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terça-feira, 3 de outubro de 2017

ESTUDOS 155 - A ORIGEM DO EVANGELHO DE PAULO

A ORIGEM DO EVANGELHO DE PAULO
Galatas 1.11-19

Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo (Gl 1.12)

Ano d.C
Acontecimentos
33-34
Conversão em Damasco
35-47
Anos de Silêncio. Sabemos apenas o seguinte:
1. Passou algum tempo na Arábia e em Damasco (3 anos)
2. Fez sua primeira viagem a Jerusalém
3. Foi para Tarso, na região da Síria-Cilícia
4. Esteve com Barnabe na Antioquia
5. Com Barnabe levou socorro aos irmãos da Judéia - Segunda Viagem a Jerusalém (14 anos depois de sua conversão)
6. Volta para Antioquia; enviado com Barnabé pela igreja de Antioquia, para a obra missionária
47-48
Primeira viagem missionária: teria escrito Gálatas(?)
49
Concílio em Jerusalém - Paulo visita Jerusalém (cf. At 15 com Gl 2.1)

Introdução
O estudo é sobre a apologia irrefutável e indestrutível da autencidade da doutrina Cristã revelada por Deus a Paulo e de sua autoridade apostólica. De tal modo ele pregava, vivia, e defendia o evangelho de Cristo que chamava-o " meu evangelho" (Rm 2.16; 16.25; 2 Tm 2.8). Em Galatas Paulo expõe vários fatos de sua vida pessoal como prova de que recebeu o evangelho diretamemente de Deus.


REVELAÇÃO DIRETA DE DEUS
O Mestre bíblico de Paulo (Gl 11,12). Ninguém pregou para Saulo de Tarso; foi o próprio Jesus quem apareceu e ele (At 9.3-6,15). É isso que ele quer dizer, quando diz que não recebeu e nem aprendeu de homem algum. Aqui ele faz uma demostração da declaração feita em Gl 1.1. O conceito paulino do cristianismo não foi concebido pela razão humana, nem como produto da imaginação de Paulo. Ele reivindica com muito vigor e propriedade a origem divina do evangelho completo que pregava e ensinava.

NÃO CONSULTOU NEM A CARNE E NEM AO SANGUE


É uma referência a seu encontro pessoal com Jesus no caminho de Damasco e que não procurou os apostólos, para ser doutrinado por eles. Ele foi para Arábia por um longo tempo e daí voltou a Damasco. Paulo não estava com isso menosprezando a autoridade dos demais apostólos; o que ele estava dizendo é que tinha a mesma autoridade deles. Ele não esteve três anos e meio com o Senhor Jesus, como os apostólos de Jerusalém, mas recebeu diretamente do Senhor o seu evangelho. Ele diz "nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apostólos" (Gl 1.17)

O Perfil de Paulo - Deus usou esse homem mais que qualquer um dos doze apostólos (1Co 15.10). Sua sabedoria, sua espiritualidade, seu talento, sua criatividade, seu ímpeto, seu zelo e disposição no trabalho. Somando a isso sua bagagem cultural, o extraordinário conhecimento do antigo Testamento, com a graça de Deus e a inspiração do Espírito Santo, são a causa da sua teologia. O proposito de Deus desde os tempos antes dos séculos - de eternidade a eternidade, está revelado nos escritos paulinos. Como ele soube de tudo isso? É isso que explica em Galatas 1.11-24.

PRATICANTE FERVOROSO DO JUDAÍSMO

Finalidade de sua autoridade. O breve relato de sua vida, que era conhecido das igrejas, serve como instrumento indestrutível para o objetivo de sua autobiografia é mostrar a impossibilidade de um fanático e inveterdo praticante do judaísmo conceber a salvação simplesmente pela fé em Jesus, sem as obras da lei. Esse novo conceito só podia ser algo vindo do Espírito Santo, pois humanamente seria impossível.

Sua Conduta no Judaísmo. Ele lembra aos seus leitores a sua origem. Era praticante fervoroso do Judaísmo, religião dos judeus. Era inimigo implacavél de Jesus Cristo; concentiu na morte de Estevão. Perseguiu ferozmente os cristãos não só de Jerusalém, pois estava a caminho de Damasco, no encalço dos discípulos de Jesus (At 8.1-3; 9.1,2). Assim mostra o seu zelo pelo Judaísmo e a sua disposição para exterminar a Igreja de Jesua Cristo. No entanto foi alcançado pela graça de Deus. Um homem tão radical assim, não seria transformado em outro homem com outro conceito de teologia, com outra visão de mundo, se Deus não estivesse nesse negócio. Era impossível ser essa doutrina originada no judaísmo.

Um vaso escolhido - Quando Jesus se revelou a Saulo disse que ele seria um vaso escolhido (At 9.15). O apostólo afirma, muitos anos depois de sua conversão, que já fora escolhido por Deus para esse ministério desde o ventre de sua mãe. Deus também falou para o profeta Jeremias que o profeta fora escolhido antes que ele se formasse no ventre materno (Jr 1.5). Jeremias para o profeta Antigo Testamento e Paulo, para apostólo, no Novo. Isso mostra que é Deus quem escolhe e prepara os seus mais ilustres representantes para uma terefa específica.



PAULO NA ARÁBIA

Arábia - Difícil saber a que região o apostólo se refere. Nos seus dias era uma área muito vasta, governada pelo rei Aretas, que incluía a própria Damasco até à região do sinai, habitada pelos árabes (2 Co11.32,33). O autor de Atos, Lucas, silencia quanto à estada de Paulo na Arábia. 

Damasco e Jerusalém - Foi o ponto de partida da nova vida de Saulo. De Damasco partiu para Arábia esse roteiro é desconhecido em Atos. Depois voltou outra vez a Damasco, quando, passados 3 anos, foi para Jerusalém. Esteve apenas 15 dias com Pedro e não viu nem um dos apostólos, senão a Tiago. Retornou a Jerusalém, "por uma revelação" e não porque fora chamado pelos apostólos. Foi uma visita rápida para levar os donativos para os irmãos pobres de Jerusalém (At 11.27-30).

Síria e Cilícia - É possível que seja uma referencia a estada de Paulo em Antioquia da Síria, também conhecida como Antioquia do Orontes, que situava-se nas proximidades do rio Orontes (At 11.25,26). Tarso, terra natal de Saulo ficava na Cilícia. Essa passagem pode ser uma referência a sua estada em Tarso antes de ser procurado por Barnabé. (At 11.25).

TEMPOS DE MEDITAÇÃO


Um tempo de contemplação - O apostólo Paulo passou um período na Arábia logo após a sua conversão a Cristo. Ele nada fala sobre as suas atividades nesse período e é improfícuo especular sobre o assunto (Gl 1.17,18). Paulo não teve o privilégio que tiverão os demais apostólos, de conviver três anos e meio com o Senhor Jesus. Esse período serviu para compensar o privilégio que ele não teve de conhecer Jesus e conviver com Ele, antes de sua morte e ressureição. O período na Arábia pode ter sido um tempo de meditação nas Escrituras, reflexão sobre Jesus e o cristianismo, e contempalção sobre os últimos acontecimentos e nas coisas de Deus.

Compreensão de Paulo das doutrinas cristãs - Nesse período ele pôde compreender o Antigo Testamento e também interpretar a vida, ministério, morte e ressureição de Jesus. A morte de Jesus não foi meramente um acidente. Mesmo sendo já prevista pelos profetas, Paulo foi mais além e trouxe à tona uma teologia até então desconhecida, numa época em que se quer havia um dos evangelhos escritos. Uma leitura cuidadosa de Rm 3.21-28 mostra como lhe foi revelada pelo Espírito Santo a morte de Jesus. Deus recebeu o sacrifício de Jesus como oblação por nossos pecados e isso elimina a possibilidade de se acrescentar além da fé em Jesus para a salvação (Hb 7.25,26).

CONCLUSÃO
Poderia alguém resolver ser pastor por sua própria conta a si mesmo se ordenar ministro, alegando que recebeu essa ordem do Senhor, tentando se justificar na passagem bíblica. Porém, é preciso análisar: Deus chamou Paulo para revelar algo novo e, além disso, jamais ele contrariou os demais apostólos. Não estava fundando simplesmente mais uma igreja. A autoridade de Paulo era a mesma dos demais apostólos e tinha o reconhecimento das igrejas. Isso acontece com os ministérios espúrios? Paulo não fundou igrejas para ele mesmo, mas somou força.

AUTOR DESCONHECIDO
(Não nos responsabilizamos pelo conteúdo teológico deste material)


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