DESPRENDIMENTO 1 - O DEUS QUE VÊ NOSSO DESPRENDIMENTO E PROVÊ NOSSAS NECESSIDADES

O DEUS QUE VÊ NOSSO DESPRENDIMENTO E PROVÊ NOSSAS NECESSIDADES
Gênesis 22: 1 – 14

Introdução
• O capítulo 22 de Gênesis certamente é um dos mais lindos na literatura bíblica. A emoção, a teologia, o suspense, a revelação, enfim, tudo contribui para a beleza e profundidade desse capítulo.
• Esse capítulo apresenta o duro teste de Abraão. Fala do amor que ele teve por Deus, acima do amor dele por seu filho. Mas além de tudo, fala de um Deus que está em controle de todas as coisas, de um Deus que vê e provê.
• Quantas vezes nos deparamos com a necessidade de fazermos decisões, e não vemos saída para uma situação. E aí Deus nos lembra que Ele é Jireh e que o nome do monte é Moriá. Que ele esta vendo e por isso provê tudo para nós. Tudo que ele pede de nós é obediência. É confiar, é andar por fé.

O Teste de Abraão (1-2)
• “Depois dessas coisas” – Do nascimento de Isaque e de tudo que precede esse evento. No capítulo 22 há uma aparente retração da promessa de Deus a Abraão. O filho esperado por tanto tempo, tão desejado, filho da promessa e da velhice agora é requerido por Deus. Parece que há uma contradição de tudo que veio antes.
• Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
o Everet Fox no seu comentário diz que esse capítulo é um paralelo com o capítulo 12.
o Essa frase lembra do outro mandamento que Deus deu a Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
o No capítulo 12, Deus pede que Abraão deixe, ou abra mão do seu passado. Nesse capítulo 22, Deus pede que ele abra mão do seu futuro.
• Deus pediu Abraão para oferecer Isaque como holocausto. A palavra usada no original é olah que significa sacrifício completo. Era um sacrifício completo. Deus não pede sacrifícios humanos. Fala de entrega total.
• Às vezes na nossa vida é assim. O que queremos segurar e guardar é o que Deus nos pede. Estamos dispostos a abrir mão e dar para Deus?

A Obediência de Abraão (3-10)
• Foi imediata:
o É interessante notar o silêncio de Abraão. Ele não questiona, não duvida, não pergunta, mas prontamente obedece.
o O verso 3 nos mostra a seqüência de eventos: Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou (preparou) o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
• Foi baseada na fé (5 a 8)
o Como poderia ele estar tão seguro que voltaria?
o Hebreus 11:17-19 nos dá a resposta: 17Pela fé Abraão, quando Deus o pôs à prova, ofereceu Isaque como sacrifício. Aquele que havia recebido as promessas estava a ponto de sacrificar o seu único filho, 18embora Deus lhe tivesse dito: "Sua descendência* será estabelecida por meio de Isaque". 19Abraão levou em conta que Deus podia ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os mortos.
o A fé de Abraão era baseada na Palavra e não nas circunstâncias (Romanos 4: 20-21)
• Foi Completa (9-10) – A obediência de Abraão e a submissão de Isaque

A Fidelidade de Deus (11-14)
• A intervenção de Deus
• O Nome de Deus – Jiré –Vê e provê
o O pensamento de provisão de antemão é visto no nome da montanha – Moriá (vendo) e no nome de Deus Jiré – O que vê e provê
• “Agora eu sei” - Conhecimento por prova e atitudes
o Essa passagem não pode estar falando de um conhecimento limitado de Deus, pois o contexto do capítulo é exatamente o contrário. É uma afirmação que Deus vê todas as coisas e por isso pode prover.
o Está falando de um conhecimento experimental e não somente racional.

Conclusão e Aplicação
• Às vezes Deus nos coloca na mesma posição que colocou Abraão. Nos mandando abrir mão do passado e do futuro e confiar nele no presente.
• Às vezes ele pede de nós o que está nas nossas mãos. O que queremos guardar.
• Qual será a nossa resposta? Passaremos no teste ou seremos reprovados?
• Deus sabe e vê todas as coisas. Ele já proveu para nós. Não podemos desesperar.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira