A Ilusão Mórmon
Parte
1 (Prefácio e Capítulos 1 e 2)
ÍNDICE
- Prefácio
- Minha
apresentação ao mormonismo e a Cristo
- José
Smith e a primeira visão
- José
Smith -- profeta de Deus?
- O
Livro de Mórmon -- José Smith ou de Deus?
- José
Smith examinado como tradutor
- História,
Arqueologia, Antropologia e o Livro de Mórmon.
- A
falha fatal
- A
verdade acerca do "Deus-Adão".
- Contradições
a respeito da pessoa de Deus
- O
sacerdócio e as genealogias
- Algumas
doutrinas do mormonismo distintivas mas dúbias
- A
única igreja verdadeira
- A
autoridade final
- A
salvação segundo os mórmons
- Salvação
bíblica
Apêndice: O Caminho da Salvação
PREFÁCIO
É justo, é cristão examinar José Smith
e questionar o mormonismo?
Tive de responder a esta pergunta e
orar a esse respeito antes de escrever este livro. Segundo a luz que Deus me
deu por Sua Palavra, creio que o que se segue foi o que Ele me mostrou.
Todo homem tem o direito, dado por
Deus, de crer como bem lhe apraz. Os norte-americanos reconhecem esse direito
divino. Por livre escolha, podem do nosso próximo". "Atacar a
religião dos outros não é amor" - dizem. Esta afirmativa seria verdadeira
se antes não examinássemos nossa própria religião e não a comparássemos com o
padrão de Deus, a Bíblia.
Outra reação dos que questionam nossa autoridade de testemunhar
podia ser: "Não julgueis para que não sejais julgados" (Mateus 7:1).
Segundo Mateus 7:5, este versículo é dirigido aos hipócritas. Por outro
lado, João 7:24 diz aos crentes que "Não julgueis segundo a
aparência, e, sim, pela reta justiça"; não segundo a aparência, mas
segundo a Palavra de Deus.
É trágico que hoje em dia alguns de nós, os crentes, temos, em
nome do amor, retido a verdade aos que estão no erro, por não querermos
ofendê-los ou por não amá-los o suficiente. Lembre-se de que o amor verdadeiro
previne.
É verdade que não devemos dar importância demasiada `as coisas
mínimas. Pode ser desnecessário dizer ao próximo que ele possui mau hálito ou
que uma telha de sua casa está solta. Entretanto, se ele estiver dormindo e a
casa pegar fogo, é crime não acordá-lo. Desculpa alguma e nenhuma declaração
vazia de amor jamais satisfarão `a Deus em tais casos.
A autoridade da defesa
Como é que tudo isto se relaciona com a pergunta: É justo, é
cristão examinar José Smith e questionar o mormonismo?" É justo porque
José Smith atacou todos os cristãos e suas igrejas primeiro. José Smith
declarou em seu livro "inspirado" Pérola de Grande Valor, que
todas as outras igrejas estavam erradas, que todos os credos eram uma
abominação e que todos os mestres eram corruptos.
De um só golpe José Smith condena todas as igrejas, todas as
crenças e todos os cristãos. Claramente diz que não havia um só cristão
verdadeiro na face da terra ao tempo em que recebeu sua primeira visão, e que
não tinha havido por centenas de anos.
Alguns líderes mórmons têm-nos desafiado a examinar O Livro de
Mórmon, que, naturalmente, deve incluir seu autor e seus seguidores. Orson
Pratt, apóstolo mórmon, disse:
"Este livro deve ser verdadeiro ou falso... Se for falso, é uma
das imposições mais espertas, malignas, audazes e profundas, feitas ao mundo
com o propósito de enganar e arruinar milhões que a receberão sinceramente como
a Palavra de Deus, e pensarão estar seguramente edificados sobre a rocha da
verdade até que, com suas famílias, sejam lançados no desespero total. A
natureza de mensagem de O Livro de Mórmon é tal que, se verdadeira,
ninguém poderá rejeitá-la e ainda salvar-se; se falsa, ninguém poderá recebê-la
e salvar-se. Portanto, cada alma no mundo tem interesse igual tanto na
determinação de sua verdade como de sua falsidade... Se, depois de um exame
minucioso descobrir que é uma imposição, deve ele ser exposto ao mundo como
tal; as provas e argumentos pelos quais a falsidade foi detectada devem ser,
clara e logicamente afirmados para que os que foram enganados, embora de boa
mente, percebam a natureza do engano e sejam restaurados, e que os que
continuam a publicar a ilusão sejam expostos e silenciados...mediante provas
aduzidas das Escrituras e da razão."[1]
Concordamos plenamente! É cristão examinar José Smith e questionar
o mormonismo, porque se nos mandou fazê-lo, tanto para nosso próprio bem como
para o bem de todos os mórmons.
Examinar José Smith é cristão e racional pois diz ele ser profeta
de Deus e diz-nos a Bíblia "pelos frutos os conhecereis." O Livro
de Mórmon, A Pérola de Grande Valor, Doutrina e Convênios, o
mormonism e o movimento inteiro dos mórmons giram em torno desta questão
básica: "É José Smith verdadeiramente um profeta de Deus?"
Perguntamos: se hoje um adolescente tivesse uma visão que lhe
revelasse que todos os mórmons eram apóstatas e corruptos; que seus credos eram
uma abominação a Deus, os mórmons receberiam sua história, sem provas, tão
rapidamente quanto aceitaram a visão de José Smith? Por que não?
Com a ajuda de Deus procuraremos examinar justa e honestamente
José Smith e alguns de seus ensinos, pois as Escrituras e o amor de Cristo a
tanto nos constrangem. Deus ama a mórmons e a não-mórmons. Cristo morreu por
todos nós. Perante Deus todos somos iguais - simples pecadores que precisam de
um Salvador. Nesse sentido, estamos todos no mesmo pé. Precisamos fazer
distinção clara e positiva entre mórmons e mormonismo. Oramos para que Deus nos
dê um coração contrito e nos encha com seu amor pelos mórmons, e pensamos que
isto ele já fez. Deus, e talvez os outros, possam julgar tal fato melhor do que
nós. Mas amar o povo mórmon é uma coisa muito diferente que amar o mormonismo;
assim como Deus pode amar o pecador, mas não o pecado. Por favor, tenha em
mente essa distinção ao examinar a reivindicação de José Smith e do mormonismo.
_______________
Nota
[1] Orson Pratt, Divine Authority of the Book of Mormon
(Autoridade divina do Livro de Mórmon) introdução, uma série de panfletos
publicados em 1850-51. Citado por
Arthur Budvarson em, The Book of Mormon - True or False? (O Livro de Mórmon - falso ou verdadeiro?) - Concord, California,
Pacific Pub. Co., 1959.
CAPÍTULO UM
Minha Apresentação ao Mormonismo e a Cristo
Eu estava contentíssimo! Acabava de mudar em julho, do lamacento
Mississíppi para as noites frescas e cortantes, para os dias brilhantes de
LaGrande, no Oregon.
Minha linda esposa e meu bebê de menos de dois meses de idade
partilhavam da aventura - só que um pouco menos entusiasticamente.
Eu amava minha terra natal, mas o calor começava a perturbar-me.
Enquanto estive na marinha visitei Oregon, e gostei das noites calmas e
frescas, da caça a animais selvagens, e das lindas montanhas. Meu tio possuía
uma loja em Bates, no Oregon. Uma tia havia estudado na Falculdade de Educação
de LaGrande, no mesmo estado. De modo que, depois de deixar a marinha, voltei a
LaGrande, matriculei-me na universidade e joguei futebol durante um ano.
Havia muitas garotas lindas, mas eu queria uma que soubesse fazer
pão de milho. Encontrei-a na Universidade do Sul do Mississíppi. Agora eu
estava de volta ao fascinante Oregon, preparando-me para uma caçada -
necessitávamos urgentemente de carne. Não conhecendo a região muito bem e não
possuindo carro, tinha feito amizade com um jovem adolescente do lugar e
esperava ir caçar com ele nas Montanhas Azuis, não muito distantes.
-Ei, Mike, mais depressa! - gritei-lhe
certa tarde linda e cintilante de domingo. -Se parar com essa embromação
poderemos jogar um pouco de bola e ainda teremos tempo para uma caçada nas
montanhas.
-Está bem. Vou mais depressa e. . . -
começou Mike.
-Não, você não vai! - explodiu John,
irmão de Mike, mais velho e casado. Olhei surpreso para ele enquanto ele
continuava. - Somos mórmons, pertencemos `a Igreja dos Santos dos Últimos Dias
e não fazemos isso no domingo.
Fiquei espantado e um tanto sem jeito. Lá no Mississíppi, na zona
rural, praticamente todo mundo era batista. Íamos `a igreja fielmente todos os
domingos. Fui `a frente aos doze anos, disse ao evangelista que eu cria em
Jesus, fui batizado, uni-me `a igreja, freqüentando-a fielmente; não bebia, não
fumava nem xingava. Caçar ou pescar aos domingos era somente para os pagãos e
os desviados, e ninguém queria estar muito perto de gente assim durante uma
tempestade. Eu tinha sido líder de escoteiros, professor da escola dominical,
mas aqui estava eu recebendo um sermão de um mórmon acerca de Deus e do
domingo. Fiquei envergonhado. Fiquei também curioso.
John era meu barbeiro e um bom amigo. Era também uma pessoa
importante na igreja local dos Santos dos Últimos Dias. (Naquele tempo eu não
conhecia a terminologia.) Comíamos em sua casa e ele comia na nossa. De fato,
jamais esquecerei do "banquete de esquilo" que certa vez fizemos
juntos. Éramos pobres, e alimento, especialmente a carne, era escasso. Sinto
pena dos pobres e inocentes esquilos agora, mas antes então não sentia. Uma
coisa posso dizer: os sobreviventes estavam muito mais espertos quando saí de
lá do que quando cheguei.
John era um homem gentil e amável, e sabia conversar. (O tipo de
pessoa que nos deixa falar, que ouve a maior parte do tempo.) Gostei dele e de
sua esposa imediatamente, em especial por ele não me escalpelar ao cortar meu
cabelo. Até agora não havíamos conversado a respeito de religião.
Eu tinha algumas questões sérias acerca da religião depois de ter
visto aviões suicídas, companheiros mutilados, morrendo na guerra; e também
enquanto na universidade estudando psicologia, evolução, religiões comparadas,
etc. De repente, aqui estava. Aqui estava um homem que cria e colocava em
prática sua crença. Por que minha igreja não havia me dado as convicções que
ele parecia possuir? Sim, eu estava curioso.
-Posso ir à sua casa para conversarmos
acerca da crença dos mórmons? - perguntou John.
-Certamente - respondi.
Minha esposa pareceu não gostar muito, mas cedeu. Nesse tempo eu
não sabia a diferença, mas ela era uma cristã verdadeira, e Cristo habitava em
seu coração. Eu era apenas um cristão professo; minha crença era intelectual.
Para ela eu era um cristão verdadeiro, pois íamos à igreja, orávamos juntos,
dávamos o dízimo e vivíamos bem.
Eu me entediara um tanto com a igreja, e minha esposa percebeu que
algo não ia lá muito bem; o pastor da Igreja Batista conservadora de LaGrande,
reverendo Guy Zehring, começara a visitar-me periodicamente. Me cansei dele
também. Ele repetia coisas que eu havia ouvido a vida toda. Deus o ama. Cristo
morreu por você. Deve ser fiel à igreja.
À medida que John me apresentava o mormonismo, eu ficava cada vez
mais interessado. Talvez esta fosse a resposta!
-Nossa, John, - gritei, no final de uma
sessão. - Você quer dizer que eu posso realmente permanecer casado com minha
esposa para a eternidade?
-É possível - assegurou-me ele - se
cumprir certas condições. Você pode até mesmo ser um deus em algum planeta e
continuar a ter filhos.
Isto me interessava muito. Papai morrera quando eu tinha quatro
anos de idade. Fui viver com meu avô. Ele foi assassinado alguns meses mais
tarde. Minha avó contraiu diabetes e, na minha adolescência, teve uma morte
lenta e agonizante. Eu quase tinha medo de amar por completo qualquer coisa ou
pessoa. Nada parecia seguro. Eu não tinha nada de duradouro para conservar e
amar; então, por que magoar meu coração?
Ainda posso lembrar-me dos funerais em dias de chuva - a terra
fria caindo sobre o caixão do papai, do vovô, da vovó - todos tão queridos ao
meu pequeno coração. O hino "Rude Cruz" tentando sobrepujar os
soluços das pessoas amadas.
Agora eu tinha uma jovem e bela esposa. Milagre dos milagres, ela
me amava e eu a amava. Havia realmente uma maneira de conservá-la para sempre?
Em geral alegre externamente, nas horas tardias da noite eu
pensava sério no assunto. Algum dia, a beleza dela desapareceria. Ela ficaria
velha e morreria, logo depois, e seria como se nunca tivesse existido. Ou então
um acidente ou doença a roubaria de mim ou eu dela. A morte era um bicho-
-papão implacável e sempre de emboscada, pronto a atacar de dia ou de noite,
não respeitando nem o riso alegre nem o grito de desespero e de aflição.
À medida que John continuava a ensinar-me, me tornava muito
confuso.
-A Bíblia não diz, em algum lugar, que
não haverá casamento nem dar-se-á em casamento no céu, John?
-Claro--concordou ele prontamente--mas
isto é só com respeito ao céu. Mas podemos nos casar para a eternidade aqui
embaixo de modo que não haverá casamento nem o dar-se em casamento no céu.
É isto realmente o que esse versículo significa? Perguntava a mim
mesmo. Bem, talvez. Espero que sim.
John disse que minha igreja não tinha autoridade para batizar,
fazer convertidos, nem pregar o evangelho. A igreja verdadeira havia
desaparecido totalmente da terra um século ou dois depois de Cristo, e Deus
havia restaurado o evangelho por meio de um profeta moderno chamado José Smith.
Deus e seu filho haviam aparecido a Smith quando este tinha quatorze anos de
idade e começaram a revelar-lhe uma série de visões a respeito de Deus, de
placas de ouro e do evangelho. José Smith tinha, por revelação direta de Deus,
traduzido o inspirado Livro de Mórmon. Os mais recentes livros
inspirados do mormonismo incluíam, Pérola de Grande Valor, e Doutrina
e Convênios.
John me disse com gentileza mas firmemente, citando José Smith no
livro Pérola de Grande Valor 2:19, em parte, "todas [as igrejas]
estavam erradas;...todos os seus credos eram uma abominação à sua vista; que
todos aqueles mestres eram corruptos."
Isto me incomodava bastante. O credo dos mórmons dizia muitas das
mesmas coisas que outros credos de outras igrejas diziam. Como é que um podia
estar totalmente errado e ser abominável e outro bom? Eu sabia que muitos
cristãos, ao longo dos séculos, haviam selado com o próprio sangue seu amor e
testemunho de Cristo, e isso centenas de anos depois que a igreja verdadeira e
o verdadeiro evangelho haviam totalmente desaparecido, em apostasia, da face
terra, no dizer dos mórmons. Foram eles todos corruptos, como dizia José Smith?
John ensinou-me que a igreja mórmon era a única igreja verdadeira
na face da terra. Todas as outras eram falsas. O único caminho ao mais alto céu
ou ao grau de glória mais elevado era deixar minha igreja e ser batizado na
igreja mórmon. Havia três céus, ou três graus de glória. Somente os mórmons
podiam ir ao céu mais alto. A morte de Cristo na cruz deu a todos os homens
salvação geral do inferno, exceto a alguns poucos obstinados "filhos da
perdição". A salvação pessoal dependia das boas obras que a pessoa
fizesse. O batismo pelos mortos era para os que não tinham tido a oportunidade
de ser salvos aqui. Podiam ser salvos depois da morte.
Fiquei mais e mais interessado, mas também mais e mais confuso.
Procurei o pastor Guy Zehring e tentei comparar as respostas dele com as de
John.
Parecia-me, em realidade, que John estava levando a melhor. Orei
desesperadamente pedindo luz. John pediu que eu pegasse O Livro de Mórmon,
e com as mãos sobre ele, orasse a fim de saber se esse livro era
verdadeiramente a Palavra de Deus e se o mormonismo era a verdade; nesse caso,
que o Espírito Santo de Deus me convencesse. Fiz exatamente isto. Também orei
da mesma maneira a respeito da Bíblia.
Então pensei que a resposta podia estar em fazer com que John e
Guy se encontrassem e debatessem a questão. Guy me aconselhou contra, dizendo
que provavelmente isto não me resolveria nada. Perguntava a mim mesmo se ele
estava com medo.
A esta altura eu sabia que tinha de tomar uma decisão: tornar-me
mórmon ou voltar ao Cristianismo que eu sabia nunca havia suprido meus desejos
mais profundos; examinar o Cristianismo mais profundamente; esquecer a bagunça
toda.
Cada uma destas opções parecia atrair-me em certos momentos.
Finalmente, pairei-me justamente à beira de tornar-me mórmon. Os
mórmons que eu conhecia eram tão bons. O programa que tinham para a juventude
era atrativo ao extremo. Algumas de suas igrejas tinham até ginásios de
esportes! Os bailes patrocinados pela igreja pareciam muito convidativos. Os
mórmons procuravam as pessoas para com elas partilhar a fé. Eram um povo
asseado e trabalhador. Eu admirava sua dureza, e deleitava-me com a corajosa
história de sua migração para o Oeste contra incertezas impossíveis. Suas
convicções fortes atraíam-me. Pareciam ter um grande senso de autoridade e
muita união.
Pela última vez, fui ao meu quarto, caí de joelhos e clamei em
agonia: "Deus, por favor, mostra-me o caminho verdadeiro. Não me
importa qual seja, contanto que seja de ti e que seja o caminho verdadeiro. Ó
Deus, quero tanto ser salvo. Pensei que o havia sido quando disse aceitar a
Cristo e ao unir-me à igreja Batista anos atrás, Senhor, mas agora estou
perturbado. Se o mormonismo for certo, alegremente o aceitarei e o seguirei
para sempre. Se o que me ensinaram é correto, por que não preencheu
completamente as minhas necessidades? Ó Deus, ajuda-me. Dá-me tua luz.
Mostra-me a verdade acerca da Bíblia e de O Livro de Mórmon, acerca do
mormonismo e do Cristianismo, e acima de tudo, acerca de ti mesmo e de como
posso ser salvo e ter certeza de ir para o céu."
Logo depois desta oração honesta e perscrutadora, preparava-me
febrilmente para a estação de caça, que começava no dia seguinte. Minha esposa
olhou para fora e disse:
-Querido, o pastor Guy Zehring acaba de chegar.
-Oh, não--gemi. Eu tinha de fazer os preparativos para a
viagem de caça e o pastor já havia conversado comigo cinco ou seis vezes dizendo
praticamente as mesmas coisas todas as vezes. Parecia tão tolo, tão irreal e
vazio. Custava-me ser cortês. Somente anos mais tarde aprendi o que a Bíblia
quer dizer com "a palavra da cruz é loucura para os que se perdem" (1
Coríntios 1:18).
Desta vez foi diferente. Guy olhou-me nos olhos e disse:
--Mac, você diz ser cristão. Você sabe com certeza que se
morresse neste instante iria para o céu a estar com Jesus Cristo?
Pus-me em guarda:--Ninguém pode ter certeza
disso--declarei.--Creio que iria para céu. Creio em Jesus Cristo. Fui batizado,
sou religioso e levo uma vida honesta. Mas o senhor disse sabe.
Os olhos penetrantes de Guy entraram-me alma a dentro.
-Mac, se você morresse esta noite, iria diretamente para o
inferno.
-Tenho feito tudo o que vocês, pregadores, disseram que eu
devia fazer--respondi--tudo o que sei que a Bíblia manda fazer. Diz a Bíblia
que podemos saber se somos salvos?
-Certamente que sim--respondeu ele, abrindo a Bíblia em 1
João 5:13. "Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida
eterna, a vós outros que credes em o nome de Filho de Deus."
Tive consciência de um espanto e de uma fome intensa
começando a crescer dentro de mim. Eu tinha estudado capítulos e livros de O
Livro de Mórmon, e tinha lido a Bíblia por muitos anos, mas nada havia
falado ao meu coração e à minha necessidade como isso. A despeito de dúvidas
ocasionais, realmente a Bíblia me impressionava. Eu sabia que muitas das
profecias da Bíblia referentes a Jesus Cristo, a cidades, nações e
acontecimentos haviam-se cumprido fie ultamento e ressurreição. Mas sua crença
é só intelectual, não do coração. Milhares são como você -- religiosos, mas
perdidos. Você tem uma crença histórica como se dissesse que Pedro II foi
imperador do Brasil. Mas você nunca veio a Jesus Cristo como pecador perdido
pedir-lhe que o salve, e saber que o fez.
-Já lhe pedi que me salvasse, mas nunca cri realmente que
ele o fizesse.
-Você não percebe?--contra-atacou Guy.--A salvação é pela
fé, pela confiança, pela crença. Efésios 2:8,9 declara: "Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras,
para que ninguém se glorie."
-Ora -- continuou ele -- João 1:12 diz-nos que por natureza
não somos filhos de Deus. Esse é o nosso grande problema. Temos de receber
Jesus Cristo em nosso coração e vida mediante convite pessoal a fim de nos
tornarmos filhos de Deus. Desta forma nascemos de novo na família de Deus e
recebemos instantâneamente seu dom da vida eterna. "Mas a todos quantos os
receberam, deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus, a saber, os que
crêem em seu nome." Então, e somente então, estamos prontos para o céu.
Ele acrescentou:
-Jesus nos ama tanto que morreu em tortura sangrenta por
nós. Prometeu salvar-nos se, crendo, invocássemos seu nome. Ao invocá-lo e
depois ficar na dúvida ou na esperança de que talvez ele tivesse feito aquilo
cujo fim morreu e fez o que prometeu fazer, em essência você estava duvidando
dele e fazendo-o mentiroso. Por isso ele não podia salvá-lo, ainda que você
chorasse bastante e suplicasse salvação todas as noites por cem anos, porque
Ele somente salva pela fé. Romanos 10:9 diz-nos que somente uma crença do
coração, uma entrega a Cristo como o Senhor ressurreto (Deus e mestre) e
Salvador pode nos salvar.
-Romanos 10:13 diz isso de uma maneira clara e simples, que
até uma criança pode entender: "Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor, será salvo."
-Mac, -- disse Guy tranqüilamente mas com grande sentimento
-- Deus o ama. Jesus derramou seu sangue por você. Se você pedir-lhe que o
salve, crendo de todo o coração, ele o salvará. Se não o fizesse, seria
mentiroso, porque prometeu fazer isto. Você está disposto a invocá-lo para o
salvar neste instante?
Oh, que batalha se travou em meu coração! Podia realmente ser
simples assim? Era real? Suponhamos que houvesse um inferno de fogo, afinal de
contas, e que houvesse a mínima chance de eu ir lá passar a eternidade. Era
Jesus realmente o Deus eterno, como Guy dizia que a Bíblia declarava ser?
Ressuscitara Ele corporeamente e aparecera a centenas de pessoas que O tocaram,
comeram com Ele e mais tarde por todos Ele morreu?
De repente percebi tudo. Se eu não pudesse confiar no promessa
simples e clara de Jesus que morreu por mim, aonde mais poderia ir? O desejo
desesperado em mim clamava por Jesus, clamava por certeza. Caí de joelhos,
derramei-Lhe minha alma e pedi-Lhe que entrasse em meu coração e me perdoasse
todos os pecados. Pedi-Lhe que me tornasse um filho de Deus para sempre, e me
desse a vida eterna. Pedi-Lhe uma salvação consciente, e tomei-O para meu
Salvador e Senhor pessoal.
Levantei-me e enxuguei as lágrimas. Guy apontou o dedo para mim e
peguntou:
--Jesus o salvou ou Ele mentiu? Ele tinha de fazer uma das
duas coisas.
Dentro de mim eu sabia que algo tremendo havia acontecido.
Desfizera-se um fardo que eu nem sabia estar levando; alegria e paz inaudíveis
enchiam meu coração. Mas depois de anos de estudo de psicologia, eu não ia
depender somente das experiências, das emoções, e dos sentimentos. De modo que
eu simplesmente disse a Guy:
--Bem, Ele não podia mentir, logo Ele deve ter-me salvado.
Guy abriu a Bíblia em João 3:36: "Por isso quem crê no Filho
tem a vida eterna." Olhei cuidadosamente para esse versículo, saboreando
cada palavra. Então eu sabia, não simplesmente sentia. Sabia! Jesus
havia me salvado! Agora eu tinha, neste instante, a vida eterna. Sua Palavra o
afirmava e Ele não pode mentir. Seu Espírito Santo testemunhava com meu
espírito que eu era Seu filho, com a certeza de estar com Ele no céu, segundo
Sua Palavra escrita. Guy e eu ajoelhamo-nos novamente e agradeci a Deus com
simplicidade por ter salvado minha alma e por ter me dado vida eterna.
Mal podia esperar para contar a John! Quando fui verdadeiramente
salvo, fiquei sabendo no mesmo instante que o mormonismo não era o caminho. Foi
como se Deus tivesse ligado um grande holofote sobre todo o sistema e revelado
sua resposta a mim. Mas eu tinha grande afeição por John, e desejava partilhar
minha alegria e certeza com ele. Ajuntei todo o material do mórmons que ele
havia me dado e corri `a sua casa.
-John, John -- gritei.--Encontrei Jesus. Acabo de ser salvo
e sei que vou para o céu!
-Você foi hipnotizado!--rugiu ele, tornando-se vermelho.
-Você não tem certeza de ter sido salvo, John? -perguntei.
-Não, e você também não -- asseverou ele, agitando-se mais a
cada instante.
Fiquei chocado. Seria este o meu John amável e gentil? Por que não
se alegrava ele com minha alegria por ter eu encontrado Cristo?
-John -- perguntei seriamente -- você quer dizer que todo
esse tempo em que esteve falando comigo acerca de pertencer à única igreja
verdadeira; acerca de ter profetas e sacerdotes; acerca da autoridade, que você
nem mesmo tem certeza do lugar para onde vai quando morrer?
-Suponhamos que eu estivesse perdido na floresta com várias
outras pessoas. Suponhamos que estivéssemos desesperados e que só tivéssemos
tempo suficiente para sair se escolhêssemos o caminho certo imediatamente antes
de morrermos de fome ou nos congelarmos de frio. Suponhamos que nos
encontrássemos com você, e você nos dissesse ter um mapa infalível, e ser um
guia conhecedor destas florestas e insistisse em que nós o seguíssemos, pois
todos os outros caminhos eram errados. Então suponhamos que eu lhe perguntasse
se tinha certeza de não estar perdido, se sabia onde se encontrava, você
admitisse que não, e que nem mesmo tinha certeza do lugar para onde ia. John,
eu o amo, mas sei que estou salvo, e não posso mais acompanhá-lo.
Com isso devolvi a John o material sobre o mormonismo. John e eu
continuamos amigos. Ele me visitou várias vezes com líderes mórmons tentando
reconquistar-me. Fiquei tocado pelo seu interesse óbvio, com seu cuidado.
Mas eu sabia que jamais estaria entre os que a Bíblia diz
"aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade"
(veja 2 Timóteo 3:7).
Uma vez que a pessoa verdadeiramente encontra a Jesus, a procura
termina. Eu havia lido a Bíblia e freqüentado a igreja toda a vida, mas não O
havia encontrado. Orava diariamente, e em caminhadas longas nas noites de lua
muitas vezes havia sentido a presença calorosa de Jesus. Cria que O amava, mas
isto era diferente, mais rico e muito mais doce.
Antes a salvação era como amar alguém e ter uma certa comunhão
antes do casamento, mas essa pessoa não lhe pertence nem você pertence a ela.
Então, pelo simples ato do casamento você diz "Sim" e ela também o
faz. Não há mágica nas palavras, mas, se for amor verdadeiro, suas vidas são
mudadas para sempre. Ela lhe pertence e você pertence a ela. O que antes pensava
ser amor não se pode comparar com o que agora você possui. Ao receber a
salvação verdadeira, ao casar-se com Jesus é um ato que a Bíblia chama de
conversão, você sabe a diferença. Antes eu era religioso, mas perdido.
Agora estou salvo.
John jamais entendeu, embora tenha eu orado por ele e por ele
chorado com verdadeira dor de coração.
Hoje, anos mais tarde, depois de passar milhares de horas em
estudo bíblico, depois de ler centenas de livros escritos por mórmons e
centenas de folhetos -- tanto a favor como contra -- desejo partilhar com
outros corações famintos, no amor de Cristo e conforme Deus me der capacidade,
o que Ele tem me mostrado.
CAPÍTULO DOIS
José Smith e a Primeira Visão
Muitos que lêem este livro poderão perguntar: Onde os mórmons
conseguiram idéias tão diferentes acerca de Deus e de Cristo? Qual é a fonte de
sua doutrina? Onde sua igreja realmente se originou? Qual é o fundamento sobre
o qual se firmam suas crenças?
De maneira muito breve, os mórmons ensinam que o verdadeiro
evangelho desapareceu da terra logo depois da era da igreja apostólica. Crêem
que todas as igrejas de então se tornaram falsas, e que não tinham autoridade
dada por Deus. Todos os cristãos professos, durante centenas de anos eram
corruptos, falsos, apóstatas. Então Deus restaurou o verdadeiro
evangelho e sua autoridade original mediante um jovem chamado José Smith. Um
anjo apareceu, em visão, ao jovem José e depois levou-o a algumas placas de
ouro escondidas perto de Palmyra, no estado de Nova lorque. Destas placas, Deus
fez com que José Smith fosse capaz de produzir O Livro de Mórmon, o
primeiro livro inspirado, o fundamento do mormonismo.
Uma vez que José Smith declarou que todas as igrejas, sem exceção,
são falsas e todos os seus membros são corruptos, parece-nos justo contestá-lo.
Se José foi um verdadeiro profeta de Deus, então a Primeira Visão devia ser
clara e indiscutível, pois Deus não é autor de confusão. Mas, ouçamos as
próprias fontes mórmons quanto à importância desta Primeira Visão.
Primeira Visão de 1820
David O. McKay, apóstolo e líder mórmon declarou: "A aparição
do Pai e do Filho a José Smith é o fundamento desta igreja."[1]
O apóstolo mórmon John A. Widtsoe disse: "A Primeira Visão,
de 1820, é de importância vital à história de José Smith. Sobre sua realidade
descansam a verdade e o valor de seu trabalho subseqüente."[2]
Obviamente, a integridade de José Smith e a verdade do mormonismo
estão em jogo. Se a Primeira Visão for o fundamento sobre o qual se firma o
mormonismo, examinemos, em atitude de oração e mui cuidadosamente, esse
fundamento.
A igreja mórmon diz que José Smith teve uma visão em 1820, quando
era um mocinho de 14 anos de idade. Esta visão aconteceu na "manhã de um
lindo e claro dia, nos primeiros dias da primavera de 1820". José Smith
tinha ido aos bosques orar a fim de saber "qual de todas as seitas era a
verdadeira". Enquanto orava, viu dois personagens pairando acima dele no
ar. Um dos personagens apontou ao outro e disse: "Este é o meu Filho
Amado. Ouve-o." Então um dos personagens, aos quais José Smith identifica
como o Pai e o Filho, disse-lhe que todas as igrejas estavam erradas.
É estranho que não se mencione esta visão nos registros mais
antigos da igreja mórmon e a Improvement Era (Era da Melhoria), admite:
"O relato oficial" de José Smith de sua primeira visão e das visitas
do anjo Moroni foi...publicado pela primeira visão em Times and Seasons
(Tempos e Estações) em 1842."[3] Isto, 22 anos depois do que se supõe ter
o evento acontecido. Mesmo assim a primeira visão é vista como o fundamento
da igreja mórmon que começou em 1830! O Livro de Mórmon foi publicado em
1830 também. Por que José Smith não deu um relato oficial da visão antes de
1842?
Por anos, os mórmons declararam enfaticamente: "José Smith
viveu pouco mais de 24 anos depois desta primeira visão. Durante esse tempo ele
contou somente uma hostória!"[4] Isto, é claro, não é verdade. Jerald e
Sandra Tanner, no seu panfleto, The First Vision Examined (Exame da
Primeira Visão), mostraram que existiam na igreja mórmon duas versões, além da
versão oficial de Smith, mas não foram publicadas até que Paul Cheesmand, aluno
da Universidade Brigham Young as expôs em 1965.
Outro relato da primeira visão veio à luz por intermédio de James
B. Allen, professor assistente de História na UBY, em 1966, depois dos mórmons,
por vários anos, negarem a existência de outras versões! Estas versões contêm
discrepâncias importantes da versão oficial. Para uma explicação detalhada e
erudita, veja o panfleto de Tanner, The First Vision Examined.
Até Brigham Young, que teve 363 de seus sermões registrados no Journal
of Discourses (Diário de Discursos), como profeta "inspirado"
sucessor de José Smith, não menciona a Primeira Visão. O bibliotecário mórmon
Lauritz G. Petersen,numa carta datada de 31 de agosto de 1959, escreveu:
"Tenho examinado o Journal of Discourses (Diário de Discursos) que
registra muitos do sermões de Brigham Young. Nada há ali por Brigham Young
sobre a primeira visão de José Smith."[5]
É bastante estranho que Oliver Cowdery, o primeiro historiador
mórmon (segundo Doctrines of Salvation (Doutrinas da Salvação), volume
2, página 201), nem mesmo se refira à Primeira Visão. Cowdery foi uma das três
testemunhas principais de O Livro de Mórmon. Earl E. Olsen,
bibliotecário mórmon, da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, escreveu numa
carta de 24 de março de 1958: "Nos registros que temos em arquivo dos
escritos de Oliver Cowdery e John Whitmer, tais como são, não encontramos
referência à Primeira Visão."[6]
Primeira Visão de 1823
Entretanto, foi descoberto que Oliver Cowdery, auxiliado pelo
próprio José Smith, publicou um relato da Primeira Visão no Messenger and
Advocate (Mensageiro e Advogado), em setembro de 1834, e em fevereiro de
1835, diferindo em pontos importantes da "versão oficial" publicada
mais tarde, em 1842. Na verdade, os primeiros relatos da igreja mórmon
referentes à Primeira Visão de José Smith diziam que ele tinha 17 anos, e não
14.
(Bons amigos mórmons, honestamente embasbacados com as aparentes
contradições e confusões que vamos apresentar, disseram-nos que tínhamos
confundido a Primeira Visão de José Smith com outra visão ou visões que ele
teve. Simpatizamos com a dor de coração que sentem pelo que os seguintes fatos
revelarão. Entretanto, lemos muitas das visões de José Smith e estamos muito
bem cônscios delas, como muitos outros estudiosos do mormonismo o estão. O
próprio José Smith e outras autoridades mórmons declararam claramente que a
visão que estamos discutindo foi a primeira. Devemos encarar a realidade, com
gentileza mas firmemente.)
Orville Spencer, preeminente mórmon do começo da igreja, escreveu
uma carta de Nauvoo, no estado de Illinois, em 1842, dizendo: "José Smith,
ao ter as primeiras manifestações dos grandes desígnios dos céus, não estava
longe da idade de dezessete anos." [7]
Ora isto está de acordo com o relato da idade de Smith, 17 anos
em 1823, ao serem dados os primeiros relatos da visão, como prova o Messenger
and Advocate, vol.1, páginas 78,79, referindo-se a um reavivamento que diz
ter sido realizado em Palmyra e nos seus arredores no estado de Nova Iorque,
mais ou menos na época da visão de José Smith. Enquanto esta excitação
continuava, ele continuava a clamar ao Senhor em secreto por uma manifestação
plena da aprovação divina e, para ele, a informação de grande importância, se
um Ser Supremo existia, que tivesse a certeza de ser aceito por ele... Na noite
do dia 21 de setembro de 1823, nosso irmão, antes de ir para o quarto, tinha a
mente completamente envolvida com o assunto que por tanto tempo o havia agitado
-- seu coração fazia oração fervorosa... enquanto continuava orando por uma
manifestação, de alguma maneira, de que seus pecados haviam sido perdoados;
esforçando-se para exercitar fé nas Escrituras, de repente uma luz como a do
dia, só que de uma aparência e brilho mais puros e gloriosos, invadiu o
quarto... e num momento um personagem apareceu perante ele... ouviu-o declarar
ser o mensageiro enviado por mandamento do Senhor, para entregar uma mensagem
especial e testemunhar-lhe que seus pecados estavam perdoados."[8]
Notem, por favor, que esta é uma fonte mórmon, e um relato oficial
mórmon admitindo que José Smith, aos 17 anos de idade em 1823, nem mesmo sabia
se existiam ou não um Ser Supremo, embora mórmons posteriores digam que ele
teve uma visão do Pai e do Filho, em 1820, aos 14 anos
de idade!
De fato, o líder e apóstolo mórmon David O. McKay declarou que
esta Primeira Visão, que José Smith declarava ter 14 anos, era o fundamento
da igreja mórmon! Por que, então José Smith nem mesmo sabia da existência de um
Ser Supremo, em 1823, aos 17 anos de idade?
Primeira Visão e Anjos
Além disso, no Deseret News (Notícias Deseret), de 29 de
maio de 1852, cita-se José Smith dizendo: "Recebi a primeira visitação dos
anjos quando tinha cerca de quatorze anos de idade." Isto mostra outra
discrepância de muitas fontes mórmons. Os relatos mais antigos da visão dizem
que um anjo apareceu a José Smith, não o Pai e o Filho.
Afirmou o apóstolo Orson Pratt: "Logo um indivíduo obscuro,
um jovem, levantou-se, e no meio de toda a cristandade, proclamou as novas
espantosas de que Deus lhe havia enviado um anjo... isto ocorreu antes
de este jovem ter 15 anos de idade."[9] Isto obviamente se refere à
Primeira Visão de Smith.
John Taylor, o terceiro presidente da igreja mórmon, afirmou:
"Como é que se originou este estado de coisas chamado mormonismo?
Lemos que um anjo desceu do céu e revelou-se a José Smith e
manifestou-lhe, em visão, a verdadeira posição do mundo do ponto de vista
religioso."[10]
A despeito da evidência irrefutável dos próprios apóstolos
mórmons, a história da Primeira Visão cresceu e foi mudada até chegar `a
versão de hoje: que José Smith viu o pai e o Filho. Segundo a versão atual, em
1820, quando tinha quatorze anos de idade, José Smith viu uma coluna de luz.
"Logo após esse aparecimento, senti-me livre do inimigo que havia me
sujeitado. Quando a luz repousou sobre mim, vi dois Personagens, cujo
resplendor e glória desafiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar. Um
Deles me falou, chamando-me pelo nome e disse, apontando para o outro : Este
é o meu Filho Amado. Ouve-O."[11]
Nem José Smith, nem os apóstolos inspirados dos mórmons que o
citaram estão de acordo com a história original acerca do ano, da idade de
José nem do conteúdo da visão.
A Primeira Visão e o Sacerdócio
O próprio José Smith deu prova positiva de que ele não viu o Pai e
o Filho em 1820. Em 1832 José Smith disse ter uma revelação de Deus na qual
afirmava que o homem não pode ver à Deus sem o sacerdócio. Mas como o
próprio José Smith admitiu, ele não era sacerdote em 1820, nem reivindicou para
si mesmo esse ofício até os princípios de 1830![12]
A revelação de José Smith, de 1832, concernente ao sacerdócio está
registrada na seção 84 de Doutrinas e Convênios, versículos 21,22: E sem
as suas ordenanças, e a autoridade do sacerdócio, o poder de divindade, não se
manifesta aos homens na carne; Pois, sem isto nenhum homem pode ver o rosto de
Deus, o Pai, e viver."
O apóstolo mórmon Parley P. Pratt declarou: "A verdade é
esta: sem o sacerdócio de Melquisedeque, `homem algum pode ver à Deus e
viver!"[13] José Smith não era sacerdote em 1820. Se sua revelação
de que homem algum pode ver a Deus sem o sacerdócio fosse verdadeira, então
José Smith jamais havia visto à Deus e sua alegação em 1842 de que em 1820
fosse verdadeira, então sua revelação em 1832 que homem algum poderia ver à
Deus sem o sacerdócio era falsa. De qualquer forma isto mostraria que José
Smith não era o profeta de Deus que algumas pessoas pensavam que fosse.
Moroni ou Nefi
Outro problema digno de menção relacionado com isto é que o anjo
que disse ter aparecido a José Smith é quase sempre chamado de Moroni, tanto
por José Smith como por outros escritores mórmons. Entretanto, na primeira
edição de 1851 de Pérola de Grande Valor, página 41, o nome do anjo era
Nefi e não Moroni. Mais provas acerca disto podem ser encontradas em Times
and Seasons (Tempos e Estações), volume 3, páginas 479 e 753, e nos
escritos da mãe de José, Lucy Mack Smith, em seus Esboços Biográficos (Biographical
Sketches) de 1853.
Em Resumo
Parece estar em ordem algumas observações acerca de José Smith e
da Primeira Visão. David O McKay, ex-presidente e inspirado apóstolo mórmon,
declarou ser a Primeira Visão o fundamento da igreja mórmon. Sobre isto descansa
finalmente toda a autoridade que os mórmons dizem ter.
Perguntamos: por que tantos líderes, apóstolos, presidentes e
escritores mórmons andam tão confusos acerca do que José Smith viu ou não viu?
Por que o próprio José Smith fez vários relatos totalmente irreconciliáveis da
Primeira Visão? Por que a versão de José Smith e a versão oficial dos mórmons
não saiu até 1842 se esta visão é tão importante para o mormonismo? A igreja
começou em 1830, e O Livro de Mórmon foi publicado em 1830, mas a visão
de 1820, sobre a qual a igreja foi fundada, não foi dada oficialmente
até 1842!
Por que temos "revelações" contraditórias dadas por Deus
ao seu apóstolo inspirado? Deus nunca se contradiz. Quando qualquer palavra ou
revelação é contraditória não pode ser de Deus. José Smith realmente teve uma
visão? Se assim foi, quando? Com que idade? O que ele viu realmente? Foi um
anjo bom ou um anjo mau, se teve uma visão? Foi um espírito de Deus ou um dos
espíritos de Satanás que lhe apareceu como um anjo de luz? "E não é de admirar,
porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que
os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim
deles será conforme as suas obras" (2 Coríntios 11:14, 15).
Pense novamente nas contradições do tempo da visão, da idade
de José Smith, e do conteúdo da visão. Pense acerca da revelação que
José Smith teve em 1832 que só os que foram ordenados ao sacerdócio poderiam
ver a Deus e viver, mas dizia-se que ele havia visto `a Deus em 1820, muitos
anos antes de ter sido feito sacerdote por seu própio testemunho. 1 Coríntios
14:33 diz: "Porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz. Como em todas
as igrejas dos santos."
Não conforta nada saber que muitos cultos começaram com uma
visão--ou alegações de uma visão ou por não crerem na Palavra de Deus, ou por
não crerem que ela fosse suficiente. Deus, portanto, enviou-lhes "a
operação do erro" para que cressem na mentira (veja 2 Tessalonicenses
2:10-12).
Finalmente, os mórmons precisam examinar seriamente Gálatas 1:8:
"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho
que vá além do que vos temos pregado, seja anátema."
Se esta Primeira Visão for o fundamento, vejamos o que José Smith
sobre ele construiu.
____________
Notas
[1] David O. McKay, Gospel Ideals
(Ideais do evangelho) - (Salt Lake City: The Church of Jesus Christ of
Latter-Day Saints, 1953), página 85.
[2] John A. Widtsoe, Joseph Smith
- Seeker After Truth (Joseph Smith - buscador da verdade) - (Salt Lake
City: Deseret Book Co., 1951), página 19.
[3] Improvement Era (Era da Melhoria), julho de 1961,
página 490. (Periódico mensal publicado pela igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias.)
[4] Joseph Smith, The Prophet (Joseph Smith, o
profeta) - 1944, página 30. Citado por Jerald e Sandra Tanner em The First
Vision Examinded (Exame da primeira visão) - Salt Lake City: Modern
Microfilm Co., 1969 - página 2.
[5] Jerald Tanner, Mormonism: A Study of Mormon History and
Doctrine (Mormonismo: Estudo da história e doutrina mórmons) -
(Clearfield, Utah: Utah Evangel Press, 1962), página 79.
[6] Tanner, Mormonism, página 8.
[7] Millenial Star (Estrela Milenar), vol. 4, página 37.
[8] Messenger and Advocate (Mensageiro e advogado), vol. 1,
pp. 78,79. Citado por
Tanner em The First Vision Examined (Salt Lake City: Modern Microfilm
co., 1969), p. 15.
[9] Journal of Discourses
(Diário de discursos) - Liverpool, England : F.D. e S. W. Richards, Pub., 1854.
Edição reimpressa, Salt Lake City, 1966), vol. 13, pp.
65,66. O Journal of Discourses é uma coleção de sermões por Brigham
young, Orson Pratt, Heber Kimball e outros de 1854 a 1886.
[10] Journal of Discourses,
vol. 10, p. 127.
[11] Joseph Smith, Pérola de Grande Valor - (Salt Lake
City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1958), p. 48, #17.
(Na edição brasileira, de 1967, p. 56, #17.)
[12] Bruce R. McConkie, ed. Doctrines
of Salvation (Doutrinas da salvação) - (Salt Lake City: Bookcraft, Inc.,
1954), vol. 1, p. 4.
[13] Parley P. Pratt. Writings of
Parley P. Pratt (Escritos de Parley P. Pratt) p. 306. Citado por Jerald e
Sandra Tanner em Mormonism, Shadow or Reality (Mormonismo -
sombra ou realidade) - (Salt Lake City: Modern Microfilm Co., 1972), p. 144.
A Ilusão Mórmon — Parte 2 (Capítulos 3
e 4)
CAPÍTULO TRÊS
José Smith--Profeta de Deus
Foi José Smith um profeta de Deus? Sou imensamente grato a Deus
por não ter deixado que decisões tão importantes dependessem de opiniões ou
caprichos dos homens. Ele providenciou um teste absolutamente infalível e que
até o cristão mais simples pode usar a fim de determinar se a pessoa que se diz
profeta é verdadeira ou falsa. É tão claro que inclusive os que não são
cristãos podem aplicá-lo e não serem desviados da busca da verdade.
Eis o teste de Deus para o profeta: "Porém o profeta que
presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu não mandei falar, ou o que
falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu
coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse
profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder,
como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o
tal profeta: não tenhas temor dele" (Deuteronômio 18:20-22).
Nesta e também em numerosas outras passagens bíblicas descobrimos
que Deus falou por meio de seus profetas verdadeiros, palavra por palavra,
enquanto profetizavam. Uma vez que Deus não pode mentir nem errar, o
cumprimento das palavras de seus profetas verdadeiros sempre foi exato.
Qualquer profeta que não passasse neste teste da profecia cumprida
era profeta falso. (Veja Deuteronômio 13:1-5; Isaías 9:13-16; Jeremias
14:13-16; Ezequiel 13:1-9.)
Uma profecia falsa desqualificava o homem para sempre como profeta
de Deus. Segundo as Escrituras, sob a lei do Antigo Testamento, o profeta que
presumisse falar o que Deus não havia mandado, devia ser morto.
A seguir apresentamos algumas profecias de José Smith que não
passaram no simples teste de exatidão de Deus:
1. Concernente à Nova Jerusalém e seu templo (Apocalipse 21:22).
Segundo esta profecia em Doutrina e Convênios 84:1-5, dada em setembro
de 1832, a cidade e o templo devem ser erigidos no estado de Missouri nesta
(atual) geração.
Os apóstolos da igreja mórmon conheciam esta profecia e declararam
no Journal of Discourses (Diário de Discursos) (volume 9, página 71;
volume10, página 344; volume 13, página 362), sua certeza de que esta profecia
havia de se cumprir durante a geração na qual a profecia foi feita por Smith em
1832. De fato, no dia 5 de maio de 1870, o apóstolo Orson Pratt declara
ostensivamente: "Os Santos dos Últimos Dias esperam ter o cumprimento
desta profecia durante a geração em existência em 1832 assim como esperam que o
sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá
todas as suas promessas." (1)
A cidade não foi construída; o templo não foi erigido nesta
geração. A profecia era falsa.
2. Sião, no Estado de Missouri, "não poderá cair, nem ser
removida de seu lugar", Doutrina e Convênios, seção 97:19. José
Smith estava na cidade de Kirtland, Estado de Ohio quando fez esta predição e
não tinha consciência de que Sião fora removida--duas semanas antes da assim
chamada revelação.
3. A casa Nauvoo deve pertencer à família Smith para sempre, Doutrina
e Convênios 124:56-60. José Smith foi morto em 1844. Os mórmons foram
levados de Nauvoo e a casa já não pertence à família Smith. Esta profecia era
falsa. José Smith era um falso profeta.
4. Os inimigos de José Smith serão confundidos ao procurar
destruí-lo, 2 Nefi 3:14, O Livro de Mórmon. Smith foi morto, a bala, na
prisão de Carthage, em Illinois, no dia 27 de junho de 1844.
5. Jesus Cristo devia nascer em "Jerusalém, que é a terra de
nossos antepassados", Alma 7:10, O Livro de Mórmon. A Palavra de
Deus diz que Jesus nasceria em Belém (Miquéias 5:2), e essa profecia foi
cumprida (Mateus 2:1).
6. A vinda do Senhor, History of the Church (História da
Igreja), volume 2, página 182. Em 1835 José Smith, profeta e presidente
predisse "a vinda do Senhor, que estava próxima...até mesmo cinqüenta e
seis anos deviam terminar a cena". (2)
7. Referente aos "habitantes da lua", Journal of
Oliver B. Huntington, volume 2, página 166. Esse devoto e dedicado
companheiro mórmon de José Smith citou-o descrevendo sua revelação a respeito
da lua e seus habitantes: "Os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme
que os habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à
moda dos quacres, e seu estilo é muito geral, com quase um tipo só de moda. Têm
vida longa; chegando geralmente a quase mil anos." (3)
8. Uma profecia bastante reveladora é relatada por David Whitmer,
uma das Três Testemunhas do Livro de Mórmon. Em seu livro, An Address
to All Believers in Christ (Uma Proclamação a todos os crentes em
Cristo)--(Richmond, Missouri, 1887), Whitmer disse que José Smith recebeu uma
revelação de que os irmãos deviam ir a Toronto, no Canadá, e que venderiam ali
os direitos autoraris do Livro de Mórmon. Foram mas não puderam vender o
livro, e pediram explicações a José Smith. Smith, sempre esperto, disse-lhes:
"Algumas revelações são de Deus; algumas são dos homens, e outras são do
diabo."
Profeta bíblico algum jamais usou tal desculpa, pois nenhum
profeta verdadeiro de Deus jamais falhou. Durante o período do Antigo
Testamento, Smith teria sido imediatamente apedrejado até à morte, por se fazer
passar por profeta de Deus. Se Smith não podia saber se a profecia vinha de
Deus, do homem ou do diabo, não podemos confiar em suas revelações em O
Livro de Mórmon e também nos outros escritos. Como é que podemos confiar
nosso destino eterno a tal homem?!
Os mórmons gostariam de tachar o livro de Whitmer de "escrito
apóstata". Dizem, entretanto, ser ele uma das três Testemunhas Sagradas,
que "jamais negou seu testemunho"; neste caso ele certamente não
poderia ser apóstata.
9. Em outra ocasião o astuto Smith declarou: "Na verdade,
assim diz o Senhor: é sábio que o meu servo David W. Patten, liquide todos os
seus negócios, logo que possível, e disponha de sua mercadoria, para que na
primavera que vem, em companhia de outros, doze, incluindo a si, desempenhe uma
missão para mim, a fim de testificar do meu nome e levar novas de grande
alegria a todo o mundo." (4)
A data em que esta profecia foi dada era 17 de abril de 1838.
David Patten morreu de ferimentos de arma de fogo no dia 25 de outubro de 1838.
Não viveu para sair em missão na primavera. Deus, que conhece o futuro, não
haveria de chamar um homem para uma missão, não a revelaria nem a faria
registrar se soubesse que esse homem morreria antes do seu cumprimento. Isso
faria de Deus um idiota ignorante, sem preparo e sem conhecimento do futuro.
Suas revelações e profecias certamente não seriam "a segura Palavra de
Deus".
Os mórmons tentam, pateticamente, defender esta profecia de Smith
dizendo que David Patten pode ter sido chamado para uma missão em algum outro
mundo (depois da morte). Se isto for verdade, não há registro de que os outros
onze homens também tenham morrido para acompanhar a Patten nessa missão à qual
foram chamados. É estranho que Deus nem mesmo se tenha importado em mencionar
uma coisa tão estupenda como a morte do homem, expondo-se a uma acusação de
profecia falsa. Deus não brinca com sua palavra nem com seus profetas. Esta
profecia de José Smith foi uma profecia falsa, e não de Deus.
O teste de Deus para o profeta é muito simples; é muito claro.
José Smith não pode passar no teste. Suas profecias falharam. José foi um
profeta falso.
Amigos mórmons a quem apresentei esta prova têm tido reações
variadas, como era de se esperar. Alguns ficaram abalados, admitiram que José
Smith foi um falso profeta e voltaram-se, com todo o coração, para Jesus
somente, para a alegria deles e minha.
Certa senhora mórmon amável, havia trabalhado infatigavelmente na
igreja mórmon e havia se tornado bastante conhecida no trabalho entre as
mulheres de um estado vizinho ao meu. Leu este material, conversou comigo e foi
maravilhosamente libertada do mormonismo e trazida a Cristo. Ela ama o povo
mórmon e sente por ele uma responsabilidade tremenda. Mais tarde, tive a alegria
inexprimível de levar seu marido mórmon a Cristo.
Como ele chorou de alegria quando Jesus o libertou de seus pecados
e concedeu-lhe o dom gratuito da vida eterna! Tal paz, segura e duradora, ele
nunca havia encontrado no mormonismo.
Outros mórmons, em defesa de O Livro de Mórmon e da igreja
mórmon, e com medo das espantosas implicações para si mesmos e suas famílias,
se recusam a admitir o óbvio - que José Smith foi um profeta falso. Tentam
desesperada ou valentemente, dependendo do ponto de vista do leitor, salvá-lo
de seu dilema inextricável.
"Você tirou o que ele disse do contexto em que foi
dito!" declararam alguns.
"Talvez ele quisesse dizer outra coisa", foi outra
resposta triste.
"As pessoas na Bíblia tinham faltas", responderam
vários, o que nada tem que ver com o teste de Deus para o profeta.
"Simplesmente não acredito que José Smith foi um profeta
falso!"
"É um monte de mentiras!" gritou uma querida alma
mórmon, ignorando o fato de que as citações são quase que exclusivamente de
livros, fontes, e apóstolos mórmons, e estão bem documentadas de modo que pode
verificar por si mesma e tirar suas próprias conclusões.
Por certo que os corações de todos os cristãos verdadeiros têm
compaixão pelos mórmons, se houver em tais corações um grama do amor de Cristo.
Ver e sentir a angústia dos que começam a reconhecer que foram iludidos não é
nada agradável. Entretanto, a angústia de uma eternidade perdida sem Cristo é
infinitamente mais horrível. O verdadeiro amor não pode fugir à
responsabilidade. Podemos sentir como o médico que se deve fazer de aço a fim
de dizer a um amigo querido que sofre de câncer.
O teste foi dado. José Smith não passou no teste. Não foi profeta
de Deus. Foi um falso profeta.
__________
Notas
[1] Pratt, Journal of Discourses,
vol.9, p.71
[2] Joseph Smith, History of the Church (História da
Igreja) (Salt Lake City; A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
1902-1912), volume 2, p.182.
[3] Huntington Library, San Marino,
California, de o Journal of Oliver B. Huntington, volume 2, página 166.
[4] Doutrina e Convênios 114:1.
CAPÍTULO QUATRO
O LIVRO DE MÓRMON - DE JOSÉ SMITH OU DE DEUS?
Assim como Deus pôde dar sua Palavra também a pôde preservar. Ele
tem inculcado uma fidelidade fervente à sua Palavra nos corações de muitos
eruditos e tradutores retos. Através dos séculos, muitos de seu povo verdadeiro
têm dado a vida para preservar a pureza da Palavra de Deus.
Exatidão e Harmonia da Bíblia
Tem se encontrado mais de 5.000 manuscritos e pedaços de
manuscritos da Palavra de Deus praticamente por toda a Europa e Ásia. Portanto
não precisamos depender da tradução de um só manuscrito. A harmonia e a
exatidão desses manuscritos são espantosas.
Os escritos dos país da igreja, alguns deles contemporâneos do
apóstolo João, contêm o texto de praticamente todo o Novo Testamento. Estes
escritos conferem exatamente como os manuscritos do Novo Testamento que usamos.
Os rolos do mar Morto também harmonizam com as versões mais recentes. Isto
comprova que temos a Palavra de Deus como foi dada originalmente.
A exatidão das Escrituras é confirmada por muitos eruditos.
bíblicos. Um destes é Robert Dick Wilson, antigo membro da universidade
Princeton e gênio ilustre. Robert Wilson, cristão devoto e de grande lingüista
que conhecia mais de 26 línguas, dizia duvidar de que uma única palavra em mil
tivesse sido mudada ou traduzisse em significado diferente do original dado por
Deus.
Robert Dick Wilson gastou a vida em estudo cuidadoso da Palavra de
Deus na línguas originais. Ele foi professor de Filologia Semítica em Princeton
e indubitavelmente um dos maiores estudiosos de todo o mundo. Robert Dick
Wilson resumiu suas convicções a respeito da Bíblia em seu livro A Scientific
Investigation of the Old Testament (Uma investigação cientifica do Antigo
Testamento), dizendo: "Concluindo, deixe-me reiterar minha convicção de
que ninguém sabe o suficiente para mostrar que o verdadeiro texto do Antigo
Testamento em sua verdadeira interpretação não é verdadeiro."[1]
Robert Dick Wilson é apenas um dos muitos eruditos da Bíblia que
confirmaram a exatidão da Bíblia assim como a temos hoje. Essas pessoas
provaram, pela pesquisa, o que Jesus declarou: "Passará o céu e a terra,
porém as minhas palavras não passarão" (Mateus 24:35). E o infalível Filho
de Deus não está enganado nem mente.
Com freqüência lemos a respeito de Sócrates, e sua história é
amplamente aceita sem questionamento. Entretanto a prova de que Sócrates tenha
existido vem de um só manuscrito por uma única pessoa,
Platão! Outra referência que temos deste filósofo grego está contida no
manuscrito de uma peça cômica escrita por um autor grego chamado Aristófanes.
Ainda assim ninguém duvida da existência de Sócrates.
Muito da história que comumente aceitamos como verdade, vem-nos de
fontes muito antigas. A história de Júlio César e das guerras gálicas está
registrada em vários manuscritos, mas o mais antigo é datado de 900 anos depois
da época de César. Mesmo assim aceitamos, como fato inconteste, a veracidade
dessa história.
Por outro lado, temos milhares de manuscritos e porções de
manuscritos que vêm de lugares diferentes concernentes a Jesus Cristo e à sua
Palavra. Isto significa que algum escriba, mesmo que Deus o tivesse permitido,
poderia ter mudado alguma coisa na tradução sem que tal mudança tivesse sido verificada
por outro estudioso da Bíblia. Pois estes manuscritos têm sido comparados
assiduamente, vezes sem conta, tanto pelos inimigos como pelos amigos de Jesus
Cristo.
Os Mórmons e a Bíblia
A despeito da prova esmagadora da exatidão e harmonia da Bíblia,
os mórmons professam crer na Bíblia "o quanto seja correta sua
tradução".[2] Entretanto não impõem tal restrição à sua aceitação do Livro
de Mórmon o qual declaram ser a própria Palavra de Deus.
Questionar a Bíblia é questionar a autoridade e a fidelidade do
Senhor Jesus Cristo. Para mostrar até que ponto os mórmons têm usado de evasão
em seus "Articles of Faith" (As regras de fé) para negar a Bíblia
como a Palavra infalível de Deus, leia o que o apóstolo Orson Pratt da igreja
dos Santos dos Últimos Dias diz em seus comentários acerca da Bíblia:
"Quem sabe que até mesmo um único versículo da Bíblia tenha
escapado à poluição, de modo que transmita o mesmo sentido agora que teve no
original?"[3]
Esperamos que nos desculpem por mostrar que esse tipo de lógica
parece um tanto suspeita. Pratt escrevia para provar que o Livro de Mórmon
é a inspirada Palavra de Deus, sem erro. Uma vez que centenas de versículos da
Bíblia "poluída" foram copiados palavra por palavra da versão do
Rei Tiago no Livro de Mórmon, dificilmente isto ajudaria seu
argumento! Não se introduz água de um rio poluído em um rio puro e claro e
continua-se a chamar um de poluído e outro de puro!
José Smith copiou versículos e capítulos da Bíblia. O segundo
livro de Nefi, capítulos 12 a 24 no Livro de Mórmon, em sua maior parte
foi copiado, palavra por palavra, de Isaías, capítulos 2 a 14, da versão do
Rei Tiago.
Revelação para O Livro de Mórmon
No Pérola de Grande Valor, páginas 60-64, José Smith faz um
relato de uma visão que teve em 1823. O "mensageiro enviado da presença de
Deus", Moroni, lhe disse que Deus tinha um trabalho para ele. Devia
encontrar algumas placas de ouro sobre as quais estava escrito um livro que
José Smith devia traduzir. O mensageiro disse-lhe onde as placas estavam escondidas
e deu-lhe instruções a respeito delas.
Também preservados, com as placas de ouro, estavam o Urim e o
Tumim que são mencionados no Antigo Testamento. (Ver Êxodo 28:30; Números
27:21; Esdras 2:63.) Segundo José Smith, o Urim e o Tumim era um tipo de óculos
divino (duas pedras em arco de ouro) que Deus havia conservado por milhares de
anos e colocado numa caixa com as placas de ouro para ajudá-lo a interpretar e
traduzir a língua na qual o livro estava escrito. Esta língua era o egípcio
reformado. Segundo Doutrina e Convênios, José Smith declarou que Deus
lhe dera poder para traduzir os hieróglifos do egípcio reformado para o inglês
e produzir o Livro de Mórmon.
José Smith, usando o Urim e o Tumim poderia traduzir a mensagem
das placas de ouro. Depois de Smith ter traduzido as primeiras 116 páginas do Livro
de Mórmon, que se perderam ou foram roubadas, um "anjo"
aparentamente levou esses óculos embora. Então José usou a "pedra do
vidente" ou pedra da caçada a tesouros, que era propriedade comum naquela
época de muitos adivinhos e buscadores de tesouro, para traduzir os hieróglifos
do egípcio reformado. Esta pedra também ém chamada de Urim e Tumim pelos
escritores mórmons. Pergunto-me por que Deus se incomodou em providenciar os
óculos depois de preservá-los por tantos séculos para que José Smith os usasse
quando foram usados tão pouco e tão facilmente substituídos por alguma outra
coisa.
Segundo as três testemunhas de O Livro de Mórmon David
Whitmer, Oliver Cowdery e Martin Harris, Smith punha essa pedra num chapéu,
então colocava o rosto no chapéu e começava a traduzir das placas de ouro. As
placas de ouro raramente estavam presentes, se é que alguma vez estiveram! Que
estranho Parecem elas tão supérfulas quanto os óculos do Urim e Tumim.
Novamente, pergunto-me por que José Smith até mesmo se deu ao trabalho de
desenterrá-las.
David Whitmer, no Address to All Believers in Christ
(Proclamação a todos os crentes em Cristo), diz que quando José Smith colocava
o rosto no chapéu com a pedra do vidente, "algo parecido com pergaminho
aparecia". (4) Os hieróglifos apareciam um de cada vez, com a
interpretação em inglês por baixo. José Smith a lia e Oliver Cowdery ou quem
quer que fosse o amanuense ou secretário nessa hora a escrevia. Se tivesse sido
escrito corretamente, o sinal ou a frase desaparecia. Se não, permanecia até
ser corrigida. Significa que cada letra, cada sinal, era exatamente o que Deus
havia dito, letra por letra, palavra por palavra. Não podia haver erro porque o
sinal ou palavra não desaparecia até que estivesse cem por cento exata.
A palavra escrita era perfeita. E quando se fez esta publicação de
1830 do Livro de Mórmon, José Smith disse que o livro era perfeito ou
"correto". Ele devia saber, se era verdadeiro profeta de Deus.
Alguns problemas do Livro de Mórmon
José Smith dizia que esse egípcio reformado era uma língua que
homem algum conhecia, mas era a língua na qual Mórmon (o paide Moroni) escreveu
as placas de ouro ao redor do ano 384 a 421 A.D., pouco antes de morrer. Para
muitos constitui um problema que esta língua fosse reproduzida no Livro de
Mórmon com as mesmas palavras da Bíblia do Rei Tiago de 1611, em
centenas e milhares de lugares.
Não parece provável que o egípcio reformado, uma língua não
conhecida de homem algum e que havia desaparecido da terra por mais de mil anos
antes do ano 1611, ano em que foi publicada a Bíblia do Rei Tiago, conteria
milhares das mesmas palavras e frases, na ordem exata em que são encontradas na
versão da Bíblia do Rei Tiago. Até as palavras em itálicos da
versão do Rei Tiago aparecem no Livro de Mórmon. José Smith não as
sublinhou mas incluiu-as no texto do Livro de Mórmon como se fossem as
palavras de Deus.
Os eruditos que fizeram a versão do Rei Tiago sublinharam
certas palavras para prevenir o leitor de que elas não se econtravam no texto
original grego ou hebraico mas foram acrescentadas para um leitura mais fluente
ou para explicações. Alguns dos muitos exemplos de palavras sublinhados
contidas na versão do Rei Tiago e no Livro de Mórmon podem ser
vistas comparando Isaías 53:2, 3, 4 com Mosíah 14:2, 3, 5.
Outro problema que encontramos no Livro de Mórmon éa gramática pobre com a qual parte dele é
escrita. Ora, alguns dos santos mais amados que já conheci têm gramática
pobre. Isso, em si mesmo, não é o ponto; culpar a Deus por gramática pobre, é.
Mesmo quando Deus deu Sua palavra inspirada mediante vasos tais como o rude e
ignorante Pedro, ele não usou gramática pobre.
José F. Smith, sexto presidente da igreja mórmom declarou:
"José não reproduziu o escrito das placas de ouro na lingua inglesa em seu
próprio estilo como muitos crêem, mas cada palavra e cada letra foram-lhe dadas
pelo dom e poder de Deus."(5)
O próprio José F. Smith declarou, em 1841, no livro História da
Igreja: "Eu disse aos irmãos que no Livro de Mórmon era o livro mais
correto sobre a face de terra." (6)
Se a palavra traduzida era perfeita, e se o Livro de Mórmon
de 1830 era perfeito, por que os mórmons fizeram cerca de 4.000 correções em
gramática, pontuação e ortografia no perfeito Livro de Mórmon? Estes
mórmons posteriores, um pouco mais instruídos, ficaram cada vez mais
embaraçados por causa de erros gramaticais no Livro de Mórmon; de modo
que fizeram mudanças em edições posteriores.
Temos tanto uma reprodução do Livro de Mórmon de 1830 como
também do atual Livro de Mórmon e podemos ver as mudanças com nossos
próprios olhos. Vários estudiosos do mormonismo têm contado as mudanças e os
resultados foram anotados em livro, particularmente por Arthur Budvarson,
Marvin Cowan, Jerald Tanner e muitos outros.
A seguir damos somente alguns exemplos de mudanças que têm sido
feitas do Livro de Mórmon de 1830 (os itálicos foram acrescentados):
Edição de 1830, página 52: "que surgiste das águas de Judá, o qual juras
pelo nome do Senhor." Edição de 1963, 1 Nefi 20:1: "que surgiste das
águas de Judá ou das águas do batismo; que juras em nome do
Senhor."
Edição de 1830, página 303: "Sim, sei que ele concede aos
homens, sim, decreta-lhes decretos inalteráveis, segundo o seu
desejo." Edição de 1963, Alma 29:4: "Sim, sei que ele concede aos
homens segundo o seu desejo."
Edição de 1830, página 31: "Tampouco permitirá o Senhor Deus
que os gentios para sempre permaneçam nesse estado de ferimento horrível."
Edição de 1963, 1 Nefi 13:32: "Tampouco permitirá o Senhor Deus que os
gentios permaneçam para sempre nesse horrível estado de cegueira."
Edição de 1830, página 555, "...seus filhos e filhas, que
não eram, ou que não visam sua destruição." Edição de 1963, Éter 9:2:
"...seus filhos e filhas que não visaram sua destruição."
Edição de 1830, página 262: "E sucedeu que ele começou a
pleitear por eles daquele momento em diante; mas isso o insultou, dizendo:
Estás também possuído pelo Diabo? E aconteceu que cuspiram nele."
Edição de 1963, Alma 14:7: "Ele começou a pleitear por eles daquele
momento em diante; mas eles o insultaram, dizendo: Estás também possuído pelo
Diabo? E cuspiram nele."
Outra mudança do Livro de Mórmon de 1830 refere-se a Mosíah
21:28. O Rei Benjamim já havia morrido (Mosíah 6:5; página 186 de edição
brasileira de 1975) na edição de 1830 do Livro de Mórmon. Evidentemente,
Smith esqueceu-se disso e em Mosíah 21:28, disse que o Rei Benjamim ainda
estava vivo! Mais tarde, mórmons envergonhados mudaram o nome de rei
para Rei Mosíah, assim removendo a contradição óbvia!
Certa noite contava eu estes fatos a um jovem formado pela
Universidade Brigham Young. Um jovem inteligente e fino; um lingüista que
conhece bem quarto ou cinco línguas e que serviu como missionário mórmon no
Líbano e também na Suíça. Agora instrui os sacerdotes mórmons no sacerdócio
Aarônico.
Sua resposta? Depois de procurar, por algum tempo, várias
tentativas que percebeu serem falhas, disse ele: "Você sabe como é difícil
traduzir de uma língua para outra. Além disso temos de levar em consideração a
gramática pobre de José Smith e o seu vocabulário um tanto limitado. Isto pode
explicar alguns dos problemas."
Como podemos ver facilmente, isto não é de modo algum resposta ou
solução para o problema. Fiquei grandemente surpreso de que esse fosse o
argumento mais convincente que meu douto amigo mórmon pudesse encontrar. Se
Deus tivesse dado a José Smith uma tradução, letra por letra, palavra por
palavra, de sua Palavra pura e perfeita, certamente te-la-ía dado com a
gramática correta.
É muito interessante que a gramática de José Smith é excelente
enquanto copia textualmente do Rei Tiago. Por que não seria ela excelente se
copiasse do "Pergaminho de Deus" como alegava?
É o Livro de Mórmon uma revelação de Deus ou José Smith
copiou versículos e capítulos da Bíblia do Rei Tiago e acrescentou material de
sua própria imaginação e de outras fontes disponíveis? Quem realmente escreveu
o Livro de Mórmon?
Se os mórmons dizem que Deus dirigiu José Smith na tradução do Livro
de Mórmon, então acusam Deus de usar gramática deficiente e de cometer
outros erros que mais tarde necessitaram de correção. Não parece sábio, para
dizer pouco, fazer esta acusação ao Deus onisciente do Universo.
Se dissermos que José Smith escreveu o livro, com seus erros
gramaticais e outros, negamos o que José Smith reivindicava, o que as três
testemunhas reivindicavam, e que o presidente Joseph F. Smith reivindicava.
Isto significaria que o testemunho de José Smith de que o Livro de Mórmon
é uma tradução sem erros, letra por letra, palavra por palavra, pelo poder de
Deus, é falso. Esta acusação prejudicaria irreparavelmente sua reivindicação de
ser um profeta de Deus.
As Testemunhas
Nas primeiras páginas do Livro de Mórmon está o
"Depoimento de três testemunhas". Diz-se que essas três testemunhas,
Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, "viram as placas que contêm
estes sinais...e...as gravações sobre as placas." Entretanto, quando
interrogadas mais diretamente, as testemunhas disseram nunca terem realmente
visto as placas de ouro a não ser embrulhadas ou cobertas. Usaram termos como
"visão", ou "vi-as com os olhos da fé".
Também, na página que contém os nomes das três testemunhas, está
"o depoimento de oito testemunhas". Essas testemunhas foram: Christian
Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer Filho, John Whitmer, Hiram Page, Joseph
Smith, Pai, Hyrum Smith e Samuel H. Smith. Destas onze
testemunhas, mais da metade apostataram da igreja mórmon. Quando digo apostataram
não quero dizer que negaram a igreja como Pedro, em momento de temor e
fraqueza, negou a Cristo; logo depois arrependeu-se como todo cristão
verdadeiro, chorou amargamente e dentro de algumas horas procurou seu Salvador
de novo. Estas testemunhas afastaram-se da igreja mórmon. Dentre elas estavam
Cowdery, Whitmer, Harris e cinco das oito testemunhas. As três que permaneceram
pertenciam à família Smith. (Até mesmo um ou dois dos filhos de José Smith
finalmente deixaram os Santos dos Últimos Dias e se filiaram à Igreja
Reorganizada dos Santos dos Últimos Dias.) Os mórmons dizem que algumas destas
testemunhas voltaram para a igreja. E isto é verdade, em parte.
Alguns destes que apostataram chegaram a dizer que tinham tido
revelações de Deus de que o mormonismo era falso e que deviam deixá-lo. É claro
que os mórmons não aceitam suas revelações, embora suas visões pareçam tão
críveis quanto as de José Smith. Perguntamo-nos por que os mórmons tão
prontamente aceitam a visão de um menino de 14 anos de idade e tão rapidamente
rejeitam as visões de vários destes homens.
David Whitmer, uma das três testemunhas originais, disse que Deus
falou-lhe com sua própria voz dizendo "que me separasse dos Santos dos
Últimos Dias". (7)
Existem registros de que José Smith e outros oficiais mórmons
chamaram suas três testemunhas principais de "ladrões e mentirosos."
(8) No livro História da Igreja, José Smith disse: "Tais
personagens como...David Whitmer, Oliver Cowdery e Martin Harris, são
demasiadamente maus até para serem mencionados, e gostaríamos de tê-los
esquecido. (9)
Segundo as Doutrinas da Salvação, Cowdery e Harris
retornaram à igreja na sua velhice e morreram em comunhão completa.
Pode você imaginar Jesus chamando suas testemunhas, Mateus,
Marcos, Lucas, João e Paulo, de um punhado de mentirosos e ainda assim pedindo
que crêssemos nelas assim como José Smith nos pediu que acreditássemos nas
testemunhas do Livro de Mórmon? Pode você imaginar Jesus Cristo dizendo
que gostaria de esquecer os escritores dos evangelhos e Paulo, assim como José
Smith disse que gostaria de esquecer suas testemunhas principais da verdade do Livro
de Mórmon?
Há ainda outro fato que achamos por bem incluir. José Smith foi
julgado e condenado por ser "cristalomante" (ler bola de cristal,
adivinhar a sorte e andar à caça de fortuna) por um juiz em Bainbridge, Nova Iorque,
em 1826, seis anos depois de ele supostamente ter tido sua primeira visão em
1820. A acusação foi feita, segundo registros do julgamento, por um certo Peter
G. Bridgemen, que dizia ter sido Josiah Stowell enganado por Smith na procura
de objetos e tesouros perdidos. Ele disse que Smith dizia possuir poderes ao
olhar através de uma pedra--o mesmo processo pelo qual José Smith
traduziu o Livro de Mórmon, segundo as três testemunhas. Uma fotografia
do registro do processo original pode ser encontrada no livro de Jerald e
Sandra Tanner, Joseph Smith's 1826 Trial (Julgamento de José Smith de
1826). (10)
R. Hugh Nibley, na página 142 de The Myth Makers (Os
criadores de Mito), admitiu que se tal registro pudesse ser encontrado, seria
um "golpe devastador" para José Smith. Pois foi encontrado por
Wesley P. Walters, no dia 28 de julho de 1971.
___________
Notas
[1] Robert Dick Wilson, A
Scientific Investigation of the Old Testament (Investigação científica do
Antigo Testamento) - (Chicago: Moody Press).
Citado por John R. Rice, em Our
God-Breathed Book - The Bible (Nosso livro inspirado por Deus - a Bíblia)
(Murfreesboro, Tenn: Sword of the Lord Pub., 1969).
[2] "Articles of Faith" ("As Regras de Fé"),
Pérola de Grande Valor, Artigo #8, p.70.
[3] Orson Pratt, Divine
Authenticity of the Book of Mormon, pp. 45-47. Citado por Marvin Cowan, Mormon
Claims Answered (Salt Lake City: Marvin Cowan Pub., 1975), p.21,22.
[4] David Whitmer, An Address to
All Believers in Christ (Richmond, Mo., 1887). p. 12; reimpresso por Bales
Bookstore, Searcy, Ark., 1960.
[5] Journal of Oliver B.
Huntington, p.168. Exemplar datilografado na Utah State
Historical Society.
[6] Smith, History of the Church,
vol. 4. p.461.
[7] Whitmer, An Address to All
Believers in Christ, p.27.
[8] Times and Seasons, vol.
1. p.81; Elders Journal, p.59; Senate Document 189, pp. 6,9.
[9] Smith, History of the Church,
vol. 3. p. 232.
[10] Jerald and Sandra Tanner, Joseph
Smith's 1826 Trial (Salt Lake City: Modern Microfilm Company, 1971).
A Ilusão Mórmon — Parte 3 (Capítulos 5
e 6)
CAPÍTULO CINCO
José Smith Examindado Como Tradutor
Martin Harris foi uma das "três testemunhas" do Livro
de Mórmon. Pediram-lhe que hipotecasse a sua fazenda para ajudar a publicar
e distribuir o Livro de Mórmon. Como cautela, Harris foi ao professor
Charles Anthon, renomado erudito da Universidade Columbia, com uma ou duas
páginas de caracteres do "egípcio reformado".
Depois de examinar o material, Anthon preveniu a Harris que etava
sendo vítima de uma fraude. Os caracteres não eram hieróglifos egípcios.
Entretanto, José Smith afirmou em sua revelação, Pérola de Grande Valor,
que Anthon havia dito: "que a tradução estava correta, muito mais que
qualquer outra tradução que ele tinha visto antes, traduzida do egípcio. Então
mostrei-lhe aqueles que ainda não haviam sido traduzidos e me disse que eram
egípcios, caldeus, assírios e arábicos; e disse que eram caracteres
verdadeiros" (Pérola de Grande Valor 2:64, pp. 65.66).
Ainda que Anthon não tivesse, em carta, refutado o testemunho de José
Smith, a afirmação de Smith suscita vários problemas. Primeiro diz-se
que o egípcio reformado é uma língua completamente perdida "que nenhum
homem conhece". Entrentanto, eis alguém que sem nenhuma "revelação
divina" podia lê-lo! Nem mesmo José Smith podia fazer isso! E Anthon o fez
sem o Urim nem o Tumim!
Segundo, por que continham os papéis
caracteres caldeus, assírios e arábicos, se as placas de ouro tinham sido
escritas somente em egípcio reformado?
Terceiro, uma vez esta teria sido a primeira e
única tradução do egípcio reformado por mais de mil anos, como é que Anthon
podia ter dito que era a tradução mais correta do egípcio que ele já vira? Como
é que ele podia saber se a tradução inglesa era correta ou não?
Quarto, os mórmons afirmam que o incidente
com Anthon cumpriu Isaías 29:11, 12: "Toda a visão já se vos tornou como
as palavras dum livro selado - que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto,
peço-te; e ele responde: Não posso, porque está selado; e dá-se o livro ao que
não sabe ler, dizendo: Lê, peço-te; e ele responde: Não sei ler." Se
lermos a passagem com cuidado, veremos que o assunto principal é a condição do
povo naquela época. Não se refere a um livro em época futura.
Ainda assim, Anthon nunca obteve um livro completo, somente algumas
folhas com alguns caracteres. Mas Harris, segundo José Smith em Pérola de
Grande Valor, disse ter Anthon afirmado ser correta a tradução. Ele somente
podia dizer isto se pudesse lê-lo . Mas Isaías disse que "o que
sabe ler não podia ler porque estava selado".
Há vários outros problemas, mas isto deve ser suficiente. Deus
jamais contradiz a si mesmo, nem mesmo no mínimo detalhe no cumprimento
da profecia. É desta forma que Deus nos disse para distinguir o verdadeiro do
falso. Recusar-se a fazer tal teste seria desobedecer a Deus que disse:
"não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora"
(1 João 4:1). Somos advertidos de que os falsos profetas podem realizar milagres
(maravilhas mentirosas). A nós também é revelado que eles aparecem como anjos
de luz, ministros da justiça.
Mateus 7:15 diz-nos: "Acautelai-vos dos falsos profetas que
se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos
roubadores." Se amarmos Jesus e a sua palavra não poderemos deixar de
obedecer-lhe e aplicar o teste aos que se dizem profetas de Deus. Se não
fizermos isto, o resultado para nós mesmos e para incontáveis outros será perda
eterna terrível. Se José Smith pudesse passar no teste, ficaríamos contentes em
aceitá-lo como profeta de Deus. Infelizmente, ele não pôde.
O ponto central desta história toda é uma carta que o professor
Anthon escreveu, sete anos mais tarde, a E.D. Howe, em 17 de fevereiro de 1834.
"A história toda acerca de eu ter dito que a inscrição mórmon fosse
hieróglifos do egípcio reformado é totalmente falsa... logo cheguei à
conclusão de que tudo não passava de um truque - um embuste talvez.... O
papel continha tudo menos hieróglifos egípcios."[1]
Talvez o golpe mais prejudicial de todos à credibilidade de José
Smith como tradutor ou profeta que recebia revelações de Deus fosse um episódio
datado de 1835. José Smith comprou algumas múmias egípcias e alguns rolos de
papiro de Michael H. Chandler. José Smith recebia revelações de Deus quanto ao
significado dos caracteres e esboços dos papiros. Esta tradução, e mais três
desenhos dos papiros egípcios ele publicou como o "Livro de Abraão"
em Pérola de Grande Valor página 32. Ele afirmava que o primeiro desenho
ou "Fac-símile #1", mostrava o sacerdote idólatra de Elkenah tentando
oferecer Abraão em sacrifício. Os quatro jarros embaixo do altar eram deuses
idólatras, etc. O pássaro do quadro era o "anjo do Senhor".
Infelizmente para José Smith desta vez foi possível fazer um teste
científico e analítico de suas afirmações. O egípcio era uma língua conhecida
dos egiptologistas, ao passo que o "egípcio reformado" não o era.
O bispo F. S. Spalding enviou cópias deste e de vários outros
fac-símiles que Smith desenhou e traduziu dos papiros egípcios a vários dos
egiptologistas mais preeminentes do mundo.[2] Todos eles concordaram que o
assunto da gravura era "embalsamemento dos mortos". Todos disseram
que a interpretação de José Smith era falsa e não uma tradução real do fac-símile
ou dos hieróglifos egípcios.
Então, em 1967, descobriu-se um manuscrito que se acreditava ter
sido destruído num incêndio em Chicago. Este foi positivamente identificado
pelos mórmons como o manuscrito original do qual José Smith
"traduzira" a informação do "Livro de Abraão". Parece que
isso resolvia o assunto.
Mas o professor Dee Jay Nelson, egiptólogo mórmon
preeminente, depois de análise cuidadosa dos papiros e das supostas traduções
do egípcio para o inglês por José Smith, pronunciou o "Livro de Abraão"
uma tradução falsa.
Dee Jay Nelson usou não somente sua considerável capacidade
lingüística mas também a ajuda de um computador que mostrou ser matematicamente
impossível José Smith ter traduzido tantas palavras de tão poucos caracteres
egípcios num fragamento de papiro tão pequeno (1.125 palavras oriundas de 46
caracteres).
Este "manuscrito original" do "Livro de
Abraão" é, na realidade, um texto fúnebre egípcio de alguns séculos antes
do nascimento de Cristo, contendo instruções aos embalsamadores. A tradução de
José Smith fazia com que este mesmo texto versasse sobre Abraão e sua vida na
Mesopotâmia alguns 2.000 anos antes. Fac-símiles #1,2,e 3, e também outros
materiais dos quais José Smith afirmava ter traduzido o "Livro de
Abraão" têm sido examinados e Dee Jay Nelson e outros egiptólogos
preeminentes mostraram que são traduções falsas.[3]
O professor Nelson, membro do sacerdócio mórmon, e sua família,
pediram demissão da igreja dos Santos dos Últimos Dias no dia 8 de dezembro de
1975, como resultado desta descoberta.
Numa carta endereçada à Primeira Presidência, o professor Nelson
afirma: "Nós [ele, a esposa e a filha] não desejamos estar associados com
uma organização religiosa que ensina mentiras."[4] O professor Nelson,
numa carta a R.L. Eardley, de Billings, Montana, em 15 de fevereiro de 1976,
afirmou: "O mundo científico acha que o Livro de Abraão é um insulto à
inteligência. Alguns dos egiptólogos mais brilhantes e qualificados de nosso
tempo têm-no rotulado de fraudulento por causa da evidência esmagadora dos
papiros metropolitanos- José Smith recentemente descobertos. Esse papiro aindo
não recebeu nenhum apoio de nenhum egiptólogo qualificado. Não desejamos e
intolerância racial."
Talvez a esta altura devêssemos perguntar aos nossos amigos mórmons
se honestamente e com todo o coração podem confiar seu destino eterno à
credibilidade de José Smith. Como mómons, é isto que estão fazendo.
Qualquer tribunal nos Estados Unidos aceitaria como conclusiva a
prova que Nelson e outros egiptólogos apresentaram. José Smith mentiu quanto a
"traduzir" o texto egípcio. "O Livro de Abraão" é,
inegavelmente, falso.
___________
Notas
[1] Carta do professor Charles Anthon a E.D. Howe, 17 de fevereiro
de 1834.
Citado por Tanner em Mormonism,
Shadow or Reality (Salt Lake City: Modern Microfilm Company, 1972), p. 105.
[2] Os egiptólogos foram: Dr. A.H. Sayce, Oxford University; Dr.
Williams M.F. Petrie, London University; Dr. A.C. Mace, Departamento de
Egiptologia, Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque; Dr. J. Peters, Diretor
da Expedição Babilônica da Universidade de Pennsylvania, 1888-1895; Dr. S. A.
B. Mercer, Western Theological Seminary, Chicago; Dr. E. Meyer, Universidade de
Berlim; Dr. Baron V. Bissing, Universidade de Munique.
[3] Dee Jay Nelson, The Joseph Smith
Papyri, Parte 2, e The Eye of Ra. Veja também o livro de Tanner,
Mormonism, Shadow or Reality, no capítulo "A queda do livro de
Abraão."
[4] De uma fotocópia da carta original enviada por Dee Jay Nelson.
Capítulo Seis
História, Arqueologia, Antropologia e o Livro de Mórmon
Parece conclusivo que qualquer livro verdadeiramente inspirado por
Deus deva ser exato histórica e arqueologicamente. A seguir damos uma sinopse
muito breve da história do Livro de Mórmon neste contexto.
História do Livro de Mórmon
O Livro de Mórmon afirma que um povo chamado jareditas, refugiados
da Torre de Babel, migrou para a América cerca da 2.247 a.C. Ocuparam a América
Central até serem varridos por discórdia interna. Um sobrevivente, o profeta
Éter, registrou a história dos jareditas em 24 placas metálicas.
Cerca de 600 a.C. as duas famílias de Lehi e Ismael deixaram
Jerusalém, atravessaram o oceano Pacífico e desembarcaram na América do Sul.
Dois filhos de Lehi, Lamã e Nefi, iniciaram uma briga e o povo se dividiu em dois
acampamentos de guerra - os lamanitas e os nefitas. Os lamanitas foram
amaldiçoados pelo Senhor por serem rebeldes e irem contra seus mandamentos.
Parte dessa maldição incluía pele escura, o que supostamente é a origem dos
índios americanos.
Deus teve predileção pelos nefitas que migraram para a América
Central cerca da época de Cristo. Logo depois de sua crucificação, Cristo veio
à América e instituiu o batismo por imersão, o sacramento do pão e do vinho,
sacerdócio e deu muitos outros ensinamentos. Tanto os lamanitas quanto os
nefitas se converteram. As coisas correram normalmente por cerca de 200 anos,
então veio a apostasia. O termo "lamanita" foi, pois, dado a todo
aquele que deixava a fé.
Cento e cinqüenta anos mais tarde, os nefitas relifiosos e os
lamanitas rebeldes guerrearam de novo. Por volta de 421 A.D. os nefitas foram
todos mortos, e os lamanitas infiéis ficaram no controle da terra. Colombo
descobriu-os quando aí aportou em 1492.
O comandante-chefe dos nefitas era o profeta e sacerdote chamado
Mórmon. Ao ver que tinham sido derrotados, compilou os registros de seus
predecessores e escreveu uma breve história, em placas de ouro. Deu estas
placas de ouro a seu filho Moroni, que as escondeu num monte, perto de Palmyra,
no Estado de Nova Iorque. Moroni, cerca de 1.400 anos mais tarde apareceu como
um anjo a José Smith e disse-lhe onde encontrar essas placas. Na caixa que
continha as placas estava um grande par de óculos; uma das lentes chamava-se
Urim e a outra Tumim. Segundo as três testemunhas, com a ajuda destes óculos,
Urim e Tumim ou "intérpretes", e mais uma "pedra de
vidente", José Smith traduziu os hieróglifos para o inglês. Segundo José
Smith, os hiróglifos eram "egípcio reformado", língua "que
nenhum homem conhece". Desta forma, o Livro de Mórmon supostamente foi
revelado.
Por que foram as placas enterradas em Palmyra, Nova Iorque, senão
pelo fato de José Smith viver nessa área?
Bem, enquanto a guerra continuava entre os lamanitas e os nefitas,
Mórmon escreveu uma carta ao rei dos lamanitas pedindo-lhe que se encontrasse
com os nefitas na terra de Cumorah, ao pé de um monte chamado Cumorah, "e
lá o guerrearemos!" Segundo a história, Mórmon esperava, com este
expediente, levar vantagem militar, e aparentemente o rei lamanita e suas
forças ficaram contentes em fazer-lhe a vontade! Assim, homens, mulheres e
crianças marcham por montanhas formidáveis passando por florestas e
atravessando correntezas fortes por milhares de quilômetros, às centenas de
milhares, para se engajarem numa batalha de morte num lugar ao pé de um monte
insignificante do qual a maioria jamais ouvira falar!
Devemos admitir que esta é uma história e tanto! Não podemos
evitar a noção de que esta pode ter sido a única maneira de José Smith situar
as "placas de ouro" perto de onde ele vivia, nos arredores de
Palmyra, em Nova lorque.
Vários problemas notáveis a respeito desta história precisam ser
examinados.
O primeiro problema refere-se ao rápido aumento da população. Segundo o Livro de Mórmon, em 30 anos duas nações
surgiram de 28 pessoas ou menos (ver 1 Nefi; 2 Nefi 5:5, 6, 28). Nesta época as
duas nações (que mesmo tendo um elevadíssimo índice de crescimento só podia ter
uma população de várias centenas, e a maioria constituída de mulheres e
crianças) dividiram-se e tornaram-se inimigos ferozes chamados nefitas e
lamanitas.
Os nefitas e os lamanitas em várias épocas "multiplicamo-nos
consideravelvemente, espalhando-nos sobre a face de terra; e nos tornamos
imensamente ricos" (Jarom 8), e "se multiplicaram e se
espalharam...começou a ser povoada toda a face da terra, desde a parte sul do
mar até o litoral norte, e do litoral oeste até o do leste" (Helamã 3:8).
Era "quase tão numeroso como as areias do mar" (Mórmon 1:7).
O segundo problema refere-se às poderosas cidades que os nefitas e
jareditas construíram. E "construíu muitas cidades
poderosas" (Éter 9:23; ver também Alma 50:15). O Livro de Mórmon
menciona, pelo menos 38 nomes de cidades: Amoniah, Gideon, Jacobugat,
Jerusalém, Manti, Shem, Zarahemla, etc., todas no Novo Mundo. Entretanto, nem
um dos locais destas cidades jamais foi encontrado, nem na América do Sul nem
na América Central.
Em contraste, bastante evidência tem sido descoberta referente às
antigas cidades dos maias e dos incas que ocuparam estas áreas! O apoio histórico
ou arqueológico, que para uma civilização como os mórmons reivindicam devia ser
praticamente espantoso, simplesmente não existe. De fato, o que se verifica é o
oposto.
O terceiro problema coma história de Livro de Mórmon jaz nas línguas dos povos primitivos. É
impossível que as línguas egípcio reformado e hebraico pudessem ter
desaparecido tão completamente se tivessem sido usadas tão extensivamente nas
Américas por centenas de anos.
Arqueologia e o Livro de Mórmon
Perante mim tenho agora, enquanto datilografo este manuscrito, uma
bela edição do Livro de Mórmon, de 1961. Entre as lindas gravuras da
primeira parte do livro, está uma de alguns murais representando gente, cabanas
nada parecidas com cabanas egípcia, água, barcos, remadores, etc. A legenda da
gravura diz: "Murais tip-egípcios encontrados nas paredes do templo de
Bonampak, no México." Provavelmente isto é para transmitir à mente do
leitor inadvertido que este é um elo na cadeia de evidências para o fundo
histórico do Livro de Mórmon, no que se relaciona à origem do povo do Livro
de Mórmon, e de sua suposta presença na América do Sul e na América
Central. Na realidade este mural não parece egípcio, nem peruano, nem africano,
nem indiano.
Tenho visto livros lindamente ilustrados sobre arqueologia das
Américas do Sul e Central, que missionários mórmons zelosos às vezes usam para inferir
prova arqueológica a favor do Livro de Mórmon, e também para o
mormonismo. Entretanto, não existe um único arqueólogo conhecido, mórmon ou
não, que afirme existir qualquer prova arqueológica que apóia o Livro de
Mórmon. Não há evidência para apoiar a existência de qualquer das cidades
que José Smith afirma ter coberto as Américas, além da imaginação dele próprio.
John L. Sorenson, autoridade mórmon e professor assistente de
antropologia e sociologia na Universidade de Brigham Young, comentou:
"Nossa opinião é que os Santos dos Últimos Dias deviam estar satisfeitos
com a verdade e não tentar melhorá-la por meio de 'provas' gratuitas baseadas
em inverdades." (1) As afirmações do professor Sorenson foram feitas para
combater o Book of Mormon Evidences in Ancient America (Livro de
evidências mórmons na América Antiga), por Dewy Farnsworth, um dos livros que
procuram estabelecer provas para o Livro de Mórmon.
O Dr. Ross T. Christensen, antropólogo mórmon, disse: "A
afirmação de que o Livro de Mórmon já foi provado pela arqueologia é
enganosa." (2) Lembre-se, estas afirmações são de autoridades mórmons,
que operam no campo da arqueologia.
Na pesquisa que fiz sobre o mormonismo, não encontrei um único
arqueólogo não-mórmon que desse algum crédito à história do Livro de Mórmon.
Nenhum deles o usa como guia para pesquisa arqueológica na América do Sul ou na
América Central. Se alguns de meus leitores conhecerem um arqueólogo
não-mórmon, bona fide, credenciado e reconhecido que usa o Livro de Mórmon
como referência, por favor, envie-me seu nome e endereço.
Um membro da Instituição Smithsoniana em Washington comentou:
"A Instituição Smithsoniana jamais usou o Livro de Mórmon de
qualquer forma como guia científico. Os arqueólogos Smithsonianos não vêem
nenhuma conexão entre a arqueologia do Novo Mundo e o conteúdo desse
Livro." (3)
Por outro lado, os arqueólogos freqüentemente contradizem por
completo as afirmações do Livro de Mórmon e as destróem. Embora a
pesquisa científica tenha demonstrado que o continente americano não possuía
muitos animais domésticos tais como gado, porcos, cavalos, jumentos e certos
outros animais até que os europeus viessem à América, O Livro de Mórmon
afirma que esses animais aqui estavam muitos anos antes de Cristo. Com exceção
da Universidade de Brigham Young, as instituições de educação superior nos
Estados Unidos concordam com a Instituição Smithsoniana de que "não há
nenhuma evidência de uma migração de Israel para a América, da mesma forma,
nenhuma evidência de que os índios pré-colombianos tivessem qualquer
conhecimento do Cristianismo ou da Bíblia". (4)
Antropologia e o Livro de Mórmon
Não somente não existe prova arqueológica que apóie a história do Livro
de Mórmon da vasta civilização que supostamente cobriu toda a América do
Sul e Central, mas também os antropólogos negam as afirmações do Livro de
Mormon.
Os que se especializam em antropologia e genética refutam a
afirmação de que os índios americanos sejam descendentes dos israelitas. Antes,
dizem que os índios se parecem com os povos da Ásia oriental, central e
setentrional, e com eles estão mais intimamente relacionados. Estes povos
asiáticos têm uma "mancha mongolóide", uma mancha azul-cinza no final
da coluna espinhal ao nascerem. Os índios americanos também têm uma mancha
mongolóide. Os israelitas, que são semitas, não a possuem! Os índios americanos
não são lamanitas descendentes dos israelitas que migraram para a América.
Se os índios não são descendentes dos israelitas, como afirmam os
mórmons que são então José Smith e o Livro de Mórmon, estão errados, e
certamente não são inspirados por Deus.
Fé e o Livro de Mórmon
Os mórmons têm de lidar honestamente com evidências sérias tais como
as que temos ressaltado. Tantas vezes, eu e também outros, temos trazido estes
problemas de peso e seriedade à atenção dos mórmons e recebemos um
"testemunho" acerca de crer pela fé. Mas nunca há tentativa alguma da
parte deles de encarar ou resolver o problema com provas de fato.
Aqueles de nós que conhecemos o Cristo bíblico temos um testemunho
tremendo no que se refere à alegria, à nova vida, à certeza e à transformação
interior que nosso Salvador maravilhoso nos deu. Fomos salvos, convertidos,
nascidos de novo, lavados de nossos pecados pelo Sangue de Cristo. Fomos feitos
filhos de Deus, a vida eterna nos foi dada em um ponto definido no tempo e
sabemos disso. Entretanto, se prova concludente fosse produzida de que Cristo
houvesse nascido em Atenas em vez de Belém, ou que a Bíblia fosse totalmente
falsa em vários pontos históricos e arqueológicos ou que muitas das profecias
bíblicas houvessem falhado, então seríamos tolos em responder com nosso
"testemunho" de como o Espírito Santo nos havia convencido da verdade
da Bíblia.
A fé não pode operar sem algum conteúdo intelectual. Deus não pede
fé cega; somente o diabo faz isso. O Deus da verdade bíblica é também o Deus da
verdade histórica e arqueológica, e de fato, uma coisa nunca contradiz a outra.
Deus diz: "A fé vem pela pregação e a pregação pela palavra
de Cristo" (Romanos 10:17). Mas para que isto seja válido, a pessoa
primeiro deve confiar que a Bíblia realmente é a Palavra de Deus. É verdade que
esta confiança é estabelecida no coração disposto, pelo Espírito Santo. Àquele
que busca, ele também revela o fato desolador de que é um pecador perdido,
e o fato sublime e maravilhoso de que Cristo é o único Salvador. Entretanto,
até mesmo o Espírito Santo não faz isto sem algum conteúdo intelectual real. É por
isso que Jesus e os discípulos muitas vezes disseram, referindo-se às profecias
feitas séculos antes: "Isto é o que fora dito aos profetas..."
Profecia cumprida, fidedignidade histórica e arqueológica, a ressurreição de
Cristo, e outras evidências; tudo isso fornece em fundamento sólido sobre o
qual a fé verdadeira pode ser lançada. A pessoa não é forçada a crer somente
pelo fato; deixa-se muito lugar para a fé.
Os amigos mórmons questionam que a Bíblia ensina que podemos ser
salvos somente pela fé sem as obras; entretanto, retiram-se apressadamente a um
abrigo de somente pela fé quando os fatos ameaçam destruir a própia textura do
mormonismo. Não há como o "testemunho" possa esclarecer as
contradições ou fazer com que o falso se transforme em verdadeiro.
Resumindo
Deus pede a fé que descansa sobre fatos sólidos e promessas
cumpridas.
Dê outra olhada nas cidades mórmons que supostamente floresceram
na América do Sul e na América Central. Numerosas cidades da Bíblia têm sido
verificadas facilmente. Algumas destas eram tão velhas, e outras ainda mais
velhas do que muitas cidades mórmons citadas no Livro de Mórmon -
cidades e cidades-estados como Ur dos Caldeus, Jerusalém, Nínive, a
cidade-reino dos hititas, etc. Os arqueólogos continuam a desenterrar cidades
mencionadas nas Escrituras.
Até os incrédulos descobriram que a Bíblia é geográfica e
arqueologicamente exata. Os arqueólogos - crentes e incrédulos - usam a Bíblia
como um guia extremamente seguro para a pesquisa nas terras bíblicas.
Se devemos confiar num livro para guiar-nos às verdades acerca de
um mundo que ainda não vimos, certamente esperamos que ele seja exato e
fidedigno, histórica e geograficamente, em assuntos relacionados com o mundo
que conhecemos. A Bíblia preenche este requisito. O Livro de Mórmon,
não.
_____________
Notas
[1] John L. Sorenson na resenha de um livro de Dewey Farnsworth.
[2] Ross T. Christensen, antropólogo
mórmon, U.A.S. Newsletter, #64 (Provo, Utah: University Archeological
Society, 30 de janeiro de 1960), p.3.
[3] Citado de Tanner, Mormonism,
Shadow or Reality (Salt Lake City; Modern Microfilm Co., 1975), p.97.
[4] Dr. Frank H. H. Roberts, Jr.
Diretor do Bureau of American Ethnology da Instituição Smithsoniana. Citado por
Marvin W. Cowan, Mormon Claims Answered, publicado por Marvin W. Cowan,
1975.
A Ilusâo Mórmon — Parte 4 (Capítulos 7 e 8)
CAPÍTULO SETE
A Falha Fatal
É o Deus do mormonismo o Deus da Bíblia? É o Cristo do mormonismo
o Cristo da Bíblia?
Efésios 4:15 adverte-nos a "falar a verdade em amor", e
procurarei, com a ajuda de Deus, fazer justamente isso. Deus ama a mórmons e a
não-mórmons e Cristo morreu por ambos. Ele procura corações honestos e
inquiridores onde quer que os possa encontrar.
O ponto central de qualquer reinvindicação de ser cristão é o que
tal posicionamento ensina acerca de Deus e de Jesus Cristo. Se a pessoa tiver
idéias erradas a respeito de Deus, então é fácil que doutrina errada flua desta
falha fatal.
Portanto, examinemos, amável e objetivamente o que o mormonismo
ensina acerca de Deus e o que a Bíblia ensina. É o Deus do mormonismo o Deus da
Bíblia?
O Deus dos mórmons
O coração, a própria essência da doutrina mórmon, o embrião de que
surgiu o mormonismo, o alimento que o sustenta, e a meta pela qual mórmons
sinceros lutam é sua crença em Deus: "Cremos em um Deus que em si mesmo é
progressivo, cuja majestade é a inteligência; cuja perfeição consiste em
progresso eterno - um Ser que atingiu seu estado de exaltação por um caminho
que agora seus filhos têm permissão de seguir, cuja glória é sua herança
partilhar. A despeito da oposição das seitas, em face a acusações diretas de
blasfêmia, a igreja proclama a verdade eterna, 'Como é o homem, Deus
uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser" [1] ( itálicos do
autor).
Aqui, nas Regras de Fé, um dos livros mais preciosos para o
mormonismo, temos o centro do seu ensino. Qual é? Deus uma vez já foi homem e
ganhou ou atingiu ou progrediu até chegar a ser Deus. O homem, por sua vez,
também pode ganhar, atingir ou progredir até ser Deus. Este é um dos motivos
fundamentais para as boas obras que os mórmons praticam, pelo trabalho de sua
igreja e templo.
A fim de evitar que alguém ainda pense que não é isso que o
mormonismo ensina, deixe-me citar outra vez - de suas próprias fontes - o
próprio profeta José Smith: "O próprio Deus já foi como somos agora, e é
um homem exaltado e senta-se no trono dos céus além!... Vou dizer-lhe como
Deus veio a ser Deus. Sempre imaginamos e supusemos que Deus fosse Deus
desde toda a eternidade. Refutarei tal idéia e tirarei o véu, par que possam
ver." [2]
Ainda de outra fonte mórmon: "Os profetas mórmons têm
ensinado continuamente a verdade sublime que Deus o Pai Eterno uma vez homem
mortal que passou por uma escola da vida terrena similar à qual estamos
passando agora. Lembrem-se que Deus, nosso Pai Celestial foi, talvez, em algum
tempo, uma criança, e mortal como nós somos, e se elevou passo a passo na
escala do progresso, na escola do desenvolvimento." [3]
Compreendemos agora claramente o que o mormonismo ensina acerca de
Deus e do homem? O profeta Smith e seus seguidores ensinam que Deus não foi
sempre Deus, e que ele teve de ganhar, progredir, trabalhar, antigir o ser
Deus. Uma vez ele foi homem como nós antes de se tornar Deus. Nós, também,
podemos trabalhar, progredir, ganhar e atingir a estatura de Deus. "Como é
o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser."
O Deus da Bíblia
A Bíblia é a revelação original de Deus, antedata o Livro de
Mórmon de muitos séculos. Em qualquer conflito de pontos de vista, a Bíblia
deve ter precedência sobre o Livro de Mórmon e também sobre quaisquer outros
livros ou ensinamentos sagrados do mormonismo.
Agora comparemos o Deus da Bíblia com o Deus do mormonismo.
Primeiramente, jamais houve, não há e nunca haverá nenhum outro senão o único
Deus verdadeiro.
A Palavra de Deus declara em 1 Coríntios 8:5, 6: "Porque,
ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu, ou sobre a terra,
como há muitos deuses e muitos senhores todavia, para nós há um só Deus"
(itálicos do autor). Neste versículo o apóstolo Paulo refere-se ao politeísmo
pagão, que incluía muitos deuses e ídolos. Ele declara enfaticamente que há
somente um único Deus, o Deus, que nós, os verdadeiros crentes em Cristo,
conhecemos.
Ainda muito mais devastador para o mormonismo, entretanto, é a
palavra de Deus em Isaías 43:10: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o
Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais e me creiais e entendais
que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim
nenhum haverá" (itálicos do autor).
Examine, cuidadosamente, Isaías 44:6: "Assim diz o Senhor,
Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro,
e eu sou o último, e além de mim não há Deus" (itálicos do
autor).
Continue a ler em Isaías 46:9: "Lembrai-vos das cousas
passadas da antigüidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não
há outro semelhante a mim" (itálicos do autor).
Agora está claro que Deus declara que ele é o único e verdadeiro
Deus, neste universo ou em qualquer outro, neste mundo ou em qualquer outro,
neste planeta ou em qualquer outro. Não há outro Deus. Este é o próprio Deus de
Gênesis 1:1: "No princípio criou Deus os céus e a terra." Gênesis
1:16 diz-nos que ele fez as estrelas e Gênesis 2:1 declara: "Assim, pois,
foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército."
Deus criou todos os mundos possíveis, universos, planetas e
estrelas e Ele é o único Deus de todos eles. Não há outros deuses em,
existência em qualquer outro lugar. Ele só é o único e verdadeiro Deus. Não
houve Deus antes dele, não há outro Deus agora, e jamais haverá qualquer outro
Deus. Ele é o primeiro e o último.
Um do nomes primários de Deus, Jeová, significa, em essência, o
que tem existência em si mesmo; aquele que tem a vida dentro de si mesmo,
original, permanentemente e para sempre.
Deus, então jamais foi homem, jamais foi mortal, mas sempre foi
Deus. Ele não é agora um "homem exaltado", como afirma o mormonismo.
Deus declara explicitamente: "Porque eu sou Deus e não homem" (Oséias
11:9).
Uma vez que Deus declarou claramente em Isaías 43:10 que não
haveria Deus depois dele, homem algum jamais, agora, no futuro, ou na
eternidade tornar-se-á Deus. Portanto, o credo mórmon em seu ponto principal:
"Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser",
é totalmente antibíblico. Não é de Deus. "Antes de mim deus nenhum se
formou, e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10; itálicos do autor).
Deus não teve de conseguir ser Deus e jamais foi homem. Ele sempre
foi Deus. Salmos 90:2 diz: "Antes que os montes nascessem e se formasse a
terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus."
Ora, todos nós sabemos que eternidade significa sem fim, que dura
para sempre. Então o que "de eternidade", significa? Exatamente a mesma
coisa,
mas aplicada ao passado. Deus foi Deus desde o passado eterno,
assim como somente ele é Deus agora, e assim como somente ele será Deus no
futuro eterno, sem fim!
Isto é inteiramente contrário ao ensinamento mórmon: "como é
o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser." Não podemos
conciliar as duas idéias. Ou cremos nisto ou cremos na Bíblia.
O mormonismo diz que Deus uma vez já foi homem. A Palavra de Deus
diz que Deus sempre foi Deus, nunca homem, de eternidade a eternidade.
O mormonismo diz que Deus teve um princípio. A Palavra de Deus diz
que ele não teve.
O mormonismo diz que há muitos deuses que haverá mais. A Palavra
de Deus diz que jamais houve, não há e jamais haverá outro Deus.
O mormonismo diz que o homem pode tornar-se Deus. A Palavra de
Deus diz que jamais haverá qualquer outro Deus. O Cristianismo, bíblica e
historicamente sempre foi monoteísta, crendo em um único Deus. O paganismo,
bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta, crendo em mais de um
Deus. O paganismo, bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta, crendo
em mais de um Deus. Nem o Antigo nem o Novo Testamento, nem Jesus, nem seus
discípulos, nem os cristãos primitivos, como pode ser provado pela história da
igreja, jamais ensinaram que houvesse mais de um Deus.
Até aqui, neste capítulo, temos contrastado o Deus do mormonismo
com o Deus da Bíblia. Descobrimos que o Deus dos mórmons e o Deus da Bíblia
parece terem muito pouco em comum. É verdade que os mórmons referem-se a Deus
em termos bíblicos que embaçam as diferenças berrantes e fatais aos olhos dos
incautos; mas ao chamarem ao seu Deus de "eterno" têm eles um
significado diferente do da Bíblia. Quando os escritos mórmons dão relatos
brilhantes de "o Deus eterno, criador poderoso, pai eterno", e assim
por diante, estas palavras maravilhosas não significam o que parecem dizer. Não
têm relação verdadeira com o único verdadeiro Deus da Bíblia cujo próprio nome
foi revelado a Moisés como "EU SOU", enfatizando que Deus foi, agora
é, e para sempre será o único Deus!
Na segunda parte desta discussão sobre a falha fatal fazemos outra
pergunta: É o Cristo do mormonismo o Cristo da Bíblia?
O Cristo
Os mórmons fizeram com Jesus Cristo o mesmo que fizeram com Deus.
A Bíblia ensina que Jesus Cristo é Deus o Filho. Deus desceu à terra em carne
humana para derramar seu sangue por nossos pecados e vencer a morte por nós por
meio da ressurreição corpórea.
Os mórmons ensinam que Jesus Cristo é um Deus chamado Jeová,
outro Deus, diferente de Deus Pai cujo nome é Eloim. A Bíblia usa estes
nomes intercambiavelmente, aplicando-os ao único e verdadeiro Deus e a Jesus
Cristo, como é indicado em Deuteronômio 6:4: "O Senhor [Jeová] nosso Deus
[Eloim] é o único Senhor [Jeová]." Entretanto, o ensinamento dos mórmons
concernente a Jesus Cristo é que "Cristo o Verbo, o Unigênito, havia é
claro, atingido o status de divindade ainda na pré-existência". (4)
Contrário ao ensino mórmon, Cristo sempre foi, agora é, e para
sempre será Deus. Ele não atingiu o estado de ser Deus porque jamais
houve época em que Ele não fosse Deus.
É claro, que Cristo tem um começo no que se tornou homem mediante
o nascimento virginal. Entretanto, examine Isaías 9:6: "Porque um menino
nos nasceu, um filho se nos deu; [uma profecia clara e reconhecida
universalmente da vinda de Cristo] e o governo está sobre os seus ombros; e o
seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus, Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz" (itálicos do autor). Aqui a Palavra de Deus chama a Jesus
Cristo de "Deus, o Pai da Eternidade." (Ver também Jeremias 32:18.)
É isso mesmo, Jesus Cristo é esse único, verdadeiro e eterno Deus,
manifestado na carne (veja João 1:1; 1 Timóteo 3:16).Cristo é chamado de Deus
numerosas vezes: "Senhor meu e Deus meu!(João 20:28); "Mas, acerca do
Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre" (Hebreus 1:8). Uma vez
que Deus declarou em Isaías 43;10 (e em outros vários lugares) que ele é o único
Deus, e que jamais haverá outro, Jesus Cristo, então, ou é um Deus falso
ou não é Deus de modo algum, ou ele é esse único Deus verdadeiro revelado na
carne como o Filho de Deus.
Outra profecia que se refere a Jesus Cristo, o Deus-homem,
Miquéias 5:2: "E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo
de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Este
"desde os dias da eternidade" definitivamente significa desde toda a
eternidade passada, sem nenhum princípio, como já verificamos.
João 1:1 declara: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus." (Mais tarde em 1:14 vemos que "o Verbo
se fez carne, e habitou entre nós", o que torna Cristo e o Verbo
sinônimos.) João 1:1 ensina-nos que Cristo era o Verbo e que ele estava com
Deus e que ele era (não se tornou) Deus. De novo, aqui no primeiro
versículo do evangelho de João, vemos que Deus foi Deus desde o princípio (o
que aqui possui o significado de "de todo o tempo") e assim Jesus
Cristo foi Deus desde o princípio, de todo o tempo!
Jesus Cristo aceitou a adoração como Deus em muitas ocasiões
porque era Deus. Por exemplo: "E eis que Jesus veio ao encontro delas, e
disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram"
(Mateus 28:9).
Ora, Deus proibiu totalmente a adoração a qualquer outro deus, em
passagens bíblicas tais como Êxodo 34:14: "Porque não adorarás outro deus:
pois o nome do Senhor é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele." O fato de Jesus
permitir, encorajar e aceitar a adoração, indentifica-o como Deus, e há somente
um único Deus que já foi e será Deus, "de eternidade a eternidade".
Não somente o Deus do mormonismo não é o Deus da Bíblia, mas
também temos de afirmar que o Cristo do mormonismo não é o Cristo da Bíblia. O
ensinamento mórmon acerca de Deus e de Jesus Cristo leva-nos ainda para mais um
erro doutrinário - a doutrina da salvação.
O Caminho da Salvação
A crença mórmon de que "como é o homem, Deus uma vez já foi;
como Deus é, o homem pode ser" presta-se à decepção da pessoa que não é
salva e leva-a a pensar que de alguma forma pode ganhar sua salvação, ou ajudar
a ganhá-la. Esta crença alimenta a idéia de que o homem pode tornar-se uma
ovelha de Deus ao ignorar sua natureza pecaminosa e agir como uma ovelha, o que
é tão fútil como um porco agir como uma ovelha a fim de se tornar ovelha.
É preciso que nossa natureza seja mudada pelo novo nascimento, e
assim recebamos uma natureza nova: "Pois todos pecaram e carecem da glória
de Deus" (Romanos 3:23). Quantidade alguma de igreja, batismo ou boas
obras pode mudar nossa natureza ou pagar nossos pecados. Devemos voltar-nos unicamente
para Jesus por salvação, sabendo que o seu sangue derramado nos limpará de todo
o pecado. Simultaneamente, ao invocar seu nome, com fé, ele entrará em nossa
vida para mudar nossa natureza de dentro para fora. Isso nos torna verdadeiros
filhos de Deus. "Nada em nossas mãos trazemos, simplesmente à tua cruz nos
apegamos."
Temos a salvação mediante a graça de Deus: "Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras,
para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8,9).
A graça de Deus sobre a qual os mórmons às vezes escrevem
está muito longe da graça de Deus de que fala a Bíblia. O conceito mórmon da
graça consiste, em parte, em fazer boas obras na igreja, no templo e boas obras
religiosas, desta forma fazendo com que a pessoa se torne digna da graça
de Deus. A graça bíblica é estendida livremente aos que nada merecem,
como no caso do ladrão na cruz (veja Lucas 23:39-43). Ao invocarmos a Cristo,
não merecendo, mas com fé, ele responde com a salvação instantânea. Então, à
medida que ele entra em nossa vida e nos torna filhos de Deus, Cristo muda
nossa vida de dentro para fora. Recebemos nova natureza, novos desejos, novo
amor e novo poder. Veja o assassino louco, Saulo, que se tornou um missionário
magnífico, Paulo, depois de um encontro vital com o Cristo ressurreto na
estrada de Damasco.
Resumindo
Uma das coisas que os cristãos acham mais complicadas para
compreender e aceitar é que os amigos mórmons usam a mesma terminologia, mas
para significar coisa inteiramente diferente.
Muitos cristãos, tragicamente, nunca analisam as palavra de amigos
mórmons sinceros que declaram ter aceito Cristo como seu Salvador e amá-lo.
Dizem depender dele para sua salvação. É claro, podem acrescentar, que têm um
pocou mais de luz, de verdade, ou uma salvação mais elevada, uma vez que são
mórmons e pertencem à igreja mórmon!
Os mórmons usam o nome de "Cristo", mas ao fazê-lo estão
pensando em alguém ou em algo inteiramente diferente, a menos que não conheçam
a doutrina mórmon. Nesse caso ele não é mórmon de modo nenhum, a não ser de
nome. Se ele realmente aceita o Cristo da Bíblia, logo terá sede de um oásis de
verdadeiros cristãos, e deixará a igreja mórmon.
De qualquer forma, se você tiver um amigo mórmon, ame-o e seja
paciente com ele como desejaria que ele fosse com você e como Cristo é conosco.
Entretanto, examine, gentil mas cuidadosamente seu testemunho até descobrir em
que Cristo ele confia, e se ele crê ou não que exista mais de um Deus.
O mórmon verdadeiro deve crer nas escrituras mórmons tais como a Pérola
de Grande Valor de José Smith: "E os Deuses ordenaram, dizendo: Que as
águas debaixo do céu sejam ajuntadas em um lugar, e apareça a terra seca; e
assim foi, como Eles ordenaram; e os Deuses chamaram à porção seca, terra; e ao
ajuntamento das águas Eles chamaram as grandes águas; e os Deuses viram que
Eles eram obedecidos" (Abraão 4:9,10).
Crer na existência de outros deuses é paganismo politeísta,
não Cristianismo. É negação da Palavra de Deus. Realmente devemos escolher,
como também devem nossos amigos mórmons, crer ou no Deus bíblico ou nos deuses
do mormonismo. Eles se excluem mutuamente.
Os fariseus, intensamente religiosos, mas perdidos, cometeram um
erro fatal. Adoravam a Deus usando o nome correto, faziam muitas boas obras
para Ele, pertenciam ao sistema de adoração que Deus havia estabelecido, oraram
muito, davam muito, prosperavam muito, eram extremamente religiosos e tinham
sacerdotes em sua igreja. Os fariseus apareciam como anjos de luz e ministros
da justiça e realmente criam estar certos, pertencer à única "igreja"
verdadeira servindo a Deus, mas estavam tragicamente enganados. Verdadeiramente
nunca aceitaram a Jesus Cristo como Deus e permaneceram perdidos para sempre,
com exceção de alguns poucos que confiaram em Jesus.
Em Mateus 24:23,24 nosso Senhor procunciou as espantosas palavras:
"Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não
acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes
sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos."
Os fatos, de si mesmos, não podem abrir os olhos. Entretanto, o
Espírito Santo usa os fatos, e isto está escrito no amor de Cristo que ele
pode, mediante estes fatos, abrir muitos olhos para libertação e salvação.
__________
Notas
[1] James E. Talmage, A Study of the
Articles of Faith (Salt Lake City: The Church of Jesus Christ of
Latter-day Saints, 1952), p.430.
[2] Joseph Fielding Smith, comp.,
Teachings of Prophet Joseph Smith (Salt Lake City: Deseret News Press,
1958), p.345.
[3] Milton R. Hunter, The Gospel
Through the Ages (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1945), p.104.
[4] B.R. McConkie, What the
Mormons Think of Christ (folheto) (Salt Lake City: Deseret News Press),
p.36.
CAPÍTULO OITO
A Verdade Acerca do "Deus-Adão"
A doutrina do Deus-Adão é um espinho para a igreja dos Santos dos
Últimos Dias. Espinho esse que gostariam que desaparecesse. Brigham Young
ensinou que Adão era Deus. Ele apresentou esta doutrina por mais de 20 anos em
muitos sermões diferentes. A igreja mórmon acreditava nela, aceitou-a e
ensinou-a pelo menos por 50 anos. Os mórmons de hoje, em geral, negam essa
doutrina.
O "Profeta Vivo" e atual presidente dos Santos dos
Últimos Dias, Spencer W. Kimball, agora chama esta doutrina do Deus-Adão de
"doutrina falsa". Se os mórmons seguem a Brigham Young nesta doutrina
herética de Adão ser Deus, revelam que a igreja dos Santos dos Últimos Dias é
falsa, inegavelmente. A doutrina Deus-Adão contradiz o Livro de Mórmon.
Contradiz a Bíblia. Não somente isto, também é contra-senso puro e completo.
Entretanto, é um fato inegável que Brigham Young ensinou esta doutrina!
Abandonar a doutrina e preservar a integridade do "profeta" é
impossível. Isto despedaçaria a lógica, emascularia a honestidade, e denudaria
a verdade.
Deixe-me resumir. Crer que Brigham Young foi um profeta de Deus e
aceitar sua revelação do Deus-Adão é admitir que o "profeta" de hoje
Spencer W. Kimball e a igreja dos Santos dos Últimos Dias são falsos. Rejeitar
a doutrina Deus-Adão é negar o "profeta" que a apresentou--Brigham
Young--e admitir que ele era profeta falso. Esta contradição doutrinária prova
que a igreja dos Santos dos Últimos Dias é uma igreja falsa, liderada por
vários anos por um profeta falso.
Agora examinemos breve mas honestamente as evidências. Preste
atenção às datas à medida que prosseguimos.
A Doutrina do Deus-Adão
Brigham Young evidentemente introduziu esta doutrina num sermão
que pregou no dia 9 de abril de 1852. Leia-o no contexto no Journal
of Discourses: "Agora ouvi, ó habitantes de terra, judeus e gentios,
santos e pecadores! Quando nosso pai chegou ao jardim do Éden, entrou nele com
um corpo celestial, e trouxe consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a
organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias! Acerca de quem
santos homens têm escrito e falado--ele é nosso pai e nosso Deus, e o único
Deus com quem devemos lidar" (vol. 1, p.50, 51, itálicos do autor).
Repetidas vezes Brigham Young ensinou que Adão era Deus. Isto não
foi uma tirada única e isolada.
Agora leia a contradição clara do atual presidente e profeta vivo
dos mórmons, Spencer W. Kimball: "Prevenimos-vos contra a disseminação de
doutrinas que não são segundo as escrituras e que supostamente foram
ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das gerações passadas. Tal é o
caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão. Denunciamos tal teoria e
esperamos que todos tomem precaução contra esta e outros tipos de doutrinas
falsas " (1) (itálicos do autor).
Os mórmons gostariam que seu povo e os de fora acreditassem que
Brigham Young foi citado erradamente ou mal compreendido. Gostariam de pensar
que esta doutrina do Deus-Adão fosse uma tentativa de difamar o seu profeta,
por parte dos antimórmons.
Não obstante, qualquer mórmon honesto e que esteja disposto a
encarar os fatos pode descobrir por si mesmo exatamente o que Brigham Young
ensinou sobre o assunto no Journal of Discourses e outros escritos
mórmons. Para os que não têm acesso ao Journal of Discourses, Melaine
Layton, Jerald e Sandra Tanner e Bob Witte trazem, em seus respectivos livros,
fotocópias dos sermões de Brigham Young acerca de Adão ser Deus.
Adão, Quem é Ele?
Mark E. Peterson, apóstolo mórmon, escreveu um livro intitulado
Adam, Who Is He? Afirmava ele que o apóstolo mórmon Charles C. Rich ouviu, no
dia 9 de abril de 1852, o sermão que Brigham Young pregou sobre a doutrina do
Deus-Adão e ouviu Brigham Young dizer algo diferente sobre o ponto que
realmente estava registrado. Segundo o apóstolo Rivh, Brigham dissera:
"Que idéia erudita! Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne
pelo mesmo personagem que esteve no jardim do Éden, e que conversou com nosso
Pai do céu." Examinemos esta afirmativa e verifiquemos sua exatidão e honestidade
históricas.
O historiador mórmon, Leonard J. Arrington, escreveu um livro
intitulado Charles G. Rich, Mormon General and Western Frontiersman. Nesse,
livro, Arrington conta de uma viagem que Rich fez. Diz ele que Rich deixou San
Bernardino, na Califórnia, no dia 24 de março de 1852, em direção ao vale de
Salt Lake, com um carroção carregado de suprimentos. De Salt Lake ele retornou
a San Bernardino, chegando aqui no dia 20 de agosto de 1852, em 22 dias,
"a viagem mais rápida de que se tem registro", segundo Arrington.[2]
Obviamente, se Rich levou 22 dias para ir de Salt Lake City a San Bernardino -
e essa foi a "viagem mais rápida de que se tem registro", ele teria
levado pelo menos 22 dias para ir de San Bernadino ao Vale de Salt Lake.
Portanto, se ele saiu de San Bernardino no dia 24 de março, teria sido
impossível que Charles C. Rich chegasse a Salt Lake City no dia 9 de abril a
tempo de ouvir o sermão de Brigham Young. Os escritores mórmons nem mesmo
conseguem conciliar suas evasões da verdade!
Brigham Young disse que quando seus sermões eram corrigidos, eram
escritura.[3] Ele falou como o "profeta vivo" oficial da igreja dos
Santos dos Últimos Dias, dando a seu povo, ostensivamente, a revelação que Deus
tinha para eles. Um ano depois de ele pregar este sermão, o ponto central deste
mesmo sermão acerca do Deus-Adão foi publicado no Millenial Star mórmon,
enfatizando que Brigham Young havia ensinado que Adão era Deus. O sermão logo
foi reproduzido no Journal of Discourses, onde Brigham Young tinha de
aprová-lo. Ele não o mudou nem o rejeitou em parte alguma. Desde 1852 até à
morte de Brigham Young, em 1877, o sermão permaneceu intacto como ele permitira
que fosse reproduzido no Journal of Discourses, Ainda está lá.
A afirmação de Mark Peterson foi, simplesmente, uma de muitas
tentativas para encobrir o ensino de Brigham Young acerca do Deus-Adão. Temos
apresentado algumas das evidências quanto ao fato de Brigham Young ter
inegavelmente ensinado a doutrina herética de que adão foi Deus, e ter acrescentado
que Adão era "o único Deus com quem devemos lidar". Isto elimina
Jesus, Eloim e todos os outros deuses mórmos.
Rejeitamos a idéia de que Brigham Young foi citado erradamente ou
compreendido mal em sua mensagem de 9 de abril de 1852. Chamamos atenção ao
fato de que Brigham Young ainda ensinava a mesma doutrina do Deus-Adão 21 anos
mais tarde! Numa citação de um jornal mórmon, The Deseret News, de 18 de junho
de 1873, 21 anos depois do primeiro sermão de Brigham Young sobre o Deus-Adão,
em 9 de abril de 1852, Young disse: "Quanta descrença existe nas mentes
dos Santos do Últimos Dias em relação a uma doutrina particular que a ele
revelei, e que me foi revelada por Deus...a saber que Adão é nosso Pai e
Deus... Nosso Pai Adão ajudou a formar esta terra, ela foi criada expressamente
para ele e depois de ter sido ela criada ele e seus companheiros para aqui
vieram. Ele trouxe consigo uma de suas esposas, chamada Eva, por ser a primeira
mulher sobre esta terra. Nosso Pai Adão é quem está no portão e tem as chaves
da vida eterna e da salvação a todos os seus filhos que já vieram e que virão à
terra... 'Bem', diz alguém 'Por que Adão foi chamado Adão'? Ele foi o primeiro
homem sobre a terra, e seu estruturador e criador. Ele, com a ajuda de seus
irmãos, trouxe-a à existência. Então disse ele: 'Desejo que meus filhos que
estão no mundo dos espíritos venham e habitem aqui. Uma vez já vivi numa terra
parecida com esta, num estado mortal. Fui fiel, recebi munha coroa de exaltação
[tornou-se um "Deus" segundo o ensino mórmon]. Tenho o privilégio de
estender minha obra, e o seu aumento não terá fim. Desejo que meus filhos que
me nasceram no mundo dos espíritos venham e tomem tabernáculos na carne, que
seus espíritos possam ter uma casa, um tabernáculo ou uma habitação como o meu
tem, e onde está o mistério?'"[4]
A Criação de Deus
Seria difícil conseguir mais contradições com a Bíblia numa
afirmação curta como esta. Leia o simples relato de Gênesis 1-2 que afirma que
Deus criou o homem, soprou nele o alento da vida - o que, se ele já estivesse
vivo, teria sido desnecessário. Esta criação então tornou-se o primeiro homem,
Adão, alma vivente. Eva foi criada por Deus, aqui nesta terra, do corpo de
Adão; ela obviamente não foi trazida aqui por Adão como "uma de suas esposas".
Adão não teve absolutamente nada que ver com a criação da terra. Ele era uma
mera criatura insignificante feita por Deus depois de ter sido formada a terra.
(A propósito, Deus deu uma esposa a Adão, não mais que uma. O
homem quebrou este padrão de monogamia mais tarde, para seu própio pesar como
para o de Deus. No Novo Testamento Deus claramente afirmou seu plano para o
casamento, em passagens tais como Mateus 19:5. Ao falar do homem deixar seu pai
e sua mãe e apegar-se à sua esposa, disse ele, os dois serão uma carne. Cristão
algum no Novo Testamento todo jamais disse ter mais do que uma esposa de cada
vez; e aos bispos, anciãos e diáconos, como cristãos comprovados, era
terminantemente proibido ser marido de mais de uma mulher [ver 1 Timóteo 2-3;
Tito 1]. Sob a nova aliança - o Novo Testamento - com maior luz e com o
Espírito Santo habitando seu povo, Deus proíbe terminantemente a prática de se
ter mais de uma esposa, o que ele havia "deixado passar" nos dias do
Antigo Testamento [Atos 17:30].
Historicamente, os líderes mórmons têm ignorado e quebrado o
mandamento explícito de Deus com relação ao casamento. Muitos dos fundadores
mórmos - José Smith, Brigham Young, e seus bispos e anciãos - tiveram mais de
uma esposa. Isto significa que não eram qualificados para o cargo que possuíam,
e que todas as suas afirmações de autoridade eram espúrias aos olhos de Deus!)
Brigham Young não somente introduziu em 1852 a doutrina do
Deus-Adão, mas continou a ensiná-la por muitos anos, como prova outro sermão de
1857;[5] e ele ainda a pregava em 1873. Outras fontes mórmons também
substanciam este fato. A doutrina do Deus-Adão de Brigham Young foi citada
exata e largamente em publicações mórmons por muitos anos. Brigham Young viu
muitas, se não todas, destas citações, bem como seus sermões no Journal of
Discourses. Ele teve anos e anos de oportunidade para corrigir qualquer citação
errada nessas publicações; não o fez. Isto prova, efetivamente, que ele ensinou
e queria dizer que Adão é Deus, e o "único Deus com quem devemos lidar"!
Ai do mórmon que não crer no "profeta vivo" e em sua
"revelação"! E ai do mórmon que nele crê!
F.D. Richards, mórmon preeminente, disse: "A respeito da
doutrina de Adão ser nosso Pai e Deus... o profeta e apóstolo Brigham a
declarou, e essa é a palavra do Senhor."[6]
E então Diary of Hosea Stout: "Outra reunião esta
noite. O presidente B. Young ensinou que adão foi o Pai de Jesus e o único Deus
para nós."[7]
O líder mórmon George Q. Cannon ensinou que "Jesus Cristo é
Jeová", e que "Adão é seu Pai e nosso Deus".[8]
Um comentário muito interessante foi feito pelo mórmon A.F.
MacDonald em "Minutes of the School of the Prophets, Provo, Utah,
1868-1871" (pp.39,39) muitos anos depois do primeiro sermão de Brigham
Young sobre o Deus-Adão em 1852: "A doutrina pregada pelo presidente Young
alguns anos atrás na qual ele diz que Adão é nosso Deus - o Deus que adoramos -
nisso crê a maioria do povo... Orson Pratt disse não crer nela, ...se o
presidente faz uma afirmação não é nossa prerrogativa disputá-la... quando ouvi
pela primeira vez a doutrina de Adão ser nosso Pai e Deus, fiquei
favoravelmente impressionado - gostei dela e a vi como uma nova Revelação -
pareceu-me razoável que como pai de nossos espíritos, ele nos trouxesse
aqui."
O mórmon Edward W. Tullidge escreveu: "Adão é nosso Pai e
Deus. Ele é o Deus da terra; assim diz Brigham Young."[9]
O ponto está estabelecido: Brigham Young deveras ensinou que Adão
era Deus, "o único Deus com quem devemos lidar". Como diz Melaine
Layton, uma ex'mórmon de grande conhecimento, em seu excelente livro Mormonism,
ainda não publicado: "É verdade que os mórmons de hoje não acreditam
nisso; entretanto, vários mórmons disseram-me que o crêem. A maior parte dos
restantes ou nunca ouviram falar de tal coisa ou dizem simplesmente que não é
verdade. Entretanto permanecem os fatos: Por mais de 50 anos (1852-1903), os
escritores oficiais do mormonismo ensinaram, sem hestitação, que Adão é nosso
Deus, e a grande maioria das pessoas acreditou nisto!"
O Profeta Contraditório
Considere, outra vez, a contradição incrível do presidente e
"profeta vivo", Spencer W. Kinmball: "Admoestamo-vos contra a
disseminação de doutrinas que não estão de acordo com as escrituras e que
supostamente foram ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das gerações
passadas. Tal é o caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão. Denunciamos
tal teoria e esperamos que todos tomem cautela contra esta e outras espécies de
doutrinas falsas" (itálicos do autor). Como sabiamente diz Wally
Tope referindo-se a esta afirmação: "Ou Spencer W. Kimball está mentindo;
não fez seu trabalho de casa; ou recusa-se a crer na linguagem clara. Todas as
alternativas são inescusáveis.
Simplesmente não existe saída. É impossível e totalmente desonesto
fingir que Brigham Young foi citado erradamente ou compreendido mal por mais de
50 anos pelos líderes mórmons e milhares de pessoas. Se suas
"revelações" foram contraditadas em data posterior, por que ter um
"profeta vivo"? Como sabem os mórmons que não estão interpretando mal
seu profeta atual? Quantidade alguma de desculpas vai satisfazer um Deus Santo
que exige a verdade de acordo com sua verdadeira Palavra, a Bíblia. A doutrina
do Deus-Adão é falsa, por um profeta falso, numa igreja falsa.
Esta doutrina falsa levou a outras doutrinas blasfemas que Brigham
também ensinou. Entre estas está a que diz ter sido Adão o pai de Jesus, como
resultado de relações sexuais com a virgem Maria, de modo que Jesus realmente
não nasceu de uma virgem como declara claramente que "Jesus Cristo não foi
gerado pelo Espírito Santo".[11]
A Bíblia diz: "O que está concebido nela é do Espírito
Santo."
Sabemos que nenhum profeta verdadeiro de Deus contradiz a Palavra
de Deus. Entretanto, já lidamos com este assunto e o mencionamos aqui meramente
para mostrar a que ponto a doutrina do Deus-Adão de Brigham Young o levou.
Certamente, o Jesus que os mórmons conhecem não é o Jesus da Bíblia.
O Jesus Mórmos
O Jesus mórmon não teve nascimento virginal, é irmão espiritual de
Satanás; não foi Deus desde a eternidade, não é um em natureza, essência e
substância com Deus Pai e com o Espírito Santo. Sua salvação não pode levar a
pessoa ao "céu mais alto"; é necessário que a pessoa também faça boas
obras. O Jesus mórmon é um Jesus falso, um Jesus que não existe a não ser como parte
da ilusão mórmon.
Satanás pode dar "bons sentimentos" ou
"experiências espirituais" aos que adoram este Jesus, porque Satanás
produz imitações do tipo "anjos de luz" de Jesus para enganá-los. Mas
o Jesus mórmon definitivamente não é o Senhor Jesus Cristo, bíblico, vivo,
ressurreto em corpo, Deus da eternidade, Criador de todas as coisas (João 1:3).
Não importa quanto o mórmon ame ao Jesus que ele conhece e à ele preste
homenagem, é tolice fútil e fatal. E a doutrina do Deus-Adão de Brigham Young
teve grande papel na formação deste Jesus falso do mito mórmon.
Os mórmons às vezes afirmam que Brigham Young não quis dizer que
Adão era Eloim, mas sim um homem que atingiu a divindade em algum outro
planeta. Eles podem também acrescentar que era Eloim que foi apresentado como o
Deus que teve relações sexuais físicas com a "virgem" Maria, e não
Adão. Parece fazer pouca diferença para os mórmos que Brigham Young repetidas
vezes tenha dito e ensinado que "Adão é o único Deus com quem devemos lidar";
parece fazer pouca diferença que os líderes mórmons que o ouviram, citaram-no
dizendo isto repetidas vezes; pareve fazer pouca diferença que muitos deles
tenham falado em adorar este Deus-Adão como seu único Deus. Os mórmons que
ouviram Brigham Young e o citaram criam que ele queria dizer que Adão era o
"Deus" que teve relações sexuais com Maria e que Adão era o pai de
Jesus Cristo - não em algum conceito espiritual, mas fisicamente. Depõe contra
os mórmons modernos presumir corrigir seu profeta e todos os seus líderes agora,
quando Brigham Young não os corrigiu então.
Ainda que Young na verdade tenha querido dizer que Eloim, um Deus
de carne e sangue, teve relações sexuais físicas com a "virgem"
Maria, isto ainda é uma afirmação blasfema. Isto significa que Maria não era
virgem quando Jesus nasceu, como a Bíblia o afirma. Deus violou os direitos
conjugais de José forçando-lhe um relacionamento adúltero - a própria coisa que
ele proíbe - com Maria. Deus não viola seus próprios mandamentos! Que Deus
tenha misericórdia daqueles que ousam abaixar-se tanto em desonrá-lo e à sua
Palavra para salvar a Brigham Young! Jesus nasceu por milagre do Espírito Santo
que capacitou a virgem Maria a conceber, não por via de relações sexuais
físicas com um Deus namorador!
A propósito, Adão não existia antes de ser criado. Como Deus diz
claramente, primeiro vem o natural, depois o espiritual (ver 1 Coríntios
15:46). Quando Jesus disse: "Antes de Abraão EU SOU", estava
declarando que antes de Abraão existir, Jesus era o Deus Eterno! Certamente,
Abraão existiu fisicamente antes do homem Jesus. Jesus como Deus, existiu desde
a eternidade.
Deus ama aos mórmons e eu também. O que posso fazer é orar para
que o bisturi da verdade contenha a anestesia de seu amor à medida que ele usar
estes fatos para operar os corações dos mórmons que honestamente desejam
conhecer a verdade.
Com pesar genuíno, mas com certeza absoluta, repetimos: ao negar,
a igreja mórmon, a doutrina do Deus-Adão faz de Brigham Young um profeta falso.
Isto significa que a igreja dos Santos dos Últmos Dias é falsa. Aceitar tal
doutrina é rejeitar a Bíblia e o bom senso. Também nega o profeta e presidente,
Spencer W. Kimball.
Estes fatos deixam os seguidores mórmons sem saída. Deus não quer
que os mórmons se desesperem, mas deseja que se lhes abram os olhos para o
Senhor Jesus Cristo bíblico. Ele os ama e quer salvá-los do pecado e do inferno
e da ilusão do mormonismo e do seu falso Cristo antes que seja eternamente
tarde demais. Santanás sempre tem uma resposta, razão pela qual a maioria dos
cultos basicamente nunca mudam, mesmo quando totalmente expostos. Entretanto,
Deus revelar-se-á aos mórmons honestos que buscam e que estão dispostos a
encarar os fatos e não tentar fugir da verdade escondendo-se por trás de seu
"testemunho" ou de seu "queimor no seio" (ver capítulo 13)
ou algumas das respostas inteligentes mas desonestas de Satanás.
A "revelação" mórmon tem levado seus
"profetas" e seu povo a um labirinto de contradição impossível, de
confusão e de dissimulação. Por favor, não se desespere. Volte-se para o Senhor
Jesus Cristo e ele o salvará e curará seu coração partido. O Senhor Jesus
Cristo bíblico, que eternamente é Deus, dar-lhe-á algo mil vezes mais doce do
que o mormonismo ou o Jesus mórmon jamais poderiam dar. A salvação dada por
Cristo (que corresponde à exaltação mórmon) é um dom (veja Romanos 6:23).
Invoque o nome do Senhor Jesus Cristo para salvá-lo (veja Romanos 10:13), creia
que Ele o fez, e vocé pode ter a certeza de estar salvo agora (veja 1
João 5:13).
_________
Notas
[1] Church News, 9 de outubro de 1976.
[2] Leonard J. Arrington, Charles
G. Rich, Mormon General and Western Frontiersman (Salt Lake : BYU Press,
sem data), p. 173.
[3] Journal of Discourses,
vol. 13, p. 95.
[4] The Deseret News, 18 de junho de 1873.
[5] Journal of Discourses,
1857, vol. 5, p. 331.
[6] Millenial Star, 26 de
agosto de 1954, vol. 16, p. 534.
[7] Diary of Hosea Stout, 9
de abril de 1852, vol. 2, p. 435.
[8] Diary Journal of Abraham H.
Cannon, 23 de junho de 1889, vol. 11, p.39.
[9] The Women of Mormondom,
1877, pp. 79, 179, 196, 197.
[10] Wally Tope, "Maximizing
Your Witness to Mormons", p. 20.
[11] Journal of Discourses,
vol. 1, pp. 50, 51.
Ilusão Mórmon — Parte 5 (Capítulos 9 e
10)
CAPÍTULO NOVE
Contradições a Respeito da Pessoa de Deus
A Bíblia é o fundamento do que Deus teve que dizer ao homem.
Quando existe contradição entre o que a Bíblia ensina e o que o Livro de
Mórmon ou qualquer outro livro mórmon ensina, a Bíblia deve ter
preferência.
Não tencionamos apresentar neste livro uma exploração exaustiva
das muitas contradições existentes entre a Bíblia e os vários livros da
doutrina mórmon. Se o leitor quiser continuar o estudo do assunto,
recomendamos-lhe o livro de Jerald e Sandra Tanner intitulado Mormonism,
Shadow or Reality (Mormonismo, sombra ou realidade). Este volume de 600
páginas contém um desafio aberto a qualquer erudito ou grupos de eruditos, a
tentar responder, ponto por ponto, às contradições que ele revela.
Entretanto, desejamos deveras examinar algumas contradições entre
a Bíblia e os ensinamentos mórmons concernentes à doutrina de Deus. Também
revelaremos as contradições entre os livros mórmons "inspirados"
escritos por José Smith e o Livro de Mórmon referentes à pessoa de Deus.
Os Mórmons crêem que existem muitos deuses
O mormonismo nega que exista um único Deus. Embora o Livro
de Mórmon pareça ensinar a doutrina da Trindade, como os cristãos a
aceitam, outros ensinamentos religiosos de José Smith dizem haver muitos
deuses.
Dizem as Escrituras: "Todavia, para nós há um só Deus"
(1 Coríntios 8:6; veja também vv. 4, 5); "Antes de mim Deus nenhum se
formou, e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10); "Eu sou Deus,
e não há outro" (Isaías 45:22). (Veja também Deuteronômio 4:35; 32:39; 2
Samuel 7:22; Salmos 86:10.)
O Livro de Mórmon diz: "...do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo, que é um Deus infinito" (2 Nefi 31:21). Alma 11:26-31 cita
Amuleque respondendo a Zeezrom que há somente um Deus, e descreve-se
Amuleque como um homem cheio com o Espírito do Senhor. Alma 11:22 e Mosíah
15:4, também falam do Pai e do Filho como sendo um único Deus.
Entretanto, em Doutrinas e Convênios lemos que Abraão,
Isaque e Jacó "entraram para a sua exaltação, de acordo com as promessas,
e se assentam em tronos, e não são anjos, mas sim deuses" (132:37). Em Pérola
de Grande Valor, José Smith escreveu: "E assim os deuses desceram para
formar o homem em sua própria imagem, na imagem dos Deuses eles o formaram,
macho e fêmea eles os formaram" (Abraão 4:27). Tanto a Bíblia quanto o Livro
de Mórmon declaram que há um Deus mas Doutrina e Convênios e Pérola
de Grande Valor dizem haver muitos deuses.
O depoimento das três testemunhas no início do Livro de Mórmon
contém estas frases: "E honra seja ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
que é um Deus." Contraste isto com a seguinte afirmativa de Teachings
of Prophet Joseph Smith: "No princípio, o cabeça dos deuses convocou
um concílio dos deuses." Também, em uma das versões de sua primeira visão
ele afirma que o Pai e o Filho lhe apareceram como dois seres diversos, com
dois corpos físicos diferentes. Alguns amigos mórmons meus usam isto como base
para sua crença de que Deus o Pai e o Filho são dois deuses distintos. Esta
crença é contrária à Bíblia e ao Livro de Mórmon.
Ainda mais confuso ao que estuda a doutrina de Deus nos ensinos
mórmons são as contradições encontrados no mesmo livro. Por exemplo, a Pérola
de Grande Valor diz em Moisés 2:9, 10: "E eu, Deus, disse: Ajuntem-se
águas que estão debaixo dos céus em um só lugar; e assim foi. E eu, Deus, disse:
Que haja uma parte seca; e assim foi. E eu, Deus, chamei à parte seca, Terra; e
ao ajuntamento das águas eu chamei Mar; e eu, Deus, vi que todas as coisas que
eu tinha feito eram boas." Mas em Abraão 4:9, 10, Pérola de Grande
Valor está escrito: "E os deuses ordenaram, dizendo: Que as águas
debaixo dos céus sejam ajuntadas em um lugar, e apareça a terra seca; e assim
foi, como eles ordenaram,; e os deuses chamaram à porção seca, Terra; e ao
ajuntamento das águas eles chamaram as grandes águas; e os deuses viram que
eles eram obedecidos."
Os Mórmons crêem que Deus é um Homem Exaltado
Já mencionamos que os Mórmons ensinam que Deus já uma vez foi
homem antes de progredir até ser Deus. Segundo seu ensino, Deus agora é um
homem exaltado, e o próprio homem pode se tornar um Deus.
As Escrituras nos ensinam: "Antes que os montes nascessem e
se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade [isto é, o passado
para sempre, e para sempre futuro], tu és Deus" (Salmos 90:2); com Deus
"não pode existir variação, ou sombra de mundança" (Tiago 1:17);
"Porque eu, o Senhor, não mudo" (Malaquias 3:6); "No princípio
criou Deus..."(Gênesis 1:1); "Assim, ao Rei eterno, imortal,
invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém" (1
Timóteo 1:17).
O Livro de Mórmon diz: "Pois que não lemos que Deus é
o mesmo ontem, hoje e sempre de transformação?" (Mórmon 9:9); "Porque
sei que Deus não é um Deus parcial, nem um ser variável; ao contrário é
imutável de eternidade a eternidade" (Moron 8:18); "Deus... por
existir de eternidade em eternidade" (Moroni 7:22).
A Pérola de Grande Valor diz: "Eis que eu sou o Senhor
Deus Todo-poderoso, e Infinito é o meu nome; porque sou sem princípio de dias
ou fim de anos" (Moisés 1:3).
Com estas asserções definidas e claras da Bíblia, do Livro de
Mórmon e da Pérola de Grande Valor, de que Deus não teve princípio, de que
sempre foi Deus, e que é um ser imutável, é um choque encontrar a seguinte
passagem nos Articles of Faith por James Talmage: "Assim como o homem é, Deus
uma vez já foi; e como Deus é, o homem pode ser."[1]
A resposta de Deus a esta inverdade é: "Porque eu sou Deus e
não homem" (Oséias 11:9).
Um dos problemas que os mórmons têm com a afirmação de que Deus
uma vez já foi homem é: se Deus uma vez já foi homem, antes de se tornar
Deus, então o homem, de fato torna-se o criador, ou pelo menos o precursor em
evolução de Deus, em vez de Deus ser o criador do homem. Em conversas com
amigos mórmons, tenho ressaltado isto e eles rapidamente negam que tal seja o
caso. Mesmo assim é um fato óbvio, se seguirmos esta linha de raciocínio. Os
mórmons muitas vezes dizem que o homem que se tornou Deus na verdade teve outro
Deus como Pai, e talvez até mesmo uma mãe-Deus. Os mórmons geralmente ficam
cada vez mais vagos a esta altura.
Os Mórmons Acreditam que Deus Tem Corpo Físico
Ao par com sua doutrina de que Deus é um homem exaltado, os
mórmons e o ensinamento mórmon afirmam que Deus tem corpo visível e material.
Versículos bíblicos como Êxodo 33:11 são usados para apoiar esta doutrina:
"Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu
amigo."
Deus tem sido visto em aparições antropomórficas ou teofânicas,
como homem, como anjo, etc., e como encarnado em Cristo. Ele jamais foi visto
em sua essência divina. Êxodo 33 continua no versículo 20: "E acrescentou:
Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e
viverá." João 1:18 acrescenta: "Ninguém jamais viu a Deus: o Deus
unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou."
Depois da ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos e disse:
"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e
verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu
tenho" (Lucas 24:39). Jesus aqui confirmou que não se pode ver ou tocar um
espírito.
"Deus é Espírito" (João 4:24) - não tem um Espírito, mas
é Espírito. O espírito é invisível como a Bíblia diz que Deus é, e não tem
corpo de carne e osso. É verdade que encontramos na Escritura referência à
boca, braço, olhos, ouvidos, face e mãos de Deus. Entretanto, essas referências
são simbólicas, não literais. Deus as usa para comunicar-nos a verdade de um
modo que a possamos compreender.
Se nossos amigos mórmons insistirem em tomar toda descrição de
Deus em sentido literal, eles podem acabar com um Deus muito estranho.
Deuteronômio 4:24 diz: "Porque o Senhor teu Deus é fogo que consome",
o Deus da fornalha de fogo. Jeremias 23:24 diz: "Porventura não encho eu
os céus e a terra? diz o Senhor." Se Deus fosse de carne e osso isto podia
ser um pouco incômodo para o restante da humanidade! Em Jeremias 2:13, Deus
chama a si mesmo de "fonte de águas vivas". Salmos 91:4:
"Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas asas estarás seguro."
Certamente que este versículo não pode ser tomado no sentido literal, pois
nosso Deus maravilhoso não é galinha nem pássaro.
A afirmação mórmon de que Deus é um homem exaltado e que tem corpo
físico tem levado os mórmons à beira da blasfêmia. Brigham Young, no Journal of
Discourses, diz: "Adão...é nosso Pai e nosso Deus, e o único Deus com quem
devemos lidar." De novo diz ele: "Jesus Cristo não foi gerado pelo
Espírito Santo."[2]
Brigham Young continuou dizendo que o Pai de Jesus foi o primeiro
da família humana - Adão, o mesmo personagem que esteve no jardim do Éden!
A Bíblia diz: "Porque o que nela foi gerado é do Espírito
Santo" (Mateus 1:20).
Certamente, o fato de o homem ter corpo de carne e osso não
significa que Deus seja feito do mesmo material, especialmente quando ele com
clareza ensina que não é. Crer, literalmente, que o homem foi feito à imagem de
Deus pode ser demasiado confuso. Teria Deus a aparência de homem ou de mulher?
Com que raça se parece ele quanto aos característicos faciais? Fomos feitos à
imagem de Deus por termos autoconscientização, poder de raciocínio abstrato,
uma natureza e uma conscientização de Deus.
Resumindo
Parece inegável que realmente existem contradições entre os
ensinos da Bíblia e os ensinos do Livro de Mórmon e dos profetas e mestres
mórmons. Também parece inegável que os livros e os profetas mórmons
contradizem-se uns aos outros.
Amigos mórmons freqüentemente nos têm dito: "Você está
tomando fora do contexto o que José Smith (ou qualquer outra pessoa)
disse!"
É claro, tirar as coisas do contexto é sempre um problema para
todo nós, não é? Obviamente não posso citar passagens inteiras, capítulos ou
livros, pois não haveria espaço suficiente. Por isso é que fiz uma lista
cuidadosa das citações, páginas, etc., e citei, na maior parte, os ensinamentos
dos próprios mórmons, a fim de poderem ler o que foi dito no contexto. Desejo
que vejam que as porções citadas por mim refletem exatamente o ensino do
contexto como um todo.
Qualquer livro que se arroga ser Palavra de Deus deve ser testado
pela Bíblia. Não há outro livro inspirado pelo Espírito Santo. A Bíblia é a
única Palavra de Deus e é suficiente.
_____________
Notas
[1] James Talmage, The Articles
of Faith, p.430.
[2] Young, Journal of Discourses,
vol. 1, pp.50, 51.
CAPÍTULO DEZ
O Sacerdócio e as Genealogias
Os mórmons fizeram exatamente o que Jesus Cristo disse para não
fazer. Colocaram "vinho novo em odres velhos! " Casaram a graça com a
lei e fizeram do Cristianismo uma seita judaica. Ressuscitaram o que Cristo
havia enterrado. Eles, figuradamente, "costuraram" o véu que Cristo, como
nosso sumo sacerdote, rasgara para sempre a fim de prover-nos livre entrada aos
Santos dos Santos.
Como é que fizeram isto? Por que o fizeram? Na tentativa de
justificar sua existência e dar autoridade às suas crenças, e na tentativa de
provar que são a "única igreja verdadeira" restauraram o sacerdócio
distintamente judaico do Antigo Testamento, e se voltaram novamente para o
estudo e a preservação das genealogias. A igreja mórmon afirma que somente os
que têm sacerdócio na igreja mórmon possuem autoridade para ministrar as
ordenanças do evangelho. Portanto, crêem não haver salvação verdadeira, nem
acesso ao céu "mais alto" fora da igreja mórmon. Todas as ordenanças
realizadas por qualquer outra igreja são sem valor.
As genealogias em certa época já tiveram firme ligação com o
sacerdócio no que se refere à verificação das qualificações para o sacerdócio.
Os mórmons construíram o sistema genealógico mais elaborado do mundo.
O Sacerdócio Aarônico
A menor das duas organizações sacerdotais na igreja mórmon é o
sacerdócio aarônico ou levítico. Este sacerdócio aarônico foi supostamente
restaurado quando João Batista apareceu a José Smith e a Oliver Cowdery no dia
15 de maio de 1829, e lhes conferiu o sacerdócio aarônico. Leia o relato em Perola
de Grande Valor, José Smith 2:68-73.
(Os mórmons têm prazer em rejeitar a autoridade das outras igrejas
e em afirmar a deles, citando Hebreus 5:4: "Ninguém, pois, toma esta honra
para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão."
Êxodo 28 e 29 dizem-nos exatamente como Arão e seus filhos foram chamados e
consagrados e mórmon algum sobre a terra é chamado e consagrado desse modo
hoje! Leia-o e veja!)
Uma vez que, mais tarde, Oliver Cowdery deixou a igreja dos Santos
dos Últimos Dias e até mesmo foi chamado de mentiroso por José Smith e outros,
eu diria que o testemunho dele da restauração do sacerdócio aarônico é um tanto
suspeito, para dizer pouco. (Tanto Marvin Cowan quanto Jerald Tanner em seus
respectivos livros, Mormon Claims Ansered e Mormonism, Shadow or Reality, citam
vários escritores mórmons que contradizem totalmente as reivindicações da
restauração do sacerdócio aarônico.)
A orden do sacerdócio aarônico na igreja mórmon inclui diáconos,
meninos de 12 e 13 anos de idade; professores, meninos de 14 e 15 anos;
e sacerdotes, rapazes de 16 e 17 anos de idade.
O Sacerdócio de Melquisedeque
Segundo Talmage, algum tempo depois do sacerdócio aarônico ter
sido conferido em 1829, Pedro, Tiago e João também conferiram o sacerdócio do
Melquisedeque a José Smith e a Oliver Cowdery.[1] O historiador mórmon B.H.
Roberts admite que "não há relato definido do acontecimento [o conferir o
sacerdócio de Melquisedeque a José Smith e Oliver Cowdery] na história do
profeta José, ou, em nenhum de nossos anais."[2]
Esta ordem mais elevada dos dois sacerdócios mórmons é chamada o
"sacerdócio de Melquisedeque... porque Melquisedeque foi grande sumo
sacerdote" (Doutrinas e Convênios 107:2). (Ver Gênesis 14:8; Salmos
110:4; Hebreus 5:6; 6:20; 7:1.) Os oficiais deste sacerdócio incluem anciãos
(ou élderes), os setenta, e sumo sacerdotes. Os mórmons crêem
que, "como o próprio Deus, o sacedócio de Melquisedeque tem natureza
eterna". É " um princípio eterno, e existiu com Deus desde a
eternidade e existirá eternamente, sem começo de dias ou fim de anos."[3]
Muitos anos antes de Deus estabelecer o sacerdócio por meio de
Arão como um ofício contínuo, as Escrituras falam-nos de um homem chamado
Melquisedeque (Gênesis 14). Melquisedeque não teve princípio registrado nem
fim, e era sumo sacerdote e rei. Nestas coisas ele era uma figura do Senhor
Jesus Cristo, nosso Deus eterno (Isaías 9:6), Sumo Sacerdote e Rei dos reis.
Depois da apresentação deste homem, Melquisedeque, não houve outro
sacerdócio segundo Melquisedeque, ordenado por Deus por séculos. Homem algum,
depois de Melquisedeque, ocupou tal posição até que Jesus viesse e cumprisse a
figura que Melquisedeque e seu sacerdócio representavam. Quando Jesus chegou,
foi declarado "sacerdote para sempre" (Hebreus 7:21). "Jesus,
porque continua para sempre, tem sacerdócio imutável" (Hebreus 7:24). De
acordo com os eruditos do grego como Robertsom e Thayer, imutável significa
"intransferível". Jesus somente, por todo o tempo, é nosso sacerdote
segundo Melquisedeque. Parece excessivamente tolo alguém hoje reivindicar um
sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. Leia Hebreus 7.
Uma olhada à igreja mórmon com seu sacerdócio aarônico e de
Melquisedeque restaurados devia convencer qualquer pessoa que tenha
conhecimento da igreja do Novo Testamento de que os mórmons restauraram demais!
Restauraram o que jamais existiu! Não existiram tais oficiais como sacerdotes,
setenta, sumo sacerdotes aarônicos ou de Melquisedeque, etc., na igreja do Novo
Testamento. Entretanto, esta é a estrutura sobre a qual a igreja dos Santos dos
Últimos Dias é construída - a autoridade dos sacerdócios restaurados aarônico e
de Melquisedeque, encontrados somente na igreja mórmon.
O ofício de diácono, como descreve o Novo Testamento, deve ser
ocupado por aquele que seja "marido de uma só mulher, e governe bem seus
filhos e sua própia casa" (1 Timóteo 3:12). Pode um menino de 12 anos de
idade ter qualificações para diácono de acordo com esta descrição?
Deus ordenou que os sacerdotes deviam ser da tribo de Levi,
descendendo diretamentne de Arão e seus filhos. Entretanto a maioria dos
mórmons reivindica ser das tribos de Efraim ou Manassés - as tribos erradas!
Um dos mais altos deveres dos sacerdotes no Antigo Testamento era
oferecer sacrifício de sanque. Os sacerdotes mórmon não o fazem. Se esta é uma
restauração do sacerdócio, por que não o fazem?
Genealogias
O verdadeiro propósito de todo o trabalho genealógico dos mórmons
é prover informação para o batismo pelos mortos; ordenanças seladas por
procuração (ordenança pela qual marido e esposa são selados no casamento para o
tempo e a eternidade), e ordenação e doações para parentes mortos a fim de
ajudar a salvá-los ou exaltá-los. Desta forma os mórmons procuram os nomes dos
mortos mediante pesquisa genealógica e então são batizados em seu lugar. O
presidente Joseph Fielding Smith disse: "O maior mandamento dado a nós que
é obrigatório, é o trabalho do templo por amor de nós mesmos e por amor de
nossos mortos."[4]
A igreja mórmon guarda o microfilme de toda esta obra genealógica
em grandes túneis cavados numa montanha de granito em Little Cottonwood Canyon,
ao sudeste de Salt Lake City. Estas genealogias são traçadas até séculos atrás.
Quarenta e cinco milhões de pessoas já foram batizadas por procuração. Somente
em 1975 mais de três milhões foram batizados em 16 templos mórmons. Treze
equipes de televisão nos Estados Unidos e outras 67 equipes ao redor do mundo
trabalham para acrescentar informação microfilmada acerca dos mortos à que já
existe. Mais de 120 milhões de dólares já foram gastos com este fim.
Em 1966 "A carga total de microfilme incluía 579,679.800
páginas de documentos. Havia mais de 5 bilhões de nomes nos arquivos - a igreja
gasta cerca de 4 milhões de dólares por ano com a Sociedade Genealógica. Esta
tem 575 empregados e é dirigida por uma junta da qual fazem parte dois
apóstolos."[5]
Amigos, todos vocês que estão presos por sacerdotes e genealogias,
leiam com cuidado e alegria. Tenho boas-novas para vocês!
Adeus Sacrifícios, Sacerdotes e Genealogias
Boas-novas! Maravilhosas novas! Não é mais preciso oferecer
sacrifício por nossos pecados. Jesus ofereceu "para sempre, um único
sacrifício pelos pecados" (Hebreus 10:12), e assim desfez a necessidade de
qualquer outro sacrifício.
Os sacerdotes do Antigo Testamento tinham como função principal
oferecer sacrifícios de sangue como propiciação pelo pecado (Veja Levítico
9:1,2). Todos os seus sacrifícios simbolizavam o dia quando Cristo, o Cordeiro
de Deus, derramaria seu sangue por nossos pecados. Quando Jesus morreu na cruz
a figura foi cumprida, logo a necessidade de sacrifícios, e também a
necessidade de sacerdotes, foram desfeitas.
Quando meu amigo John falava comigo da doutrina mórmon,
freqüentemente alegava que todas as outras igrejas eram falsas, exceto a igreja
mórmon. Uma das razões para isto é que não tínhamos autoridade por não termos
sacerdócio oficial, apóstolos nem profetas. O que diz Deus acerca disso?
Todo cristão agora é declarado sacerdote. "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro
2:9). "João, às sete igrejas que se encontram na Ásia: Graça e paz a vós
outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete
Espíritos que se acham diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel
testemunha, o primogênito dos mortos, e o soberano dos reis da terra. Àquele
que nos ama, e pelo seu sanque nos libertou dos nossos pecados, e nos
constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, e ele a glória e o domínio
pelos séculos dos séculos. Amém" (Apocalipse 1:4-6).
A morte de Cristo elimina o sacerdócio formal judaico. O véu do
Templo que simboliza a separação da humanidade de Deus, foi "rasgado de
alto a baixo" quando Ele morreu e tornou-se nosso sumo sacerdote dando-nos
acesso direto a Deus (Hebreus 10:18-21). Agora podemos chegar à presença de
Deus mediante seu sacrifício. Jesus é nosso Sumo Sacerdote, nosso Sacrifício e
nosso Mediador. Não precisamos de nenhum outro.
Todo aquele que aceita o Cordeiro de Deus
sacrificial como propiciação por seu pecado, todo aquele que se torna
cristão passa a fazer parte dessa geração escolhida e é incluído nesse
sacerdócio real, tanto as mulheres como os negros. Temos a autoridade da
Palavra de Deus, e a habitação do Espírito Santo que prometeu guir-nos na
verdade, a Palavra de Deus. Todos nós fomos nomeados seus embaixadores,
o que nos dá imensa e certa autoridade (veja 2 Coríntios 5:17-21). Isto não é
verdade com relação ao "sacerdócio" mórmon.
Os registros genealógicos foram completamente destruídos pelos
romanos. Esse registros genealógicos eram
guardados cuidadosamente pelos judeus por causa de linhagens familiares e
heranças tribais. Tanto Mateus como Lucas registram a genealogia de Cristo.
Deus permitiu que isso fosse incluído em sua Palavra para que a messianidade de
Jesus Cristo pudesse ser provada. Centenas de anos antes de Jesus Cristo, os
profetas disseram que ele viria de um certo povo, de uma certa tribo, de uma
certa linhagem, de um certo indivíduo dentro dessa família. Isto foi parte da
prova magnífica de Deus de que Jesus Cristo foi Deus na carne como dizia ser.
Depois de Jesus ter sido crucificado, Tito, no ano 70 A.D. destruiu
todos os registros genealógicos de Jerusalém. Tudo o que restou foram os que
estão registrados na Palavra de Deus. Deus estava dizendo: "O Messias já
veio e sua genealogia já foi provada. Está terminado."
Os registros genealógicos eram um meio pelo qual se provavam as
qualificações dos sacerdotes. Sua linhagem podia ser traçada até Arão. Ao
instituir o sacerdócio judaico Deus escolheu somente uma das 12 tribos de
Israel, os levitas, para serem sacerdotes. Da tribo de Levi ele escolheu um
homem, Arão, como sumo sacerdote. Todos os sacerdotes verdadeiros descendiam de
Arão (veja Exôdo 28:1;31:10; Levítico 8:2;9;Números 3:1-4). Qualquer pessoa que
não fosse descendente de sangue de Arão, e afirmasse ser sacerdote, era
sacerdote falso, a despeito de quantas vozes pudesse ouvir ou visões que
pudesse ter reivindicado que Deus lhe havia dado a autoridade de sacerdote. A
descendência de Arão devia ser comprovada.
Ao permitir Deus que estes registros genealógicos fossem
destruídos, depois de tê-los preservado miraculosamente por séculos, tornou
impossível que qualquer pessoa traçasse sua descêndencia de Arão e assim
reivindicasse ser sacerdote aarônico! Qualquer homem que alega ser sacerdote
segundo Arão hoje é falso sacerdote.
Além disso, Deus admoesta que as pessoas "não se ocupem com
fábulas e genealogias sem fim, que antes promovem discussões do que o serviço
de Deus, na fé" (1 Timóteo 1:4). De novo sua palavra diz: "Evita
discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a lei"
(Tito 3:9). Nesta era da graça o sistema judaico foi deixado de lado por Deus.
Somente os que gostariam de ser mais hebreus que os próprios hebreus,
apegar-se-iam ao sistema há muito rejeitado por Deus. É por isso que não temos
lista de sacerdócio - aarônico, segundo a ordem de Melquisedeque ou de qualquer
outra espécie - na igreja estabelecida de Jesus Cristo! Não há tal ofício hoje.
A igreja do Novo Testamento não tinha necessidade deles e qualquer igreja que
tiver uma ordem oficial de sacerdotes não é igreja neotestamentária. Pode ser
tudo, menos igreja cristã.
Os Santos dos Últimos Dias dão muitas importâncias ao sacerdócio
aarônico e de Melquisedeque. No amor de Cristo, lhe imploramos que
reconsiderem. Não construam o que Deus destruiu. Não há, não pode haver
sacerdotes hoje. Não duvidamos da integridade e sinceridade de muitos que
afirmam ser sacerdotes e daqueles que crêem que sejam. Mas tentar restaurar o
que Deus já desfez e colocar os homems, pelo menos em parte, de volta às obras
em vez de deixá-los inteiramente sob o sangue de Cristo para salvação completa
e inteira é trágico, tanto agora como na eternidade, para eles e para os que os
seguem.
Nem Paulo nem Pedro afirmaram ser sacerdotes, a não ser no sentido
em que todo o cristão o é. Como sacerdotes, os que aceitamos o Cristo bíblico,
podemos chegar a Deus por nós mesmos mediante o sangue do Senhor Jesus Cristo.
Tornamo-nos sacerdotes ao obtermos sua salvação completa, grátis e eterna.
Não muito tempo atrás um mórmon dedicado assegurou-me que dependia
somente de Jesus para sua salvação. Eu disse: "Suponha que alguém que não
pertence à igreja mórmon aceitasse Cristo e dependesse somente dele para chegar
ao céu mais alto. Essa pessoa conseguiria?"
O mórmon, de repente ficou silencioso, evindência muda de que
consciente ou inconscientemente ele depende de Cristo e da igreja mórmon.
Segundo a Escritura o único meio de salvação é aceitar Jesus Cristo como todo-suficiente,
mais nada (ver Efésios 2:8,9).
Examine a parábola que Jesus contou acerca do fariseu e do
publicano em Lucas 18:9-14. O fariseu, inegavelmente, pertencia à "única
igreja verdadeira" no sentido de pertencer ao sistema de adoração que Deus
havia estabelecido no Antigo Testamento. Seu sistema ainda retinha sacerdotes,
homens como Caifás, e eram legítmos pois isto veio antes da cruz. Portanto, o
fariseu podia gabar-se de pertencer à única igreja verdadeira establecida por
Deus, e que ela possuía o único sacerdócio autorizado. Ele era muito religioso,
e aparentemente, pelos padrões humanos, muito bom. Ele orou: "Ó Deus,
graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e
adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o
dízimo de tudo quanto ganho" (Lucas 18:11,12). Ele era fiel à igreja, cria
em Deus, dava o dízimo de tudo quanto ganhava, era justo nos negócios, e não
tomava dinheiro à força ou por meios desonestos. Tratava o próximo com justiça,
pagava suas dívidas e era fiel à esposa.
O publicano, por outro lado, era uma confusão. Era um judeu que os
outros consideravam ter se vendido aos conquistadores romanos. Ele cobrava
impostos dos judeus para os romanos. Uma das maneiras pelas quais estes
publicanos desprezíveis conseguiam levar vantagem era cobrar mais imposto do
que os romanos exigiam e embolsar a diferença. Alguns, por meio disto,
tornavam-se ricos. O publicano não tinha boas obras algumas que o
recomendassem a Deus. É significativo que ele nada tenha dito a Deus acerca de
orações, dízimos, ou não ser adúltero. Ele era um pecador miserável, desonesto
e sem esperança. Amigos mórmons, qual destes dois homens vocês deixariam
entrar no céu?
O publicano orou, nem mesmo levantando os olhos para os céus,
batendo no peito na agonia da necessidade e convicção do pecado: "Ó Deus,
sê propício a mim pecador!"
Qual dos homems foi para casa "justificado", livre do
pecado, salvo? Disse Deus a respeito do publicano: "Este desceu
justificado para sua casa, [salvo, perdoado, justificado com Deus], e não
aquele."
Muitos amigos mórmons dizem-me com grande veemência: "Você
quer dizer que um homem que ia à igreja, tinha uma vida correta, pagava as
dívidas, etc., podia morrer e não ir para o céu, e que um homem que mentia,
roubava, trapaceava e levava uma vida má, podia dizer: 'Jesus, salva-me', e ser
salvo nos últimos dias ou horas de sua vida? Besteira!" Sim, é exatamente
isto que quero dizer e a Bíblia o prova (veja o encontro de Jesus com o ladrão
na cruz em Lucas 23:39-43; também a parábola dos trabalhadores da vinha, em
Mateus 20:1-16). Os mórmons não podem compreender como se pode aplicar a graça
de Deus aos que não trabalharam pela salvação, que não a ganharam.
Todos nós temos uma natureza pecaminosa. Quantidade alguma de
obras jamais poderá mudar essa natureza, somente Jesus pode. Em qualquer ponto
da vida que aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal, é aí que a pessoa se
torna nova criatura em Cristo. Então as boas obras fluirão dela, não
para comprar a salvação, mas em amor e gratidão, prova de que foi salva. O
sangue do Senhor Jesus Cristo pode lavar qualquer pessoa quando vier,
honestamente, com todo o seu coração, a ele. Nada mais satisfará a Deus.
Meu bom amigo Marvin Cowan, por muitos anos mórmon dedicado e
conquistador de outros para o mormonismo, disse-me pungentemente com que fervor
cria na igreja mórmon e o quanto por ela trabalhou antes de encontrar o Senhor
Jesus Cristo e ser libertado desse sistema. Hoje ele é missionário Batista aos
mórmons a quem ama e por quem seu coração se condói. Ele é um dentre muitos que
já disserem alô a Jesus e adeus aos sacerdotes. O desejo do coração dele, e do
meu, é ganhar mórmons, qualquer coração faminto que esteja lendo estas páginas,
não deseja você dizer alô, de uma vez e para sempre, a Jesus neste instante?
"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz,
e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo"
(Apocalipse 3:20).
______________
Notas
[1] Talmage, Articles of Faith,
pp. 204-211.
[2] B.H. Roberts, A Comprehensive
History of The Chruch of Jesus Christ of Latter-day Saints (Salt Lake City:
Deseret News Press, 1930), vol.1, p.40.
[3] Bruce R. McConkie, Mormon
Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft Inc., 1966), p.477.
[4] Joseph Fielding Smith, Doctrines
of Salvation, vol.2, p.149.
[5] Wallace Turner, The Mormon
Establishment (Boston: Houghton Mifflin Co., 1966), pp.81,82.
A Ilusâo Mórmon — Parte 6 (Capítulos 11
e 12)
CAPÍTULO ONZE
Algumas Doutrinas - Distintivas mas Dúbias
Algumas das doutrinas mais características da igreja mórmon não
são encontradas no Livro do Mórmon mas em alguns outros escritos deles. Neste
capítulo discutiremos a visão que os mórmons têm do casamento múltiplo, do
inferno, do batismo pelos mortos, dos três céus, da preexistência e dos negros.
Poligamia
No princípio, Deus deu a Adão uma esposa. (Veja Gênesis 2:18-25.)
Aqui, de novo, não estamos lidando com especulações ou teorias, mas com fato
bíblico.
Deus instituiu o casamento: uma esposa para cada homem. Depois de
o pecado ter começado a escurecer o coração do homem, muitas vezes ele tomou
mais de uma esposa. A maioria das vezes, isto contribuiu para o seu pesar e
também para o pesar de Deus.
Sob a graça do Novo Testamento Deus definitivamente limitou o
homem a uma única esposa. Qualquer outra coisa seria adultério. "É
necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,
temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar" (1 Timóteo
3:2).
Deus não teve e também não tem um padrão para os bispos (pastores)
e outro para os crentes. Isto meramente significa que o bispo devia ser um cristão
provado e praticante, esposo de uma só mulher.
O Livro de Mórmon concorda com a Bíblia quanto a este
assunto: "Eis que Davi e Salomão, realmente, tiveram muitas mulheres e
concubinas, o que foi abominável diante de mim, diz o Senhor" (Jacó 2:24).
Jacó 3:5 também afirma que o mandamento do Senhor era que o homem possuísse uma
só mulher. Entretanto, o profeta José Smith mais tarde teve uma revelação,
registrada em Doutrina e Convênios 132:4. "Pois eis que eu te
revelo um novo e eterno [observe esta palavra!] convênio; e se não o
obedeceres, então serás condenado."
Smith então prosseguiu elaborando sobre a doutrina de o homem ter
permissão para possuir mais de uma mulher. De fato, se o homem não guardasse
essa aliança seria amaldiçoado. Smith prosseguiu dizendo em Doutrina e
Convênios 132:38,39 que Deus havia, de fato, dado a Davi e a Salomão suas
mulheres. Finalmente, José Smith conclui que o Senhor justificara seus
servos Davi e Salomão por terem muitas esposas!
Ora, José Smith recebeu esta revelação mui conveniente no dia 12
de julho de 1843. Ele foi morto em 1844. Vários escritores mórmons afirmam que
Smith tinha cerca de 48 esposas. Até mesmo uma posição mais caridosa
dificilmente poderia evitar a implicação forte de que José Smtih vivia em
adultério muito antes de ter tido sua "revelação".
É interessante notar que incluso na revelação de José Smith
existia uma admoestação para Emma Smith, sua esposa, no sentido de receber as
outras esposas. Observe também o tempo verbal. "Receba todas as que foram
dadas ao meu servo José..." (Doutrina e Convênios 132:52).
Esta doutrina era contrária à lei do país, e foi responsável por
grande parte da perseguição sofrida pelos mórmons.
Talvez em uma tentativa de apoiar a revelação de José Smith,
outros líderes mórmons foram até ao ponto de tentar tornar válida esta
doutrina. Ao falar do casamento em Caná, Orson Hyde afirma que Jesus Cristo foi
casado em Caná de Galiléia; Maria, Marta e outras eram suas mulheres.[1] Isto é
ridículo, para não dizer blasfemo. Obviamente o Criador eterno, que Jesus é,
não se casaria com a criatura. Em João 2:2 o relato nos diz que Jesus
"também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento". Não
é costume a pessoa receber convite para seu próprio casamento. Em João 2:8-10 o
noivo e não Jesus, recebe os cumprimentos do mestre-sala pela
qualidade do vinho. O mestre-sala não tinha consciência do milagre que Jesus
acabara de fazer. Orson Pratt, outro líder mórmon, em Seer (Vidente),
página 159 afirmou que Jesus tinha esposas.
Este ensinamento polígamo dos mórmons é mais uma indicação de que
os mórmons crêem em um Cristo totalmente diferente do que é ensinado na Bíblia.
É outro Cristo. Outro Jesus ou um Cristo falso, admoesta a Bíblia, não pode
jamais salvar, não importa quão sinceramente a pessoa o aceite. O Cristo
não-eterno dos mórmons que teve de "atingir" a estatura de Deus, que
era polígamo, e como também ensinam os mórmons, um ser criado e irmão do diabo,
não pode salvar a ninguém. O nome pode ser o mesmo, os termos que os mórmons
usam podem ser similares, mas a pessoa é inteiramente outra.
Os mórmons apegaram-se tenazmente à doutrina da poligamia como
desposada por seu profeta José Smith até que a pressão da lei tornou-se tão
grande que tiveram de desistir da prática. O presidente Wilford Woodruff obteve
uma "revelação" conveniente de Deus a tempo de evitar a pressão
sempre crescente do governo e a perseguição contra a poligamia. No dia 25 de
setembro de 1890, proclamou um manifesto declarando as intenções dos mórmons de
obedecer às leis do país quanto ao ter uma única esposa. Os mórmons deram sua
palavra de honra que iam guardar essa lei, mas muitos dos líderes mórmons mais
tarde admitiram em público que haviam quebrado o voto e tomado outras esposas.
Os mórmons estão num dilema. Brigham Young, o profeta mórmon
inspirado disse: "Os únicos homens que se tornam deuses, até mesmo filhos
de Deus, são os que aceitam a poligamia." (2) José Smith havia dito que os
que não aceitassem totalmente esta doutrina seriam amaldiçoados. O Livro de
Mórmon diz uma única esposa, qualquer outra coisa seria abominação para
Deus. O presidente Woodruff disse que Deus lhe havia dito (decida você mesmo
se, por revelação como ele afirmava, ou pela pressão do governo) que a aliança
eterna estava anulada! De volta à uma esposa!
Parece-nos que no que respeita ao casamento múltiplo os mórmons
estão perdidos se o praticam e se não o praticam. Lembre-se, pro favor, Deus
disse não ser autor de confusão.
É um tanto difícil compreender como, se a revelação de José Smith
era eterna, poderia ela ser anulada, ainda que temporariamente. Isto não
torna a palavra "eterna" quase vazia de sentido?
Inferno
Jesus Cristo ensinou muito acerca do inferno. Das 24 vezes que o
inferno "e mencionado no Novo Testamento, em 22 destas, Jesus, o amante de
nossas almas, é o porta-voz. Sua descrição do hades em Lucas 16 é bastante
gráfica.
Jesus falou de um homem chamado Lázaro que morreu e foi
"levado para o seio de Abraão". Certo homem rico, neste relato real,
também morreu e foi para o inferno. Não faz nenhuma diferença, quer concordemos
ou não, que haja inferno, no que concerne à verdade deste relato. Jesus não
mente e ele disse haver um inferno eterno para os perdidos. A Bíblia, clara e
definitivamente ensina que há inferno, e descreve sua forma final em Apocalipse
20:15: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi
lançado para dentro do lago do fogo."
O Livro de Mórmon concorda, bem de perto, com a Bíblia,
acerca do inferno. "E a outros ele [o diabo] lisonjeia, dizendo que não há
inferno; e diz-lhes: Eu não sou diabo; ele não existe; e isso ele lhes sussurra
aos ouvidos, até os agarrar com suas terríveis correntes, das quais não há
libertação. Sim, são agarrados pela morte e inferno; e a morte, o inferno, o
diabo e todos os que foram seduzidos por ele, deverão apresentar-se diante do
trono de Deus e ser julgados pelas suas obras; daí deverão ir para o lugar
preparado para eles, um lago de fogo e enxofre, que é tormento sem fim" (2
Nefi 28:22, 23).
A despeito destas declarações claras de Bíblia e do Livro de
Mórmon, John A. Widtsoe, escritor e autoridade mórmon notável e também
apóstolo, afirma: "Na igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
não há inferno..." (3)
Outras autoridades mórmons ensinam que o inferno não é eterno;
terá um fim -- uma espécie de purgatório limitado para o perdido de uns mil
anos ou mais. Em nossa tentativa de pesquisar o que os mórmons ensinam sobre o
inferno fomos desde os apóstolos, mestres e livros inspirados que ensinam o
inferno sem fim até outros que ensinam um inferno limitado, e ainda outros que
ensinam não existir inferno de jeito nenhum. Assim como acontece com muitas
outras crenças mórmons, os líderes mórmons, seus livros e os membros de suas
igrejas estão deseperançadamente divididos e parecem não saber no que realmente
crêem.
Se você pensa ser este um exagero injusto, verifique os escritos
de 10 ou mais apóstolos mórmons sobre o inferno, leia acerca do inferno em três
livros mórmons inspirados, depois pergunte a dez mórmons dedicados o que crêem
acerca do inferno.
Alguns líderes mórmons, numa tentativa de evadir ao terrível
horror do inferno, tentam eliminá-lo explicando que qualquer castigo de Deus é
eterno porque Deus é eterno. Portanto, um único momento de castigo de Deus
pareceria um eternidade. Da mesma forma, entretanto, não gostam de considerar
que a bênção de um minuto seria o mesmo dele uma benção eterna? . Duraria o céu
somente um minuto? Jesus disse: "E irão estes para o castigo eterno, porém
os justos para a vida eterna" (Mateus 25:46). Deu ele indicação de que a
vida eterna e o céu são temporários e passageiros? Se as bênçãos eternas de
Deus são para sempre, também o são seus castigos eternos.
A mesma palavra grega aionios, usada para descrever a
continuação eterna do inferno é também usada para descrever a eterna
continuação de Deus e da continuação eterna do céu! De modo que se Deus é
eterno ou para sempre, e se o céu é eterno, então o inferno também o é.
E quando a Bíblia se refere à "segunda morte"
(Apocalipse 2:11; 20:14), ao falar dos que vão para o inferno, não significa
que cessem de existir. Apocalipse 14:11 e numerosos outros versículos dizem-nos
acerca da angústia e tormento eternos dos que estão no inferno. Quando Deus diz
que todos os homens estão "mortos nos seus delitos e pecados"
(Efésios 2:1) antes de, pessoalmente, virem a Cristo ele não quer dizer que
cessem de existir. Embora sintam, pensem, comam e respirem, etc., Deus diz
estarem mortos. "Mortos", nestes exemplos, como "perecer" e
"destruir", refere-se não à perda do ser, mas à perda do bem-estar;
não significa extinção, mas ruína.
Lemos no Livro de Mórmon: "Porque, se protelardes o
dia do vosso arrependimento para o dia da vossa morte, eis que vos tereis
submetido ao espírito do diabo, que vos selará como coisa sua; portanto, o
Espírito do Senhor se apartou de vós e não tem lugar em vós, ao passo que a
diabo terá sobre vós toda a força; é este o estado final dos ímpios" (Alma
34:35).
Tanto a Bíblia como o Livro de Mórmon ensinam um inferno
eterno. Quando os escritores e apóstolos mórmons negam a existência do inferno
eterno, entram em completa contradição com a Bíblia e com o Livro de Mórmon.
Batismo
Se o estado final dos ímpios é selado com o diabo no inferno, como
ensina o Livro de Mórmon, parece fútil que os mórmons sejam batizados
como substitutos daqueles que já morreram.
Os mórmons crêem que o batismo é essencial para a salvação. Os que
nunca ouviram o evangelho ou nunca foram batizados, ou viveram e morreram antes
de o evangelho ser restaurado, não podem salvar-se a menos que alguém seja
batizado por eles. Essa doutrina não foi ensinada no Livro de Mórmon mas
é resultado de revelações posteriores de José Smith. Relatos dela são
encontrados em Doutrina e Convênios, seções 124 e 128.
Em toda Bíblia, que cobre muitos séculos, não há um único
mandamento pelo qual devamos ser batizados pelos mortos por procuração. Em Doutrina
e Convênios 128:16, José Smith refere-se a 1 Coríntios 15:29 como apoio à
sua doutrina do batismo pelos mortos: "Doutra maneira, que farão os que se
batizam por causa dos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por
que se batizam por causa deles?" Eis aqui um exemplo de como os mórmons
usam um versículo fora de seu contexto.
O assunto da passagem de 1 Coríntios é a ressureição, não o
batismo. O capítulo 15 de 1 Coríntios dá-nos uma linda figura da ressurreição
de Cristo e de nossa própria ressurreição se formos cristãos. (A ressurreição
dos ímpios é tratada em outros lugares, como Apocalipse 20.) Paulo está
respondendo a muitas questões acerca da ressurreição. Diz ele que até os pagãos
que se batizam por seus mortos fazem isto por crerem haver uma ressurreição dos
mortos. "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos
mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que se batizam
por causa deles?" (Os itálicos são do autor.) Esses comentários não o
identificam ou a qualquer outro cristão com os que se batizam por causa dos
mortos. Ele simplesmente reconhece o fato de que até os pagãos crêem na
ressurreição dos mortos; quanto mais deveriam os cristãos.
Conhecemos dois grupos pagãos da época de Paulo que batizavam por
causa dos mortos, os ceríntios (não coríntios!) e os marcionitas. Nem os
cristãos daquele tempo nem os de agora batizam por causa dos mortos. Esta única
referência ao batismo por causa dos mortos são beneficiados ou salvos por esse
batismo. Paulo usou isto como ilustração.
A Bíblia ensina, sem sombra de erro, que não há oportunidade
alguma de os homens serem salvos depois da morte. Na morte o destino dos
perdidos é selado imediatamente e para sempre, de uma vez por todas. É por isso
que os missionários da cruz saem com tanta urgência em obediência ao mandamento
de Cristo. É por isso que se sacrificam e morrem, para que os outros possam
ouvir o evangelho. De que adiantaria isso, se depois que os perdidos morressem,
o próprio Cristo lhes fosse pregar o evangelho?
Como missionário no Alasca, enfrentei ameaças de morte; vi minha
linda filhinha doente com febre reumática enquanto vivíamos numa cabana
terriágua corrente. Sofri a agonia de meus filhos e vi minha adorável esposa
lutando por sua saúde à medida que tentávamos levar o evangelho aos perdidos.
Entretanto o que sofremos, quando comparado com o que outros santos
missionários suportam a vida inteira, não por algumas semanas ou alguns rápidos
anos, por Jesus Cristo e por seu evangelho precioso, foi algo de pouca
importância. Esses missionários estão dispostos a enterrar suas vidas, ambições
e deixar suas famílias para arriscar a dureza e morte; tudo isso porque sabem
que os homens estão perdidos sem Cristo! Essas pessoas perdidas não têm
esperança se não puderem ser alcançadas enquanto estiverem vivas!
Não há oportunidade depois da morte. "Eis agora o tempo
sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação" (veja 2 Coríntios 6:2).
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois
disto, o juízo" (Hebreus 9:27). Não há salvação para os que estão sem
Cristo: "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavía, se
mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus" (João 3:36).
Todos os homens serão ressuscitados: os salvos para a vida, a vida
eterna (veja João 6:40) e os não-salvos para a condenação (veja João 5:29;
Apocalipse 20:3-6). Apocalipse 20:15 acrescenta a palavra final acerca dos
não-salvos: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse
foi lançado para dentro do lago de fogo."
Céu
Em Doutrina e Convênios 76, José Smith ensina que há três
céus ou três graus de glória. O primeiro céu é a glória teleste para
onde até mesmo os incrédulos vão. O segundo céu, ou o céu terreste é
para as pessoas boas e religiosas que não são mórmons, e também para os mórmons
que não preencheram os requisitos de sua igreja para a glória celeste. O
terceiro céu é a glória celeste que é somente para os mórmons!
Biblicamente, os mórmons tenteam basear esta doutrina em 1
Coríntios 15:35-54. Parte desta passagem diz: "Nem toda a carne é a mesma;
porém uma é a carne dos homens, outra a dos animais, outra a das aves e outra a
dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestes; e, sem dúvida, uma
é a glória dos celestiais, outra a glória dos terrestres. Uma é a glória sol,
outra a glória da lua, e outra a das estrelas; porque até entre estrela e
estrela há diferenças de esplendor" (1 Coríntios 15:39-41).
Nesta passagem gloriosa sobre a ressurreição, o assunto
definitivamente é corpos, não céu ou céus de per se. Nos versículos
35-38, Paulo usa o grão como ilustração da diferença de nossos corpos depois da
ressureição. Então ilustra seu ponto fazendo referência à carne diferente dos
homens, dos animais, dos peixes e das aves (v.39). Depois ele se refere à
diferença dos corpos humanos e possivelmente dos corpos angelicais ou
celestiais (v.40). Finalmente, refer-se ele à diferente glória do sol, da lua e
das estrelas em seus tipos de glória individuais que se podem identificar
pessoalmente (v.41).
Então no versículo 43 Paulo diz que nossos corpos terrestres, que
morrem e se decompõem, são diferentes de nossos corpos ressurretos. Nossos
corpos de ressurreição são glorificados; ainda assim retêm sua identidade
humana e pessoal. Aqui Paulo simplesmente dá ênfase ao fato que há uma grande
diferença entre a glória dos corpos celestes e dos corpos terrestres. "Uma
é a glória do sol, outra a glória da lua, e outra das estrelas; porque até
entre estrela e estrela há diferenças de esplendor" (v.41). O assunto
ainda é corpos ressurretos, e não três diferentes céus.
Agora Paulo volta ao ponto de sua ilustração no versículo 42:
"Pois assim também é a ressurreição, dos mortos. Semeia-se o corpo na
corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em
glória." A diferença principal de glória da qual fala Paulo é a diferença
entre o corpo que agora possuímos, nosso corpo natural, e, se somos cristãos, o
corpo glorioso, ressurreto e espiritual que teremos.
Repito, o assunto desta passagem é corpos, não céus. Esta
passagem não ensina três céus como José Smith e os mórmons afirmam. O contexto
não dá apoio algum a tal alegação. Deveras, o mesmo contexto fala acerca de
diferenças de glória entre estrela e estrela. Para serem consistentes, então,
os mórmons deviam ensinar a existência de milhões de céus e graus de glória
diferentes, porque há milhões de estrelas que diferem umas das outras em
glória.
Marvin Cowan, missionário aos mórmons diz: "Paulo menciona quatro
tipos de carne. Este versículo ensina que há quatro céus? Esse raciocínio é tão
válido quanto o que os Santos dos Últimos Días fazem com os próximos dois
versículos."[4]
O ladrão na cruz clamou a Jesus e foi salvo instantaneamente e
teve a segurança de que nesse mesmo dia estaria com Cristo no paraíso. Paulo, o
missionário mais poderoso que este mundo já conheceu, um tremendo apóstolo, e
um dos santos mediante os quais Deus deu sua Palavra,foi levado ao terceiro
céu. (Segundo os mórmons, esse é o céu mais alto que existe.) Adivinhe quem já
estava lá? É isso mesmo, o ladrão que não fora batizado, não tivera boas obras,
trabalho no templo ou qualquer tipo de religião que o recomendasse! Ele fora
salvo pelo sangue do Senhor Jesus Cristo. Ele foi salvo instantâneamente e para
sempre porque, crendo, clamou a Jesus Cristo e seus pecados foram lavados e sua
natureza mudada por Jesus. A prova? O terceiro céu é também chamado
paraíso! Leia-o você mesmo! "Conheço um homem em Cristo que, há catorze
anos foi arrebatado até ao terceiro céu, se no corpo ou fora do corpo. não sei,
Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus
o sabe, foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais
não é lícito ao homem referir" (2 Coríntios 12:2-4; itálicos do autor).
Isto contradiz clara e totalmente o que os mórmons ensinam acerca
do céu e de como lá chegar. Paulo continua a revelar nesta passagem que foi ele
mesmo quem for arrebatado ao paraíso, ao terceiro céu, para onde Jesus levou o
ladrão salvo.
Na verdade, há somente um céu de Deus. Tanto a Escritura
como o uso hebraico, referem-se a três céus: o primeiro céu é o das nuvens, o
segundo é o do sol, da lua e das estrelas e o terceiro é o único céu de
Deus.
O céu das nuvens e da atmosfera. "O
Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu
tempo" (Deuteronômio 28:12). "Que cobre de nuvens os céus, prepara a
chuva para a terra" (Salmo 147:8).
O céu do sol, da lua e das estrelas. Gênesis 1:17
fala do sol e da lua: "E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem
a terra."
O céu de Deus. "Assim diz o Senhor: O céu é o
meu trono"(Isaías 66:1).
Não existe nenhuma indicação em toda a Bíblia de haver mais de um
céu de Deus. Pelo contrário, considere isto: "E quando eu for, e vos
preparar lugar [somente um, não três], voltarei e vos receberei para mim mesmo,
para que onde eu estou estejáis vós também" (João 14:3). Jesus fala aqui a
todos os cristãos e assegura-lhes que voltará para todos e que todos estarão
com ele (e certamente que Jesus estará no "céu mais alto", o
único céu de Deus) em um lugar para sempre!
"E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos
dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu"
(Marcos 13:27).
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem,
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos,
seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens para o encontro do Senhor
nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses
4:16,17).
Há um único céu, e um único inferno, e vamos para um ou
para o outro, dependendo de nossa atitude para com Jesus Cristo.
Preexistência
Embora esta, do ponto de vista dos mórmons, seja um doutrina
complicada, desejamos mencionar somente alguns fatos simples.
Basicamente, os mórmons ensinam que os homens eram inteligências
que existiam eternamente, então entraram os homens no mundo dos espíritos pré-
-mortais, pelo nascimento, quando Deus teve relações sexuais com uma de suas
esposas.[5] Estranho como pareça, este Deus que os mórmons acreditam ter corpo
de carne e ossos, teve filhos que são somente espíritos.
Versículos tais como Jeremias 1:5 são tomados, pelos mórmons, para
apoiar a doutrina de que existíamos como espírito antes de nascermos como seres
humanos: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e
antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às
nações."
Como é de esperar, uma superestrutura tremenda foi construída
sobre este fundamento excessivamente fraco e ambíguo.
Uma senhora mórmon esposa de um líder mórmon local, um tanto
perturbada por causa de alguns fatos que eu lhe estivera apresentando,
telefonou algumas noites atrás e se referiu a esse texto. "Não prova isto
que existíamos antes de termos nascido, se Deus nos conhecia antes de termos sido
formados no ventre?" --perguntou ela.
Absolutamente não! Da mesma forma que Mateus 7:23 "Então lhes
direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que
praticais a iniqüidade" não prova que existam pessoas das quais Deus não
tenha conhecimento.
Há duas possibilidades. Não sabemos o momento exato em que a vida
entra no feto. Esta passagem de Jeremias pode referir-se tempo antes de o feto
ser completamente desenvolvido no ventre materno, mas ainda assim tem vida. A
segunda possibilidade, e do meu ponto de vista, a mais plausível: esta passagem
simplesmente fala do conhecimento eterno de Deus. Certamente, os mórmons não
crêem que Jeremias, na realidade, tivesse sido ordenado como profeta no mundo
dos espíritos antes de ter um corpo! Mas se afirmamos que Deus literalmente
conhecia Jeremias antes de ele ter nascido, para sermos consistentes devemos
também literalmente aceitar o que Deus disse acerca de o ter ordenado como
profeta antes de ele ter recebido um corpo, enquanto ainda estava no mundo para
os mórmons é que este versículo não somente diz que Deus conhecia Jeremias e o
havia ordenado como profeta antes de ter sido formado no ventre materno, mas
também o santificara. Para os mórmons, toda esta vida é um período de provação,
mas esta interpretação indicaria que Jeremias teria sido perfeito antes de
nascer!
Agora examine atentamente Atos 15:18: " O Senhor que faz
estas cousas conhecidas desde séculos" Isto se refere ao conhecimento que
Deus tem de todas as coisas. Certamente não significa que suas obras existissem
antes de ele as ter formado! Se Deus conhecia suas obras desde o princípio do
mundo, isso certamente inclui a Terra. Não significa que a Terra existisse
antes de ele a ter formado! Jeremias é uma das obras de Deus. Certamente não
significa que Jeremias existisse antes de ter nascido. As obras de Deus
incluíram a criação de Adão. Enfaticamente, não significa que Adão existisse
antes de ter sido criado assim como também não significa que a Terra existisse
antes de ter sido formada. Romanos 8:28-30 esclarece o maravilhoso
pré-conhecimento de Deus, sem o qual ele não seria Deus, e toda nossa segurança
para a eternidade seria desfeita.
Deus disse em Gênesis 2:7: "Então formou o Senhor Deus ao
homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente." Foi aí qua a vida do homem começou. Ele não
tinha vida antes, em lugar algum e em tempo algum, Verifique que Deus não
colocou em Adão um dos seus filhos espíritos preexistentes que só existem na
literatura mórmon. O homem obteve a vida pela primeira vez diretamente de Deus.
Os Negros
A posição mutável dos mórmons acerca dos negros na igreja é ainda
outra contradição que grandemente enfraquece a validade da "única igreja
verdadeira".
Em junho de 1978, o presidente Spencer Kimball anunciou que por
divina revelação a igreja mórmon está livre para aceitar os pretos em seu
sacerdócio. Entretanto por muitos anos não fora esta a posição da igreja.
Segundo a doutrina mórmon, por causa de algum pecado preexistente, os negros
foram amaldiçoados com a pele preta. Esta maldição foi perpetuada mediante Ham.
Por causa disso o negro para sempre (segundo alguns livros e algumas
autoridades mórmons) não poderia receber o sacerdócio, nem o céu mais alto,
etc.
O escritor mórmon Arthur M. Richardson, declara: "A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não foi chamada a levar o evangelho
aos pretos, e não o faz."[6] O ponto de vista de Richardson claramente
contradiz Marcos 16:15: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda
criatura"; (pretos, vermelhos, brancos ou qualquer outra cor). Também
contradiz o Livro de Mórmon 2 Nefi 26:28: "Eis que ordenou o Senhor
a alguém que não participasse de sua bondade? Eis que vos digo, que não, mas todos
os homens têm o mesmo privilégio e a nenhum foi verdade" (itálicos do
autor).
____________
Notas
[1] Orson Hyde, Journal of
Discourses, vol.2, p.210.
[2] Brigham Young, Journal of
Discourses, vol.11, p.269. (Veja também vol.3, p.266.)
[3] John A. Widtsoe, Evidences
and Reconciliation (Salt Lake city: Bookcraft, 1960), p.216.
[4] Marvin E. Cowan, Mormon
Claims Answered, p.101.
[5] Milton R. Hunter, Gospel
Through the Ages (Salt Lake Ctiy: Deseret Books, 1945), pp.98, 126-129.
[6] Arthur M. Richardson, That Ye
May Not Be Deceived, p.13. Citado por Tanner, Mormonism, Shadow or
Reality, p.274.
CAPÍTULO DOZE
A Única Igreja Verdadeira
Há algo muito curioso acerca das reivindicações do mormonismo. Ás
vezes dão idéia de serem um corpo legítimo de cristãos, cujas doutrinas, com
exceção de alguns particulares, não diferem muito da afirmação de fé cristã em
geral. Mas ao mesmo tempo são a favor de uma igreja cujos livros inspirados
proclamam que todas as igrejas são erradas, todos os seus credos uma
abominação, e todos os seus adeptos são corruptos!
No que concerne ao credo mórmon, as "Regras de Fé" que
podem ser encontradas em Pérola de Grande Valor, é um tanto confuso de
examinar por que todos os outros credos são abominação para Deus,
mas quando os dogmas desses credos são transferidos verbatim ao
"credo" mórmon, de repente passam a tornar-se santos e aceitáveis a
Deus!
Se todos os nossos credos são abominação, como José Smith
proclamou mediante revelação: "Todos os seus credos eram uma abominação à
sua vista" (José Smith 2:19, Pérola de Grande Valor), dificilmente
esperaríamos que as "Regras de Fé" dos mórmons adaptassem as crenças
fundamentais nele contidas como suas próprias.
Mais confuso ainda é o ensino inspirado de José Smith no Livro
de Mórmon e por apóstolos mórmons, divinamente guiados que declaram:
"Todos os que não são Santos dos Últimos Dias, serão
amaldiçoados."[1] De novo, lemos: "Tanto os católicos como os
protestantes não são nada mais que a 'prostituta da Babilônia' a quem o Senhor
denuncia pela boca de João, o Revelador, como tendo corrompido toda a terra
mediante suas fornicações e maldades. Qualquer pessoa que for ímpia o
suficiente para receber a ordenança sagrada do evangelho dos ministros de
quaisquer destas igrejas apóstatas será enviada diretamente para o inferno com
eles, a menos que se arrependa desse ato ímpio e mau."[2] (E outros livros
mórmons dizem-nos que estaremos em um dos dois céus mais baixos ou graus de
glória.)
Em muitos livros, os mórmons afirman serem eles a única igreja
verdadeira mas citaremos Doutrina e Convênios 1:30. Aqui chama-se a
igreja mórmon: "A única igreja verdadeira e viva sobre a face de toda a
terra."
O que a igreja mórmon realmente ensina é: "Não há salvação
fora da...igreja [de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias].[3]
No Livro de Mórmon, 1 Nefi 13:26, José Smith escreveu:
"Uma grande e abominável igreja.. despojaram o evangelho do Cordeiro de
muitas partes que são claras e sumamente preciosas, como também de muitos dos
convênios do Senhor." Esta é uma referência às igrejas que supostamente se
apostataram. Ora, o Livro de Mórmon data este escrito de cerca do 600
a.C., 600 anos antes de Cristo vir, antes de haver qualquer evangelho do
Cordeiro, e certamente antes de haver quaisquer igrejas cristãs a que Smith se
refere.
Entretanto esta é uma das razões que José Smith dá para mostrar a
necessidade do Livro do Mórmon e da única igreja verdadeira. Todas
as outras igrejas tornaram-se falsas, e todos os cristãos eram corruptos e o
verdadeiro evangelho desapareceu da terra. O evangelho devia ser
"restaurado" e devia aparecer uma nova revelação.
Jesus disse explicitamente em Mateus 24:35: "Passará o céu e
a terra, porém as minhas palavra não passarão."
E outra vez Jesus declarou em Mateus 28:20 que estaria com sua
igreja e seu povo "todos os dias até a consumação do século". Todos
os dias. Continuamente. Com quem estaria Jesus se não houvesse
igrejas nem cristãos na terra logo depois da morte dele? E Jesus além disso
afirmou em Mateus 16:18: "Edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela."
Se o mormonismo for verdadeiro, o que Jesus disse não é
verdadeiro. Pois dizem os mórmons que as portas do inferno prevaleceram
contra a igreja dele, e a apostasia total eliminou sua verdadeira igreja, seu
povo verdadeiro, e sua palavra verdadeira da terra por mais de mil anos, para
serem "restaurados" pelo profeta Smith!
Essa doutrina mórmon não é somente infiel à Bíblia mas também
totalmente infiel à historia da igreja. Milhares, deveras, até mesmo milhões
espalhados ao redor do mundo viviam por Jesus Cristo até mesmo durante a Idade
das Trevas (a Idade Média). A igreja católica formal realmente se afastou de
Deus, mas Lutero e muitos outros foram salvos embora estivessem em seu seio
corrupto. O Livro de Mártires de Foxe conta da morte de centenas de
milhares por amor a Jesus Cristo, de como foram queimados na fogueira, de como
sofreram torturas indizíveis, de como foram devorados pelas feras selvagens, e
por todas essas provações proclamaram seu amor imorredouro por Jesus Cristo.
Muitos outros livros da história da igreja registram que durante
estas centenas de anos que José Smith nos quer fazer acreditar não ter havido
crentes verdadeiros nem igreja verdadeira sobre a terra, os cristãos morreram
em sua salvação e louvando a seu maravilhoso Salvador.
Um exemplo marcante, dentre milhares que podem ser dados, foi o
dos mártires da Legião de Tebas. Um grupo de soldados romanos de cerca de 6.666
homens que haviam aceitado a Cristo, a Legião de Tebas, no ano 286 A.D.
recusaram-se a negar a Cristo e oferecer sacrifícios pagãos. Foram cortados em
pedaços à espada.
Existiram vários grupos cristãos através dos séculos, muito antes
da Reforma Protestante, que jamais fizeram parte da igreja "mãe". Trial
of Blood (Trilha de sangue) e muitos outros livros de história têm
preservado o nome dessas igrejas: Paulicanos, Irmãos da Sorte Comum,
Montanistas, Paterins, Novacionistas, Arnoldistas, Cataristas, Albigenses,
Waldenses, Henricanos, Anabatistas, Batistas, e os nomes bem conhecidos das
igrejas oriundas da Reforma Protestante tais como a Luterana, a Presbiteriana,
Congregacional, a Metodista, etc.
Em 1536, depois de muitos anos de serviço fiel ao Senhor Jesus
Cristo e depois de traduzir a Bíblia para a língua do povo, William Tyndale foi
queimado na fogueira, perto de Antuérpia, na Inglaterra, orando até ao último
alento por aqueles que o torturavam. Por volta de 1441, João Huss, cristão
precioso e fiel foi queimado na fogueira por seu amor e fidelidade a Jesus
Cristo, e cantou louvores até que o crepitar das chamas lhe abafou a voz. Por
favor, lembre-se que este acontecimemto e milhares como ele se passaram durante
séculos em que José Smith diz ter a igreja verdadeira de Deus e o evangelho
verdadeiro, e seu povo verdadeiro desaparecido da terra (mais tarde devia ser
restaurada, em 1830, pelo profeta Smith!). Milhões morreram por sua fé e
fidelidade a Jesus Cristo durante este período de mais de mil anos em que José
Smith afirma qu todos os cristãos verdadeiros, a igreja verdadeira e o
evangelho verdadeiro desapareceram da terra.
Segundo o ensino de José Smith e o ensinamento dos mórmons,
ninguém, durante este período, e ninguém, hoje, pertence a única igreja
verdadeira, a não ser um grupo relativamente pequeno de pessoas chamadas
mórmons. Os mórmons devem ou acreditar nesse ensino, que é contrário à Bíblia e
à história da igreja, ou negar o profeta José Smith.
Alguns pais mórmons muito sacrificam para enviar seus filhos para
os campos missionários. Também o fazem esses jovens finos mas desencaminhados
que dão dois anos de suas vidas à causa mórmon. Segundo o Manual
Missionários Mórmon de agosto de 1961, os missionários mórmons devem levar
os convertidos em potencial a dizer acerca de suas próprias igrejas e de todas
as outras igrejas o seguinte: "Elas são falsas." No novo Manual
Missionário Mórmon modificado e um pouco mais sutil e sofisticado, esta
terminologia foi mudada. Mudança alguma, entretanto, foi feita no Pérola de
Grande Valor ou na doutrina mórmon, de que todas as outras igrejas são
falsas.
Apóstolos na Igreja Mórmon
Uma das razões que os mórmons apresentam para mostrar que sua
igreja é a única igreja verdadeira é que eles têm "apostolos" em sua
igreja. Esses apóstolos são chamados de os Doze, e crê-se que ocupam o ofício
restaurado dos apóstolos originais. Um apóstolo ordenado é "aquele que foi
ordenado ao ofício do apóstolo no sacerdócio de Melquisedeque... esse direito
de ser apóstolo leva em si a responsabilidade de proclamar o evangelho em todo
o mundo e também de ministrar os assuntos da igreja... Os Doze originais dos
últimos dias foram selecionados mediante revelação às três testemunhas do Livro
de Mórmon."[4]
Esta reivindicação encontra vários problemas. Em primeiro lugar,
se usarmos "apóstolos" no sentido escrito de um ofício ou como um dom
dado a certos homens escolhidos de Deus, a igreja dos Santos dos Últimos Dias
tem apóstolos demais. Apocalipse 21:14 diz que a muralha da cidade celestial de
Deus "tinha doze fundamentos, estavam sobre estes os doze nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro". Os Doze foram escolhidos pessoalmente por Cristo.
Estavam entre os que testemunharam do Jesus Cristo vivo e seu ministério, morte
e ressurreição. Como sinal de serem apóstolos, realizaram milagres. (Veja
Mateus 10:7, 8; Atos 3:6-8; 5:12-16; 9:37-40; 2 Coríntios 12:12.)
A igreja dos Santos dos Últimos Dias, até agora, nomeou oitenta
apóstolos. Hoje eles têm doze apóstolos mais três homens na primeira
presidência que também são apóstolos. É verdade que outros foram chamados de
apóstolos na Bíblia, mas somente doze formam o fundamento histórico da igreja
(Apocalipse 21:14); Cristo é hoje e para sempre o fundamento teológico da
igreja (1 Coríntios 3:11).
Em segundo lugar, se usarmos "apóstolo" no sentido mais
amplo, a palavra significa "enviado". Isto se aplica a todo o cristão
que é verdadeiramente filho de Deus. Todos nós somos enviados, enviados a falar
de Cristo. Este uso mais amplo de apóstolo foi conferido a Barnabé, Andrônico,
Epafrodito, Júnia, etc.
Paulo diz ter sido "chamado para ser apóstolo, separado para
o evangelho de Deus" (Romanos 1:1). Ele não acompanhou Jesus mas foi
especialmente escolhido por Deus. (Ver Atos 22:12-15 para um relato do chamado
de Paulo; veja também 1 Coríntios 9:1.) Outros apóstolos fundaram muitas das
igrejas primitivas.
Se o título de "apóstolo" devesse ser um ofício perpétuo
na igreja, Deus certamente teria nos deixado uma lista definida de
qualificações, orientações quanto aos seus deveres, autoridade, propósito e
responsabilidades. Ele nos deu tais orientações e qualificações para os ofícios
de bispo (1 Timóteo 3:1-7), diácono (1 Timóteo 3:8-13), e presbítero (1 Timóteo
5:1-21), mas nada é dado para o apóstolo.
Ainda há outro problema com reivindicação dos mórmons de que sua
igreja seja a única verdadeira por ser fundada sobre os apóstolos. A igreja
mórmon começou em 1830, e o "fundamento", os Doze Apóstolos, não foi
escolhido até 14 de fevereiro de 1835. Qual era o status da organização mórmon
durante os anos antes dos Doze Apóstolos?
O Novo Testamento fala de "apóstolos falsos",
"Conheço as tuas obra, assom o teu labor como a tua perseverança, e que
não podes suportar homens maus, e que a si mesmos se declaram apóstolos e não
são e os achaste mentirosos" (Apocalipse 2:2).
Profetas na Igreja Mórmon
Em capítulo anterior discutimos o papel dos profetas como
previsores do futuro, sob a direção de Deus. Examinamos a prova do profeta como
a Bíblia a apresenta. Citamos muitos casos nos quais José Smith não preenchia
ou não passava na prova do profeta, o que também acontece com todos os seus
sucessores. o que prova, além de qualquer dúvida que eram falsos profetas.
Os profetas de Deus, embora indubitavelmente estudiosos das
Escrituras, não recebiam a mensagem pelo estudo, mas por revelação direta de
Deus. Os profetas verdadeiros, os que predisseram acontecimentos futuros sob a
liderença de Deus com 100% de exatidão o tempo todo, e os que receberam
revelações diretas referentes ao futuro, já passaram.
Agora que temos a Palavra de Deus completa, a predição de
acontecimento futuros é desnecessária. A Palavra escrita de Deus é suficiente.
Desde que os profetas do Novo Testamento saíram de cena, profeta algum, neste
sentido, passou no teste do profeta. Todos são profetas falsos.
Infelizmente, isto muitas vezes não impediu que tivessem
seguidores os quais falharam em dar atenção ao teste de Deus para o verdadeiro
profeta ou não o quiseram aplicar. De modo que inúmeros cultos têm sido
fundados por assim chamdos profetas de Deus que iludem homens e mulheres e os
levam para uma eternidade de perdição.
Hebreus 1:1, 2 resume este assunto com exatidão: "Havendo
Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro
de todas as cousas, pelo qual também fez o universo."
Outro significado bíblico do título de "profeta" tem que
ver com "levar avante" a Palavra de Deus. Muitos homens e mulhers de
muitas igrejas diferentes ainda fazem isto quando pregam e ensinam a Palavra de
Deus.
A Única Igreja Verdadeira
A Bíblia menciona somente "uma igreja verdadeira" e todo
crente verdadeiro - quer seja batista, metodista, luterano, presbiteriano, ou
qualquer que seja sua denominação - pertence a essa igreja no momento em que
recebe a Cristo. Há os que são membros da única igreja verdadeira e que jamais
pertenceram a nenhuma denominação; o ladrão na cruz, por exemplo! Ele, agora
também pertence à igreja verdadeira!
Primeira Coríntios 12:13 diz que todos os cristãos são batizados
pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. (Isto não se refere ao batismo com
água. O Espírito não nos batiza com água.) Efésios 5:29-32 e outras passagens
nos dizem que o corpo de Cristo, neste sentido, é sua Igreja, e que sua igreja
é seu corpo! 1Coríntios 12:13: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos
batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E
a todos nós foi dado beber de um só Espírito."
De modo que todo cristão pertença à única igreja verdadeira,
colocado lá pelo Espírito Santo no momento em que é salvo! Devemos acrescentar
que essa unidade dos cristãos verdadeiros não se estende a grupos que duvidam
de certas porções da Palavra de Deus, que substituem o ritual pela realidade, e
mudança social pelo novo nascimento. Estes têm certa forma de santidade, mas
negam o poder dela (veja 2 Timóteo 3:5), são cristãos nominais ou cristãos
somente de nome.
Pertencer a uma boa igreja local é de importância vital. Hebreus
10:25 nos previne para que "não deixemos de congregar-nos". Há
centenas de igrejas e denominações, e algumas que não têm denominação, que
ensinam basicamente a mesma coisa acerca de Jesus Cristo e sua salvação
maravilhosa, e também doutrinas mais importantes e fundamentais de Bíblia. É
por isso que centenas de igrejas e denominações diferentes podem se unir
alegremente para uma campanha evangelística de âmbito urbano, ou alcançar certa
área para Cristo. Na realidade, temos menos diferenças, em geral, entre os
cristãos verdadeiros de diferentes denominações do que os mórmons têm entre si.
Temos a unidade espiritual em Cristo bem maior do que qualquer unidade
artificial de natureza física.
É verdade que temos algumas diferenças que nos são importantes
individualmente. Temos maneiras diferentes de administrar nossas igrejas onde a
Bíblia não é muito clara e específica quanto ao modo de se fazê-lo; diferenças
de método, ação e doutrinas de natureza um pouco menos fundamentais. Os
cristãos sérios procuram uma igreja que apresenta a Cristo da maneira mais
clara para eles e que torna sua salvação mais fácil de entender, que busca os
perdidos, que dá ênfase à purificação do pecado somente pelo sangue de Jesus
Cristo; uma igreja que se firma basicamente na na Palavra de Deus.
Resumindo
Como é que os mórmons se desviaram tanto da verdade da Palavra de
Deus, que o profeta "inspirado" Brigham Young pudesse dizer:
"Homem ou mulher alguma entrará, nesta dispensação, no celeste Reino de
Deus sem o consentimento de José Smith!" (5) Isto é um desafio direto à
Palavra de Deus e ao Senhor Jesus Cristo, "Porquanto há um só Deus e um só
Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2:5).
"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos"
(Atos 4:12). Este nome é Jesus.
José Smith foi quem desviou os mórmons, e ainda o faz porque se
recusam a examinar ou aceitar a evidência clara de Deus em Deuteronômio
18:20-22, e outras passagens, de que ele foi um profeta falso.
Seria bom que os mórmons, toda vez que aparecesse um comentário
desfavorável a José Smith, não o escondessem debaiso do tapete, nem
proclamassem ser ele obra de antimórmons, mas o examinassem sistemática e
cuidadosamente, procurando a verdade. A verdade real pode suportar investigação
e exame. Não é necessário ir às fontes antimórmons para conhecer o verdadeiro
José Smith. As fontes históricas mórmons revelam um José Smith inteiramente
diferente do que a maioria dos mórmons tem conhecido. Os mórmons deviam
insistir na publicação de tais coisas, que muitas vezes ficam guardads em
arquivos sagrados, ocultas até mesmo ao público mórmon, e que deviam ser
accessíveis pelo menos aos mórmons.
Às vezes esses materiais já foram deixados à disposição do público
e depois retirados. Fizemos o melhor que podíamos para ser honesto e justo com
as verdades que descobrimos. Ignoramos ou deixamos passar por alto informações
em extremo prejudiciais, na maior parte de fontes mórmons, a respeito da
moral de José Smith, de sua ética de negócio, de sua fidelidade, e seu
"background" de caçador de tesouros, etc. Pedimos que os mórmons
investiguem isto cuidadosa e honestamente para si mesmos.
Verdadeiramente, nossos amigos mórmons precisam dar ouvidos a
Gálatas 1:8, e de fato, todos nós precisamos! "Mas, ainda que nós, ou
mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos
pregado, seja anátema."
_____________
Notas
1) Ora Pate Stewart, We Believe.
Extraído de Keith L. Brooks, comp., The Spirit of Truth and the Spirit of
Error (Chicago, Moody Press, 1963), p. 7.
2) Orson Pratt, The Seer, publicação fundada por Orson
Pratt em mémoria do Profeta Joseph Smith, Jr. 1852, p. 225.
3) Bruce R. McConkie, Mormon
Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft, Inc., 1966), p. 138, veja também pp.
81, 136.
4) McConkie, Mormon Doctrine,
p. 47.
5) Brigham Young, Journal of
Discourses, vol. 7, p. 289.
A Ilusão Mórmon — Parte 7 (Capítulos 13
e 14)
CÁPITULO TREZE
A Autoridade Final
Quando o povo de Deus foi levado a consultar os médiuns e
feiticeiros que faziam maravilhas em nome de Deus, foram avisados: "À lei
e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a
alva" (Isaías 8:20, itálicos do autor).
A lei e o testemunho obviamente referiam-se à Palavra de Deus. A
Bíblia é o prumo imutável de Deus. Nada mais é!
Considere isto: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça" (2 Timóteo 3:16). "Porque nunca jamais qualquer profecia foi
dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram de parte de Deus
movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Estas e muitas outras Escrituras nos dizem que a Bíblia é a
própria Palavra de Deus. Profecia cumprida, exatidão histórica e arqueológica,
unidade e harmonia que vai além da imaginação em um livro com cerca de 40
autores e escrito num período de mais ou menos 1,500 anos, ausência de erros
científicos comuns em outros livros antigos, a vida e a ressurreição de Jesus,
e o seu poder transformador de vida -- tudo isto se combina para reforçar esta afirmação.
O mesmo Deus que deu a Palavra é bem capaz de preservá-la. Ele
prometeu fazer justamente isto; ele o tem feito e continuará à fazê-lo. Deus
não mente. "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não
passarão" (Mateus 24:35). Lançar dúvidas sobre a Palavra de Deus é ficar
do lado dos ateus, incrédulos, cépticos e cultistas de todas as épocas. É
opor-se a Cristo e aos cristãos verdadeiros.
Jesus disse-nos que examinássemos as Escrituras, em João 5:39, até
mesmo para provar as reivindicações dele: "Examinais as Escrituras, ...e
são elas mesmas que testificam de mim." Quando Paulo e Silas foram a
Beréia com as afirmações de Cristo e do evangelho, o povo foi elogiado porque
"receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os
dias para ver se as cousas eram de fato assim" (Atos 17:11). Os bereanos
estavam usando o Antigo Testamento que havia sido dado centenas de anos antes e
traduzido do hebraico para o grego numa tradução chamada Septuaginta. Não
perderam tempo discutindo acerca da Bíblia ser "a Palavra de Deus, o
quanto seja correta sua tradução". (1)
Quão diferente da maneira dos mórmons procurarem a verdade!
O Teste Mórmon Para a Autoridade
Enquanto a Bíblia ensina que devemos testar a autoridade da
pregação e das Escrituras com outras Escrituras, ensina-se aos mórmons que
testem a verdade do Livro de Mórmon por suas mentes, sentimentos
e pela oração.
McConkie diz: "O Espírito da revelação consiste em ter
pensamentos colocados na mente da pessoa pelo poder do Espírito Santo" (Mormon
Doctrine, p. 502). A Bíblia tem algo mais a dizer acerca da mente humana. A
Palavra de Deus diz que não podemos confiar em nossos próprios pensamentos
porque temos mente "réproba" (Romanos 1:28), "carnal"
(Romanos 8:7), "vã" (Efésios 4:17), "impura" (Tito 1:15) e
que nossos pensamentos continuamente tendem para o mal (veja Gênesis 6:5;
Mateus 9:4; 15:19).
Ao tentar verificar a autoridade dos ensinamentos mórmons, às
vezes eles declaram que tiveram um "ardor dentro do peito" tal como é
mencionado em Doutrina e Convênios: "Mas, eis que eu te digo, deves
ponderar em tua mente; depois me deves perguntar se é correto e, se for, eu
farei arder dentro de ti o teu peito; hás de sentir assim, que é certo" (Doutrina
e Convênios 9:8). Este sentimento, este ardor dentro do peito
"provava" que o Espírito Santo testificava a ele da verdade do Livro
de Mórmon e do mormonismo.
Além de suas mentes e sentimentos, os mórmons são exortados a
provar o Livro de Mórmon pela oração:
"E, quando receberdes estas coisas, eu vos exorto a
perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são
verdadeiras; e, se perguntardes com um coração sincero e com real intenção,
tendo fé em Cristo, ele vos manifestará sua verdade disso pelo poder do
Espírito Santo" (Moroni 10:4, Livro de Mórmon).
Parte com base nesta passagem de Moroni, os mórmons declaram que
se a pessoa pedir a Deus com um "coração sincero" ele manifestará a
verdade do Livro de Mórmon a ela! A psicologia disto, assim como a
armadilha satânica, é óbvia: a pessoa deve ser convencida de que o Livro de
Mórmon é verdadeiro, doutra forma ela é insincera!
Ninguém, especialmente se a pessoa aderiu a esta maneira falsa e
não bíblia de descobrir a verdade, vai querer admitir a si mesmo ou aos outros
-- ou especialmente a Deus -- que foi insincero quando orou a ele acerca da
verdade do Livro de Mórmon. Se a pessoa for honesta e sincera, deve
testar o Livro de Mórmon pelo único teste que Moroni 10:4 oferece; e se
"sentimento" algum, "ardor" ou "convicção interior"
ocorre para dar-lhe certeza da verdade do Livro de Mórmon, então essa
pessoa deve ser insincera. De modo que muitas pessoa continuam tentando e
afinal se convencem, uma vez que sabem ser insinceras, de que o Livro de
Mórmon é verdadeiro. Alguns fabricam sentimentos, outros não,mas são
convencidos por sua própria sinceridade, por outros, pela ilusão e trauma do
"teste", e pelo fato de que se sinceridade prova a verdade do Livro
de Mórmon, e são desesperadamente sinceras, então o Livro de Mórmon,
tem de ser verdadeiro!
O alívio que os mórmons sentem depois de desistir de lutar e
resolver a crer no Livro de Mórmon, convence-os ainda mais de que têm
tido o testemunho do Espírito Santo de que o Livro de Mórmon é
verdadeiro.
Ora, se alguém viesse a mim e dissesse: "Ore a respeito
disso, a oração é o teste da verdade. Ao orar, Deus mostrar-lhe-á que é
correto", responderia eu que para algumas almas sinceras a oração parece a
solução ideal. O problema? Eu orei acerca disso e recebi uma respostas.
Se a oração fosse a solução, os muçulmanos, que oram cinco vezes ao dia, deviam
receber a mesma resposta que eu; entretanto, as respostas deles são todas
diferentes das minhas.
Sei que minha oração é sincera, e não duvido de que muitas orações
sejam também sinceras. Entretanto, cada um pensa estar certo. Oração sincera
não resolve o problema. Os muçulmanos têm certeza de estarem certos. Tenho
certeza que estou certo. Você tem certeza que está certo. Então como é que
podemos ter respostas diferentes? Obviamente, devemos ter um teste melhor da
verdade, uma prova melhor do que a oração, do que "testemunho", do
que sentimentos.
Os bereanos não dependeram dessas coisas -- eles buscaram as
Escrituras (veja Atos 17:11). Pedro disse: "Temos assim tanto mais
confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendé-la" (2 Pedro 1:19).
Ler o Livro de Mórmon e deixar que o Espírito Santo
testifique de sua fidelidade à pessoa não é a maneira aprovada por Deus. Primeiro,
isso substitui outro teste, outra forma, da maneira de Deus de determinar a
verdade ou o erro.
Segundo, em sua grande maioria, a doutrina
mórmon nem mesmo se encontra no Livro de Mórmon. Embora os mórmons
afirmem que o Livro de Mórmon seja a inteireza do evangelho eterno, ele
não contém nenhuma das seguintes doutrinas que formam o coração do mormonismo:
(1) preexistência, (2) genealogias, (3) batismo pelos mortos, (4) casamento
celestial, (5) três graus de glória, (6) divindade prometida ao homem, (7)
inferno temporário, (8) progressão eterna. Como é que podem a oração, o sentimento,
e a experiência determinar a verdade de algo que nem mesmo está incluído no
livro que a pessoa lê? O Espírito Santo não se presta a tais "provas"
sem sentido!
Terceiro, e mais perigoso ainda, o Espírito
Santo não é único espírito que tem poder neste mundo. A pessoa pode ser
enganada ao confiar somente na oração, no sentimento ou na experiência. O
poderoso espírito maligno que a Bíblia chama de Satanás apresenta-se como
"anjo de luz", e engana a todos os que pode a fim de os levar ao
inferno eterno. Ao colocarmos de lado a maneira prescrita de Deus para
encontrar a verdade, ficamos totalmente sem proteção e totalmente vulneráveis
às ilusões de Satanás.
Bem perguntou alguém: "Pode uma igreja falsa parecer
justa?" A pessoa que fez essa pergunta, uma senhora mórmon convertida,
acrescentou: "Qual seria o propósito de uma igreja errada senão enganar?
Se alguém fosse imprimir dinheiro falso, usaria tinta vermelha?" (2)
Tome nota do programa de Satanás: "Porque os tais são falsos
apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E
não é de admirar; porque no próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de
justiça; e o fim deles será conforme as suas obras" (2 Coríntios
11:13-15).
Allen Beechick e Bruce Walters, dois excelentes cristãos de nossa
igreja, recentemente confrontaram vários missionários mórmons. A conversação
que se seguiu foi mais ou menos esta:
Allen: Como é que você sabe ser o Livro de Mórmon a Palavra
de Deus?
Mórmon: Já orei a esse respeito e tenho um testemunho que
eu sei que ele é verdadeiro e que José Smith, a quem o Livro foi dado é profeta
de Deus.
Allen: Qual é sua prova de que o Livro de Mórmon é
verdadeiro e que José Smith é profeta de Deus? Como é que "sabe" que
o livro é verdadeiro em ambos os casos?
Mórmon: Sei que é verdadeiro porque orei a esse respeito e sinto
que é verdadeiro. Sei também que é verdadeiro porque a igreja mórmon tem um
profeta vivo para nos guiar-à toda a verdade.
Allen: Como é que sabe que esse profeta vivo é profeta de Deus?
Mórmon: Tenho um testemunho de que nosso profeta vivo é
profeta de Deus.
Allen: Pode Satanás conceder bons sentimentos para enganar? O que
acontece quando seus sentimentos dizem uma coisa e a Palavra de Deus diz outra?
Em qual se pode confiar mais e em que você acredita? Eu tenho bons sentimentos
por ter recebido Jesus Cristo pela fé somente e de ter sido salvo
instantaneamente e ter certeza do céu, e este sentimento bom já tem durado vinte
anos. Por que deviam seus bons "sentimentos" ser mais conclusivos que
os meus? Não acredita você que a Bíblia é um padrão de muito mais confiança do
que meus "sentimentos", ou "testemunho", ou seus
"sentimentos" ou "testemunhos"?
Perguntamos de novo, pode o testemunho tornar um profeta falso em
verdadeiro ou fazer sentido de estultíca óbvia? Que pode fazer o testemunho
para conseguir que a seguinte profecia se cumpra: o presidente mórmon Heber C.
Kimball profetizou que Brigham Young seria presidente dos Estados Unidos? (3) O
que pode um testemunho fazer para anular esta afirmativa: a poligamia jamais
será banida? (4) Que pode o testemunho fazer para verificar essas revelações
dadas em sermões por Brigham Young as quais ele declarou serem Escritura:
"O ouro e a prata crescem, e também todos os outros tipos de metal, da
mesma forma que o cabelo de nossa cabeça, ou o trigo no campo"? (5) Young
também ensinou que tanto o sol como a lua eram habitados. Leia-o você mesmo no Journal
of Discourses, volume 13, página 271.
Soma alguma de "testemunho" pode encobrir o fato de que
estas são profecias falsas por profetas mórmons. Não podemos deixar de
acreditar que centenas de milhares de mórmons honestos desejam e merecem muito
mais do que isto. Cremos que podem compreender que o "testemunho" foi
desenvolvido e usado como uma arma para conservá-los em ignorância e trevas
inquestionáveis. Médicos brilhantes, advogados e professores entre o mórmons,
que jamais acreditariam em teorias mal elaboradas e não provadas e que exigem
prova impecável em suas profissões, são trancados neste sistema que os força a
aceitar "fatos" como estes por meio de seu "testemunho".
Desta maneira confundiram eles fé com o crer no que sabem não ser verdadeiro.
A fé bíblica permite e exige realidade evidencial objetiva, e
também experiência subjetiva. Tudo que for menos que isto alimenta ilusão e
desonestidade.
Milhões de cristãos podem testificar de um "testemunho"
tremendo da certeza de que a Bíblia é a única Palavra de Deus, e que
foram salvos instantaneamente quando confiaram em Jesus, e que agora têm
certeza do céu para sempre com Jesus Cristo. Ele têm paz, alegria e vidas
transformadas desde sua conversão. Entretanto, qualquer testemunho desse tipo
deve estar em completo acordo coma a Bíblia e a verdade que ela apresenta; se
assim não for, será falso. Os sentimentos podem ser e têm sido manipulados.
Deus não deixaria nosso destino eterno ser decidido, em última análise, por
"sentimentos" ou "testemunhos" de seres humanos falíveis. É
por isso que ele forneceu tanta prova na Bíblia de que ela é de verdade a
Palavra de Deus. É por isso que todas as reivindicações de verdade devem ser
medidas pela Bíblia. Deus não há de passar por alto sua autoridade final.
Autoridade dos Profetas
Profetas, no sentido de predizer o futuro e receber a mensagem
diretamente de Deus, já cumpriram seu papel e foram substituídos pelo Filho e
sua Palavra completa, a Bíblia: "Havendo Deus, outrora, falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos
falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual
também fez o universo" (Hebreus 1:1, 2).
Isto é óbvio pelo menos por duas razões. Primeira, qualquer
"evangelho" dado diretamente por Deus deveria ser o mesmo evangelho
que a Palavra de Deus apresenta e que já está completo; portanto, seria
desnecessário.
Paulo declarou: "tenho divulgado o evangelho de Cristo"
(Romanos 15:19). Não é necessário acrescentar nada ao evangelho. (Veja também
Gálatas 1:8, 9.)
Segunda, o livro do Apocalipse revela a era da
igreja, o arrebatamento, a tribulação, o milênio e a consumação de todas as
coisas no estado eterno. Trata de todas as épocas. Deus não esqueceu nada para
que tivesse de acrescentar um Pós-escrito divino dando revelação posterior a
algum profeta.
Lembre-se que o Antigo Testamento predisse a vinda o Messias, o
Cristo. O Novo Testamento fala do cumprimento do Antigo -- Cristo já veio.
Hebreus capítulos 7 e 8 falam da substituição do antigo pacto pelo novo.
Hebreus 13:20 refere-se a esta nova aliança como uma "aliança
eterna". A Escritura não faz menção de uma terceira ou "mais
nova", aliança que podia estar envolvida com revelação posterior.
Judas 1:3 fala da "fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos" (tradução literal). Não existe mais evangelho para
ser entregue. Não há mais revelação para ser dada. Já foi entregue totalmente!
Uma vez que não necessitamos de outra revelação, os profetas, no
sentido de receber revelação diretamente de Deus e predizer os acontecimentos
futuros e registrá-los como a Escritura dada por Deus, já não têm lugar na
igreja hoje. Todos os assim chamados profetas de hoje são falsos.
Os mórmons afirmam que José Smith foi profeta. Leia o que as
Escrituras dizem acerca dos que pregam qualquer outro evangelho que não o dado
por Deus: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor!
porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não fizemos
muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que practicais a iniqüidade" (Mateus 7:22, 23).
"Mas,ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que
vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora
repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja
anátema" (Gálatas 1:8, 9).
Qual é, então, a autoridade final? A Bíblia, a Palavra de Deus!
Foi dada por Deus. Deus a preservou. Qualquer outra obra que não esteja de
acordo com o evangelho que já foi dado, não é de Deus.
A Autoridade da "Bíblia Inspirada"
Se José Smith tivesse sido realmente profeta de Deus, uma das
primeiras coisas que Deus teria pedido que ele fizesse seria corrigir quaisquer
erros em sua Palavra, a Bíblia! Certamente que isso faz sentido.
De fato, quando José Smith começou a ter algumas dificuldades em
fazer coincidir o que o Livro de Mórmon ensinava e o que a Bíblia dizia,
ele recebeu uma "revelação" para traduzir a Bíblia e expurgá-la de
todo "erro". Deus, disse ele, comissionou-o a fazer isso e deu-lhe
divina revelação para o fazer. Esta Bíblia é chamada de Versão Inspirada da
Bíblia. (6)
Nos vem à mente a seguinte pergunta: "Se José Smith traduziu
a Bíblia e sua tradução é exata, por que a Regra de Fé mórmon diz: 'Cremos ser
a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução'?" A Versão
Inspirada da Bíblia pode ser comprada na livraria Deseret em Salt Lake
City, de propriedade de um mórmon. Entretanto, poucos mórmons (e pouquíssimos
não-mórmons!) sabem que tal livro existe.
Por que os mórmons não apresentam alegremente esta Bíblia
inspirada, perfeita e sem erro? Será por não poderem confiar na Versão
Inspirada da Bíblia de José Smith? Se for assim, condena-se o próprio
profeta como falso, embora ele tenha dito que recebeu a Bíblia diretamente de Deus,
assim como recebeu o Livro de Mórmon.
Talvez a resposta seja que eles sabem qual seria a reação se fosse
provado que a Versão Inspirada da Bíblia de José Smith contém
praticamente, palavra por palavra, cerca de 85 a 90 por cento da Bíblia do Rei
Tiago. Isto podia ser embaraçoso para os mórmons. Ainda mais embaraçoso,
talvez, seriam os 17 versículos que José Smith acrescentou ao capítulo 50 de
Gênesis, nos quais ele profetizou ao dizer ele trará salvação a seu povo:
"E a esse vidente abençoarei. ...e seu nome sería chamado José, e será seu
nome de acordo como o nome de seu pai...pois o que o Senhor fará por intermédio
de sua mão trará salvação ao meu povo" (Gênesis 50:33, Versão Inspirada
da Bíblia).
Jesus freqüentemente referiu-se às Escrituras. Parece estranho que
Ele desprezasse algo tão tremendamente importante como esta passagem. É
estranho também que o Apocalipse, que explicitamente trata dos últimos dias,
jamais mencione José Smith e a profecia de Gênesis!
Resumindo
No amor de Cristo, aconselho-o, mórmon ou não, a reconhecer que a
Bíblia é de confiança e que é a única autoridade final; e que ao separar-se
dela como padrão de verdade causa confusão.
Suponhamos que Satanás inspirasse um livro para suplantar ou negar
a Bíblia. Se o livro fosse julgado pela Bíblia, Satanás seria facilmente
descoberto e impedido. Mas se ele declarasse que o livro que ele havia escrito
era a Palavra de Deus, usasse um pouco da verdadeira Palavra de Deus nele, e
usasse um palavreado parecido, a trama seria bastante melhorada. Então
suponhamos que ele sugerisse que, como prova, orássemos e pedíssemos que o
Espírito Santo nos mostrasse se era a Palavra de Deus ou não, e que se fôssemos
realmente sinceros conheceríamos a verdade. E, em alguns casos pelo
menos, podia até mesmo ser confirmado por um "ardor dentro do peito".
Obviamente, Satanás podia nos fazer dar uma reviravolta. Já nào
mais julgamos o livro pela Palavra conhecida de Deus, a Bíblia, como se nos
ordena. Estamos julgando o livro pelo sentimento, pela experiência, e pedindo
que Deus nos dê prova de que algo que já declarou claramente ser falso seja
verdadeiro! Se nosso desejo ardente de conhecer a verdade; a psicologia e a
emoção de clamar a Deus e desesperadamente procurar uma resposta que não
produzissem algum tipo de sentimento, seria realmente estranho!
Será que Satanás não podia produzir um "sentimento" ou
um "ardor dentro do peito" para "provar" que o livro
inspirado por ele era a Palavra de Deus? É claro que podia. E o faz!
Uma vez que Satanás tira a Bíblia como prova ou autoridade final,
o fundamento que Deus deu para julgarmos profetas, movimentos religiosos, etc.,
está perdido! Então a pessoa ou culto que reivindica ter uma visão, uma
revelação, um "ardor dentro de peito" dado por Deus, tem campo
aberto! Desta maneira tiveram início muitos movimentos religiosos e muitos
cultos.
No momento em que começamos a colocar sentimento, experiência,
nosso próprio intelecto, especulações científicas, novos profetas ou novas
escrituras ao par com a Bíblia e até mesmo acima dela, perdemos nosso
fundamento e invertemos completamente a situação. Então começamos a julgar a
Bíblia por critérios falsos em vez de testarmos nossos critérios pela Bíblia.
Imediatamente, nos tornamos desobedientes a Deus e duvidamos de sua verdade.
Ele já não pode responder às nossas orações por luz e verdade porque ele não
pode abençoar a desobediência e o pecado! Ainda que Deus respondesse à nossa
oração por discernimento sobre estas condições, "o homem natural não
aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1 Coríntios
2:14).
Creio que o único motivo pelo qual me livrei de me tornar mórmon é
que finalmente busquei a Bíblia. O Espírito Santo abriu-me os olhos para Jesus.
Minhas orações foram respondidas e tive sentimentos doces e preciosos, mas a
Bíblia foi o catalizador. A Bíblia foi que ocasinou a mundança! A Bíblia,
não meus sentimentos, foi minha autoridade!
Ao confiarmos em algo mais que a Bíblia como autoridade, abrimos a
porta à ilusão de Satanás dele ser um anjo de luz e ministro de justiça.
Satanás não somente engana as pessoas e as leva ao inferno tornando-as pessoas
"más" que cobiçam as coisas do mundo; ele também seduz muitos ao
inferno tornando-os "pessoas boas". Dê uma olhada em Romanos 10:2, 3:
"Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porêm não com
entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurando
establecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus."
Esta parece ser uma descrição perfeita dos mórmons como o foi dos
judeus religiosos mas perdidos do tempo de Paulo.
Em Lucas 16:31, quando o rico no inferno suplicou que alguém
saísse dentre os mortos e fosse convencer seus irmãos e salvá-los do fogo do
inferno, a Palavra de Deus declara: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas
[a Palavra de Deus escrita], tão pouco se deizarão persuadir, ainda que
ressuscite alguém dentre os mortos."
É tão difícil ser amável e ao mesmo tempo dizer a verdade. Não
desejamos sacrificar a verdade no altar da gentileza, nem sacrificar a
gentileza no altar da verdade. Temos procurado ardentemente, pela graça de
Deus, conservar o equilíbrio adequado e "falar a verdade em amor".
Sabemos que a remoção de tecidos malignos envolve dor, por melhor que sejam as
intenções do cirurgião, e mesmo com o uso do melhor anestésico. Mas os
resultados podem ser vida, alegria e saúde.
A cirurgia espiritual muitas vezes também é dolorosa. As intenções
podem ser boas, mas o fio afiado da faca da verdade pode ainda causar alguma
dor. Os resultados, entretanto, podem ser vida eterna, saúde espiritual e
grande alegria! Permita Deus que seja assim para muitos de nossos leitores!
Várias semanas atrás, apresentava eu Cristo e sua salvação livre e
instantânea a duas senhoras mórmons. Eram líderes da biblioteca e do
departamento de auxílios visuais de sua igreja. Ambas as senhoras pediram que
Jesus as salvasse.
Uma delas, que tem quatro filhos mórmons e que serviram como
missionários, levantou a cabeça e exclamou: "Vivian, Vivian, sabe aquele
sentimento ardente de que falam nossos líderes e que a gente nunca consegue, e
que sempre nos indagamos o que seja? Consegui-o, consegui-o!" Não é
preciso dizer, ela baseou sua salvação instantâea em Jesus e sua palavra, mas
sentiu que isto foi um prêmio extra. Os cristãos geralmente não recebem isto e
nem dependem de sentimento. Deus deu a esta querida senhora um bônus especial.
Os cristãos verdadeiros recebem realmente uma paz profunda e permanente que vai
além de qualquer coisa que jamais conheceram.
______________-
Notas
1) Articles of Faith No. 8.
2) Janet Webster, numa circular a amigos mórmons. Usado com
permissão.
3) Young, Journal of Discourses,
vol. 5, p. 219.
4) Young, Journal of Discourses,
vol. 3, p. 125.
5) Young, Journal of Discourses,
vol. 1, p. 219.
6) Tanto Joseph Smith quanto Andrew Jensen no seu livro Church
Chronology afirmam que a Versão Inspirada da Bíblia foi completada a
2 de julho de 1833. Assim também
afirma o Documentary History of the Church, vol. 1, pp. 324, 369; Times
and Seasons, vol. 6, p. 802.
CAPÍTULO CATORZE
A Salvação Segundo os Mórmons
Quando falamos em obter a salvação, a maioria das pessoas
reconhece existirem duas maneiras pelas quais conseguí-la: a maneira de Deus,
pela graça livre e imerecida; a maneira do homem, pelas obras. Os mórmons
ensinam que o caminho da salvação é pelas obras.
Os mórmons dividem a salvação em duas partes: (1) salvação geral
ou incondicional, (2) salvação individual ou condicional; McConkie acrescenta
uma terceira, a exaltação ou vida eterna, pela divisão da salvação
"individual".
Salvação geral
A teologia mórmon afirma que a morte de Cristo na cruz resgatou os
homens dos efeitos da Queda (veja McConkie Mormon Doctrine, p. 62;
também 669, 670) com exceção dos incorrigíveis "filhos da perdição"
(os que caíram com Lúcifer). A humanidade toda receberá afinal a "salvação
geral", o que levará todo mundo, pelo menos, ao mais baixo dos três céus
ou graus de glória.
Stephen L. Richards, em seu planfeto, Contributions of Joseph
Smith, afirma que esta salvação é equivalente à ressureição, pois todos os
homens ressurgirão -- ateus, pagãos, incrédulos, etc.(1) É difícil encaixar
esta crença em João 3:18: "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já
está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus."
João 3:36 diz não haver salvação de espécie alguma para os que não
crêem, somente condenação: "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna;
o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus."
A ressureição não pode ser equacionada com a salvação ensinada
pela Bíblia. Todos os homens ressuscitarão: "Os [mortos] que tiverem feito
o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo (João 5:29). Dizer que todos os homens são salvos porque
todos ressuscitarão é contradizer diretamente a Palavra de Deus.
Todos ressuscitarão, mas os que crêem em Cristo e foram salvos
ressurgirão 1.000 anos antes dos ímpios mortos. Ninguém desta primeira
ressurreição está perdido. Todos estes foram salvos mediante o recebimento de
Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. Os ímpios mortos ressuscitarão 1.000
anos mais tarde. Nenhum dos salvos estará na segunda ressurreição. Todos
os que participarem da segunda ressurreição terão rejeitado a Cristo e sua salvação
e estarão perdidos (veja Apocalipse 20:5, 6). A Bíblia ensina claramente que há
duas ressurreições. Na primeira todos são salvos! Na segunda, 1.000 anos
mais tarde, todos estão perdidos!
Salvação pessoal
A segunda parte da salvação mórmon é a salvação pessoal, às vezes
chamada de salvação individual, condicional ou exaltação. Esta salvação é
conseguida pela graça, mais batismo, mais obras.
Talmage diz nas Regras de Fé: "A redenção dos pecados
pessoais somente pode ser obtida mediante a obediência aos requisitos do
evangelho, e uma vida de boas obras."(2)
Pode você imaginar a reação do ladrão na cruz se isto lhe tivesse
sido dito então, quando morria? Graças a Deus que quem estava lá era Cristo e
não o Sr. Talmage, ou então o ladrão estaria perdido para sempre.
Temos perguntado aos mórmons e a outros adeptos da salvação pelas
obras, quantas boas obras temos de fazer para termos certeza de nossa salvação.
Ninguém sabe. Certamente, se as obras fossem necessárias, Deus teria feito uma
lista de quantas, quais, e nos teria garantido a certeza da salvação ao termos
finalizado todas. Esta não é a maneira de Deus. Quando os judeus religiosos
pensaram que podiam ser salvos, ou ajudar a si mesmos a ser salvos mediante
boas obras, perguntaram a Jesus: "Que faremos para realizar as obras de
Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por
Ele foi enviado" ( João 6:28,29). Obra alguma ou quantidade alguma de
obras jamais trará a salvação.
A pessoa pode guardar 1.000 leis durante a vida e jamais quebrar
uma delas. Além disso poder fazer 1.000 boas obras. Entretanto, se quebrar uma
lei apenas, não importa quão insignificante seja, deve pagar por ela. O
salva-vidas pode salvar 20 vidas por certo período de tempo, mas se ele
deliberada e maliciosamente assassinar uma pessoa, deve encarar a pena de seu
crime. As vidas que ele salvou de modo algum pagam pela vida que ele tirou.
Imagine que alguém avance um sinal vermelho e o guarda resolve
pará-lo. E essa pessoa diz:
-- Ora, seu guarda, você não pode fazer nada por eu ter avançado o
sinal vermelho!
O guarda suspira, leva a mão à cabeça, empurra o boné para trás e
indaga a si mesmo se este vai ser um daqueles dias.
- Oh, sim? -- responde ele, com
indiferença. -- Por que não? - Porque tenho passado de carro por aqui antes
pelo menos um milhão de vezes e sempre parei neste sinal. Guardei a lei mil
vezes e a quebrei somente uma. Minhas boas obras excedem minhas más obras de
1.000 a 1. Na verdade você devia me dar um prêmio! Não há nada que você possa fazer!
Oh, não? Tente fazer isso alguma vez e veja até onde vais. A lei
aceitaria esse argumento jocoso? Nem Deus tampouco!
A salvação de Deus
Em primerio lugar, Deus não pode aceitar boas obras de uma fonte
impura. E declara ele que todos os homens são pecadores, e portanto, perdidos:
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23).
Não é uma questão de quão destituído cada indivíduo se tornou, mas que todos
pecaram e carecem da glória de Deus.
Se alguns estivessem tentando pular um abismo de 30 metros de
largura com uma altura de 3.000 metros e lá embaixo rochas afiadas, seria
puramente acadêmico argüir que distância alguns poderiam ter pulado, e quão
lamentáveis teriam sido os esforços dos outros. Todos falhariam e
estariam condenados porque ficariam aquém do marco, e esse é o argumento de
Deus.
Não somente isso, mas também as boas obras que procedem de um
coração não arrependido estão contaminadas, e Deus não as considera boas de
modo algum. De fato, Isaías diz: "Mas todos nós somos como o imundo, e
todas as nossas justiças como trapo da imundícia" (64:6). Se todas as
nossas justiças são como trapo de imundícia a Deus, que insulto não deve ser
para ele quando tentamos comprar nossa salvação com esses trapos! Muitos trapos
de imundícia seriam ainda mais insultantes do que alguns poucos.
Deus mandou que Jesus morresse em agonia sangrenta na cruz para
pagar totalmente por todos os nossos pecados. Como deve ferí-lo ao insistirmos
em pendurar os trapos de imundícia de nossas boas obras na cruz para
"ajudá-lo a nos salvar" em vez de aceitarmos esse grande dom da
salvação.
O problema, entretanto, é mais profundo do que simplesmente os
pecados que cometemos. O verdadeiro problema é a natureza pecaminosa que
todo ser humano herdou de Adão. A natureza pecaminosa é a fábrica de pecado que
continua a fabricar pecado. Nem todas as fábricas produzem o mesmo tipo de
pecado. Nem todas as fábricas produzem a mesma quantidade de pecados. Alguns
pecados são indecentes, outros são socialmente aceitáveis, e até mesmo
altamente respeitados em alguns círculos. Entretanto, todos são abomináveis
para Deus. Se representássemos por garrafas o pecado produzido por essas
fábricas de pecado, passaríamos a vida toda quebrando as garrafas num esforço
inútil. A fábrica ainda está ativa, e embora em certa ocasião possa mudar a
forma e a marca do produto ou diminuir ou aumentar a produção, ainda é a mesma
velha fábrica de pecados.
Deus diz em João 1:12, que o problema é nào sermos filhos de Deus.
Os homens, por natureza, não são filhos de Deus! "Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber:
aos que crêem no seu nome." Ora, Deus não iria pedir que nos tornássemos
seus filhos se já o fôssemos. Ele diz claramente que temos de receber Jesus
a fim de nos tornarmos filhos de Deus. Disse Ele a Nicodemos, que era religioso
mas perdido: "Importa-vos nascer de novo" (João 3:7).
Nascemos de novo na família de Deus ao recebermos Jesus Cristo
como nosso Salvador e Senhor pessoal. Clamamos a ele, com fé, que nos perdoe os
pecados, que entre em nosso coração e vida e nos torne filhos de Deus. Ele
espera por esse convite pessoal. Então Ele imediatamente entra em nossa vida,
lava nossos pecados em seu sangue derramado, e nos dá o dom gratuito da vida eterna.
Ao mesmo tempo ele nos dá uma nova natureza de filhos de Deus, e
começa a viver sua vida mediante a nossa, assegurando-nos uma vida modificada.
Então, e somente então, depois de sermos salvos, têm nossas boas obras
qualquer valor para Deus. Então, e somente então, depois de sermos
salvos, pela primeira vez Deus verdadeiramente torna-se nosso Pai. Ele não é
Pai de todos os homens. Ele somente é Pai dos salvos, dos que nasceram de novo
na família de Deus pela aceitação de Cristo. Dos não salvos, diz Deus:
"Vós sois do diabo, que é vosso pai" (João 8:44). (Veja 1 João 3:8.)
Pode você imaginar um porco tentando deseperadamente tonar-se uma
ovelha imitando esta? Suponha que o porco tenha ficado chateado com a sua
condição de porco e tenha visto uma ovelha perambulando por um pasto verde e
bonito, comendo coisas secas e limpas em vez de lavagem. O porco consegue fugir
do chiqueiro, e então encontra uma ovelha morta e veste-se com sua lã. O porco
aprende a comer alimento de ovelhas, e lentamente, com agonia, aprende a balir
ou a falar como as ovelhas: "Oink, Bloink, Blá-a, Báa-a, Bée!"
Seria o porco agora uma ovelha? Estaria ele pelo menos mais perto
de se tornar ovelha? Será que todo esse esforço mudaria sua natureza básica de
porco? Teria a menor importância ele ser um porco "bom" ou um porco
"mau", pelos padrões dos porcos? Certamente que todos podemos
entender que o porco não pode tornar-se em ovelha ao agir como ovelha.
Da mesma forma, ninguém pode tornar-se cristão, simplesmente
agindo como cristão. Não importa quantas "boas" obras ou imitação de
obras cristãs possamos fazer; somente podemos nos tornar filhos de Deus ao
recebermos pessoalmente a Cristo e nascermos de novo na família de Deus. O agir
como cristão, o realizar trabalho religioso e outras obras, é inútil para a
salvação. Devemos nascer de novo, e receber nova natureza de Deus como filhos
dele. Então, faremos boas obras para Deus, não a fim de nos tornarmos cristãos,
mas porque já o somos! (Veja Efésios 2:10.)
Fé versus obras
Outro problema óbvio em trabalhar por nossa salvação em qualquer
grau é que Deus diz de todos os homens (a menos que aceitem a Cristo e recebam
a vida mediante ele) que estão "mortos nos vossos delitos e pecados"
(Efésios 2:1). Afinal de contas, quanta boa obra pode uma pessoa morta fazer?
É verdade que em Cristo, e somente em Cristo, as pessoas
têm vida. Os que estão em Cristo foram feitos novas criaturas, com natureza
nova, vida nova, desejos novos, poder novo: "E assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas" (2 Coríntios 5:17).
Os mórmons afirmam que a fim de podermos reivindicar a salvação
pessoal devemos ter fé no Senhor Jesus Cristo, testemunhar que José Smith foi
profeta de Deus, arrepender-nos, ser batizados na igreja mórmon (a única igreja
verdadeira), submeter-nos à imposição de mãos e guardar os mandamentos.
Entretanto, mesmo depois de obedecer a todos estes requisitos, e crer que há
três céus e quase nenhum inferno, muitos mórmons ainda estão temerosos e incertos.
Admitem não saber ao certo para onde irão quando morrerem!
A Bíblia ensina que há somente uma salvação, e Deus diz que esta
jamais é recebida mediante obras. O primeiro passo que qualquer pessoa dá para
a salvação é o arrependimento do pecado: "Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele
a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:6). Arrependimento no grego é metanoia,
que simplesmente significa mudança de atitude acerca do pecado, de si mesmo e
do Salvador; desistir de seguir o nosso próprio caminho e seguir o caminho de
Deus. O arrependimento ocorre simultaneamente com a salvação quando a pessoa se
volta do pecado para o Salvador.
O pecado é basicamente seguir nossa velha natureza pecaminosa, e
ir em nosso próprio caminho, ser autocentralizados em vez de Cristocêntricos. É
ser o Deus, o Senhor, o chefe de nossa própria vida. É gerenciar nossos
próprios negócios em vez de submeter o controle a Deus. Deus não pode permitir
deuses rivais, não importa quão benevolentes possam eles parecer à primeira
vista, em lugar algum de seu universo. O resultado último seria rebelião e
caos. A salvação consiste em receber a Jesus pela fé e seguir o caminho de Deus
em vez do nosso próprio.
Efésios 2:8, 9 torna-o claro como cristal: "Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie" (itálicos do autor).
Somos salvos, não pelas obras, não pelas obras, não pelas
obras!
A resposta mórmon é no sentido de tentar anular esta afirmativa
clara e inegável. Voltam-se rapidamente para Tiago 2:20: "Queres, pois,
ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante?" É
verdade! Os demônios têm crença intelectual e estão para sempre no inferno
(veja Tiago 2:19). É preciso crer com o coração (o centro do ser humano que
governa, rege e escolhe; veja Romanos 10:9, 10) para que o homem seja salvo. A
fé salvadora sempre produz boas obras, não a fim de sermos salvos, mas como
prova de que já fomos salvos. A fé sem as obras jamais viveu!
Tiago 2:18 diz que devemos mostrar nossa fé por nossas obras. Não
podemos mostrar algo que ainda não temos, e se temos fé já fomos salvos. Tiago
está mostrando que toda a conversa acerca de fé é inútil se a pessoa não tiver
uma vida mudada que prove que verdadeiramente foi salva. Diz-nos para
mostrarmos nossa salvação.
Tiago continua dizendo acerca de Abraão e de como foi justificado pelas
obras (v. 21), mas ele creu em Deus e foi-lhe imputado como justiça
(v. 25; veja também Gênesis 15:6). Qual é a resposta? Abraão foi justificado à
vista de Deus por sua fé. À vista dos homens foi justificado por suas obras. Os
homens não podem ver a fé; podem somente ver as obras que a fé salvadora
produz.
Catorze anos depois de Abraão ter crido em Deus foi circuncidado
como sinal externo da aliança que já tinha com Deus. Ele havia sido salvo
catorze anos antes de ser circuncidado (veja Gênesis 17:9-11).
Então, cerca de 40 anos depois de ter crido em Deus e ter
sido salvo (muitos anos antes do nascimento de Isaque) Abraão provou sua
fé perante os homens. Ele demonstrou sua salvação, como Tiago afirma, ao
oferecer seu filho Isaque no altar (veja Gênesis 22). Aqui vemos que a fé que
não produz mudança de vida é morta. A fé que não produz obra que justifique
nossas reivindicações de salvação não é de forma alguma a fé salvadora.
A propósito, a transformação dramática de caráter e de vida é a
norma no cristianismo evangélico. Mel Trotter foi alcoólatra. Todas as suas
promessas e esforços desesperados para deixar a bebida provaram ser em vão.
Num dia triste e pesaroso, seu precioso filhinho morreu. Em seu
pesar, o desejo insaciável de uísque encheu-lhe o ser, e Mel estava
terrivelmente quebrantado. Por fim, em desespero abjeto, e enojado de si mesmo,
foi até ao caixão onde jazia o corpo frio de seu bebezinho. Seus dedos tremiam
enquanto tirava os sapatos dos pezinhos do filho. Então arrastou-se para fora a
fim de vender os sapatos e conseguir dinheiro para comprar bebida.
Algum tempo mais tarde, Mel aceitou Jesus Cristo como seu Senhor e
Salvador pessoal e foi mudado instantaneamente e para sempre.
Tornou-se um cristão devotado; sua sede fora satisfeita pelo Salvador. Nos anos
seguintes fundou ele mais de 60 missões com o propósito de pregar Cristo aos
homens e mulheres necessitados.
A propósito, onde os mórmons possuem missões para os
desprezados da sociedade? Onde estão os alcoólatras, as prostitutas, os
assassinos, os viciados em droga, que podem testemunhar ter sido instantaneamente
salvos e mudados pelo mormonismo? É claro, todo programa, quer seja religioso
ou secular, educacional ou reabilitatório, pode reivindicar resultados
favoráveis na reabilitação dessas pessoas necessitadas, mas estamos falando
acerca da mundança que ocorre em alguns poucos minutos, que dura para sempre e
que somente Cristo pode operar. Tenho visto essa transformação vezes sem conta,
em poucos segundos, à medida que as pessoas recembem a Cristo. Mudanças de
hábitos, de vida, de disposição, de atitude, de temperamento, uma certeza
repentina e imperecível acerca da salvação, da morte e do céu. Um influxo
súbito de amor e interesse pelos outros, quer seja em psicólogos, advogados,
homens de negócio, prostitutas, alcoólatras, fazendeiros, viciados em droga, pescadores,
mineiros, professores, donas-de-casa, ou quem quer que seja.
Trabalhar por nossa salvação, portanto, insulta a Deus e nos endivida
ainda mais. Ele deseja que demonstremos nossa salvação, depois de termos
sido salvos. (Veja Filipenses 2;12).
É difícil ver como palavras referentes às obras para a salvação
poderiam ser mais claras do que estas que Deus nos deixou em Romanos 11:5, 6:
"Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente
segundo a eleição da graça. E se é pela graça, já não é pelas obras; do
contrário, a graça já não é graça."
A graça bíblia é o amor imerecido e a salvação estendida aos totalmente
indignos, sem obras. Olhe para o ladrão na cruz outra vez -- não tinha
igreja, nem batismo, nem boas obras, só pecado, pecado, pecado. Então este
desgraçado sem esperança clama a Jesus Cristo: "Jesus, lembra-te de mim
quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje
estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:42, 43). Salvação instantânea! Completa
e gratuita! Sem obras, sem igreja, sem batismo, nada a não ser a fé, o pedir e
o crer em Jesus! Sem dúvida, o ladrão teria tido uma vida mudada se pudesse ter
descido da cruz, mas como resultado, e não como meio de sua salvação.
Contraste, isto com o ensino mórmon sobre a graça. A graça dos
mórmons consiste, em parte, em fazer boas obras religiosas, para a igreja e o
templo e desta forma o indivíduo se torna a si mesmo digno da graça de
Deus. Leia de novo a afirmativa citada previamente neste capítulo das Regras
de Fé de Talmage: "A redenção dos pecados pessoais somente pode ser
obtida mediante a obediência aos requisitos do evangelho e uma vida de boas
obras."
Eis aqui por que a graça mórmon é falsa e por que as obras jamais
podem levar ninguém ao céu: "Porque se Abraão foi justificado por obras,
tem de que se gloriar, porém não diferente de Deus. Pois, que diz a Escritura?
Abraão creu em Deus, isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao que trabalha
[pela salvação], o salário não é considerado como favor, e, sim, como dívida.
Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe
é atribuída como justiça" (Romanos 4:2-5).
Sentimos que devemos repetir com convicção total: a religião
mórmon é uma doutrina elaborada de obras, que nega que Cristo somente é
suficiente para salvar.
Cristo, mais nada, conserva-nos salvos (uma vez que nos
rendemos totalmente a ele, pela fé, para a salvação). Tudo o mais, declara a
Bíblia ser heresia. As obras seguem a salvação como prova de uma salvação real
e para a glorificação de Cristo.
Lidando Com a Ilusão Mórmon
Os mórmons reagem de várias maneiras quando confrontados com a
evidência irrefutável de que o mormonismo é falso. Alguns voltam-se do Jesus
mórmon para o Jesus bíblico e sendo salvos deixam o mormonismo. Alguns são
convencidos mentalmente mas se apegam emocionalmente ao mormonismo por causa de
laços familiares, temor, etc. Alguns denunciam toda a evidência como mentiras,
material usado fora do contexto, perseguição antimórmon, etc. Muitos,
simplesmente ignoram os fatos, e apegam-se ao "testemunho" que o
"Espírito Santo" lhes deu.
É interessante, mas de quebrar o coração, notar que mesmo depois
de Jim Jones e a Igreja do Povo terem sido totalmente expostos, mesmo depois do
massacre de Jonestown, depois de Jones ter sido desmascarado como moralmente
depravado, depois de seu afastamento do Jesus bíblico ter sido revelado,
algumas pessoas ainda criam nele, e ainda eram leais ao Templo do Povo.
Alguns ainda estavam dispostos a morrer por ele e por seu culto.
Alguns mórmons radicais evidentemente têm feito sua escolha de
modo irrevogável e, infelizmente, para a eternidade, e podem estar
completamente impenetráveis aos fatos. Seu "testemunho" do
"Espírito Santo" de que o mormonismo é verdadeiro, de que José Smith
é profeta de Deus, de que seu Jesus mórmon é verdadeiro, e que todas as outras
igrejas, a não ser a deles, são apóstatas, é suficiente para eles.
Não importa do que e de quem os mórmons recebem seu
"testemunho", mas certamente não é do Espírito Santo da Bíblia. Os
mórmons afirmam que o Espírito Santo, juntamente com o Pai e o Filho, é um dos
personagens da divindade. Na teologia mórmon isso significa três deuses
separados e individuais, um somente em propósito, o que contradiz a Bíblia e
revela que os mórmons são politeístas. Entretanto, os mórmons admitem que o
Espírito Santo é um "personagem do espírito" que não tem corpo de
carne e ossos, um dos requisitos para ser Deus. O Espírito Santo dos mórmons só
pode estar em um lugar de cada vez. Quando a Bíblia diz que o Espírito Santo
enche muitas pessoas diferentes ao mesmo tempo, e que habita em todos os
cristãos verdadeiros em todos os lugares, os mórmons interpretam como sendo
"os poderes e influências que emanam de Deus". (Graça a Deus por
nosso confortador pessoal, o Espírito Santo bíblico, uma pessoa viva que
habita em cada um de nós que fomos verdadeiramente salvos).
É claro que o que quer que esteja dando aos mórmons o testemunho
da "verdade" do mormonismo, não é o Espírito Santo de Deus!
__________
Notas
1) Stephen L. Richards, Contributions of Joseph Smith (Salt
Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias).
2) Talmage, Articles of Faith,
pp. 85, 87, 478, 479.
A Ilusão Mórmon — Parte 8 (Capítulo 15)
CAPÍTULO QUINZE
Salvação Bíblica
Alguns anos atrás, no campo predominantemente mórmon em que eu
estava falando sobre nosso Salvador, demos a uma jovem senhora mórmon e a seu
marido, também mórmon, grande parte do material contido neste livro. Ele não
teve interesse suficiente para ler todo o material, mas ela teve.
Às duas horas da manhã, ela não pôde agüentar mais. Sacudiu o
esposo até acordá-lo e disse-lhe que queria ser salva. Ele não deu importância
ao caso, dizendo-lhe que calasse a boca e voltasse a dormir. Ela veio falar
comigo assim que pôde.
Ajoelhamo-nos e ela derramou o coração, confessando seu sentimento
de estar perdida, seu pecado, e aceitou a Jesus com seu Salvador e Senhor. Ela
se regozijou ao passar das trevas do mormonismo para a luz de Cristo. Dentro de
dois meses, ela havia praticamente decorado o evangelho de Mateus, aprendendo e
compreendendo mais da Escritura em algumas semanas como cristã, do que em toda
a vida como mórmon.
Descobrimos que não há divisão da salvação em "geral" e
"pessoal". Há somente uma salvação, e esta recebemos quando aceitamos
o Senhor Jesus Cristo.
Os Mórmons e a Salvação Bíblica
A seguir apresentamos experiências verídicas (embora alguns nomes
sejam fictícios) de mórmons que receberam esta salvação.
Tim O'Flannigan cresceu na igreja mórmon. Seus pais, já idosos,
ainda permanecem lá. As atividades para os jovens eram interessantes, e ele
prontamente absorveu o ensino mórmon, tanto antes como depois de se batizar na
igreja mórmon.
A despeito de seu testemunho mórmon, Tim começou a beber e a deixar
que outros pecados fossem entrando em sua vida. O casamento com Jean, uma moça
linda e amável, e a chegada de duas crianças preciosas, deviam ter apaziguado a
inquietude dele, mas não o fizeram. Jean foi levada a Cristo pelo testemunho
doce e consistente de uma amiga. Tim não pôde deixar de notar a mundança na
vida dela mas pensava que a última coisa no mundo que precisava era de
"religião". Tinha o suficiente disso. Jean logo começou a assistir à
nossa igreja onde desabrochou como uma rosa na primavera para Jesus Cristo.
Conversei com Tim a respeito de seu relacionamento com Cristo. A princípio, ele
via pouca diferença entre o ensinamento mórmon e o que a Bíblia dizia a
respeito da salvação. Ás vezes, ele se sentia seguro de ir para o céu - afinal
de contas, um dos três céus dos mórmons, ele estaria indo.
Evitou-me por algum tempo, mas não podia evitar o impacto da
Palavra de Deus e o doce testemunho de sua esposa cuja vida fora mudada
totalmente. Tim teve de admitir que havia algo diferente, vivo, muito mais real
e vibrante na vida de Jean e no seu testemunho do que havia na vida de
testemunho de muitos mórmons que conhecia tão bem. O coração de Tim ficou
conturbado. Era inegável que a Bíblia ensinava que a salvação era um dom;
o mormonismo ensinava que a pessoa devia trabalhar por sua salvação. Qual
estava certo? Versículos como Romanos 4:5: "Mas ao que não trabalha, porém
crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como
justiça", martelavam-no como uma bigorna.
Tim rendeu-se. Clamou a Jesus Cristo que o salvasse de seus
pecados e enchesse o lugar vazio em seu coração que o mormonismo jamais fora
capaz de preencher. Jesus entrou em seu coração, e Tim conheceu o testemunho da
alegria e paz que somente o Salvador vivo pode dar, tão diferente do seu antigo
testemunho mórmon. Imediatamente depois de sua salvação, Tim deixou o
mormonismo para seguir a Cristo no batismo em nossa igreja. Cristo enchera para
sempre aquele lugar vazio.
Recebi recentemente uma carta de uma jovem mãe da Igreja dos Santos
dos Últimos Dias, carta essa que escreveu depois de ler parte do material deste
livro e depois de eu a ter visitado. Na carta dizia ela: "Tenho visto
acontecer coisas que nunca pensei serem possíveis. Élindo. Estou
realmente alegre por você ter vindo. Deus, agora, faz parte de minha vida. Oro
a Deus para que você alcance mais pessoas da igreja dos Santos dos Últimos Dias
e faça com que conheçam e compreendam o amor de Deus. Realmente deprime saber
que algumas das pessoas mais belas que conheço podem não estar no céu por causa
deste caminho falso e hipócrita que a igreja dos Santos dos Últimos Dias
ensina...agora sou, verdadeiramente, uma filha de Deus, nascida de novo. Que
sentimento lindo me acompanha a cada novo dia! Sei que mediante a fé e o amor que
vêm de Deus serei capaz de vencer meus ensinamentos antigos. Obrigada outra vez
por ajudar-me a ver a luz."
Mais tarde, tive a alegria de voltar à cidade dela e levar seu
marido a Jesus Cristo.
Brett Somers era um mórmon bem rico, com uma casa linda no estado
de Washington. Tanto ele como a esposa eram ativos na igreja mórmon. Depois de
vários anos de serviço fiel e até mesmo brilhante na igreja mórmon, a senhora
Somers tornava-se cada vez mais perturbada por causa da falta de interesse
vital em falar acerca de Jesus Cristo que encontrava nos líderes da igreja, nos
oficiais, e em suas amigas mórmons. O que ela ouvia os líderes dizerem e o que
lia na Bíblia não parecia estar de acordo. Ela se aprofundou mais no Livro
de Mórmon, e outros livros mórmons, procurando fortalecer a fé que uma vez
já fora flamejante. Ela leu com cuidado o livro de Talmage, Regras de Fé,
marcando muitas passagens. (Eu sei! Ela me deu o livro!)
Eu estava fazendo uma série de conferências por perto e a senhora
Somers marcou uma entrevista comigo. Ela fez-me perguntas cuidadosas e
inteligentes sobre o mormonismo, a Bíblia e a salvação. Levou para casa parte
do material que incluí neste livro. Pediu que o Cristo da Bíblia, não do
mormonismo, entrasse em seu coração. Agora ela reconsagrou clara e
definitivamente a vida a Cristo e decidiu sair da igreja mórmon.
Brett ficou num dilema. Algumas das pesquisas da esposa começaram
a perturbá-lo. Ele foi com ela por algum tempo a uma igreja evangélica. Mas ele
era mórmon! Onde estava a resposta?
Deus, graciosamente, abriu o caminho para que eu pudesse ter uma
conversa com Brett. Lenta e cuidadosamente, e em atitude de oração, apresentei
o evangelho a Brett e respondi a muitas perguntas da Bíblia, a Palavra de Deus.
Finalmente eu disse: "Brett, Jesus o ama tanto. Ele morreu por você e
promete que se você invocá-lo para salvá-lo dos seus pecados, ele o fará.
Brett, você está disposto a invocar o Senhor Jesus Cristo a fim de salvá-lo,
neste instante?"
Brett abaixou a cabeça, simples e calmamente convidou o Cristo
ressurreto para entrar em sua vida e salvá-lo de seus pecados. Oh, que alegria
e irradiação indizíveis brilharam em seus olhos cheios de lágrimas enquanto os
levantava para mim! Mostrei-lhe vários versículos bíblicos tais como Romanos
10:13 e João 3:36 de novo, e ele rapidamente decorou e reivindicou João 3:36.
Então perguntei a Brett se ele sabia, sem sombra de dúvida, que
Jesus o havia salvo e lhe havia dado o maravilhoso dom da vida eterna. Brett
respondeu-
-me com um sim alto e ressonante. Oramos juntos e Brett
agradeceu ao Senhor Jesus Cristo por tê-lo salvo de seus pecados, do mormonismo
e do inferno.
Brett e a esposa foram, a pedido dele, excomungados da igreja
mórmon e estão muito ativos na igreja batista e vitalmente interessados em levar
outros a Cristo. Agora tanto Brett como a esposa sabem o que é testemunho
verdadeiro de Jesus Cristo. Não podem ficar calados!
Alguns nomes nesses testemunhos são fictícios a fim de proteger os
indivíduos envolvidos. Ninguém, que ainda não experimentou, pode acreditar na
pressão que a igreja mórmon, os líderes mórmons, parentes, pessoas achegadas,
amigos e a família podem exercer sobre os que se salvam e deixam a igreja
mórmon.
Entretanto, os nomes da experiência seguinte são verdadeiros.
Janet Webster publicou e divulgou largamente seu testemunho de doze páginas.
Janet é uma senhora muito vivaz e foi uma mórmon entusiasta. Ela
estava no processo de agir como missionária a duas muito boas amigas cristãs,
ensinando-lhes as seis lições missionárias. Janet tinha certeza que as amigas
logo veriam a "verdade da igreja mórmon", especialmente se
conhecessem "todos os seus princípios e doutrinas maravilhosos, lindos e
gloriosos". Entretanto, ao examinar a Bíblia à procura de um dos
versículos que os mórmons usam para tentar provar uma doutrina, ela descobriu,
para seu espanto, que tinha de ler o que a Bíblia dizia antes e depois do
versículo para compreender seu significado completo!
Esta experiência levou Janet a ler mais e mais da Bíblia e ela se
convenceu de que a Bíblia era a Palavra perfeita de Deus, e percebeu a
necessidade que tinha de Jesus Cristo. Aceitou-o como Senhor e Salvador e saiu
do mormonismo para sempre.
Em sua carta ela dizia: "Como posso contar-lhe o milagre
bendito que aconteceu em nossa família? Pela graça maravilhosa de Deus, fomos
tirados das trevas e redimidos por nosso precioso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo."
Brenda, filha de Janet, estudante da universidade Brigham Young,
voltou para a casa de sua família "apóstata" recém-cristã. Com o tempo
o amor de Cristo e dos cristãos venceu, e Brenda também aceitou a Cristo.
Janet escreveu com grande autoridade: "De repente, tudo
entrou em perfeita perspectiva...há dois campos (ou lados) nesta terra. No
primeiro lado temos os que sem reserva apóiam a Palavra de Deus (a Bíblia),
confiando nela completamente. E no segundo lado estão aqueles que gostariam de
solapar (e às vezes sutilmente o fazem) a Bíblia proclamando que ela não é um
livro sobrenatural. Em vez disso crêem que suas próprias idéias intelectuais ou
conhecimento científico (ateístas), ou novos profetas e Escrituras
(espiritualistas, Testemunhas de Jeová, mórmons, Bahai, Ciência e Mente, etc.)
devem ter preeminência sobre a Bíblia.
Bem, por que não, pergunta você? Somente posso dizer por que não,
pergunta você? Somente posso dizer por que não por mim mesmo. Primeiro, por
favor, note que há muitos grupos no segundo campo, mas que há somente um no
primeiro: os cristãos nascidos de novo, que crêem não haver salvação em
nenhuma denominação em particular, ou em seguir um profeta, um Papa, etc., mas
somente em e mediante Jesus Cristo. E pregam somente Jesus Cristo, e este
crucificado. Todos estes cristãos pertencem à mesma igreja -- deu, o governo
está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" -- Isaías 9:6.
Dentro da natureza de Deus há três distinções eternas: Deus Pai,
Deus Filho e Deus Espírito Santo, e há somente um Deus. Uma vez que
Jesus repetidamente é chamado de Deus, devemos aceitá-lo como Deus, ou então
aceitaremos outro Jesus. Na Bíblia "o Verbo" significa Jesus:
"No princípo era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo
era Deus" -- João 1:1. "Princípio" aqui simplesmente
significa "desde todo o tempo". Assim como Deus foi Deus desde
todo o tempo, também Jesus Cristo foi Deus -- desde o princípio, de todo o
tempo! Jesus nunca progrediu, nunca trabalhou por atingir seu caminho para ser
Deus. Ele sempre foi Deus.
Deus proibiu para sempre a adoração de qualquer outro Deus (Êxodo
34:14), entretanto Jesus aceitou a adoração como Deus em muitas ocasiões.
"E eis que eles foram dizer aos Seus dicípulos, Jesus veio ao encontro
deles, e disse: Salve! E eles, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o
adoraram" -- Mateus 28:9.
As Boas Obras Não Podem Salvá-lo
Deus o ama e deseja que você saiba que TODOS os homens são
pecadores perdidos e devem nascer de novo.
Todos os homens possuem natureza pecaminosa e não existe
salvação geral. A Bíblia diz em Romanos 3:23: "Pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus." Isto significa que todos nós somos pecadores
perdidos. Romanos 3:10: "Não há justo, nem sequer um."
Pecado é seguir nosso próprio caminho (Isaías 53:6). É ser o Deus,
o gerente, o chefe, o Senhor de nossa própria vida. É estarmos centralizados em
nós mesmos em vez de deixar que Cristo seja o centro.
"Todas as nossas justiças são como trapos da imundícia"
-- Isaías 64:6; "Ora, ao que trabalha [para salvação], o salário não é
considerado como favor, e, sim, como dívida. Mas ao que não trabalha, porém crê
naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" --
Romanos 4:4, 5.
Uma macieira é uma macieira: dá maçãs. Da mesma forma, pecamos porque
todos nós possuímos uma natureza pecaminosa. Derrubar as maçãs da árvore não
lhe modifica a natureza! De modo que o livrar-nos de alguns pecados não muda
nossa natureza.
Além disso, quanto de boas obras pode um morto
fazer? Como pessoas naturais (não salvas) todos nós estamos "mortos
em delitos e pecados -- Efésios 2:1.
João 5:24: "Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a
minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não
entra em juízo, mas passou da morte para a vida."
O Que é a Salvação Verdadeira e Bíblica?
Salvação é um dom gratuito
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação não é pelas
obras, é um dom. O caminho da salvação provido por Deus é receber a
Cristo pessoalmente, confiando nele somente para nos salvar.
Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Não
podemos fazer-nos "dignos" da graça de Deus. Salvação é um dom
gratuito ao indigno, ao que não merece, e todos nós estamos nesta categoria.
"Cristo morreu pelos ímpios" -- Romanos 5:6.
Efésios 2:8, 9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se
glorie."
Necessitamos de uma nova natureza!
Deus o ama e deseja que você saiba que há somente um
caminho para a salvação, e esse é mediante o nascer de novo.
João 3:7: "Importa-vos nascer de novo." João 1:12
diz-nos como. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome." Aceitar a
Jesus é a única maneira de nascer de novo.
Não somos filhos de Deus por natureza. Devemos receber a Cristo a
fim de nos tornarmos filhos de Deus.
Somente Jesus pode limpar os nossos pecados e mudar nossa
natureza; 1 Pedro 2:24: "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o
madeiro, os nossos pecados." Jesus tomou nosso lugar e derramou seu sangue
a fim de nos lavar os pecados. Quantia alguma de "boas obras" pode
lavar um único pecado ou trocar nossa natureza.
Salvação ocorre quando clamamos a Jesus,
crendo, para nos salvar. Então ele entra em nossa vida e nos tornamos filhos de
Deus com uma nova natureza.
Embora a salvação não seja pelas obras, a salvação verdadeira
sempre produz mudança de vida. Cristo entra mediante convite pessoal, como
Senhor e Salvador para mudar nossa vida e viver sua vida por intermédio de nós.
A salvação é instantânea!
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação é instantânea.
No momento em que nos arrependemos, que deixamos nossos pecados e nos voltamos
para Jesus, ele nos salva. Como diz o hino: "Tal qual estou, eis-me aqui
Senhor, pois o teu sangue remidor..." Cristo disse ao ladrão não batizado
e não salvo, na cruz, (uma resposta instantânea de salvação ao clamor confiante
do ladrão): "Hoje estarás comigo no paraíso" -- Lucas 23:43. (Paraíso
é o mesmo lugar que Paulo viu como o céu de Deus, 2 Coríntios 12:2-4.) Jesus
garantiu a salvação de uma prostituta: "A tua fé te salvou; vai-te em
paz" -- Veja Lucas 7:50. Salvação instantânea!
A salvação inclui o aceitar a Jesus Cristo tanto como Senhor
(Deus, Senhor, novo gerente de nossa vida) e Salvador. Envolve a crença de
coração (o centro de nosso ser que rege, governa e escolhe). Romanos 10:9:
"Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo."
A salvação é simples
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação é simples.
Romanos 10:13: "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será
salvo." "O sangue de Jesus, seu Filho, [de Deus] nos purifica de todo
pecado" -- 1 João 1:7.
Devemos, pessoalmente e com fé, clamar a Jesus para nos salvar. É
assim que o recebemos. Se clamarmos assim, ele deve salvar-nos, ou Deus
estaria mentindo, e Deus não pode mentir. Se Jesus nos amou a ponto de
morrer para nos salvar, então desapontar-nos-ia quando invocássemos o seu nome?
É claro que não!
Deus o ama e deseja que você seja salvo. Você gostaria de receber
Jesus como seu Senhor e Salvador neste instante? Eis uma oração que você pode
fazer agora mesmo com todo o coração:
"Senhor Jesus, entra em meu coração
e em minha vida. Lava-me de todo pecado com teu sangue vertido. Faze-me um
filho de Deus. Dá-me teu dom gratuito de vida eterna, e faze-me saber que estou
salvo, agora e para sempre. Agora recebo-te como meu único Senhor e
Salvador pessoal. Em nome de Jesus. Amém."
Jesus o salvou ou ele mentiu? Ele tinha de fazer uma das
duas coisas. Segundo Romanos 10:13, se você invocou, crendo Nele, Ele o salvou
e você está limpo de seu pecado.
A salvação é certa
A pessoa pode saber que é salva não simplesmente pelo sentimento,
mas porque a Palavra de Deus o afirma! Decore João 3:36: "Quem crê no
Filho tem a vida eterna." O que é que você tem neste instante,
segundo a Palavra de Deus? Para onde você iria se morresse neste instante,
segundo a Palavra de Deus? " (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas
temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o
Senhor".
(2 Coríntios 5:7,8)
Se agora você sabe que Jesus o salvou, segundo sua palavra, por
favor, tire alguns instantes agora e agradeça-lhe em voz alta o tê-lo salvo
enquanto oramos.
1 João 5:13: "Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes
que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de
Deus."
Salvação é crer!
Escolha crer em Cristo, com sentimentos ou sem eles, e Ele lhe
provará Sua realidade à medida que você der o passo da fé, crendo que Ele
cumpriu Sua palavra e o salvou.
Três homens entram no mesmo elevador e querem ir para o sétimo
andar. Um sorri, outro chora, outro tem o rosto impassível, sem emoções. Todos
os três chegam ao sétimo andar, a despeito de seus sentimentos, porque acreditaram
no elevador e se entregaram a ele. Assim também acontece com a confiança em
Cristo -- com sentimentos ou sem eles. Ele o salvará instantaneamente e o
levará aos céus.
A realidade de sua salvação mostrar-se-á em sua reação de amor em
obediência ao seguir a Jesus Cristo. João 14:23: "Se alguém me ama,
guardará a minha palavra." Se você realmente foi salvo, você obedecerá!
Entre outras coisas, isto significa que você sairá do mormonismo e
seguirá ao Cristo bíblico!
A salvação verdadeira produz boas obras e obediência a Cristo
Trabalhar pela salvação mostra incredulidade na
suficiência de Jesus Cristo para nos salvar. Entretanto, a salvação verdadeira
e a verdadeira fé, sempre produzem boas obras!
Tiago 2:20: "Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de
que a fé sem as obras é inoperante?"
Macieiras produzem maçãs. Os cristãos verdadeiros produzem boas
obras. As maçãs são produtos da árvore e provam que é uma macieira. Mas já era
macieira antes de produzir maçãs. Da mesma forma, as boas obras nunca produzem
um cristão; meramente provam que essa pessoa é cristã. De acordo com 2
Coríntios 5:17: "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as
cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
Devemos ter a salvação a fim de demonstrá-la, assim
como devemos ter o carro antes de podermos demonstrá-lo!
Mais do que Crença Intelectual
A salvação funciona de verdade? Para os cristãos nominais que
podem ser religiosos mas que têm somente uma crença intelectual em Cristo, a
resposta é definitivamente não! Infelizmente, muitas igrejas têm membros que
são cristãos nominais. Eu fui cristão nominal. Dos tais os cultistas se
alimentam.
Para os que se voltam, com fé, para Jesus Cristo com todo o
coração, a reposta é um sim emocionante e grande!
Tenho uma dívida para com os mórmons e para com John, meu amigo
mórmon, mencionado no primeiro capítulo. Por causa de John, descobri que minha
religião intelectual não era suficiente. Verdadeiramente vim a conhecer a
Cristo como meu Senhor e Salvador pessoal. Agora desejo partilhá-lo com você.
Deus ama a todos nós, tanto, tanto que enviou seu Filho para
verter seu sangue na cruz por nós. E ainda mais, Deus o ama. Você está disposto
a deixar o pecado e a si mesmo e voltar-se para o Salvador? Deus diz que todos
nós somos pecadores, e isto significa que todos estamos perdidos. Você
jamais poderá ser verdadeiramente salvo, até que admita estar perdido! Até
poder admitir isso, você insulta a Deus, e o acusa de deixar seu Filho morrer
por você embora não houvesse necessidade! Examinemos o caminho da salvação uma
vez mais. Sua decisão acerca de Cristo determinará seu destino. Oramos para que
Deus, em seu amor, capacite-nos a tornar o caminho claro como cristal.
Como é, exatamente, que me volto para Cristo? "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome" (João 1:12).
Você deve confessar a Deus que você é um pecador perdido, e receber a Jesus
Cristo como seu Salvador. Instantaneamente, Ele o salvará e você nascerá de
novo, como filho de Deus, com uma nova natureza.
Como o recebo? Aceite a Jesus como o Deus eterno que
ressurgiu corporeamente dentre os mortos. Confesse a Cristo, porque se "com
a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, será salvo" (Romanos 10:9).
Que faço para recebê-lo? Clame a ele com todo o coração, crendo
nele! "Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo" (Romanos
10:13). Se você invocar, com fé, Jesus terá de salvá-lo ou estaria ele
mentindo, porque Ele o prometeu. Ele não pode mentir! Além disso, se Ele o amou
o suficiente para morrer em seu lugar em agonia sangrenta e solitária numa cruz
cruel, deixaria Ele você de lado quando clamasse a ele para salvá-lo? É claro
que não!
Simplesmente ore: "Senhor Jesus, por favor salva-me de todos
os meus pecados. Lava-me pelo teu sangue vertido. Dá-me teu dom gratuito da
vida eterna. Entra em meu coração e em minha vida neste instante. Torna-me um
filho de Deus, e faze-me saber que estou salvo, agora e para sempre. Agora
recebo-te como meu Salvador e Senhor pessoal."
O Cristo que você está recebendo é o Cristo bíblico, eterno, que
sempre foi e sempre será Deus, de eternidade a eternidade.
Cristo o salvou -- não segundo os seus sentimentos mas segundo a
Palavra de Deus? Então simplesmente agradeça-Lhe em voz alta a salvação de sua
alma e a vida eterna.
Decore, neste instante, a primeira parte de João 3:36: "Por
isso quem crê no Filho tem a vida eterna." De modo que no momento em que
você creu, Deus disse ter-lhe dado a vida eterna!
Encontre uma igreja que ensine o sangue de Cristo e torne clara a
salvação, e que crê na Bíblia e na Bíblia somente. Una-se a ela, e assista aos
cultos regularmente como Deus ordena aos cristãos verdadeiros em Hebreus 10:25.
Siga a Cristo no batismo para mostrar ao mundo que seus pecados
foram lavados quando foi salvo (veja Atos 10:47, 48), e mostre que está morto
para a velha vida e ressurreto com ele para a novidade de vida.
Leia devagar o evangelho de João. Confesse a outros que Cristo o
salvou. Fale de Cristo constantemente com outros (veja Atos 1;8). A maior
responsabilidade e alegria do mundo, além de ser salvo, é levar outros a conhecer
a Cristo!
Ore freqüentemente e diga a Jesus todos os dias que você o ama e
agradeça-lhe o morrer na cruz por você e por salvá-lo! Se pecar, confesse o
pecado imediatamente, quer seja pecado de pensamento, palavra ou ação e
agradeça a Deus o perdão instantâneo (veja 1 João 1:9). O cristão poder pecar,
mas o verdadeiro cristão não poder viver habitualmente no pecado. Deixe que
Cristo viva esta nova vida por seu intermédio. Diga-lhe que você O ama
diariamente e dê-lhe permissão diária para que viva sua vida através de você.
Saia do mormonismo, se tiver interesse por sua alma, e pelas almas
dos outros que serão influenciados por você ou para o céu ou para o inferno.
"Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"
(Marcos 8:36).
Se você foi verdadeiramente salvo, Deus diz que você obedecerá:
"Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o
amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (João 14:23).
Não se deixe impressionar demais com os sentimentos. Deus deseja
que você ande pela fé, não pelos sentimentos, e às vezes Ele removerá
completamente todos os sentimentos para ver se você vai andar pela fé Nele e em
Sua Palavra. Outras vezes pode haver alegria e paz inexprimíveis, mas com
sentimentos ou não, a Palavra Dele é verdadeira.
Eis de novo aquela ilustração valiosa. Três homens esperando no
primeiro andar querem ir ao sétimo andar de um edifício. Um sorri, outro chora
e outro está em atitude estóica. Seus sentimentos não têm importância alguma. O
que importa é que todos eles confiam no elevador para levá-los ao sétimo andar.
Portanto entram nele e entregam-se a ele e o elevador leva todos eles ao sétimo
andar.
Assim acontece com nossa ida a Cristo. Não tem grande importância
se você chora, sorri ou tenha pouco ou nenhum sentimento. Se confiar em Cristo
para salvá-lo e a Ele se entregar, Ele o levará aos céus como o prometeu, com
sentimentos ou sem eles. Mas a própria compreensão de que a pessoa foi
realmente salva do pecado e do inferno eterno, mais cedo ou mais tarde trará um
sentimento de paz e alívio, mas nem sempre no próprio instante da salvação.
Assim como você deve tomar remédio antes que ele possa fazer
efeito, assim deve vir a Cristo e à sua palavra, depois de clamar a Ele, antes
que Ele possa dar-lhe sentimentos de alegria, paz e amor, de forma tal que você
jamais sonhou ser possível.
Eis alguns versículos que você pode desejar aprender. De qualquer
forma, ser-lhe-ão muito úteis em sua vida cristã.
Atos 1:8: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra."
1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."
1 João 3:14: "Nós sabemos que já passamos da morte para a
vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama parmenece na morte."
Quanto Deus nos ama! É minha oração que eu não tenha impedido que
o amor divino fluísse através de mim, embora Deus me tenha levado a apontar os
erros do mormonismo. Deus ama o povo mórmon, e, tanto quanto sei em meu
coração, eu também o amo. Deus não ama o mormonismo, que ensina o povo acerca
de outro Deus, outro Jesus, para sua perdição eterna.
Se este livro lhe foi uma bênção, por favor, faça que ele seja
lido por tantas pessoas quantas puder nestes tempos de desespero, de trevas e
de incrível urgência. Ore bastante a fim de que Jesus possa usá-lo para ganhar
almas para ele.
A Ilusâo Mórmon — Parte 9 (Apêndice)
APÊNDICE: O CAMINHO DA SALVAÇÃO
O Dr. Norman Lewis, do Seminário Batista Conservador do Oeste, em
Portland, no estado do Oregon, afirma que todo cristão verdadeiro é confrontado
como o "mandamento inescapável" de testemunhar a todos os homens que
estão sem Cristo.
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos
os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19, 20).
"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,
e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8).
Quando se combina esta grande admoestação com João 14:23: "
Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra",
verdadeiramente a responsabilidade de partilhar Cristo com todos os homens,
inclusive os mórmons, é inescapável. Se amamos a Jesus, se cremos que os homens
estão perdidos, se cremos no céu e no inferno, devemos falar com amigos
mórmons e também com outros que precisem de Jesus.
A seguir apresentamos questões que lhes mostrarão, queridos amigos
mórmons, o caminho da salvação.
(O grifo das passagens cidades é de responsabilidade do autor.)
1. A Bíblia diz que há somente um Deus que criou todos os
universos, planetas e mundos. José Smith e outros líderes mórmons ensinam que
há muitos deuses. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois
de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10).
"Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu
conheça" (Isaías 44:8).
Escritores Mórmons
"E os Deuses ordenaram, dizendo: Que as águas debaixo
do céu sejam ajuntadas em um lugar, e apareça a terra seca; e assim foi, como
eles ordenaram; e os Deuses chamaram à porção seca, terra; e ao
ajuntamento das águas eles chamaram as grandes águas; e os Deuses viram
que eles eram obedecidos" (José Smith, Pérola de Grande Valor,
Abraão 4:9, 10).
"Se tomássemos um milhão de mundos como este e contássemos
todas as suas partículas, descobriríamos que existem mais Deuses do que as
partículas de matéria nesses mundos" (Orson Pratt, Journal of
Discourses, vol. 2; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854;
edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, p. 345).
Comentário
Obviamente, Deus declara que jamais existiu, não existe e jamais
existirá outro Deus neste ou em qualquer outro mundo, neste ou em qualquer
outro planeta.
Para mais informações veja o capítulo 7 deste livro: "A Falha
Fatal".
2. A Bíblia ensina que Deus jamais teve uma origem como homem, que
sempre foi Deus desde a eternidade passada. A Bíblia também ensina que jamais
haverá nenhum outro Deus. O mormonismo ensina que Deus uma vez já foi homem
antes de se tornar Deus. O mormonismo também ensina que os homens, algum dia,
podem tornar-se Deuses. Em quem você acredita?
A Bíblia
"De eternidade a eternidade, tu és Deus" (Salmo
90:2).
"Porque Eu sou Deus e não homem" (Oséias 11:9).
"Eu sou o primeiro, e Eu sou o último, e além de mim não
há Deus" (Isaías 44:6).
"Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum
haverá" (Isaías 43:10).
Escritores Mórmons
"O próprio Deus já foi como nós somos agora e é um homem
exaltado, e senta-se no trono lá nos céus!" (Joseph Smith, Ensinos do
Profeta José Smith; publicado por Deseret Book Co., Salt Lake City, 1969, p.
345).
"Lembrai-vos de que Deus, nosso Pai Celestial, já uma vez
talvez tivesse sido uma criança, e mortal como nós somos e se elevou um
passo na escala do progresso, na escola do adiantamento" (Orson Hyde, Journal
of Discourses, vol. 1, p. 123; publicado por F. D. e S. W. Richards,
Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966).
"O Senhor criou a ti e a mim para o propósito de nos
tornarmos Deuses como ele próprio" (Brigham Young, Journal of
Discourses, vol. 3, p. 93).
"Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem
poder ser" (Lorenzo Snow, ex-presidente da Igreja Mórmon, Millenial
Star, vol. 54; também Milton R. Hunter, The Gospel Through the Ages,
pp. 105, 106).
Comentário
De acordo com a Bíblia, Deus jamais progrediu até ser Deus; Ele
sempre foi Deus. Está claro que o homem não existiu antes de Deus. Claro também
está que, visto como Deus declara que jamais haverá nenhum outro Deus,
os homens nunca se tornarão deuses.
Para informações adicionais veja neste livro o capítulo 8: A
Verdade acerca do "Deus-Adão", e capítulo 9: Contradições
concernentes à Pessoa de Deus.
3. A Bíblia ensina que Jesus Cristo sempre foi Deus. O mormonismo
ensina que houve um tempo em que Jesus não foi Deus. Em quem você crê?
A Bíblia
"E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo
de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade"
(Miquéias 5:2).
"No princípio era o Verbo de [Jesus], e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1).
"Antes que Abraão existisse, eu sou" (João 8:58).
Escritores Mórmons
"Cristo, o Verbo, o Unigênito, já tinha, é claro, atingido
o status da Divindade ainda quando vivia na preexistência" (livrete, What
the Mormons Think of Christ -- O Que Os Mórmons Pensam de Cristo -- ;
publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, p. 36).
"Jesus tornou-se um Deus e chegou ao seu grande estado
de compreensão mediante esforço consistente e obediência contínua a todas as
verdades do evangelho e às leis universais" (Milton R. Hunter, The
Gospel Through the Ages; Deseret Book Co., Salt Lake City, 1945, p. 51).
Comentário
Deus foi Deus desde o princípio como também Jesus Cristo o foi
desde o princípio, desde todo o tempo. Jesus Cristo sempre foi Deus e
é Deus. Jesus disse a Filipe, em João 14:9: "Quem me vê a mim, vê o
Pai."
Para mais informações veja neste livro o capítulo 7: "A Falha
Fatal", sob o subtítulo, O Cristo.
4. Deuteronômio 18:20-22 diz que o teste de Deus para o profeta
inclui uma exatidão de 100% no cumprimento de suas profecias, ou então o
profeta é falso. Muitas das profecias de José Smith jamais foram cumpridas. De
acordo com o teste bíblico, foi José Smith um profeta verdadeiro ou um profeta
falso?
A Bíblia
"Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu
nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses,
esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra
que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor,
e a palavra dele não se cumprir nem suceder, como profetizou, esta é
palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas
temor dele" (Deuteronômio 18:20-22).
Escritores Mórmons
Profecia proferida por José Smith em setembro de 1832: A Nova
Jerusalém e seu Templo devem ser construídas no estado de Missouri nesta
geração (José Smith, Doutrina e Convênios 84:1-5).
"Os Santos dos Últimos Dias esperam ver o cumprimento dessa
profecia durante a geração que existia em 1832 assim como esperam que o
sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode mentir. Ele
cumprirá todas as suas promessas" (Apóstolo Orson Pratt, Journal of
Discourses, vol. 9; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854;
edição, reimpressa Salt Lake City, 1966, p.71).
Esta profecia não se cumpriu, portanto é falsa. Profecia
dada por José Smith entre 1831 e 1844:
A Casa Nauvoo a ser construída deve pertencer à familia Smith para
sempre (José Smith, Doutrina e Convênios 124:56-60). Smith foi morto em
1844 e os mórmons foram expulsos de Nauvoo. A casa já não pertence à família
Smith. A profecia era falsa.
Profecia de José Smith: "A vinda do Senhor que estava
perto...até mesmo em 56 anos tudo deve terminar" (José Smith,
História da Igreja, vol. 2, p. 182; publicado por Deseret News Publishers,
Salt Lake City, 1902-1912). Esta profecia era falsa.
Comentário
José Smith não passa no teste de Deus para o profeta verdadeiro.
Ele não foi profeta de Deus.
Para mais informações veja neste livro o capítulo 3: "José
Smith -- Profeta de Deus?"
5. A Bíblia diz que Cristo foi gerado pelo Espírito Santo. O
profeta mórmon, Brigham Young, disse que Cristo não foi gerado do Espírito
Santo. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo"
(Mateus 1:20).
"Descerá sobre ti o Espírito Santo...por isso também o ente
santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lucas 1:35).
Escritores Mórmons
"O menino Jesus...não foi gerado do Espírito Santo"
(Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1; publicado por F. D. e S.
W. Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966,
pp. 50, 51).
Comentário
O profeta verdadeiro de Deus entraria em contradição com a Palavra
de Deus?
Para mais informações veja neste livro o capítulo 7: "A Falha
Fatal".
6. A Bíblia ensina que Deus criou Adão e deu-lhe vida. Brigham
Young ensinou que Adão "é nosso Pai e nosso Deus e o único Deus com quem
devemos lidar". Em quem você crê?
A Bíblia
"Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe
soprou nas narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente"
(Gênesis 2:7). "Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva"
(1 Timóteo 2:13).
Escritores Mórmons
"Quando nosso pai Adão chegou ao jardim do Éden, veio com um
corpo celestial e trouxe Eva, uma de suas esposas, consigo. Ele
ajudou a formar e organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de
Dias! Acerca de quem santos homens têm escrito e falado. Ele [Adão] é nosso Pai
e nosso Deus e o único Deus com quem devemos lidar" (Brigham Young, Journal
of Discourses; vol. 1; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool,
1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, p. 50).
Comentário
Negar a doutrina do Deus-Adão é admitir que Brigham Young é
profeta falso. Aceitá-la é negar a Palavra de Deus, a Bíblia.
Para mais informações veja neste livro o capítulo 8: "A
Verdade Acerca do Deus-Adão", e capítulo 9: "Contradições
Concernentes à Pessoa de Deus".
7. A Bíblia diz que o estudo das genealogias é fútil. Os mórmons
fazem uso extensivo das genealogias em seu sistema de obras, batismo pelos
mortos, etc. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Evita discussões insensatas, genealogias, e
contendas, e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis"
(Tito 3:9).
"Nem se ocupem com fábulas e genealogias sem
fim, que antes promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé" (1
Timóteo 1:4).
Escritores Mórmons
"Antes que as ordenanças vicárias da salvação e da exaltação
possam ser realizadas pelos que já morreram...devem ser identificados com
exatidão e propriedade. Donde se requer a pesquisa genealógica...A
Igreja mantém em Salt Lake City uma das maiores sociedades genealógicas
do mundo. Grande parte do material de fontes genealógicas de várias nações está
sendo ou já foi microfilmado por esta sociedade; gastam-se milhões de
dólares; e está disponível ao estudo um acervo de centenas de milhões de
nomes e outras informações acerca de pessoas que viveram nas gerações
passadas" (McConkie, Mormon Doctrine, pp. 308, 309).
Comentário
Os registros genealógicos foram destruídos em Jerusalém em 70 A.D.
pelos romanos sob as ordens de Tito, acentuando o término das genealogias por
Deus, uma vez que Jesus já tinha vindo e cumprido o propósito delas.
Para mais informações sobre genealogias, veja o capítulo 10:
"Sacerdócio e Genealogias", neste livro.
8. A Bíblia, a Igreja e a História lançam fortes dúvidas à
reivindicação dos mórmons de que têm revelação "nova" e "mais
recente". Em quem você crê?
A Bíblia
"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste
livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe
acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer cousa
das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da
vida, da cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro"
(Apocalipse 22:18, 19).
"Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18).
"Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam
disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores" (Mateus
7:15).
Escritores Mórmons
"Na manhã de um lindo dia de primavera de 1820 ocorreu um dos
acontecimentos mais importantes da história deste mundo. Deus, o Pai Eterno e
seu Filho, Jesus Cristo, apareceram a José Smith e deram-lhe instruções a
respeito do estabelecimento do reino de Deus na terra nestes últimos dias"
(LeGrand Richards, A Marvelous Work and a Wonder; Salt Lake City,
Deseret Book Co., 1971, p. 7).
"Contendo Revelações dadas a Joseph Smith, O
Profeta" (Doutrina e Convênios; na página de rosto da citada obra).
Comentário
O livro do Apocalipse dá-nos o quadro da época da igreja, da
tribulação, do milênio e da consumação de todas as coisas até o estado eterno.
Deus não se "esqueceu" de nada que tornasse necessário acrescentar um
Post Scriptum por revelação posterior.
"Este livro" mencionado em Apocalipse 22:18, 19, certamente
parece se aplicar primariamente ao livro do Apocalipse. Entretanto, o Deus que
tudo sabe e que conhece o futuro certamente sabia que livro seria
colocado no final da Bíblia, e que a Bíblia é considerada e era considerada
como uma unidade, um único livro. Parece mais que coincidência de que a
admoestação mais poderosa da Bíblia concernente a suas palavras e acréscimos às
suas profecias estivessem na última página, no último capítulo,
do último livro da Bíblia, pelo último profeta, com as últimas
profecias verdadeiras e certas.
Profeta algum, desde os dias bíblicos, surgiu que pudesse predizer
o futuro com exatidão total requerida do profeta verdadeiro. Ninguém,
desde os dias do Novo Testamento, passou no teste, o que prova conclusivamente
que o dom profético de predizer o futuro foi retirado, e que não há
"revelação" nova ou mais recente da parte de Deus.
Para mais informações veja neste livro o capítulo 13: "A
Autoridade Final".
9. Você, como mórmon, compreende que abrir a porta a
"revelações novas" ou mais recentes, cuja verdade é determinada, em
parte, pelo "sentimento", pelo "testemunho" ou por um
"ardor dentro do peito", faz com que lhe seja possível ou a qualquer
outra pessoa alegar revelações de Deus e construir qualquer tipo de ensinamento
que desejar? Pode você confiar numa religião construída sobre a base de tais
"revelações"? Você acredita na palavra de um "profeta"
desacreditado (cujas profecias falharam) e que disse ter revelações
"novas", ou você acredita na Bíblia?
A Bíblia
"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos
pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja
anátema" (Gálatas 1:8).
"E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma
em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros
se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as
suas obras" (2 Coríntios 11:14, 15).
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz
para os meus caminhos" (Salmos 119:105).
Escritores Mórmons
"Recebi a Primeira Visitação dos Anjos, quando tinha
cerca de catorze anos de idade" (José Smith, citado em Deseret News,
em 29 de maio de 1852).
"Logo, um indivíduo obscuro, um jovem, levantou-se e no meio
da cristandade, proclamou as novas surpreendentes de que Deus lhe havia enviado
um anjo" (Orson Pratt, Apóstolo, Journal of Discourses, vol.
13; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa,
Salt Lake City, Utah, 1966, pp. 65, 66).
"Mas, eis que eu te digo, deves ponderar em tua mente; depois
me deves perguntar se é correto e, se for, eu farei arder dentro de ti o
teu peito; hás de, sentir assim, que é certo" (José Smith, Doutrina e
Convênios 9:8).
Comentário
Aqui você pode perceber que as reivindicações do mormonismo são
iguais a centenas de outras, tais como as da Ciência Cristã, que têm
acrescentado outros livros "inspirados", e do Rev. Moon da Igreja da
Unificação, que afirma ter tido uma visão de Jesus em 1936. Estes ensinam que
tiveram revelação posterior, visitas de anjos, visões, etc., com o propósito de
"compreender" ou fazer acréscimos à Escritura. Você também pode ver
que a prova alegada por eles faz com que sua atenção se desvie da Bíblia como
autoridade total e final, de modo que qualquer coisa serve.
A propósito, quantidade alguma de "testemunho", "ardor
dentro do peito" ou "sentimento" pode fazer com que se cumpram
as profecias de José Smith, ou se transforme um profeta falso em verdadeiro.
Para mais informações, veja neste livro o capítulo 13: "A
Autoridade Final".
10. A Bíblia ensina que o inferno é eterno. O mormonismo ensina
que o inferno não é castigo eterno para todas as pessoas. Em qual você
acredita?
A Bíblia
"E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a
vida eterna" (Mateus 25:46).
"Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que,
todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece
a ira de Deus" (João 3:36).
"E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse
foi lançado para dentro do lago do fogo" (Apocalipse 20:15).
Escritores Mórmons
"Castigo eterno é castigo de Deus: castigo para sempre é
castigo de Deus; ou, em outras palavras, é o nome do castigo que Deus
inflige, por ser ele eterno em sua natureza. Qualquer pessoa, portanto, que
recebe o castigo de Deus, recebe castigo eterno quer seja ele por uma hora, um
dia, uma semana, um ano, ou uma era" (Élder John Morgan, panfleto: The
Plan of Salvation, publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, 1970, p. 29).
"Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não
há inferno. Todos receberão uma medida de salvação" (Apóstolo John
Widstoe, Evidences and Reconciliations, p. 216; a mesma afirmativa é
encontrada em Joseph Smith -- Seeker After Truth, Salt Lake City, 1951,
pp. 177, 178.
Comentário
A mesma palavra grega da qual se traduz eterno e para sempre, aionios,
é usada para descrever a continuação eterna do céu, inferno e Deus. Se um for
eterno todos o são. Apocalipse 14:11, mostrando alguns perdidos já no inferno,
declara que "não têm descanso algum, nem de dia nem de noite", e que
"A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". A escolha
está clara, ou a Bíblia ou o ensinamento dos mórmons.
Para mais informação, veja o capítulo 11: "Algumas Doutrinas
do Mormonismo -- Distintivas mas Dúbias".
11. A Bíblia ensina que Davi e Paulo, ambos assassinos, foram
perdoados e que "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo
o pecado". Os ensinamentos de José Smith dizem que o assassinato é um
pecado imperdoável. Em quem você crê?
A Bíblia
(Depois de Davi ter confessado haver assassinado a Urias, e tomado
a Bate-
-Seba, sua esposa, disse-lhe Natã: "Também o Senhor te
perdoou o teu pecado; não morrerás" (2 Samuel 12:13).
"Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor dirigiu-se ao sumo sacerdote" (Atos 9:1).
"Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em
cárceres, homens e mulheres" (Atos 22:4).
"O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo
pecado" (1 João 1:7).
Escritores Mórmons
"E agora, eis que eu falo à igreja. Não matarás; o que matar
não terá perdão nem neste mundo, nem no mundo futuro" (José Smith, Doutrina
e Convênios 42:18; também 132:26, 27).
"Esperanças de recompensa mediante o assim chamado
arrependimento ao pé do leito de morte são vãs (Bruce McCOnkie, Mormon
Doctrine, p. 631).
Comentário
Saulo foi responsável pela morte de Estêvão e de outros.
Entretanto, Saulo, o assassino, tornou-se Paulo, o missionário, por causa de um
encontro vital que teve com Jesus Cristo ressurreto na estrada de Damasco. Seus
pecados foram-lhe perdoados. Ele foi lavado pelo sangue do Senhor Jesus Cristo.
Para mais informação veja, neste livro, o capítulo 15: "A
Salvação Bíblica".
12. A Bíblia ensina que todos os homens são pecadores perdidos e
que necessitam de salvação, e que somente os que aceitam a Cristo pessoalmente
são salvos. O mormonismo ensina que a ressurreição é a salvação, e assim como
todosserão ressurretos, todos serão salvos. A isto chamam de "salvação
geral". Em qual você acredita?
A Bíblia
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus"
(Romanos 3:23).
"De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o
Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último
dia" (João 6:40).
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,
ainda que morra, viverá" (João 11:25).
"Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa"
(Atos 16:31).
Escritores Mórmons
"Haverá uma Salvação Geral para todos no sentido em
que o termo geralmente é usado, mas salvação com o significado de
ressurreição, não é exaltação" (Stephen L. Richards, panfleto, Contributions
of Joseph Smith, publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, p. 5).
"Todos os homens são salvos pela graça somente
sem nenhum ato de sua parte, o que significa que são ressurretos"
(Apóstolo Bruce McConkie, What the Mormons Think of Christ, p. 28,
panfleto atualmente publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias).
Comentário
Os mórmons colocam a salvação ao mesmo nível da ressurreição. Todo
mundo não é automaticamente salvo quer creia ou não. Ressurreição não é
salvação. Haverá uma ressureição para a maldição dos que não crêem e também uma
ressurreicão para a salvação (João 5:28, 29; Atos 24:15).
Para mais informações veja neste livro o capítulo 14: "A
Salvação Mórmon".
13. A Bíblia diz que toda a salvação é pela fé em Jesus Cristo
somente. O mormonismo ensina que ao fazer boas obras o homem pode tornar-se
"digno" da salvação individual ou pessoal. Em qual você crê?
A Bíblia
"Como está escrito: Não há justo, nem sequer um"
(Romanos 3:10).
"Porque lhes dou testemunho de que eles [judeus não salvos,
mas religiosos] têm zelo por Deus, porém não com entendimento. Porquanto,
desconhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se
sujeitaram à que vem de Deus" (Romanos 10:2, 3).
"Quem crê, tem a vida eterna" (João 6:47).
"Por isso também pode salvar totalmente os que por eles se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hebreus 7:25).
Escritores Mórmons
"Pois sabemos que é pela graça que somos salvos, depois de
tudo o que pudermos fazer" (José Smith, Livro de Mórmon, 2 Nefi
25:23).
"A redenção dos pecados pessoais só pode ser obtida mediante
a obediência aos requisitos do evangelho e de uma vida de boas obras"
(James Talmage, Articles of Faith, publicado pela Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, 1952, pp. 478, 479).
Comentário
Como já afirmamos e já foi provado pela Escritura, o sangue de
Cristo purifica de todo o pecado, e Ele salva completamente, e não
existe salvação que seja mais completa, mais alta ou maior.
As boas obras, inclusive o batismo, vêm depois da pessoa
ter sido salva. Elas demonstram a salvação e provam sua eficácia. Jamais Deus
aceita nossas boas obras como meio de salvação (veja Efésios 2:8, 9). O batismo
também é um símbolo que mostra que fomos salvos, não o modo pelo qual devamos
ser salvos. Atos 10:44-48 diz: "Ainda Pedro falava estas cousas quando
caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra...Então perguntou
Pedro: Porventura pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados
estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou que fossem
batizados em nome de Jesus Cristo." O ladrão na cruz e o publicano no
templo, Lucas 18:9-14, foram salvos sem o batismo.
Para mais informação veja os capítulos 14 e 15 deste livro.
14. A Bíblia ensina que somos pecadores e que devemos nascer de
novo para nos tornarmos filhos de Deus ao receber a Cristo. O mormonismo ensina
que todos nós somos filhos de Deus. Em qual você crê?
A Bíblia
"Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus" (João 3:3).
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome"
(João 1:12).
Escritores Mórmons
"O homem é, em realidade, filho de Deus...no conceito mórmon
a frase 'a paternidade de Deus e a irmandade do homem', assume um significado
novo e poderoso" (Élder Gordon B. Hinckley, panfleto, What of the
Mormons?; publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias, 1975, p. 6).
"Todos os homens e todas as mulheres são feitos à similitude
do Pai e Mãe universais, e são literalmente filhos e filhas da Divindade"
(José Smith, Man: His Origin and Destiny, pp. 351, 355).
Comentário
Deus não nos teria dito que nos tornássemos filhos de Deus
ao receber a Cristo e nascer de novo, se já fôssemos, por natureza,
filhos de Deus.
Veja o capítulo 14: "A Salvação Mórmon".
15. A Bíblia diz que os cristãos verdadeiros podem saber e
realmente sabem que são salvos, aqui e agora, e têm certeza de ir estar com
Jesus para sempre. Pode você, como mórmon, dizer que está absolutamente certo
de ter uma salvação pessoal neste instante? De que você irá para o céu
"mais alto" a estar com Jesus Cristo para sempre?
A Bíblia
"Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes
a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus" (1 João
5:13).
"Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não
tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 João 5:12).
Escritores Mórmons (comentário do autor)
Já citei muitos escritores mórmons no assunto das boas obras para
a salvação. Uma vez que jamais podemos saber quando temos feito boas obras
suficientes, ou se somos aceitos por Deus, se a salvação é em todo ou em parte
das boas obras, é óbvio que os mórmons são bastane inseguros acerca da salvação
pessoal verdadeira. Tenho falado com muitos mórmons, de diferentes níveis na
igreja, e quase nenhum deles podia afirmar que sabia com toda certeza que ia
para o céu "mais alto" (realmente não o único) a estar com Jesus
Cristo para sempre. Se tal reivindicação é feita, geralmente é qualificada na
base de boas obras continuadas, fidelidade à igreja mórmon e às ordenanças, ou
simplesmente a idéia geral de que uma vez que haja três céus, por certo devem
alcançar um deles. Realmente, os mórmons não sabem para onde vão quando morrem.
Sua esperança principal está na invenção de um profeta mórmon desacreditado e
seu mito de três céus ou graus de glória. Eles, pelo menos, sentem-se bem seguros
de que não irão para o inferno. Entretanto, todos os homens ou vão para o céu
ou para o inferno, segundo a Bíblia, e qualquer outra esperança é falsa.
16. A Bíblia admoesta-nos a precaver-nos de falsos Cristos e
falsos profetas. Segundo os profetas e escritores mórmons, você como mórmon
confia num Deus diferente, num Cristo diferente, num caminho da salvação
diferente do caminho da salvação bíblica do Deus bíblico e do Cristo bíblico.
Todas as suas crenças são baseadas nos escritos de José Smith, que, como já foi
provado, é um profeta desacreditado, não um profeta de Deus. Você quer encarar
o juízo e a eternidade confiando nos deuses mórmons, ou no Deus da Bíblia?
A Bíblia
"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!" (João
20:28).
"Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com
o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da
salvação" (Romanos 10:9, 10).
Escritores Mórmons
"Como é o homem, uma vez Deus já foi: como Deus é, o homem
pode ser" (James E. Talmage, A Study of the Articles of Faith,
publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1957, p.
430).
"Cristo, o Verbo, o Unigênito, tinha, é claro, atingido o
status da Divindade ainda na preexistência" (B. R. McConkie, What the
Mormons Think of Christ, publicado pela igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, p. 36).
"Ele [Adão] é nosso pai e nosso Deus e o único Deus com quem
devemos lidar" (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1, 1996,
p. 50).
"O menino Jesus...não foi gerado do Espírito Santo"
(Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1, pp. 50, 51).
"Pois sabemos que é pela graça que somos salvos, depois de
tudo o que pudermos fazer" (José Smith, O Livro de Mórmon, 2 Nefi
25:23).
Comentário
A escolha é clara, o mormonismo ou o Cristianismo; José Smith ou
Jesus Cristo.
Para mais informação veja os capítulos 7 e 14 neste livro.
17. A Bíblia ensina a salvação instantânea e completa mediante
Jesus Cristo. Os mórmons não crêem na salvação instantânea pessoal e completa.
Em quem você acredita?
A Bíblia
"Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo" (Romanos 10:13).
Escritores Mórmons
"A redenção dos pecados pessoais somente pode ser obtida
mediante a obediência aos requisitos do evangelho, e uma vida de boas
obras" (James E. Talmage, Articles of Faith, publicado pela Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1952, pp. 85, 87).
Comentário
Quanto tempo leva para invocar, para pedir a Cristo que o
salve?
18. Você gostaria de pedir que o Senhor Jesus Cristo bíblico o
salvasse neste instante? Deus o ama e deseja que você seja salvo.
Eis aqui exatamente como você pode ser salvo: se em
realidade o quiser, simplesmente ore, como melhor puder, com todo o coração:
"Senhor Jesus Cristo, entra em meu coração e em minha vida. Purifica-me de
todo pecado com teu sangue vertido. Torna-me um filho de Deus. Dá-me o teu dom
gratuito da vida eterna, e faze-me saber que estou salvo agora e para
sempre. Agora recebo-te como meu Senhor e Salvador pessoal. Em nome de Jesus.
Amém."
Você fez esta oração com sinceridade? Então Jesus o salvou? Ele
prometeu que "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo"
(Romanos 10:13). Se você invocou, com fé, Ele tinha de salvá-lo ou então Ele
mentiu. Segundo sua Palavra Ele não pode mentir! De modo que, Ele o
salvou? Você sabe que está salvo neste instante, não somente segundo
seus sentimentos, mas porque a Palavra de Deus o diz. Esperar pelo
sentimento é negar a fé!
Agora leiamos João 3:36 em voz alta três vezes: "Quem crê no
Filho tem a vida eterna." O que tem você neste instante de acordo com a
Palavra de Deus? Se você morresse neste instante para onde iria, de acordo com
a Palavra de Deus? Se você sabe que Jesus o salvou, segundo sua palavra,
agradeça-O em voz alta por tê lo salvado!
A realidade de sua salvação será vista em sua reação de amor em
obediência e em seguir a Jesus Cristo. "Se alguém me ama, guardará a minha
palavra" (João 14:23). Se você foi verdadeiramente salvo, obedecerá ao
mandamento de Cristo. Naturalmente, isto inclui deixar o mormonismo.
Você crescerá em segurança e em Seu amor à medida que:
(1) Freqüentar fielmente uma igreja que crê na Bíblia e na Bíblia somente,
e que crê que somente o sangue de Jesus Cristo pode purificar o pecado!
(2) Confessar a Cristo publicamente e for batizado.
(3) Orar diariamente.
(4) Ler a Bíblia diariamente. Comece com o evangelho de João.
(5) Testificar de Cristo aos outros.
(6) Confessar seu pecado imediatamente.
(7) Deixar que Jesus viva sua vida através de você.
(8) Desviar-se de qualquer coisa que o impeça de seguir a Cristo.
Comentário
O verdadeiro amor importa-se o suficiente para dizer a verdade.
Jesus o ama, meu amigo mórmon, e eu também o amo, o suficiente para desejar
vê-lo salvo e estar comigo no céu para sempre, amando e servindo ao Senhor
Jesus Cristo juntos.
Floyd C. McElveen
A Ilusão Mórmon
Floyd C. McElveen
Tradução de João Barbosa Batista
Direitos Reservados © 1981 EDITORA VIDA. All rights reserved.
Direitos Reservados © 1981 EDITORA VIDA. All rights reserved.
Nenhum comentário:
Postar um comentário