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terça-feira, 9 de agosto de 2022

SERMÕES 167 - APOCALIPSE 12: O IMITADOR

O IMITADOR

Série: Apocalipse (12 parte)

 

O tema de nossa mensagem de hoje é “O Imitador”. Desde o princípio Lúcifer, um anjo de luz, deixou seu coração ser dominado pelo desejo de ser igual a Deus. Ele queria ser adorado como Deus, nosso criador.

Sua inveja de Deus, sua ambição em desejar ser como Deus, o tornou um homicida desde o princípio. Lúcifer se transformou num adversário de Deus, colocando-se contra tudo que Deus havia criado; arrastando com ele um terço dos anjos celestiais e a humanidade no Éden para a morte.

Entretanto Deus forja um plano para salvar a humanidade do sofrimento eterno, chamado na Bíblia de segunda morte. Lúcifer, agora chamado de Satanás, o adversário, e os anjos que com ele se aliaram foram condenados ao lago de fogo que arde com enxofre, que é a segunda morte, onde sofrerão eternamente.

No plano de salvação da humanidade, Deus enviou seu Filho, Jesus que na cruz morreu como um Cordeiro para tirar o pecado do mundo. A mensagem deste ato sacrificial do Filho de Deus tem sido anunciado a todas as nações, a todos os povos, levando a promessa para todos aqueles que creem nessa verdade de que serão salvos, por causa do sangue do Cordeiro. Aos que creem nessa verdade e se rendem ao Senhorio de Jesus Cristo, imediatamente recebem o selo de Deus, o Espírito Santo de Deus que é a marca de que pertencem a Deus.

Em todo ato criativo e também no desenvolvimento de todo o projeto da salvação da humanidade, nós vemos Deus Pai, Filho e Espírito Santo trabalhando em cooperação e harmonia.

No capítulo treze que hoje iremos refletir, veremos Satanás imitando Deus, criando sua própria trindade satânica para governar e também o veremos imitando a Deus em sua atuação sobre os homens. Vejamos a primeira imitação.

 

1 – PRIMEIRA IMITAÇÃO: DA TRINDADE

Assim como Deus é triúno: Pai, Filho e Espírito Santo – O diabo criou sua própria trindade satânica, imitando a Deus, pois seu grande desejo é ser como Deus, conforme podemos ler em Apocalipse 13.1,2,11,12.

1 Vi uma besta que saía do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças, com dez coroas, uma sobre cada chifre, e em cada cabeça um nome de blasfêmia. 2 A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. [...] 11 Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. 12 Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado. (Apocalipse 13.1,2,11,12)

Estes versos nos deixam claro que temos o dragão, que é o próprio diabo, a antiga serpente e duas bestas trabalhando para ele. O texto deixa claro que o dragão é que dá poder e autoridade as bestas. Uma besta saiu do mar e outra besta saiu da terra. Dessa forma o diabo criou sua própria trindade satânica, imitando a figura da Trindade Santíssima.

As duas bestas descritas nesse capítulo agem conjuntamente e são agentes por meio dos quais Satanás leva ao ápice sua guerra contra os cristãos. A primeira besta que sai do mar é apresentada como um monstro com sete cabeças e características combinadas de outros animais. Faz referência às quatro bestas descritas no livro de Daniel, capítulo sete.

Enquanto Daniel sete (Dn 7) está interessado em quatro reis e reinos sucessivos (Leão – Império Babilônico; Urso – Império Medo-Persa; Leopardo – Império Grego/Helenístico; Fera medonha – Império Romano, de onde sai um chifre menor que os estudiosos afirmam ser a Igreja Romana), Apocalipse 13 concentra-se em um grande reino, que é a culminação de todos os terrores dos anteriores.

A primeira besta, o anticristo é a encarnação dos poderes maus, e atrai a admiração universal por atos que parecem ser benéficos. 

A segunda besta que sai da terra tem a tarefa de persuadir as pessoas de que o que elas veem na primeira besta é admirável de modo que qualquer desvio ou contracultura deve ser considerado estranho, antissocial e, portanto, repudiado.

A primeira besta se apresenta como um pacificador, como algo bom, mas suas palavras estão associadas ao mal. Ela representa os poderes políticos e econômicos dos quais o diabo se serve para executar seus planos neste mundo tenebroso – este poder é dado a um homem, cuja encarnação é a personificação do maligno. Alguns estudiosos do livro de Apocalipse afirmam que esta primeira besta é os Estados Unidos da América. Outros estudiosos acreditam que a primeira besta será composta de países que formaram a região geográfica do antigo Império Romano. Não devemos nos preocupar muito com isso, mas entender o ensino que está nos alertando para que não sejamos dominados pela mentalidade que este império está tentando impor sobre nós hoje. O espírito do anticristo já está atuando em nosso mundo.

É por meio destes poderes políticos e econômicos que o espírito do anticristo age, sem que esses poderes se deem conta de que estão servindo a ele. Através desses poderes e instituições, o diabo se impõe no mundo. A maior parte dos seres humanos o serve, enquanto somente os que estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro, que é Jesus Cristo, não são dominados por ele. O apóstolo Paulo nos ensina essa verdade em sua carta aos irmãos de Éfeso (Efésios 2.1-3). Ele afirma que já em seus dias o espírito do anticristo atuava sobre a humanidade.

1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. (Efésios 2.1-3)

Este espírito do anticristo já atua sobre a humanidade desde o Éden. Contudo este espírito se encarnará na figura de um homem. Vejamos a segunda imitação.

 

2 – SEGUNDA IMITAÇÃO: ENVIO DE UM PROFETA

A segunda besta representa o poder religioso e espiritual que apontará para a primeira besta, o anticristo, como o salvador do mundo. Assim como os profetas apontaram para Jesus como o Salvador do mundo. Vemos aqui mais uma imitação de Satanás da maneira de agir de Deus. Ele envia um profeta, que possivelmente se fará presente por meio de uma instituição religiosa para despertar a fé na encarnação do mal criado por ele.

Leiamos Apocalipse 13.11-15.

11 Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. 12 Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado. 13 E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu a terra, à vista dos homens. 14 Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra da besta que fora ferida pela espada e contudo revivera. 15 Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. (Apocalipse 13.11-15)

Essa besta realizará grandes sinais, como os profetas de Deus realizaram no passado. Ela chegará a fazer descer fogo do céu a terra, como Elias o fez. O diabo quer confundir o povo de Deus realizando sinais que se associe com os sinais realizados por Deus. Ele está plagiando as ações de Deus, e segundo as Escrituras ele conseguirá, pois diz o texto no verso quatorze – “Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra”.

Esse profeta do mal ou esta instituição religiosa maligna induzirá e obrigará todas as pessoas, tendo o apoio das instituições políticas e econômicas dominadas pelo anticristo, a adorarem a ele, o anticristo, matando aqueles que se recusarem.

Essa segunda besta é apontada pelos teólogos como sendo a Igreja Romana, dessa forma o Papa é apontado como sendo essa besta. Muitas coisas colaboram para esta afirmação, entre elas a mudança que a Igreja Católica fez no calendário, cumprindo-se assim a profecia de Daniel 7.25. Não quero atacar a Igreja Católica Romana, embora todos os dedos teológicos apontem para ela. Nós evangélicos de maneira geral também temos propagado o espírito do anticristo em nossos encontros religiosos. Nós devemos orar pela salvação de todos e amar até mesmo nossos inimigos disse Jesus.

Vejamos a terceira imitação.

 

3 – TERCEIRA IMITAÇÃO: DO CORDEIRO

É interessante notarmos que Satanás com o fim de enganar a muitos não só tenta copiar a Trindade Santíssima, como tenta imitar a maneira de atuação do próprio Deus. O Pai enviou seu Filho para nos salvar. Como Cordeiro ele foi morto na cruz e ressuscitou ao terceiro dia.

O diabo busca imitar a morte de Jesus para se parecer com o próprio Cristo, e também busca imitar o Pai na entrega de todo poder ao Filho Jesus. Satanás entrega a Besta que saiu do mar, o anticristo, seu poder conforme lemos em Apocalipse 13.3,4.

3 Uma das cabeças da besta parecia ter sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. Todo o mundo ficou maravilhado e seguiu a besta. 4 Adoraram o dragão, que tinha dado autoridade à besta, e também adoraram a besta, dizendo: "Quem é como a besta? Quem pode guerrear contra ela?" (Apocalipse 13.3,4)

Satanás tenta imitar a morte de Cristo. O anticristo irá sofrer um ferimento mortal, que fará parecer que ele venceu a morte, levando todos a ficarem maravilhados e o seguirem. Este evento irá levar muitos a adorarem a Besta e o dragão. É a Besta tentando se parecer com o Cordeiro de Deus sacrificado.

Ao ser adorado o ego do anticristo sobe as alturas ou talvez devêssemos dizer desce as profundidades mais escuras possíveis, de tal forma que ele se levanta e se mostra realmente para o que veio, conforme podemos ler (Apocalipse 13.5-10).

5 À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. 6 Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus e amaldiçoar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam no céu. 7 Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. 8 Todos os habitantes da terra adorarão a besta, a saber, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo. 9 Aquele que tem ouvidos ouça: 10 Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, à espada haverá de ser morto. Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos. (Apocalipse 13.5-10)

Novamente temos aqui o período de quarenta e dois meses, três anos e meio. Este período se refere à segunda metade do período da Grande Tribulação, este período é chamado por alguns como período da apostasia – por ser o período do reinado do anticristo. É neste período que o anticristo, a Besta irá guerrear contra os santos, contra as duas testemunhas e as vencerá.

Neste período não haverá salvação para os santos. Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, à espada haverá de ser morto. É na disposição de morrer por Cristo que será manifesta a perseverança e a fidelidade dos santos. Na morte os crentes vencerão o anticristo.

Vejamos a quarta imitação:

 

4 – QUARTA IMITAÇÃO: UMA MARCA

Muito se fala a respeito da marca da besta. É fato que sem a marca da besta não poderemos comprar ou vender, não poderemos fazer negócios, conforme lemos em Apocalipse 13.16,17.

16 Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, 17 para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome. (Apocalipse 13.16,17)

Há muito tempo atrás se entendia a marca da besta como uma marca que seria imprimida em nossa pele na mão ou na testa, como uma tatuagem. Por volta dos anos de 1990 à 2000 todos acreditavam que a marca era o código de barra. Algumas pessoas até evitavam comprar algo que tivesse o código de barra. Nos últimos anos a marca passou a ser identificada com um chip que será instalado nas mãos ou na testa, podendo assim nos rastrear. Pode até ser! Mas de fato hoje já somos conhecidos e manipulados pelo mercado que comanda este mundo. Todas as informações a nosso respeito já está nas mãos dos governantes.

Eu não sei qual é a marca da besta ou mesmo se existe de fato uma marca literal. O que posso dizer é que assim como Deus desejava que o seu povo tivesse Suas Palavras todo o tempo diante deles, vivendo-as em todos os seus afazeres manuais; por isso Ele diz ao povo de Israel para a terem como sinal em suas mãos. Deus também desejava que esta palavra estivesse em todo tempo nos pensamentos de seu povo dominando assim todas suas ações e sentimentos; por isso Ele diz para que a tivessem como sinal em suas testas, conforme podemos ler em Deuteronômio 6.3-8.

3 Ouça e obedeça, ó Israel! Assim tudo lhe irá bem e você será muito numeroso numa terra onde manam leite e mel, como lhe prometeu o Senhor, o Deus dos seus antepassados. 4 Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. 5 Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. 6 Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. 7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. 8 Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. (Deuteronômio 6.3-8)

O que me parece é que se o povo de Deus é caracterizado pela fidelidade em guardar a Palavra de Deus (ter ela na mente) e em cumprir a Palavra de Deus em suas atividades diárias (aplicá-las enquanto trabalha, estuda, cozinha, ensina os filhos, isto é, enquanto se pratica o serviço braçal), Satanás quer caracterizar o seu povo por meio de uma marca mercadológica, que lhe permita consumir o que o mundo lhe pode oferecer. Ele trabalha para que as pessoas tenham as mentes dominadas pelos prazeres que o mundo pode oferecer, levando-as a trabalharem honestamente ou desonestamente com o fim de alcançarem os prazeres deste mundo. Na medida em que trabalhamos em busca de alcançarmos os prazeres deste mundo, em busca de saciarmos, não as nossas necessidades básicas, mas os nossos desejos pessoais, despertados pela mídia, pelo sistema que governa o mundo, trabalhamos em prol da manutenção deste sistema perverso e aprisionante criado pelo anticristo.

 

5 – O NÚMERO DA BESTA

O capítulo treze termina apresentando a nós o número da besta.

18 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis. (Apocalipse 13.18)

Segundo a hermenêutica da gematria[1] o número 666 apontava para o imperador romano Nero. O nome “Caesar Neron” escrito em letras hebraicas (נרון קסר) equivale a 666. Não tenho dúvida que o Império Romano e o seu imperador representavam para a igreja dos dias de João, a quem o livro foi primeiramente escrito, a primeira besta e a segunda besta, que lutavam contra o Reino de Deus e do seu Cristo.  

Desde o começo do século dezessete, a interpretação usual tem sido que 666 representa o Papa, pois este número corresponde ao valor numérico das letras de um dos títulos do papa: Vicarius Filii Dei. A palavra “vigário” significa substituto. Essa afirmação diz que o Papa é o substituto de Jesus. Contudo a Bíblia nos ensina que o Espírito Santo é o substituto de Jesus. Isso tem contribuído para a identificação do Papa como o anticristo.

Entretanto o que eu quero destacar é o número em si: 666. O número seis é o número de homem. Seis significa imperfeito, mas é o número próximo ao número da perfeição. Seis está próximo do número sete, sendo que sete é o número da plenitude, da perfeição. O homem foi feito perfeito, mas não perfeito como Deus. O homem foi feito a semelhança da imagem de Deus, mas não é Deus.

A repetição deste número seis, por três vezes, tem a intenção de destacar o quanto a besta parece estar próxima da perfeição, mas o que falta para ela ser perfeita, a torna diabólica e absolutamente oposta a Deus. Ela tem aparência de verdade, pode facilmente enganar a qualquer um que busca a verdade. O paradoxo da besta é que seu grande mal é se parecer do bem. Se você tentar encontrar a besta buscando características malignas você não a encontrará, pois ela parece ser perfeita.

 

REFLEXÃO FINAL

Eu quero concluir nossa reflexão de hoje despertando você para a realidade de que vivemos em um mundo onde o espírito do anticristo já está operando há muitos anos, e por isso, vemos na história muitos personagens que se identificaram com o anticristo. Alguns se tornando a própria personificação do mal, como Hitlher e outros vestidos de luz, mas propagando trevas.

Você precisa ficar atento, todos os dias ao que ouve, ao que lê, ao que está formatando sua compreensão da vida, aquilo que está construindo sua cosmovisão. Não estamos isentos da influência do espírito do anticristo. Este espirito está atuando até mesmo dentro das igrejas cristãs de nossos dias, como já atuou nas igrejas cristãs do passado.

Muitos discursos que estão baseados no amor, no respeito ao próximo, na igualdade, na solidariedade quando não fundamentados na verdade que é Cristo, estão carregados do espírito do anticristo. Por exemplo: Respeito a todas as religiões. Respeito à liberdade da opção sexual - Esses discursos de respeito têm suas verdades, mas eles têm o objetivo de destruir a verdade de que somente Cristo salva, de que somente Cristo deve ser adorado e por fim a todos os valores cristãos estabelecidos ao longo dos anos, afirmando que todas as religiões devem ser respeitadas.

Outro exemplo: O que importa é ser feliz - Este discurso alcança o coração de todos, pois todos desejam ser felizes. Entretanto a que custo minha felicidade deve ser alcançada? Para alcançar a felicidade eu posso destruir a geração futura? O que determina que minha felicidade seja mais importante do que a busca de felicidade do outro? Na busca da minha felicidade eu posso ferir o outro? Eu ouço minha música no som que eu quero. Eu me relaciono com as pessoas como eu quero. Eu abandono minha relação quando eu quero. Eu mato quem eu quero em nome de minha felicidade. Eu te pergunto: “Realmente o que importa é eu ser feliz ou a felicidade de todos?”

Outro exemplo: Se existe amor é legitimo – Atualmente usa-se o amor para legitimar o pecado, principalmente as opções sexuais erradas. O discurso do amor nos sensibiliza; afinal se existe amor, Deus abençoa, pois Deus é amor. Essa mentira tem sido propagada por todos os veículos de comunicação, inclusive por igrejas que se dizem cristãs. Primeiramente o amor de todo ser humano precisa ser direcionado a Deus. Todo ser humano precisa amar a Deus, mais do que a si mesmo, mais do que a própria mãe, pai, irmãos e qualquer outra coisa. Aquele que ama mais a Deus do que a si mesmo colocará a Palavra de Deus como prioridade em sua vida. Obedecerá o que a Palavra de Deus ensina e não se deixará ser levado por sua própria cobiça. Não forçará a Bíblia a dizer o que ela não diz, para assim viver sua própria vontade.  Amar a Deus acima de todas as coisas implica em negar a si mesmo, negar suas paixões e vontades que não condizem com a vontade de Deus. O homossexual deve negar sua atração por pessoas do mesmo sexo para viver para Deus. O heterossexual deve negar seus desejos por qualquer relação fora do casamento para viver para Deus. Todos nós temos coisas que devemos negar. Todos nós lutamos contra o pecado. Somos todos pecadores.

Não se deixe ser enganado pelos discursos do anticristo. Não se deixe ser formatado pelo discurso do mundo presente. Ame a Deus mais do que qualquer outra coisa e se apegue a Sua Palavra, interprete a Bíblia a partir dela mesma e não das interpretações dos homens. Deus te abençoe!

 

 

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

07/08/2022 (noite)



[1] GEMATRIA - É um método hermenêutico que analisa cada letra pelo seu equivalente numérico. Gematria faz parte de uma tradição judaica que se remete à interpretação talmúdica do Tanach através do Baraita de 32 regras.


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