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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

MINISTÉRIO PASTORAL 9 - A ORDEM DIVINA QUANTO AO SUSTENTO DO PASTOR

A Ordem Divina Quanto ao sustento do Pastor

" Digno é o obreiro do seu salário "(1 Tm 5.18).
O Segundo ponto do confronto doutrinário que estamos apresentando é o do título. A palavra de Deus é muito clara a esse respeito, quando diz :"Digno é o obreiro do seu salário" (1 Tm 5.18 ).
O Assunto de que tratamos neste capítulo merece um esclarecimento maior, por ser de caráter controvertido, principalmente entre certos grupos evangélicos que não aceitam o ministério nem o pastorado na igreja tal qual é ensinado nas escrituras para combaterem o ministério do pastor,tais pessoas se apóiam em alguns fatos e na forma como o apóstolos Paulo procedeu em relação aos coríntios, sem entretanto, atentarem para o modo como agiu com outras igrejas. A fim de não ser pesado aos coríntios, isto é, para favorecê-los, teve de receber de outras igrejas, quiçá mais necessitadas. Paulo mesmo declarou aos coríntios, ao sentir o espírito mesquinho e avaro de alguns: "Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário" (2 Co 11.8). Eis aí a reprovação do apóstolo ao egoísmo e à avareza de alguns da igreja de Corinto, em cujo exemplo se baseiam aquelas que rejeitam o sustento do pastor pela igreja. Portanto saibam esses que Paulo não apoiou tal ensino nem apoiaria em nossos dias.
O apóstolo recebeu salário de outras igrejas para servir aos Coríntios. A declaração que ele fez condenando-lhe a atitude de recusarem sustento aos obreiros, atinge também os desordenados que, em nossos dias, possuem o mesmo espírito.
- Acaso não basta essa declaração tão explicita de Paulo para provar que obreiro é digno de sustento?

O argumento que apresentam os que não concordam no sustento do ministério da igreja é que o obreiro deve trabalhar e ganhar o pão com suor e esforço. - Ora, acaso o trabalho de pastor, constante interesse pela igreja, sua atividade incessante para atender a tudo e a todos, não é uma função espinhosa e dura a de suportar? Ás vezes não é só o suor, são também as lágrimas, o preço que o obreiro paga para servir a Deus e á igreja (1 Co 9.26,27 ; Fp 2.17).
Note-se que Paulo, nesse caso de sustento de obreiros, não louvou os coríntios; ao contrário, censurou-os. - Como, então proceder contra o ensino de apóstolo para justificar a recusa de sustento ao obreiro? Quando Paulo expressou seu pensamento acerca desse assunto em 1 Coríntios 9.6, deixou perceber que na igreja de Corinto havia obreiros remunerados. Esse pensamento mais se acentua nos versículos 12 e 13, onde ele declara ter o mesmo direito que outros têm de participar do sustento.
Se Paulo não recebeu sustento dos coríntios, foi por causa da dureza e cegueira d alguns, mas teve de receber salário de outras igrejas, teve de despojá-las para cuidar dos coríntios.
"Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salários", foi o que Paulo disse aos coríntios, quando alguns manifestaram cartas objeções certas objeções. Essa declaração não deixa qualquer dúvida quanto aos ensinos de Paulo acerca do sustento do obreiro, e é completada por esta outra "Assim ordenou o Senhor aos que anunciam o Evangelho que vivam do Evangelho" (1 Co 9.14). Não há argumentos nem suposições que destruam o que Paulo ensinou. Se acaso Pulo não usou do direito que tinha de viver do Evangelho, por causa da dureza de alguns, contudo, não de recomendar e ensinar que o obreiro é digno do seu salário (Mt 10.10-12; Lc 10.7; 2 Tm 2.4-6; Tt 3.13).
Por outro lado, o obreiro deve Ocupar-se inteiramente do seu ministério e consagrar—se ao serviço para o q u ai foi chamado: essa é a vontade de Deus, porque agrada àquele que o chamou e está de acordo com o que Paulo recomendou a Timóteo: ‘Ninguém que milita se embaraça com os negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para guerra" (2 Tm 2.4). Ora, aquele que se alistou para a guerra tem de dedicar sua atividade a esse mister: não se pode ocupar com atividades estranhas. Assim também o obreiro cristão: alistou-se para servir a Deus, não deve dedicar-se a outros ministérios para não prejudicar a causa de Cristo. Portanto, assim como o soldado recebe o sustento para servir, o obreiro deve ser sustentado, a fim de poder dedicar-se inteiramente à obra do Senhor.
O apóstolo Paulo usa uma comparação para ilustrar e ensinar que o obreiro é digno de viver do seu trabalho, isto é de receber o sustento. Escrevendo a Timóteo, disse: "O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos" (2 Tm 2.6). Com isso, Paulo queria dizer que o obreiro que trabalha tem direito a gozar do fruto de seu trabalho.
A ordem do Senhor ao povo de Israel foi no sentido de trazer mantimentos à sua casa. É claro que a ordem visava à abundância para aqueles que ministravam no templo, pois Deus nada toma para si. Quando o povo deixou de obedecer á ordem do Senhor, os sacerdotes deixaram o templo e foram trabalhar com suas próprias mãos (Ne 10.38,39; 13.10.11). Isso aconteceu porque faltou o sustento aos obreiros, aos sacerdotes, àqueles que ministravam. Por fim, mais uma comparação do apostolo para mostrar que o obreiro deve receber seu sustento: "Não ligarás a boca do boi que debulha". É claro que Paulo se referia aos obreiros.
Portanto, no confronto bíblico das doutrinas que alguns desordenados pregam, e claro que a Palavra de Deus esclarece o que muitos procuram obscurecer.
Portanto, não há dúvida quanto ao sustento dos obreiros ser doutrina bíblica. Deus mesmo ordenou isso. Jesus Cristo confirmou e os apóstolos proclamaram. De acordo com o que está escrito, digno é o obreiro do seu salário.

AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)

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