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quinta-feira, 4 de julho de 2013

REFLEXÃO 111 - A CASA NA COLINA

A casa na colina

Nong e sua família viviam num vilarejo no Sudeste Asiático. Como a maioria das pessoas ali, eles cultivavam a terra, só que, ao contrário delas, que moravam nos campos na ampla planície, eles tinham a única casa que ficava no alto de uma colina.
Como a família de Nong trabalhava na planície, seus pais tinham que subir e descer a colina todos os dias, e na época da colheita levar todo o arroz para o celeiro lá em cima.
A escola também estava localizada na planície, de modo que Nong tinha que descer o morro cada manhã e subir ao fim da tarde para voltar para casa.
Um dia Nong conversou com seu pai a respeito do assunto, dizendo que não achava justo ter que subir e descer o morro todos os dias sendo que os seus amigos não precisavam fazer isso. “Por que é que nós temos que morar aqui em cima?”

O pai de Nong pensou um pouco antes de responder.
— Não sei bem por que moramos na colina. A nossa casinha já está aqui há muitas e muitas gerações, e estou agradecido por ela.
Pense da seguinte forma: De manhã nós somos os primeiros a ver o Sol nascer, e à tarde os últimos a vê-lo se pôr.”
Mas para Nong essa explicação não ajudou muito:
 — Mas nós temos que trabalhar mais do que todo o mundo, e tenho que andar mais do que os meus amigos. Isso não é justo!
— Não devíamos pensar assim, porque foi Deus quem nos deu esta casa, e deveríamos estar gratos por ela, respondeu seu pai”.
 Mesmo assim Nong não estava convencido, pois queria morar lá em baixo na planície.
Não passou muito tempo depois dessa conversa, e um dia, faltando poucas semanas para a colheita do arroz, qual não foi a preocupação dos moradores ao olharem para o alto e verem o céu coberto de nuvens. E o tempo só foi piorando, o céu foi ficando cada vez mais escuro e então aconteceu o indesejado: Começou a chover a cântaros. Chovia sem parar. As casas e a lavoura na planície ficaram completamente inundados e o povo perdeu todo o arroz nos campos e nos celeiros.
Só a casa de Nong, lá no alto, não inundou, então foi para lá que os moradores fugiram, muito gratos por aquela casa no alto da colina. E ali se alimentaram com o arroz que a família tinha armazenado. 
Olhando para o filho com carinho, o pai de Nong lhe disse:

— E agora, você está agradecido pelo fato da nossa casa ser no alto de um morro?
Nong sorriu todo sem jeito e meneou a cabeça.


"Devemos agradecer sempre, pois o caminho mais difícil e mais dolorido, nas mãos de Deus pode prover a nós salvação e crescimento" (Pr. Cornélio).

AUTOR DESCONHECIDO 

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