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terça-feira, 7 de outubro de 2014

SALVAÇÃO 2 - A HISTÓRIA DA NOSSA SALVAÇÃO

A História da Nossa Salvação



Texto Áureo



“Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é de Dom de Deus” (Ef 2.8) 



Verdade Prática



      Salvação conquistada por Cristo Jesus, mediante a graça de Deus. A fé salvadora é o elemento essencial para quem quiser apropriar-se da 






Introdução



      O apóstolo Paulo em Efésios 2.1-10 mostra-nos os três tempos da nossa salvação: passado, presente e futuro.


  1. No Passado, O Que Éramos 

          Quando nos referimos ao passado, estamos, de fato, falando do primeiro estado do crente antes da aceitação de Cristo como Salvador. As características aqui, apresentadas como do passado são as do pecador atual. É o que é o pecador hoje sem Cristo. Era o nosso estado deplorável de condenação e morte quando Cristo nos achou.
    1. Estávamos mortos em ofensas e pecados (v. 1). 

      Todo pecador está espiritualmente morto. E o estado de morte que fala a Bíblia é a separação de Deus dos que não conhecem a Cristo como Salvador. Esse estado de morte espiritual teve seu início quando da queda do homem pelo pecado no Éden e sua manifestação é vista em parte na decadência moral, espiritual e natural, e física da humanidade. “Ofensas” fala de ultraje, agravo, afronta que o homem praticou quando desobedeceu a Deus. Melhor tradução é como está na Versão Atualizada “delitos” por que transmite a idéia de algo punível e criminoso. A palavra “pecados” logo a seguir na expressão indica um quadro funesto do estado permanente do homem pecador. Não se trata aqui apenas de pecadores individuais praticados, mas do pecado entranhado na nossa natureza humana (Rm 3.23; 5.12).
    2. Andávamos segundo o curso do mundo (v. 2). 

      “Curso”, aqui é seguimento do caminho mau. A palavra “mundo” no original, refere-se à humanidade, bem como às suas coisas pecaminosas, como em 1 Jo 2.15,17. “Mundo” neste contexto não se refere ao espaço sideral, nem ao planeta Terra. Seguir “o curso deste mundo” é conduzir-se conforme o pensamento mundano que predomina nos que vivem no pecado. Ainda hoje o que induz muita gente ao pecado é o pensamento da época (Cl 3.7,8).
    3. Fazíamos a vontade da carne (v. 3). 

      A carne, aqui, não tem sentido físico, mas refere-se ao que ela representa na nossa vida cotidiana. Fazer “a vontade da carne” significa dispor-se para satisfazer o pecado. Trata-se de uma natureza inclinada ao pecado, que atende aos desejos (concupiscências) degradantes do pecado. É a vontade humana subjugada às inclinações da natureza pecaminosa. A carne, no homem, é o opositor do espírito. A carne física é inconsciente, mas não são os ímpetos da natureza decaída do homem que a tornam desequilibrada (Gl 5.16-18).
    4. Éramos filhos da ira (v. 3). 

      Existem várias expressões parecidas na Bíblia que tem a mesma idéia como “filhos da desobediência” (Ef 1.2;5.6); “filhos da perdição” (Jo 17.12; 2 Ts 2.3). “filhos do inferno” (Mt 23.15). Quando a Bíblia fala da “ira de Deus”, trata-se de juízo e os que estão sob o juízo de Deus. A ira de Deus não é uma atitude de má vontade de Deus, como se Ele perdesse a calma e o equilíbrio, e se irasse. Não! Não se trata disso. Sua ira é uma reação natural e automática de sua santidade contra o pecado. É uma barreira espiritual que a sua natureza santa e eterna mantém contra o pecado (Rm 1.18; Sl 7.11).

  1. No Presente, O Que Somos
    1. Somos filhos da misericórdia de Deus (v.4). 

      A expressão “filhos da misericórdia” não está literalmente no texto bíblico, mas contrasta com a expressão do V.2 “filhos da desobediência”. Na verdade, a misericórdia divina nos elevou a um novo e santo estado espiritual. Como avaliar a riqueza da misericórdia de Deus? É impossível! As palavras “mas Deus” mudam totalmente o panorama da vida do pecador, se ele quiser, pois indicam a intervenção divina em favor da humanidade. A palavra “misericórdia” é composta de duas outras palavras no latim antigo “miseri” e “cordis”, que, respectivamente, significam “miserável” e “coração”. Deus aceitou a miserabilidade do homem pecador e o recebeu em seu coração. O amor de Deus pelos homens é incomparável e indiscutível (Jo 3.16; 1 Jo 4.9).
    2. Fomos vivificados em Cristo (v.5). 

      Antes, estávamos mortos no pecado. Trata-se do estado de morte espiritual em relação a Deus como já vimos. Depois, Ele nos vivificou em Cristo, isto é, nos deu a vida (Cl 3.1-3). Esse novo estado de vida resultou da morte de Cristo por nós no Calvário e, pelo mesmo poder que o vivificou dos mortos, também nós, fomos “vivificados juntamente com Cristo”. É a ressurreição espiritual. Deus, riquíssimo em misericórdia, é qual fonte inesgotável a produzir três elementos vitais de saúde espiritual: “misericórdia” (v.4b), “amor” (v v.4c e 5a), e “graça” (v.5).
    3. Temos uma nova cidadania com Deus (v.6). 

      “E nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”. A palavra “assentar” na linguagem neotestamentária tem o sentido de “descansar”, ou de “tomar posse numa posição de honra”. O nosso primeiro estado era de escravidão, subserviência ao pecado, por isso, o pecador nunca podia assentar-se. No novo estado de vida regenerada, a postura de escravo muda totalmente porque agora pode assentar-se e descansar em Cristo. Disso recorre a nova cidadania espiritual conferida por Cristo (Fp 3.20). Como cidadãos dos céus, nossa via espiritual foi elevada a um plano superior, isto é, “nos lugares celestiais”. Trata-se de uma posição espiritual na qual fomos colocados como “novas criaturas em Cristo” (2 Co 5.17). A nova cidadania tem um novo sistema de governo que não é o humano. Ela nos coloca em um novo regime de vida e tem a Bíblia como “guia de regra e fé”. O cristão autêntico vive sob esse novo regime da Bíblia e não se conforma com este mundo de corrupção (Rm 12.2).
    4. Somos feitura de Deus (v.10). 

      Todo aquele que, sinceramente aceita Jesus como Salvador e Senhor de sua vida, torna-se uma “nova criatura” (2 Co 5.17). Isto é, somos uma nova criação de Deus. A transformação operada pelo Espírito Santo na vida do pecador o recria espiritualmente, por isso “somos feitura sua”. No princípio da criação, Deus criou o homem e fez a feitura dEle, mas o pecado arruinou-se. Deus resolveu fazer uma nova criação a partir da criatura existente (Ef 4.24; Gl 6.15; Cl 3.10). Na seqüência do v.10 está escrito que fomos feitos de novo “para as boas obras”. Aqui temos o propósito de Deus para o crente como nova criatura em Cristo. Visto que Deus “as preparou para que andássemos nela” (v.10), essas boas obras têm a ver com o andar diário do crente conforme 1.4: “somos santos e irrepreensíveis perante Ele”.

  1. No Futuro, O Que Seremos 

          O futuro é termo inevitável na vida de cada ser humano. É algo do qual ninguém pode fugir e precisa estar preparado para ele. Se o homem não tivesse pecado no Éden não haveria preocupação com o futuro, mas isso ficou arruinado na vida humana depois do pecado.
    1. Seremos a prova da obra redentora (v.7). 

      A primazia de Cristo no juízo final será o seu povo redimido - a demonstração da sua obra redentora. O v.7 diz “para mostrar nos séculos vindouros”, isto é, o futuro da Igreja de Cristo. Ela será a demonstração eterna da graça de Deus, ou seja, o testemunho da manifestação da misericórdia divina sobre a humanidade. Será o triunfo da misericórdia, não da ira divina. A expressão “séculos vindouros”, refere-se ao que a Igreja é agora e o que será no porvir (Fp 1.10; 2.16; Cl 3.4).
    2. Seremos o testemunho da manifestação da graça de Deus (vv. 8, 9). 

      O v.8 declara o que Deus realizou mediante seu filho no Calvário e o que Ele continua realizando, ao revelar que “pela graça sois salvos, por meio da fé”. A graça de Deus é a fonte que Deus abriu no Calvário. É como uma imensa fonte de água profunda e abundante, mas o vasilhame ou balde para tirá-la do poço é a nossa fé. A fé é o meio de apropriação da salvação. O v. 9 declara que não se obtém a salvação por meio “de obras”, isto é, não depende de esforços e méritos humanos. O v. 8 afirma que a graça é “dom de Deus”, ou seja, é dádiva que só Deus concede. Não se compra, nem se vende. É por meio da fé sem obras da lei (Rm 3.20,28; 4.1-5; Gl 2.16; 2 Tm 1.9; Tt 3.5). Concluindo, ninguém poderá se gloriar na presença de Deus. Nossa salvação será sempre o testemunho do favor divino, da sua graça imensurável.

Conclusão


      A salvação é uma obra dinâmica efetuada por Cristo na vida do crente. Não é estatística porque a operosidade dela no crente não terminou. Estamos desfrutando da graça nesta dispensação divina até a vinda de Cristo. 



Questionário
  1. Quais os três tempos da nossa salvação?
  2. O que os crentes eram antes de se converterem a Cristo?
  3. O que os crentes são no presente?
  4. O que os crentes serão no futuro?
  5. Através de que somos salvos segundo v. 8?
 AUTOR DESCONHECIDO


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