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sábado, 11 de dezembro de 2010

RELIGIÕES 7 - O ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA

O ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA


INTRODUÇÃO

Os adventistas são muito ativos nas obras assistenciais, investindo maciçamente em programas sociais, mantendo hospitais, campos de repouso e casas de recuperação de viciados. Zelam pela escolha da alimentação, cultivam um pensamento de prosperidade material e são combatentes contra todos os vícios em geral. Dão ênfase às publicações, às escolas e ao "evangelismo". Por causa disso, muitos vêem o adventismo como uma religião cristã igual às outras com a única diferença de guardar o sábado. No entanto, o adventismo não pode ser considerado como uma denominação cristã devido ao fato de misturarem muitas verdades bíblicas com erros doutrinários tremendos.

Embora falem a respeito de Jesus Cristo e preguem algumas verdades cristãs, os adventistas não vivem a verdadeira fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, pois suas doutrinas destoam grandemente das doutrinas básicas do cristianismo. Eles se acham donos da verdade absoluta e se consideram como a última igreja de que fala a profecia bíblica; por isso, não conseguem trabalhar em harmonia com os demais e trabalham ativamente para conseguir adeptos de outras denominações. É um sistema tal que confunde os cristãos em geral, pelo fato de parecer-se muito com a verdade, por citarem a Bíblia. Esta é a razão pela qual os seus adeptos fazem propaganda quase exclusivamente entre os crentes. É o joio no meio do trigo. O adventismo é o ressurgimento do farisaísmo do primeiro século. Os legalistas perturbaram o Senhor Jesus, os apóstolos e as igrejas gentílicas da época. Hoje eles continuam perturbando os cristãos através dos adventistas.



1. Resumo Histórico do Adventismo

No principio do Século XIX, quando pouca ênfase era dada à Segunda vinda de Cristo, William Miller , pastor batista do Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, dedicou-se ao estudo e a pregação deste assunto. Lendo Daniel 8:14, "Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado", Miller passou a fazer deste versículo o tema duma grande controvérsia sobre os eventos futuros.

Calculando que cada um dos 2.300 dias da profecia de Daniel representava um ano, Miller tomou o regresso de Esdras do cativeiro no ano 457 a.C. como ponto de partida para o cálculo de que Cristo voltaria à Terra, em pessoa, no ano de 1843. Esta previsão fora feita em 1818.

Tão grande foi o impacto causado por essa revelação de Miller, que muitos crentes, vindos de diferentes igrejas, doaram suas propriedades, abandonaram os seus afazeres e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março daquele ano. O dia aprazado chegou, mas o tão esperado acontecimento não se deu. Revisando seus cálculos, Miller concluiu que havia errado por um ano, e anunciou que Cristo voltaria no dia 21 de março do ano seguinte, ou seja, de 1844. Porém, ao chegar essa data Miller e seus seguidores, em número aproximado de 100 mil, sofrem nova decepção. Uma vez mais Miller fez um novo cálculo segundo o qual Cristo voltaria no dia 22 de outubro daquele mesmo ano; porém essa previsão falhou também.



1.1. Miller Reconhece o Seu Erro

Guilherme Miller deu toda prova de sinceridade, confessando simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de interpretação da profecia bíblica. Nesse tempo ele mesmo escreveu:



"Acerca da falha da minha data, expresso francamente o meu desapontamento... Esperamos naquele dia a chegada de Cristo; e agora, dizer que não erramos, é desonesto! Nunca devemos, ter vergonha de confessar nossos erros abertamente" (A História da Mensagem Adventista, pág. 410).



1.2. Novas Tendências

Não obstante Miller ter reconhecido o seu erro em marcar o dia da volta de Cristo pela interpretação da profecia, nem todos os seus seguidores estavam dispostos a abandonar essa mensagem. Dos muitos grupos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova igreja baseada numa nova interpretação da mensagem de Miller. Esta nova interpretação surgiu de duma "revelação" de Hiram Edson, fervoroso discípulo e amigo de Miller. Segundo Edson, Miller não estava equivocado em relação à data da vinda de Cristo, mas sim em relação ao local. Disse ele que na data profetizada por Miller, Cristo havia entrado no santuário celestial, não no terreno, para fazer um a obra de purificação ali.

Guilherme Miller não aceitou essa interpretação nem seguiu ao novo movimento. Quanto a isto ele mesmo escreveu:



"Não tenho confiança alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e que em seguida a sétima trombeta tocou, ou que foi de algum modo o cumprimento da profecia da sua vinda" (A História da Mensagem Adventista, pág. 412).



Até o fim dos seus dias, em 20 de dezembro de 1849, com sessenta e oito anos incompletos, Miller permaneceu como cristão humilde e consagrado. Ele morreu na fé e na esperança de estar em breve com o Senhor.



1.3. Anos Posteriores a Miller

Dos três grupos que apoiaram Hiram Edson na sua nova "revelação", dois deles deram substancial contribuição para a formação da seita hoje conhecida como "Adventismo do 7o Dia".

O primeiro era dirigido por Joseph Bates, que observava o sábado, em vez de domingo. O segundo grupo dava muita ênfase aos dons espirituais, particularmente ao de profecia, e tinha entre seus membros a senhora Helen Harmon (mais tarde senhora White) que dizia ter o dom de profecia.

Ao se unirem os três grupos, cada um deu a sua contribuição para a nova igreja em formação: o primeiro, a revelação de Edson com respeito ao santuário celestial; o segundo o legalismo; e o terceiro grupo cooperou com uma profetiza que por mais de meio século haveria de exercer influência predominante na fundação e crescimento da nova igreja.

Não obstante possuir uma esperança escatológica, o Adventismo do Sétimo Dia esposa uma doutrina pouco coerente com a revelação divina dada através das Escrituras.



1.4. Os Escritos e Visões de Ellen White

A profecia de Miller discordava das palavras de Jesus em Mateus 25:13 "Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir". Miller errou em todas suas previsões e a grande multidão, mais de 30.000 pessoas, se revoltou contra Miller. Muitos dos adeptos do adventismo nessa época abandonaram o movimento, outros mais exaltados, apelaram para a violência, a fim de vingar-se do falso profeta (é bom lembrar que os adeptos venderam todas suas propriedades), que teve de fugir.

Com tremenda sutileza, Ellen White procurou dar uma explicação remediando o erro cometido a respeito da volta de Cristo profetizada por Miller para 1844, criando a teoria do "Santuário". Segundo sua interpretação, o Santuário de Daniel 8:13,14 está no Céu e não na Terra. Cristo realmente veio a esse santuário em 22/10/1844 para purifica-lo, o que ainda está fazendo, e depois disso, ainda voltará a Terra. Miller estaria, então, certo quanto ao tempo, mas errado quanto ao local. Mas o próprio Miller não aceitou essa teoria e continuou afastado do adventismo. Tendo amenizado o problema com a doutrina do santuário, Ellen White marcou outras datas para a volta de Cristo: 1847, 1850, 1852, 1854, 1855, 1866, 1867, 1877, mas Cristo não voltou. Que pensa o leitor acerca de uma seita que diz ser cristã, mas que surgiu com uma base tão arenosa assim? E o que dizer de um movimento que iniciou com predições tão errôneas e absurdas a respeito da volta de Jesus Cristo, e que, a cada instante, remarcavam a data novamente?

Algumas das doutrinas adventistas permanecem até hoje; outras foram surgindo e desaparecendo com o passar do tempo, como no caso da doutrina da "porta fechada", ou seja, em 22 de outubro de 1844 a porta se fechara para todos, exceto para os adventistas. Outras doutrinas dos primitivos adventistas eram: plantar árvores era negar a fé; estudar não era necessário pois o tempo era curto; seria pecado escolher um nome de igreja, pois isto seria imitar a "Babilônia"; as mulheres deviam usar uma saia curta por cima das calças cumpridas.

Os escritos de Ellen White são tidos pelos adventistas como profecias e revelações divinas. Entretanto, as visões que tinha, ocorriam quando ela sofria ataques, sendo que seu próprio médico, o chefe do Hospital Adventista de Battle Creek, "declarou que as visões dela eram perturbações mentais, oriundas de anomalia no cérebro e no sistema nervoso" .

Uma das maneiras de se verificar se uma religião é verdadeira ou falsa consiste em analisar seus fundadores, pois o caráter de um movimento religioso depende, de certa forma, do caráter daqueles que são considerados seus profetas. Ellen White era uma profetisa de Deus ou não? Deus, através da Bíblia nos dá certos critérios para o julgamento de um profeta. Em Deuteronômio 18:20-22 e 13:1-3 Deus mostra que se pode reconhecer o falso profeta por duas maneiras: a) quando a palavra que ele proferir não se cumprir; b) quando a palavra que ele proferir se cumprir, mas, prevalencendo-se ele disso, conduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro Deus e a seguirem outros deuses ou pessoas.

No caso dela, suas profecias com relação à volta de Cristo não se cumpriram e, ao mesmo tempo, suas doutrinas têm desviado a muitos da verdadeira doutrina cristã. Portanto, ela se encaixa muito bem na descrição divina de falso profeta feita no livro de Deuteronômio. Outros fatos que revelam a falsidade da profetiza é que suas profecias eram mudadas à medida que não se cumpriam ou reinterpretadas como o caso da teoria do "santuário", visto que inicialmente ela apoiava o pastor Miller, como Jesus não veio reinterpretou sua profecia, assim ocorreu com o caso da doutrina da "porta fechada" e outras.

Outro grave problema envolvendo Ellen White é a fraude de seus escritos. O Los Angeles Times a acusa de plagiadora. O Pastor Elder Walter Rea, um adventista, após ter investigado os escritos dela, afirmou que não encontrou trabalho importante de Ellen White que não tenha sido copiado. O presidente de uma comissão adventista especial, Neal C. Wilson, disse que o grau de material plagiado por ela é de alarmantes proporções. Obviamente, os adventistas fazem tudo para encobrir a realidade das visões e do plágio, a fim de não chocar os adeptos e não prejudicar a seita . Os adventistas deveriam admitir e propagar o fato do plágio, não iludindo mais ninguém. Para considerar Ellen White como uma profetiza ou como uma mulher que tinha revelações divinas, alguém deve ser mal-informado e desprevenido, ou então, deve ser um religioso corrompido ou um assalariado interesseiro.



2. A Guarda do Sábado

A guarda do Sábado é sem dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do Adventismo do Sétimo Dia. O próprio complemento do nome desta seita, "Sétimo Dia", mostra quanta afinidade existe entre o adventismo e o sábado.

O adventismo ensina que o crente deve observar o sábado como o dia de repouso e não o domingo. Crê que os que guardam o domingo aceitarão a "marca da besta" sob o governo do Anticristo. Helen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto que o domingo será o selo do Anticristo.



2.1. Origem da Doutrina Sabática

Já mostramos que dos três grupos que se juntaram para formar o Adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do sábado como dia de repouso tomou força quando a senhora Helen White começou a alegar ter recebido uma "revelação", segundo a qual Jesus descobriu a arca do concerto e ela pôde ver dentro as tábuas da Lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estaria no centro, rodeado de uma auréola de luz.



2.2. Uma doutrina insustentável

Evidentemente, não temos qualquer preconceito contra o adventismo pelo simples fato de seus adeptos guardarem o sábado. Questionamos o Adventismo pelo fato de fazerem desse ensino um cavalo de batalha contra as igrejas evangélicas que têm o domingo como dia de repouso semanal.

Dos dez mandamentos registrados em Êxodo 20, o Novo Testamento ratifica apenas nove, excetuando o quarto, que fala da guarda do sábado.

O Novo Testamento repete pelo menos:



- 50 vezes o dever de adorar só a Deus;

- 12 vezes a advertência contra a idolatria;

- 4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;

- 6 vezes a advertência contra o homicídio;

- 12 vezes a advertência contra o adultério;

- 6 vezes a advertência contra o furto;

- 4 vezes a advertência contra o falso testemunho;

- 9 vezes a advertência contra a cobiça.



Em nenhum lugar do Novo Testamento, no entanto, é encontrado o mandamento de se guardar o sábado, pelo contrário veja o que diz o apóstolo Paulo:



"E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;... Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados," (Cl 2:13, 14, 16).



2.3. O Sábado ou o Domingo

É possível alguém cumprir a Lei sem guardar o sábado? A resposta a esta pergunta é dada quando estudamos a vida e o ministério terreno de nosso Senhor Jesus Cristo.

O Novo Testamento ratifica o que está escrito no Antigo, que, ninguém jamais foi capaz de cumprir a lei na sua plenitude. A necessidade da encarnação de Cristo se constitui numa das mais evidentes provas da incapacidade do homem em cumprir a lei divina, por isso Ele mesmo disse:



"Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5:17, 18).



Não poucas passagens do Antigo Testamento mostram a irritação divina diante do legalismo frio e morto dos judeus, apresentado através dos sacrifícios e sucessivas cerimônias feitas com o propósito de satisfazer a letra da lei. Quanto mais tempo passava, mais imperfeito se manifestava o homem que buscava a perfeição através da prática da Lei. Porém, veio Jesus Cristo como enviado de Deus, para cumprir a Lei em nosso lugar, o que fez coroando-a pelo ato da sua morte na cruz.



2.3.1. Jesus Violou o Sábado

Segundo a Bíblia, Jesus teve o seu nascimento prometido segundo a Lei (Dt 18:15); nasceu sob a Lei (Gl 4:4); foi circuncidado segundo a Lei (Lc 2:21); foi apresentado no templo segundo a Lei (Lc 2:22); ofereceu sacrifício no templo segundo a Lei (Lc 2:24); foi morto segundo a Lei (Jo 19:7); viveu, morreu e ressuscitou segundo a Lei (Lc 24:44, 46).

Apesar de Jesus haver cumprido toda a Lei, a respeito dele se lê:



"E os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas ele lhes disse: Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam mata-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5:16-18).



Observe que assim como para os judeus era inadmissível Jesus ser filho de Deus enquanto violava o sábado, para o adventismo é igualmente impossível admitir que os evangélicos sem filhos de Deus enquanto guardam o domingo em substituição ao sábado.



2.3.2. A Abolição do Sábado

Acusado pelos judeus de violar o sábado, Jesus afirmou que:



"O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado" (Mc 2:27, 28).



Com estas palavras, Jesus defende o princípio moral do quarto mandamento do Decálogo, condenando abertamente o cerimonialismo, e revela a sua autoridade divina sobre o sábado, para cumpri-lo, aboli-lo ou muda-lo. O sentimento moral é a necessidade de se descansar um dia por semana, valendo para esse fim, qualquer deles.

Sobre esta questão, escreveu Paulo:



"Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia, para o Senhor o faz" (Rm 14:5, 6).



NÃO GUARDAMOS O SÁBADO PORQUE:



1) Porque o sábado faz parte de um pacto de Deus com o povo de Israel e ninguém mais (Êx 20:1; 19:1; Rm 2:14).

2) Porque antes do Sinai, Deus nunca ordenou a alguém que guardasse o sábado.

3) Porque se quisermos fazer a concordância entre o calendário atual e o calendário bíblico, chegaremos a conclusão que o sábado não é um dia fixo. A palavra hebraica shabbãth significa "descanso". O dia do descanso era chamado shabbãth. O sábado do decálogo tem uma parte moral e eterna, e uma outra cerimonial e transitória. A parte moral: Um dia de descanso em sete. A parte cerimonial: Um dia fixo de descanso (Êx 20:8-11). Por isso o shabbãth foi feito para o homem, para descansar um dia após seis dias de trabalho.

4) Porque estamos num novo concerto, o da graça (Hb 8:6-13; 10:7-9; Gl 3:17; Cl 2:16).

5) Porque o Concílio de Jerusalém não pediu aos gentios que observassem o sábado judaico (At 15:28,29).

6) Porque Deus se aborreceu do sábado, por ter se tornado um preceito cerimonial carente da verdadeira fé e de sua verdadeira compreensão (Is 1:13, 14; Jr 2:6; Os 2:11).

7) Porque Jesus Cristo, o mediador do Novo Concerto, e nosso Salvador, nunca ordenou a ninguém que guardasse o sábado.

8) Porque em nenhum lugar do Novo Testamento o Espírito Santo dá Seu parecer favorável à guarda do sábado.

9) Porque Paulo chama a guarda do sábado de rudimento fraco e pobre (Gl 4:9-11).

10) Porque nenhum dos apóstolos, em nenhum lugar do Novo Testamento, recomenda ou ordena a guarda do sábado.



2.3.3. Por que o Domingo?

Dentre outras razões da substituição do sábado pelo domingo, como dia semanal de repouso para a Igreja, destacam-se as seguintes:



1) Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16:9).

2) O primeiro dia da semana foi o dia especial das manifestações de Cristo ressuscitado. Manifestou-se cinco vezes no primeiro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24:13, 33-36; Jo 20:13-19,26).

3) O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo (Lv 23:15,16,21; At 2:1-4).

4) Os cristãos dos tempos apostólicos costumavam se reunir aos domingos para celebrar a Santa Ceia do Senhor, pregar, e separar suas ofertas para o Senhor (At 20:7; 1 Co 16:1,2).

5) Guardamos o domingo porque ele é chamado de o dia do Senhor em Apocalipse 1:10, conforme nos comprova o Didaque, a Epístola de Barnabé e as Cartas de Inácio .

6) Guardamos o domingo porque a Igreja Primitiva o fazia desde o início. O domingo não foi instituído pelo Papa como dizem os Adventistas, nem por Constantino. O que Constantino fez foi simplesmente oficializar algo que existia desde os primórdios do cristianismo.



Ainda sobre o domingo como dia de festa semanal da Igreja, veja o que escreveram os seguintes Pais da Igreja:



- Barnabé: "De maneira que nós observamos o domingo com regozijo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos".

- Justino Mártir: "Mas o domingo é o dia em que todos temos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus Cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte".

- Inácio: "Todo aquele que ama a Cristo, celebra o Dia do Senhor, consagrado à ressurreição de Cristo como o principal de todos os dias, não guardando os sábados, mas vivendo de acordo com o Dia do Senhor, no qual nossa vida se levantou outra vez por meio dele e de sua morte. Que todo amigo de Cristo guarde o dia do Senhor!".



3. Doutrinas Peculiares do Adventismo

Além da guarda do sábado, o Adventismo do Sétimo Dia diverge dos evangélicos em outros três assuntos de capital importância. São eles: o estado da alma após a morte, o destino final dos ímpios e de Satanás, e a obra da expiação.



3.1. O Estado da Alma Após a Morte

O Adventismo ensina que após a morte do corpo a alma é reduzida ao estado de silêncio, de inatividade e de inteira inconsciência, isto é: entre a morte e a ressurreição, os mortos dormem, baseando-se, principalmente, em Eclesiastes 9:5. As Testemunhas de Jeová adotaram esse ponto de vista dos adventistas e o desenvolveram ainda mais.

Entretanto, a Bíblia mostra que a alma humana é imortal, invisível e foi criada pelo próprio Deus (Gn 2:7).

Este ensino contradiz vários textos das Escrituras, dentre os quais se destacam Lucas 16:22-30 e Apocalipse 6:9,10.

O texto de Lucas 16:22-30 registra a história do rico e Lázaro logo, após a morte, e mostra que o rico, estando no inferno:

a) Levantou os olhos e viu Lázaro no seio de Abraão (v.23);

b) Clamou por misericórdia (v.24);

c) Teve sede (v.24);

d) Sentiu-se atormentado (v.24);

e) Rogou em favor dos seus irmãos (v.27);

f) Ainda tinha seus irmãos em lembranças (v.28).

Já o texto de Apocalipse 6:9,10, trata da abertura do quinto selo, quando João viu debaixo do altar "as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam".

Segundo o registro de João, elas:

a) Clamavam com grande voz (v.10);

b) Inquiriram o Senhor (v.10);

c) Reconheceram a Soberania do Senhor (v.10);

d) Lembravam-se dos acontecimentos da terra (v.10);

e) Clamavam por vingança divina contra os ímpios (v.10).m

As expressões dormir ou sono usadas na Bíblia para tipificar a morte falam da indiferença dos mortos para com os acontecimentos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do ambiente onde estão as almas desencarnadas. Assim como o subconsciente continua ativo enquanto o corpo dorme, a alma do homem não cessa sua atividade quando o corpo morre.

A Bíblia diz que Estevão adormeceu, mas não o seu espírito, porque este foi recebido por Jesus no céu (At 7:59,60).

A palavra de Cristo na cruz ao ladrão arrependido:



"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23:43).



Estas palavras são uma prova da consciência da alma imediatamente após a morte.

No momento da transfiguração de Cristo, Moisés não estava inconsciente e silencioso enquanto falava com Cristo sobre a sua morte iminente (Mt 17:1-6).



3.2. O Destino Final dos Ímpios e Satanás

Spicer, um dos mais lidos escritores adventistas, escreve:



"O ensino positivo da Sagrada Escritura é que o pecado e os pecadores serão exterminados para não mais existirem. Haverá de novo um Universo limpo, quando estiver terminada a grande controvérsia entre Cristo e Satanás".



É evidente que este ensino entra em contradição com as seguintes passagens: Daniel 12:2; Mateus 25:46; João 5:29 e Apocalipse 20:10.

Daniel 12:2 e Mateus 25:46 estão de acordo ao afirmar que:

a) Os justos ressuscitarão para a vida e gozo eternos;

b) Enquanto que os ímpios ressuscitarão para vergonha e horror igualmente eternos.

Aqui, "vergonha e horror eterno", não significa destruição ou aniquilamento. Estas palavras falam do estado de separação entre Deus e o ímpio após a sua morte. Se fosse certo que o ímpio será destruído, por que então terá ele de ressuscitar e depois ser lançado no Lago de Fogo? (Mt 25:41). Apocalipse 14:10,11 diz que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e a fumaça de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não é aniquilamento. Quanto à pessoa de Satanás, Apocalipse 20:10 diz que ele, o Anticristo e o Falso Profeta, "serão atormentados no Lago de Fogo pelos séculos dos séculos", para sempre. Isto não é aniquilamento.

Quando a Bíblia expressa a destruição dos ímpios, não significa que eles deixam de existir. Simboliza uma condição contínua de sofrimento. O pecador já está destruído, sem deixar de existir. Outro detalhe é que a palavra morte não significa aniquilamento, mas separação. Morte física é a separação do espírito do corpo; morte espiritual é a separação do espírito, de Deus; e, morte eterna é a separação completa e eterna da alma humana, da presença e da influência de Deus e de qualquer bem.

É impossível duvidar do ensino das Escrituras e da seriedade com que Jesus falava acerca do inferno, apresentando-o como um lugar literal.



3.3. A Doutrina da Expiação e o Santuário

Segundo o Adventismo do Sétimo Dia, a doutrina da expiação é explicada partindo do seguinte raciocínio:

a) Em 1844, Cristo começou a purificação do santuário celestial.

b) O Céu é a réplica do santuário típico sobre a terra, com dois compartimentos: o lugar santo e o santo dos santos;

c) No primeiro compartimento do santuário celestial, Cristo intercedeu durante dezoito séculos (do ano 33 ao ano 1844), em prol dos pecadores penitentes, "entretanto seus pecados permaneciam ainda no livro de registros".

d) A expiação de Cristo permanecera inacabada, pois havia ainda uma tarefa a ser realizada, a saber: a remoção de pecados do santuário no Céu.

e) A doutrina do santuário levou o Adventismo do Sétimo Dia finalmente a declarar: "Nós discordamos da opinião que a expiação foi efetuada na cruz, conforme geralmente se admite".

Este ensino não pode manter-se de pé, primeiramente porque foi concebido por uma pessoa (a senhora White) de exagerado fanatismo e de muitas visões da carne; e segundo, porque é incoerente com o tratamento do assunto nas Escrituras.

A doutrina Adventista do santuário surgiu devido ao fato de falhar a profecia sobre a volta de Cristo, propagada por Miller. Ellen White deu uma explicação, dizendo que Cristo entrou no santuário celeste, ao invés de vir a Terra. Entretanto, o trabalho atual de Cristo não é purificação e sim, intercessão (Hb 1:3; 9:24). Cristo entrou no santuário celestial quando de sal ascensão, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:11; 7:55; Ef 4:10). No Antigo Testamento os sacerdotes não se sentavam quando ministravam. Uma das provas que Cristo já terminou o seu trabalho quanto à salvação e sacrifício, é que Ele está assentado (Hb 8:1), não havendo mais nenhuma obra redentora para Ele realizar. Seu trabalho agora é apenas de interceder pelos santos (Hb 7:25). Cristo já fez completamente a purificação dos pecados (Hb 1:3; 9:23-28); uma vez morrendo para consumar a obra salvífica dos pecadores para que eles tivessem livre acesso a presença de Deus no santuário, Cristo realizou um sacrifício expiatório aceitável, que inclusive purificou o próprio santuário.

A Bíblia ensina que:

a) A obra expiatória de Cristo é perfeita (Hb 7:27; 10:12,14).

b) A salvação do crente é perfeita e imediata (Jo 5:24; 8:36; Rm 8:1; 1 Jo 1:7).



3.3.1. Satanás, o bode expiatório

Essa é a doutrina mais herética dos Adventistas do Sétimo Dia; esse é o aspecto principal pelo qual eles não podem ser considerados como cristãos. A base bíblica deles é uma interpretação falsa de Levítico 16:22, 26. Eles interpretam que o bode imolado daquela passagem representava Cristo e o bode emissário representava o Diabo. Eles pregam que todos os nossos pecados serão lançados sobre o Diabo e carregados por ele; Satanás será, então, destruído, expiando o pecado com a vida. Segundo eles, quando se completar a obra da expiação no santuário celestial, serão postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus. Duas heresias existem aqui: a primeira é que Satanás leva sobre si os pecados dos salvos, sendo assim co-salvador de Jesus e, a segunda é que Satanás será totalmente aniquilado.

A verdadeira interpretação sobre a passagem é que ambos os bodes representam duas fases da obra expiatória de Cristo: o bode imolado representa a expiação dos pecados e o bode enviado representa a remoção completa dos pecados. Se esses dois animais tivessem sido designados para simbolizar dois aspectos opostos entre si, certamente Deus não incluiria dois animais da mesma espécie. Outro detalhe é que todos os animais utilizados nos rituais eram sem defeito; como poderia Satanás ser representado por um animal sem mácula?

Ao contrário do ensino adventista, foi unicamente Cristo quem pagou nossas transgressões e carregou nossos pecados (Is 53:6; Jo 1:29). As atividades do Diabo são bem diferentes: ele é destruidor, o príncipe deste século, o perturbador da obra de Deus, o enganador dos homens. Quanto a doutrina adventista do aniquilamento do Diabo, a Bíblia diz que ele será atormentado para todo o sempre (Ap 20:10).



3.4. A Proibição de Alimentos

É mais uma prática para fazer os adventistas diferentes dos outros grupos cristãos. O adventista acredita que comer é um ato ligado à vida espiritual, não um ato meramente físico para satisfazer o corpo. Eles se baseiam em Levítico 11 e Isaías 65:4. Mas quais seriam as razões pelas quais Deus proibiu o uso de alguns animais para alimentação? Em primeiro lugar, Deus não proibiu que comessem determinadas carnes, ele liberou algumas para servirem de alimento entre todas as impuras, pois com a queda do homem toda a terra caiu também, tornando-se impura. Em segundo lugar, os animais vetados por Deus para consumo representam a contaminação pelo pecado do homem, mas estes animais deixariam de ser imundos quando Jesus reconciliasse todas as coisas com Deus (Cl 1:20). Na verdade, o Novo Testamento mostra que todos os animais agora são puros e podem ser comidos pelo homem (Mc 7:19; At 10:10-15; Rm 14:1-3; Lc 10:8; Cl 2:16; 1 Tm 4:1-5).



CONCLUSÃO

Em suma, o Adventismo do Sétimo Dia aparenta ser uma igreja cristã verdadeira, mas a confusão que faz com relação à volta de Cristo, a incerteza da expiação completa, o fato de propagar o aniquilamento dos ímpios e o sono do crente após a morte, a ênfase exagerada no legalismo através da guarda da lei veterotestamentária, são aspectos cruciais que obscurecem o evangelho puro da graça, tornando os adventistas em falsos pregadores da fé cristã.



Bibliografia

1) OLIVEIRA, Raimundo F. Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.


2) MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas Heresias Do Nosso Tempo. Curitiba: A. D. Santos Editora, 1998 Vol. 1.





Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira

2 comentários:

  1. CARA!!! QUANTOS ERROS ORTOGRÁFICOS.E MUITAS DISTORÇÕES DE VERSOS BÍBLICOS!NÃO TENHO RELIGIÃO, MAS O ASSUNTO ME CHAMOU A ATENÇÃO SOBRE SEITAS, VEJO QUE VOCÊ APOIA UMA DOUTRINA ESPIRITA EM DIZER QUE A ALMA É IMORTAL! ADÃO PASSOU A SER OU A TER ALMA? ELE PASSOU A SER UMA ALMA VIVENTE! JÁ AS CITAÇÕES DO RICO E LAZARO E UMA PARÁBOLA (ILUSTRAÇÃO) QUEM CRER QUE APOS A MORTE TEM VIDA ESTA NEGANDO A 2 VINDA DE JESUS,QUE A BÍBLIA DEIXA CLARO QUE TODO OLHO O VERÁ !! ESTOU PERDENDO MEU TEMPO AQUI LENDO PENSAMENTO DE "SERVO" DE dEUS.

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    1. A Bíblia mostra que a alma humana é imortal, invisível e foi criada pelo próprio Deus (Gn 2:7). Ao criar o homem e soprar o folego de vida, este se tornou alma vivente. Para os hebreus alma e espírito são indivisíveis, inseparáveis, de tal forma que alma e espírito são tratados como sendo a mesma coisa.
      Contudo você está fazendo uma leitura errada da Bíblia com relação a vida após a morte. Você já ouviu falar sobre "sheol"?

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