A DOUTRINA DE DEUS.
SOBRE A
EXISTENCIA DE DEUS.
1 PROVAS BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
Para nós a existência de Deus, é a grande pressuposição da teologia. Não há sentido
falar do conhecimento de Deus, a menos que admitamos que Ele existe.
A pressuposição cristã não é que há simplesmente um força ou um poder que
caracteriza Deus, mas a existência de um SER PESSOAL, através de quem se
originam todas as coisas, que transcendo toda a criação, ainda que seja
imanente em cada parte dela.
A Escritura, que é a revelação divina, parte do pressuposto que Deus existe (
Gn. 1.1). A base da informação de que Deus existe está na revelação geral e
especial. Nós cremos que Deus existe, mas a nossa fé descansa em informação
fidedigna.
A Escritura fala muito em Deus, mas em nenhum lugar ela tenta provar a
existência dEle, (Hb. 11:6; Jo .7:17; Os. 6:2; 1 Cor. 1:20-21). Ela
simplesmente expõe quem Deus é.
2 ALGUMAS FORMAS DE NEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
A idéia de Deus é praticamente universal na raça humana, mesmo em tribos mais
distantes e não-civilizadas. Mas isto não quer dizer que essas pessoas tenham o
conhecimento salvador de Deus, nem que não haja pessoas que neguem a Sua existência.
1.1 Há aqueles que neguem absolutamente a existência de Deus, embora muitos
cristãos relutem em admitir a existência de ateus.
Na verdade há duas classes de ateus.
ATEUS PRATICOS. São pessoas que vivem como se Deus não existisse, que na vida prática
não reconhecem a Deus, não há Deus no pensamento deles (Sl. 10:4b) Paulo diz em
ef. 2:12 que eles são como aqueles que não tem Deus no mundo. Essas pessoas
não são necessária e notoriamente ateus más aos olhos dos homens, podem
pertencer a uma classe de pessoas consideradas como gente decente do mundo,
ainda que sejam totalmente indiferentes as coisas espirituais. Contudo, esse
tipo de ateu pratico pode recorrer a orações quando se vêem em dificuldades.
A) ATEUS DOGMÁTICOS: Negam prontamente negam que há um Ser Divino (Sl. 14:1;
53:1). Eles afirmam categoricamente que não existe Deus. Esta afirmação pode significar
duas coisas: Primeira que não reconhece Deus de nenhuma espécie, nem levanta
ídolo para si mesmo, Segundo não reconhece o Deus da Bíblia.
Há um número muito grande que teoricamente recusa toda classe de Deus , e outro
número muito maior que não quer nada com o Deus da Bíblia.
B)ATEUS CÉTICOS: Que duvidam da capacidade da mente humana para determinar se
há ou não um Deus. C) ATEUS CRÍTICOS: Que sustentam que não há provas válidas
da existência de Deus. Estas três classes com freqüência andam de mãos dadas,
mas até o mais mais modesto destes ateus declara firmemente que toda crença em
Deus é ilusão.
CONCEITOS FALSOS DE DEUS QUE CONTÉM UMA NEGAÇÃO DO VERDADEIRO DEUS
Há muitos conceitos falsos de Deus, inclusive dentro de nossa sociedade
contemporânea, que na, verdade, negam o conceito teísta de Deus. Para
entendermos esses falsos conceitos vamos nos habituar à sua terminologia.
Vejamos alguns termos necessários para a compreensão desta matéria:
TEISMO: A crença num Deus que é transcendente e imanente (nós temos essa
crença).
DEISMO: É crença que tira Deus do meio do mundo e dá ênfase à sua
transcendência em prejuízo da sua imanência.
TRANSCENDÊNCIA: Capacidade do ser Divino de estar além, acima e independente do
universo.
IMANÊNCIA: Capacidade do ser divino de, relacionar-se com o mundo criado.
HEDONISMO: É a adoração preferencial de um Deus, sem deixar, contudo, de crer
nos demais deuses. (Ex.: Raquel)
PANTEISMO: Doutrina que identifica Deus com o mundo criado. Deus se encontra
nas coisas. (SCHLEIERMACHEK)
A- UM DEUS IMANENTE E IMPESSOAL: Nos os cristãos da ordoxia, temos crido num
Deus que é transcedente, alto demais, mas também num Deus que relaciona-se com
as sua criaturas, um ser pessoal. Mas há o Panteísmo que identifica Deus com o
mundo e nega reconhecer Deus como SER, que é distinto da criação e superior a
ela infinitamente. O Panteísmo confunde o natural e o sobrenatural, o finito e
o infinito em uma só substância. Com freqüência ele se refere a Deus como o
fundamento escondido do mundo dos fenômenos, mas não o concebe com um Deus
pessoal, portanto , dotado de inteligência e vontade.
Para o Panteísmo o mundo é uma expansão de Deus. Por isso que Deus é grande,
porque o mundo é grande.
OBS.: Percebam que o Panteísmo dá uma ênfase tão grande na imanência de Deus
que o torna confundido com a própria criação e, daí, a impessoalidade dele.
Os panteísta rejeitam o Deus da Bíblia e, por isso, podem ser considerados de
alguma forma ateus.
B UM DEUS FINITO E PESSOAL: O teísmo tem considerado Deus como um ser
Infinito e Pessoal, mas a idéia de um ou vários deuses finitos e pessoais não é
nova; ela é tão velha como o politeísmo e o hedonismo.
Os advogados desses pensamentos dizem que um Deus infinito não pode ter
harmonia e comunhão com seres finitos. Portanto, era preciso um Deus de
experiência humana, que não tenha atributos como: independência,
transcendência, infinidade, imutabilidade, etc. Esse Deus tem que viver no
tempo, no espaço, em nosso meio ambiente, e tem que ter uma história como a
nossa. Devido ao mal que há no mundo é necessário o pensar que Deus está
limitado em seu conhecimento, poder ou em ambos. A condição deste mundo torna impossível
crer num Deus infinito em conhecimento e poder.
C UM DEUS HUMANIZADO: A teologia modernista tende a considerar Deus como um
homem. Insiste-se em repetir que se houve uma vez em que Deus fez o homem a
sua imagem e semelhança, o homem devolve a gentileza. Criando um Deus à sua
própria imagem e semelhança. Muitas pessoas rejeitam o conceito bíblico de Deus
e criam um Deus ao gosto delas, da forma que acham que Deus deve ser. O padrão
para as crenças deles são as suas próprias idéias. O que a bíblia diz de Deus
não e levado em conta.
Portanto , esta é uma outra forma declarada de ateísmo.
A
DOUTRINA DE DEUS II.
NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS.
1 DEUS É INCOMPREENSÍVEL, MAS CONHECÍVEL
A igreja Cristã confessa, de um lado, que Deus é incompreensível e, de outro
lado, que pode ser conhecido, e que conhecê-lo é um requisito absoluto para ser
salvo.
Estas duas idéias estão presentes nestas seguintes passagens: (R.M. 11.7; Is.
40.18; João 17.3; 1 João 5:20. Estas duas idéias sempre estiveram juntas na
Igreja Cristã.
No decorrer da história da Igreja houve opiniões diferentes a respeito do
assunto, mas a teologia reformada é coesa em afirmar que Deus pode ser
conhecido, mas que é impossível para o homem ter um conhecimento exaustivo e
perfeito de Deus em todo o sentido. Alcançar tal conhecimento eqüivaleria a
compreender a Deus e isso é impossível.
O homem no sentido próprio do que é definir, não pode dar uma definição de
Deus, mas somente uma descrição parcial. O finito não pode descrever e definir
o infinito. Ao mesmo tempo entendemos que o homem pode obter um conhecimento
perfeitamente adequado a respeito de Deus para a realização do propósito divino
na vida do homem. Há que se entender que o verdadeiro conhecimento de Deus só
pode adquirir-se mediante a revelação divina que Deus fez de Si mesmo, e esse,
conhecimento virá realmente quando o homem aceitar o que Deus diz crendo nEle.
Obs.: Seria impossível o homem crer em Deus se não houvesse alguma coisa que
pudesse ser conhecida dEle. Se Deus não se revelasse, o homem jamais poderia
conhecer algo dEle.
2 A NEGAÇÃO DE NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS.
Com razões diferentes tem-se negado a possibilidade de Deus ser conhecido pelo
homem. Esta negação geralmente descansa sobre supostas limitações das
faculdades humanas do conhecimento. A razão principal consiste em declarar que
o intelecto humano é incapaz de conhecer alguma coisa daquilo que se encontra
além dos fenômenos naturais, portanto, incapaz de conhecer aquilo que é
supra-sensível,divino.
Esses que negam que Deus possa ser conhecido são os chamados Agnósticos. Os
agnósticos não querem ser chamados de ateus, já que não negam em absoluto que
haja um Deus, mas declaram que não sabem se Deus existe ou não, o que no caso
de existir, estão seguros de que não pode
Haver qualquer conhecimento verdadeiro a respeito dele.
OBS: O Agnosticismo, portanto, é doutrina que declara o Absoluto (Deus, o
Transcendente) e inacessível no espírito humano.
Algumas formas de Agnosticismo refletem profundas tendências Deístas, isto é,
Deus é o Absoluto irrelacionado, que existe sem relações, e não podemos
conhecê-lo.
Vejamaos alguns nomes do AGNOSTICISMO:
DAVID HUME. O chamado pai do Agnosticismo moderno. Não negou a existência de
Deus mas afirmativa que não conhecemos verdadeiramente os seus atributos.
Todas as nossas idéia dEle são semente antropomórficas. Não podemos estar
certos de que os atributos que conferimos a Deus correspondam com a realidade.
IMANUEL KANT: Estimulou o pensamento agnóstico por meio da divisão dos mundos
do NOUMENO e de FENÕMENO. Afirmava que a razão pura (teórica) conhece
unicamente os fenômenos, e que é necessariamente ignorante daquilo que está
atrás deles. Por conseguinte é impossível ter-se um conhecimento de Deus pois
Ele está no mundo noumental, e não no dos fenômenos.
AUGUSTO CONTE: O Pai do positivismo, também foi agnóstico em sua religião.
Segundo ele, o homem não pode conhecer outra coisa além dos fenômenos físicos e
suas leis. Seus sentidos são fontes de todo pensamento verdadeiro, e nada pode
conhecer, exceto os fenômenos entendidos por esses sentidos. Por conseguintes
não se pode fazer nenhuma declaração a respeito da existência de Deus, pois não
se pode conhecê-lo.
ALGUNS ARGUMENTOS AGNÓSTICOS.
1º - o homem conhece somente por analogias: Conhece-se somente aquilo que
guarda analogia com a nossa natureza ou experiência.
CRÍTICA
Ainda que seja certo que aprendemos muitas coisas por analogia também
aprendemos por contraste. Em muitos casos as diferenças é que arrebatam nessa atenção.
( Os Escolásticos falaram de VIA NECATIONS por meio da qual eliminavam de seu
conceito de Deus as imperfeições da criatura).
Além disso, não devemos nos esquecer de que o homem foi feito à imagem e
semelhança de Deus, e por conseguinte, existem importantes analogias entre a
natureza divina e a humana.
AGNÓSTICISMO-DE BAIXO P/ CIMA
CONHECIMENTO
TEÍSMO- DE CIMA P/ BIXO
3 O NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS VEM DE SUA REVELAÇÃO.
O agnosticismo, você percebeu, parte sempre debaixo para cima, isto é, do homem
para Deus. Dessa forma ele poderá encontrar dificuldades em obter conhecimento
de Deus, mas veremos que todo nosso conhecimento de Deus vem dEle mesmo.
A teologia é uma ciência bem diferente das outras. No estudo de outras ciências
o homem se coloca sobre (por cima) dia objeto de sua investigação, e extrai
dele seu conhecimento por meio de qualquer método que lhe pareça mais
apropriado. Mas na teologia o homem não se coloca sobre, mas debaixo do objeto
do seu conhecimento.
Em outras palavras, o homem pode conhecer a Deus somente até onde deus se dê a
conhecer. O pesquisador (o homem) fica dependente das informações que o
pesquisado (Deus) dá de Si mesmo. Não e o homem que procura informações (porque
ele é incapaz disso), mas Deus é quem o informa a respeito de Si próprio. O
homem descobre Deus, mas Deus é que Se revela, e sem revelação o homem jamais
haveria sido capaz de adquirir o menor conhecimento de Deus.
OBS.: Mesmo a despeito do fato de Deus revelar-se objetivamente (na história,
na natureza e nas Escrituras), não é a razão humana que descobre Deus, mas Deus
é que se descobre ante o olho da fé. A simples razão é incapaz. É necessário
que o homem creia no Deus que se revela. Do contrário, ele não conhecerá Deus.
Quem conhece perfeitamente Deus? Somente Deus (1 Cor. 2:11). Mas Ele se dá a
conhecer. Junto com o conhecimento original de Deus, que se encontra no próprio
Deus, há também um conhecimento , acerca dele, dado ao homem por meio da
revelação.
O CONHECIMENTO INATO E ADQUIRIDO QUE TEMOS DE DEUS.
Costuma-se fazer uma distinção entre o conhecimento inato de Deus e o
adquirido. Estritamente falando não é uma distinção lógica, porque, em última
análise, todo conhecimento humano é adquirido.
1 CONHECIMENTO INATO. A declaração de que o homem tem um conhecimento inato
de Deus não significa meramente que o homem tenha capacidade ingênita para
conhecer a Deus. Indica mais do que isto. Mas ao mesmo tempo não implica que o
homem traz para o mundo, ao nascer, um certo conhecimento de Deus.
O conhecimento inato de Deus é congênito no sentido, que, sob condições
normais, se desenvolve espontaneamente no homem logo que ele entra em contato
com a revelação divina. É um conhecimento que o homem tem por necessidade (isto
e, por causa da sua constituição), não como resultado de qualquer escolha de
sua parte.
Quando nasce, o homem não tem nenhuma idéia pré-romana, ou conceito sobre Deus
na sua consciência. Esse conhecimento, é chamado inato no sentido de o homem adquiri-lo
espontaneamente debaixo da influência do SOMEN RELAIONIS colocado no homem
mediante a sua criação à imagem de Deus o que, por conseguinte, não se consegue
por um processo de raciocínio e argumentação.
Repetimos: é um conhecimento que o homem, dada a sua constituição espiritual,
adquire necessariamente, e como tal, distingue-se de todo o conhecimento
condicionado pela vontade do homem.
Existem evidências de que é universal a idéia de Deus na consciência humana,
idéia essa que é despertada e desenvolvida pelas obras da criação e
providência. (Leia e compare R.M. 1.19-20 com At. 17.24-28 e 14,16,17).
A idéia de divindade e natural à mente humana, por causa da sua constituição,
como são naturais a idéia de espaço, etc. Apenas o homem as tem desenvolvidas
quando entra em contado com elas. Mas, em um sentido, todos os homens tem inatas
essas idéias. Uma idéia, inata é aquela que resulta da constituição da mente.
O ensino de Paulo a respeito da idéia inata de Deus é confirmado pelos próprios
filósofos pagãos. Muitas dessas filósofos foram teístas, isto é, monoteísmo,
e reconheceram um Deus supremo. A multiplicidade de deuses dos quais falam, não
denota muitas divindades necessariamente, mas deuses inferiores produzidos pelo
Ser supremo. A palavra deuses, às vezes, é empregada como na Escritura, para
significar anjos, potestades e magistrados.
O nome de um Ser supremo tem sido universalmente reconhecido e celebrado. Todas
as apologistas cristãos sustentaram a posição de que a mente humana é, por
natureza e por criação, monoteísmo.
O monoteísmo prevaleceu de algum modo nas raças no tempo de Abraão. Nos países
estranhos à Palestina houve, de algum modo, tipos de monoteísmo. Ex.: Hágar, a
egípcia (Gn. 16:13); Abimeleque, rei filisteu (Gn. 20.3-8; Faraó Gn. 41:38);
Balaão da Mesopotâmia, enuncia a doutrina de um Deus soberano (Ex.
18.9-12,19-23). É verdade que algumas dessas pessoas tiveram contato com
israelitas, mas percebe-se considerável monoteísmo nos países deles.
Comforme João 1:4 há uma apreensão natural de Deus, mas conforme João 1.5 o
pecado em forma de trevas atrapalha essa compreensão de Deus. O Logos era a
luz, mas as trevas atrapalham os homens de verem JESUS. A primeira relata a
idéia inata de Deus dada pela criação, a segunda, A idéia inata viciada pelo
pecado. O pecado erradica a idéia inata no homem. Se a idéia inata fosse
absolutamente extinta no espírito humano, a religião seria impossível. Mas todo
o homem tem a sua manifestação religiosa.
A condição do homem embrutecido pelo pecado não nega a existência de uma idéia
inata da divindade. A doutrina da idéia inata de Deus não conflita com
depravação humana.
Há no homem pecador uma religião natural, em virtude da luz da natureza, o que
não prova que ele ama ao Deus verdadeiro ou que haja qualquer santidade natural
no homem. Ex.: Um ser racional pode saber que há um Deus que deve ser obedecido
e glorificado e, todavia, não prestar-lhe obediência e adoração. Os anjos
perdidos são uma evidência disso (Tg 2.19). Este conhecimento natural de Deus
está no entendimento somente, e não em suas vontades e afeições. Este
conhecimento não é um elemento de caráter moral, mas somente uma característica
de sua constituição racional.
O monoteísmo foi a forma original de religião. O panteísmo e politeísmo foram
formas subsequentes. Isto é provado pelo bíblia e pelas informações de
registros muito antigos.
Conforme o livro de Gênesis o homem foi criado monoteísta. Seu primeiro estado
foi o melhor estado. O homem caiu de um grau mais baixo no conhecimento de Deus.
A era dourada de Gênesis é lembrada em muitas culturas antigas, onde o homem
era tido em uma condição mais elevada. O homem tem decaído no conhecimento de
Deus.
O primeiro passo na corrupção do monoteísmo é o panteísmo. Nele a unidade (o
fato de ser um) de Deus é ainda mantida, mas a diferença em essência entre ele
e o universo e negada. O fato da idéia de haver um Deus ser preservado é claro
indício de que esta idéia é natural à mente humana.
O segundo passo no declínio no monoteísmo primitivo é o politeísmo. Nele a
unidade ou substância única do panteísmo é subdivida, e as subdivisões são
personificadas, o que mostra uma tentativa de devolver a personalidade a Deus,
que foi perdida no panteísmo.
Conforme o apóstolo Paulo, interpretando o pensamento dos gregos, a mente
humana é monoteísta por criação e o panteísmo e o politeísmo são um processo
involutivo de religião (ver At. L7.16-29).
Após esse exame da estrutura monoteísta do espírito humano, considerado como o
fundamento da religião natural, é importante observar que a religião natural é
insuficiente para as necessidades humanas .
È necessário um outro tipo do conhecimento de Deus.
2 CONHECIMENTO ADQUIRIDO. Este se obtém mediante o estudo da revelação
divina. Ele não brota espontaneamente no intelecto humano, mas é produzido
mediante o estudo consciente e constante do saber. Exige raciocínio e
argumentação.
A idéia inata de Deus no homem leva este a ter uma noção da justiça de Deus e
não da sua misericórdia; do Deus legislador e não o Deus de amor; do Deus santo
e não do de compaixão, a religião natural inspira temor, mas não esperança e
confiança.
A idéia monoteísta de Deus contém somente atributos morais como justiça,
veracidade e pureza imaculada, Na análise que Paulo faz em R.M. l há menção do
poder, da soberania, da justiça retributiva de Deus, mas faz menção do atributo
da misericórdia.
A religião natural, por conseguinte, não é uma religião adequada para o homem,
a menos que possa ser provado que ele não necessita da misericórdia de Deus.
Os atributos como misericórdia, graça, etc. são conhecidos através da revelação
especial.
Rev. Wagner L. Gonçalves.
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