A ORDEM DA SALVAÇÃO
(8 Estudos)
CHAMADO
ESTUDO
1
- INTRODUÇÃO
- A Ordem da Salvação é
um termo latino Ordo Salutis "descreve o processo por meio do
qual a obra de salvação, produzida em Cristo, se cumpre em forma
subjetiva nos corações e vidas dos pecadores".
- É um processo
unitário efetuado por Deus em vários movimentos.
- A Bíblia não
específica exatamente uma Ordem de Salvação. Esta ordem é compilada pelos
teólogos.
- Este estudo toma por
base a obra básica de Louis Berkhof, com a inclusão de outros autores reformados.
- O Ordem da Salvação
começa como o chamado, também conhecido como vocação.
- O CHAMADO EM GERAL
- A Trindade está
envolvida em o nosso chamado:
- Deus, o Pai: 1 Co
1.9; 1 Ts 2.12; 1 Pd 5.10
- Deus, o Filho: Mt
11.28; Lc 5.32; Jo 7.37
- Deus, O Espírito
Santo e a palavra: Mt 10.20; Jo 15.26; At 5.31-32
- Geralmente nós temos
dois aspectos do chamado. Um é conhecido como Chamado Geral ou Externo
e o outro é o Chamado Eficaz ou Interno.
- Chamado Geral:
É designado pelos teólogos como vocatio realis. Este é um chamado
que vem a todas as pessoas através da natureza e da história. Estas duas
coisas apontam para a existência de um Criador, sem contudo mostrar o
caminho da salvação ou as obras de Cristo. Ver Salmos 19.-14; Rm
1.19-21.
- Chamado Eficaz:
É designado pelo teólogos como vocatio verbalis. A sua definição
poderia ser: "O ato bondoso de Deus por meio do qual ele convida os
pecadores para que aceitem a salvação que se oferece em Cristo
Jesus".
- Este chamado se dá
pela pregação da palavra de Deus.
- Na teologia
Reformada o chamamento do evangelho não é efetivo em si mesmo; porém se
faz eficaz mediante a operação do Espírito Santo quando aplica a
palavra salvadora ao coração do ser humano, e se aplica desta maneira
somente nos corações e na vidas dos eleitos.
- A salvação é uma
obra de Deus desde o seu princípio. Deus, através da sua graça capacita
a pessoa a atender o chamado do Evangelho.
- No chamado não
existe nada no ser humano que possa dar início a este processo.
- ASPECTOS DO CHAMADO (G.
W. Bromiley)
- O alvo do
chamado. Nós somos chamados para a salvação, santidade e fé (2 Ts
2.13ss); para o reino e glória de Deus (1 Ts 2.12; para uma herança
eterna (Hb 9.15); para a comunhão (1 Co 1.9) e serviço (Gl 1).
- Os meios do
chamado. Chamados através da graça (Gl 1.15); do ouvir o evangelho (2 Ts
2.14; Rm 10.14ss). O Espírito Santo é o mediador do chamado através do
evangelho (1 Ts 1.15).
- A base do
chamado. Estabelecido conforme 2 Tm 1.9. Não as obras mas o propósito e
graça de Deus in Cristo Jesus desde o princípio para o chamado divino.
- A natureza do
chamado. O chamado não será revogado (Rm 11.20); um chamado para o alto
(Fp 3.14; celestial (Hb 3.1); santo (2 Tm 1.9); associado com esperança
(Ef 4.4). Os crentes são chamados a viver de acordo com o chamado (Ef 4.1;
cf. 2 Ts 1.11).
- UM CHAMADO QUE ENGLOBA
TODA A VIDA
- Existe a tendência de
separar os chamados de Deus: um chamado para a salvação e outro para o
serviço.
- K.L. Schmidt insiste
que no NT existe somente um chamado, ou seja: para ser cristão.
- Karl Barth argumenta
que o chamado na Escritura nunca existe solitariamente excluindo a
santificação e o serviço.
- O chamado em si mesmo
não muda, somente a forma e a esfera onde ele é exercitado.
- CONCLUSÃO
- Todos os que estão em
Cristo, foram chamados pela graça de Deus.
- Todos os chamados em
Cristo, foram chamados para o serviço a Deus, para a honra e glória da
Trindade.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
REGENERAÇÃO
ESTUDO
2
- INTRODUÇÃO
- É o mistério que
operou na nascimento de Cristo que agora opera no coração do ser humano.
- É uma obra completa
do Espírito Santo.
- OS TERMOS USADOS PELA
BÍBLIA E IMPLICAÇÕES
- O termo grego
"palingenesia" (regeneração) é encontrado em Mt 19.28 e Tt 3.5
- A idéia é melhor
expressa através do verbo "gennao". Significando gerar de novo,
conceber ou nascer: Jo 1.13; 3.3-8; 1 Pd 1.23; 1 Jo 2.29; 3.9; 4.7;
5.1,4,18.
- AS IMPLICAÇÕES DESTES
TERMOS
- A regeneração é uma
obra criadora de Deus. O ser humano é passivo por completo. O ato da
salvação está nas mãos de Deus somente.
- A obra criadora de Deus
produz uma nova vida. A pessoa é vivificada em Cristo, participando da
ressurreição, podendo ser chamada de nova criação, cf. Ef 2.8-10
- Distinguem-se dois
elementos na regeneração:
- a regeneração ou
concepção de uma nova vida
- a produção, ou
fazer nasce-la. A regeneração implanta o princípio da nova vida na alma
e o novo nascimento faz com que este princípio entre em ação.
- A NATUREZA ESSENCIAL DA
REGENERAÇÃO
- Alguns erros que
devem ser evitados neste estudo da regeneração:
- A regeneração não é
uma troca na substância da natureza humana. Não é o pecado sendo
substituído por uma outra substância.
- Não é a troca de
uma ou mais faculdades da alma, como a vida emocional
- Não é a troca por
completa ou perfeita de t oda a natureza humana quanto a não capacidade
de pecar.
- Positivamente vemos a
regeneração:
- Consiste na
implantação do princípio da nova vida espiritual no ser humano, é uma
troca radical da disposição regente da alma, que debaixo da orientação
do Espírito Santo, dá nascimento a uma vida que se move em direção a
Deus. Este princípio afeta o ser humano por completo:
- seu intelecto: I
Co 2.14-15; 2 Co 4.6; Ef. 1.18
- sua vontade: Sl
110.3; Fp 2.13; 2 Ts 3.5; Hb 13.21
- seus
sentimentos/emoções: Sl 42.1-2; Mt 5.4; 1 Pd 1.8
- É uma troca
instantânea da natureza do ser humano. Não existem estágios
intermediários entre a vida e a morte. Alguém vive ou está morto. Não é
um processo gradual como a santificação.
- Num sentido mais
restrito é uma troca que ocorre no sub-consciente. É uma obra secreta e
inescrutável de Deus que nunca se percebe diretamente pelo ser humano, a
menos que coincide regeneração com conversão.
- DEFINIÇÃO DE REGENERAÇÃO
- A regeneração é o ato
de Deus por meio do qual o princípio da nova vida é implantado no ser
humano, e que torna santa a disposição regente da alma.
- Assegura o exercício
santo para a disposição quanto ao novo nascimento.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
CONVERSÃO
ESTUDO
3
- INTRODUÇÃO
- Mediante uma operação
especial do Espírito Santo, a regeneração leva à conversão.
- A conversão pode ser
uma crise repentina e aguda na vida do indivíduo, porém, geralmente vem
de maneira gradual.
- A IDEIA BÍBLICA DA
CONVERSÃO
- Conversões Temporais
- Pessoas que não
apresentaram uma troca de coração
- A parábola do
semeador, Mt 13.21-21
- Himineo e Alexandre,
1 Tm 1.19-20
- Ver também 2 Tm
2.17-18; 4.10; Hb 6.4-6 e 1 Jo 2.19
- Conversões
Verdadeiras
- A conversão
verdadeira nasce de uma tristeza santa e desemboca em uma vida de
devoção a Deus, 2 Co 7.10.
- É uma troca cuja
raiz está na obra de regeneração. Envolve a convicção de que a primeira
direção da vida era néscia, equivocada e transtornava o curso inteiro da
vida.
- Existem dois lados
da conversão:
- Conversão ativa: É
o ato de Deus por meio do qual ele faz com que o pecador seja
regenerado em sua vida consciente, para voltar-se a Deus com
arrependimento e fé.
- Conversão passiva:
O ato consciente do pecador regenerado por meio do qual ele mediante da
graça divina volta-se para Deus com arrependimento e fé.
- Conversões Freqüentes
- Depois de
convertida a pessoa que tem uma queda temporal nos caminhos de pecado
volta-se para Deus. A sua volta para Deus pode ser chamada de conversão.
Ap 2.5, 16, 21 e 22 e 3.3, 19.
- Conversão no
sentido salvador é um ato único que não se repete.
- AS CARACTERÍSTICAS DA
CONVERSÃO
- Na conversão a pessoa
desperta para uma garantia de que todos os seus pecados estão perdoados
na base dos méritos de Jesus Cristo.
- A conversão não se dá
na vida subconsciente do pecador, mas no seu consciente. Esta conversão
está intimamente ligada com a regeneração.
- A conversão marca o
princípio consciente da morte da velha vida e o surgimento da nova vida.
O pecador, conscientemente, abandona a vida de pecado e busca a santidade
de Deus.
- No sentido mais
definido da palavra a conversão é um ato único que não se repete mais.
- O AUTOR DA SALVAÇÃO
- Deus é o autor da
conversão. Somente Deus pode ser considerado o autor da criação, Sl 85.4;
Jr 31.18; Lm 5.21.
- O indivíduo coopera
na conversão. Devemos ressaltar que existe uma certa cooperação humana na
salvação. Is 55.7; Jr
18.11; Ez 18.23, 32; 33.11; At 2.38, 17.30.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
ARREPENDIMENTO
ESTUDO
4
- INTRODUÇÃO
- Junto com a fé, são
os dois ingredientes necessários para que haja conversão.
- OS ELEMENTOS DO
ARREPENDIMENTO
- Um elemento
intelectual. Há uma mudança de opinião, um reconhecimento do pecado com a
culpa pessoal, a corrupção e a incapacidade que envolve. Ver Rm 3.20
comparado com 1.32. Se o arrependimento não é acompanhado pelos outros
elementos que se seguem, pode manifestar-se como o temor do castigo,
ainda que careça do ódio ao pecado.
- Um elemento
emocional. Há uma mudança de sentimento que se manifesta em tristeza pelo
pecado cometido contra um Deus santo e justo. Sl 51.2, 10, 14. Se é
acompanhado do elemento seguinte é uma tristeza de Deus, porém, se não é
acompanhado é uma tristeza do mundo, que se manifesta em remorso e
desespero, 2 Co 7.9,10; Mt 27.3; Lc 18.23.
- Um elemento volitivo.
Há um elemento da vontade que consiste na mudança de propósito, um íntimo
voltar-se do pecado e uma disposição a buscar o perdão e a pureza, Sl
51.5, 7, 10; Jr 25.5. O elemento volitivo inclui os outros dois elementos
e é o aspecto mais importante do arrependimento, At 2.38; Rm 2.4.
- O CONCEITO BÍBLICO DO
ARREPENDIMENTO
- As Escrituras ensinam
que o arrependimento é um ato interno e não deve confundir-se com a
mudança de vida que flui dele. A confissão de pecados e a reparação dos
erros cometidos, são frutos do arrependimento.
- Arrependimento é uma
condição negativa e não uma meio positivo de salvação. Ou seja, o
arrependimento não constituí uma obra meritória que dê bases para a
salvação. Ainda que o arrependimento seja o dever do pecador, não cumpre
as demandas da lei em relação as transgressões passadas.
- O verdadeiro
arrependimento somente existe em conjunto com a fé e jamais separado da
mesma. Os dois elementos fazem parte da mesma volta - um regresso do
pecado em direção a Deus. São partes do mesmo processo, e que se
complementam.
- OS MOTIVOS DO
ARREPENDIMENTO
- O pecador experimenta
a bondade de Deus, Rm 2.4; o amor de Deus, Jo 3.16; e o desejo ardente de
Deus em ver os pecadores salvos, Ez 33.11; 1 Tm 2.4.
- O pecador experimenta
a inevitável conseqüência do pecado, Lc 13.1-5; da demanda universal do
evangelho, At 17.30; a esperança da vida espiritual, Jo 3.16; e a
afiliação no reino de Deus, Mc 1.15.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
FÉ
ESTUDO
5
- INTRODUÇÃO
- O arrependimento é o
aspecto negativo da conversão.
- A fé é o aspecto
positivo da mesma conversão.
- O SIGNIFICADO DE FÉ
- Russell Champlin
descreve três tipos de fé:
- Fé Objetiva:
Aquilo que se acredita, isto é: o credo, o cristianismo. Uso limitado
nas Escrituras, principalmente nas Pastorais. É mais usado na teologia.
A fé objetiva só existe por causa da fé subjetiva.
- Fé Subjetiva:
A fé é depositada em Cristo, neste caso consiste na entrega da vida aos
cuidados do Salvador. A pessoa tem o desejo de ser como Cristo e o
Espírito Santo passa a operar nesta vida.
- Fé Virtude:
Resultado da fé subjetiva na vida diária (Gl 5.22).
- OS ELEMENTOS DA FÉ
- O elemento
intelectual (notitia)
- Consiste no
reconhecimento da verdade e a pessoa aceita tudo o que Deus diz nas
Escrituras, especialmente quanto a depravação total do ser humano e
acerca da redenção que há em Cristo Jesus.
- Este conhecimento
da fé é algo seguro, certo, incontestável. Hb 11.1, faz com que as
coisas invisíveis para o crente sejam realidades. A certeza dessa fé
parte do próprio Deus e nada pode abalar isso.
- Para se ter essa fé
é necessário oferecer a pessoa o mínimo para que possa exercitar a sua
fé.
- O elemento emocional
(assentimento)
- O momento
existencial da vida da pessoa que deixa de considerar o objeto da fé
como algo separado e indiferente, e começa a sentir-se vivamente
interessado por ela.
- A pessoa abraça a
fé salvadora com um profundo sentimento de aquilo é verdade. Isso
satisfaz a sua vida, sua existência.
- O elemento volitivo
(fiducia)
- É o elemento
culminante da fé. É a confiança em Cristo.
- A fé é também
assunto da vontade que determina a direção da alma, um ato da alma que
sai em direção ao objeto e o apropria.
- A FÉ PRODUZ
- Esperança, Rm 5.2
- Alegria, At 16.34; 1
Pe 2.6
- Paz, Rm 15.13
- Confiança, Is 28.16,
cf 1 Pe 2.6
- Ousadia na Pregação,
Sl 116.10 cf. 2 Co 4.13
- ALGUMAS IDEIAS SOBRE A FÉ
- Os Reformadores
ensinam que a fé que justifica não justifica por alguma eficácia
meritória ou inerente, senão que é um instrumento para receber ou reter o
que Deus prometeu nos méritos de Cristo, cf Ef 2.8-10.
- Consideraram esta fé
como um dom de Deus e somente na forma secundária, como atividade do ser
humano em sua dependência de Deus.
- A fé é mais do que
uma mera opinião. É uma certeza imediata. É uma convicção fundamentada
sobre o testemunho e envolve confiança.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
JUSTIFICAÇÃO
ESTUDO
6
- INTRODUÇÃO
- A IDÉIA DA JUSTIFICAÇÃO
- A palavra
justificação vem do latin justificare compostas de duas palavras justus
e facere e que portanto significa: fazer justo.
- Justificar no sentido
bíblico é executar uma relação objetiva, o estado de justiça, mediante
sentença judicial.
- Mediante a
imputação a uma pessoa a justiça de outra, ou seja, contando como justo
ainda que interiormente seja injusto.
- A NATUREZA E AS
CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO
- A justificação é
uma ato judicial de Deus no qual ele declara, sobre a base da justiça de Jesus
Cristo que todas as demandas da lei estão satisfeitas com respeito ao
pecador.
- É diferente dos
outros atos da ordem da salvação. A justificação não muda a vida íntima
da pessoa, não afeta a sua condição, mas sim o seu estado (posição).
Envolve o perdão dos pecados e o fato de ser restaurado ao favor divino.
Rm 5.1-10 e At 26.18.
- A justificação
remove a culpa do pecado e restaura ao pecador todos os direitos filiais
incluídos em seu estado como filhos de Deus, juntamente com uma herança
eterna.
- A justificação
acontece fora do pecador, no tribunal de Deus e não muda a vida interior
, todavia, o sentencia a voltar ao lar.
- A justificação
acontece de uma vez para sempre, é um ato único. Ou é completamente
justificado ou não é.
- A causa meritória
da justificação está nos méritos de Cristo.
- OS ELEMENTOS DA
JUSTIFICAÇÃO
- O elemento negativo
- A remissão dos
pecados com base na obra expiatória de Cristo.
- O perdão concedido
na justificação se aplica a todos os pecados, passado, presente e futuro
e envolve a remoção de toda a culpa e castigo, Rm 5.21; 8.1, 32-34; Hb
10.14.
- A dificuldade é que
os crentes seguem pecando. Barth: o homem continua sendo pecador,
somente que pecador justificado.
- Deus remove a
culpa, mas não a culpabilidade.
- O elemento positivo
- Ela é baseada na
obediência ativa de Cristo
- A justificação é
mais do que o mero perdão. Zc 3.4, o primeiro aspecto é negativo e o
segundo positivo. Cf At 26.18.
- A adoção de
filhos. Os crentes são filhos de Deus por adoção e não por
natureza. Jo 1.12; Rm 8.15-16; Gl 3.26-27; 4.5-6
- O direito à
vida eterna. São investidos com todos os direitos legais da adoção
e são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, Rm 8.7
- A BASE DA JUSTIFICAÇÃO
- Negativamente. Não
está fundamente em nenhuma obra meritória da pessoa. Esta praticia uma
justiça imperfeita e as melhores obras dos cristãos estão corrompidas
pelo pecado. Ademais, a Bíblia ensina que a pessoa é justificada
gratuitamente pela graça de Deus, Rm 3.24 e que ninguém pode ser
justificado pelas obras da lei, Rm 3.28; Gl 2.16; 3.11.
- Positivamente. A base
da justificação é fundamentada na justiça perfeita de Cristo. Rm 3.24, 5.9, 19; 8.1; 10.4; I
Co 1.30; 6.11; 2 Co 5.21; Fp 3.9. A base é encontrada em Cristo
que se fez maldito por nós, Gl 3.13.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
SANTIFICAÇÃO
ESTUDO
7
- Introdução
- Os Termos no Novo
Testamento
- O sentido intelectual
que se aplica a pessoas ou coisas. Significa considerar um objeto santo,
atribuir santidade ou reconhecer a santidade por palavra ou ato, Mt 6.9;
Lc 11.2 e 1 Pe 3.15.
- As vezes se emprega
no sentido ritual, no sentido de separado do uso comum para fins
sagrados, ou por aparte para um determinado oficio, Mt 23.17,19; JO
17.36; 2 Tm 2.21.
- Usado também para
determinar aquela operação divina mediante a qual Deus produz de maneira
especial na pessoa mediante seu Espírito a qualidade subjetiva de
santidade, Jo 17.17; At 20.32; 26.18; 1 Co 1.2; 1 Ts 5.23.
- A Natureza da Santificação
- Obra Sobrenatural de
Deus
- Consiste
fundamental e principalmente em uma operação divina na alma, por meio do
qual, aquela disposição santa nascida na regeneração é fortalecida e
aumenta a sua atividade santa.
- É uma obra de Deus,
1 Ts 5.23; HB 13.20, 21.
- Fruto da união da
vida com Cristo, Jo 15.4; Gl 2.20 e 4.19.
- Uma obra realizada
no interior do ser humano, Ef 3.16; Cl 1.11
- Consiste em duas
partes
- A mortificação da
velha natureza, ou seja, o corpo de pecado. A mancha e a corrupção do
pecado se vai removendo gradualmente. É a crucificação da velha natureza
em Cristo, Rm 6.6; Gl 5.24.
- A vivificação do
novo ser, criado em Jesus Cristo para as boas obras. Fortalece a
disposição santa da alma, promovendo um novo curso de vida. A velha
estrutura de pecado vai sendo destruída ao poucos e um nova estrutura
criada por Deus assume o lugar daquela. Freqüentemente este nome é
chamado nas Escrituras de "uma ressurreição juntamente com
Cristo", Rm 6.4,5; Cl 2.12; 3.1, 2.
- A santificação afeta
ao novo crente por inteiro: corpo e alma, intelecto, afetos e vontade. Se
o ser interior é transformado, mudado, também é mudado ou transformado o
aspecto exterior da vida., 1 Ts 5.23; 2 Co 5.17; Rm 6.12; 1 Co 6.15, 20.
- O novo crente é
participante ativo no processo de santificação. Vemos nas repetidas
admoestações para que se evite os perigos da vida, Rm 12.9, 16, 17; 1 Co
6.9, 10; Gl 5.16-23. Os crentes devem empregar os meios a sua disposição
para ter uma vida santa, Jo 15.2, 8, 16; Rm 8.12, 13; 12.1,2,17; Gl
6.7,8,15.
- As Características da
Santificação
- É uma obra da qual
Deus é o autor e não o ser humano.
- Tem lugar na forma
parcial na vida subconsciente e como tal é uma operação imediata do
Espírito Santo; porém também de forma parcial tem lugar na vida
consciente e depende então do uso dos meios determinados: fé, estudo da
palavra, oração e associação com os outros crentes.
- A santificação é um
processo lento e nunca alcança a perfeição nesta vida.
- A santificação plena
é alcançada somente na entrada no reino eterno.
A ORDEM DA SALVAÇÃO
PERSEVERANÇA DOS SANTOS
ESTUDO
8
- Introdução
- A doutrina da perseverança
dos santos significa que aqueles a quem Deus regenerou e chamou
eficazmente a um estado de graça, não podem cair nem total nem finalmente
daquele estado, senão que perseverarão com toda a segurança e até o fim e
serão salvos por toda a eternidade.
- Definição da doutrina da
perseverança
- Os que são chamados
não podem cair por completo e deixar de alcançar a salvação eterna, ainda
que podem algumas vezes ser vencidos pelo mal e cair em pecado.
- Definição:
"Aquela operação continua do Espírito Santo no crente, mediante a
qual a obra da graça divina que teve início no coração irá continuar até
ser completada".
- Os crentes continuam
firmes até o fim, devido a que Deus nunca abandona a sua obra.
- Provas da doutrina da
perseverança
- Afirmações diretas da
Bíblia
- João 10.27-29, as
ovelhas jamais perecerão.
- Romanos 11.29, os
dons de Deus são irrevogáveis.
- Filipenses 1.6, a
obra será completada.
- Ver ainda 2
Tessalonicenses 3.3 e 2 Timóteo 1.12
- Provas através da
inferência
- A doutrina da
eleição - os eleitos serão salvos e jamais deixarão de alcançar a
salvação final.
- A doutrina do pacto
da redenção - Deus prometeu baseado na sua pessoa e não na fidelidade do
ser humano. Nada pode separar o crente de Deus, Romanos 8.38-39.
- Da eficácia dos
méritos e da intercessão de Cristo - Cristo pagou o preço para comprar o
perdão e intercede sempre pelos seus, João 11.42; Hebreus 7.25.
- Da união mística
com Cristo - os que estão unidos a Cristo mediante a fé são
participantes do seu Espírito.
- Da obra do Espírito
Santo no coração - o crente já está de posse da vida eterna, João 3.36;
5.24; 6.54.
- Da segurança da
salvação - A Bíblia dá evidências da segurança da salvação, Hebreus
3.14; 6.11; 10.22; 2 Pedro 1.10.
- A negação desta doutrina
faz a salvação depender da vontade do ser humano
AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)
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