ALELUIA, O REI NASCEU! - 2
Neste mês de
dezembro comemoramos o natal. Porém muitos não sabem o que realmente significa
o Natal, o que de fato comemoramos no Natal. O verdadeiro sentido do natal é
distorcido pelas grandes produções de Hollywood. O Natal se transformou ao
longo dos anos em uma grande festa, onde a essência dessa festa se encontra em
fazer o bem. Neste período as pessoas trocam presentes, estendem a mão para o
outro, perdoam os que lhes feriram ao longo do ano e as famílias se reúnem para
dividirem a mesa. Isso é bom! Essa atmosfera boa que envolve esta data torna o
Natal uma data muito apreciada por todos. Entretanto o significado do Natal e
sua verdadeira razão de existir acabam sendo esquecidas por grande parte das
pessoas.
O Natal é uma festa
cristã. Essa data só tem significado para os cristãos, para aqueles que
reconhecem que Jesus é o Cristo, o enviado de Deus para salvar o mundo. Para os
não cristãos é mais uma data festiva, onde o bem é comemorado. Por ser uma data
festiva, para muitos é apenas mais uma razão para beber e comer exageradamente,
para outros uma desculpa para se prostituir, afinal é festa, e toda festa para muitos
só é festa se terminar com bebedeira e sexo.
Mas para nós o
Natal tem um significado especial. Hoje vamos voltar na história, através da
Palavra de Deus, e ver qual o significado do natal. A história nos ensina que o Rei Jesus nasceu...
1 – NA ÉPOCA DO IMPERADOR CÉSAR AUGUSTO
1 Naqueles dias César Augusto
publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. 2 Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino
era governador da Síria. 3 E todos iam para a sua cidade natal, a fim de
alistar-se. 4 Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galiléia
para a Judéia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem
de Davi. 5 Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava
prometida em casamento e esperava um filho. 6 Enquanto estavam lá,
chegou o tempo de nascer o bebê, 7
e ela deu à luz o seu primogênito.
Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para
eles na hospedaria. (Lucas 2.1-7)
Esse recenseamento
foi uma obra muito grande porque o império romano era imenso. O império romano
dominava quase todo o mundo então conhecido da época. César Augusto, o imperador
queria alistar o povo para facilitar a cobrança de impostos. Assim ele poderia
aumentar seu poder e império.
César Augusto
começou a reinar após a morte de seu tio-avô, Júlio César, no ano 27 a.C. e reinou até o ano 14 d.C. Ele foi um sábio
administrador e famoso organizador do império Romano, especialmente das forças
militares e de sua guarda pessoal. Como imperador ganhou muitas batalhas e
conquistou muitas terras para seu império. Ele foi um grande imperador e um
excelente administrador! Sendo estimado por muitos. Criou um sistema de governo
que seus súditos o respeitavam. Ele foi até chamado de “rei benevolente”. Para
Roma e os romanos um magnifico imperador. Para os judeus e cristãos um
problemão.
César Augusto
era pagão! Um descrente convicto! Ele adotou para si o título de Augusto, que
quer dizer: MAJESTOSO, SUBLIME, DIVINAMENTE REVERENCIADO. Ele se apossou
indevidamente do título do Messias. Ele afirmava ser o Messias, o salvador do
mundo. Muitas pessoas achavam que ele era o próprio Messias. Aquele que iria
colocar todos os reinos do mundo debaixo do seu poder. Ele também tomou o
título de SUMO SACERDOTE para si, ou seja, afirmava ser a cabeça de todo culto
religioso. Criou templos para ser adorado. Ele era um anticristo, uma pessoa
que trabalhava contra Deus.
Esse era o
cenário histórico quando Jesus nasceu. O Messias nasceu quando o Imperador de
Roma subjugava os israelitas e se declarava ser o próprio messias, o salvador.
O imperador,
César Augusto desejava colocar todos debaixo do seu poder, do seu controle. Por
isso ele decretou o recenseamento. Ele queria saber quem eram as pessoas do seu
império. Onde moravam? Quanto eles ganhavam? Se eles tinham propriedades? Quantos
filhos tinham? Com isso pretendia ter um controle melhor sobre os impostos
arrecadados e domínio sob todas as regiões do seu império.
Um imperador
pagão que queria ser reconhecido como deus, que desejava ter o controle de
tudo. Mas, de fato foi um peão nas mãos do Deus de Israel, do Pai de Jesus, o
Cristo, o verdadeiro Messias. César Augusto, ao publicar o decreto de
recenseamento estava fazendo a vontade de Deus. Através desse decreto, José e
Maria precisaram viajar de Nazaré até Belém. Uma viagem de 140 quilômetros. Se
cumprindo a profecia de que o menino nasceria em Belém.
Aplicação: Aprendo duas lições através desta
história de César Augusto.
·
Primeira:
Somente Deus é Soberano – Deus mostrou ao mundo que só Ele é Deus. Só Ele é
soberano. Só Ele controla e governa todas as coisas. Só Ele merece toda honra,
glória e adoração.
·
Segunda: É melhor
me unir a Deus e ao seu projeto do que tentar viver os meus projetos – César Augusto
tentou fazer seu nome grande, viveu para os seus projetos, e sem desejar
trabalhou para os projetos de Deus. Mas por não ter se unido a Deus e
reconhecido que era pecador, ele não desfrutará do projeto que ajudou a tornar
realidade, e por isso será condenado à morte eterna. No fim de nada valeu sua
vida.
Por outro lado todo
aquele que se une a Deus e ao seu projeto em Jesus, este viverá e desfrutará da
vida eterna. Pois todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Isto significa dizer que Deus age em
todas as coisas, sejam elas boas ou más, com o fim de que sua Igreja se torne
pronta para o noivo. Não trata de que todas as coisas cooperam para o nosso bem
individual. Muitas coisas acontecem em nossas vidas e não trazem bem algum para
nós. O texto está dizendo que Deus está no controle de todas as coisas macros
deste mundo e trabalhando para que todas essas coisas no fim cooperem para o
bem de todos os santos. Portanto é melhor estar unido a Deus e desfrutar da
vida eterna que está prometida em Cristo Jesus.
A história nos ensina que o Rei Jesus nasceu...
2. NA SIMPLICIDADE
7 e ela deu à luz o seu
primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia
lugar para eles na hospedaria. (Lucas 2.7)
O dia chegou, Maria
deu à luz! O filho de Davi nasceu. Aquele que veio para apascentar o povo de
Deus para todo sempre. Jesus, o descendente do trono do rei Davi e ao mesmo
tempo o Filho do Deus vivo nasceu como prometido pelos profetas.
Um menino de tal
grandeza onde deveria nascer? Certamente em um palácio, pensaria qualquer um de
nós. Rodeado de riquezas e empregados diriam os teólogos da prosperidade.
Entretanto aquele que nasceu para reinar sobre Israel e sobre toda criação, não
foi encontrado em um berço de ouro. Ele não foi gerado por nenhuma família nobre
e rica, abastecida materialmente. Se quer pode nascer em um quarto de
hospedaria. Não! Jesus nasceu em uma manjedoura – um cocho – um local feito
para colocar a comida dos animais. Ele nasceu cercado de simplicidade e viveu
toda sua vida na simplicidade.
Jesus nasceu
contrariando as expectativas do povo de Israel. O povo esperava um Messias que
fosse um líder político para expulsar os romanos. Mas em vez disso, ele foi rejeitado
pelo mundo e pregado pelos romanos em uma cruz. Ele nasceu em uma estrebaria,
cercado por animais, porque não havia lugar para ele nas hospedarias. As
hospedarias estavam lotadas com os soldados romanos e com diversas pessoas que
assim como José e Maria tinham ido a Belém para fazer o recenseamento.
Ninguém na
cidade de Belém ofereceu a eles o seu quarto, ou mesmo se dispuseram a dividir
o quarto com eles, mesmo estando Maria gravida. Naquele dia ninguém foi
solidário, ninguém teve compaixão de José, Maria o do pequeno menino que estava
para nascer. O Messias nem em seu nascimento foi abraçado e acolhido pelos
homens! O único lugar que ofereceram para o casal descansar da viajem, foi na
estrebaria com os animais. Jesus nasceu lá porque ninguém os acolheu. As
pessoas rejeitaram o Messias até mesmo antes de nascer.
No primeiro
Natal não houve festa na terra, penso que os sentimentos estavam todos
confusos. Mas certamente houve grande festa no céu. O Salvador prometido
nasceu. O Cordeiro de Deus nasceu e através da sua morte, na cruz, o pecado do
mundo seria pago. A humanidade e a criação reconciliada com Deus. Paz na terra
e aos homens proclamaram os anjos. Jesus nasceu! O céu festejou a reconciliação
de todas as coisas quando viu o Deus Filho, nos braços de Maria. É Natal!
José e Maria,
por outro lado, não estavam confortáveis, não havia um colchão para eles
descansarem o corpo e para Maria poder dar a luz. Entre a alegria de dar a luz,
a tristeza de não terem sidos acolhidos como deveriam. O pequeno Jesus nasceu e
com certeza Maria se viu sem escolha e o colocou para descansar na manjedoura,
no cocho, pois não havia um berço. Qual mãe se sentira feliz em colocar seu
filho em um cocho em seu primeiro dia de vida. Mas era o que tinha. Você
consegue imaginar este local? Se você já foi a um sitio talvez consiga. Imagine
um local afastado da casa do patrão, um lugar onde se coloca os animais. Cheio
de estercos e moscas. Com um mau cheiro no ar. Um lugar onde só tem o teto para
se proteger do sol e da chuva. Não tem energia elétrica, não tem luz, não tem
banheiro, não tem um lugar para lavar as mãos. Ali neste lugar nasceu o
menino-Deus.
Aplicação: Através desta verdade histórica do
nascimento de Jesus, aprendo duas grandes lições.
·
Primeira: A
essência da vida não está no TER – A vida não consiste no que
conquistamos materialmente, não se encontra nos bens alcançados, nos títulos
universitários, nem nos prêmios Nobel alcançados. A vida não se concretiza de
fato em nós enquanto vivemos na tentativa de construirmos nossa própria
existência na história, de fazermos nosso nome grande, mas se concretiza quando
tentamos construir a existência dos outros na história, quando abrimos mão da
grandeza para servirmos o nosso próximo.
·
Segunda: A vida
é simples enquanto se vive na simplicidade – Jesus anunciava já em seu
primeiro dia de vida, que a vida se vive na simplicidade. Ele veio para servir
e não ser servido. Ele veio para morrer por todos a fim de que muitos vivam
através de sua morte. Ele nasceu e viveu na simplicidade, pois compreendia que
a vida humana não pertence ao homem, mas àquele que lhe deu, o Criador, a quem
Jesus chama de Pai. Portanto abra mão de si mesmo para viver em unidade com
Deus. Não viva tentando agradar a Deus. Ele já se agrada de você. As pessoas
que vivem assim acabam se tornando religiosas, chatas e injustas. Viva abrindo
mão de si mesmo para o seu próximo, e você acabará agradando a Deus.
CONCLUSÃO
O natal é a
época em que comemoramos o nascimento do Salvador. Festejar o Natal, o
nascimento de Jesus, só tem sentido para aqueles que se rendem a Jesus,
reconhecendo-o como Senhor e Salvador de suas vidas. Em Jesus, Deus se esvaziou
de sua divindade para habitar entre nós e morrer por cada pecado de cada um de
nós. Ele deixou os braços do Pai e veio a terra para cumprir a promessa do Pai.
Ele próprio é a promessa de Deus. Ele próprio é a boa nova de Deus para nós.
Ele é o caminho, a verdade e a vida.
Sem o seu
sacrifício estávamos todos condenados a segunda morte. Por isso o dia de natal
é tão importante para todos nós. Porque nesse dia recordamos que o nosso
Salvador nasceu para que a vida eterna nos fosse dada. Ela está ao alcance de
todo o que Nele crê. Mediante a fé, em Jesus o Cristo, nos apropriamos de sua
vitória na cruz.
Pr. Cornélio
Póvoa de Oliveira
08/12/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário