na terra a imperfeição que nos caracteriza será
dissipada a partir do momento que permitirmos que esta perfeita vontade divina
torne-se a nossa vontade. Quando orar peça esta vontade divina e ao descobri-la
comprometa-se com o Senhor para que Ele através do Seu Espírito Santo lhe ajude
a realizá-la.
O
pão nosso de cada dia nos dá hoje. Na oração não devem ser
consideradas realidades ou necessidades apenas espirituais, mas também os
materiais e físicas. Devemos confiar que o nosso Senhor continuará provendo nossas
necessidades diariamente e por isso a ansiedade não deve fazer parte do nosso
vocabulário. Leia Mateus 6.25-34 e destaque os aspectos mais relevantes do
texto segundo a sua compreensão: O pão representa o necessário para a
subsistência, para o suprimento de necessidades básicas. Necessidades pelas
quais não devemos ficar desesperados, mas que devemos admitir perante Deus em
nossas orações. A idéia do tempo verbal é a do presente contínuo,
"continua dando", e a expressão "de cada dia" torna claro
que devemos confiar em Deus constantemente, e não pedir suprimentos por um
longo período e então esquecer-nos dEle.
Os
cristãos devem viver num estado de contínua dependência de Deus. O
que você pensa sobre ter que depender de alguém? Normalmente os homens não
gostam da idéia de dependerem de alguém e tão logo que possível proclamam sua
independência em relação aos pais, patrões, etc. Este sentimento de não
depender de ninguém é alimentado na sua relação com Deus o que consiste num
erro tremendo. Pois é esta relação de dependência de Deus que nos acompanhará
durante a nossa existência porque nela desfrutaremos da providência divina que
não permitirá que andemos ansiosos. Ligados ao Senhor e priorizando a Sua
vontade reconheceremos a soberania divina que mostrará o melhor caminho para
resolver os nossos problemas. Se Ele através de sua Onisciência já sabe de
todas as coisas que precisamos, por que abrir mão dos seus cuidados?
Esta
expressão comunica também o fato de que devemos agradecer ao Senhor por sua
fidelidade. Devemos ao pedir o pão de cada dia agradecer pela
providência divina em nos dar muito mais do que pedimos. O que você tem a dizer
a uma pessoa que não agradece, ou em outras palavras, é um ingrato? As bênçãos
de Deus não são compradas, são dadas gratuitamente. Não podemos ficar esperando
para agradecer depois, é necessário que o agradeçamos em tudo e sempre. Ao
orarmos agradeçamos a Deus pelo alimento que necessitamos hoje e confiemos que
Ele suprirá as necessidades de amanhã. O Senhor é fiel e não deixará que os
seus filhos, que são mais importantes do que os lírios e as aves, passem por
dificuldades maiores do que podem suportar.
Jesus
queria que seus discípulos desenvolvessem uma confiança inabalável no cuidado
paternal de Deus e isso deve ser um desafio para nós também. Confiemos no Pai celestial,
dependamos do Senhor e agradeçamos por seu amor manifesto em cada cuidado que
Ele dispensa sobre cada um de nós. Temos de unir nossas vozes e digamos assim:
Senhor ensina-nos a orar! Ensina-nos a confiar! Ensina-nos a depender!
Ensina-nos a agradecer!
Perdoa-nos
as nossas dívidas. Quando
em nossas orações pedimos perdão pelos nossos pecados, estamos sendo
habilitados a aproximar-nos do trono da graça através de Cristo Jesus. A obra de Cristo na cruz
garante-nos o perdão divino pois nela nós somos justificados. "A partir do
momento em que cremos nEle, somos perdoados, nossa culpa é removida e nos
encontramos diante de um Deus cuja justiça foi satisfeita, o que O libera para
derramar sobre nós a sua graça e amor". "Se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é justo: perdoará o nosso pecado e nos limpará de toda
maldade"( 1 João 2.9 ). E uma vez limpos podemos dirigir nossas
vozes ao Pai celeste que nos ouvirá. Destaque as principais atitudes descritas
em 2 Crônicas 7.14 para quem deseja ter suas orações respondidas por Deus:
Por
outro lado, não temos direito de pedir perdão a Deus se não estamos dispostos a
perdoar os que nos ofendem. "... Sejam bons e delicados uns com os outros.
E perdoem uns aos outros, como Deus, por meio de Cristo, perdoou
vocês"(Efésios 4.32 ). Você perdoa facilmente os que te ofendem ou magoam? É necessário
encararmos, e com toda sinceridade, todos os ressentimentos que estivermos
abrigando contra alguém. O que desejo mostrar é que o perdão vertical (no
relacionamento com Deus) só poderá ser alcançado se praticarmos o perdão
horizontal (no relacionamento com o homem). Isto não pode ser esquecido. E para
que estejamos motivados a perdoar basta que meditemos sobre como Deus nos
perdoa e a medida em que pudermos enxergar o perdão divino a nós dirigido,
também teremos capacidade para perdoar os outros.
Não
podemos inverter a ordem das coisas pensando que o perdão ao semelhante é a
base para o perdão divino. A ação humana de perdoar não
dirige a ação divina de perdoar. Por outro lado, quando não perdoamos o que
acontece em nosso relacionamento com Deus? "O Novo Testamento deixa claro
que o perdão brota da graça de Deus e não de qualquer mérito humano. Pelo
contrário, o pensamento avança do menor para o maior: visto que até mesmos
homens pecaminosos como nós podem perdoar, podemos aproximar-nos confiantemente
de um Deus misericordioso”. E se Deus não perdoa alguém que não é capaz de
perdoar o faz porque é justo.
A
dinâmica do perdoar exige capacidade de amar. O amor sim é o que nos capacita a perdoar e nele
encontramos as condições para exercer a reconciliação quando somos os ofensores
e o perdão quando somos os ofendidos. Leia Mateus 18.21 e descreva a quantidade
de vezes que você deve perdoar alguém que te ofenda ou prejudique. A
responsabilidade cristã de perdoar não está limitada por um número de vezes e o
Senhor fica indignado quando nos esquecemos do perdão que Deus nos oferece e
não nos dispomos a amar o semelhante através do gesto do perdão. Ele diz que
seremos castigados pelo Pai celestial (Mateus 18.22-35). Negar o perdão é uma
atitude hipócrita e Deus não ouvirá a oração de um hipócrita. O que você acha
disto?
Não
nos deixe cair em tentação. Esta
expressão nos alerta a segurarmos nas mãos de Deus quando a tentação vier pois
Ele é poderoso para nos livrar do maligno. A maior arma de satanás para nos induzir à tentação
é enfraquecer a nossa fé. Como você resiste as tentações? Quais são as suas
estratégias? Toda vez que alguma dificuldade ou tentação se aproximar de nós
devemos ao mesmo tempo resisti-las e clamar pela ajuda do Senhor. Isto porque
"sabemos que todas as vezes que duvidamos das promessas de Deus contidas
na sua palavra, de sua presença conosco, de seu amor e de sua fidelidade, ou de
que Ele ouve as nossas orações, estamos sendo alvo das tentações mais fortes de
satanás. Devemos em tais ocasiões resistir-lhe firmes na fé em nosso Deus” .
Esta
expressão nos assegura que a tentação não é uma obra de Deus. "Quando
alguém for tentado nesses momentos de aflição, não diga: 'esta tentação vem de
Deus'. Porque Deus não é tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas
uma pessoa é tentada quando é atraído pelos seus próprios mau desejo. Então
esses desejos fazem nascer o pecado, e o pecado, quando já está maduro, produz
a morte” (Tiago 1.13-15). Ela contém o desejo do homem de ser liberto do mal, ou do maligno. E
devemos expressar este desejo contínuo de sermos livres da influência e do
poder do maligno suplicando ao Senhor que não permita que caiamos diante do
tentador e que sejamos libertos das maldosas armadilhas por ele preparadas.
Um outro conceito importante é que Deus na sua soberania e autoridade
nos livra do maligno. O exemplo de Jesus Cristo é a prova viva de que podemos resistir as
ciladas do inimigo e nos aponta uma saída: "pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso
para socorrer os que são tentados” (Hebreus 2.18). Todos nós somos
tentados, e muitas vezes não resistimos à tentação. Quais são as tentações que
fazem de você uma pessoa vulnerável a ação do maligno? Jesus foi tentado por
satanás e o venceu com o poder da Palavra de Deus. Sendo vitorioso, Cristo pode
nos socorrer nas tentações. Ele quer nos ensinar hoje que podemos vencê-las
pela sua palavra, pela oração e pela resistência. Caros irmãos quanto mais nos
aproximarmos do Senhor, maior será a iniciativa de satanás em nos perseguir.
Continuemos firmes segurando nas mãos do Senhor crendo no seu poder, buscando a
sua vontade, orando e vigiando para que não caiamos diante da tentação.
Porque
teu é. A oração é um
momento de contato, de experiência pessoal com a grandiosidade de seus
encontros com a soberania de Deus. Momento portanto, de
glorificá-lo, não como um ídolo frio e estático, produzido por mãos humanas,
mas como aquele que confere vida. Vários textos bíblicos nos exortam acerca
desta soberania do Deus a quem dirigimos nossas orações; você é capaz de
mencionar alguns deles? O que esta
expressão final da oração modelo nos apresenta é que este Deus soberano tem um
reino e nós fazemos parte dele. O Senhor é o único que deve reinar em
nossos corações, que contritos buscam a sua face; corações que inundados de
temor se aproximam do trono da Sua graça.
Ainda
podemos compreender que o Senhor reina com poder. Isto nos garante que nada é
impossível para o nosso Deus. Cria em nossos corações a confiança inabalável de
que os meus desejos podem ser concretizados pela mão poderosa do nosso Deus,
desde que sejam segundo a sua vontade soberana. Por isso a exortação do
Apóstolo Pedro faz sentido quando diz "humilhai-vos,
pois, debaixo da potente mão de Deus; para que a seu tempo vos exalte"(1
Pedro 5.6). Sim o nosso Deus é o único que sabe todas as coisas(Onisciência),
está em todos os lugares(Onipresença), e pode todas as coisas(Onipotência).
Uma
outra lição é que a este Deus, a quem oramos, pertence a glória. Então se
existe alguém que deve ser honrado, louvado e glorificado este alguém é o Deus
Criador e Sustentador de todas as coisas, Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A nós cabe
glorificá-lo pelas vitórias alcançadas e perseverar na vida de oração e
confiança nEle(Romanos 12.12c). Por que perseveraremos na oração? Primeiro,
porque além de tudo o que aprendemos até aqui, ela é um meio de mantermos
comunhão com o nosso Pai celestial. Segundo, se assim procedermos, provamos que
confiamos em seu poder e providência. Terceiro, Deus sempre age em favor
daqueles que permanecem unidos a Ele pela oração constante. Caros irmãos se ao
iniciarmos esta lição dissemos "Senhor, ensina-nos a orar" agora é
hora de continuarmos a dizer: "Senhor, ajuda-nos a perseverar".
Artur Bueno
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