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segunda-feira, 13 de abril de 2020

SERMÕES 128 - REMANDO CONTRA A MARÉ DA INCREDULIDADE NO CRISTO RESSURRETO


REMANDO CONTRA A MARÉ DA INCREDULIDADE NO CRISTO RESSURRETO

Na última sexta-feira, dia 10 de Abril, nós cristãos comemoramos a morte de Jesus Cristo. Há mais de dois mil anos Jesus foi pregado numa cruz, numa sexta-feira. Parece estranho e até mesmo contraditório celebrarmos a morte de alguém, principalmente do Filho de Deus a quem adoramos. Mas celebramos porque no domingo seguinte Jesus Cristo ressuscitou e por isso hoje domingo de Páscoa celebramos a ressurreição de nosso Senhor e Salvador.
Todos os anos quando nós cristãos comemoramos a morte e ressurreição de Jesus estamos incansavelmente remando contra a maré da incredulidade no Cristo ressurreto.
Muitos já tentaram provar que Cristo não ressuscitou.
Ø  Imagens de seus livros.
O escritor, formado em direito e ex-ateu Josh McDowell acabou se convertendo a Jesus Cristo enquanto tentava provar a não existência de Deus, contestando a existência de Jesus e de sua morte e ressurreição. Ele fez uma profunda pesquisa arqueológica e histórica a respeito de Jesus o qual se transformaram em livros e que hoje são grandes ferramentas apologéticas da fé cristã. Livros como: Evidências da Ressurreição, Mais Que Um Carpinteiro, Novas Evidências Que Demandam Um Veredicto, e outros.
Há poucos anos atrás foi lançado um filme contando a história verídica de Lee Strobel, um jornalista ateu, que tentou provar que Cristo não ressuscitou. Assista comigo o trailer deste filme “Em Defesa de Cristo”.
Ø  Trailer do filme: Em Defesa de Cristo”.
Lee Strobel se converteu a Jesus e atualmente é um dos grandes nomes da apologética cristã, área da teologia que se dedica à defesa da fé. Entretanto, ele precisou trilhar um longo caminho até alcançar essa posição, sendo a oração da sua esposa e o apoio de sua igreja fundamentais para a sua conversão.
De fato a insistência de muitos em tentarem tornar a história da ressurreição de Jesus Cristo sem crédito, se faz pertinente porque a fé cristã está centrada em sua morte e ressurreição. Portanto precisamos continuar remando contra a maré da incredulidade no Cristo ressurreto.


1 – PAULO REMOU CONTRA ESTA MARÉ ADVERTINDO A IGREJA DE SEUS PERIGOS
O apóstolo Paulo já enfrentava em seus dias essa maré de incredulidade no Cristo ressurreto, conforme podemos ler em sua primeira carta aos coríntios, capítulo quinze.
1 Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. (Paulo estava dizendo que desejava fazer conhecido o que já havia ensinado a eles. Nos versos 3 e 4 ele vai reafirmar o que pregou a eles).
2 Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. (Paulo está dizendo “ou você creem de fato no que preguei ou a fé de vocês não tem valor”).
3 Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, (Estes dois versos apresentam a síntese central do Evangelho, o Kerigma [conteúdo] do Evangelho, que foi pregado a eles por Paulo: Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Essas duas verdades são inegociáveis na pregação do Evangelho. Por isso Paulo passa a provar que Cristo ressuscitou apontando testemunhas oculares que ainda se encontravam vivas em seu tempo. Se alguém duvidasse de seus ensinos poderiam procurar estas pessoas que elas confirmariam que Jesus havia ressuscitado dos mortos).
5 e apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6 Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. 7 Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; 8 depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo (Depois de apresentar as diversas testemunhas oculares, ele afirma também ter visto o Cristo ressurreto. Desta forma ele estava dizendo que não estava pregando uma mentira. Ele mesmo era testemunha dessa verdade).
11 Portanto, quer tenha sido eu, quer tenham sido eles, é isto que pregamos, e é isto que vocês creram. (Não importa quem tenha pregado para eles: Apolo, Pedro, Paulo ou outro apóstolo. Todos pregaram que Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Esta verdade é o âmago da fé, é o centro de todo Evangelho).
12 Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? (Algumas pessoas estavam atacando a centralidade, o âmago de nossa fé cristã. Possivelmente alguns judeus e gregos. Os gregos tinham dificuldade de aceitar a possibilidade da ressurreição do corpo. Eles acreditavam na imortalidade da alma, mas não na ressurreição do corpo, pois consideravam o corpo mal e acreditavam que o corpo carnal é que impedia o homem de se unir a Deus. Portanto a ressurreição de Cristo no corpo carnal não era bem vista por eles. Do outro lado os judeus saduceus que não acreditavam na existência de vida após a morte; não acreditavam na ressurreição do corpo e nem na imortalidade da alma persuadiam os gregos de que não existia ressurreição dos mortos. Com isso eles disseminavam a incredulidade na doutrina da ressurreição e consequentemente no Cristo ressurreto. Nos versos seguintes Paulo passa a mostrar às consequências desta doutrina errônea e nociva a fé cristã).
13 Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; (A primeira consequência é que se não existe ressurreição dos mortos, Cristo não ressuscitou. Jesus continua morto. A morte não foi vencida por Jesus).
14 e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. (A segunda consequência levantada pelo apóstolo é que se Cristo não ressuscitou toda a pregação feita sobre este pilar até hoje foram todas inúteis. Todos que morreram crendo em Cristo continuam condenados à morte eterna. Se Jesus não venceu a morte, ele não pode garantir a nossa vitória também).
15 Mais que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo. (A terceira consequência que Paulo apresenta é que ele e os demais apóstolos diante disso se tornaram falsas testemunhas, pois pregavam que Deus ressuscitou a Jesus Cristo. Então serão eles condenados por falso testemunho diante de Deus. Da mesma forma nós que continuamos pregando este Evangelho somos falsas testemunhas de Deus).
16 Pois, se os mortos não ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. (1 Coríntios 15.1-17) (A quarta consequência afirmada por Paulo é que se Cristo não ressuscitou, nossa fé é inútil, pois ainda estamos debaixo da lei do pecado. Não há mais esperança para nós. Sem a ressurreição o plano de Deus foi inútil, não alcançou seu objetivo).
A ressurreição como já disseram no passado é o “Amém” de Deus ao “Tudo está consumado” de Cristo na cruz. Olhamos para a cruz e vemos a redenção realizada. Olhamos para a ressurreição e sabemos que a redenção foi aceita por Deus. Não há mais pecados sobre nossos ombros. Não há mais condenação sobre nós e temos esta certeza porque Cristo ressuscitou dentre os mortos. Por isso...

2 – PAULO REMOU CONTRA ESTA MARÉ REAFIRMANDO A FÉ NO CRISTO RESSURRETO
20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1 Coríntios 15.20)
“Mas” é uma conjunção adversativa que indica contrariedade. Paulo está contrariando toda aquela conversa sobre a possibilidade de não ressurreição; ao dizer “mas de fato Cristo ressuscitou” ele esta reafirmando sua pregação de que Cristo ressuscitou dentre os mortos.
E ao afirmar que Cristo foi o primeiro, “sendo as primícias”, Paulo evidência a existência dos frutos posteriores. Jesus Cristo foi o precursor, o primeiro de todos os que Nele também serão ressuscitados. Jesus foi o primeiro, depois nós os que cremos seremos ressuscitados.
A ressurreição de Cristo inverte todo o quadro apresentado até aqui. A realidade da ressurreição de Cristo não é apenas o elemento que autentica a pregação cristã, mas também a impulsiona, possibilita o perdão dos pecados de todos aqueles que são alcançados pela sua Graça e dá aos crentes uma visão gloriosa do seu futuro eterno com seu Salvador, conforme podemos ler nos versos seguintes.
21 Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. 22 Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. 23 Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier (Maranata vem Jesus! Deveríamos desejar a vinda de Jesus, mas parece que nós cristãos queremos mesmo é continuar vivendo nesta era presente. Não consigo ver sentido nisso), os que lhe pertencem. 24 Então virá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder. 25 Pois é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. (1 Coríntios 15.21-25)
Mas enquanto Jesus não vem precisamos continuar remando contra as marés dos nossos dias. Poderíamos citar diversas marés com as quais precisamos continuar remando contra elas (da religiosidade, da corrupção, do preconceito, da desesperança, etc.), mas quero destacar uma maré que assim como a maré da incredulidade no Cristo ressurreto era nociva a igreja de Corinto, também creio que esta seja nociva a igreja de nossos dias, falo da irracionalidade do ateísmo.

3 – REMANDO CONTRA A MARÉ DA IRRACIONALIDADE DO ATEÍSMO
Em nossos dias somos desafiados a remar contra a maré da irracionalidade do ateísmo, que ataca a existência do Deus criador, de seu Filho Jesus Cristo e de sua morte e ressurreição. Como crianças birrentas eles se opõem as verdades do cristianismo exigindo que nós cristãos provemos a existência de Deus de forma palpável e cientifica, quando eles mesmos não conseguem provar a não existência de Deus e nem de suas teorias criacionistas, por isso se chamam teorias, não passam de suposições a respeito da criação.
Contudo Deus deixou rastros na história humana de sua existência, mas eles preferem negá-las ao invés de se permitirem serem confrontadas por elas. Como crianças birrentas abraçam a irracionalidade julgando-se sábios, mas não percebem que não passam de tolos, pois o princípio da sabedoria é temer a Deus.
Acredito que uma das maiores provas da existência de Deus e de que Jesus era o Deus encarnado e que ressuscitou da morte, se encontra na transformação de vida de seus discípulos.
19 Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus (porque os judeus tinham entregado Jesus aos romanos para ser crucificado), Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês! (João 20.19)
De fato nós cristãos devemos continuar remando contra a maré da incredulidade do Cristo ressurreto, pois a ressurreição de Cristo é provada na transformação de seus primeiros discípulos, homens que não conseguiram crer na ressurreição de Jesus Cristo até que tiveram um encontro com o Cristo ressurreto. Homens que se encontravam cheios de medo e desesperançados, mas que a partir deste encontro estes homens se dispuseram a pregar o que viram e ouviram de Jesus Cristo. Eles não só se dispuseram a pregar, mas morreram convictos de que assim como viram o Cristo ressurreto, Nele também ressuscitariam no final dos tempos para a vida eterna. É impossível que estes primeiros discípulos não tenham visto o Cristo ressurreto, assim é igualmente impossível que eles estivessem todos sofrendo do mesmo delírio, como também é impossível que todos estivessem dispostos a morrer pela mesma mentira. Portanto não existe loucura na fé do Cristo ressurreto, mas existe loucura naqueles que não acreditam na existência de Deus e que tentam negar que Jesus é o Deus encarnado que morreu e ressuscitou dentre os mortos.

CONCLUSÃO
Quero concluir esta mensagem com as palavras de Lee Strobel: “Para continuar sendo ateu, eu precisaria acreditar que o nada gera tudo, a não-vida gera vida, a aleatoriedade gera o ajuste fino, o caos gera informação, a inconsciência gera a consciência e a não-razão gera a razão. Eu simplesmente não tenho esse tanto de fé”.
É mais difícil crer que o nada gerou toda forma de vida, que a não-vida gerou vida, do que crer que Deus criou toda forma de vida. É mais difícil crer que a aleatoriedade gerou o ajuste fino da existência, do que crer que Deus em sua sabedoria criou toda forma de vida conectada uma a outra. Como poderiam átomos e moléculas do nada virem a existência e se unirem para a formação de planetas perfeitos, de seres viventes perfeitos, de um sistema ecológico todo conectado, ajustado perfeitamente para o equilíbrio de todas as espécies de vida? É mais difícil crer que o caos gera informação que se transforma em vida organizada, do que crer que Deus formou a vida e a organizou. Como poderia uma explosão organizar átomos e moléculas para que estes formassem vidas organizadas e complexas como as nossas próprias vidas humanas? Você já viu alguma explosão produzir ordem? É mais difícil acreditar que a inconsciência gerou consciência e a não-razão gerou razão, do que acreditar que a sabedoria e consciência da vida que temos provém do Deus criador.  Realmente é mais difícil acreditar que uma ameba após um longo período de anos se transformou em um macaco e que após um longo período de anos se transformou no homem que somos hoje. Se isto fosse verdade, não deveriam mais existir macacos e nem amebas, uma vez que estes evoluíram. A existência deles é a prova de que são espécies diferentes dos seres humanos. Portanto é preciso ter mais fé para ser um ateu do que um cristão.
Que nós a Igreja de Jesus Cristo continuemos remando contra toda maré de incredulidade, principalmente contra a maré da incredulidade no Cristo ressurreto. Remamos contra esta maré todas às vezes que celebramos a morte e ressurreição de Jesus. Fazemos isso todas às vezes que celebramos a Páscoa e quando celebramos a Ceia do Senhor, e assim o faremos, até que Ele venha e estabeleça seu reino para todo o sempre.
Feliz páscoa e que o nosso Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que foi morto, mas que ao terceiro dia ressuscitou os abençoe hoje e sempre. Amém!
Ø  Vídeo ressurreição


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
12/04/2020

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