A Morte
1 Coríntios
15.55 "Onde está ó morte a tua vitória?
Onde está ó morte o teu aguilhão?"
Todo ser humano, tanto cristão quanto
incrédulo, está sujeito à morte. A palavra "morte" tem, porém, mais
de um sentido na Bíblia. É importante portanto, compreendermos os vários
sentidos do termo morte.
A MORTE
COMO RESULTADO DO PECADO
Nos capítulos 2 e 3 de Gênesis vemos
que a morte penetrou no mundo em decorrência do pecado. Nossos primeiros pais
foram criados capazes de viverem para sempre. Ao desobedecerem o mandamento de
Deus, tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte.
Adão e Eva ficaram sujeitos a três
tipos de morte, a saber:
1. Morte física. Depois de Adão e Eva terem comido do fruto do bem
e do mal, Deus pronunciou estas palavras: "és pó e em pó te tornarás"
(Gn 3.19). Eles não morreram fisicamente no dia em que comeram, mas ficaram
sujeitos à lei da morte como resultado da maldição divina.
2. Morte moral. Como já vimos, Adão e Eva não morreram fisicamente
no dia em que desobedeceram a Deus, mas moralmente, sim, pois a sua natureza
tornou-se pecaminosa. A partir de Adão e Eva, todos nasceram com uma natureza
pecaminosa (Rm 8.5-8), isto é, uma tendência inata de seguir o seu próprio
caminho egoísta, alheia a Deus e ao próximo (Ef 2.3; Cl 2.13).
3. Morte espiritual. A desobediência de Adão e Eva quebrou o
relacionamento íntimo que antes eles tinham com Deus. Já não anelavam caminhar
e conversar com Deus no jardim; pelo contrário, esconderam-se de sua presença
(Gn 3.8). A Bíblia ensina que todos aqueles que estão à parte de Deus e da vida
nEle estão espiritualmente mortos (Ef 4.17,18). A morte espiritual resulta em
morte eterna, que é a condenação e separação eterna de Deus, como resultado da
desobediência e da vontade do homem viver à parte do seu Criador.
A única maneira do ser humano escapar
da morte em todos os seus aspectos é através de Cristo, que "aboliu a
morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção". (2Tm 1.10). Ele, mediante a
sua morte reconciliou-nos com Deus, e assim, desfez a separação e a alienação
espiritual resultantes do pecado (2Co 5.17,18).Pela sua ressurreição Ele aboliu
o poder do pecado, de Satanás e da morte, em todos os seus sentidos (Rm
5.18,19; 6.10.11; 1Co 15.12-28; 1Jo 3.8).
A MORTE
FÍSICA DO CRENTE
Embora o crente tenha certeza da vida
ressurrecta, não deixará de experimentar a morte física (exceto aqueles
cristãos que estarão vivos quando Cristo voltar, conforme 1Ts 4.16,17). O
crente porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo. Seguem-se algumas
verdades a respeito da morte do crente.
3. Quanto ao estado intermediário dos salvos entre a morte e a
ressurreição do corpo, as Escrituras não revelam com extrema clareza como será,
no entanto, podemos definir o seguinte: (a) No momento da morte, o crente é
conduzido à pessoa de Cristo (2Co 5.8; Fp 1.23). (b) Permanece em plena
consciência (Lc 16.19-31)e desfruta de alegria diante da bondade e amor de Deus
(Ef 2.7). (c) O céu é como um lar, isto é, um maravilhoso lugar de repouso e
segurança (Ap 6.11) e de convívio e comunhão com os santos (Jo 14.2 Hb; 13.14).
(d) O viver no céu incluirá o louvor e a adoração a Deus (Sl 87; Ap 14.2,3;
15.3). (e) Os salvos no céu, até o dia da ressurreição do corpo não serão
espíritos incorpóreos e invisíveis, mas seres dotados de uma aparência
celestial temporária (Lc 9.30-32; 2Co 5.1-4). (f) No céu os crentes conservam a
sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30-32). (g) Os crentes que passam para
os céus continuam a almejar que os propósitos de Deus na terra se cumpram (Ap
6.9-11).
4. Embora o salvo tenha grande esperança e alegria ao morrer, os
demais crentes e até mesmo os incrédulos não deixam de lamentar a morte de um
ente querido. Quando Jacó faleceu, por exemplo, José lamentou profundamente a
perda de seu pai. O que se deu com José diante da morte de seu pai é semelhante
ao que acontece a todos os crentes, quando falece um seu ente querido (Gn
50.1). Não é desespero, nem erro, alguém sentir pesar por algum tempo, pela
morte de alguém muito querido.
IMPORTANTE: A menos que um cristão esteja plenamente convencido de que seu
trabalho terminou e que é a vontade de Deus levá-lo, ele deverá lutar com todas
as suas forças contra a morte física. Se os sintomas da morte aparecem em seu
corpo antes que sua missão haja terminado, ele, positivamente deverá
resisti-los. Admitir, baseados em nossa condição física ou emocional, que
"chegou a nossa hora", é um erro de nossa parte. É necessário que se
cumpra a vontade de Deus e não a nossa vontade (Lc 23.42). Não devemos
submeter-nos passivamente à morte. Ao invés disso, devemos resisti-la. A Bíblia
fala dela como sendo nossa inimiga (1Co 15.26).
AUTOR DESCONHECIDO
(não me responsabilizo pela posição e/ou leitura teológica do autor)
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