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sábado, 11 de dezembro de 2010

RELIGIÕES 8 - O ESPIRITISMO

O ESPIRITISMO


INTRODUÇÃO

O Espiritismo é uma falsa religião tão antiga quanto a humanidade. O que podemos chamar a primeira manifestação do Espiritismo teve lugar no Éden, onde Satanás serviu-se da serpente como médium para tentar e enganar Eva, e através dela Adão, culminando na desobediência dos dois às ordens de Deus. Aí deu-se a entrada do pecado na raça humana incipiente. Na primeira civilização a babilônica, o Espiritismo proliferou livremente, como nos mostra a história, a lingüística e a arqueologia. As civilizações sucessivas todas foram influenciadas por este mal.

Vejamos as principais causas do aumento do Espiritismo nestes últimos dias:

1) Está predito na revelação divina, como um sinal dos tempos (1 Tm 4:1).

2) A fascinação que as práticas espíritas produzem nas pessoas que desconhecem o que de fato é o Espiritismo: culto aos demônios.

3) A curiosidade do povo em torno de coisas misteriosas, sobrenaturais, ocultas, futuras, desconhecidas, e o desejo de contato com pessoas falecidas, principalmente entes queridos.

O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus.

Alheio à Palavra de Deus, e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído numa espécie de "profundezas de Satanás", pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios.



1. Resumo Histórico Do Espiritismo

O espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido. Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.

1.1. Estranhos Fenômenos

Em dezembro de 1847, Margaret e Kate, respectivamente de doze e dez anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princípio julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mão fria tocou no rosto duma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de comunicar-se com o autor dos ruídos, que respondeu às perguntas com um determinado número de pancadas.

1.2. Expansão do Movimento

Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil onde a semente do supersticionismo espiritista haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitados com sucesso pelos espíritas norte-americanos.



Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Leon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lião, em 1804, filho dum advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação dum poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de Abril de 1856. Um ano depois, publicou O Livro dos Espíritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou toda a literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados Unidos, e dizia ser guiado por espíritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis.

Homens dotado de característica físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi apóstolo das novas idéias que haveriam de influir no organização do espiritismo. Fundou A Revista Espírita, periódico mensal editado em vários idiomas. Ele mesmo assentou as bases da "Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec". Morreu em 1869.



2. Subdivisão Do Espiritismo

São inúmeras as práticas espíritas sob as mais diferentes seitas, organizações, instituições e movimentos, como é o caso da Nova Era. Algumas práticas são: invocação de mortos, invocação de demônios, aparições, transe, astrologia, horóscopo, benzedeiras, predições, exorcismo, quiromancia, globo de cristal, percepção extra-sensorial, parapsicologia, ioga, numerologia, tábua de uija, cartas de tarô, magia branca e negra, meditação transcendental, psicografia, andar no fogo, levitação, telecinesia, hipnoismo, mediunidade, bruxaria, candomblé, cura cósmica, regressão interior, esoterismo, ecletismo, teosofismo, kardecismo.

Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas.



2.1. Espiritismo Comum

Dentre as muitas práticas dessa classe de espiritismo, destacam-se as seguintes:

a) Quiromancia – Adivinhação pelo exame das linhas das mãos. O mesmo que "quiroscopia".

b) Cartomancia – Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.

c) Grafologia – Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.

d) Hidromancia – Arte de adivinhar por meio da água.

e) Astrologia – Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecida como "uranoscopia".





2.2. Baixo Espiritismo

O baixo espiritismo, também conhecido como espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes práticas:

a) Vodu – Culto de negros antilhanos, de origem animistas, e que se vale de certos elementos do ritual católico. Praticado principalmente no Haiti.

b) Candomblé – Religião dos negros ioruba, na Bahia.

c) Umbanda – Designação dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e outros cultos sincréticos.

d) Quimbanda – Ritual da macumba que se confunde com os da umbanda.

e) Macumba – Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicismo.



2.3. Espiritismo Cientifico

O espiritismo cientifico é também chamado "Alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo", "Espiritismo Profissional" ou "Espiritualismo". Ele se manifesta, inclusive, como "sociedade", como por exemplo LBV (Legião da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como:

a) Ecletismo – Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.

b) Esoterismo – Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.

c) Teosofismo – Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna Blavastky, mística norte-americana (1831-1891), fanática adepta do budismo e do lamaísmo.



2.4. Espiritismo Kardecista

O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil, e tem, como principais, entre as suas muitas teses as seguintes:

a) Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.

b) Crença da reencarnação.

c) Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.

d) Crença na pluralidade dos mundos habitados.

e) A caridade é virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos.

f) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando um mundo longíquo.

g) Mais perto dos homens estão os "espíritos-guias".

h) Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.



Evidentemente, o Diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações. Aos psicólogos, ele diz: "Trago-vos uma nova ciência". Aos ocultistas, assevera: "Dou-vos a chave para os últimos segredos da criação". Aos racionalistas e teólogos modernistas, declara: "Não estou aí. Nem mesmo existo". Assim faz o espiritismo: muda, de roupagem, como o camaleão muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, essência, continue sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico.



3. A Teoria Da Reencarnação

A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir.

Sobre o assunto, escreveu Allan Kardec:



"A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição... A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs. 24,25).



3.1. A Bíblia Nega a Reencarnação

A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra "reencarnação", tampouco confunde-a com a palavra "ressurreição". Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, "reencarnação" é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra "ressurreição", no grego, é "anastasis" e "égersis", ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.

No latim, "ressurreição" é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo "ressurreição" como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.





3.2. Ressurreição Na Bíblia

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno, final – o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato de Ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressurreição real (1 Co 15:20,23).

A expressão "ressurreição dentre os mortos", como em Lucas 20:35 e Filipenses 3:11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20:36). A dita expressão é tradução correta do original. A palavra "dentre" indica que os mortos ímpio continuarão sepultados quando os santos ressurgirem.

Quanto à ressurreição propriamente dita, escreve Allan Kardec:



"A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos".



É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.



3.2.1. Lázaro

O testemunho de João capitulo 11 é que Lázaro:

a) Estava morto (vv. 14,21,32,37);

b) Já cheirava mal (v.39);

c) Ressuscitou ainda amortalhado (v.44);

d) Ressuscitou com o mesmo corpo e com a mesma aparência, que possuía antes de morrer (v.44).



3.2.2. Jesus

O testemunho das Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo, é que:

a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19:33);

b) José de Arimatéia e Nicodemos, sepultaram-no (Jo 19:38-42);

c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6);

d) Mesmo após ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27).



3.3. Uma Teoria Absurda

Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antonio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capítulo de João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo" (o grifo é nosso), quando o versículo naquela versão (Padre João A. Pereira) é escrito da seguinte forma: "Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo" (o grifo é nosso).

"Renascer" já significa nascer de novo, enquanto que "renascer de novo" se constitui numa intolerável redundância, mas não sem propósito por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.



4. João Batista Era Elias Reencarnado?

Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: "Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram... Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mt 17:10-13).

Acerca de João Batista, disse mais Jesus: "E, se o quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir" (Mt 11:14).



4.1. Opinião Espiritista

Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec:



"A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade... 'É ele mesmo o Elias, que havia de vir'. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs. 25, 27).



4.2. Objeção Bíblica

A Bíblia mesma dá respostas às suas indagações. À pergunta: João Batista era Elias reencarnado ou não? O próprio João Batista responde a esta indagação, dizendo: "Não sou" (Jo 1:21).

Sobre João Batista, diz Lucas 1:17: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridades do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Lembra o refrão popular: "Tal pai, tal filho". Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim, que existem hábitos comuns entre ambos.



4.3. Cinco Pontos a Considerar

Dentre as muitas razões pelas quais cremos que João Batista não era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes:

1) Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9:7,8);

2) Se os Judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Jesus Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lc 9:7,9);

3) Se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao Céu (2 Rs 2:11);

4) Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram: "És tu Elias?", ele respondeu desembaraçadamente: "Não sou" (Jo 1:21).

5) Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17:18).

Fica mostrado, portanto, que a Bíblia não apóia a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados "fatos comprovados" da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.



5. ADVERTÊNCIAS BÍBLICAS

A Bíblia trata do mundo invisível dos espíritos que está à nossa volta (2Rs 6.17; Cl 1.16; Hb 11.27; 2 Co 4.18). As nações ímpias vizinhas a Israel praticavam variadas formas de Espiritismo, e Deus preveniu o seu povo disso.

1. Deuteronômio 18.9.15. Nesta passagem Deus adverte o seu povo quanto às práticas espíritas das nações ímpias a seu redor (v.9). Queimar os filhos em rituais macabros, os adivinhos, prognosticador, agoureiro, feiticeiro (v.10); encantador, necromante, mágico, médium (v.11). Quem faz tais coisas é abominação ao Senhor (v. 12). O senhor não permite ao seu povo praticar tais coisas (v.14). Deus falará através dos seus profetas (v.15).

2. Êxodo 22.18. Na lei mosaica a prática da feitiçaria era punida com a morte. Por que mulher? Duas razões principais: os homens na sua totalidade cuidavam da defesa da nação, enquanto as mulheres cuidavam da família. Por outro lado, o povo israelita era pastoril, em que os homens trabalhavam no campo. A mulher seria uma presa fácil para tornar-se instrumento de Satanás na feitiçaria. Quem quiser saber da vontade de Deus deve consultar as Sagradas Escrituras e buscar o Senhor em oração Ver Lv 20.6,27; Jr 27.9.10.

3. Levítico 19.31. Aqui temos outra proibição divina contra o Espiritismo. Formas diferentes são mencionadas aqui. O termo “encantador” corresponde ao necromante. “Adivinho” corresponde ao que lida com sorte, futuro, destino. O texto citado mostra que qualquer contato voluntário com o Espiritismo significa contaminação com ele. Porém muita coisa que acontece nas práticas espíritas é pura trapaça.

4. Isaías 8.18-20. Aqui temos uma proibição mais detalhada contra o Espiritismo. “Espíritos familiares” (v.19) são demônios, aparentemente pacatos, atuando como em família, usando o nome, a voz, os gestos e até aspectos fisionômicos de pessoas falecidas, para mais facilmente enganar. Quem quiser saber a vontade de Deus, busque-o e à sua Palavra. É vedado interrogar mortos a favor dos vivos (vv. 19.20).

5. 1 Crônicas 10.13,14. Saul morreu prematuramente e de modo tão trágico porque rebelou-se contra Deus, e porque consultou uma feiticeira. Os espíritas citam 1 Sm 28 em abono de suas práticas condenadas por Deus. O que aconteceu na sessão espírita de En-Dor foi que o demônio familiar que estava na feiticeira, enganou a ela mesma e também a Saul, fingindo ser o espírito de Samuel.

6. Apocalipse 21.8; 22.15. Uma das últimas advertências da Bíblia é que os feiticeiros ficarão fora do céu. Deus não executa julgamento sem antes avisar. Este é o último aviso de Deus na sua Palavra para que os espíritas aceitem a Jesus e sejam salvos antes que seja tarde demais.

7. Deuteronômio 7.25,26; 13.17. Aqui somos prevenidos a não ter conosco, nem em casa material abominável idolátrico; tanto o ídolo, como seus acessórios. Toda idolatria está vinculada a demônios. Basta ler Dt 13.17; Sl 106.37; 1Co 10.20,21; Ap 9.20. Todo material usado em feitiçaria deve ser destruído, como vemos em At 19.19.



6. AS DOUTRINAS ESPÍRITAS ANTE A BÍBLIA

São muitos os escritores espíritas, cujos livros servem de base às crenças espíritas, sendo o principal deles o francês Allan Kardec. Entre outros livros ele escreveu O Evangelho Segundo o Espiritismo, afirmando que ele foi ditado pelo “espírito da verdade”. Diante disto fazemos a seguinte pergunta: Podem os mortos ajudar os vivos?

Para saber se os mortos podem ou não ajudar os vivos, leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no evangelho de Lucas 16:19-31. Nesta história contada por Jesus fica claro que Não.



1. A comunicação com espíritos dos mortos. É a necromancia condenada na Bíblia (Dt 18.9-14; Lvd 19.31; 20.27; Jr 27.9; Ap 21.8). O espírito dos mortos não ficam perambulando à vontade. Ficam sob o controle de Deus. Se é ímpio vai para o Hades; se é salvo vai estar com o Senhor. (Ver Rm 14.9; Ec 12.7; 2 Sm 12.23; Lc 16.26; At 10.42; Fp 1.23; 2 Co 5.8). O que ocorre nas sessões espíritas é os demônios atuarem nos médiuns, personificando pessoas falecidas para enganar o povo. A verdadeira origem de vozes do “falecido”, mensagens psicografadas, receitas médicas, e operações é a atuação dos demônios em nome dos mortos. Um dos nomes do Diabo é enganador.

2. A reencarnação. Dizem eles que mediante reencarnações sucessivas, todas as pessoas vão evoluindo gradativamente, enquanto livram-se dos erros do passado. O processo intelectual e moral de um indivíduo depende disso. Segundo a reencarnação a graça salvadora de Deus que restaura nos salvos à imagem de Deus, é inútil. A reencarnação faz do homem o seu próprio salvador. É uma maneira do Inimigo tentar invalidar a obra redentora de Jesus.

. Textos bíblicos desmentindo a reencarnação: Hb 9.27; 2 Sm 12.23; 2 Co 5.8; Fp 1.23; Ap 14.13; Jo 10.21; Ec 9.5,6.

3. A salvação. Crêem os espíritas que a perfeição do ser humano vem pela evolução espiritual conseguida pelo próprio homem através do sofrimento e da prática da caridade, filantropia. Equivale dizer que a salvação depende do próprio homem.

. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia nos salvou, pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). Glória a Deus! As boas obras devem ser fruto da nossa salvação, e não para a salvação (Ef 2.10). Leia também: Jo 1.12,13; 3.16; 5.24; At 10.1-6; Rm 10.9, 10; Ef 2.16.

4. A Bíblia. "Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para com o público" (Outlines of Spiritualism).

Os espíritas não aceitam a Bíblia como autoridade única de fé, doutrina e prática da vida. Suas crenças e doutrinas vêm das supostas revelações dos “espíritos” através dos médiuns. Usam a Bíblia apenas como decoração e para adaptá-la às suas conveniências religiosas. É uma blasfêmia igualar as “revelações” contraditórias, absurdas do Espiritismo com a mensagem da Bíblia, dada por Deus.

. A Bíblia é inspirada por Deus (2 Pe 1.21); é garantida por Deus (Jr 1.12); é santa, justa e boa (Rm 7.12); é perfeita (Sl 19.7); é a verdade (Jo 17.17); é luz divina (Sl 119.105); é alimento do céu (Jr 15.16); é fiel (1 Tm 4.9).

5. Deus. Segundo o espiritismo, Deus é um princípio impessoal em forma de inteligência, que é ao mesmo tempo um poder supremo.

"Deve-se entender que existem tantos deuses quantas são as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, ou três, mas muitos" (The Banner of Light, 03.02.1866).

. Deus é um ser divino e pessoal, onisciente, onipotente e onipresente.

Afirmar que Deus é impessoal é uma heresia inominável e só pode sair de mentes dominadas por Satanás. A Bíblia diz que Deus é um ser divino e pessoal, e Jesus ensinou claramente este assunto. As manifestações pessoais de Deus entre o seu povo registradas na Bíblia e na experiência pessoal de milhões de seus servos através dos tempos, atestam cabalmente a pessoalidade e personalidade de Deus.

6. Jesus Cristo. "Qual é o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo" (Spiritual Telegraph, nº 37).

"Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos" (Mensagem por um "espírito", citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Intrepretation).

Eles crêem e ensinam que Jesus não é Deus. Este é um ponto comum das falsas religiões. Eles afirmam que Jesus foi o maior mestre que o mundo já conheceu, mas que não era divino em sentido único, isto é, igual a Deus.

. Ver Jo 1.1; 10.30; Mt 1.23; Is 9.6; Rm 9.5; Cl 2.9; Fp 2.5-7.

A base de sustentação do evangelho é a divindade de Cristo. Se Ele não fosse divino não teríamos nenhum evangelho redentor para anunciar ao mundo perdido. Ele venceu para sempre a morte (Ap 1.18); o pecado (1Jo 3.5); o mundo (Jo 16.33); e o Diabo (Jo 12.31; Cl 2.15; Hb 2.14).

7. A Igreja. "Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao faze-lo, passo a passo a tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber um fagulha brilhante em meio às trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano como já fazia há mil e oitocentos anos" (Mind and Matter, 08.05.1880).

. A igreja foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16:18); Jamais será vencida (Mt 16:18); é guardada pelo Senhor (Ap 3;10).

8. O Inferno. "Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo homem sensato. Essa idéia odiante, tão blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal, quando os homens eram assustados com chamas, como as feras são espantadas pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of Spiritualism).

. O inferno foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25:41) e será a habitação final e eterna dos perversos (Sl 9:7; Mt 25:41).

9. A Queda. "Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem" (A. Conan Doyle).

"Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria" (The True Light).

. A queda sobreveio como conseqüência da desobediência de Adão (Rm 5:12,15,19); a queda decorreu da tentação do Diabo (Gn 3:1-5; a Tm 2:14).

10. A Expiação. "A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago... A razão dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do Inferno. Que mentira ultrajante!... – Porventura o sangue não ferve de indignação ante tal doutrina?" (Médium and Daybreak).

. A expiação foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2:14); é alcançada como conseqüência da fé (At 10:43); é adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Ef 1:7).



Este sinal (.) aparece para mostrar a defesa bíblica diante cada doutrina espírita.





Abaixo transcrevo as vinte razões citadas por Amilto Justus em seu livro Vinte Razões por que não sou Espírita:

1) A doutrina espírita ignora por completo o ensino claro das Sagradas Escrituras que diz respeito ao perdão dos pecados do homem, oferecido gratuitamente por Deus aos que se arrependem e confessam seus pecados ao Senhor Jesus Cristo. (Ne 9:17; 1 Jo 1:7,9; Ap 1:3).

2) A doutrina espírita nega a doutrina bíblica e fundamental do cristianismo autêntico, que apresenta Jesus Cristo como o cordeiro de Deus, que nasceu da virgem Maria por obra do Espírita Santo, morreu na cruz, derramando o seu sangue para expiação total dos nossos pecados, ressuscitando ao terceiro dia, sendo assim o único meio de salvação e vida eterna para o homem. (Ap 13:8; Jo 1:29; Is 53:7,10; Cl 1:20; 1 Pe 1:18,19; At 10:43; 1 Tm 2:5).

3) A doutrina espírita nega o ensino bíblico, e portanto cristão, que Jesus Cristo, ao nascer da virgem Maria, e por operação do Espírito Santo, era homem, ou seja, tinha corpo de carne, ossos e sangue, igual a nós. (Hb 2:9,14,17; Jo 1:14; 2 Co 5:16). Ao negar o espiritismo o ensino bíblico de que Jesus Cristo veio ao mundo em carne, assim como qualquer um de nós, fica enquadrado como doutrina do anti-cristo. (1 Jo 4:1-3; 2 Jo 7; 1 Tm 4:1,2; Jo 1:14; Jo 1:29; 1 Pe 2:24).

4) O espiritismo rejeita o ensino bíblico da queda do homem, descrita em Gênesis 3, sua conseqüente morte espiritual, sua depravação e condenação. (Gn 3:1-7; Rm 3:23; Rm 6:23; Is 59:2).

5) O espiritismo nega a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. (Jo 5:18; Rm 9:5; 1 Jo 5:20; Hb 1:8).

6) O espiritismo nega a personalidade e a divindade do Espírito Santo, como terceira pessoa na Santíssima Trindade. (1 Co 2:10; Mt 10:20; Jo 14:26; Jo 16:13; Ef 4:30).

7) O espiritismo nega a existência de um céu como a Bíblia ensina, preparado por Deus para habitação dos que Jesus Cristo comprou, resgatou, lavou com seu sangue, e num momento determinado por Ele mesmo recolherá para Ele. Os espíritas creiam no "mundo dos espíritos", onde todos vivem juntos – Deus, os anjos, ou, como eles dizem, "os puros espíritos, os da segunda escala, e os de terceira escala. Vejamos o que a Bíblia fala: (Dt 26:15; 2 Cr 30:27; Jo 14:2; Mt 25:34; Mt 18:10; 1 Pe 1:4).

8) O espiritismo nega a existência do inferno tal como Jesus Cristo ensinou – lugar de sofrimento e condenação para o Diabo, seus anjos e todos os que não quiserem converter-se a Ele. (Sl 9:17; Is 14:15; Mc 9:43-48; Mt 25:41; 1 Pe 3:7).

9) O espiritismo nega a doutrina bíblica, e portanto cristã, da retribuição – salvação e felicidades eternas para os que se convertem ao Senhor Jesus Cristo, e perdição e castigo eternos para os que rejeitam a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. (Gl 6:7,8; Rm 2:6-11; Mt 25:34,41,48: Jo 3:36; Ap 20:15)

10) O espiritismo nega a existência de demônios, conforme ensinada pelo Senhor Jesus Cristo e relatada nas escrituras. (Mc 5:2,13; Mc 9:25; Mc 16:17; Lc 4:33-35; At 5:16; At 19:12-16).

11) O espiritismo nega a existência de um julgamento individual após a morte do corpo físico. (Hb 9:27; 2 Co 5:10; Rm 14:11,12; Ap 20:11-15).

12) O espiritismo nega a doutrina da Santíssima Trindade (Gn 1:26; Gn 11:7; Mt 28:19; Lc 3:21,22; 2 Co 13:13).

13) O espiritismo nega a existência do Diabo como um ser pessoal, cabeça de todo o mal, chefe dos demônios; totalmente pervertido, irrecuperável e condenado ao sofrimento eterno (Jo 8:44; Lc 4:6-8; Ef 6:11,12; 1 Pe 5:8,9; Ap 20:1-3,10).

14) O espiritismo nega a inspiração da Sagrada Escritura – A Bíblia (2 Tm 3:16,17; 2 Pe 3:15,16).

15) O espiritismo nega a graça divina e a salvação pela graça (Tt 2:11,12; Ef 2:8-9; Rm 5:15).

16) O espiritismo nega a ressurreição literal do corpo, tal qual a Bíblia ensina (1 Co 15:12-20; 1 Co 15:35-38; At 2:23,24; At 3:15; At 4:10).

17) O espiritismo tem como fundamento de sua filosofia a doutrina da comunicação com os espíritos, o que é proibido por Deus em Sua Palavra (Ec 9:5,6; Lc 16:27-31; Lv 20:6; Lv 20:27; Dt 18:10-14).

18) A doutrina espírita não oferece nenhuma perspectiva de salvação. Nenhum espírita tem certeza de sua salvação. No espiritismo tudo é vago, obscuro, inseguro, sem esperança e caótico (Jo 3:16; Jo 5:24).

19) O espiritismo ensina uma doutrina anti-bíblica, chamada reencarnação (Hb 9:27). A respeito da reencarnação ler o ponto três (3) desta apostila.

20) O espiritismo não tem praticamente nada em comum com o cristianismo verdadeiro, com o cristianismo de Jesus Cristo.



Bibliografia

1) OLIVEIRA, Raimundo F. Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.



Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

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