A História do Novo Testamento
1- A época em que foi escrito o Novo
Testamento - Não existem dados
definitivos quanto às datas exatas em que foram escritos os livros do Novo
Testamento. Todavia, nos próprios livros há indicações ou referências gerais
que nos possibilitam designar, aproximadamente, as datas dos acontecimentos ali
narrados. Baseados nessas indicações, estudiosos divergem quanto à ordem em que
os Evangelhos foram escritos. Há os que deduziram que Mateus foi o primeiro e
há os que crêem que teria sido Marcos. De qualquer maneira, um não foi escrito
muito tempo depois do outro, isto é, entre 45 e 65 da Era Cristã. Depois vem o
de Lucas e, por último, o de João, que teria sido escrito entre 90 e 100 AD.
Entre essas datas (45 e 100) foram escritas as diversas cartas apostólicas. E,
finalmente, entre 100 e 105, o último livro, profético, do Apocalipse. Por
conseguinte, o cânon grego, isto é, do Novo Testamento, foi encerrado no fim do
primeiro século.
2 - Os Evangelhos sinóticos - Os três primeiros Evangelhos são também chamados
"sinóticos", por causa das semelhanças que trazem entre si. O de
Mateus teria sido escrito em aramaico e depois traduzido para o grego. Todos os
demais livros do Novo Testamento foram escritos em grego, a língua universal da
época.
3- A necessidade de um registro
escrito - Enquanto os cristãos viviam
juntos, em comunidades, logo depois dos fatos referentes ao nascimento e à vida
do nosso Senhor, a vívida memória dos apóstolos e seus ensinamentos orais eram
suficientes para a divulgação das doutrinas da Igreja nova. Mas quando os fiéis
começaram a se espalhar, especialmente após a primeira grande perseguição em
Jerusalém (ano 44), os primeiros cristãos tiveram a necessidade de registrar as
narrações sagradas para transmitirem a outras grupos da Igreja e das futuras
gerações. Tornou-se portanto essencial que a história da vida do Senhor, Suas
ações e Suas palavras ficassem preservadas de uma forma definitiva e imutável.
Essa
necessidade fora prevista pelo Senhor, que de antemão escolheu e preparou os
evangelistas e apóstolos para o cumprimento desse uso. O Senhor Mesmo lhes
orientou e inspirou as coisas que deviam escrever, como vemos pelo que está
escrito em João 14:26: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o
Pai enviará em Meu Nome ,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito".
4 - A difusão dos Evangelhos - Quando se espalharam pelas diversas regiões da Ásia
Menor, África e Europa, os primeiros cristãos começaram a levar consigo ou
receber depois as cópias dos registros feitos pelos discípulos e apóstolos,
aceitando-os de boa fé e sem contestação quanto à sua inspiração Divina.
Porque, de fato, aqueles fatos narrados já lhes eram familiares, e tinham
confirmação da veracidade deles a partir de outras fontes, muitas delas
testemunhas oculares daqueles acontecimentos. Assim as cartas começaram a se
multiplicar e circular pelas diversas comunidades cristãs, onde eram lidas
juntamente com os antigos textos da Lei, dos Profetas e dos Salmos.
Os primeiros patriarcas e líderes da Igreja cristã,
tais como Barnabé (nascido em 1 e morto em 60 AD), Papias (morto em 150?),
Clemente de Roma (bispo entre 90 e 99) e Policarpo (morto em 166) faziam
citações livres dos Evangelhos, considerando-os como de Divina autoridade.
Teófilo, bispo na Antioquia, em 168 combinou os quatro Evangelhos num único
livro. E Tatiano, que morreu em 170, compilou uma "Harmonia dos
Evangelhos". Estes e outros registros históricos nos mostram como o Novo
Testamento logo se tornou de conhecimento universal. Irineu, que foi
martirizado no ano de 202 (era discípulo de Papias e Policarpo), testificou que
a autoria Divina dos Evangelhos era tão bem aceita em seu tempo, que nem mesmo
os heréticos a questionavam, mas até buscavam sustentar suas posições a partir
dos próprios Evangelhos.
AUTOR DESCONHECIDO
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