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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

RELIGIÕES 10 - A MAÇONARIA 2


MAÇONARIA 

INTRODUÇÃO


A Maçonaria é um assunto sobre o qual praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas têm a coragem de escrever e de comentar abertamente. Um misto de verdade e de mitos sobre a Maçonaria tem contribuído para a existência dum ar de medo a pairar sobre as cabeças dos não-maçons.
A Maçonaria é primeiramente uma sociedade fraterna, secreta e organizada, mas também uma religião.  Ela tem templos, altares, orações, turíbulos (vasos em que se queima incenso nos templos), incenso, rituais simbólicos de purificação, reuniões regulares, cerimônia fúnebre e ministros oficiantes.  Ela afirma continuamente que não é religião, entretanto procede como tal.
A Maçonaria ensina que todas as religiões são boas, porém a literatura maçônica rejeita a morte expiatória de Jesus como o único meio de salvar a humanidade.  Lá, a salvação não depende da fé em Deus, mas das obras.  Um cristão evangélico que se diz maçom, ou ele não é maçom de fato, ou não é cristão de fato, pois um exame imparcial mostra que os dois se excluem mutuamente.
Em resumo a Maçonaria é religiosamente antibíblica, deísta, humanista e sincretista.


I. RESUMO HISTÓRICO

Alguns dizem que o primeiro maçom foi Adão. Surgindo a maçonaria no Éden, ou que ela remonta a mais antiga história da civilização humana e se perdeu nas brumas do tempo. Exageros à parte, vejamos até onde a história registra o seu surgimento.
Muitos escritores maçônicos são de opinião que a maçonaria teve sua origem numa confraria de pedreiros, criada por Numa, em 715 a.C., que viajava pela Europa construindo basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.
Alguns acham que ela teve uma origem mais remota: seria originária dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia.
Por sua vez a Maçonaria alega que seu fundador foi o construtor Hirão Abiu ou Hiram Abif, de Tiro, que auxiliou Salomão na construção do Templo dos judeus (2 Cr 2.13). Muitos admitem que ela se originou por ocasião da construção do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C.), e tendo como fundador e arquiteto, Hiram Abif, isto esta na Exposição histórica do grau de mestre. Isto é reafirmado, por exemplo, em uma Carta aberta de pastores e presbíteros maçons, do Rio de Janeiro, datada de 12 de setembro de 1976:

"A maçonaria se originou na construção do templo de Salomão, em Jerusalém".

Segundo essa tradição, do sofrimento e assassinato de Hiram, incluindo a procura pelo seu corpo, surgiram os passos rituais da maçonaria (que os maçons repetem simbolicamente para participarem de cada sessão, mudando somente em parte, de grau para grau).
No século XVII, pedreiros em grupo viajavam pela Europa construindo catedrais para Igreja, edifícios públicos e monumentos para os reis.  Construíam também “lojas” para si mesmos, para hospedagem reuniões e descanso.  Não eram lojas como conhecemos hoje, mas prédios apropriados para os fins já ditos.  A primeira grande “loja” surgiu na Inglaterra em 1717.  O termo maçom em inglês é mason e significa pedreiro.
A Maçonaria Moderna, como é conhecida hoje, e de acordo com a maioria das autoridades maçônicas (também chamada de maçonaria "especulativa"), teve seu primeiro registro com a fundação da primeira Grande Loja, em Londres, 1717 d.C. pelo pastor anglicano James Anderson e pelo huguenote francês Jean Theóphile Desaguliers. Anderson é considerado um dos promotores da reforma maçônica, e o seu trabalho de compilação dos antigos usos, produzindo o Livro das Constituições, é celebrado pela maçonaria universal como importante passo histórico, pois, pelo mesmo, rege-se a base de todos os ritos no mundo inteiro. Em todos os países onde se instalou, reclama para si os méritos de decisões importantes que influenciam a história, como no Brasil, por exemplo, a expulsão dos jesuítas e a independência do país, entre outras coisas. Na referida Carta Aberta, uma das informações constantes é a seguinte:

"Todos os missionários, que, vindos dos Estados Unidos e alguns da Inglaterra, aqui plantaram a semente bendita do evangelho eram maçons, inclusive o grande Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil (...) Temos, ainda hoje, centenas de renomados pastores e oficiais de igrejas evangélicas que integram a maçonaria, trabalhando pelas grandes causas da humanidade (...) A maçonaria tem contribuído para a construção de templos e para a aquisição de seus diferentes imóveis."

O que vamos ver, durante este nosso estudo, é que uma das características da maçonaria é a de permitir que se divulgue coisas pela metade, e até mesmo que não procedem, segundo sua conveniência, pois, no meio de todo o alarde que se faz sempre, não constam informações mais completas, expondo toda a situação, como por exemplo:
-                          Que D. Pedro foi maçom, mas que renunciou e proibiu a prática da maçonaria, por perceber sua ambição notória de governar paralelamente às autoridades constituídas (o que ocorre em qualquer esfera de governos; ver A maçonaria no Brasil, de D. Boaventura Kloppenburg).
-                          Que a maçonaria não colaborou com o evangelho pura e simplesmente, ajudando a implantar templos protestantes no Brasil, e, sim, defendeu a sua própria noção de liberdade de culto, como o fez com o espiritismo, e o faz hoje com a Nova Era, numa disputa de poder com a Igreja Católica, ou com qualquer autoridade religiosa, posto que se acha superior.
-                          Que o Pr. Ashbel Green Simonton nunca foi maçom, o que nos leva a questionar seriamente o dado de que "todos os missionários" que aqui chegaram eram, de fato, maçons (Ver entrevista com Ashbel Green Simonton, de Elben M. Lenz César).
-                          Que dentre os "renomados pastores e oficiais de igrejas evangélicas" muitos têm renunciado à maçonaria (não somente "adormecidos" ou afastados, o que os manteria presos à ordem, e, sim, renunciado), alguns em público, ao que confessam ser pecado e desvio! (Um dos evangélicos mais citados na defesa da compatibilidade entre a fé evangélica e a maçonaria é o Pr. Jorge Buarque Lyra, presbiteriano que, por volta dos anos 40, escreveu A Maçonaria e o Cristianismo – Recomendamos a leitura dessa extensa "obra primorosa" e você verá que o Pr. fantasiou uma "Maçonaria Presbiteriana" exercitando com destreza a oratória na tentativa desesperada de fazer parecer compatível os princípios maçônicos com os ensinos bíblicos. Contudo hoje muito já tem sido revelado da maçonaria, não sendo ela mais uma sociedade secreta).
Trata-se de uma sociedade, dita, filantrópica, fraternal e parcialmente secreta (ou discreta, como alguns preferem chamar), visto que já não há mais segredos. É uma sociedade religiosa ou mesmo uma religião, dependendo da ótica de quem a vê.

II. MAÇONARIA E RELIGIÃO

A Maçonaria é religião, dão provas os escritores e os grandes mestres dela. Atente para as seguintes asseverações:

. "A Maçonaria não é, pois, uma simples instituição filantrópica e social: é uma ciência, uma filosofia, um sistema mora, uma religião" (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, pág. 25 – A. Preuss).
. "A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religiosa. Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples, porém fundamentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente aberta ou encerrada sem oração" (The Freemason's Monitor, I.S. Weed, pág. 284).
. "A Maçonaria é a religião universal porque abrange todas as religiões e o será enquanto assim fizer. É por esta razão, unicamente por ela, que é universal e eterna" (Antiga Maçonaria Mística Oriental, pág. 67).

Como religião, acredita num Ser Supremo que chamam Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.), exigindo de seus candidatos a crença neste ser não definido e inominado; comum a todas as religiões. Possui rituais próprios, de adoração, casamento, funerais, festas, juramentos, iniciações e para as reuniões ordinárias e formais. Reúnem-se em Templos, onde se encontram altares e um Livro Sagrado (que pode ser a Bíblia, ou, outro livro considerado sagrado para qualquer religião). As Lojas são dirigidas por ministros (veneráveis). As reuniões são abertas e fechadas com uma oração, invocando a benção do Grande Arquiteto do Universo. Tem um conceito para a alma humana que é eterna e que tem a sua salvação, ou, evolução através das boas obras.
A maioria dos maçons que participam dos rituais não compreende o seu verdadeiro sentido oculto. Seguem a maçonaria apenas com uma participação irrefletida nos rituais, apenas imitam o que os outros fazem ou mandam fazer. Para estes, a maçonaria não é ocultista. Tais maçons desconhecem o significado misterioso de muitos dos símbolos e rituais maçônicos. Segundo C. W. Leadbeater (33º), em A Vida Oculta na Maçonaria (pág. 275) "tudo na loja maçônica - os móveis, os símbolos, a abertura e o encerramento da loja, os rituais e gestos tanto dos três primeiros graus (Loja Azul ou Simbólica) quanto dos graus mais avançados - está cheio de simbolismo derivado de antigas religiões pagãs". Como exemplo, a respeito da ressurreição de Hiram Abif, simbolizada no terceiro grau de Mestre-Maçom, Clymer declara, em seu livro, Antiga Maçonaria Mística Oriental (pág. 53):

"Qualquer pessoa pode reconhecer no Mestre-Maçom, Hiram, o Osíris dos Egípcios, O Mithra dos Persas, o Baco dos Gregos, o Atys dos Frígios, cuja paixão, morte e ressurreição esses povos celebravam, da mesma forma que os cristãos celebram até hoje a de Jesus Cristo. Aliás, este é o modelo eterno e invariável de todas as religiões que se sucedem na Terra".

A maçonaria bebe livremente das fontes das religiões egípcias, cananitas, babilônicas, gregas, da filosofia hermética (gnóstica), do zoroastrismo, do islamismo, do misticismo, da Rosacruz, das religiões orientais e dos conceitos hoje chamados a Nova Era.

III.  CREDOS E PRÁTICAS

De acordo como famoso maçom Alberto Pike, a Maçonaria é uma busca da luz.  Só que é uma busca nunca satisfeita, porque não é feita segundo Deus (1Pe 1.19; Sl 119.105; Jo 12.36).  Os maçons orgulham-se de seus ritos secretos, símbolos e cerimônias, mas a verdadeira luz é uma pessoa, a saber Cristo, que revela-se generosamente a todos, mas é preciso que creiamos nele para que andemos na sua luz (Jo 12.35,36).
A teologia cristã é vista como algo que forma criminosos e não cristãos, porque acreditam que os apóstolos distorceram os ensinamentos de Jesus e as igrejas evangélicas ainda hoje continuam distorcendo os ensinamentos de Jesus. Para os maçons os apóstolos distorceram o ensino de Jesus de um "cristo potencial", por um Cristo pessoal, um Deus pessoal. Isto contraria a doutrina maçônica que, em todos os seus graus e em toda sua história, sempre ensinou através de seus mestres que a salvação não é pela fé, e sim, pela redenção através das boas obras.
Os maçons ensinam que a humanidade, no seu todo, é o único deus pessoal, e que o cristo é a perfeição do divino na consciência individual tanto do grego, que pode denomina-lo como "cristo", como do indiano que pode chama-lo de Buda. Por isto, desde o terceiro grau, o maçom personifica Hiram, que é ensinado como sendo idêntico tanto ao "cristo" dos gregos como os antigos deuses solares das religiões de todas as nações, firmando assim a idéia de fraternidade universal dos homens como um principio capital, ou seja, irmão deve viver para o irmão e não contra o irmão. Ao conservar a idéia do cristo potencial na pessoa de Hiram como o ensino original, a maçonaria criou um hieróglifo universal no coração dos maçons – "Hiram" é o cristo potencial, e "Abif" é "uno com o Pai" – e é isto que a torna superior a todas as religiões, ou seja, ela não confunde o símbolo com a coisa simbolizada, como o fazem as outras religiões (segundo eles), principalmente o cristianismo que, deificando somente a Jesus, deixou órfã a humanidade porque impede a compreensão do cristo como potência eterna latente em cada alma humana.
Por isso, a maçonaria não é somente uma ciência universal e, sim, uma religião universal que não se prende a nenhum credo, pois se assim o permitisse deixaria de ser realmente a maçonaria – Jesus não é menos "christos" porque Krishna também foi chamado de "o bom pastor" – e isto o maçom entende perfeitamente, porque aprende a viver destituído de qualquer tendência egoísta quanto à prática da religião, ensino que o impede de rebaixar a fé de seu irmão de outra religião, pois a maçonaria como religião universal, abrange todas as religiões, sendo por isto universal e eterna.
Tais ensinos estão claros na Grande república, de Albert Pike, e Os Obeliscos e a Franco-maçonaria, de João A. Weiss.
Vamos fazer um resumo do que já foi dito do ensino maçônico. É divulgado pela maçonaria que toda a alma efetua sua própria salvação, não pela fé, mas pela redenção, doutrina essa que está implícita nos ensinos de Jesus, mais tarde deturpados na história, porém preservados pela maçonaria, que entendeu que os que seguem a Cristo não podem condenar os seguidores de Buda, pois ambos são um, ou seja, o mesmo cristo, porém com nomes diferentes, pois o direito de nascença e o destino da alma humana é esse – o homem perfeito é cristo, e cristo é deus – verdade essa não limitada pelos laços sectários de qualquer credo, fato que não permite à visão do verdadeiro maçom cristianizar a maçonaria, porque isto significaria sua destruição, porque irmãos se levantariam contra irmãos, como acontece na religião.
Fundamentando essa idéia, obrigatoriamente, está o uso de um "Livro da Lei" na decoração de toda Loja, já que o mesmo é para o maçom sua "Armação Mestra" que contém a vontade revelada do Grande Arquiteto do Universo, podendo, no entanto, ser o Antigo Testamento, o Corão ou a Bíblia Sagrada, dependendo da religião predominante entre os participantes da loja. Deste modo, a Bíblia Sagrada do cristão não pode ser melhor para ele do que o Corão é para o muçulmano, porque o que importa é que cada um pratique e creia firmemente em sua própria religião, deixando seu irmão fazer o mesmo (cf. Antiga maçonaria mística oriental, do Dr. R. Swinburne Clyme, pp. 15-17, 40-41, 43, 36, 49-51, 65, 69, 93-95, 97-98).
A nossa doutrina cristã evangélica ensina uma coisa sobre a Bíblia, e a maçonaria diz exatamente o contrário: a Bíblia para nós é a única regra de fé e prática, e, fora da mesma, não há nenhuma outra verdade revelada de Deus sobre a salvação do homem. Já para a maçonaria, a Bíblia é apenas um livro sagrado a mais, igual ao alcorão, ao Livro dos Mórmons, etc.
Veja o que diz a Bíblia:

"Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos, porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? Ou que união do crente com o incrédulo?" (2 Co 6:14-15).

Acredito que estes versículos já são suficiente para que o cristão não se assossie com a Maçonaria ou com a Rosacruz ou qualquer outra seita. Contudo ainda sim vamos ver o que a maçonaria pensa de Deus, de Jesus, da salvação e do homem, vamos compreender mais um pouco de suas doutrinas.

1. A idéia de Deus.  Na Maçonaria Deus é chamado O Grande Arquiteto do Universo.  É em parte devido a isso, e também devido à sua herança histórica, que os símbolos místicos da maçonaria são de instrumentos de construção: compasso, régua, esquadro, nível, prumo, etc. De fato, o nome de Deus é mencionado, inclusive nas orações rituais, mas na realidade o deus a que se referem é outro.
Será que o "deus" da maçonaria é semelhante ao Deus da Bíblia?
É difícil descobrir o nome da divindade da maçonaria, visto que este é um segredo bem guardado. Para os profanos, ou seja os de fora, é descrito como o "Grande Arquiteto do Universo" (G:.A:.D:.U:.). A intenção é justamente de parecer algo vago.
Nos graus inferiores a divindade é chamada de "Deus", ou "Soberano Árbitro dos Mundos", ou como G:.A:.D:.U:. Dentro da Loja, quando se progride para os graus mais elevados, a natureza de deus começa a tomar uma forma menos suave. O deus da maçonaria é um deus "genérico". Seu rótulo está em branco, de maneira que se quiser escrever nele Alá, Krishna ou até Satanás, você pode, e nenhum maçom objetará. Este é, evidentemente, o "deus-do-menor-denominador-comum". Diz-nos Albert Mackey, autoridade maçônica (Mackey's revised encyclopedia of Freemasonry, p. 409-410):

"Pode estar certo [...] que Deus está igualmente presente com o hindu piedoso no templo, o judeu na sinagoga, o muçulmano na mesquita e o cristão na igreja".

O princípio maçônico é um Ser Supremo, e qualquer qualificação acrescentada é uma inovação e distorção. O Monoteísmo... viola os princípios maçônico, pois exige a crença num tipo específico de Divindade Suprema.
Deste modo, se você disser ao satanista que ele não pode ser maçom porque o seu ser supremo, o diabo, não é um deus de primeira linha, estará violando os "princípios maçônicos".
Sabemos que o deus da bruxaria é Lúcifer. Assim, quando alguém é convidado a fazer parte da maçonaria, é visitado por dois maçons que o interrogam com diversas perguntas, sendo que uma delas é se acredita num Ser Supremo. Se ele for um bruxo ou um cristão, isto não vem ao caso, o que importa é que ele acredite num Ser Supremo, seja ele Deus ou o Diabo. Nas Lojas encontramos muitos adoradores de Lúcifer que atingem grau elevado nos rituais.
Então, quando a maçonaria afirma que o Deus adorado por todos os homens é o Deus da maçonaria, isto não pode ser verdade. A maçonaria tem um conceito distinto de Deus, que discorda de quase todos os conceitos específicos de outras religiões.
A maçonaria ensina, no grau do Arco Real (do Rito de York) que o nome verdadeiro de Deus é Jabulom. Este nome há alguns anos era totalmente desconhecido, porém, agora, livros e fitas vêm cada vez mais denunciando-o como sendo o nome, outrora secretíssimo, do deus maçônico que sintetiza a idéia  sobre o "ser supremo", somando os nomes dos "deuses" das três religiões mais antigas da terra que deram origem as demais religiões, o que, segundo a confraria, valida seu ensino de que todas as religiões são uma coisa só.
O candidato aprende claramente no seu manual maçônico que o termo "Jabulom" é um termo composto para Jeová (Jah) das religiões de origem judaica, Baal (Bul ou Bel) das religiões de origem cananita e Osíris (On) das religões de origem egipcia. Neste nome composto é feita uma tentativa de mostrar mediante uma coordenação de nomes divinos... a unidade, identidade e harmonia das idéias hebraicas, assírias e egípcias sobre deus, e a harmonia do Arco Real com essas religiões antigas.
Bal era uma divindade tão maligna que encontrar o nome do Deus único, verdadeiro e santo, Jeová, ligado ao de Baal e On nos ritos maçônicos é blasfêmia. Quem quer que estude a malignidade de Baal no Antigo Testamento pode ver isso claramente. (Ver: 2 Rs 17:16 e 17; Jr 23:13 e 32:35).
Deus não é uma combinação de todos os deuses.
. A Bíblia nos ensina que só o Deus cristão é o Deus único e verdadeiro, e não uma associação de todos os deuses. (Ver 2 Cr 6:14, Is 42:8 e Dt 4:39).

2. A idéia de Jesus
Afirmam que Jesus, dos 12 aos 30 anos, viveu no Himalaia, com os monges do Tibete, sendo ali conhecido por Profeta Issa.  Isso significa abandonar a verdade eterna da Palavra de Deus e seguir fábulas e invencionices pagãs, forjadas pelo Inimigo.
Jesus, entre sua adolescência e os trinta anos, viveu em Nazaré, trabalhando como carpinteiro (Lc 4.16; Mt 13.54,55; Lc 3.23).  Esta é a verdade insofismável e não fábulas artificialmente compostas a respeito de Jesus (2 Pe 1.16).
Isto é descrer na Bíblia que afirma que Jesus é Deus (Mt 1.21; Hb 1.8); é chamar Deus de mentiroso, pois de Jesus Ele disse: “Este é o meu Filho amado” (Mt 3.17; 1Jo 5.9,10).
Se encontramos um conceito tão artificial e vago de Deus, o que esperar do Seu Filho, o nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo?
Se buscarmos na literatura maçônica informações acerca de Jesus Cristo descobre-se uma ausência quase total de dados a esse respeito.
Embora nas reuniões maçônicas sejam feitas orações, é expressamente proibido orar em nome de Jesus, para não ofender a sensibilidade religiosa dos maçons que são membros de outras religiões que negam ser Jesus a única encarnação de Deus e Salvador do mundo. Por exemplo, a natureza e missão únicas de Cristo são negadas pelos hindus, budistas, muçulmanos, judeus, etc. A fim de não ofender essas pessoas, ela ofende os cristãos.
Em nenhum lugar da literatura maçônica você vai encontrar Jesus chamado de Deus ou de Salvador do mundo, que morreu pelos pecados do homem. Retratá-Lo dessa forma iria "ofender" os homens a maçonaria não quer ofender ninguém. A maçonaria ensina que Jesus era apenas homem.
A maçonaria exclui completamente, todos os ensinos bíblicos específicos sobre Cristo, tais como a Sua encarnação, missão redentora, morte e ressurreição. A maçonaria "exclui cuidadosamente" o Senhor Jesus Cristo das Lojas e Capítulos, repudia sua mediação, rejeita a sua expiação, nega e não reconhece o seu evangelho, desaprova a sua religião e igreja, ignora o Espírito Santo, e estabelece para si mesma um império espiritual, uma teocracia religiosa, em cujo ápice coloca o G:.A:.D:.U:. - o deus "genérico" - e do qual o Deus vivo, único e verdadeiro, é expulso deliberadamente.
A Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo é Deus:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1:1, 14).

Ver também: Tt 2:13; 10:30,33,38; 14:9,11; 20:28; Rm 9:5; Cl 1:15; 2:9; Fp 2:6; Hb 1:3; 2 Co 5:19; 1 Pe 1:2; 1 Jo 5:2; Is 9:6.
Todos esses ensinamentos sobre Jesus na Bíblia provam que a maçonaria está errada naquilo que ensina a respeito d'Ele. Como pode então o cristão que afirma crer em Jesus como seu Salvador continuar aceitando a religião falsa (maçonaria) que nega seu Senhor? O próprio Jesus não disse: "por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6:46). O próprio Jesus advertiu: "Mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:33). Ele também disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21).
Em resumo, a maçonaria se opõe ao Deus cristão. Portanto, estes ensinamentos são deliberadamente antagônicos à fé cristã.

3. Plano de Salvação da maçonaria. A maçonaria ensina que a salvação e a morada na "Loja Celestial" pode ser obtida mediante as boas obras praticadas pelos maçons. Isso é bíblico?
Lá não se fala da necessidade de salvação, transformação, regeneração agora.  O melhoramento do ser humano vem aos poucos, e por fim parte daqui com a falsa esperança de felicidade no mundo além.  Mas Deus declara que a salvação é agora, e que ela começa aqui.  O céu será a sua continuação, já em plenitude. 
A Maçonaria ensina constantemente que a vida moral irrepreensível é suficiente, mas Deus nos diz que nossas obras de justiça são como trapos de imundície para nos salvar (IS 64.6; Tt 3.5; Rm 7.18; Jo 15.14-16).  É um trágico engano, engendrado pelo Diabo, a pessoa crê que todas as religiões são boas, e, baseado nisso, ser um bom moralista e achar que tudo está bem diante de Deus.  Deixamos claro que não temos nada contra a Maçonaria quanto à moral, mas quanto às ideologias religiosas.
O escritor maçom L.U. Santos, na sua obra intitulada "Literatura Maçônica Contemporânea", edição de 1948, página 32, escreveu:

"Somente a Maçonaria é capaz de redimir a humanidade, meus irmãos".

A salvação maçônica fundamenta-se na prática dos boas obras que o homem possa praticar. Por isso a Maçonaria estimula os seus adeptos a progredir até atingirem um padrão moral tal que, ao morrerem, esteja em condições de habitar na glória.
Através de vários símbolos, ensina a maçonaria uma doutrina de "salvação por obras". O neófito (candidato) maçônico é repetidamente informado de que Deus será gracioso e recompensará aqueles que edificarem o seu caráter e fizerem boas obras.
Um exemplo: "A Espada Apontada para um Coração Desnudo" é considerado como "uma lembrança penetrante de que Deus nos recompensará de acordo com o que fizermos nesta vida". Do mesmo modo, "O Olho-Que-Tudo-Vê, simbolizando Deus, "penetra os recessos mais íntimos do coração humano e irá recompensar-nos de acordo com os nossos méritos".
Em todos os rituais a maçonaria mostra como alcançar o céu. Ensinam isto mediante o uso do avental de "aprendiz" que traduz pureza, vida e conduta. O Landmark nº 20 declara que de cada maçom "é exigida a crença em uma vida futura". A imortalidade da alma é uma das doutrinas mais importantes da confraria. Ensinam isto na lenda de Hiram Abif do terceiro grau, [simbolizando] a imortalidade da alma. Através de todos os seus escritos, eles dizem que estão ensinando a imortalidade da alma ao maçom, mais a palavra de Deus nos diz que a única maneira de ter vida eterna é através da Pessoa de Jesus Cristo. Nenhum ritual maçônico jamais indicou que Jesus é o caminho da Salvação.
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (JO 14:6).
Disse Pedro a respeito de Cristo: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (AT 4:12).  O conceito maçônico de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro evangelho". Ele é tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a maldição divina:
"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." (GL 1:6 - 8).
A salvação vem unicamente pela graça (favor imerecido) de Deus e não por qualquer coisa que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2:8 e 9).
. O que Deus diz quanto à salvação da alma, Jo 14:6; At 4:12; Rm 5:6-9; Ef 2:8-9; Cl 2::13-14.

 

IV.  O SECRETISMO DA MAÇONARIA

A Maçonaria defende-se aqui alegando que pessoas, famílias, firmas e igrejas também têm seus assuntos secretos, quando na realidade são assuntos privativos, jamais esotéricos e herméticos como os da Maçonaria e Rosacrucianismo.  Nos cultos, nos templos, nos Institutos Bíblicos, tudo é feito às claras; à vista de todos.  Este secretismo da Maçonaria entra em choque com os ensinamentos da Palavra de Deus.  Ver Jo 7.26; 18.30; Is 45.19; 48.16.
Há 33 graus (no rito escocês) para quem pretende subir a escala hierárquica da Maçonaria.  Cada grau desse tem seu pacote de ensinamento oculto, exclusivo daquele patamar.  Se os mistérios e segredos da Maçonaria são bons, porque não divulgam para o benefício de todos? Se são maus, porque os conservam?

V. AS JURAS DA MAÇONARIA
Não é maçom quem quer e sim quem pode ser.
"O maçom é obrigado por seu caráter a obedecer à lei moral e, se devidamente compreende a Arte, não será jamais um estúpido ateu nem um libertino religioso. Embora nos tempos antigos os maçons fossem obrigados a pertencer à religião dominante no seu país, qualquer que fosse ela, considera-se hoje muito mais conveniente obriga-los a professar apenas a religião que todo homem aceita, deixando cada um livre em suas opiniões individuais, isto é, devem ser homens probos e retos, de honra e honradez, qualquer que seja o credo ou denominação que os distinga". (Da Constituição de 1723, feita por Anderson).

1. O candidato a maçom
No seu livro "O Que é a Maçonaria", diz A.Tenório d'Albuquerque:

"A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender, interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus elevados fins humanitários e o seu simbolismo."

2. Iniciação maçônica
O candidato, em linguagem maçônica denominado profano, assina uma proposta de filiação à Maçonaria. O proponente é o padrinho.
Na proposta, o profano é obrigado a declarar quanto ganha mensalmente, nome, profissão, estado civil, grau de instrução, residência, procedência, etc. Haverá casos em que é exigida a apresentação de atestado de bons antecedentes fornecido pela autoridade competente.
Recebida a proposta, três maçons são indicados pelo Venerável (Presidente) da Loja, para fazer sindicância em torno da vida do profano. Essas indicações devem ser feitas sigilosamente e sem que um saiba quais os outros indicados. Cada um recebe uma folha de sindicância, já impressa, com um questionário sobre a vida do profano. Essa sindicância deve ser feita com o maior rigor possível, devendo ser investigados os antecedentes do candidato, os seus hábitos; se tem vícios, o conceito em que é dito na sociedade, o seu grau de instrução, se tem algum defeito físico incompatível com a Maçonaria.
É um meio de selecionar os elementos, de não permitir o ingresso na Maçonaria de pessoas destituídas de condições imprescindíveis.
Como se vê, não é maçom quem quer e sim quem pode ser, isto é, quem dispõe de certa soma de requisitos morais, intelectuais e financeiros.

2.1. O Processo de Iniciação
Uma vez satisfeitas as exigências pelo pretendente a maçom, é marcada a cerimônia de iniciação do candidato.
O "profano" começa por ser introduzido em um lugar retirado em que ele deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga: dinheiro, decorações, armas, jóias, etc. Levam-no, em seguida, para uma sala isolada, chamada "Câmara de Reflexão". É um lugar sinistro. As paredes são completamente negras e, como decoração, apresentam esqueletos, cabeças de mortos e lágrimas como as que se vêem nas cortinas funerárias. Vêem-se, também, um galo e uma ampulheta, todos de grande significado dentro da Maçonaria.
Na parede estão gravadas reflexões solenes dentre as quais se destaca a seguinte: "Se perseveras, serás purificado pelos Elementos; sairás do abismo das trevas e verás a Luz".
O irmão que levou o neófito para a sala de reflexão, tira-lhe a venda dos olhos e diz:

"Breve passareis para uma vida nova... Respondei por escrito às questões que vos são apresentadas e fazei o vosso testamento".

Este testamento não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia sua vida passada; é um ato pelos termos do qual se dispõe a outras concepções, a uma vida que se harmoniza com os dados novos.
Prosseguindo a cerimônia de iniciação, o neófito é levado a despojar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de sua calça é erguida alto do lado direito e a meia abaixada de maneira que o joelho direito esteja descoberto. O pé esquerdo está completamente descalço. O braço esquerdo e o peito desnudo. O profano tem, novamente, os olhos vendados e é conduzido para a porta da Loja que está fechada. Vai em busca da Luz.
Apresentam ao neófito um malhete, com o qual dá três rápidas pancadas na porta. Com as pancadas a porta se abre, mas o profano é detido pelo Guarda do Templo, que só lhe permite a entrada quando o irmão que o conduz lhe faz a apresentação: "É um profano em estado de cegueira, que deseja ser indicado no Augustos Mistérios da Maçonaria".
O candidato se aproxima da mesa do Venerável Mestre, que o convida a refletir novamente sobre a gravidade do passo que pretende dar, e insta para que se retire, se ainda não possui suficiente decisão; se o profano insiste em ser recebido, o Venerável Mestre ordena-lhe que se ajoelhe e pronuncia uma oração.

2.2. Os Juramentos
Dependendo do rito no qual o neófito está sendo iniciado (seja o Escocês, Adoniramita, ou Francês), ele será levado a fazer juramentos.

Rito Escocês – O neófito tem o joelho em terra, os olhos vendados, a mão esquerda sobre o coração, a direita sobre a Bíblia, a espada, o compasso e a esquadria. A um golpe de malhete todos os presentes ficam em pé e o neófito repete o seguinte juramento:

"Eu, F., juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e segundo os preceitos de minha religião, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de membros maçons. Solene e sinceramente jamais revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que me forem confiados, senão a um Maçom Regular ou em Loja Regularmente constituída, não podendo revela-los a profanos nem mesmo a membros maçons Irregulares, e de nunca os escrever, gravar, bordar ou imprimir, ou empregar outro qualquer meio idêntico, pelo qual possam ser conhecidos; de cumprir todos os deveres impostos pelas Maçonaria com minha pessoa e bens: de respeitar as mulheres, filhas, mães ou irmãs de Maçons; de reconhecer como de fato reconheço, por único chefe da Ordem, no Brasil, o Supremo Construtor do Grande Ordem brasileiro, ao qual guardarei inteira e fiel obediência, bem como aos Delegados e a todos os atos dele emanados direta ou indiretamente. Se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego para com Deus e desonrado para com os homens. Amém – Amém – Amém."

Rito Adoniramita – Neste rito, no momento em que o neófito vai prestar seu juramento, o Venerável Mestre brada: - "Irmão sacrificador, apresente ao profano a taça sagrada, tão fatal ao perjuros".

O neófito bebe um gole e o Venerável dita o seguinte juramento:

"Juro guardar o silêncio mais profundo sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres... Consinto que a doçura desta bebida se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno".

Rito Francês – Neste rito o neófito profere o seguinte juramento, de joelhos, por duas vezes:

"Juro e prometo sobre os estatutos gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc., Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas ao vento, e que a minha memória fique em execração entre todos os membros maçons, O Grande Arquiteto do Universo me ajude!"

Os maçons defendem-se aqui alegando que no meio religioso, social e civil há também juras por ocasião do batismo com água, casamento, juramento à bandeira, posse de cargos públicos, colação de grau, etc. Mas aí não são juras como na Maçonaria; são compromissos, e além disso são públicos e escritos em documentos públicos.  Se, se trata de um crente, ele entra aqui em colisão como as Escrituras quando diz: Ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6.24). Sim, porque a Maçonaria por essas juras governa a liberdade moral do indivíduo. Na passagem acima, Jesus não disse que é difícil servir a dois senhores; ele disse: ninguém pode, isto significa impossível. Ver Mt 5.34-37; Lv 5.4; Tg 5.12.


VI. SÍMBOLOS DA MAÇONARIA
Apesar da aceitação de pessoas estranhas à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados como símbolos, dentro da entidade. Dentre esses instrumentos de significado dentro da simbologia maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esquadro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.
Esquadro – significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim, que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus.
Nível – ensina que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.
Prumo – é o critério da retidão moral e da verdade, que ensina o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.
Segundo a orientação maçônica, todos os maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais, conforme a orientação dos mestres da Maçonaria.

1.       A Trilogia Maçônica
Sabedoria, força e Beleza, são três palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma tríplice virtude. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração, a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustenta-lo em suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delicadeza dos sentimentos nobres e fraternais do verdadeiro maçom.

2.       Objetivos da Maçonaria
A Maçonaria alega ter como objetivo a busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredores, graças a uma maior compreensão entre eles, pela prática constante da Fraternidade.
A Maçonaria alega ter por princípio a tolerância mútua, o respeito aos outros, não impondo porém, dogmas nem exigindo subserviência espiritual, mas concede aos seus adeptos amplo direito de pensar, de discutir livremente. Considera as concepções metafísicas como sendo do domínio exclusivo da apreciação individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racionalmente.
Tem por divisa "Liberdade" – "Igualdade" e "Fraternidade", e por lema "Justiça" – "Verdade" e "Trabalho".
Os seus componentes devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de um dever.
O maçom trai o seu juramento, quando perde uma oportunidade de praticar o bem.
Os maçons têm por dever, em todas as circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são, sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence.

VII. UM CRISTÃO PODE SER MAÇON?

Fazendo nossas as palavras de Jesus Cristo, o Mestre da Galiléia, quando disse: "Daí, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22:21), queremos deixar registrado que não desconhecemos a participação da maçonaria na história e na política. A maçonaria teve participação ativa na revolução francesa e na história de nosso país, sendo responsável diretamente pela independência do Brasil e a libertação dos seus escravos, entre outros feitos.
Devo também acrescentar que muitos dos maçons são pessoas de boa vontade, boa índole, muitos são sinceros, muitos são bem intencionados, muitos são religiosos, porém as boas qualidades de seus adeptos não fazem a Maçonaria uma instituição sagrada e intocável quando tem de ser analisada à luz da Bíblia Sagrada e da moral pregada e vivida por Jesus Cristo. Diante disto surge a pegunta: – O crente pode ser maçom? – Certamente que não.
Diz-nos a Bíblia que "há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim deles são os caminhos da morte". (Provérbios 14:12).
A Maçonaria, como já vimos, não exalta a Cristo, e muito menos o serve.  Uma análise rudimentar, mostra a incompatibilidade entre o Cristianismo bíblico e a Maçonaria.  Um crente realmente nascido de novo que vive na Maçonaria vive numa eterna contradição.  Os ideais supremos da Maçonaria são liberdade, igualdade, e, fraternidade.  Ela pretende atingir isso fora do caminho indicado por Deus na sua Palavra, e, sem a mediação do Senhor Jesus Cristo.  Afirma a Maçonaria:

“É a loja que prepara todos seus filiados para a Grande Loja de Cima – a Pátria Celeste.”

Ora, a Bíblia declara que só há um caminho para Deus – Jesus (Jo 14.6).
Agora, imagine-se, um ministro do Senhor à vontade, na Maçonaria, ou com os rosacruzes! Sabe-se que há pastores nesta situação.  Vejamos o que diz a Bíblia sobre isso em 2 Co 6.14; Am 3.3; 2 Cr 19.2; Ne 13.3; Sl 106.35; Sl 119.63; 1 Co 15.33.  Agora julguem os leitores verdadeiramente cristãos, com toda isenção de ânimo, se é lícito e possível, biblicamente falando, ser crente e ser maçom?  Melhor seria chamá-los desviados.

VIII. UMA CHAMADA A NOSSA IGREJA

            Precisamos, com amor e urgência, rever a posição das nossas igrejas, pois não podemos nos esquecer de como se processou a Reforma religiosa do século XVI e a que se destinou – "somente a graça, somente a fé e somente a Palavra de Deus". Não podemos nos esquecer do desempenho dos reformadores, ao desenvolver aquilo que é considerado a base bíblica das doutrinas que são pregadas pela fé protestante.
            Os reformadores são vistos por alguns maçons renomados como homens ignorantes e fanáticos que alijaram o bom com o mau, construindo para isso um teologia mais intolerável do que a própria Igreja Católica da Idade Média, por terem rejeitado grande parte dos rituais sacramentais e contemplativos (ver isto na íntegra em Pequena história da maçonaria, p. 179-180).
            Louvamos a Deus pois, diante de tais argumentos da maçonaria, Calvino, como os outros reformadores, é visto como sectário, fanático e ignorante, pois, glória a Deus, seu sistema doutrinário é inegavelmente antimaçônico, pois não se adapta à filosofia de que Deus é multifacetado e de que a salvação é produto do esforço humano! Em contrapartida de que todos os caminhos levam a Deus e de que todas as religiões levam a Deus, as igrejas protestantes crêem na soberania e na justiça divinas através somente da salvação em Jesus Cristo, o único!
            Como admitir que homens que estão, tanto no meio como à frente dos membros em nossas igrejas, nas reuniões de oração, nas escolas dominicais e nos cultos, participem também semanalmente das reuniões nos templos maçônicos, ouvindo e repetindo palavras como as que são descritas a seguir, e que fazem parte obrigatoriamente dos inícios e dos encerramentos de todos seus encontros ali, conforme transcrição literal de seus rituais, embora tentem disfarçar o real significado nas conversas entre os crentes, lançando mão de subterfúgios semânticos?

            ABERTURA DAS REUNIÕES: Em nome do Grande Arquiteto do Universo e de são João da Escócia, nosso padroeiro, está aberta a loja....
            CONSAGRAÇÃO DOS INICIADOS, como por exemplo ocorre no grau 1o do rito ao qual pertencem alguns membros de nossa igreja: A glória do Grande Arquiteto do Universo e de são João da Escócia. Em nome e sob os auspícios do Grande Oriente e do Supremo Conselho do Brasil e em virtude dos poderes que me foram confiados por esta augusta e respeitabilíssima loja, eu vos recebo e constituo aprendiz maçom do rito Escocês Antigo e Aceito e membro ativo da mesma oficina.
            ENCERRAMENTO DAS REUNIÕES, geralmente nos mesmos termos: Em nome de Deus e de são João da Escócia, está fechada a loja...

Os nossos primeiros missionários chegaram ao Brasil tendo a mesma proposta da Reforma (A Razão da nossa fé, Pergunta 7). Tentar explicar a implantação do evangelho no Brasil, como em qualquer outra parte do mundo, como já dissemos antes, creditando à maçonaria os méritos de tal fato é, no mínimo, uma pretensão de proporções absurdas, pois o que é que uma filosofia que ensina que todos os caminhos levam a Deus tem a ver com a visão de uma igreja que afirma que isto é mentira, uma vez que prega que só Jesus salva e só a Bíblia Sagrada é o livro inspirado por Deus? Consideramos grave a fórmula contida no ritual, que o orador, ao fim de toda iniciação, deve sempre expressar com estas palavras:

"Meus irmãos, a maçonaria é na terra a única instituição capaz de levar o homem ao domínio da paz, de ordem e da felicidade" (Ritualística maçônica, p. 74).

É grave porque não se trata da interpretação isolada de uma maçom, é principio regulamentar universalmente reconhecido e que influencia a mente, pois os mesmo termos se encontram nas palavras da já citada Carta Aberta de pastores e presbíteros maçons do Rio de Janeiro, que afirmam que a maçonaria é, "das cousas terrenas, a mais bela e mais sublime". Não há meio termo – isto anula a visão bíblica de que a Igreja é, no mundo todo, o único instrumento valioso que, nas mãos de Deus, pode promover à mente da humanidade a sã doutrina que pode beneficiar a vida do homem em todas as áreas.
O que ainda nos deve preocupar, hoje, é como podemos ser uma igreja missionária, se grande parte dos nossos irmãos são impedidos de aplicar a grande comissão dada por Deus, pois a maçonaria anula este propósito missionário ensinando e ordenando a seus adeptos a aceitarem todos os credos, com todos os seus deuses, como sendo a única e mesma coisa? Se o hinduísmo encaminha para a salvação, por que vou falar aos hindus que somente Cristo salva?
Desde o primeiro missionário até hoje, nossas igrejas são desafiadas a defender nossas doutrinas como sendo inteiramente geradas a partir da Palavra de Deus. 

Conclusão
Pelo exposto, concluímos que a maçonaria é uma falsa religião, contrária aos ensinamentos da Palavra de Deus e entra em conflito especialmente com os ensinamentos cristãos. A maçonaria é contrária ao Deus único e verdadeiro, é oposta à pessoa e obra de Jesus Cristo, é oposta à salvação pela graça, e contradiz toda doutrina básica cristã.
Como pode então o cristão ser membro, viver de acordo e promover os ensinamentos da maçonaria?
Os maçons cristãos devem decidir hoje se vão permanecer maçons e negar o seu Senhor, Jesus Cristo, ou se farão à vontade do Pai celestial e deixarão a maçonaria.
Ao fazer parte da Loja, o maçom cristão está apoiando "outro evangelho", um falso sistema de salvação que engana os homens quanto à maneira de serem salvos.
Se você for um verdadeiro crente em Jesus Cristo, ao compreender isso, deve obedecer a advertência bíblica em 2 Coríntios 6:17: "Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor". 
Séculos atrás, o profeta Elias desafiou o povo de Deus que havia abandonado o Deus verdadeiro e caído no triste pecado da idolatria. Ele os advertiu: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se á Baal, segui-o" (1 Rs 18:21). Esta pergunta continua verdadeira para os cristãos maçons de hoje. Siga a Deus ou siga a maçonaria.
Se o leitor quiser saber mais sobre a maçonaria recomendo que leia a obra "Andando Com o Inimigo".


ANEXO

RESOLUÇÃO TOMADA PELA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
            Esta resolução foi tomada quando o Supremo Concilio ainda era chamado de Sínodo Central e que mais tarde foi renovada pelo Supremo Concilio. Transcrevo abaixo a resolução:

Sínodo Central de 1906 – "O Sínodo (S.C.), por amor à paz e à fraternidade evangélica, aconselha aos membros da Igreja Presbiteriana do Brasil que se abstenham da Maçonaria" (Sín., 1906;20).
Assembléia Geral de 1934 – "O S.C., renova a recomendação de 1906, de que os crentes maçons deixem de freqüentar as lojas; e, recomenda que os conselhos não mais recebam maçons à profissão de fé e que os Ministros e oficiais não sejam maçons" (ªG., 1934;32, Doc. Nº 38).
CE/SC de 1956 – "ressaltar a resolução do SC de 1936, pela qual renova a resolução de 1906, pedindo aos crentes maçons que deixem de freqüentar as lojas e que ministros e oficiais não sejam maçons, sem, contudo, fazer qualquer declaração de compatibilidade ou incompatibilidade da maçonaria com a fé evangélica" (CE-56-056).
CE/SC de 1996 – "Conclamar ao povo presbiteriano a praticar o ensino bíblico, sempre orando uns pelos outros, pedindo que o Espírito Santo nos ilumine e nos guie a toda a verdade, levando-nos a "falar a verdade em amor" buscando a nossa maturidade cristã (Jo 14:26; 16:13; Rm 14:10-12; Tg 5:14 e Cl 3:13); Recomendar através dos concílios da IPB que nenhum presbiteriano participe de qualquer seita ocultista incompatível com a Palavra de Deus; advertir através dos concílios da IPB para que nenhum membro da Igreja deixe de participar dos trabalhos de sua Igreja, por quaisquer outras reuniões de clubes e sociedades, ainda que compatível com a sua consciência cristã; Que o trato desta matéria, pela graça de Deus, venha fortalecer os vínculos do amor e os laços da comunhão cristã, afim de que nossa Igreja se torne mais santa, mais vigorosa e mais preparada para a realização do seu ministério; Reafirmar, finalmente que é o "Espírito Santo quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16:8-11); que o respeito à consciência e ao foro íntimo continua sendo o apanágio da Igreja Presbiteriana do Brasil; e que a Palavra de Deus nos afirma que "Ele é poderosos para fazer infinitamente mais do que tudo o quanto pedimos ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós. A Ele seja a glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações e para todo o sempre. Amém (Ef 3:20-21)" (CE/SC 1996).

AUTOR DESCOHECIDO


Bibliografia:
1) OLIVEIRA, Raimundo F. Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.
2) ANKERBERG, John / WELDON, John. Os Fatos Sobre a Maçonaria. Chamada da Meia Noite
3) HORRELL, J. Scott. Maçonaria e Fé Cristã. Editora Mundo Cristão
4) SCHNOEBELEN, William. Maçonaria, do Outro Lado da Luz. Editora Luz e Vida
5) LIMA, Elizeu Dourado / RECCO, Myrian Cassou Terra. Andando Com o Inimigo. Curitiba: Descoberta Editora Ltda, 2000 – 1a. Edição

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