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segunda-feira, 22 de junho de 2020

SERMÕES 136 - JESUS DIANTE A MORTE DO AMIGO LÁZARO


NOS PASSOS DE JESUS EM TEMPO DE PANDEMIA:
JESUS DIANTE A MORTE DO AMIGO LÁZARO

Em tempo de pandemia um dos sentimentos que temos que estar prontos para enfrentar é o sentimento de perda. Muitas são as perdas que podemos sofrer durante o período de pandemia. Muitas pessoas têm perdido seu negócio ou seu emprego. A consequência dessa perda da provisão é a perda dos demais bens adquiridos ao longo da vida. Muitos estão vendendo suas casas, carros e outros objetos com o fim de suprirem as necessidades essenciais para sua sobrevivência e de sua família. Mas acredito que estas perdas materiais, embora difíceis de aceitar, não são as piores perdas que podemos experimentar neste tempo de pandemia e confinamento, pois estas ao longo da vida podem ser recuperadas. Entretanto muitas famílias estão lidando com a perda de pessoas amadas. Muitas famílias estão chorando a morte da esposa, do marido, da mãe, do pai, do filho, da filha, do avô ou da avó. Muitos estão sofrendo pela ausência destas pessoas tão próximas e amadas, e também estão sofrendo pela forma como elas partiram. Não lhes foram dada a oportunidade de se despedirem, de dizerem as últimas palavras de orientação e conforto, nem de expressarem o último ato de amor.
Diante dessa realidade de perda vivida por muitos nestes dias e que ainda poderão ser vividas por muitos outros é que te convido a olhar para Jesus comigo e ver como Ele lidou com a morte de seu amigo Lázaro. Meu desejo é que através da experiência vivida por Jesus possamos encontrar o caminho do conforto e da esperança, caso a realidade da morte já tenha alcançado sua casa ou venha alcançar, pois todos nós estamos sujeitos a ela.
A história da morte e ressurreição de Lázaro se encontra no Evangelho de João, capítulo onze. Quero destacar somente um versículo de toda esta narrativa, o verso trinta e cinco.
35 Jesus chorou. (João 11.35)
Muitos dizem ser este o menor versículo da Bíblia, outros dizem ser Lc 20.30, outros dizem ser Jó 3.2 e há ainda quem diga ser Êx 20.13. Não existe um consenso em relação a isso, devido às diversas traduções. Mas independente de ser este ou não o menor versículo da Bíblia, ele nos suscita uma pergunta: por que Jesus chorou?
Esta pergunta não é tão fácil de ser respondida como nos parece à primeira vista. Vou apresentar quatro possíveis causas que levaram Jesus a chorar diante a morte de seu amigo Lázaro. A primeira hipótese afirma que Jesus chorou porque Ele era ser humano.


1 – PORQUE ELE ERA SER HUMANO
A grande maioria dos teólogos e comentaristas da Bíblia dizem ser esta a causa de Jesus ter chorado. Entre eles Frederick Fyvie Bruce que faleceu em 1990. Este escocês foi um grande teólogo, professor e escritor. Entre suas obras estão o livro “João – introdução e comentário”, onde ele escreve as seguintes palavras a respeito do choro de Jesus: Ele chorou por identificação com os que choravam. Ele não é um autômato, mas um ser humano real.
Para Bruce e a grande maioria dos teólogos, Jesus chorou porque não era uma máquina, um ser sem sentimentos. Pelo contrário, o choro é compreendido por estes como uma autenticação da humanidade de Jesus. Ele chorou por ser humano como todos nós.
Acredito que você já viveu essa experiência de ter ido a um velório e diante a atmosfera de dor e tristeza de todos que lá se encontravam, acabou sendo contagiado por essa atmosfera e chorado com os que choravam.
Uma leitura rápida do verso trinta e três pode corroborar para esta primeira hipótese.
33 Ao ver chorando Maria e os judeus que a acompanhavam, Jesus agitou-se no espírito e perturbou-se. (João 11.33)
As lagrimas de Maria, irmã de Lázaro, e dos demais judeus que se encontravam naquele velório mexeram com os sentimentos de Jesus sem dúvida alguma. Jesus se compadeceu de todos que ali estavam. A dor de Maria e das demais pessoas o sensibilizou muito. Jesus mergulhou profundamente no sofrimento e no luto de Marta e Maria. Ele contemplou a tragédia da morte e diz o texto que isso o agitou interiormente, no espírito e o perturbou.
Mas teria Jesus chorado simplesmente porque ele era humano? Particularmente não creio que tenha sido esta a razão maior de Jesus ter chorado. Nós seres humanos choramos diante a morte porque nos sentimos impotentes, incapazes de mudar a realidade presente. Mas este não era o sentimento de Jesus.
Contudo reconheço que Jesus era 100% humano e que se compadecia da dor de Marta, Maria e dos demais judeus que lá se encontravam. Ele tinha empatia com a dor de todos que estavam presentes naquele velório.  
Contudo sua conexão perfeita com o Pai e com o Espírito Santo o tornará ciente de que em poucos minutos Ele iria ressuscitar Lázaro, e dessa forma autenticar diante todos que ele era o Messias, o Filho de Deus. Inclusive Jesus já tinha dito a Marta, outra irmã de Lázaro, que iria ressuscitá-lo, mas ela não compreendeu o que ele lhe falava, pois seu irmão já estava morto há quatro dias. Jesus já havia dito que Lázaro não permaneceria morto antes mesmo dele morrer, conforme você pode ler no verso quatro.
Acredito que Jesus chorou não porque ele era homem, mas porque ele era Deus em forma de homem. Olhar o sofrimento dos homens diante a morte o sensibilizou profundamente, pois Ele criou juntamente com o Pai e com o Espírito Santo o ser humano para uma vida gloriosa.
A realidade de que Jesus chorou nos ensina que podemos chorar também. Não há nenhum problema em chorar. Chorar não é demonstração de falta de fé, de fraqueza ou covardia. Chorar é uma expressão da emoção que corresponde ao momento em que está se vivendo, seja de alegria intensa, ou seja, de tristeza profunda.
No momento de contemplação da morte, chorar é a expressão mais pura e verdadeira de que fomos criados para vivermos ligados uns aos outros em amor por toda eternidade. A morte é uma afronta a este projeto de Deus. Ela nos faz sentir a dor da separação, ela rompe o ciclo do amor que nos envolve.
A segunda hipótese apresentada por alguns estudiosos da Bíblia afirma que Jesus chorou porque amava Lázaro.

2 – PORQUE AMAVA LÁZARO
Para os que defendem esta hipótese as lágrimas silenciosas que escorreram dos olhos de Jesus eram pelo amigo Lázaro que se encontrava morto e não tanto pela empatia para com a dor de Maria, Marta e os demais judeus que lá se encontravam.
Donald Arthur Carson, um teólogo Reformado Evangélico e professor do Novo Testamento diz que “é irracional pensar que as lágrimas de Jesus foram derramadas por Lázaro, já que ele sabia que estava para ressuscitá-lo dos mortos”.
Entretanto alguns se apegam a esta hipótese tendo como fundamento o verso trinta e seis. Onde diz que os judeus ao verem Jesus derramando lágrimas concluíram que Jesus amava muito a Lázaro, pois compreendiam que chorava por ele. Diz o verso 36:
36 Então os judeus disseram: "Vejam como ele o amava!" (João 11.36)
De fato os judeus não estavam errados em pensar que Jesus amava muito a Lázaro, pois Marta e Maria irmãs de Lázaro, quando este ainda estava vivo mandaram mensageiros a Jesus, conforme podemos ler no verso três, com a seguinte orientação:
3 Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele a quem amas está doente". (João 11.3)
 O amor de Jesus por Lázaro era tão evidente que nem precisava citar o nome daquele que estava doente, bastava dizer-lhe “aquele a quem ama está doente” que ele saberia de quem se tratava.
Entretanto os judeus estavam errados na interpretação da razão do choro de Jesus, pois pensavam que Jesus chorava porque não podia fazer mais nada pelo amigo Lázaro.
A Bíblia diz que Lázaro era um amigo íntimo, amado de Jesus. Mas isso não o poupou da enfermidade. Lázaro ficou doente. O amor de Deus não funciona como uma blindagem contra o sofrimento, as circunstâncias adversas e as dificuldades da vida. O amor de Deus não nos garante a isenção em relação ao sofrimento. O que o amor de Deus nos garante é a presença de Deus conosco, qualquer que seja o nosso sofrimento. Ele está conosco, mesmo quando a morte se torna presente.
Não duvide do amor de Deus quando o sofrimento bater à sua porta. As pessoas a quem Jesus ama também ficam doentes e também morrem. Mas as pessoas a quem Jesus ama desfrutam da doce companhia de Deus e atravessam a noite de choro sabendo que a alegria chegará com o nascer do sol.
Jesus estava lá para consolar Marta e Maria, mas não só para consolar, mas para mudar a história de suas vidas e de seu irmão Lázaro que havia falecido.
Assim como Jesus ressuscitou a Lázaro da morte, trazendo a ele, e a toda sua casa, vida e alegria, certamente o dia do Senhor chegará e Ele nos ressuscitará! Nós os que cremos, em Jesus Cristo, viveremos para todo sempre em Sua casa e a morte já não existirá mais.
Então voltamos à pergunta: Teria Jesus chorado por que seu amigo Lázaro morreu? Pessoalmente acredito que não. Concordo com Carson, é irracional acreditar que Jesus chorava por Lázaro ciente de que o ressuscitaria dentro de uns poucos minutos. Eu só compreenderia as lágrimas de Jesus por Lázaro se elas tivessem sido derramadas não porque Lázaro estava morto, mas porque ele iria ressuscitá-lo. Iria tirar Lázaro do descanso e trazê-lo novamente para viver debaixo das mãos pesadas de Roma que subjugava o povo judeu.
A terceira hipótese apresentada por alguns estudiosos da Bíblia afirma que Jesus chorou por causa da cegueira dos que estavam vivos.

3 – POR CAUSA DA CEGUEIRA DOS VIVOS
Esta é uma hipótese levantada pelos estudiosos, mas rejeitadas por todos eles. Não encontrei nenhum defensor dessa teoria. Ela é levantada somente por considerá-la que poderia ser uma possibilidade. Contudo é rejeitada porque todos concordam que Jesus estava sensibilizado, profundamente comovido, com a dor de Marta, Maria e dos demais judeus que se encontravam no velório, por isso não os julgou neste momento de dor, como incrédulos e cegos, incapazes de ver além dos que seus olhos mostravam para eles.
Mas não podemos negar que existia uma cegueira espiritual que os impedia de compreender o que Deus estava para fazer. Mesmo tendo Jesus dito a Marta que iria ressuscitar a Lázaro, quando ele pede para que tirassem a pedra que funcionava como uma porta para a gruta onde Lázaro havia sido sepultado, as palavras de Marta confirmam que ela não tinha conseguido compreender o que Jesus lhe havia dito. Ela achava que era melhor não tirar a pedra, pois seu irmão já estava em decomposição, cheirava mal disse ela, conforme podemos ler em João 11.38-40.
38 Jesus, outra vez profundamente comovido, foi até o sepulcro. Era uma gruta com uma pedra colocada à entrada. 39 "Tirem a pedra", disse ele. Disse Marta, irmã do morto: "Senhor, ele já cheira mal, pois já faz quatro dias". 40 Disse-lhe Jesus: "Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus?" (João 11.38-40)
Outra demonstração de incredulidade e cegueira espiritual é demonstrada pelos judeus que lá estavam, conforme podemos ler no verso trinta e sete.   
37 Mas alguns deles disseram: "Ele, que abriu os olhos do cego, não poderia ter impedido que este homem morresse?" (João 11.37)
Eles levantaram uma pergunta retórica. Não esperavam uma resposta. A pergunta deles demonstra que acreditavam que Jesus poderia ter curado Lázaro enquanto estava vivo, mas agora chorava pelo amigo, pois já estava morto. Eles não consideravam que Jesus poderia ressuscitá-lo.
Embora encontremos manifestações de incredulidade com relação a possibilidade da ressurreição de Lázaro também não acredito nesta hipótese, pois não existe no texto nenhuma referência de que Jesus tenha se dirigido aos que lá estavam de forma ríspida.  Pelo contrário o texto, sempre nos apresenta que Jesus estava profundamente comovido e compadecido da dor de todos. Possivelmente até mesmo por não terem condições de verem a vida além da morte, como ele, Jesus a via.
Ainda hoje muitos de nós nos encontramos cegos com relação à realidade da vida após a morte. Acredito que se compreendêssemos melhor essa verdade, descansaríamos nas mãos de nosso Deus com relação àqueles que perdemos seja pelo covid-19 ou por outros motivos.
Não estou dizendo que não sentiríamos ou que não choraríamos, pois já dissemos que precisamos chorar, pois o choro é a expressão da dor da separação que a morte causa em nós. Mas seríamos tomados, em meio à dor da perda, por um sentimento de paz proporcionado pelo Espírito de Deus a nós, pela confiança que temos na Palavra do nosso Deus. Um sentimento que só aqueles que o experimentaram sabe descrever ou compreender.
Para os que estavam no velório de Lázaro, a vida dele havia cessado ali. Marta, Maria e os judeus que criam na ressurreição compreendiam que ele estaria morto ou dormindo até o dia da ressurreição. Entretanto Jesus compreende a vida como uma linha continua, sem interrupção, sem morte, sem o cessar da vida. O próprio Jesus esteve com Moisés e Elias no evento da transfiguração. Moisés e Elias estavam vivos e participativos naquele evento. Jesus trata a morte como a separação do espírito do corpo, mas não como o fim da vida ou uma interrupção da vida. A vida não cessa. Os que morrem em Cristo hoje já passam a habitar com ele na glória. Nós que estamos vivos pela graça de Deus, vivemos nesta expectativa, nesta esperança. Portanto chorarmos a ausência de quem amamos é plausível e aceitável, até mesmo natural. Contudo não é natural para nós cristãos não aceitarmos que aqueles que amamos desfrutem do amor e da fidelidade de Deus na glória. Se todos nós desejamos estar lá, por que não aceitarmos que a nossa mãe, o nosso pai, o filho, a filha se encontrem antes de nós com Jesus? Não cremos que lá é o melhor lugar para estar? Por que desejar que eles continuem aqui? Para cuidar de nós? Eles estariam mais felizes aqui do que no céu?
A última hipótese levantada pelos estudiosos da Bíblia é que Jesus chorou por indignação diante o sofrimento que o pecado e morte estavam causando sobre o ser humano.

4 – POR INDIGNAÇÃO DIANTE O SOFRIMENTO CAUSADO PELO PECADO E PELA MORTE
Alguns comentaristas, como J. Ramsey Michaels, um teólogo americano, defendem a tese de que Jesus chorou de ira e indignação contra o pecado e a morte que aprisionam todos os seres humanos impedindo-os de contemplarem a vida abundante oferecida pelo Pai desde o princípio da criação.
Esta hipótese é defendida pelos teólogos devido ao significado da palavra grega encontrada no verso trinta e oito, deste capítulo. Mas é importante recordarmos o que aconteceu um pouco antes.
Segundo João, Jesus se agitou no espírito e se perturbou ao ver Maria e as demais pessoas chorando, vindo a derramar lágrimas silenciosas, que foram vistas pelos que estavam presentes.  Logo em seguida, novamente se comoveu profundamente conforme lemos no verso trinta e oito:
38a Jesus, outra vez profundamente comovido (ἐμβριμώμενος - embrimōmenos), foi até o sepulcro. (João 11.38a)
Jesus que já estava perturbado, incomodado interiormente ao ponto de escorrer lágrimas em sua face, diz o texto “outra vez profundamente comovido”. A tradução profundamente comovido, da palavra grega embrimōmenos, quebra a ideia anterior, interrompe o processo de perturbação, de indignação sentida por Jesus.
A expressão grega “ἐμβριμώμενος - embrimōmenos”, que já vimos aqui em uma de nossas reflexões, significa “bufando”. Pense no touro que olha para o toureiro bufando. Jesus ficou furioso, não fora de controle, mas furioso diante o que seus olhos viam. Outra vez bufou seria a tradução.
Mas o que Jesus viu que o fez bufar? Certamente sua indignação não se voltava contra Marta e Maria e nem contra os judeus que lá se encontravam, como já afirmamos. A única resposta plausível é que Jesus se indignou com a dor que a morte trazia sobre seus amigos e sobre toda humanidade.
Jesus bufou porque se irou interiormente por ver a morte vencendo sobre sua criação. Ele não criou um mundo e seres feitos a sua própria imagem e semelhança para sofrerem, para morrerem, para chorarem pela dor e separação dos que amam. Ele criou um mundo perfeito, mas o pecado tornou o homem mau, tornou a terra maldita e trouxe a morte sobre toda criação. Foi este sentimento que O levou a derramar lágrimas silenciosas.
Tenho dito lágrimas silenciosas porque Jesus não chorou de forma expressiva, mas foi um choro contido, silencioso. Lágrimas escorreram de seus olhos devido à dor que sua alma estava sentindo por ver a agonia que as pessoas estavam vivendo naquele lugar, por causa da morte.
Pessoalmente acredito nesta hipótese. Jesus chorou, não conseguiu impedir que lágrimas escorressem em sua face porque sendo Deus, o Criador, era dolorido ver sua criação sofrendo. Chorou de indignação diante o sofrimento causado pelo pecado e pela morte aos seres humanos.
Acredito que este foi um dos momentos mais difíceis para Jesus lidar com as duas naturezas que possuía. Assistir a dor, ao sofrimento causado pelo pecado e pela morte sobre a vida de seus amigos íntimos, a quem Jesus amava, o perturbou de tal forma que ele chegou a bufar. Contudo Jesus não usurpou o ser igual a Deus. Ele permaneceu submisso à vontade do Pai. Jesus sabia que só poderia derrotar a morte definitivamente na cruz.
O cordeiro de Deus na cruz venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia garantindo a todos que Nele crê a vida eterna.

REFLEXÃO FINAL
Quando passamos por circunstâncias difíceis, como enfermidades, dificuldades econômicas, conflitos relacionais e especialmente o sofrimento e a perda de pessoas amadas, quase sempre somos tomados pela sensação de que Deus nos abandonou. O sofrimento parece trazer junto com ele uma voz irônica sussurrando aos nossos ouvidos: “Por que você está sofrendo, não é um filho amado de Deus? Você não é uma filha amada de Deus? Você não disse que Deus ama você? Então, por que você está sofrendo?”.
Entretanto a história da morte e ressurreição de Lázaro nos apresenta alguns ensinamentos.
·      Primeiro: Aprendemos que mesmo sendo amados por Jesus estamos sujeitos ao sofrimento. O sofrer ainda faz parte de nossa história. Se alguém de sua casa está doente ou sofrendo, se alguém de sua casa durante este período de epidemia veio a falecer ou vier a falecer, saiba que Deus continua amando você.
·      Segundo: Podemos e devemos chorar. O choro não significa falta de fé, mas é uma expressão verdadeira de nossos sentimentos. Chorar diante a dor, a tristeza e a morte é sinal de que existe vida em nós. Devemos chorar não mais pelo sentimento de impotência diante dela, pois em Cristo Jesus vencemos a morte, mas chorarmos pela dor da separação temporária daqueles que amamos. Chorarmos de saudade, mas sem perdermos a fé de que nos encontraremos na glória e nunca mais choraremos, pois nunca mais o elo do amor será rompido, pois a morte já não existirá mais.
·      Terceiro: Jesus está sempre presente conosco. Não importa em que circunstância sua vida se encontra, Jesus está com você. Você pode estar no deserto, pode não estar ouvindo ou sentido a presença de Jesus, mas Ele está com você. Você pode estar no vale da sombra e da morte, Ele está com você e não te deixará desamparado neste vale. Jesus não só está ao seu lado, mas ele está em você. Se você aquietar a sua alma, você será inundado pela presença Dele em você.
·      Quarto: Jesus nos ensina que a vida é contínua, não cessa com a morte. A morte é tão somente a separação do nosso espírito de nosso corpo. Dormir não significa que a alma entrou num estado de inconsciência. Os que morreram em Cristo aguardam conscientes o cumprimento de toda Palavra de Deus. Os que morrem, em Cristo Jesus já estão no paraíso, já estão habitando com Deus, vivendo na plenitude da comunhão com Cristo, desfrutando da vida eterna conquistada por Ele na cruz do calvário.
·      Quinto: Jesus venceu a morte pra sempre! Portanto não existe morte para os que viveram e vivem em Cristo Jesus. Ele ressuscitou e nós ressuscitaremos com Ele, e com Ele reinaremos pra sempre! Lázaro despertou da morte como o anúncio que também nós despertaremos da morte pelo poder de Jesus. Glórias ao Cordeiro de Deus! Maranata! Vem Jesus! Te adoramos Senhor!


Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
21/06/2020

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