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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

MORTE 3 - A MORTE

A Morte

1 Coríntios 15.55 "Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão?"
Todo ser humano, tanto cristão quanto incrédulo, está sujeito à morte. A palavra "morte" tem, porém, mais de um sentido na Bíblia. É importante portanto, compreendermos os vários sentidos do termo morte.

A MORTE COMO RESULTADO DO PECADO
Nos capítulos 2 e 3 de Gênesis vemos que a morte penetrou no mundo em decorrência do pecado. Nossos primeiros pais foram criados capazes de viverem para sempre. Ao desobedecerem o mandamento de Deus, tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte.
Adão e Eva ficaram sujeitos a três tipos de morte, a saber:

1. Morte física. Depois de Adão e Eva terem comido do fruto do bem e do mal, Deus pronunciou estas palavras: "és pó e em pó te tornarás" (Gn 3.19). Eles não morreram fisicamente no dia em que comeram, mas ficaram sujeitos à lei da morte como resultado da maldição divina.
2. Morte moral. Como já vimos, Adão e Eva não morreram fisicamente no dia em que desobedeceram a Deus, mas moralmente, sim, pois a sua natureza tornou-se pecaminosa. A partir de Adão e Eva, todos nasceram com uma natureza pecaminosa (Rm 8.5-8), isto é, uma tendência inata de seguir o seu próprio caminho egoísta, alheia a Deus e ao próximo (Ef 2.3; Cl 2.13).
3. Morte espiritual. A desobediência de Adão e Eva quebrou o relacionamento íntimo que antes eles tinham com Deus. Já não anelavam caminhar e conversar com Deus no jardim; pelo contrário, esconderam-se de sua presença (Gn 3.8). A Bíblia ensina que todos aqueles que estão à parte de Deus e da vida nEle estão espiritualmente mortos (Ef 4.17,18). A morte espiritual resulta em morte eterna, que é a condenação e separação eterna de Deus, como resultado da desobediência e da vontade do homem viver à parte do seu Criador.
A única maneira do ser humano escapar da morte em todos os seus aspectos é através de Cristo, que "aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção". (2Tm 1.10). Ele, mediante a sua morte reconciliou-nos com Deus, e assim, desfez a separação e a alienação espiritual resultantes do pecado (2Co 5.17,18).Pela sua ressurreição Ele aboliu o poder do pecado, de Satanás e da morte, em todos os seus sentidos (Rm 5.18,19; 6.10.11; 1Co 15.12-28; 1Jo 3.8).

A MORTE FÍSICA DO CRENTE
Embora o crente tenha certeza da vida ressurrecta, não deixará de experimentar a morte física (exceto aqueles cristãos que estarão vivos quando Cristo voltar, conforme 1Ts 4.16,17). O crente porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo. Seguem-se algumas verdades a respeito da morte do crente.
1. A morte para os salvos não é o fim da vida, mas um novo começo. Portanto, ela não deve ser considerada um terror (1Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para o verdadeiro salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (2Co 4.17) e do corpo terreno para ser revestido da vida e glória celestiais (2Co 5.1-5). Paulo se refere à morte como sono (1Co 15.6,18,20; 1Ts 4.13-15), o que dá a entender que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas (Ap 14.13).
2. A Bíblia refere-se à morte do crente em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo "Preciosa é à vista do Senhor" (Sl 116.15). É a entrada na paz (Is 57.1,2) e na glória (Sl 73.24); é ir ao "Paraíso" (Lc 23.43); é ir à casa de nosso Pai onde há "muitas moradas" (Jo 14.2); é uma partida bem-aventurada para "estar com Cristo" (Fp 1.23); é ir "habitar com o Senhor" (2Co 5.8); é um "dormir em Cristo" (1Co 15.18; Jo 11.11; 1Ts 4.13); "é ganho... ainda muito melhor" (Fp 1.21,23), é o momento de receber a "coroa de justiça" (2Tm 4.8).
3. Quanto ao estado intermediário dos salvos entre a morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras não revelam com extrema clareza como será, no entanto, podemos definir o seguinte: (a) No momento da morte, o crente é conduzido à pessoa de Cristo (2Co 5.8; Fp 1.23). (b) Permanece em plena consciência (Lc 16.19-31)e desfruta de alegria diante da bondade e amor de Deus (Ef 2.7). (c) O céu é como um lar, isto é, um maravilhoso lugar de repouso e segurança (Ap 6.11) e de convívio e comunhão com os santos (Jo 14.2 Hb; 13.14). (d) O viver no céu incluirá o louvor e a adoração a Deus (Sl 87; Ap 14.2,3; 15.3). (e) Os salvos no céu, até o dia da ressurreição do corpo não serão espíritos incorpóreos e invisíveis, mas seres dotados de uma aparência celestial temporária (Lc 9.30-32; 2Co 5.1-4). (f) No céu os crentes conservam a sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30-32). (g) Os crentes que passam para os céus continuam a almejar que os propósitos de Deus na terra se cumpram (Ap 6.9-11).
4. Embora o salvo tenha grande esperança e alegria ao morrer, os demais crentes e até mesmo os incrédulos não deixam de lamentar a morte de um ente querido. Quando Jacó faleceu, por exemplo, José lamentou profundamente a perda de seu pai. O que se deu com José diante da morte de seu pai é semelhante ao que acontece a todos os crentes, quando falece um seu ente querido (Gn 50.1). Não é desespero, nem erro, alguém sentir pesar por algum tempo, pela morte de alguém muito querido.


IMPORTANTE: A menos que um cristão esteja plenamente convencido de que seu trabalho terminou e que é a vontade de Deus levá-lo, ele deverá lutar com todas as suas forças contra a morte física. Se os sintomas da morte aparecem em seu corpo antes que sua missão haja terminado, ele, positivamente deverá resisti-los. Admitir, baseados em nossa condição física ou emocional, que "chegou a nossa hora", é um erro de nossa parte. É necessário que se cumpra a vontade de Deus e não a nossa vontade (Lc 23.42). Não devemos submeter-nos passivamente à morte. Ao invés disso, devemos resisti-la. A Bíblia fala dela como sendo nossa inimiga (1Co 15.26). 

AUTOR DESCONHECIDO
(não me responsabilizo pela posição e/ou leitura teológica do autor)



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