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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

SERMÕES 114 - ALELUIA, O REI NASCEU! - 2


ALELUIA, O REI NASCEU! - 2

Neste mês de dezembro comemoramos o natal. Porém muitos não sabem o que realmente significa o Natal, o que de fato comemoramos no Natal. O verdadeiro sentido do natal é distorcido pelas grandes produções de Hollywood. O Natal se transformou ao longo dos anos em uma grande festa, onde a essência dessa festa se encontra em fazer o bem. Neste período as pessoas trocam presentes, estendem a mão para o outro, perdoam os que lhes feriram ao longo do ano e as famílias se reúnem para dividirem a mesa. Isso é bom! Essa atmosfera boa que envolve esta data torna o Natal uma data muito apreciada por todos. Entretanto o significado do Natal e sua verdadeira razão de existir acabam sendo esquecidas por grande parte das pessoas.
O Natal é uma festa cristã. Essa data só tem significado para os cristãos, para aqueles que reconhecem que Jesus é o Cristo, o enviado de Deus para salvar o mundo. Para os não cristãos é mais uma data festiva, onde o bem é comemorado. Por ser uma data festiva, para muitos é apenas mais uma razão para beber e comer exageradamente, para outros uma desculpa para se prostituir, afinal é festa, e toda festa para muitos só é festa se terminar com bebedeira e sexo.
Mas para nós o Natal tem um significado especial. Hoje vamos voltar na história, através da Palavra de Deus, e ver qual o significado do natal. A história nos ensina que o Rei Jesus nasceu...


1 – NA ÉPOCA DO IMPERADOR CÉSAR AUGUSTO
1 Naqueles dias César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano. 2 Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era governador da Síria. 3 E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se. 4 Assim, José também foi da cidade de Nazaré da Galiléia para a Judéia, para Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. 5 Ele foi a fim de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho. 6 Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, 7 e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (Lucas 2.1-7)
Esse recenseamento foi uma obra muito grande porque o império romano era imenso. O império romano dominava quase todo o mundo então conhecido da época. César Augusto, o imperador queria alistar o povo para facilitar a cobrança de impostos. Assim ele poderia aumentar seu poder e império.
César Augusto começou a reinar após a morte de seu tio-avô, Júlio César, no ano 27 a.C.  e reinou até o ano 14 d.C. Ele foi um sábio administrador e famoso organizador do império Romano, especialmente das forças militares e de sua guarda pessoal. Como imperador ganhou muitas batalhas e conquistou muitas terras para seu império. Ele foi um grande imperador e um excelente administrador! Sendo estimado por muitos. Criou um sistema de governo que seus súditos o respeitavam. Ele foi até chamado de “rei benevolente”. Para Roma e os romanos um magnifico imperador. Para os judeus e cristãos um problemão.
César Augusto era pagão! Um descrente convicto! Ele adotou para si o título de Augusto, que quer dizer: MAJESTOSO, SUBLIME, DIVINAMENTE REVERENCIADO. Ele se apossou indevidamente do título do Messias. Ele afirmava ser o Messias, o salvador do mundo. Muitas pessoas achavam que ele era o próprio Messias. Aquele que iria colocar todos os reinos do mundo debaixo do seu poder. Ele também tomou o título de SUMO SACERDOTE para si, ou seja, afirmava ser a cabeça de todo culto religioso. Criou templos para ser adorado. Ele era um anticristo, uma pessoa que trabalhava contra Deus.
Esse era o cenário histórico quando Jesus nasceu. O Messias nasceu quando o Imperador de Roma subjugava os israelitas e se declarava ser o próprio messias, o salvador.
O imperador, César Augusto desejava colocar todos debaixo do seu poder, do seu controle. Por isso ele decretou o recenseamento. Ele queria saber quem eram as pessoas do seu império. Onde moravam? Quanto eles ganhavam? Se eles tinham propriedades? Quantos filhos tinham? Com isso pretendia ter um controle melhor sobre os impostos arrecadados e domínio sob todas as regiões do seu império.
Um imperador pagão que queria ser reconhecido como deus, que desejava ter o controle de tudo. Mas, de fato foi um peão nas mãos do Deus de Israel, do Pai de Jesus, o Cristo, o verdadeiro Messias. César Augusto, ao publicar o decreto de recenseamento estava fazendo a vontade de Deus. Através desse decreto, José e Maria precisaram viajar de Nazaré até Belém. Uma viagem de 140 quilômetros. Se cumprindo a profecia de que o menino nasceria em Belém.
Aplicação: Aprendo duas lições através desta história de César Augusto.
·      Primeira: Somente Deus é Soberano – Deus mostrou ao mundo que só Ele é Deus. Só Ele é soberano. Só Ele controla e governa todas as coisas. Só Ele merece toda honra, glória e adoração.
·      Segunda: É melhor me unir a Deus e ao seu projeto do que tentar viver os meus projetos – César Augusto tentou fazer seu nome grande, viveu para os seus projetos, e sem desejar trabalhou para os projetos de Deus. Mas por não ter se unido a Deus e reconhecido que era pecador, ele não desfrutará do projeto que ajudou a tornar realidade, e por isso será condenado à morte eterna. No fim de nada valeu sua vida.
Por outro lado todo aquele que se une a Deus e ao seu projeto em Jesus, este viverá e desfrutará da vida eterna. Pois todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Isto significa dizer que Deus age em todas as coisas, sejam elas boas ou más, com o fim de que sua Igreja se torne pronta para o noivo. Não trata de que todas as coisas cooperam para o nosso bem individual. Muitas coisas acontecem em nossas vidas e não trazem bem algum para nós. O texto está dizendo que Deus está no controle de todas as coisas macros deste mundo e trabalhando para que todas essas coisas no fim cooperem para o bem de todos os santos. Portanto é melhor estar unido a Deus e desfrutar da vida eterna que está prometida em Cristo Jesus.
A história nos ensina que o Rei Jesus nasceu...

2. NA SIMPLICIDADE
7 e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. (Lucas 2.7)
O dia chegou, Maria deu à luz! O filho de Davi nasceu. Aquele que veio para apascentar o povo de Deus para todo sempre. Jesus, o descendente do trono do rei Davi e ao mesmo tempo o Filho do Deus vivo nasceu como prometido pelos profetas.
Um menino de tal grandeza onde deveria nascer? Certamente em um palácio, pensaria qualquer um de nós. Rodeado de riquezas e empregados diriam os teólogos da prosperidade. Entretanto aquele que nasceu para reinar sobre Israel e sobre toda criação, não foi encontrado em um berço de ouro. Ele não foi gerado por nenhuma família nobre e rica, abastecida materialmente. Se quer pode nascer em um quarto de hospedaria. Não! Jesus nasceu em uma manjedoura – um cocho – um local feito para colocar a comida dos animais. Ele nasceu cercado de simplicidade e viveu toda sua vida na simplicidade.
Jesus nasceu contrariando as expectativas do povo de Israel. O povo esperava um Messias que fosse um líder político para expulsar os romanos. Mas em vez disso, ele foi rejeitado pelo mundo e pregado pelos romanos em uma cruz. Ele nasceu em uma estrebaria, cercado por animais, porque não havia lugar para ele nas hospedarias. As hospedarias estavam lotadas com os soldados romanos e com diversas pessoas que assim como José e Maria tinham ido a Belém para fazer o recenseamento.
Ninguém na cidade de Belém ofereceu a eles o seu quarto, ou mesmo se dispuseram a dividir o quarto com eles, mesmo estando Maria gravida. Naquele dia ninguém foi solidário, ninguém teve compaixão de José, Maria o do pequeno menino que estava para nascer. O Messias nem em seu nascimento foi abraçado e acolhido pelos homens! O único lugar que ofereceram para o casal descansar da viajem, foi na estrebaria com os animais. Jesus nasceu lá porque ninguém os acolheu. As pessoas rejeitaram o Messias até mesmo antes de nascer.
No primeiro Natal não houve festa na terra, penso que os sentimentos estavam todos confusos. Mas certamente houve grande festa no céu. O Salvador prometido nasceu. O Cordeiro de Deus nasceu e através da sua morte, na cruz, o pecado do mundo seria pago. A humanidade e a criação reconciliada com Deus. Paz na terra e aos homens proclamaram os anjos. Jesus nasceu! O céu festejou a reconciliação de todas as coisas quando viu o Deus Filho, nos braços de Maria. É Natal!  
José e Maria, por outro lado, não estavam confortáveis, não havia um colchão para eles descansarem o corpo e para Maria poder dar a luz. Entre a alegria de dar a luz, a tristeza de não terem sidos acolhidos como deveriam. O pequeno Jesus nasceu e com certeza Maria se viu sem escolha e o colocou para descansar na manjedoura, no cocho, pois não havia um berço. Qual mãe se sentira feliz em colocar seu filho em um cocho em seu primeiro dia de vida. Mas era o que tinha. Você consegue imaginar este local? Se você já foi a um sitio talvez consiga. Imagine um local afastado da casa do patrão, um lugar onde se coloca os animais. Cheio de estercos e moscas. Com um mau cheiro no ar. Um lugar onde só tem o teto para se proteger do sol e da chuva. Não tem energia elétrica, não tem luz, não tem banheiro, não tem um lugar para lavar as mãos. Ali neste lugar nasceu o menino-Deus.
Aplicação: Através desta verdade histórica do nascimento de Jesus, aprendo duas grandes lições.
·         Primeira: A essência da vida não está no TER – A vida não consiste no que conquistamos materialmente, não se encontra nos bens alcançados, nos títulos universitários, nem nos prêmios Nobel alcançados. A vida não se concretiza de fato em nós enquanto vivemos na tentativa de construirmos nossa própria existência na história, de fazermos nosso nome grande, mas se concretiza quando tentamos construir a existência dos outros na história, quando abrimos mão da grandeza para servirmos o nosso próximo.
·         Segunda: A vida é simples enquanto se vive na simplicidade – Jesus anunciava já em seu primeiro dia de vida, que a vida se vive na simplicidade. Ele veio para servir e não ser servido. Ele veio para morrer por todos a fim de que muitos vivam através de sua morte. Ele nasceu e viveu na simplicidade, pois compreendia que a vida humana não pertence ao homem, mas àquele que lhe deu, o Criador, a quem Jesus chama de Pai. Portanto abra mão de si mesmo para viver em unidade com Deus. Não viva tentando agradar a Deus. Ele já se agrada de você. As pessoas que vivem assim acabam se tornando religiosas, chatas e injustas. Viva abrindo mão de si mesmo para o seu próximo, e você acabará agradando a Deus.

CONCLUSÃO
O natal é a época em que comemoramos o nascimento do Salvador. Festejar o Natal, o nascimento de Jesus, só tem sentido para aqueles que se rendem a Jesus, reconhecendo-o como Senhor e Salvador de suas vidas. Em Jesus, Deus se esvaziou de sua divindade para habitar entre nós e morrer por cada pecado de cada um de nós. Ele deixou os braços do Pai e veio a terra para cumprir a promessa do Pai. Ele próprio é a promessa de Deus. Ele próprio é a boa nova de Deus para nós. Ele é o caminho, a verdade e a vida.
Sem o seu sacrifício estávamos todos condenados a segunda morte. Por isso o dia de natal é tão importante para todos nós. Porque nesse dia recordamos que o nosso Salvador nasceu para que a vida eterna nos fosse dada. Ela está ao alcance de todo o que Nele crê. Mediante a fé, em Jesus o Cristo, nos apropriamos de sua vitória na cruz.


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
08/12/2019

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