A Ordem Divina
Quanto ao sustento do Pastor
" Digno
é o obreiro do seu salário "(1 Tm 5.18).
O Segundo
ponto do confronto doutrinário que estamos apresentando é o do título. A
palavra de Deus é muito clara a esse respeito, quando diz :"Digno é o
obreiro do seu salário" (1 Tm 5.18 ).
O Assunto de
que tratamos neste capítulo merece um esclarecimento maior, por ser de caráter
controvertido, principalmente entre certos grupos evangélicos que não aceitam o
ministério nem o pastorado na igreja tal qual é ensinado nas escrituras para
combaterem o ministério do pastor,tais pessoas se apóiam em alguns fatos e na
forma como o apóstolos Paulo procedeu em relação aos coríntios, sem entretanto,
atentarem para o modo como agiu com outras igrejas. A fim de não ser pesado aos
coríntios, isto é, para favorecê-los, teve de receber de outras igrejas, quiçá
mais necessitadas. Paulo mesmo declarou aos coríntios, ao sentir o espírito
mesquinho e avaro de alguns: "Outras igrejas despojei eu para vos servir,
recebendo delas salário" (2 Co 11.8). Eis aí a reprovação do apóstolo ao
egoísmo e à avareza de alguns da igreja de Corinto, em cujo exemplo se baseiam
aquelas que rejeitam o sustento do pastor pela igreja. Portanto saibam esses
que Paulo não apoiou tal ensino nem apoiaria em nossos dias.
O apóstolo
recebeu salário de outras igrejas para servir aos Coríntios. A declaração que
ele fez condenando-lhe a atitude de recusarem sustento aos obreiros, atinge
também os desordenados que, em nossos dias, possuem o mesmo espírito.
- Acaso não
basta essa declaração tão explicita de Paulo para provar que obreiro é digno de
sustento?
O argumento
que apresentam os que não concordam no sustento do ministério da igreja é que o
obreiro deve trabalhar e ganhar o pão com suor e esforço. - Ora, acaso o
trabalho de pastor, constante interesse pela igreja, sua atividade incessante
para atender a tudo e a todos, não é uma função espinhosa e dura a de suportar?
Ás vezes não é só o suor, são também as lágrimas, o preço que o obreiro paga
para servir a Deus e á igreja (1 Co 9.26,27 ; Fp 2.17).
Note-se que
Paulo, nesse caso de sustento de obreiros, não louvou os coríntios; ao
contrário, censurou-os. - Como, então proceder contra o ensino de apóstolo para
justificar a recusa de sustento ao obreiro? Quando Paulo expressou seu
pensamento acerca desse assunto em 1 Coríntios 9.6, deixou perceber que na
igreja de Corinto havia obreiros remunerados. Esse pensamento mais se acentua
nos versículos 12 e 13, onde ele declara ter o mesmo direito que outros têm de
participar do sustento.
Se Paulo não
recebeu sustento dos coríntios, foi por causa da dureza e cegueira d alguns,
mas teve de receber salário de outras igrejas, teve de despojá-las para cuidar
dos coríntios.
"Outras
igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salários", foi o que
Paulo disse aos coríntios, quando alguns manifestaram cartas objeções certas
objeções. Essa declaração não deixa qualquer dúvida quanto aos ensinos de Paulo
acerca do sustento do obreiro, e é completada por esta outra "Assim
ordenou o Senhor aos que anunciam o Evangelho que vivam do Evangelho" (1
Co 9.14). Não há argumentos nem suposições que destruam o que Paulo ensinou. Se
acaso Pulo não usou do direito que tinha de viver do Evangelho, por causa da
dureza de alguns, contudo, não de recomendar e ensinar que o obreiro é digno do
seu salário (Mt 10.10-12; Lc 10.7; 2 Tm 2.4-6; Tt 3.13).
Por outro
lado, o obreiro deve Ocupar-se inteiramente do seu ministério e consagrar—se ao
serviço para o q u ai foi chamado: essa é a vontade de Deus, porque agrada
àquele que o chamou e está de acordo com o que Paulo recomendou a Timóteo:
‘Ninguém que milita se embaraça com os negócios desta vida, a fim de agradar
àquele que o alistou para guerra" (2 Tm 2.4). Ora, aquele que se alistou
para a guerra tem de dedicar sua atividade a esse mister: não se pode ocupar
com atividades estranhas. Assim também o obreiro cristão: alistou-se para
servir a Deus, não deve dedicar-se a outros ministérios para não prejudicar a
causa de Cristo. Portanto, assim como o soldado recebe o sustento para servir,
o obreiro deve ser sustentado, a fim de poder dedicar-se inteiramente à obra do
Senhor.
O apóstolo
Paulo usa uma comparação para ilustrar e ensinar que o obreiro é digno de viver
do seu trabalho, isto é de receber o sustento. Escrevendo a Timóteo, disse:
"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos" (2
Tm 2.6). Com isso, Paulo queria dizer que o obreiro que trabalha tem direito a
gozar do fruto de seu trabalho.
A ordem do
Senhor ao povo de Israel foi no sentido de trazer mantimentos à sua casa. É
claro que a ordem visava à abundância para aqueles que ministravam no templo,
pois Deus nada toma para si. Quando o povo deixou de obedecer á ordem do
Senhor, os sacerdotes deixaram o templo e foram trabalhar com suas próprias
mãos (Ne 10.38,39; 13.10.11). Isso aconteceu porque faltou o sustento aos
obreiros, aos sacerdotes, àqueles que ministravam. Por fim, mais uma comparação
do apostolo para mostrar que o obreiro deve receber seu sustento: "Não ligarás
a boca do boi que debulha". É claro que Paulo se referia aos obreiros.
Portanto, no
confronto bíblico das doutrinas que alguns desordenados pregam, e claro que a
Palavra de Deus esclarece o que muitos procuram obscurecer.
Portanto, não
há dúvida quanto ao sustento dos obreiros ser doutrina bíblica. Deus mesmo
ordenou isso. Jesus Cristo confirmou e os apóstolos proclamaram. De acordo com
o que está escrito, digno é o obreiro do seu salário.
AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)
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