ESPIRITUALIDADE CENTRADA NO OUTRO:
OS ÓRFÃOS, AS VIÚVAS, EU E O CORONAVÍRUS
Em nosso último encontro dissemos que não existe
uma espiritualidade sadia quando ela não é centrada no outro, quando ela não é
direcionada ao outro. Uma espiritualidade somente vertical, direcionada somente
a Deus não é uma espiritualidade sadia, embora ela seja imprescindível a nós.
Naquela ocasião lemos as palavras do livro de Tiago 1.27.
27 A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e
imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se
deixar corromper pelo mundo. (Tiago 1.27)
A partir destas palavras de Tiago afirmamos que
para se ter uma espiritualidade sadia, uma espiritualidade aceitável por Deus
duas coisas são necessárias.
· A primeira coisa é cuidar dos órfãos e das viúvas, isto significa que devemos
ter o outro como objeto de nosso serviço a Deus. Chamamos isto de
espiritualidade centrada no outro.
· A segunda coisa necessária para uma espiritualidade sadia, segundo Tiago, é não
se deixar corromper pelo mundo, isto significa que devemos viver no mundo
regido pelos valores e princípios dos céus onde Deus nosso Pai está.
Como nosso foco é tratarmos da espiritualidade
centrada no outro, vou apenas analisar o que Tiago está querendo nos ensinar
quando diz que devemos cuidar dos
órfãos e das viúvas em suas dificuldades. Entretanto precisamos considerar a
realidade atual de confinamento que vivemos por causa do coronavírus.
Nessa fala
de Tiago - cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades - existem duas
verdades gritantes e fundamentais amarradas ao verbo cuidar.
·
A primeira é cuidar dos órfãos e das viúvas.
·
A segunda é cuidar em suas dificuldades.
Para compreendermos estas duas verdades,
precisamos antes de tudo, compreendermos o que significa a prática do cuidar. O
que Tiago quer dizer com “cuidar”.
1 – COMPREENDENDO O QUE É CUIDAR
A palavra cuidar de nosso texto é a palavra grega
“episkeptesthai” (ἐπισκέπτεσθαι), formada pela
preposição “epi” (ἐπί = sobre, para) + o verbo skeptomai (σκέπτεσθαι = olhar,
examinar) formando a palavra olhar cuidadoso, examinar atentamente; mas
traduzido normalmente pela palavra visitar. O que significa que a ideia de
visitar era para examinar atentamente ou para olhar de forma cuidadosa. Ela é
frequentemente usada no grego clássico com o significado de cuidar dos doentes.
Tiago está dizendo aos cristãos que a religião verdadeira se concretiza no
visitar, isto é, no ir em direção aos órfãos e viúvas com o fim de cuidar
deles.
A palavra cuidar que frequentemente usamos em
nosso vocabulário é uma palavra que tem sua origem do latim “cogitare”, que
significa “pensar” ou “ponderar”. Essa palavra
no latim antigo decompõe-se da seguinte forma: co (prefixo) + agitare (verbo).
Sendo que agitare origina-se de “agir”. Dessa forma temos co+agir, diferente de
coagir, a ideia é de um agir juntamente (ex.: cooperar, coordenar).
Então cuidar no latim origina-se do conceito
de um agir com o outro. Neste sentido cuidar se refere a assistir (prestar assistência), conservar, apoiar, tomar
conta, guardar, em fim promover o bem estar do outro e evitar que este sofra
algum mal. Isto é que os pais esperam quando dizem para alguém “cuide de meu
filho”. Eles estão dizendo: “aja juntamente com meu filho para o bem estar dele
de forma que ele não sofra nenhum mal”.
Em fim, seja a origem da palavra do grego ou do
latim, ao falarmos de cuidado estamos pensando no ato de irmos em direção à
outra pessoa com o fim de nos dedicarmos a ela, deixando de lado as nossas
coisas e prestando atenção ao que ela necessita. Ao fazermos isso criamos a
oportunidade de colocarmos em prática às diversas ordens de mutualidade ensinada
pela Palavra de Deus. Temos a oportunidade, por exemplo, de darmos suporte, de
ensinarmos, de encorajarmos, de levarmos as cargas do outro, em fim de vivermos
a mutualidade. É com este pensamento que Tiago afirma a primeira verdade sobre
o cuidar. Ele aponta para aqueles que
devem ser o alvo de nosso cuidado. A verdadeira religião é...
2 – CUIDAR DOS ÓRFÃOS E DAS
VIÚVAS
Se a
verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas, se uma espiritualidade
sadia só é possível quando esta centrada no outro, precisamos identificar quem
são os órfãos e as viúvas de nossos dias.
Todos nós sabemos que a palavra “órfãos” se
refere a pessoas que perderam os pais em algum momento de suas vidas. Órfão é
aquele que é desprovido do cuidado e do amor oferecido pelos pais. Algumas pessoas se tornam órfãos na infância,
outros se tornam na adolescência, na juventude e ainda outros na fase adulta.
Estes órfãos são filhos sem pais, filhos desamparados e muitas vezes
abandonados pela sociedade da qual faz parte.
Também é do conhecimento de todos que a palavra
“viúvas” se refere a mulheres que perderam seus maridos e que não se casaram
novamente. Portanto a palavra “viúva” se refere a uma mulher que foi casada e
com a morte de seu marido ficou desprovida do cuidado e do amor de um homem.
Uma mulher viúva é uma mulher desamparada e muitas vezes esquecida pela
sociedade da qual faz parte.
Tiago certamente está preocupado com uma
religiosidade que não se traduz em ações concretas de amor. Ele está chamando a
atenção dos irmãos afirmando que não existe uma espiritualidade genuína sem que
esta se traduza no cuidado prático dos órfãos e das viúvas. Mais a frente ele
afirma esta verdade dizendo que a fé sem obras é morta (Tg 2.17).
A preocupação de Tiago não era algo novo para o
contexto judaico, e, muitos menos era uma característica de uma nova
espiritualidade criada pelos seguidores de Cristo. De fato o Deus de Israel, a
quem Jesus chama de Pai, sempre se preocupou com os órfãos e com as viúvas,
assim como também, sempre se preocupou com todos aqueles que eram explorados,
oprimidos e privados de seus direitos como seres humanos. Podemos ver esta
preocupação em vários textos bíblicos no Antigo Testamento. Mas vou citar
apenas um texto hoje. No texto que iremos ler o profeta Malaquias anuncia as
seguintes palavras de juízo da parte de Deus para o povo de Israel (Malaquias
3.5):
5 "Eu virei a vocês trazendo juízo. Sem demora vou
testemunhar contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram
falsamente e contra aqueles que exploram os trabalhadores em seus salários, que oprimem os órfãos e as
viúvas e privam os estrangeiros dos seus
direitos, e não têm respeito por mim", diz o Senhor dos Exércitos. (Malaquias 3.5)
Malaquias
coloca os órfãos e as viúvas dentro do mesmo contexto de exploração e opressão
vividas pelos trabalhadores judeus e estrangeiros dentro da sociedade judaica.
Quando
Tiago diz que precisamos ter uma espiritualidade centrada no outro, ele está
pensando primeiramente naqueles que se encontram neste estado literal de
opressão. Precisamos estar atentos aos nossos órfãos e viúvas dentro de nossa
igreja, isto se deve porque estes não têm o referencial do provedor em suas
vidas. Se hoje a ausência desse provedor já causa um grande impacto negativo no
desenvolvimento daqueles que são órfãos e daquelas que são viúvas, imagina essa
realidade dentro de uma sociedade totalmente machista como nos dias de Tiago.
Mas podemos
afirmar que ele também estava pensando em todas as pessoas que se sentiamm
órfãos e viúvas pela perda de sua cidadania, de sua dignidade como ser humano
abandonado pelo seu país, explorado por seus governantes, oprimidos por aqueles
que deveriam zelar pela justiça. Estes são os órfãos da pátria, viúvas e viúvos
do Estado. Ele estava pensando em todos que viviam na miserabilidade e que não
encontravam forças para se levantarem; assim como o profeta Malaquias. Podemos
confirmar esta verdade nos versos:
14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se
não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? 15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia 16 e um de vocês lhe disser: "Vá em
paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada,
de que adianta isso? 17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está
morta. (Tiago 2.14-17)
A Igreja
de Jesus Cristo precisa ser a esperança para todas estas pessoas. A Igreja de
Jesus Cristo precisa cuidar destas pessoas conforme a orientação de Thiago. A
questão é: ‘Como nós devemos cuidar destes órfãos e destas viúvas? E como
devemos cuidar neste tempo de coronavírus?”
A resposta
a esta pergunta se encontra na segunda verdade a respeito do ato do “cuidar”
ensinada por Tiago. Ele passa apontar para o “como” devemos
cuidar, dessa forma a verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas, mas
é...
3 – CUIDAR EM SUAS DIFICULDADES
Acredito que aqui está o grande problema da
maioria das igrejas, incluo a nossa igreja também. De maneira geral todas as
igrejas fazem ações com o fim de proverem cuidado aos órfãos e as viúvas. Lembro
que órfãos e viúvas é um termo usado para abranger todos os pobres, todas as
pessoas que estão de alguma forma desamparada pela sociedade ou por suas
famílias.
Como já vimos anteriormente à palavra cuidar de
nosso texto é a palavra grega “episkeptesthai” que
significa visitar para examinar atentamente. Isso significa que precisamos
visitar os órfãos e as viúvas com o fim de examinarmos atentamente suas
necessidades para que possamos cuidar de suas dificuldades de forma efetiva.
Sabemos que estamos impedidos
no momento a prática de visitas devido ao coronavírus. Não devemos visitar
ninguém, uma vez, que não só colocamos nossas vidas em risco, mas também a vida
daqueles que visitamos e daqueles que moram conosco. Neste tempo de coronavírus
não visitar é um ato de amor ao próximo. Entretanto toda regra tem exceções.
Não podemos fechar nossos olhos aos órfãos, viúvas e viúvos que não tem
família, nem familiares que os ajude. Não podemos ignorar a dor destas pessoas
que foram abandonadas por seus familiares e também pelo Estado. Precisamos
cuidar uns dos outros, precisamos cuidar principalmente daqueles que estão
desamparados, mas precisamos cuidar de forma correta. É isto que acredito que
Thiago está querendo nos dizer quando ele diz “cuidar em suas dificuldades ou
necessidades”. Ele não está se referindo apenas a um cuidado imediato.
Ø Vídeo 1: Quero
apresentar um vídeo que acredito possa ilustrar o que estou dizendo.
Andar descalço para ajudar crianças pobres
de todo o mundo. Essa é a ideia de "Um Dia Sem sapatos" (One Day
Without Shoes), projeto da TOMS, fabricante de calçados dos Estados Unidos. Tom
criou esta campanha com o fim de lembrar a todos que existem pessoas que
precisam de sapatos, que precisam de coisas básicas para viver. Que precisam
ser amadas. Através deste projeto ele pode ajudar diversas famílias órfãs e
diversas pessoas viúvas, tanto no sentido literal, mas também de sua pátria. As
pessoas que foram ajudadas não necessitavam somente de cestas básicas, elas
precisavam de sapatos, proteção básica para sua saúde. Uma ideia simples, mas
revolucionária para a vida de muitas pessoas. Você já pensou se todos
decidissem doar um item por semana do que fabrica para aqueles que necessitam?
Já pensou se todos decidissem doar semanalmente seu serviço para uma pessoa que
não pode pagar por ele? Às vezes tudo que precisamos para fazer a diferença na
vida de outros é a coragem para fazer.
O que normalmente fazemos é
darmos as pessoas somente o que nos pedem. Se elas dizem que precisam de
alimento, logo enviamos uma cesta básica. Se elas dizem que precisam de gás,
logo compramos um botijão de gás e enviamos a elas. Se elas dizem que precisam
de um remédio, imediatamente compramos o remédio. Essas ações são muitas vezes
necessárias e até mesmo irremediáveis, mas elas não provocam mudanças na vida daquele
que é assistido, uma vez que elas não alcançam a raiz do problema. Dessa forma
não estamos cuidando da dificuldade real daqueles que são assistidos por nós,
mas apenas das consequências. Na grande maioria das vezes esse tipo de ação sem
um olhar atento, realizadas pela maioria das igrejas, acaba por tornar as
pessoas e famílias assistidas dependentes da ajuda e do socorro dos demais
irmãos.
Quando não visitamos os
pobres, os necessitados com um olhar atento, não conseguimos ver onde se
encontra o verdadeiro problema daquela pessoa ou de uma determinada família.
Nós a Igreja de Jesus Cristo
precisamos mudar esta postura, precisamos olhar atentamente para aqueles que
nos pedem ajuda e buscarmos supri-las, se assim for necessário, em suas
necessidades imediatas, mas precisamos buscar acima de tudo corrigir e
concertar aquilo que está causando o problema que as tornam vulneráveis e
vitimas do sistema maligno que rege este mundo.
Por exemplo: Se uma família
precisa de cesta básica para sobreviver, não basta ficarmos dando cestas todos
os meses. Precisamos como igreja ajudar esta família a conseguir se sustentar
sozinha e depois ensiná-la a ajudar outros em dificuldades. Um olhar atencioso
pode nos levar a perceber que esta família precisa de estudo (temos aqui uma
escola); talvez o problema não seja estudo e sim a preguiça, precisamos
trabalhar com esta família para que estes vençam a preguiça; talvez o problema
não seja a preguiça, esteja na educação básica, precisamos ajudar esta família
a se tornarem mais educados no trato com as pessoas, no vestir, no falar;
talvez não seja nenhuma dessas razões, talvez esta família esteja destruída
emocionalmente, ninguém na casa confia no outro, respeita o outro, ninguém ama
o outro; a família está doente! Precisamos ajudá-los a se reencontrarem como
família, a cuidarem um do outro.
Entende o que estou dizendo?
Não podemos só ficar levando cestas básicas, precisamos fazer ações que
promovam a cura e libertação dessa família. Precisamos de ações que promovam a
salvação das famílias espiritualmente, emocionalmente e materialmente.
Oro a Deus para que possamos
encontrar uma pessoa que possa liderar nosso Ministério de Ação Social com essa
visão, que tenha essa compreensão. Que não se apresse em distribuir cestas
básicas ou remédios, mas que busque visitar e olhar atentamente para o
verdadeiro problema das pessoas que buscam a ajuda de nossa igreja.
Tiago diz que precisamos
cuidar dos órfãos e das viúvas, também nos ensina que devemos cuidar de nossos
pobres, daqueles que estão à margem da sociedade, que se encontram sem o
socorro de sua família e de sua pátria, mas ele diz que precisamos cuidar de
suas dificuldades, de suas necessidades reais e não de suas vontades imediatas
somente, por isso precisamos “episkeptesthai”,
visitar com o fim de examinar atentamente a verdadeira necessidade. Mesmo em tempo de coronavírus precisamos nos
dispor a servirmos a todos que nos buscam com um cuidado atencioso com o fim de
realmente levarmos estas pessoas que buscam em nós socorro a vencer o mal real
que lhes afligem.
REFLEXÃO FINAL
Concluo essa mensagem apresentando dois desafios
a você.
Primeiro
desafio você a
ter uma espiritualidade centrada no outro. Uma espiritualidade horizontal. Uma
espiritualidade que te leva em direção ao outro, mesmo em tempo de confinamento. Muitas são as ações que podemos realizar em prol
daqueles que necessitam.
Nestes
dias de confinamento por causa do coronavírus nossa igreja tem vivenciado a
realidade do significado de ser uma comunidade que expressa o amor de Deus,
isto é, que cuida dos órfãos, das viúvas, dos viúvos e de todos que se
encontram desamparados. Temos feito isso primeiramente através da oração. Nos
primeiros dias de confinamento estivemos unidos através de uma ação chamada
“relógio de oração” e nestes últimos dias estamos unidos na
#desafiodeoraçãoPIBI.
Algumas
semanas atrás nos unimos e levantamos cem cestas básicas que foram distribuídas
para diversas famílias com necessidades. A partir de amanhã retomamos nosso
esforço para assistirmos as famílias que estão sem alimentos e materiais
higiênicos. No sábado anterior ao dia das mães levamos bolo para os
profissionais da área de saúde com o fim de alegrar um pouco o dia deles. Isso
é ser igreja, isso é ser comunidade. Isso é trabalhar com Deus. Isso é cuidar
dos órfãos e das viúvas mesmo em tempo de coronavírus. Mas acredito que podemos
fazer mais. Mas para isso precisamos de você.
Ø Vídeo
2: Veja o que o movimento do Tom, Um
Dia Sem Sapato, causou no Colégio Santo Agostinho em MG.
Só precisamos de coragem para
sairmos da comodidade e fazermos algo significativo para as vidas das pessoas.
Cuidar das necessidades físicas
e espirituais das viúvas e dos órfãos sempre foi uma parte integrante da
adoração a Deus. Por isso o segundo desafio é que a partir de hoje você se
comprometa no cuidado dos órfãos e das viúvas de nossa igreja, mas também dos
órfãos e das viúvas de nossa cidade. Se engaje conosco neste trabalho
com Deus.
Se engaje numa espiritualidade direcionada ao
outro. Muitas vezes a real necessidade do outro não é a cesta básica, seu
problema real é a ausência da figura de um pai, de uma mãe, de um marido ou de
uma esposa.
Muitas pessoas se sentem órfãos e viúvas porque
tios e tias, cunhados e cunhadas não se tornaram presentes e nem referências
para aqueles que perderam o guia e modelo de suas vidas. A família de sangue
não abraçou de fato aquele que perdeu o provedor, o conselheiro, o amigo, o
pai, a mãe ou o marido como deveria ter abraçado.
Entretanto você que é casado, juntamente com sua
esposa e filhos, podem ser o referencial para vidas que estão aqui em nossa
igreja necessitando de referenciais. Muitos filhos de mãe solteira ou
divorciada não têm um referencial de um pai, de um homem na casa. Você
juntamente com sua família pode ser esse referencial. Muitas mulheres viúvas e
homens viúvos sentem-se só e tudo que precisam é serem acolhidos pelas famílias
de nossa igreja.
Isso é viver em comunidade. Isso é ser Igreja.
Pessoas abandonadas encontram nas famílias da igreja uma família. Órfãos e
viúvas são acolhidas pelas demais famílias da igreja encontrando nelas a
referência e o cuidado que perderam no passado. Nessa nova família elas são
cuidadas espiritualmente, emocionalmente e materialmente.
Quero orar por você que se vê órfão, ou órfã por
alguma razão; por você que se encontra viúva ou viúvo; por todos que se sentem
abandonados, vulneráveis devido à perda de alguém. Quero orar também por você
que deseja se engajar no cuidado de nossos órfãos e de nossas viúvas e viúvos. Que
deseja ser instrumento de Deus para suprir juntamente com sua família a
ausência que estes têm de uma família, de um lar e de um referencial de pai, de
mãe, de irmão ou simplesmente de um amigo leal. Oremos...
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
10/05/2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário