CASAMENTO E
FINANÇAS - 1
DINHEIRO, AMOR E DEVOÇÃO!
DINHEIRO, AMOR E DEVOÇÃO!
Livro:
“Casais inteligente, enriquecem juntos” de Gustavo Cerbasi.
Todos sabemos que o dinheiro (a moeda) foi criado para
facilitar a troca de mercadorias entre as pessoas. No inicio o dinheiro (a
moeda) era um meio facilitador nas negociações, mas com o tempo se tornou o
centro dos desejos de todos os homens. O dinheiro colonizou o mundo dos
negócios. Quanto mais dinheiro se tem, mais poder de negociação se tem.
Gustavo Cerbasi diz em seu livro que: “grande
parte dos problemas de relacionamentos entre marido e mulher começam no
dinheiro – no excesso ou na falta dele”.
Podemos afirmar que o dinheiro não é força primária
dos desentendimentos dos casais. Adão e Eva se desentenderam no jardim logo
após terem comido do fruto proibido e ambos não possuíam dinheiro algum (Gn 3).
Sendo assim percebemos que o pecado é a força primária de todo desentendimento
na vida conjugal.
Entretanto o dinheiro tem sido detectado por algumas
pesquisas como um dos grandes agentes para o agravamento de uma relação
conjugal. O dinheiro não é força primária, mas ele pode trazer a tona todos os problemas
existentes na vida de um casal. O dinheiro faz manifestar as crises existentes
nos relacionamentos conjugais.
Para alguns
a crise vem à tona quando falta dinheiro. As cobranças começam e desta forma se inicia o processo de ataque um
ao outro.
Para outros
a crise vem quando existe excesso de dinheiro. O excesso de dinheiro abre novas oportunidades, gera
visibilidade social e muitos não estão preparados a lidar com essa nova
realidade e caem nas mais diversas tentações proporcionadas pelo acumulo de
dinheiro.
Por que o
dinheiro pode destruir casamentos?
A.
Porque tem o poder de conquistar nossos corações.
O dinheiro tem o poder de conquistar
o coração dos seres humanos ao ponto de se tornar o centro de suas vidas.
B.
Porque tem o poder de acentuar a individualidade na
vida conjugal.
Uma vez que o dinheiro se torna o
centro, o tesouro cobiçado, na vida do ser humano, ele passa a determinar as
decisões e prioridades do mesmo. E na busca de se sentir livre para alcançar o
que se deseja marido e mulher se individualizam no tratar do dinheiro.
C.
Porque tem o poder de promover mudanças na relação
conjugal.
O que aconteceria com seu casamento se você ficasse um
ano desempregado? Muitos casamentos que já passaram por essa experiência se
acabaram.
O que aconteceria com o seu casamento se o seu cônjuge
começasse a ganhar cem mil reais por mês? Muitos casamentos se acabaram diante
dessa experiência.
Preste atenção que estamos falando do poder que o dinheiro possui. Não
podemos brincar com isso, o dinheiro possuiu um poder avassalador e que precisa
ser lidado com seriedade. Vamos analisar as afirmações acima uma a uma para
compreendermos o poder que o dinheiro possui para destruir as uniões conjugais.
1 - O dinheiro tem
o poder de conquistar nossos corações
O dinheiro tem o poder de conquistar
o coração dos cônjuges ao ponto de se tornar o centro de suas vidas, o objeto
de amor e desejo.
Quando o dinheiro conquista o coração
do homem, ele passa a subjugar o homem, a controlá-lo; quando na verdade o
homem é que deveria controlar o dinheiro.
Para entendermos melhor o grande problema de se ter o coração
conquistado pelo dinheiro, precisamos nos lembrar da palavra de Jesus em Mt 6.24 – “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas (Mamom)”.
Mamon, não era o nome de uma divindade e sim um
termo de origem hebraica (Matmom) que
significa dinheiro, riqueza, ou bens materiais.
Na era pré-cristã, conforme sabemos,
eram cultuados muitos deuses e alguns povos cananeus chamavam o deus da riqueza
de Mamom.
Jesus neste verso trata às riquezas
como um deus. Ele da às riquezas o poder de ser adorado e de se tornar senhor
sobre os homens. Portanto não podemos tratar da questão dinheiro, como se fosse
apenas algo material, físico, sem maiores implicações espirituais.
Duas coisas podem ocorrer quando se
ama o dinheiro;
1.1 – O dinheiro tem o poder de levar as pessoas a adorá-lo
·
Os que têm dinheiro correm o risco de migrarem sua fé em
Deus para o dinheiro. As pessoas ricas tendem por sua confiança no dinheiro e
naquilo que ele pode comprar ao invés de confiar em Deus em primeiro lugar.
Ex.: Elas confiam sua saúde a um bom
plano de saúde e não em Deus. Confiam seu futuro a um bom plano de
aposentadoria e não na provisão de Deus.
Obs1.: Não é
errado ter um bom plano de saúde e fazer uma poupança.
·
Os que não têm dinheiro correm o risco de construírem suas
vidas em busca do dinheiro. Seus sonhos estão totalmente voltados para o que o
dinheiro lhes pode oferecer. Priorizam a busca pelos bens materiais, pelo bem
estar, e se esquecem de buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça.
Ex.: Passam mais tempo trabalhando do
que com a família. Gastam tudo o que ganham para adquirir bens e mais dinheiro,
e não desfrutam da vida.
Obs2.: Não é
errado trabalhar e comprar bens materiais.
A devoção ao dinheiro, assim como
qualquer outra imagem ou objeto de devoção que não seja Deus torna o homem
cego, surdo e sem vida (Sl 115.1-8). O dinheiro se torna um ídolo quando o
lugar que pertencia a Deus é tomado por ele; quando a confiança que deveria ser
direcionada a Deus é desviada ao dinheiro e ao que ele pode oferecer; quando
ele se torna a prioridade da vida, o sonho a ser alcançado, o objeto merecedor
de todo esforço e dedicação. Quando isto acontece o dinheiro já se tornou um deus.
A consequência da adoração ao dinheiro é que o primeiro
mandamento “ame o Senhor teu Deus e todo o seu coração” é quebrado (Mc 12.30).
Aplicação: Pare
um pouco neste momento e avalie o lugar que o dinheiro tem ocupado em sua vida.
Ele é razão maior que o motiva a trabalhar? Ele é objeto maior de seu desejo?
Seus sonhos estão todos baseados na conquista de bens materiais?
1.2 – O dinheiro tem o poder de levar as pessoas
a viverem em função dele
“Porque o amor ao dinheiro é
a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça
alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1
Timóteo 6:10).
Pessoas que se tornaram amantes do
dinheiro, seduzidos por seu brilho vivem a sensação de insatisfação eterna... a
felicidade esta sempre perto, mas nunca é alcançada.
Quando o homem é seduzido pelo
dinheiro se torna capaz de fazer qualquer coisa para obter mais. Ás vezes
conscientes, outras vezes inconscientes são capazes de abrir mão da convivência
familiar, do abraço da esposa, dos filhos, do sorriso dos amigos, tudo para
alcançar mais dinheiro.
·
Os que têm dinheiro passam a ver todos como ameaça aos
seus bens. São consumidos pelo medo de perder o que já alcançou, ao mesmo tempo,
que são consumidos pelo desejo insaciável de se ter mais. Suas relações são
superficiais e são construídas na base do interesse. Não amam as pessoas, pois
todas são vistas como ameaça ao seu patrimônio. Ex.: Tio Patinhas.
·
Os que não têm dinheiro constroem relações baseados em interesses
pessoais. Desejam ser amigos de famosos para alcançar através deles a fama. Se
vendem moralmente e muitas vezes fisicamente para terem dinheiro e o poder que
o dinheiro lhes parece oferecer. Não amam as pessoas, mas a riqueza que elas
possuem.
Quando o dinheiro ganha o coração do homem e o leva a
construir sua vida em torno dele, a consequência é que o homem quebra o segundo
mandamento de Deus – “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31).
O dinheiro deve ser usado para manifestação do amor ao próximo e a Deus. Quando amo o próximo, amo a Deus. Quando
odeio o próximo, odeio a Deus.
Se Deus deu a mim condições para que eu
tenha mais dinheiro, mais eu deveria me dedicar a ajudar os que necessitam, a investir
na vida daqueles que não conhecem a Deus.
Não estou dizendo que você não pode usar
o dinheiro para adquirir carro, um imóvel, etc. Contudo você precisa colocar um
limite de satisfação, caso contrário você nunca viverá satisfeito com o que tem
hoje. Nunca será grato por tudo que já conquistou. Sua vida será sempre vivida a
partir de si mesmo.
Quando amamos o dinheiro até somos capazes
de investir em nossos sonhos que quase sempre está relacionado em algo que nos dê
mais dinheiro, mas não somos capazes de investir nos sonhos do nosso cônjuge, dos
nossos filhos, dos nossos irmãos e nem nos sonhos de Deus.
Quando nosso dinheiro esta a serviço de nosso amor, colocamos:
·
Deus
acima de todas as coisas
·
Manifestamos
o amor ao próximo
·
Experimentamos
a alegria e a liberdade
Quando nossas
vidas passam a serem vividas em função do dinheiro:
·
Somos gradativamente
consumidos pela insaciabilidade dessa busca.
·
Coisas passam a valer
mais do que as pessoas. Ex.: Ter dinheiro para gastar em um bom restaurante é mais
importante do que sentar ao lado do filho. Ter um bom salário é melhor do que ter
comunhão com a família.
O dinheiro entorpece as pessoas. Muitos casamentos estão
sustentados pelo dinheiro e não pelo amor. Quando o dinheiro acaba ou quando se
ganha muito dinheiro o casamento se rompe, porque não existe amor.
Numa tirada que lembra os antigos provérbios, afirmou
certa vez Francis Bacon: "O dinheiro
é como o adubo: só serve, quando espalhado". O que o genial filósofo
inglês quis dizer é que, se o dinheiro não for usado a fim de promover o bem
comum, não passará de um monte de esterco. É um deus
que cheira mal.
Aplicação: Onde você tem gastado seu dinheiro? Tem usado o dinheiro
como instrumento para manifestar amor? Gasta com seu cônjuge? Gasta com seus filhos?
Investe na vida de missionários? Investe na vida dos necessitados? Onde está o seu
dinheiro? Onde está o seu amor?
Vença o poder que o dinheiro possui de gerar devoção pessoal
exercitando a generosidade. Seja generoso!
Pr. Cornélio Póvoa de Oliveira
15/05/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário