REMANDO CONTRA A MARÉ DA INCREDULIDADE NO CRISTO
RESSURRETO
Na última
sexta-feira, dia 10 de Abril, nós cristãos comemoramos a morte de Jesus Cristo.
Há mais de dois mil anos Jesus foi pregado numa cruz, numa sexta-feira. Parece
estranho e até mesmo contraditório celebrarmos a morte de alguém,
principalmente do Filho de Deus a quem adoramos. Mas celebramos porque no
domingo seguinte Jesus Cristo ressuscitou e por isso hoje domingo de Páscoa
celebramos a ressurreição de nosso Senhor e Salvador.
Todos os anos
quando nós cristãos comemoramos a morte e ressurreição de Jesus estamos
incansavelmente remando contra a maré da incredulidade no Cristo ressurreto.
Muitos já
tentaram provar que Cristo não ressuscitou.
Ø Imagens de seus livros.
O escritor, formado em direito e ex-ateu Josh McDowell
acabou se convertendo a Jesus Cristo enquanto tentava provar a não existência
de Deus, contestando a existência de Jesus e de sua morte e ressurreição. Ele
fez uma profunda pesquisa arqueológica e histórica a respeito de Jesus o qual
se transformaram em livros e que hoje são grandes ferramentas apologéticas da
fé cristã. Livros como: Evidências da Ressurreição, Mais Que Um Carpinteiro, Novas
Evidências Que Demandam Um Veredicto, e outros.
Há poucos anos
atrás foi lançado um filme contando a história verídica de Lee Strobel, um
jornalista ateu, que tentou provar que Cristo não ressuscitou. Assista comigo o
trailer deste filme “Em Defesa de Cristo”.
Ø
Trailer do filme: Em Defesa de Cristo”.
Lee
Strobel se converteu a Jesus e atualmente é um dos grandes nomes da apologética
cristã, área da teologia que se dedica à defesa da fé. Entretanto, ele precisou
trilhar um longo caminho até alcançar essa posição, sendo a oração da sua
esposa e o apoio de sua igreja fundamentais para a sua conversão.
De
fato a insistência de muitos em tentarem tornar a história da ressurreição de
Jesus Cristo sem crédito, se faz pertinente porque a fé cristã está centrada em
sua morte e ressurreição. Portanto precisamos continuar remando contra a maré
da incredulidade no Cristo ressurreto.
1 – PAULO REMOU CONTRA ESTA
MARÉ ADVERTINDO A IGREJA DE SEUS PERIGOS
O
apóstolo Paulo já enfrentava em seus dias essa maré de incredulidade no Cristo
ressurreto, conforme podemos ler em sua primeira carta aos coríntios, capítulo
quinze.
1 Irmãos, quero lembrar-lhes o
evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. (Paulo estava dizendo que desejava fazer conhecido o que
já havia ensinado a eles. Nos versos 3 e 4 ele vai reafirmar o que pregou a
eles).
2 Por meio deste evangelho vocês
são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso
contrário, vocês têm crido em vão. (Paulo
está dizendo “ou você creem de fato no que preguei ou a fé de vocês não tem
valor”).
3 Pois o que primeiramente lhes
transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras, 4 foi sepultado e
ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, (Estes dois versos apresentam a síntese central do
Evangelho, o Kerigma [conteúdo] do Evangelho, que foi pregado a eles por Paulo:
Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Essas duas verdades são
inegociáveis na pregação do Evangelho. Por isso Paulo passa a provar que Cristo
ressuscitou apontando testemunhas oculares que ainda se encontravam vivas em
seu tempo. Se alguém duvidasse de seus ensinos poderiam procurar estas pessoas
que elas confirmariam que Jesus havia ressuscitado dos mortos).
5 e apareceu a Pedro e depois aos
Doze. 6 Depois disso apareceu
a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive,
embora alguns já tenham adormecido. 7 Depois apareceu a Tiago e,
então, a todos os apóstolos; 8 depois destes apareceu também a mim, como a um que
nasceu fora de tempo (Depois de
apresentar as diversas testemunhas oculares, ele afirma também ter visto o
Cristo ressurreto. Desta forma ele estava dizendo que não estava pregando uma
mentira. Ele mesmo era testemunha dessa verdade).
11 Portanto, quer tenha sido eu,
quer tenham sido eles, é isto que pregamos, e é isto que vocês creram. (Não importa quem
tenha pregado para eles: Apolo, Pedro, Paulo ou outro apóstolo. Todos pregaram
que Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Esta verdade é o âmago
da fé, é o centro de todo Evangelho).
12 Ora, se está sendo pregado que
Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não
existe ressurreição dos mortos?
(Algumas pessoas estavam atacando a centralidade, o âmago
de nossa fé cristã. Possivelmente alguns judeus e gregos. Os gregos tinham dificuldade
de aceitar a possibilidade da ressurreição do corpo. Eles acreditavam na
imortalidade da alma, mas não na ressurreição do corpo, pois consideravam o
corpo mal e acreditavam que o corpo carnal é que impedia o homem de se unir a
Deus. Portanto a ressurreição de Cristo no corpo carnal não era bem vista por
eles. Do outro lado os judeus saduceus que não acreditavam na existência de
vida após a morte; não acreditavam na ressurreição do corpo e nem na
imortalidade da alma persuadiam os gregos de que não existia ressurreição dos
mortos. Com isso eles disseminavam a incredulidade na doutrina da ressurreição
e consequentemente no Cristo ressurreto. Nos versos seguintes Paulo passa a
mostrar às consequências desta doutrina errônea e nociva a fé cristã).
13 Se não há ressurreição dos
mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; (A
primeira consequência é que se não existe ressurreição dos mortos, Cristo não
ressuscitou. Jesus continua morto. A morte não foi vencida por Jesus).
14 e, se Cristo não ressuscitou, é
inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. (A segunda
consequência levantada pelo apóstolo é que se Cristo não ressuscitou toda a
pregação feita sobre este pilar até hoje foram todas inúteis. Todos que
morreram crendo em Cristo continuam condenados à morte eterna. Se Jesus não
venceu a morte, ele não pode garantir a nossa vitória também).
15 Mais que isso, seremos
considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que
ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não
ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo. (A terceira consequência que Paulo apresenta é que ele e
os demais apóstolos diante disso se tornaram falsas testemunhas, pois pregavam
que Deus ressuscitou a Jesus Cristo. Então serão eles condenados por falso
testemunho diante de Deus. Da mesma forma nós que continuamos pregando este
Evangelho somos falsas testemunhas de Deus).
16 Pois, se os mortos não
ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês
têm, e ainda estão em seus pecados. (1 Coríntios
15.1-17) (A quarta consequência afirmada por
Paulo é que se Cristo não ressuscitou, nossa fé é inútil, pois ainda estamos
debaixo da lei do pecado. Não há mais esperança para nós. Sem a ressurreição o
plano de Deus foi inútil, não alcançou seu objetivo).
A ressurreição
como já disseram no passado é o “Amém” de Deus ao “Tudo está consumado” de
Cristo na cruz. Olhamos para a cruz e vemos a redenção realizada. Olhamos para
a ressurreição e sabemos que a redenção foi aceita por Deus. Não há mais
pecados sobre nossos ombros. Não há mais condenação sobre nós e temos esta
certeza porque Cristo ressuscitou dentre os mortos. Por isso...
2 – PAULO REMOU CONTRA ESTA MARÉ
REAFIRMANDO A FÉ NO CRISTO RESSURRETO
20 Mas de fato
Cristo ressuscitou dentre os
mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. (1 Coríntios 15.20)
“Mas” é uma
conjunção adversativa que indica contrariedade. Paulo está contrariando toda
aquela conversa sobre a possibilidade de não ressurreição; ao dizer “mas de
fato Cristo ressuscitou” ele esta reafirmando sua pregação de que Cristo
ressuscitou dentre os mortos.
E ao afirmar que
Cristo foi o primeiro, “sendo as primícias”, Paulo evidência a existência dos
frutos posteriores. Jesus Cristo foi o precursor, o primeiro de todos os que Nele
também serão ressuscitados. Jesus foi o primeiro, depois nós os que cremos
seremos ressuscitados.
A ressurreição
de Cristo inverte todo o quadro apresentado até aqui. A realidade da
ressurreição de Cristo não é apenas o elemento que autentica a pregação cristã,
mas também a impulsiona, possibilita o perdão dos pecados de todos aqueles que
são alcançados pela sua Graça e dá aos crentes uma visão gloriosa do seu futuro
eterno com seu Salvador, conforme podemos ler nos versos seguintes.
21 Visto que a morte veio por meio
de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. 22 Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em
Cristo todos serão vivificados. 23
Mas cada um por sua vez: Cristo, o
primeiro; depois, quando ele vier (Maranata vem Jesus! Deveríamos desejar a vinda de
Jesus, mas parece que nós cristãos queremos mesmo é continuar vivendo nesta era
presente. Não consigo ver sentido nisso), os que lhe pertencem. 24 Então virá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus,
o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder. 25 Pois
é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo
de seus pés. (1 Coríntios 15.21-25)
Mas enquanto
Jesus não vem precisamos continuar remando contra as marés dos nossos dias.
Poderíamos citar diversas marés com as quais precisamos continuar remando
contra elas (da religiosidade, da corrupção, do preconceito, da desesperança,
etc.), mas quero destacar uma maré que assim como a maré da incredulidade no
Cristo ressurreto era nociva a igreja de Corinto, também creio que esta seja
nociva a igreja de nossos dias, falo da irracionalidade do ateísmo.
3 – REMANDO CONTRA A MARÉ DA
IRRACIONALIDADE DO ATEÍSMO
Em nossos dias
somos desafiados a remar contra a maré da irracionalidade do ateísmo, que ataca
a existência do Deus criador, de seu Filho Jesus Cristo e de sua morte e
ressurreição. Como crianças birrentas eles se opõem as verdades do cristianismo
exigindo que nós cristãos provemos a existência de Deus de forma palpável e
cientifica, quando eles mesmos não conseguem provar a não existência de Deus e
nem de suas teorias criacionistas, por isso se chamam teorias, não passam de
suposições a respeito da criação.
Contudo Deus
deixou rastros na história humana de sua existência, mas eles preferem negá-las
ao invés de se permitirem serem confrontadas por elas. Como crianças birrentas
abraçam a irracionalidade julgando-se sábios, mas não percebem que não passam
de tolos, pois o princípio da sabedoria é temer a Deus.
Acredito que uma
das maiores provas da existência de Deus e de que Jesus era o Deus encarnado e
que ressuscitou da morte, se encontra na transformação de vida de seus
discípulos.
19 Ao cair da tarde daquele
primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por
medo dos judeus (porque os judeus tinham entregado Jesus
aos romanos para ser crucificado), Jesus entrou, pôs-se no meio deles e
disse: "Paz seja com vocês! (João 20.19)
De fato nós
cristãos devemos continuar remando contra a maré da incredulidade do Cristo
ressurreto, pois a ressurreição de Cristo é provada na transformação de seus
primeiros discípulos, homens que não conseguiram crer na ressurreição de Jesus
Cristo até que tiveram um encontro com o Cristo ressurreto. Homens que se
encontravam cheios de medo e desesperançados, mas que a partir deste encontro
estes homens se dispuseram a pregar o que viram e ouviram de Jesus Cristo. Eles
não só se dispuseram a pregar, mas morreram convictos de que assim como viram o
Cristo ressurreto, Nele também ressuscitariam no final dos tempos para a vida
eterna. É impossível que estes primeiros discípulos não tenham visto o Cristo
ressurreto, assim é igualmente impossível que eles estivessem todos sofrendo do
mesmo delírio, como também é impossível que todos estivessem dispostos a morrer
pela mesma mentira. Portanto não existe loucura na fé do Cristo ressurreto, mas
existe loucura naqueles que não acreditam na existência de Deus e que tentam
negar que Jesus é o Deus encarnado que morreu e ressuscitou dentre os mortos.
CONCLUSÃO
Quero concluir
esta mensagem com as palavras de Lee Strobel: “Para
continuar sendo ateu, eu precisaria acreditar que o nada gera tudo, a não-vida
gera vida, a aleatoriedade gera o ajuste fino, o caos gera informação, a
inconsciência gera a consciência e a não-razão gera a razão. Eu simplesmente
não tenho esse tanto de fé”.
É mais difícil crer que o nada gerou toda forma de vida, que
a não-vida gerou vida, do que crer que Deus criou toda forma de vida. É mais difícil crer que a
aleatoriedade gerou o ajuste fino da existência, do que crer que Deus em sua
sabedoria criou toda forma de vida conectada uma a outra. Como poderiam
átomos e moléculas do nada virem a existência e se unirem para a formação de
planetas perfeitos, de seres viventes perfeitos, de um sistema ecológico todo
conectado, ajustado perfeitamente para o equilíbrio de todas as espécies de
vida? É mais difícil crer que
o caos gera informação que se transforma em vida organizada, do que crer que Deus
formou a vida e a organizou. Como poderia uma explosão organizar átomos
e moléculas para que estes formassem vidas organizadas e complexas como as
nossas próprias vidas humanas? Você já viu alguma explosão produzir ordem? É mais difícil acreditar que a
inconsciência gerou consciência e a não-razão gerou razão, do que acreditar que
a sabedoria e consciência da vida que temos provém do Deus criador. Realmente é mais difícil acreditar que uma
ameba após um longo período de anos se transformou em um macaco e que após um
longo período de anos se transformou no homem que somos hoje. Se isto fosse
verdade, não deveriam mais existir macacos e nem amebas, uma vez que estes
evoluíram. A existência deles é a prova de que são espécies diferentes dos
seres humanos. Portanto é preciso ter mais fé para ser um ateu do que um
cristão.
Que nós a Igreja
de Jesus Cristo continuemos remando contra toda maré de incredulidade,
principalmente contra a maré da incredulidade no Cristo ressurreto. Remamos
contra esta maré todas às vezes que celebramos a morte e ressurreição de Jesus.
Fazemos isso todas às vezes que celebramos a Páscoa e quando celebramos a Ceia
do Senhor, e assim o faremos, até que Ele venha e estabeleça seu reino para
todo o sempre.
Feliz páscoa e
que o nosso Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que foi
morto, mas que ao terceiro dia ressuscitou os abençoe hoje e sempre. Amém!
Ø
Vídeo ressurreição
Pr. Cornélio
Póvoa de Oliveira
12/04/2020
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