Translate

quarta-feira, 2 de maio de 2012

REFLEXÃO 52 - O TEMOR, O MEDO E A REVERÊNCIA


O TEMOR, O MEDO E A REVERÊNCIA

“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina” (Pv 1.7)

Hoje fiquei a pensar sobre o temor do Senhor. A pergunta que me trouxe a essa reflexão é: “Será que tememos a Deus?” “Será que eu realmente temo a Deus?”


Olhando para nossa sociedade não consigo perceber o temor do Senhor. Olho para as igrejas e não vejo o temor do Senhor. Antes de você me acusar de radical, gostaria de afirmar que reconheço que existem muitas igrejas sérias que temem a Deus, entretanto entendo que estas são minorias, diante o grande número de igrejas existentes.
            Com relação às igrejas, onde deveríamos encontrar o temor a Deus, encontro apenas homens e mulheres buscando enriquecimento ou uma vida melhor neste mundo temporário; mas na verdade quem se enriquece e vive melhor são os pastores destas igrejas.  Vejo, ainda na igreja, grupos de louvores vendendo suas musicas, que alegam ser inspiradas por Deus, por valores absurdos, vendem suas imagens para grandes empresas musicais e transformam a adoração a Deus em manifestações públicas, como faziam os fariseus em suas orações.  Eles fazem tudo isso e mais em nome da “evangelização”. Será? Será que isso realmente é evangelização?
            Sempre que falo do “temor a Deus”, me esforço para diferenciá-lo do “medo a Deus”. Enfatizo que “temer a Deus” não é ter medo de Deus, mas reverenciá-lo. A diferença é que reverencia nasce de um coração que conhece àquele a quem teme.
            Não existe hoje reverência a Deus na sociedade e nem na igreja, porque ninguém mais parece conhecer a Deus, ou simplesmente porque aprenderam a ignorar a Deus. O pecado obscureceu o entendimento da humanidade. Com certeza assim como nos tempos de Elias restaram alguns poucos homens que verdadeiramente temem a Deus. Onde estão eles?
            Diante tudo que assisto todos os dias, mortes, estrupos, pedofilias, relacionamentos homoafetivos, corrupção e outros tantos meios de violência contra a humanidade, admito que meu desejo seja que o homem pudesse ter medo de Deus, um medo profundo de Deus.
Se o home tivesse medo de Deus não faria o mal, pois seu medo o frearia. Acredito que muitos homens na Bíblia tiveram medo de Deus.
Isaías (6.1-8) descreve seu medo quando teve uma visão de Deus. A reação de Isaías foi a seguinte: “Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros...”. O medo tomou conta do seu ser.
Moisés teve medo em seu encontro na sarça ardente (Êx 3.5, 6). João teve medo (Ap 1.17). O medo os levou ao temor sadio, isto é, a reverência. Quanto mais conheceram de Deus, mais reconheceram sua santidade e justiça.
Como não temer o Deus que proibiu Moisés de entrar na terra prometida, por causa de um erro! Como não temer o Deus que deixou leproso o rei Uzias, porque este usurpou uma tarefa que não era sua! Como não temer o Deus que tirou a vida de Uzá por ter tocado indevidamente em Sua glória. Como não temer o Deus que tirou a vida de Ananias e Safira por terem mentido a respeito de algo que nem lhe tinha sido pedido.
Deus não é deus de brincadeira! Deus não é um deus que se possa enganar! Deus não aceita mentiras! Deus não passa a mão em quem não teme. Deus é Deus!
Desperta tu que dormes, porque não poderá fugir do juízo de Deus. Não tenha medo dos homens, não tenha medo da morte, não tenha medo do desconhecido, porque tudo isso não é nada diante de Deus. Tema a Deus! Se você temê-lo estará iniciando uma caminhada pela estrada da sabedoria.

Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
02/05/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário