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terça-feira, 28 de outubro de 2014

HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO 2 - A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO

A História do Novo Testamento

1- A época em que foi escrito o Novo Testamento - Não existem dados definitivos quanto às datas exatas em que foram escritos os livros do Novo Testamento. Todavia, nos próprios livros há indicações ou referências gerais que nos possibilitam designar, aproximadamente, as datas dos acontecimentos ali narrados. Baseados nessas indicações, estudiosos divergem quanto à ordem em que os Evangelhos foram escritos. Há os que deduziram que Mateus foi o primeiro e há os que crêem que teria sido Marcos. De qualquer maneira, um não foi escrito muito tempo depois do outro, isto é, entre 45 e 65 da Era Cristã. Depois vem o de Lucas e, por último, o de João, que teria sido escrito entre 90 e 100 AD. Entre essas datas (45 e 100) foram escritas as diversas cartas apostólicas. E, finalmente, entre 100 e 105, o último livro, profético, do Apocalipse. Por conseguinte, o cânon grego, isto é, do Novo Testamento, foi encerrado no fim do primeiro século.


2 - Os Evangelhos sinóticos - Os três primeiros Evangelhos são também chamados "sinóticos", por causa das semelhanças que trazem entre si. O de Mateus teria sido escrito em aramaico e depois traduzido para o grego. Todos os demais livros do Novo Testamento foram escritos em grego, a língua universal da época.

3- A necessidade de um registro escrito - Enquanto os cristãos viviam juntos, em comunidades, logo depois dos fatos referentes ao nascimento e à vida do nosso Senhor, a vívida memória dos apóstolos e seus ensinamentos orais eram suficientes para a divulgação das doutrinas da Igreja nova. Mas quando os fiéis começaram a se espalhar, especialmente após a primeira grande perseguição em Jerusalém (ano 44), os primeiros cristãos tiveram a necessidade de registrar as narrações sagradas para transmitirem a outras grupos da Igreja e das futuras gerações. Tornou-se portanto essencial que a história da vida do Senhor, Suas ações e Suas palavras ficassem preservadas de uma forma definitiva e imutável.
Essa necessidade fora prevista pelo Senhor, que de antemão escolheu e preparou os evangelistas e apóstolos para o cumprimento desse uso. O Senhor Mesmo lhes orientou e inspirou as coisas que deviam escrever, como vemos pelo que está escrito em João 14:26: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".

4 - A difusão dos Evangelhos - Quando se espalharam pelas diversas regiões da Ásia Menor, África e Europa, os primeiros cristãos começaram a levar consigo ou receber depois as cópias dos registros feitos pelos discípulos e apóstolos, aceitando-os de boa fé e sem contestação quanto à sua inspiração Divina. Porque, de fato, aqueles fatos narrados já lhes eram familiares, e tinham confirmação da veracidade deles a partir de outras fontes, muitas delas testemunhas oculares daqueles acontecimentos. Assim as cartas começaram a se multiplicar e circular pelas diversas comunidades cristãs, onde eram lidas juntamente com os antigos textos da Lei, dos Profetas e dos Salmos.

Os primeiros patriarcas e líderes da Igreja cristã, tais como Barnabé (nascido em 1 e morto em 60 AD), Papias (morto em 150?), Clemente de Roma (bispo entre 90 e 99) e Policarpo (morto em 166) faziam citações livres dos Evangelhos, considerando-os como de Divina autoridade. Teófilo, bispo na Antioquia, em 168 combinou os quatro Evangelhos num único livro. E Tatiano, que morreu em 170, compilou uma "Harmonia dos Evangelhos". Estes e outros registros históricos nos mostram como o Novo Testamento logo se tornou de conhecimento universal. Irineu, que foi martirizado no ano de 202 (era discípulo de Papias e Policarpo), testificou que a autoria Divina dos Evangelhos era tão bem aceita em seu tempo, que nem mesmo os heréticos a questionavam, mas até buscavam sustentar suas posições a partir dos próprios Evangelhos.

AUTOR DESCONHECIDO

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