A doutrina da
reencarnação desconhece a graça de Deus
O que a
reencarnação é?
A
reencarnação é uma crença pagã e muito antiga sem o menor fundamento bíblico.
Faz parte de muitas religiões tribais, do budismo, do hinduísmo, do espiritismo
e da Nova Era. Ensina a pluralidade das existências, “em virtude da qual todas
as criaturas humanas, em sucessivas encarnações, vão evoluindo gradativamente,
quer no plano intelectual, quer no plano moral, enquanto que, ao mesmo passo,
vão resgatando erros e crimes do passado”. O objetivo da reencarnação, diz o
próprio Kardec, é a “expiação, o melhoramento progressivo da humanidade”. As
novas encarnações podem se dar aqui na terra ou em outros corpos celestes, de
nível moral superior ao nosso. O espírito de um homem pode encarnar no corpo de
uma mulher e vice-versa.
Em que se
basei?
A doutrina da
reencarnação procura assentar suas bases na revelação dos espíritos. Detalhes
fantásticos são aceitos e atribuídos a eles. Quando Jesus disse: “Tenho ainda
muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16.12), Ele
estaria se referindo a outras revelações, inclusive à lei da reencarnação, que
viriam a seu tempo por intermédio dos espíritos superiores com o concurso de
diversos médiuns, o que chega a ser séria irreverência para quem conhece e
preza a Palavra de Deus. Além disso, a reencarnação seria a explicação para o
sofrimento humano e para uma série de fenômenos, tais como a existência de
crianças-prodígio, as reminiscências, as faculdades supranormais de animais
etc. A doutrina firma-se ainda na tentativa de afastar para longe e para sempre
a idéia do juízo final, pois, por meio dela, quer queiram quer não, com menor
ou maior demora, todos os homens chegarão ao estado de perfeição e pureza que
Deus exige, por esforço e moto próprios.
Confrontando
com a Bíblia
Ninguém se
iluda: uma vez aceita a reencarnação, as principais doutrinas do cristianismo
são reduzidas a nada. A atriz Eva Wilma estava tremendamente enganada quando
declarou ao Jornal Espírita que não acha “o espiritismo conflitante com o
catolicismo”.
Apesar de o
espiritismo se gloriar de não ser materialista por acreditar, acertadamente,
que o homem não é só corpo, o sistema deixa o homem sozinho em seus anseios de
salvação. Não há lugar na doutrina espírita para a mais importante mensagem da
Bíblia — Jesus “veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). Não se conta a
expiação de nossos pecados “mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez
por todas” (Hb 10.10). O véu do templo não se rasgou em duas partes, de alto a
baixo, naquela sexta-feira da Paixão (Mc 15.38) e nós não podemos entrar no
Santo dos Santos pelo sangue de Jesus (Hb 10.19). Não é necessário confessar
pecados, pois não há perdão; Cristo não é a propiciação pelos nossos pecados (1
Jo 1.9; 2.2). Deus não amou ao mundo de tal maneira a dar seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
Paulo estava errado quando declarou: “Pela graça sois salvos, mediante a fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”
(Ef 2.8-9). O escrito de dívida que era contra nós não foi removido nem
encravado na cruz (Cl 2.14). O ladrão que se arrependeu e creu ali na cruz,
junto a Jesus, não se salvou nem foi levado para o Paraíso (Lc 23.43). O
castigo que nos traz a paz nunca esteve sobre Ele, Jesus (Is 53.5), mas repousa
implacavelmente sobre nós, indefinidamente.
Aquele que
crê na reencarnação obriga-se a rejeitar a doutrina das últimas coisas conforme
apresentada na Bíblia. Para ele não haverá salvos e perdidos, não obstante as
palavras de Jesus (Mt 13.41-42, 49-50; 25.46). O juízo final é algo meramente
simbólico. Os injustos, contemporâneos a Noé e a Ló, não estão, sob castigo,
reservados para o dia do juízo (2 Pe 2.4-11). A ressurreição dos mortos não
deve ser entendida como Paulo ensinou: “Semeia-se o corpo na corrupção,
ressuscita na incorrupção” (1 Co 15.42), pois entre a morte e a “ressurreição”
se darão intermináveis novas encarnações. A destruição dos céus e da terra que
agora existem (2 Pe 1.13) será um fenômeno natural, e quando isto suceder,
daqui a milhões de anos, a terra já estará desabitada, pois os seres humanos
“terão atingido um nível evolutivo em que o plano terreno não mais lhes servirá
de morada”.
O que fazer?
A doutrina da
reencarnação é tão oposta à Bíblia, que se impõe uma opção como aquela que
Elias colocou diante de Israel: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?
Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). No caso das
múltiplas existências, a primeira opção terá de ser entre o Espírito Santo de
Deus e os espíritos de que falam os espíritas, entre a autoridade das
Escrituras Sagradas e a codificação de Allan Kardec, entre o absolutamente
certo dos Evangelhos (At 2.36) e a ficção reencarnacionista. Sobre uma coisa
não haja dúvida: é inútil qualquer tentativa de harmonizar o verdadeiro
cristianismo com o espiritismo.
AUTOR DESCONHECIDO
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