A
ORIGEM DO APELIDO "CRISTÃO"
QUE SIGNIFICA A PALAVRA "CRISTÃO"
O significado para a palavra cristão hoje é bem diferente do significado
usado nas escrituras. Hoje, qualquer um que segue uma religião denominada
"cristã", acha se no direito de dizer que é um cristão. Alguns são
tão depravados em sua forma de viver que de maneira nenhuma fazem jus a essa
palavra. Outros são tão errados biblicamente e mesmo assim insistem em achar-se
cristãos. E aí está o problema: O próprio indivíduo achar-se um cristão quando
não o é.
A palavra cristão como é usada na bíblia é um apelido. E este apelido
referia-se aos crentes que andavam de uma forma digna. A conduta (dentro da
família e da sociedade), a transformação interior e exterior, sucediam a
profissão de fé destes crentes. Tamanha era a transformação que se tornavam
impossíveis de não serem notados. Então a própria sociedade, testemunhando esta
transformação, chamava-os de "cristãos". Assim, ser apelidado de
cristão seria uma grande honra a qualquer crente.
É errado, mesmo numa igreja considerada correta, chamar pessoas não
regeneradas de cristãos. Não vemos na Bíblia um só exemplo dos apóstolos
considerarem verdadeiros crentes aqueles que ainda viviam no pecado. Paulo nos
dá um grande exemplo disso em I
Co 6,9-11; quando fala que: "Os injustos não herdarão o
reino de Deus", e numa lista muito ampla dá exemplo do que é ser um
injusto: "Não vos enganeis, nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem
efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores, herdarão o reino dos céus, e tais fostes alguns de
vós". Alguns Coríntios foram achados nos pecados mencionados acima. Foram!
Mas o sangue de Jesus lavou-os, santificou-os e os justificou. O pecado era
coisa do passado na vida destes crentes. Achar que se é um cristão por
pertencer a uma igreja denominada de cristã é um grande erro. A maior igreja
cristã do mundo tem um bilhão e duzentos milhões de fiéis. Todos idólatras, ou
então não estariam lá. Herdarão os mesmos o reino dos céus? Se não herdarão os
reino dos céus porque é certo chamá-los de cristãos?
O verdadeiro significado da palavra "cristão" não está tanto
neste lindo apelido. Está na pessoa que aceita Jesus como seu salvador e vive
dignamente como um verdadeiro discípulo do Senhor Jesus Cristo.
A palavra cristão também não é um nome próprio dado por Jesus aos seus
discípulos. Ele jamais chamou um de seus apóstolos ou qualquer outra pessoa de
"cristão". Ele simplesmente chamava-os de "discípulos" ou
"seguidores". Esta palavra, no sentido que é usada na Bíblia, é nada
mais e nada menos que um apelido dado aos discípulos ou membros da igreja de
Jesus Cristo.
ONDE SURGIU PELA PRIMEIRA VEZ
O apelido "cristão" surgiu pela primeira vez na cidade de
Antioquia em referencia aos discípulos de Cristo naquela cidade (At 11,26).
Foram assim chamados pelos moradores daquela grande metrópole devido ao bom
exemplo que davam e por sempre testemunhar a respeito de Jesus. Desde então o
apelido pegou e suplantou os outros apelidos que eles tinham, como por exemplo
o de "nazarenos", apelido pelo qual eram conhecidos os discípulos
pelos judeus (At 24,5).O apelido cristão generalizou-se de tal forma que em
pouco tempo todos os membros das igrejas de Cristo foram assim chamados. Não
houve outro que representasse tão bem os discípulos de Cristo até meados do
terceiro século, período no qual houve a necessidade de acrescentar um
sobrenome a este apelido.
Até o século terceiro não havia nenhuma instituição denominacional como
temos hoje. Não havia a Igreja Católica, ou a Igreja Batista, ou a Igreja
Anglicana. Havia apenas a Igreja de Jesus Cristo, e como vimos, seus membros
foram apelidados de cristãos. Jesus, ao instituir sua igreja, nunca chamou-a
por um nome como Católica ou Batista. Chamava-a de "minha igreja"
(Mat. 16,18), ou quando muito, colocava o nome da cidade onde ela se
encontrava, "Igreja de Esmirna" (Apoc. 2,8).
O CRESCIMENTO DOS CRISTÃOS PRIMITIVOS
O crescimento dos cristãos foi espantoso. O núcleo formado por Cristo em
Jerusalém se espalhou para a Judéia, Galiléia e Samaria. Não tardou muito e o
evangelho atravessou as fronteiras da Palestina atingindo a Síria, Chipre e
toda a Ásia Menor. Mais algum tempo e toda a costa norte e sul do mediterrâneo
possuía grandes centros de cristãos. Nos lugares mais longínquos não seria tão
difícil encontrar um cristão professando a fé bíblica.
O crescimento inicial foi conseqüência do espírito missionário que havia
no coração dos apóstolos. Esse espírito foi transmitido a primeira geração de
convertidos, os quais, até o segundo século, conseguiram espalhar o evangelho
em quase todo o mundo conhecido. O fator de não ter um local específico para a
reunião de cultos (ainda que havia um lugar especial onde eles se reuniam aos
domingos, e a julgar pelo que diz Paulo era sempre no mesmo local - I Co 11,18
e 20 ), facilitava o esparramar do evangelho. O costume de prédios par as
igrejas favorece no conforto e na questão denominacional, mas desfavorece no
sentido de trazer novas pessoas a Jesus. A julgar pelas escrituras será preciso
as igrejas verdadeiras repensarem o fator prédio.
AS PERSEGUIÇÕES SOFRIDAS PELOS CRISTÃOS ATÉ 313 D.C.
O crescimento veio acompanhado do ciúmes do judaísmo e das religiões
pagãs, sendo as últimas protegidas pelo império. De princípio o judaísmo
perseguiu e fez vítimas como Estevão e o apóstolo Tiago. Décadas depois o
paganismo entrou em ação, e com o apoio dos imperadores, suas vítimas chegaram
aos milhões. Trajano, imperador entre 98 a 117, decretou um ofício em que o
cristianismo em si já constituía um crime, e todos que nele fossem encontrados
deveriam ser julgados e punidos com a morte. Ofícios como este voltaram a ser
decretados por outros imperadores, e bem como este davam força às religiões
pagãs para tentarem destruir a igreja de Cristo.
Entretanto as igrejas permaneciam de pé e aumentando cada vez mais.
Tertuliano, escreveu certa vez que: "o sangue dos cristãos era uma
semente. Quanto mais matava mais crescia."
A perseguição teve seu lado positivo. Muitos por verem que os cristãos
sofriam as atrocidades calados tiveram curiosidade de conhecer o movimento. Ao
conhecerem diversos se convertiam ao Senhor. A perseguição ajudou a fortalecer
a fé de muitos crentes. Ë certo que muitos se desviaram, mas os fiéis se
tornaram ainda mais fiéis. Além do que, foi preciso formar um cânon do Novo
Testamento, pelo qual, foi regida a igreja primitiva e tem sido regidas as
verdadeiras igrejas de Jesus até o presente.
Estas igrejas eram na sua maioria igrejas fiéis. Sempre houve as erradas.
Desde o tempo apostólico as heresias entraram e permaneceram em algumas igrejas
de Cristo. Infelizmente as heresias cresceram de tal forma que por causa delas
houve no terceiro século uma grande desfraternização das igrejas cristãs.
AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)
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