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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ESTUDOS 27 - A DOUTRINA DE DEUS

A DOUTRINA DE DEUS.

SOBRE A EXISTENCIA DE DEUS.

1 – PROVAS BÍBLICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.

Para nós a existência de Deus, é a grande pressuposição da teologia. Não há sentido falar do conhecimento de Deus, a menos que admitamos que Ele existe.
A pressuposição cristã não é que há simplesmente um força ou um poder que caracteriza Deus, mas a existência de um SER PESSOAL, através de quem se originam todas as coisas, que transcendo toda a criação, ainda que seja imanente em cada parte dela.
A Escritura, que é a revelação divina, parte do pressuposto que Deus existe ( Gn. 1.1). A base da informação de que Deus existe está na revelação geral e especial. Nós cremos que Deus existe, mas a nossa fé descansa em informação fidedigna.
A Escritura fala muito em Deus, mas em nenhum lugar ela tenta provar a existência dEle, (Hb. 11:6; Jo .7:17; Os. 6:2; 1 Cor. 1:20-21). Ela simplesmente expõe quem Deus é.


2 – ALGUMAS FORMAS DE NEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE DEUS.
A idéia de Deus é praticamente universal na raça humana, mesmo em tribos mais distantes e não-civilizadas. Mas isto não quer dizer que essas pessoas tenham o conhecimento salvador de Deus, nem que não haja pessoas que neguem a Sua existência. 1.1 – Há aqueles que neguem absolutamente a existência de Deus, embora muitos cristãos relutem em admitir a existência de ateus.

Na verdade há duas classes de ateus.

ATEUS PRATICOS. São pessoas que vivem como se Deus não existisse, que na vida prática não reconhecem a Deus, não há Deus no pensamento deles (Sl. 10:4b) Paulo diz em ef. 2:12 que eles são como aqueles “que não tem Deus no mundo”. Essas pessoas não são necessária e notoriamente ateus más aos olhos dos homens, podem pertencer a uma classe de pessoas consideradas como gente decente do mundo, ainda que sejam totalmente indiferentes as coisas espirituais. Contudo, esse tipo de ateu pratico pode recorrer a orações quando se vêem em dificuldades.


ATEUS TEÓRICOS. Estes são de uma classe mais intelectual, e baseiam sua declaração no desenvolvimento de raciocínio. Tratam de provar a inexistência de Deus por meio de argumentos que lhes parece racionais e conclusivas. Os ateus teóricos podem ser divididos em três tipos:

A) ATEUS DOGMÁTICOS: Negam prontamente negam que há um Ser Divino (Sl. 14:1; 53:1). Eles afirmam categoricamente que não existe Deus. Esta afirmação pode significar duas coisas: Primeira – que não reconhece Deus de nenhuma espécie, nem levanta ídolo para si mesmo, Segundo não reconhece o Deus da Bíblia.
Há um número muito grande que teoricamente recusa toda classe de Deus , e outro número muito maior que não quer nada com o Deus da Bíblia.
B)ATEUS CÉTICOS: Que duvidam da capacidade da mente humana para determinar se há ou não um Deus. C) ATEUS CRÍTICOS: Que sustentam que não há provas válidas da existência de Deus. Estas três classes com freqüência andam de mãos dadas, mas até o mais mais modesto destes ateus declara firmemente que toda crença em Deus é ilusão.

CONCEITOS FALSOS DE DEUS QUE CONTÉM UMA NEGAÇÃO DO VERDADEIRO DEUS
Há muitos conceitos falsos de Deus, inclusive dentro de nossa sociedade contemporânea, que na, verdade, negam o conceito teísta de Deus. Para entendermos esses falsos conceitos vamos nos habituar à sua terminologia. Vejamos alguns termos necessários para a compreensão desta matéria:
TEISMO: A crença num Deus que é transcendente e imanente (nós temos essa crença).
DEISMO: É crença que tira Deus do meio do mundo e dá ênfase à sua transcendência em prejuízo da sua imanência.
TRANSCENDÊNCIA: Capacidade do ser Divino de estar além, acima e independente do universo.
IMANÊNCIA: Capacidade do ser divino de, relacionar-se com o mundo criado.
HEDONISMO: É a adoração preferencial de um Deus, sem deixar, contudo, de crer nos demais deuses. (Ex.: Raquel)
PANTEISMO: Doutrina que identifica Deus com o mundo criado. Deus se encontra nas coisas. (SCHLEIERMACHEK)

A- UM DEUS IMANENTE E IMPESSOAL: Nos os cristãos da ordoxia, temos crido num Deus que é transcedente, alto demais, mas também num Deus que relaciona-se com as sua criaturas, um ser pessoal. Mas há o Panteísmo que identifica Deus com o mundo e nega reconhecer Deus como SER, que é distinto da criação e superior a ela infinitamente. O Panteísmo confunde o natural e o sobrenatural, o finito e o infinito em uma só substância. Com freqüência ele se refere a Deus como o fundamento escondido do mundo dos fenômenos, mas não o concebe com um Deus pessoal, portanto , dotado de inteligência e vontade.

Para o Panteísmo o mundo é uma expansão de Deus. Por isso que Deus é grande, porque o mundo é grande.

OBS.: Percebam que o Panteísmo dá uma ênfase tão grande na imanência de Deus que o torna confundido com a própria criação e, daí, a impessoalidade dele.
Os panteísta rejeitam o Deus da Bíblia e, por isso, podem ser considerados de alguma forma ateus.

B – UM DEUS FINITO E PESSOAL: O teísmo tem considerado Deus como um ser Infinito e Pessoal, mas a idéia de um ou vários deuses finitos e pessoais não é nova; ela é tão velha como o politeísmo e o hedonismo.
Os advogados desses pensamentos dizem que um Deus infinito não pode ter harmonia e comunhão com seres finitos. Portanto, era preciso um Deus de experiência humana, que não tenha atributos como: independência, transcendência, infinidade, imutabilidade, etc. Esse Deus tem que viver no tempo, no espaço, em nosso meio ambiente, e tem que ter uma história como a nossa. Devido ao mal que há no mundo é necessário o pensar que Deus está limitado em seu conhecimento, poder ou em ambos. A condição deste mundo torna impossível crer num Deus infinito em conhecimento e poder.
C – UM DEUS HUMANIZADO: A teologia modernista tende a considerar Deus como um homem. Insiste-se em repetir que se houve uma vez em que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança, o homem devolve a gentileza. Criando um Deus à sua própria imagem e semelhança. Muitas pessoas rejeitam o conceito bíblico de Deus e criam um Deus ao gosto delas, da forma que acham que Deus deve ser. O padrão para as crenças deles são as suas próprias idéias. O que a bíblia diz de Deus não e levado em conta. Portanto, esta é uma outra forma declarada de ateísmo.



A DOUTRINA DE DEUS II.



NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS.
1 – DEUS É INCOMPREENSÍVEL, MAS CONHECÍVEL
A igreja Cristã confessa, de um lado, que Deus é incompreensível e, de outro lado, que pode ser conhecido, e que conhecê-lo é um requisito absoluto para ser salvo.
Estas duas idéias estão presentes nestas seguintes passagens: (R.M. 11.7; Is. 40.18; João 17.3; 1 João 5:20. Estas duas idéias sempre estiveram juntas na Igreja Cristã.
No decorrer da história da Igreja houve opiniões diferentes a respeito do assunto, mas a teologia reformada é coesa em afirmar que Deus pode ser conhecido, mas que é impossível para o homem ter um conhecimento exaustivo e perfeito de Deus em todo o sentido. Alcançar tal conhecimento eqüivaleria a compreender a Deus e isso é impossível.
O homem no sentido próprio do que é definir, não pode dar uma definição de Deus, mas somente uma descrição parcial. O finito não pode descrever e definir o infinito. Ao mesmo tempo entendemos que o homem pode obter um conhecimento perfeitamente adequado a respeito de Deus para a realização do propósito divino na vida do homem. Há que se entender que o verdadeiro conhecimento de Deus só pode adquirir-se mediante a revelação divina que Deus fez de Si mesmo, e esse, conhecimento virá realmente quando o homem aceitar o que Deus diz crendo nEle.
Obs.: Seria impossível o homem crer em Deus se não houvesse alguma coisa que pudesse ser conhecida dEle. Se Deus não se revelasse, o homem jamais poderia conhecer algo dEle.

2 – A NEGAÇÃO DE NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS.
Com razões diferentes tem-se negado a possibilidade de Deus ser conhecido pelo homem. Esta negação geralmente descansa sobre supostas limitações das faculdades humanas do conhecimento. A razão principal consiste em declarar que o intelecto humano é incapaz de conhecer alguma coisa daquilo que se encontra além dos fenômenos naturais, portanto, incapaz de conhecer aquilo que é supra-sensível,divino.
Esses que negam que Deus possa ser conhecido são os chamados Agnósticos. Os agnósticos não querem ser chamados de ateus, já que não negam em absoluto que haja um Deus, mas declaram que não sabem se Deus existe ou não, o que no caso de existir, estão seguros de que não pode
Haver qualquer conhecimento verdadeiro a respeito dele.
OBS: O Agnosticismo, portanto, é doutrina que declara o Absoluto (Deus, o Transcendente) e inacessível no espírito humano.
Algumas formas de Agnosticismo refletem profundas tendências Deístas, isto é, Deus é o Absoluto irrelacionado, que existe sem relações, e não podemos conhecê-lo.
Vejamaos alguns nomes do AGNOSTICISMO:

DAVID HUME. O chamado pai do Agnosticismo moderno. Não negou a existência de Deus mas afirmativa que não conhecemos verdadeiramente os seus atributos.
Todas as nossas idéia dEle são semente antropomórficas. Não podemos estar certos de que os atributos que conferimos a Deus correspondam com a realidade.
IMANUEL KANT: Estimulou o pensamento agnóstico por meio da divisão dos mundos do NOUMENO e de FENÕMENO. Afirmava que a razão pura (teórica) conhece unicamente os fenômenos, e que é necessariamente ignorante daquilo que está atrás deles. Por conseguinte é impossível ter-se um conhecimento de Deus pois Ele está no mundo noumental, e não no dos fenômenos.
AUGUSTO CONTE: O Pai do positivismo, também foi agnóstico em sua religião. Segundo ele, o homem não pode conhecer outra coisa além dos fenômenos físicos e suas leis. Seus sentidos são fontes de todo pensamento verdadeiro, e nada pode conhecer, exceto os fenômenos entendidos por esses sentidos. Por conseguintes não se pode fazer nenhuma declaração a respeito da existência de Deus, pois não se pode conhecê-lo.
ALGUNS ARGUMENTOS AGNÓSTICOS.

1º - o homem conhece somente por analogias: Conhece-se somente aquilo que guarda analogia com a nossa natureza ou experiência.
CRÍTICA
Ainda que seja certo que aprendemos muitas coisas por analogia também aprendemos por contraste. Em muitos casos as diferenças é que arrebatam nessa atenção. ( Os Escolásticos falaram de “VIA NECATIONS” por meio da qual eliminavam de seu conceito de Deus as imperfeições da criatura).
Além disso, não devemos nos esquecer de que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, e por conseguinte, existem importantes analogias entre a natureza divina e a humana.
AGNÓSTICISMO-DE BAIXO P/ CIMA
CONHECIMENTO
TEÍSMO- DE CIMA P/ BIXO

3 – O NOSSO CONHECIMENTO DE DEUS VEM DE SUA REVELAÇÃO.

O agnosticismo, você percebeu, parte sempre debaixo para cima, isto é, do homem para Deus. Dessa forma ele poderá encontrar dificuldades em obter conhecimento de Deus, mas veremos que todo nosso conhecimento de Deus vem dEle mesmo.
A teologia é uma ciência bem diferente das outras. No estudo de outras ciências o homem se coloca sobre (por cima) dia objeto de sua investigação, e extrai dele seu conhecimento por meio de qualquer método que lhe pareça mais apropriado. Mas na teologia o homem não se coloca sobre, mas debaixo do objeto do seu conhecimento.
Em outras palavras, o homem pode conhecer a Deus somente até onde deus se dê a conhecer. O pesquisador (o homem) fica dependente das informações que o pesquisado (Deus) dá de Si mesmo. Não e o homem que procura informações (porque ele é incapaz disso), mas Deus é quem o informa a respeito de Si próprio. O homem descobre Deus, mas Deus é que Se revela, e sem revelação o homem jamais haveria sido capaz de adquirir o menor conhecimento de Deus.
OBS.: Mesmo a despeito do fato de Deus revelar-se objetivamente (na história, na natureza e nas Escrituras), não é a razão humana que descobre Deus, mas Deus é que se descobre ante o olho da fé. A simples razão é incapaz. É necessário que o homem creia no Deus que se revela. Do contrário, ele não conhecerá Deus.
Quem conhece perfeitamente Deus? Somente Deus (1 Cor. 2:11). Mas Ele se dá a conhecer. Junto com o conhecimento original de Deus, que se encontra no próprio Deus, há também um conhecimento “ “, acerca dele, dado ao homem por meio da revelação.

O CONHECIMENTO INATO E ADQUIRIDO QUE TEMOS DE DEUS.

Costuma-se fazer uma distinção entre o conhecimento inato de Deus e o adquirido. Estritamente falando não é uma distinção lógica, porque, em última análise, todo conhecimento humano é adquirido.

1 – CONHECIMENTO INATO. – A declaração de que o homem tem um conhecimento inato de Deus não significa meramente que o homem tenha capacidade ingênita para conhecer a Deus. Indica mais do que isto. Mas ao mesmo tempo não implica que o homem traz para o mundo, ao nascer, um certo conhecimento de Deus.
O conhecimento inato de Deus é congênito no sentido, que, sob condições normais, se desenvolve espontaneamente no homem logo que ele entra em contato com a revelação divina. É um conhecimento que o homem tem por necessidade (isto e, por causa da sua constituição), não como resultado de qualquer escolha de sua parte.
Quando nasce, o homem não tem nenhuma idéia pré-romana, ou conceito sobre Deus na sua consciência. Esse conhecimento, é chamado inato no sentido de o homem adquiri-lo espontaneamente debaixo da influência do “SOMEN RELAIONIS” colocado no homem mediante a sua criação à imagem de Deus o que, por conseguinte, não se consegue por um processo de raciocínio e argumentação.
Repetimos: é um conhecimento que o homem, dada a sua constituição espiritual, adquire necessariamente, e como tal, distingue-se de todo o conhecimento condicionado pela vontade do homem.
Existem evidências de que é universal a idéia de Deus na consciência humana, idéia essa que é despertada e desenvolvida pelas obras da criação e providência. (Leia e compare R.M. 1.19-20 com At. 17.24-28 e 14,16,17).
A idéia de divindade e natural à mente humana, por causa da sua constituição, como são naturais a idéia de espaço, etc. Apenas o homem as tem desenvolvidas quando entra em contado com elas. Mas, em um sentido, todos os homens tem inatas essas idéias. Uma idéia, “inata” é aquela que resulta da constituição da mente.
O ensino de Paulo a respeito da idéia inata de Deus é confirmado pelos próprios filósofos pagãos. Muitas dessas filósofos foram “teístas”, isto é, monoteísmo, e reconheceram um Deus supremo. A multiplicidade de deuses dos quais falam, não denota muitas divindades necessariamente, mas deuses inferiores produzidos pelo Ser supremo. A palavra “deuses”, às vezes, é empregada como na Escritura, para significar anjos, potestades e magistrados.
O nome de um Ser supremo tem sido universalmente reconhecido e celebrado. Todas as apologistas cristãos sustentaram a posição de que a mente humana é, por natureza e por criação, monoteísmo.
O monoteísmo prevaleceu de algum modo nas raças no tempo de Abraão. Nos países estranhos à Palestina houve, de algum modo, tipos de monoteísmo. Ex.: Hágar, a egípcia (Gn. 16:13); Abimeleque, rei filisteu (Gn. 20.3-8; Faraó Gn. 41:38); Balaão da Mesopotâmia, enuncia a doutrina de um Deus soberano (Ex. 18.9-12,19-23). É verdade que algumas dessas pessoas tiveram contato com israelitas, mas percebe-se considerável monoteísmo nos países deles.
Comforme João 1:4 há uma apreensão natural de Deus, mas conforme João 1.5 o pecado em forma de trevas atrapalha essa compreensão de Deus. O Logos era a luz, mas as trevas atrapalham os homens de verem JESUS. A primeira relata a idéia inata de Deus dada pela criação, a segunda, A idéia inata viciada pelo pecado. O pecado erradica a idéia inata no homem. Se a idéia inata fosse absolutamente extinta no espírito humano, a religião seria impossível. Mas todo o homem tem a sua manifestação religiosa.
A condição do homem embrutecido pelo pecado não nega a existência de uma idéia inata da divindade. A doutrina da idéia inata de Deus não conflita com depravação humana.
Há no homem pecador uma religião natural, em virtude da luz da natureza, o que não prova que ele ama ao Deus verdadeiro ou que haja qualquer santidade natural no homem. Ex.: Um ser racional pode saber que há um Deus que deve ser obedecido e glorificado e, todavia, não prestar-lhe obediência e adoração. Os anjos perdidos são uma evidência disso (Tg 2.19). Este conhecimento natural de Deus está no entendimento somente, e não em suas vontades e afeições. Este conhecimento não é um elemento de caráter moral, mas somente uma característica de sua constituição racional.
O monoteísmo foi a forma original de religião. O panteísmo e politeísmo foram formas subsequentes. Isto é provado pelo bíblia e pelas informações de registros muito antigos.
Conforme o livro de Gênesis o homem foi criado monoteísta. Seu primeiro estado foi o melhor estado. O homem caiu de um grau mais baixo no conhecimento de Deus. A “era dourada” de Gênesis é lembrada em muitas culturas antigas, onde o homem era tido em uma condição mais elevada. O homem tem decaído no conhecimento de Deus.
O primeiro passo na corrupção do monoteísmo é o panteísmo. Nele a unidade (o fato de ser um) de Deus é ainda mantida, mas a diferença em essência entre ele e o universo e negada. O fato da idéia de haver um Deus ser preservado é claro indício de que esta idéia é natural à mente humana.
O segundo passo no declínio no monoteísmo primitivo é o politeísmo. Nele a unidade ou substância única do panteísmo é subdivida, e as subdivisões são personificadas, o que mostra uma tentativa de devolver a personalidade a Deus, que foi perdida no panteísmo.

Conforme o apóstolo Paulo, interpretando o pensamento dos gregos, a mente humana é monoteísta por criação e o panteísmo e o politeísmo são um processo involutivo de religião (ver At. L7.16-29).
Após esse exame da estrutura monoteísta do espírito humano, considerado como o fundamento da religião natural, é importante observar que a religião natural é insuficiente para as necessidades humanas .
È necessário um outro tipo do conhecimento de Deus.

2 – CONHECIMENTO ADQUIRIDO. – Este se obtém mediante o estudo da revelação divina. Ele não brota espontaneamente no intelecto humano, mas é produzido mediante o estudo consciente e constante do saber. Exige raciocínio e argumentação.
A idéia inata de Deus no homem leva este a ter uma noção da justiça de Deus e não da sua misericórdia; do Deus legislador e não o Deus de amor; do Deus santo e não do de compaixão, a religião natural inspira temor, mas não esperança e confiança.
A idéia monoteísta de Deus contém somente atributos morais como justiça, veracidade e pureza imaculada, Na análise que Paulo faz em R.M. l há menção do poder, da soberania, da justiça retributiva de Deus, mas faz menção do atributo da misericórdia.
A religião natural, por conseguinte, não é uma religião adequada para o homem, a menos que possa ser provado que ele não necessita da misericórdia de Deus.
Os atributos como misericórdia, graça, etc. são conhecidos através da revelação especial.

Rev. Wagner L. Gonçalves. 

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